Capítulo Único
— Alô?
— Não consigo.
— ? O que houve?
O sorriso desgraçado no rosto
— É tão bom ouvir sua voz…
Silêncio.
— ,tá tudo bem?
— Eu tenho pensado em tudo que você me falou naquela noite… Sobre como você não me reconhecia mais. E eu reparei que concordo com você, sabia? Eu também… nem sei mais quem eu sou. Essa merda de máscara tá grudada demais no meu rosto, .
A jovem engoliu a seco, tornando-se alarmada.
Se afastou do jantar em família e foi para um canto reservado da casa.
— , onde você está? Por que está falando desse jeito?
— Eu acho que você tem toda razão, . Eu também iria embora se amasse uma pessoa que não existe mais, sabe?
O olhar dela marejou ao ouvir aquilo; o cenho franzido indicou a pontada no peito. O que diabos ele estava fazendo? Por que falava sobre tudo aquilo, naquele momento tão inusitado?
— , isso… Já foi, já passou. Não vamos ficar falando disso.
— Eu faria o mesmo, . Eu olhei no espelho e não me reconheci, sabe? Eu percebi que você estava certa. Você sempre esteve certa.
Ela prendeu a respiração, ficando tensa.
— Por que está me ligando, ? Céus, você está bêbado?
Ouviu uma pequena risada, sem um pingo de humor, soar do outro lado da linha.
— Eu bebi alguns goles… Ou garrafas.
— Porra, . O que você tá fazendo? Que barulho alto é esse? — questionou pelo som estrondoso que soava ao fundo.
— Eu estava me sentindo sozinho, e fiquei pensando na nossa última noite juntos, sabe? Tudo o que você falou, está vibrando na minha pele, e essas vozes… Essas vozes se misturam na cabeça. Parece até que eu estou falando em voz alta, dentro daqui, entende? É bizarro! Essa voz concorda com você, e eu… também.
Mais silêncio.
umedeceu os lábios, respirando de maneira ansiosa.
Estava com o coração apertado, sentia um mau pressentimento.
jamais havia falado tão abertamente de suas falhas, das ausências mediante ao sucesso, dos passos perdidos que deu ao tentar se buscar na fama e no sonho realizado.
Era um rapper aclamado pela mídia — não havia uma única rede social que não falasse de si, que não mencionasse seu nome ou seu trabalho impecável.
Entretanto, como a jovem que acompanhou toda essa trajetória, sabia que este era apenas um lado da moeda.
Sabia que os anos que antecederam a fama foram cruéis, pesados, quase impossíveis. Ela acompanhou tudo, apoiou, dividiu os mesmos objetivos, e vibrou por cada vitória que o rapaz alcançou. Entretanto, foi diante dos seus olhos que ela viu o quanto ele se perdeu ao tentar agradar, ao tentar dar conta do sucesso implacável, daquilo que o showbusiness exigia.
E sabia muito bem que ele jamais desistiria daquele sonho realizado.
Afinal de contas, quem diria que aquele jovem franzino, segundo lugar do concurso de rimas, teria a oportunidade de produzir incríveis trabalhos em uma das melhores companhias da Coreia?
Era tudo que ele sonhava.
Mas… a que preço?
— Ye...jin.
— Oi — a moça respondeu com a voz sussurrada, deixando uma lágrima solitária cair do canto do olho, enquanto observava os detalhes da renda da cortina, diante da janela.
Já havia escurecido o bastante para as luzes dos postes iluminarem aquela noite de natal.
— Me perdoe.
— … Pelo quê? — indagou fracamente.
— Por não ter sido tudo que você merecia. Eu vejo agora, e não — um soluço invadiu a fala, e se assustou. estava chorando?
— ?
— Eu sou uma fraude do caralho. Eu fui tão além do limite que esqueci de você, esqueci do que era crucial… Esqueci de mim. Essa máscara não sai, !
— , por favor… Acalme-se, tá? Por que você não procura algo para comer e tenta colocar a cabeça no lugar? Está visivelmente alterado, não está pensando bem…
— Eu nunca pensei com tanta nitidez, . Eu estava falando e fazendo tanta merda em nome de algo que só me faz sentir mais solitário… Parece que me devoram enquanto vivo, e eu só dou, dou, dou, até que não sobre nada! E sem você, tudo ficou pior…
— , respira. Vamos, respira.
— Eu me arrependo de tudo que fiz. Não queria causar e nem sentir essa dor...
— Calma! Por favor, ! Respira, vai? — ela pediu, sentindo-se nervosa. O alarme interno sobre o mau pressentimento parecia triplicar diante do que ouvia.
— Não consigo. Meu peito, ele… dói!
O rapaz respirava com dificuldade, num canto afastado e escondido de todos. Falava com ela no celular, com seu tom de voz desesperado. Parecia que uma pressão invisível esmagava seus pulmões, e por mais que se esforçasse, não obtinha oxigênio de volta.
— , por favor, se acalma! Não precisa ser assim!
Mas era.
Era muito.
Era tudo, inclusive.
Com aqueles pensamentos rondando a cabeça, os flashs, as frases, o tumulto, a invasão de privacidade, a cobrança…
— Eu sinto muito, . Me perdoe
O celular escorregou da mão, sem dificuldades.
Os passos cambalearam para o banheiro, e ali, ele se trancou, arrastando as costas pela porta de madeira.
Suava frio, sentia-se fraco, indisposto. A respiração entrecortada, a sensação de não oxigenação, o bolo na garganta.
Que sentimentos eram aqueles?
As mãos trêmulas, junto com os joelhos cansados, se arrastaram até a pia de mármore. Lá, retirou forças de seu âmago para erguer-se com a maior dificuldade do mundo, encarando um reflexo irreconhecível no espelho.
— Então, este é você? Este é quem se tornou? — proferiu com a voz fraca. — O que você anda fazendo comigo? As dores ainda estão aí! — berrou em alto e bom tom contra a figura de si mesmo, apontando com raiva contra a imagem.
Respirou profundamente com os lábios comprimidos e o choro vindo em forma de urro na garganta.
— Você me prometeu que passaria! Mas o vazio é imenso! Seu merda!
A mão fechada alcançou o espelho, e a força contra o vidro fez com que se quebrasse em várias partes. Os caminhos ensanguentados no punho mostravam o quão intensa era o redemoinho de sentimentos que atravessavam o rapper, que respirava a ponto do peitoral subir e descer.
Encarou seu rosto num pedaço de espelho que ainda jazia pendurado na parede, e, com um sorriso de escárnio, sussurrou para si mesmo.
— está morto.
(...)
— ?
— Dr. Park!
— , quanto tempo! Tudo bem?
— Quanto tempo faz desde que teve uma sessão com ?
— Hã? Olha, faz um bom tempo que o Sr. não vem ao meu consultório… Meses. Mas alega agenda cheia, então fico à disposição. Aconteceu algo?
— Aconteceu! E-Ele… eu não consigo entrar em contato, ele piorou, doutor! Me ajuda! — ela berrava contra o celular, enquanto acelerava o carro no meio da neve.
O homem do outro lado da linha tensiona a voz.
— Onde ele está?
— A última vez que acessei a localização dele, estava no apartamento em Daegu, mas isso faz quase uma hora! Eu estou a caminho, mas estava longe, no jantar de natal e...
As lágrimas alcançaram a voz da jovem, que sentia-se nervosa demais para continuar falando sem se debulhar.
— Me mande a localização certa! Estou a caminho!
— S-Sim!
Desligou a ligação, mandando o endereço correto para o doutor.
Sentiu a dor no peito ao pensar que algo de errado pudesse estar acontecendo com . Sabia que em algum momento ele sucumbiria, mas não imaginava que seria daquela forma tão aguda!
Enquanto dirigia muito além do limite de velocidade permitido, um filme se passava em sua cabeça. Pensou sobre a forma que se conheceram, na sala de espera do Dr. Park: o psiquiatra mais odiado dos adolescentes de sua época. Sorriu em meio ao desespero, pensando em como eles pareciam crianças inconsequentes naquela época — quando, na verdade, só gostariam de ser ouvidos em meio à tanta rigidez em seus núcleos familiares.
— Por favor, por favor, por favor… — ela dizia, percebendo que se aproximava do prédio que havia comprado há um tempo.
A última briga que gerou o afastamento de ambos — tanto profissional quanto amorosamente — já tinha mais de seis meses, e ela simplesmente não podia acreditar que depois de todo aquele tempo, matutava isso dentro de si, sem conseguir expressar ou até mesmo tratar com Dr. Park — quem provavelmente também não via há tempos.
E depois de tudo, que tinha acontecido, de todas as questões, de todas as brigas, de todas as mazelas… Ela ainda carregava a chave consigo.
Saiu do carro apressadamente, quase esquecendo de trancar as portas. Passou pelo hall e o porteiro até se assustou com a pressa que ela transitava.
apertou inúmeras vezes o botão do elevador, que parecia brincar com a sua pressa. Não aguentou a demora e correu para as escadas, subindo de dois em dois degraus enquanto sentia o bolo na garganta. E novamente sentia-se impulsiva em relação à ; mas sabia que daquela vez, era diferente.
Um diferente ruim.
Finalmente subiu todos os lances de escadas necessários para chegar ao sétimo andar, e estranhou que a porta estava escancarada. E de lá, vinha o som que tinha ouvido pela ligação de .
— Merda, merda, merda! — xingou, já imaginando o tipo de gente que estaria ali; nenhuma pessoa sóbria ou parceira o suficiente para acudir .
Entrou no recinto apressada, sendo recebida pelo cheiro do cigarro, pelos sons das gargalhadas soltas, e pela incrível ausência de clima natalino, nada familiar. Encaminhou-se a passos largos, desviando dos corpos dançantes e comemorativos, até que enfim o espaço do corredor abriu-se diante dela.
Correu para o quarto, arfante, e segundos depois, ao procurar o rapaz que a ligou tão alterado horas atrás, estava atrás da cama, desacordado.
A bolsa batendo no chão, num som oco, foi a última coisa que conseguiu ouvir, antes de sentir um forte zumbido tomar conta de si mesma, enquanto seu coração acelerava em desespero.
(...)
O corpo pesado do jovem era arrastado por uma pessoa um pouco mais baixa que si. O homem fedia a cigarros e bebida barata, sendo capaz de inflamar um bairro se acendessem um fósforo ao seu lado.
Estava tão desnorteado que não entendeu como havia parado naquele lugar; só sabia que era gélido e incômodo.
Mas entendeu tudo quando a superfície de seu corpo identificou um bom jato de água na sua cara.
Rapidamente abriu os olhos, sentindo-se afogar.
— Mas o que...? — indagou ao se perceber somente de cueca.
— Ah, agora você acorda!? — recebeu o questionamento de volta.
— ? O que…
— Cala essa boca. Fica quieto! Eu não quero ouvir um pio da sua voz! — ouviu a mulher reclamar, nitidamente com a fala embargada.
Esticou o braço de maneira fraca, tentando alcançar o rosto dela, que desviou com facilidade.
— … — chamou numa súplica, tendo sua mão estapeada pela moça.
— Não, ! Não me venha com “”! — ela brigou, sem fazer questão de esconder a emoção. Chorava enquanto passava o sabonete no peitoral do rapaz, com raiva. Estava nervosa, as mãos tremiam, e ela não conseguia disfarçar mais as lágrimas.
— ! — ele falou mais firme, segurando a mulher pelos ombros, fazendo com que ela parasse de ensaboá-lo e o olhasse nos olhos.
Os dois ficaram naquele impasse visual por longos segundos, até que ela o segurou de volta, ao soltar o sabonete das mãos, e o encurralar no azulejo da parede.
— Como você faz uma merda dessas? Em meio a uma crise de ansiedade, você me enche a cara, ? Nunca mais faça isso! Nunca mais suma! Eu achei que você tinha… — e respirou fundo antes de continuar. — Nunca mais suma!
Ele a observou, tocado pelas palavras da jovem, e sorriu de canto, permitindo-se chorar também.
— Me perdoa. Me perdoa, me perdoa, me perdoa… — fez seu pedido em repetição, apertando a ponta dos dedos na carne de , para confirmar que era real: ela estava ali, consigo. Era ela, depois de tanto tempo… Era ela!
— Você não tem o direito, ! — ela surrou seu peitoral de maneira fraca, pela falta de força diante do pranto engasgado.
Ele segurou sua mão com admiração e cuidado, sentindo uma pontada no peito ao vê-la daquele jeito.
— Eu sumi por muito tempo, tentando dar conta de tudo, . Eu me perdi, tantas vezes… Me perdi de você, de mim. Eu nem me reconheço mais.
O choro audível do rapaz fez com que a moça o encarasse com uma feição surpresa, impactada. O corpo de remexia com o choro, e a jovem percebeu que se ele não estivesse segurando-se nela, provavelmente cairia.
— , você… É um idiota!
— Eu sou! — ele concordou com dor, acenando a cabeça positivamente. — Eu me perdi totalmente, e eu perdi você. Eu perdi tudo, . Não tem mais salvação para mim...
— Não continue sendo um idiota! — ela bradou, fazendo com que ele a encarasse assustado, com a boca aberta. — Você não ouse dizer isso de novo, seu merda! Você não pode fazer isso! Não pode se afundar tão fundo e não voltar! Você… Você tem que voltar! Entendeu!?
— …
— Volta, ! Eu não vou deixar você ir embora…!
O artista levantou o rosto com o olhar ferido, os lábios trêmulos e a respiração acelerada.
— Eu tenho medo de não me encontrar de novo, . Por favor, não vá embora. Não agora que você está aqui… Fica comigo?
Os dois se olharam intensamente, analisando as expressões, os silêncios, os pensamentos trabalhando nas mentes.
— Quem me pede isso? É o famoso, ou é o ? O meu ?
Ele sorriu sem humor, tocando o rosto dela e limpando uma lágrima que passava pela bochecha.
— O seu.
— Eu só vou embora se você for, está me entendendo?
O choro voltou a ser intenso, e ele chegou a soluçar ao encostar a testa na dela.
— Me perdoa, por Deus, me perdoa… Eu não quero mais isso, eu não quero esconder as feridas por trás de fama… Eu não quero isso, eu quero o que é real!
E assim, afastou-se levemente dela, subindo as mãos para o rosto angelical da garota, que o encarava com o olhar preocupado e atento.
— Você é real, . Sempre foi. E não vai deixar de ser. Você é a parte em mim que me conecta de volta. Você é a minha melhor parte.
Os olhos dela voltaram a se encher de lágrimas, e miravam os de com tanta intensidade, que mesmo debaixo da água fria, o rapaz sentiu-se aquecido.
— Sério?
Ele engoliu a seco, encarando os lábios da jovem, convidativos demais para não serem contemplados.
Respondeu com um beijo urgente, cheio de sentimento, preciso e afoito.
Ele precisava mostrar, precisava dizer todas as coisas engasgadas, todas as pisadas de bola, todas as vezes que se perdeu tentando se encontrar. Todas as vezes que se atropelou por achar que estava no caminho certo a seguir.
Correu tanto, voou tanto, que se distanciou de todos, de quem mais esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis.
Se distanciou de si.
E aquele beijo era tudo o que poderia dar no momento, como a resposta ao que não mais faria.
Não daria mais um passo longe de si.
Longe de .
Algumas horas depois
— Como ele está? — perguntou, depois que Dr. Park saiu do quarto bagunçado.
Ele respirou fundo, sentando-se numa cadeira diante da moça.
— Agora está bem, está dormindo. Consegui lhe acalmar, mas é necessário que ele cuide da sua saúde mental para ontem, . Eu acredito que tudo isso esteja sendo muita informação para ele, e é normal que nos percamos, porque ainda é uma tentativa de desbravar a vida. Desde que isso não seja danoso para si mesmo, entende?
A mulher acenou a cabeça, encarando o chão.
— Você acha que ele conseguirá? Se recuperar de tudo isso… Está tão magro, tão abatido.
A feição do doutor foi cautelosa, o que deixou alarmada.
— Ele precisa de apoio. Ele precisa de acompanhamento, ele precisa de…
— De mim. — ela levantou o olhar, observando os olhos do Dr. Park. — Eu sei.
Ele respirou fundo, coçando a nuca.
— Você sabe que já não te atendo há anos, quando juntos, decidiram que ele seria atendido por mim e você, pela doutora Kang. Mas você sabe que, como um profissional que os acompanho direta ou indiretamente há anos, preciso perguntar: você quer estar aqui? Pode estar aqui? Acha que lhe é saudável?
umedeceu os lábios, encarando o chão novamente.
— Nós nos gostamos, Dr. Park.
— Sentimento não é o bastante para uma relação salutar.
Ela concordou, mordendo o lábio inferior.
— Eu acredito no comprometimento do . Faz seis meses que não nos falamos, que eu ignoro suas mensagens esporádicas, mas… Ele nunca tinha me ligado assim, nesse estado deplorável. Eu acho que em meio a tudo, ele percebeu os limites que ultrapassou para dar conta de todas as demandas. Quer dizer, que preço tem seu sonho? Precisa ser desse jeito?
O doutor negou com a cabeça, dando de ombros.
— Ele precisa perceber isso por si só. Acha que conseguiu nesse tempo afastado de você… De si mesmo?
passou as mãos no rosto, tensa. Puxou um caderno de bolso, que o doutor rapidamente reconheceu como sendo um dos maiores bem do rapper; o caderno de rimas.
— Veja isso.
“Eu troquei minha juventude por sucesso e aquele monstro demanda por mais riqueza. Às vezes colocam uma corrente em meu pescoço para me arruinar e me engolir com ganância. Alguns tentam calar minha boca e dizem que eu deveria engolir ambos, o bem e o mal. Eu não quero, eles querem que eu deixe esse monte. Merda, merda, eu entendi, então pare. Eu sou a raiz de tudo isso, então vou me impedir.”
— É dele, não é?
— Sim. E pela data, faz dias que escreveu isso…
Foi a vez do doutor ponderar ao umedecer os lábios, e uniu as mãos frente ao próprio corpo.
— Como você acha que é esse parar, ao qual ele se refere no final? A própria vida? Ou… O caminho da cura?
Os dois se olharam preocupados, e nada responderam. Uma terceira voz invadiu o recinto, trazendo o ultimato.
— A cura.
Dr. Park e viraram para trás, encarando escorado na parede. A jovem se levantou de prontidão, mas o rapper ergueu a mão em sua direção, impedindo-a de continuar.
— Eu… não quero mais isso. Não quero as coisas como estão. Eu quero ficar bem. Quero viver meu sonho de uma forma melhor do que tenho feito nos últimos tempos. — E olhou para , com os olhos marejados. — Eu nunca falei tão sério.
O nó na garganta da mulher se transformou em choro baixo, e ela não se contentou em ficar no seu lugar; correu para o rapaz, abraçando-o forte enquanto afundava o rosto na curva de seu ombro.
— Vai se cuidar? Promete?
— Sim. Por mim… e por você.
— Não, . Por você, acima de tudo.
— Se não for por você também, não estarei fazendo inteiramente por mim, . Entenda. Não foi uma fala aleatória. Você é a minha melhor parte.
O abraço apertou no pescoço dele, os braços masculinos se encaixaram na cintura dela, e a emoção falou mais alto por todos os poros dos corpos entrelaçados.
Após um tempo, o jovem afastou levemente a moça de lado, e se virou com um pequeno sorriso para o homem mais velho, no meio da sala.
— Quando podemos começar, doutor?
FIM
Nota da autora: Oi pessoal! Tudo bem?
Venho aqui com essa dádiva que é The Last, e espero que tenham gostado! Na minha cabeça, isso seria muito maior e diferente, mas devido a muitos acontecimentos, não consegui entregar o que queria. Entretanto, dei o meu melhor dentro do possível e espero de coração que gostem!
Saúde mental importa, lembrem-se!
Comentem aí o que acharam!
Beijos e até a próxima!
♥
Venho aqui com essa dádiva que é The Last, e espero que tenham gostado! Na minha cabeça, isso seria muito maior e diferente, mas devido a muitos acontecimentos, não consegui entregar o que queria. Entretanto, dei o meu melhor dentro do possível e espero de coração que gostem!
Saúde mental importa, lembrem-se!
Comentem aí o que acharam!
Beijos e até a próxima!
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