Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único



Fazia poucos dias que eu havia sido transferido para New Jersey, após ganhar uma bolsa de estudos para o melhor curso de Ciência da Computação do país.
Ao chegar aqui, conheci Havana, uma companheira de classe que fugiu completamente ao estereótipo de garota nerd, apesar de ser uma. E havia sido exatamente Havana que me convenceu a vir para a festa em uma das fraternidades ao redor da Universidade.
— Venha, você vai adorar as pessoas daqui. — Havana me estendeu a mão, assim que descemos do Uber ao chegar em frente à grande casa.
Eu não fazia ideia se aquele lugar era uma fraternidade feminina, masculina, mista ou o que quer que seja, só sei que havia um som alto tocando dentro de casa, com alguma música reggaeton, muitas pessoas do lado de fora e provavelmente muitas mais dentro dela.
Havana continuou me guiando pela mão até passarmos pela porta da frente. Ao passarmos por ela, senti o lugar ficar mais quente, devido à quantidade de pessoas que ali havia.
Imediatamente comecei a passar meus olhos pelo lugar, como uma forma de visualizar as pessoas. Eu não podia negar que não gostava tanto desses ambientes, ainda mais se tivesse pessoas populares demais.
Enquanto ainda fazia o reconhecimento do local, meus olhos foram de encontro a outros que me encaravam fortemente. Para a minha surpresa, eu conhecia aqueles olhos, afinal, já havia me perdido neles muitas vezes.
Não era possível que fosse ela.
Não era possível o destino me pregar essa peça.
— Você realmente quer ficar aqui? — falei no ouvido de Havana, devido ao alto volume da música.
Não era por causa da festa que eu não queria estar mais ali e, sim, por ela. Eu tinha certeza que era ela, , a grande e fodona , a minha ex melhor amiga e que quebrou meu coração sem dó nem piedade alguns anos atrás.
e eu éramos inseparáveis, crescemos juntos, nos tornamos amigos e, por fim, nos apaixonamos, ao menos era o que eu achava.
Nos últimos meses do high school, e eu estávamos bem, ela havia tirado a minha virgindade e nós nos amávamos sempre que podíamos. Mas, como todos sabem, era popular, sempre foi, com seus cabelos loiros e olhos hipnotizantes, fazia todos caírem aos seus pés, incluindo eu.
Num dia, após um treino das líderes de torcidas, fui fazer uma surpresa para ela e fui buscá-la, porém, ao chegar lá, não estava apenas beijando com o Carl, o quarterback do time, como também estava fodendo com ele no vestiário.
Para completar o meu coração partido, me humilhou naquele dia e gritou aos quatro ventos o quanto não queria mais estar comigo pelo fato de eu não saber nada, não ter experiência e ter acabado de perder a virgindade.
Nada disso realmente me importava, porque não era mentira, e isso nunca atingiria meu ego, porém o fato de ela ter me traído, ainda mais com Carl, o cara que mais me atazanou durante os anos, o cara que ela sabia que era o único que eu a queria distante, me machucou, me machucou como nunca antes.
— Só cinco minutos — Havana falou, me fazendo voltar para a realidade.
Ao voltar a olhar para , notei que ela vinha em minha direção, com aquele mesmo sorriso sacana no rosto, o que fez meu estômago embrulhar.
— Oi, me cumprimentou, ao se aproximar.
Apenas a olhei, prendendo os meus olhos nos seus.
— Oi, — a respondi meio sem forças, sabia que ela me desestabilizava.
Após dizer isso, levei minha boca até a orelha de Havana, precisava ter essa conversa a sós com .
— Procure um quarto para a gente. Essa festa não é para mim, mas quero te recompensar de outra forma — falei, vendo Havana se arrepiar imediatamente.
Nós estávamos tendo um lance e Havana era incrível, em todos os sentidos.
Ela apenas confirmou com a cabeça e seguiu adentrando pela festa.
— O que você veio fazer aqui em New Jersey? — me perguntou, sorrindo, como se nada tivesse acontecido.
era assim, sempre fingia que nada tinha acontecido.
— Podemos ir para um lugar com menos barulho? — questionei sem saco, eu sabia que ela poderia me quebrar de novo, como já havia feito tantas e tantas vezes.
Ela apenas acenou um sim com a cabeça e então começou a andar para a entrada da fraternidade, até achar um banco no qual nos sentamos.
Enquanto observava , senti todos os meus músculos se enrijecerem, parecia que não era apenas o meu cérebro que lembrava de tudo o que ela já havia me feito.
Eu não queria estar aqui, não queria a ver, não queria estar perto dela.
— O que você quer, ? Já não basta todo o inferno que você causou na minha vida em Arizona, vai querer causar aqui também? — despejei de uma vez, sem paciência.
se ajeitou no lugar e então desviou o olhar de mim, ela não queria me encarar, afinal, sabia que tinha errado.
— Eu nunca tive a real intenção — confessou praticamente num sussurro.
E aquilo me deixou fervendo de raiva.
Como ela não tinha intenção?
Após a traição, eu sofri todo o tipo de bullying existente naquela escola, tanto foram eles que me mudei e nunca mais ouvi falar sobre ela.
Até agora.
— Se teve ou não, eu não me importo mais — ralhei cheio de ressentimento. — Eu te amava, . Amava para caralho e a única coisa para que eu servi foi ser uma marionete, algo que você brincou e depois jogou fora.
— Eu nunca deixei de te amar — falou firme, ao levar seu olhar de encontro ao meu. — Mas também sei que contar seu segredo e fazer você virar uma chacota pela escola não foi o certo.
— Que bom que você ao menos reconhece. — A mágoa em meu peito completamente latente. — Não vim aqui por você, eu nem ao menos sabia que você estudava aqui…
— Me desculpe — me cortou.
— Agora? Depois de dois anos? — Ri incrédulo. — Você faz bem o papel de vadia fria, . Se você quer um refresco para sua cabeça e para as coisas que fez, coloca ela no congelador, é melhor.
então se levantou e olhou para mim incrédula, como se eu fosse a pior pessoa do mundo.
— O que aconteceu com você? — ela me questionou, ao me analisar.
Ri sarcástico, me levantando e ficando cara a cara com ela.
— Você, . Você, exatamente como a droga que você consome, chegou devastando a minha vida e me deixou praticamente para morrer. Você fez isso.
sorriu, como se a minha analogia fosse algo bom.
— Agora eu só quero sair daqui e não te ver nunca mais. Quero dirigir pela cidade tomando meu refrigerante
Não consegui nem acabar de dizer mais nada, apenas virei minhas costas e saí, adentrando a festa novamente, deixando para trás e todas as outras coisas que ela havia feito comigo. Afinal, se eu mergulhasse na droga que é mais uma vez, dessa vez, com certeza, além de viciado, eu morreria e morreria da pior forma possível, da forma que só conseguia fazer.


VOCÊ PODE LER ESSA CENA NA VISÃO DA EM 06. ALEYUH


FIM



Nota da autora: Olá olá, rainhas, mais uma história para vocês.
Dessa vez não é muito longa, mas espero que gostem.

Love, Kels.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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