Capítulo Único
Dezembro, 2008
– Aonde você vai? – espalmei na cama, sentindo sua ausência.
– Preciso tomar um banho. – ela tirava o colar.
– Então vai precisar de companhia! – falei puxando o lençol que me cobria, sendo cortado logo em seguida.
– Não, não preciso de companhia. – seguia ao rumo do banheiro – Preciso de um banho rápido, tenho que resolver uns negócios... – à medida que sua voz ia ficando mais baixa, pude escutar o barulho da tranca da porta. Pouco tempo depois, ela saiu já vestida, procurando seus sapatos. – Talvez eu não chegue a tempo do jantar.
– Hoje é domingo, quem trabalha em pleno domingo às seis?! – exclamei.
– Alguém tem que trabalhar nessa casa. – pegou sua bolsa – Seu emprego é uma merda, por isso tenho que ficar o tempo todo no meu.
– Desde quando meu emprego é uma merda? – questionei.
– Desde quando ele não dá para nada, desde que o meu é bem melhor, o meu salário é bem melhor; – fez uma pausa – Olha, não quero discutir. Mas se você tivesse feito uma faculdade melhor do que a sua, já te ajudaria. – saiu daquele cômodo, não demorando sair da casa também.
Todo mundo me diz que já está na hora de seguir em frente
E que preciso aprender a ser mais leve e ser jovem
Mas meu coração é um vale, é tão superficial e imperfeito.
Eu estou morrendo de medo de deixá-lo entrar e você ver que sou falsa
Segunda–Feira, Leagrave Park, 22/05/2000.
– Às vezes, olhar para imensidão nos faz refletir o que de bom nós fizemos na vida até hoje... – tomei iniciativa, puxando assunto com a garota que estava ao meu lado há um bom tempo, observando o Rio Lea.
– Eu discordo. – hesitou em um momento, talvez procurando as palavras certas – Acho que quando olhamos para uma paisagem que demonstra grandeza, estamos reconhecendo que de algum modo, somos pequenos e vazios.
– , – ela olhou confusa – me chamo . – Estendi minha mão.
– . – ela correspondeu meu cumprimento, e eu apertei levemente sua delicada mão.
– Você mora por perto? – Xinguei-me mentalmente por ter feito aquela pergunta.
– Me mudei recentemente. – suspirou – Me formei há um ano. – então um grande silêncio se instalou.
– Bom, eu vou indo! Quem sabe não nos encontramos novamente por aí? – perguntou retoricamente. Nem esperei sua resposta e já caminhava em direção as ruas.
Às vezes me sinto sozinho nos braços de seu toque
Mas eu sei que sou só eu, nada nunca é o suficiente.
Quando eu era criança eu cresci perto do rio Lea
Havia algo na água, agora aquilo está em mim.
E então todos os finais de semana nos encontrávamos naquele mesmo lugar, às vezes conversamos ou ficávamos em silêncio. Uma amizade de um ano e alguns meses, que tomou cores.
04/08/2001
– Eu tenho uma surpresa para você esta noite. – falei empolgação transparecendo por minha voz e expressão corporal, enquanto tomávamos café na lanchonete da esquina.
– Surpresa? – e então uma excitação em seu olhar apareceu – Posso saber mais detalhes?
– Não posso te falar mais nada, apenas um até mais. – despedi-me dela com um beijo.
x
Cheguei às nove horas do trabalho, preparei um jantar à luz de velas para nós. já estava a caminho do meu apartamento. Fiquei alguns minutos ensaiando o que dizer, quando escuto a campainha.
– Boa noite, . Não vai me convidar para entrar? – disse com aquele sorriso que eu tanto amava.
– Ah, claro! Desculpe-me. –deu espaço para que ela entrasse.
– O que aconteceu com as luzes?
– Hoje decidi fazer algo diferente, vamos jantar?
– Um jantar à luz de velas? – assenti assim que me olhou. – Oh meu Deus, que lindo! – me abraçou. Enquanto jantávamos, conversamos sobre algumas memórias engraçadas de nossa infância.
– O Jantar estava uma delícia, você realmente leva jeito para gastronomia.
– Eu queria aproveitar esse momento para te falar algumas coisas... – o silêncio se instalou no cômodo. – , lembro-me perfeitamente do dia que nos conhecemos, nos vimos pela primeira vez no parque e então todos os finais de semana nos seguintes, nos "esbarramos" por lá. Nos tornamos amigos, você me contou que tinha acabado de se formar em direito e que era a primeira vez que você iria morar sozinha. Fui o primeiro, a saber, de todas as suas conquistas aqui, então acabamos virando amigos coloridos e hoje eu tenho certeza de todos os sentimentos que sinto por você. – me aproximei de sua cadeira. – Eu te amo, quero saber se você aceita namorar comigo?
– Claro que sim, ! – me beijou. – Eu te amo, obrigada por fazer parte de tudo esse tempo todo.
Ah, não posso voltar, mas o junco está saindo dos meus dedos.
Eu não posso voltar para o rio.
01/01/2002
– Eu fui promovida, acredita?! – eu podia ver a animação estampada em seus olhos.
– A tão sonhada promoção?
– Sim! – sentou-se ao meu lado – Estou ansiosa para segunda-feira!
– Meus parabéns, você merece tanto essa promoção... – a abracei – Que tal saímos para comemorar?
– Um jantar? – concordei – Então vou me arrumar, não vejo a hora de começar no meu novo serviço e ver a cara de todos naquele escritório. – algo ali estava começando a me preocupar, uma competição desenfreada.
Mas é nas minhas raízes, está em minhas veias.
Está no meu sangue e eu manchar cada coração que eu uso para curar a dor
Está em minhas raízes, está em minhas veias.
Está no meu sangue e eu manchar cada coração que eu uso para curar a dor
25/10/2002
Tudo para o dia de hoje estava programado, levantei cedo, o tempo estava frio, mas nada que atrapalhasse meus planos. Depois de meses tentando reservar um espaço no parque que nos conhecemos, consegui. Às oito da manhã ela receberia uma cesta de café da manhã com um cartão.
“Que o amor seja a melhor forma de começar e terminar o dia.”
Às duas horas desta tarde sua prima a levaria para um SPA no centro da cidade, onde depois de todos os procedimentos ela voltaria para casa. Ao passar pela portaria, receberia um buquê de rosas vermelhas e um bilhete.
"Eu prometo te dizer eu te amo todas as noites e te provar isso todos os dias."
Em seu quarto ela encontraria o ultimo bilhete.
“Oi, amor. Sei que deve estar achando tudo isso muito confuso, peço que use esse vestido, nesta tarde e venha me encontrar às cinco horas. O carro estará te esperado na portaria. Te amo!"
O relógio marcava cinco horas da tarde, o que me dizia que ela estaria quase chegando. Eu a estava esperando na entrada, passaríamos por um caminho decorado por fotos da trajetória de nosso relacionamento e então, chegaríamos ao lugar em frente a uma grande cortina roxa.
– O que você está planejando?
– Eu te trouxe hoje a esse lugar: Lugar do inicio de nossa amizade que se transformou em amor. Eu sempre me lembrarei do Rio Lea e de como ele me presenteou. O motivo de tudo isso... – procurei a caixa de aliança dentro do bolso. – 'Eu nunca vou me sentir sozinho com você do meu lado, você é única, e em você eu confio mais e nós passamos por bons e maus momentos. Mas seu amor incondicional esteve sempre em minha mente'. , aceita ser minha esposa?
– S-Sim! – E enquanto nos beijamos, as cortinas se abriram e assim, pudemos escutar as palmas de toda nossa família e a música que começara a tocar.
Eu provavelmente deveria dizer-lhe agora antes que seja tarde demais
Que eu nunca quis te machucar ou mentir na sua cara.
O quarto estava silencioso fazia tempo e, só agora pude notar o quão neutro era aquele ambiente, suas paredes brancas sem moldura alguma, sem expressão. Levantei da minha cama, não tinha mais o que refletir. Parecia tão difícil me desapegar daquela rotina, daquela casa. As malas já se encontravam na sala e simplesmente uma frase deixada na porta da geladeira.
"O que importa agora, as palavras que eu não pude dizer?! Siga seu caminho que eu vou em busca do meu."
Dessa vez a beleza do Rio Lea não cumpriu seu encanto.
07/07/2003
– Onde este carro está nos levando, ? – falava enquanto olhava o caminho pela janela.
– Para o aeroporto.
– O que vamos fazer em um aeroporto?
– Nossa viagem de lua de mel. – o tom de deboche saiu automático.
– Como assim "lua de mel”, ? – me olhou incrédula – Pare esse carro, pare esse carro senhor! – gritava freneticamente – Parem este carro!
– – a segurei. – Posso saber o que você está tentando fazer?
– O que você está tentando fazer, ? Me sequestrar, é isso?
– Te sequestrar? – questionei ainda confuso. – Como vou sequestrar a minha esposa em uma viagem de lua de mel?
– Eu nem sequer sabia dessa viagem e nem sei para onde você irá me levar. – naquele momento, cogitei que tivesse com problemas de memória.
– Como você não sabe de nada, se te perguntei que lugar você queria ir e você simplesmente respondeu que eu escolheria.
– Sinceramente, não me lembro de nada.
– Claro que não se lembra, sempre com o foco em competição besta daquela empresa.
– Eu não vou discutir minha vida profissional com você. – virou em direção ao motorista. – Eu já disse para parar a droga deste carro! Ou prefere que eu chame a polícia?
– Por favor, pode parar. – o que era pra ser alegria se transformou em pesadelo.
– Olha, , eu não vou deixar o meu trabalho logo agora para simplesmente viajar. – falou enquanto abria a porta. – Se você faz tanta questão dessa viagem, pode ir sozinho. – Bateu a porta e saiu em direção aos carros. Deixando-me frustrado, me sentindo um completo idiota, perdido em turbilhões de sentimentos e confusões.
Considere este meu pedido de desculpas, eu sei que são anos de antecedência.
Mas eu prefiro dizer isso agora, no caso de eu nunca ter a chance.
E assim olhando para a imensidão desse rio com uma sensação de vazio. Assim como ele traz sentimentos, também os levam embora, como suas águas calmas ela entrou em minha vida e assim como sua desagua forte ela saiu. Quando uma relação chega ao fim, devemos avaliar os bons e maus momentos, não devemos deixar apenas os bons interferirem em nossa escolha, pensar e sonhar sempre em mais uma chance, mais uma tentativa... Devemos seguir nosso coração, amar a si primeiro. – River Lea (11/12/2008)
Então eu culpo o rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
Sim, eu culpo no rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
Então eu culpo o rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
Sim, eu culpo no rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
'Eu nunca vou me sentir sozinho com você do meu lado, você é única, e em você eu confio mais e nós passamos por bons e maus momentos. Mas seu amor incondicional esteve sempre em minha mente'. – Trecho da música Warmness on the soul.
– Aonde você vai? – espalmei na cama, sentindo sua ausência.
– Preciso tomar um banho. – ela tirava o colar.
– Então vai precisar de companhia! – falei puxando o lençol que me cobria, sendo cortado logo em seguida.
– Não, não preciso de companhia. – seguia ao rumo do banheiro – Preciso de um banho rápido, tenho que resolver uns negócios... – à medida que sua voz ia ficando mais baixa, pude escutar o barulho da tranca da porta. Pouco tempo depois, ela saiu já vestida, procurando seus sapatos. – Talvez eu não chegue a tempo do jantar.
– Hoje é domingo, quem trabalha em pleno domingo às seis?! – exclamei.
– Alguém tem que trabalhar nessa casa. – pegou sua bolsa – Seu emprego é uma merda, por isso tenho que ficar o tempo todo no meu.
– Desde quando meu emprego é uma merda? – questionei.
– Desde quando ele não dá para nada, desde que o meu é bem melhor, o meu salário é bem melhor; – fez uma pausa – Olha, não quero discutir. Mas se você tivesse feito uma faculdade melhor do que a sua, já te ajudaria. – saiu daquele cômodo, não demorando sair da casa também.
E que preciso aprender a ser mais leve e ser jovem
Mas meu coração é um vale, é tão superficial e imperfeito.
Eu estou morrendo de medo de deixá-lo entrar e você ver que sou falsa
Segunda–Feira, Leagrave Park, 22/05/2000.
– Às vezes, olhar para imensidão nos faz refletir o que de bom nós fizemos na vida até hoje... – tomei iniciativa, puxando assunto com a garota que estava ao meu lado há um bom tempo, observando o Rio Lea.
– Eu discordo. – hesitou em um momento, talvez procurando as palavras certas – Acho que quando olhamos para uma paisagem que demonstra grandeza, estamos reconhecendo que de algum modo, somos pequenos e vazios.
– , – ela olhou confusa – me chamo . – Estendi minha mão.
– . – ela correspondeu meu cumprimento, e eu apertei levemente sua delicada mão.
– Você mora por perto? – Xinguei-me mentalmente por ter feito aquela pergunta.
– Me mudei recentemente. – suspirou – Me formei há um ano. – então um grande silêncio se instalou.
– Bom, eu vou indo! Quem sabe não nos encontramos novamente por aí? – perguntou retoricamente. Nem esperei sua resposta e já caminhava em direção as ruas.
Às vezes me sinto sozinho nos braços de seu toque
Mas eu sei que sou só eu, nada nunca é o suficiente.
Quando eu era criança eu cresci perto do rio Lea
Havia algo na água, agora aquilo está em mim.
E então todos os finais de semana nos encontrávamos naquele mesmo lugar, às vezes conversamos ou ficávamos em silêncio. Uma amizade de um ano e alguns meses, que tomou cores.
04/08/2001
– Eu tenho uma surpresa para você esta noite. – falei empolgação transparecendo por minha voz e expressão corporal, enquanto tomávamos café na lanchonete da esquina.
– Surpresa? – e então uma excitação em seu olhar apareceu – Posso saber mais detalhes?
– Não posso te falar mais nada, apenas um até mais. – despedi-me dela com um beijo.
Cheguei às nove horas do trabalho, preparei um jantar à luz de velas para nós. já estava a caminho do meu apartamento. Fiquei alguns minutos ensaiando o que dizer, quando escuto a campainha.
– Boa noite, . Não vai me convidar para entrar? – disse com aquele sorriso que eu tanto amava.
– Ah, claro! Desculpe-me. –deu espaço para que ela entrasse.
– O que aconteceu com as luzes?
– Hoje decidi fazer algo diferente, vamos jantar?
– Um jantar à luz de velas? – assenti assim que me olhou. – Oh meu Deus, que lindo! – me abraçou. Enquanto jantávamos, conversamos sobre algumas memórias engraçadas de nossa infância.
– O Jantar estava uma delícia, você realmente leva jeito para gastronomia.
– Eu queria aproveitar esse momento para te falar algumas coisas... – o silêncio se instalou no cômodo. – , lembro-me perfeitamente do dia que nos conhecemos, nos vimos pela primeira vez no parque e então todos os finais de semana nos seguintes, nos "esbarramos" por lá. Nos tornamos amigos, você me contou que tinha acabado de se formar em direito e que era a primeira vez que você iria morar sozinha. Fui o primeiro, a saber, de todas as suas conquistas aqui, então acabamos virando amigos coloridos e hoje eu tenho certeza de todos os sentimentos que sinto por você. – me aproximei de sua cadeira. – Eu te amo, quero saber se você aceita namorar comigo?
– Claro que sim, ! – me beijou. – Eu te amo, obrigada por fazer parte de tudo esse tempo todo.
Ah, não posso voltar, mas o junco está saindo dos meus dedos.
Eu não posso voltar para o rio.
01/01/2002
– Eu fui promovida, acredita?! – eu podia ver a animação estampada em seus olhos.
– A tão sonhada promoção?
– Sim! – sentou-se ao meu lado – Estou ansiosa para segunda-feira!
– Meus parabéns, você merece tanto essa promoção... – a abracei – Que tal saímos para comemorar?
– Um jantar? – concordei – Então vou me arrumar, não vejo a hora de começar no meu novo serviço e ver a cara de todos naquele escritório. – algo ali estava começando a me preocupar, uma competição desenfreada.
Mas é nas minhas raízes, está em minhas veias.
Está no meu sangue e eu manchar cada coração que eu uso para curar a dor
Está em minhas raízes, está em minhas veias.
Está no meu sangue e eu manchar cada coração que eu uso para curar a dor
25/10/2002
Tudo para o dia de hoje estava programado, levantei cedo, o tempo estava frio, mas nada que atrapalhasse meus planos. Depois de meses tentando reservar um espaço no parque que nos conhecemos, consegui. Às oito da manhã ela receberia uma cesta de café da manhã com um cartão.
Em seu quarto ela encontraria o ultimo bilhete.
O relógio marcava cinco horas da tarde, o que me dizia que ela estaria quase chegando. Eu a estava esperando na entrada, passaríamos por um caminho decorado por fotos da trajetória de nosso relacionamento e então, chegaríamos ao lugar em frente a uma grande cortina roxa.
– O que você está planejando?
– Eu te trouxe hoje a esse lugar: Lugar do inicio de nossa amizade que se transformou em amor. Eu sempre me lembrarei do Rio Lea e de como ele me presenteou. O motivo de tudo isso... – procurei a caixa de aliança dentro do bolso. – 'Eu nunca vou me sentir sozinho com você do meu lado, você é única, e em você eu confio mais e nós passamos por bons e maus momentos. Mas seu amor incondicional esteve sempre em minha mente'. , aceita ser minha esposa?
– S-Sim! – E enquanto nos beijamos, as cortinas se abriram e assim, pudemos escutar as palmas de toda nossa família e a música que começara a tocar.
Eu provavelmente deveria dizer-lhe agora antes que seja tarde demais
Que eu nunca quis te machucar ou mentir na sua cara.
O quarto estava silencioso fazia tempo e, só agora pude notar o quão neutro era aquele ambiente, suas paredes brancas sem moldura alguma, sem expressão. Levantei da minha cama, não tinha mais o que refletir. Parecia tão difícil me desapegar daquela rotina, daquela casa. As malas já se encontravam na sala e simplesmente uma frase deixada na porta da geladeira.
07/07/2003
– Onde este carro está nos levando, ? – falava enquanto olhava o caminho pela janela.
– Para o aeroporto.
– O que vamos fazer em um aeroporto?
– Nossa viagem de lua de mel. – o tom de deboche saiu automático.
– Como assim "lua de mel”, ? – me olhou incrédula – Pare esse carro, pare esse carro senhor! – gritava freneticamente – Parem este carro!
– – a segurei. – Posso saber o que você está tentando fazer?
– O que você está tentando fazer, ? Me sequestrar, é isso?
– Te sequestrar? – questionei ainda confuso. – Como vou sequestrar a minha esposa em uma viagem de lua de mel?
– Eu nem sequer sabia dessa viagem e nem sei para onde você irá me levar. – naquele momento, cogitei que tivesse com problemas de memória.
– Como você não sabe de nada, se te perguntei que lugar você queria ir e você simplesmente respondeu que eu escolheria.
– Sinceramente, não me lembro de nada.
– Claro que não se lembra, sempre com o foco em competição besta daquela empresa.
– Eu não vou discutir minha vida profissional com você. – virou em direção ao motorista. – Eu já disse para parar a droga deste carro! Ou prefere que eu chame a polícia?
– Por favor, pode parar. – o que era pra ser alegria se transformou em pesadelo.
– Olha, , eu não vou deixar o meu trabalho logo agora para simplesmente viajar. – falou enquanto abria a porta. – Se você faz tanta questão dessa viagem, pode ir sozinho. – Bateu a porta e saiu em direção aos carros. Deixando-me frustrado, me sentindo um completo idiota, perdido em turbilhões de sentimentos e confusões.
Considere este meu pedido de desculpas, eu sei que são anos de antecedência.
Mas eu prefiro dizer isso agora, no caso de eu nunca ter a chance.
E assim olhando para a imensidão desse rio com uma sensação de vazio. Assim como ele traz sentimentos, também os levam embora, como suas águas calmas ela entrou em minha vida e assim como sua desagua forte ela saiu. Quando uma relação chega ao fim, devemos avaliar os bons e maus momentos, não devemos deixar apenas os bons interferirem em nossa escolha, pensar e sonhar sempre em mais uma chance, mais uma tentativa... Devemos seguir nosso coração, amar a si primeiro. – River Lea (11/12/2008)
Sim, eu culpo no rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
Então eu culpo o rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
Sim, eu culpo no rio Lea, o rio Lea, o rio Lea.
'Eu nunca vou me sentir sozinho com você do meu lado, você é única, e em você eu confio mais e nós passamos por bons e maus momentos. Mas seu amor incondicional esteve sempre em minha mente'. – Trecho da música Warmness on the soul.