07. Money Bougth

Fanfic finalizada: 15/08/2021

Capítulo único

O olhar dela fora se iluminando conforme o reconhecimento lhe tomava. Sua face então fechou-se em uma expressão de desgosto, seus lábios sedutores firmaram uma linha dura. era uma mulher cheia de truques. Dentre eles haviam seus dez favoritos, tendo no topo deles, fazer um nó usando a língua. Havia visto todas as faces e nuances escondidas sob a máscara de filhinha de papai; ela realmente não se importava com o que pensavam a seu respeito contanto que ela tivesse tudo do melhor em sua vida. possuía um olhar afiado para moda, livros, pessoas...
— O dinheiro lhe fez bem. — Seus olhos me avaliaram dos pés a cabeça, seu tom frio enquanto me encarava de modo inexpressivo me fez sorrir largamente.
— Aprendi com a melhor. — A provoquei causando pequenas rachaduras em sua fachada de inexpressividade.
— Há muito o que melhorar para poder se comparar comigo, . — Ela me deu as costas, passando por celebridades e socialites de São Petersburgo.
Acabei rindo enquanto a seguia, ela fora branda demais me dando a mensagem que esperava.

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Como tudo começou…
Estava cobrindo o turno de Mikel, já que sua filha Isla estava doente, sua ex esposa havia lhe deixado com a pequena, pois precisava viajar a trabalho. O clube Fantasy havia sido fechado para a comemoração do aniversário de uma das patricinhas russas, não havia me atentado a esse detalhe. Minha função era garantir que nada ocorresse aos convidados da festa. Meus olhos esquadrinhavam o ambiente em alerta, os filhos da elite russa sempre causavam problemas às casas noturnas com suas extravagâncias e atos inconsequentes. Era justamente por esse motivo que estava em alerta, meus subordinados já haviam levado para casa alguns bêbados encrenqueiros; isso porque a festa ainda não estava em seu ápice. Toda vez que comemorava seu aniversário, a imprensa se esbaldava em detalhes suntuosos, já que a filha única de Yuri e Anika não possuía qualquer receio em transformar seu dia em um evento.
Ela era a mulher que ditava tendências entre os jovens de sua idade, a jovem de 25 anos adentrou sua festa em trajes requintados e exclusivos sendo o centro de atenção de todos no ambiente. Não poderia negar a beleza da jovem, porém me manter distante era o correto a se fazer. Naquele instante, se mantinha afastada, em suas mãos estava uma taça de dry martini. Seus olhos encaravam seus convidados com tédio. Embora o recinto estivesse preenchido com o mais fino requinte, parecia estar insatisfeita. Ela já havia afastado com um olhar os mais corajosos que ousaram se aproximar dela sem que ela houvesse permitido. Desviei meu olhar de sua figura ao ser pego observando-a; como estava entediado, meus olhos haviam sido atraídos pela figura imponente de , era interessante questionar o que ela estava pensando já que sua face não expressava nada. Como uma rainha de gelo se mantinha distante de seus súditos; a imponência que ela exalava era natural e devido ao seu status.
— Setor F, como está a situação por aí? — A voz de Cravinsk soou em meus ouvidos, o chefe da equipe estava fazendo a análise da situação.
— Limpo, senhor. — O respondi de imediato enquanto fazia contato visual com ele no andar inferior.
— Tire seu intervalo agora, precisarei que fique no setor B quando voltar, Heiko precisará do seu apoio, os gêmeos Yakov estão ficando violentos. — Ele me respondeu indicando o relógio.
— Eu posso tirar um intervalo depois se a situação estiver ruim no setor B. — O respondi, preparado para seguir até Heiko.
— Ficarei com Heiko até que retorne, vá e tire seu intervalo, . — Ele ordenou com um tom meio protetor.
Cravinsk e seu irmão me acolheram na empresa quando meu pai morreu. Minha mãe não tinha condições de sustentar meus irmãos, então assumi a responsabilidade de ajudar minha família. Enquanto meu pai estava vivo, praticava artes marciais, quando ele sofreu um acidente em Omsk, viajando a trabalho. A estabilidade financeira ruira, assim agarrei a primeira oportunidade de emprego que surgiu em meu caminho; sendo assim, trabalhava até hoje para eles; meu salário havia formado todos os meus irmãos e minha mãe conseguia viver confortavelmente. Meus irmãos e eu buscávamos dar o melhor para ela, já que após a morte de nosso pai ela havia buscado ser a nossa fortaleza, mesmo que estivesse destruída. Se mantendo forte ela criara meus irmãos mais novos, sempre que podia, ia visitá-la. Meu salário havia melhorado ao longo dos anos, com ele havia conseguido pagar a faculdade de cada um dos meus irmãos. Eu sabia que eles eram gratos, e por conta disso não permitia que gastassem em bobagens absurdamente caras para me dar presentes (o que já ocorrera mais de uma vez). Havia assumido as responsabilidades de nosso pai pelo bem da família e porque os amava, não encarava como um fardo, por isso acabava dando sermões em meus irmãos quando eles gastavam com presentes caros.
Estava com um sorriso leve em minha face quando sai do clube, minhas mãos procuraram automaticamente o cigarro em meus bolsos. Meus olhos encaravam os flocos de neve que caiam na capital da Rússia. O ar frio era agradável e contrastava com o calor dentro da boate; me encontrava na saída sul do clube, os fotógrafos estavam na entrada norte, as outras duas entradas e saídas haviam sido bloqueadas os forçando a permanecer na entrada norte do clube. A fumaça do cigarro parecia densa naquela noite, o silêncio era agradável e me deixava relaxado. Fechei meus olhos, apoiando minha cabeça contra a parede do prédio. O som abafado e resmungos irritados foram o que fizeram meus olhos abrirem. e um dos gêmeos Yakov discutiam calorosamente; apaguei meu cigarro entrando em estado de alerta.
— Você não poderá me afastar a noite toda, . — Yakov encurralava .
— Você pode ir para a merda da sua casa, Yakov. — Ela o dispensou com extrema frieza.
— Você não poderá me rejeitar para sempre, . — Yakov a encarava com raiva, seus olhos exibiam um brilho ardiloso.
— Você não merece um segundo da minha atenção. — Ela o empurrou para o lado buscando passagem.
— Você não irá a lugar algum, . — Yakov segurou o pulso dela. No entanto, antes que ele pudesse jogá-la contra a parede, bloqueei seu movimento.
— Não me lembro dela lhe autorizando a tocá-la. — Soltei o pulso de das mãos de Yakov.
— E o que você sabe sobre isso? — Yakov retrucou claramente perturbado.
— Vá para casa, garoto, leve seu irmão junto. — Evitei sua provocação.
Yakov se lançou em minha direção com punhos cerrados, me esquivei segurando seu braço e torcendo-o às suas costas. nos observava no mais absoluto silêncio.
— Irei acabar com a sua vida, seu merda! — Ele exclamava furioso.
— Eu lhe dei uma chance de ir sem que precisasse usar a força. — O respondi de modo calmo. — Estou sendo pago para garantir a integridade de , se me acusar de algo adoraria vê-lo se explicar para os advogados dela.
— Diga a esse bastardo que eu...— Ele fora calado pelo tapa que estalara contra a face dele.
— Cale-se! — Ela segurou a face dele, fincando suas unhas na carne. — Ouse aparecer sob minha vista outra vez para ver se seus pais o acobertarão novamente. — Ela o largou antes de retornar para dentro do clube.
Soltei ele enquanto o observava desequilibrar e cair sobre a neve. Yakov se levantou com os olhos faiscando de raiva. Tempestivamente seguiu para a direção contrária que havia tomado. O observei partir para garantir que não causaria mais nenhum problema, estava pronto para retornar quando Cravinsk surgiu carregando o outro gêmeo Yakov, logo atrás dele estava . Com um aceno, Cravinsk me pediu para levá-la dali.
— Seu trabalho está feito por hoje, . — Ele me dispensou antes de levar o garoto até o motorista que os aguardava.
Encarei a jovem mulher diante de mim, seus insondáveis olhos estavam fixos em mim. Sua face não exibia qualquer emoção aparente.
— Me leve para casa. — Ela se pronunciou me jogando um par de chaves.
— É só me mostrar o caminho.

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A partir daquela noite, me mantinha como seu guarda-costas. Cravinsk havia me informado dessa mudança em meu contrato logo pela manhã do dia seguinte. Com um salário mais alto, seguia a filha dos aonde quer que ela fosse. permanecia distante, embora fosse menos intragável; pouco a pouco ia desvendando-lhe. Com o passar dos meses, passei a compreendê-la melhor, suas atividades diárias não eram tão fúteis como imaginara ser; em dado momento, notara que seus olhos estavam quase sempre sobre mim. Numa tarde específica, ela me explicara o porquê após lhe questionar. tinha horror às roupas que eu usava. O que claramente me levara a gargalhar de sua fala.
No dia seguinte, ela me levara a várias lojas, comprando-me roupas que ela considerava decentes. O que eu realmente relutei em aceitar, discutimos calorosamente em seu quarto. Porém era teimosa demais para aceitar meu ponto de vista. No entanto, seus olhos permaneceram em mim mesmo que ela tivesse me feito usar as roupas que comprara durante o expediente.
Naquela noite, quando retornávamos para sua casa, resolvi lhe perguntar algo que estava em minha mente havia um tempo. Estacionei o carro um quarteirão antes de sua casa e me virei para sua figura irritada.

— Antes que me diga qualquer coisa, tenho algo para te perguntar. — A calei vendo seus lábios se abrirem para me interromper. — Você gosta de mim?
Aquela simples pergunta fora capaz de silenciá-la, as orbes dela exibiram uma surpresa ao mesmo tempo que sua face tomava um tom forte de vermelho.
— Há quanto tempo você sabe? — Ela questionou em um tom que nunca havia visto ela usar.
— Desconfiava disso desde que notara seu olhar constante, você não é nada discreta, senhorita . — Abri um sorriso brincalhão vendo ela relaxar por eu estar tentando deixá-la confortável.
— Me chame por quando estivermos a sós. — Ela me respondeu calmamente enquanto fechava os olhos. — Agora que tem sua resposta, o que fará a respeito?
— O que deseja que eu faça? — Rebati sua fala, vendo um sorriso surgir em seus lábios diante minha provocação.
— Seja meu. — Ela abriu seus olhos no mesmo instante que pronunciou as palavras com seriedade.
— Você não pode ter tudo o que deseja, . — A respondi de modo evasivo.
— Eu não quero tudo. — Ela abriu a porta do carro saindo do carro em seguida.
A segui sem pensar, ela dera a volta no carro, parando a minha frente. estava livre de sua máscara fria, sua face revelava sua determinação ao mesmo tempo que demonstrava a sinceridade de seus sentimentos.
— Não há como essa relação dar certo, . — Respondi-lhe tomando cuidado com as palavras que usava.
— Nunca saberá se não tentar. — Ela insistiu me prendendo contra a lataria do carro.
Não havia como fugir dela, seus olhos eram hipnotizantes como a noite sem estrelas; sua respiração calma encontrava a minha irregular, seu doce perfume me envolvia em uma névoa arrebatadora. Seus lábios rubis reluziam tentadores, como um fruto proibido. A mulher pega de surpresa havia dado lugar a confiante . Seus braços poderiam ser facilmente retirados da lataria do carro, porém a dualidade do que sentia me deixava curioso sobre o que ela aprontaria.
— Se não sente nada por mim, fique comigo como um acompanhante, aprecio a sua companhia, . — Ela abriu um raro sorriso ao pronunciar meu apelido.
Segurei seus braços, a pressionando contra a lataria do carro; seus olhos fecharam-se ao sentir meu toque. Seus lábios abriram-se deixando escapar um suspiro.
— Eu não quero o seu dinheiro, , nunca o quis. — Respondi soltando-a. — Você não pode comprar tudo.
— Eu posso ter o melhor por causa disso. — Ela rebateu cruzando seus braços.
— Precisa aprender uma importante lição, . — Aproximei minha face da dela. — As melhores coisas da vida não podem ser compradas.
— Isso é uma mentira descarada. — Ela riu de modo arrogante.
— Eu pareço estar mentindo? — Respondi em um tom sério enquanto a olhava com seriedade. — O dinheiro não pode comprar tudo.
— Me prove que está certo. — Ela usou um tom de desafio.
— Deixe seus cartões de crédito em sua casa, faça uma mala e passe um mês ao meu lado, te mostrarei que está errada. — Me mantive firme, vendo um sorriso travesso surgir nos lábios tentadores de .
— Se não conseguir me convencer, terá de ser meu acompanhante. — Ela deixou implícitas as condições que envolviam nosso acordo.
— Eu não tenho dúvidas que conseguirei convencê-la. — A respondi indicando o carro.

Desse modo, o desafio havia sido lançado; teria trinta dias para convencer a maior patricinha da Rússia a enxergar que o dinheiro não era tudo.

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— Nós vamos passar o mês nisso? — A voz esganiçada de quebrou o silêncio da noite. Seus olhos encaravam a casa simples que mantinha para minhas férias.
Era uma casa de fazenda, localizada no interior, a floresta envolvia a fazenda num semicírculo, as imponentes cadeias de montanhas eram vistas ao leste. Acabei rindo da careta que se formara na face de . Sem respondê-la, tranquei o carro e segui em direção a casa. me seguiu furiosa, seus lábios bem cuidados me xingavam em um baixo sussurro.
— Não é tão ruim. — Destranquei a porta, acendendo as luzes da casa e ligando o aquecedor. — Você ficará impressionada com o nascer do sol no lago.
— Você deve ser maluco que enfrentarei o frio para ver o sol nascer! — Ela cruzou seus braços me dando um olhar nada amigável.
— Eu tenho um mês para provar meu ponto de vista, então a madame irá sim me acompanhar! — Ri seguindo em direção aos quartos, deixei as malas dela sobre a cama de casal no último quarto do corredor e depois fiz o caminho reverso deixando minha mochila no primeiro quarto.

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me acompanhou pela floresta, seus braços estavam em volta dos meus após cair várias vezes. Sua face estava fechada em uma expressão azeda, seus lábios estavam em uma linha fina mostrando seu desagrado. Enquanto a encaminhava até o píer que havia construído, observava como estava realmente tentando, seu receio e suspeita para onde quer que olhasse havia abandonado seus olhos, seu olhar exibia uma ingenuidade quase infantil ao observar os arredores.
Sua face se iluminou ao chegarmos enfim ao píer, seus lábios se comprimiram barrando um sorriso, teimosamente se soltou de mim, sentando-se na ponta do píer abraçada a si mesma enquanto encarava o horizonte. Havíamos chegado na hora certa. Preguiçosamente o céu recebia tons laranjas e rosados enquanto o sol saia de trás das montanhas, as águas do lago haviam descongelado com a aproximação da primavera, embora ainda estivesse frio. Me sentei ao lado dela a abraçando. Seus olhos se voltaram para mim em confusão, lhe ofereci um sorriso enquanto sinalizava para ela ficar em silêncio. Por um milagre, ela permaneceu em silêncio. Dessa forma acompanhamos a aurora surgir inundando a floresta com sua beleza e calor, ela suspirou cativada.
— Esse lugar parece mágico.
— Eu te disse que valeria a pena vir até aqui.

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Depois daquela manhã, ela me fizera levá-la todos os dias para ver o nascer e o pôr do sol naquele lago. Pouco a pouco ela deixava a máscara de arrogância e adotava a gentileza encoberta pelas longas camadas de egocentrismo, mesquinhez, arrogância e frieza. Pacientemente a via se abrir e deixando sua verdadeira face aparecer. Como uma filha mimada, possuía seus surtos de nojo quando tinha de me auxiliar em alguma tarefa doméstica ou que envolvesse os bichos da fazenda. Os dias nunca eram tediosos, o desastre que ela era na cozinha, seu medo de se aproximar dos bezerros, seu apreço pelas ovelhas e o brilho nos olhos que possuía a cada aurora havia me cativado. Havia criado uma situação em que meu coração se aventurou a seguir um caminho que não deveria. notara que algo havia mudado, e então se aproveitou disso. Como uma jogadora, utilizava truques para que acabássemos em situações embaraçosas.
— Seu coração me pertence, . — falou ao invadir meu quarto, seus olhos como me encaravam com uma certeza inegável.
— Você deveria estar em seu quarto, não é sobre isso que se trata essa viagem. — Lhe respondi enquanto tentava levá-la para fora do recinto.
— Eu realmente não me importo se acabarmos nos envolvendo, eu estava errada e você sabe disso desde o início. Não precisa de mais um dia para me convencer, . — Ela espalmou suas mãos em meu peito enquanto seus olhos sustentavam meu olhar.
— Seus pais nunca aprovariam isso, você foi criada para casar com um político. O dinheiro é o centro da sua vida, . — Segurei seus pulsos com gentileza.
— Eu sei, vamos nos esquecer do que nos aguarda em São Petersburgo por enquanto. — Ela me respondeu de modo firme. — Enquanto esse mês não acabar, me ame como se fossemos os únicos seres sobre a Terra.
Incapaz de ir contra seu pedido, me rendi aos seus encantos, nossos lábios se encontraram em um beijo suave no início, tomando intensidade conforme as roupas encontravam o chão e os toques evoluíam. Durante os nossos últimos dias naquela afastada fazenda, garanti que meus sentimentos fossem gravados em sua alma, tornando impossível para ela me esquecer.

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Atualmente…

Logo após retornarmos a São Petersburgo deixei a empresa de Cravinsk. Procurei evitar qualquer coisa que me lembrasse de . Me afastar parecia o correto; voltei para a minha cidade natal e encontrei meus irmãos, expressando o meu desejo de fazer faculdade. Era o único que não havia me graduado. Com o apoio deles, busquei uma área de interesse e me dediquei com todas as minhas energias. Precisava tirar da minha mente, ou caso contrário estaria arruinado.
Os anos se passaram conforme ia me tornando um homem influente; havia me especializado em relações internacionais, acabando no alto escalão do governo. Meus anos como segurança haviam me garantido algumas conexões com figurões do governo russo. Escondi meus verdadeiros desejos de todos, até de mim mesmo para que pudesse me tornar alguém digno diante os pais de , a qual havia se dirigido até a sacada para tomar um ar.
— O que está fazendo aqui, ? — Ela me questionou assim que parei ao seu lado.
— Não consegue adivinhar? — Sorri tranquilamente enquanto meus olhos absorviam lentamente os detalhes daquela incrível mulher.
— Me cansei de tentar isso quando desapareceu sem uma palavra. — Ela me respondeu em um tom ríspido.
— Seus pais só aprovariam um homem influente, . — A respondi sem me abalar pela hostilidade.
— Eu sei, você deixou claro naquela última noite antes de me deixar. — Ela me respondeu impaciente.
Me aproximei dela, parando a centímetros de sua face, seus olhos escondiam a mágoa de meu ato. Toquei sua face gentilmente levando meus lábios próximos de seu ouvido.
— Me tornei o que eles desejavam para tê-la em minha vida. — Voltei meus olhos para aqueles olhos .
— Você desapareceu somente por causa disso? — Ela questionou-me confusa.
— Te amar não é motivo suficiente? — Questionei tomando cuidado com o meu tom de voz.
— É mais que suficiente.

Com o fim daquela noite tive ao meu lado. Dessa vez não havia qualquer barreira que nos separasse. O dinheiro não poderia comprar tudo, e ela havia aprendido isso. Com uma felicidade fora do comum, vi um futuro otimista pela frente.



Fim.



Nota da autora: Espero que tenham gostado. Adorarei saber o que acharam lá nos comentários.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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