Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Confesso que não fiquei surpresa ao receber o convite para a festa da Ana. Fazia alguns anos que eu tinha ido morar no interior e acabei perdendo o contato dos meus amigos.
A festa seria uma ótima desculpa para ter que voltar para a cidade e rever todos eles, em especial Ana e Diego… Meu coração acelerava só de pensar nos dois.
Não foi difícil encontrar a casa dela, bom, não era bem uma casa, era uma mansão, melhor… uma fortaleza.
Puxei meu vestido para baixo e entrei. Imediatamente, as batidas da música explodiram em meus ouvidos. Acenei para alguns rostos conhecidos e segui meu caminho até o bar. Respirei fundo e preparei um shot de uma bebida qualquer e virei. A música começou a ficar mais chamativa, ou talvez fosse a bebida subindo em minha cabeça, mas me entreguei. Balançando os quadris de um lado para o outro, sem pudor, eu dançava com todos que se aproximavam.
Ainda sozinha, eu queria dar uma olhada em meu estado. A festa já tinha chegado à metade e eu sentia o suor escorrer em minha têmpora. Deus, fazia anos que eu não me divertia.
Abri a porta e uma lufada de fumaça cinza saiu de lá, tossi baixo e balancei um braço para dispersar aquela nuvem. Me olhei no espelho e sorri para o meu reflexo.
Meu vestido curto já estava fora do lugar, mas minha maquiagem continuava intacta. Penteei meus cabelos com os dedos e cambaleei para fora de lá, a fumaça parecia ter impregnado meus pulmões.
Voltei para o bar e o rapaz me serviu um shot de tequila.
— Desculpe, mas eu não pedi… — Ele já tinha virado de costas, ignorando minha presença. Dei de ombros e virei o copo.
Assim que a bebida desceu por minha garganta, abri meus olhos, que eu apertava com força por conta do ardor da tequila.
Soltei o ar com força e imediatamente senti dois pares de olhos vermelhos me fuzilando no canto da sala.
Ana e Diego.
— Venha cá... — Pude ler os lábios de Ana. Engoli a seco.
Como se estivesse sob efeito de uma hipnose, meu corpo obedeceu a seus comandos. Meu coração batia em meus ouvidos, mal escutava a música alta ou sentia o esbarrar enquanto eu abria espaço entre os alunos suados de tanto dançar.
… — Aquele tom de voz carregado de luxúria me cumprimentou. Diego Ryder estava impecável com seu terno preto, contrastando com sua pele pálida e seus cabelos loiros.
— Você dança muito bem, gatinha — Ana dizia, de forma arrastada. Suas pupilas dilatadas por conta da erva que, claramente, tinha fumado. Seu olhar não desviava de minha boca, fazendo com que eu inconscientemente esfregasse minhas coxas.
— Mesmo tendo passado anos, parece que nada mudou. — Eu sorri sem jeito. Deus, como eles tinham esse poder sobre mim?
, bebe mais um pouco. — Diego gentilmente posicionou o seu copo em meus lábios, com seus olhos nos meus. — Abra a boca. — Obedeci e logo senti o forte gosto do whisky. — Boa garota.
Seu sorriso de lado amoleceu minhas pernas com mais eficácia do que todo o álcool do mundo.
— É bom ver você de novo, . — Ana apertou minha mão. — Como foi a viagem? — ela perguntou sem interesse algum, apenas para que eu continuasse ali com eles, e eu ficaria.
— Tudo bem, foram umas quatro horas para vir do interior para cá. — Enruguei meu nariz ao lembrar do ônibus apertado, com um banheiro impossível de usar. — É bom estar de volta na cidade.
— Aprendeu muito? — Diego esticou a mão e colocou uma mecha de meu cabelo para trás. Lentamente, ele apoiou a mão em meu pescoço e começou a fazer círculos com o dedão em minha garganta.
— Ah, sim... Mas ainda tem tanta coisa que ainda não sei... — suspirei, ignorando a sensação deliciosa de seu carinho.
— Bom, dançar claramente você sabe. Vem. — Sorriu travessa e me puxou para o meio da festa.
Estávamos coladas uma na outra, nossos corpos balançando sensualmente. Ana mantinha seus braços em volta do meu pescoço, enquanto minhas mãos seguravam seus quadris firmemente. Meu coração estava acelerado, a garota era linda, com sua pele de porcelana e cabelos curtos e escuros como as trevas.
Meus pensamentos ficaram nublados quando ela aproximou seu rosto do meu. Nossa respiração tocando nossos rostos suados de tanto dançar, e, como uma coreografia, trocamos nossas posições, ela segurava minha cintura e eu tocava as pontas de seus cabelos.
Ousei olhar na direção de Diego e o garoto nem piscava. “Excitado” é uma palavra muito fraca para descrever o desejo que eu vi em seus olhos. Não devia estar sendo fácil para ele ver suas duas garotas ali, tão sensuais e provocantes.
Eu não conseguia desviar o olhar dele e o acompanhei quando ele se aproximou, arrumando o volume, nada discreto, em sua calça e lentamente colou seu peito em minhas costas, posicionando suas mãos abaixo das de Ana. Arfei quando ele pressionou seu quadril contra minha bunda e inclinei minha cabeça para trás, encontrando o olhar de luxúria de Ryder.
Por Deus, como eu estava excitada. Os dois me tocavam devagar, explorando meu corpo, pedindo permissões e tudo o que eu queria dizer era “sim, por favor, me toquem”. Tomei a coragem de esticar meus braços acima de minha cabeça, segurando na nuca de Ryder, deixando explícito que eles poderiam fazer o que quisessem comigo.
Diego suspirou aliviado com a minha permissão e apertou minha bunda com força, suas mãos passearam pelas laterais de meu corpo até chegar aos meus cabelos. Ele jogou-os para o lado e mordeu meu pescoço. Dor e prazer pulsavam pelo meu corpo. Me apertei mais contra o corpo de Ryder, eu estava pegando fogo, sentia que ia perder o controle a qualquer momento.
— Você é muito gostosa, . Queria poder sentir teu gosto de novo, ver seu rosto enquanto goza… — Diego não conseguiu falar mais nada, porque virei o rosto e o beijei com força. Nossas línguas se mexiam com brutalidade e impaciência. Agarrei os cabelos dele, enquanto sentia Ana lamber meu pescoço exposto e as mãos grossas de Ryder subindo em direção aos meus seios.
Rompi o beijo e, mesmo sem ar, avancei sobre Ana. Os lábios da garota eram macios e nossas línguas estavam sincronizadas, um beijo com um ótimo encaixe. Abaixei minhas mãos e com uma agarrei com força a bunda de Ana e a outra apertei o seio da garota. Nenhum dos três se importava com quem estava ao redor, não estávamos mais pensando no que era certo ou errado, e sim, no que tínhamos vontade de fazer.
Com alguns selinhos, Ana se distanciou de mim e beijou Ryder, sem sair da posição, e entrei no meio do beijo, sentindo as duas línguas acariciarem a minha. Eu podia sentir o membro de Diego atrás de mim e o toquei gentilmente, o garoto abriu a boca e soltou o ar, olhando com malícia para mim e Ana.
Ela entrou nos meus braços e indicou o caminho. Em um acordo silencioso, os dois começaram a me puxar em direção às escadas, andando os três em fila.
— Sabe, você não vai morrer sozinha — disse, no meu ouvido, bem baixinho. Sorri para ela. Ouvíamos tanto essa música que virou o meu maior medo.
O quarto de Ana era escuro e com tons de verde, o que combinava com a personalidade da garota. Sentamos na cama, enquanto Diego preparava um cigarro.
— Você quer? — ele me perguntou, enquanto passava a língua no papel de seda. Aceitei com um aceno de cabeça, traguei aquele cigarro caseiro e deixei que ele embaralhasse meus pensamentos. Dali para frente, eu desliguei.
Nós ríamos sem motivos e nossos seis olhos vermelhos não paravam de se desejar intensamente, como se tivéssemos o mundo inteiro.
— Vem. — Ana esticou sua mão em minha direção e eu a segurei, me aproximando dela. Estávamos meio sem jeito, mas decidi me entregar às minhas vontades e abri os braços para meus desejos ocultos.
Coloquei um joelho de cada lado do quadril da garota e acabei com a distância entre nós. A gente se beijava com muito mais desejo do que antes. Ana subiu meu vestido até minha barriga, posicionou suas mãos na minha bunda e me puxou para que eu me movesse em seu colo.
— Você não vai participar? — perguntei para Diego, que se levantou e se sentou em uma cadeira próxima, nos olhando com o pouco fôlego que me restava. Por Deus, como isso era bom.
— Eu quero que você se divirta com Ana primeiro… — Ele desabotoou o botão de sua calça. — Depois, você é minha.
Não consegui segurar o gemido depois dessa frase e percebi que queria mais, queria os dois. Empurrei Ana pelos ombros até ela se deitar. Tirei meu vestido e joguei para Diego, que já estava com as calças nos tornozelos. A garota se levantou o suficiente para alcançar meus seios descobertos e, sem vergonha alguma, ela sugava e apertava meus mamilos. Puxei seus cabelos, buscando ter o mínimo de controle possível da situação. O que era impossível.
Invertemos as posições e o vestido de Ana também parou no colo de Diego, provocando-o. Não consegui controlar um gemido alto quando senti os dedos de Ana em cima de minha calcinha, indo para cima e para baixo, enquanto continuava a sugar meu mamilo. Ela tirou devagar minha calcinha e desceu uma trilha de beijos e lambidas até o interior de minha coxa direita. Era tortura demais, mas ao mesmo tempo era tão bom. Olhei para o lado e vi que Ryder estava tão excitado quanto eu, ele tocava seu pau enquanto nos assistia e pensei que não poderia melhorar, até que senti a língua de Ana em meus grandes lábios e quase supliquei por mais.
Eu me contorcia enquanto agarrava o edredom verde da cama e arfava de prazer. Soltei um gemido alto quando senti seus dois dedos me penetrarem com maestria, tocando nos lugares e ritmos, me deixando transbordando satisfação.
Senti o colchão afundar do meu lado com o peso de Diego. Ele se inclinou e beijou meus lábios, sua língua era exigente contra a minha, minha cabeça girava. Ana, com seus dedos habilidosos, não parava de se movimentar, nem mesmo quando soltei um grito de prazer e minhas pernas começaram a tremer.
A menina tirou seus dedos de mim e os lambeu, aproveitando todo meu gosto.
— Minha vez — Diego disse, puxando Ana para cima. Ela engatinhou em minha direção e deitou do meu lado.
Diego se posicionou entre minhas pernas e colocou a proteção. Bem devagar, roçou seu membro em minha intimidade, que latejava de desejo. Ainda com lentidão, ele me penetrou. Senti cada centímetro dele dentro de mim. Meus olhos viravam para cima. Deus, como eu estava sensível ali.
— P-Por favor, Diego — supliquei. Com seu ar de superioridade, ele começou a se movimentar, indo para frente e para trás.
Ana virou meu rosto para sua direção e me beijou. Pude sentir meu próprio gosto em sua boca, me deixando mais molhada do que eu achei que seria possível, mas Ryder me virou no colchão, interrompendo o nosso beijo e fiquei de quatro, sentindo meu interior se apertar contra seu pau.
— Quero sentir seu gosto também — pedi, com a voz rouca, para Ana, que se posicionou com os quadris embaixo do meu rosto. Desci minhas mãos até a intimidade dela e procurei imitar seus movimentos, eu não sabia muito bem o que fazer, mas dei o meu melhor. Eu lambia e chupava sua intimidade e deixava que ela ditasse os movimentos.
— D-dedos, por favor, agora — suplicou, entre arfadas. — M-mais r-rápido, isso — gemeu alto, quando se derreteu contra minha boca.
Eu queria continuar, mas as estocadas de Ryder começaram a ficar mais fortes e ritmadas, atingindo meu ponto mais sensível, fazendo com que eu perdesse o foco. Senti sua mão bater com força em minha bunda e abri os olhos, encontrando os de Ana. Ela esticou a mão e segurou a minha com força, introduzindo dois dedos meus em sua intimidade. Me deixei conduzir por ela e por Diego, me permiti sentir todo aquele prazer. Nossos gemidos e suor estavam misturados e naquela noite fomos um. Um por um, fomos desabando no colchão com um sorriso no rosto.
Eu nunca fui santa, minha mãe que me perdoe, mas essa festa foi uma e tanto.


FIM



Nota da autora: Muito obrigada por ter lido a minha história! A ideia central já estava há muito tempo no papel e fiquei extremamente feliz em conseguir a música Meninos e Meninas para representá-la. Eu havia pensado nela dentro do mundo mágico de Harry Potter (então você já deve imaginar quem são os dois sonserinos que me inspiraram), mas, no fim, decidi mudar e deixar como original.
Espero que vocês tenham gostado e estou super animada para ler seu comentário! Conta pra mim o que você achou!

Beijos!

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