Don't know how I'm gonna get it
I'm so in love with an angel girl
How I'm gonna get it
She makes me fall in love with the, with the world
And everybody knows it

Sabe quando você se apaixona por alguém a ponto de não compreender como conseguiu viver tanto tempo sem aquela pessoa? Era exatamente assim que eu me sentia em relação a , ao menos, até meia hora atrás, quando discutimos sobre o fato de ela ter uma viagem de última hora para Amsterdã e que não vai comemorar o aniversário da minha mãe. Pois é, isso ligado ao fato de que ela ficou muito, muito indignada com uma mensagem que recebi.
- Se você não ligar para ela, eu ligo. – A voz de Joe me fez olhá-lo, meu amigo pessoal e colega de elenco era o fã número um do meu relacionamento com a complicada e apaixonante design, que eu felizmente chamava de namorada.
- Você escutou o que eu falei? – Perguntei olhando-o a espera de que pudesse ter algum apoio. Ele revirou os olhos.
- Acho que depois da quinta vez eu até conseguiria repetir tudo com exatidão. – Joe sorriu cínico, estreitei os olhos e bufei. – Fala sério, Channing, o que você faria se um cara bonitão mandasse uma mensagem perguntando se ela topava um jantar e um café da manhã? – Fiz careta.
Ele estava certo, eu sabia que sim. Uma antiga colega de trabalho e ex-namorada havia enviado aquela mensagem para mim, no momento em que destravei o celular e li o conteúdo senti sua presença. Não tive tempo de recusar, menos ainda de dizer que estava comprometido, tudo o que conseguir foi dizer a pior frase possível para o momento.
- Não é nada disso que você está pensando. – Ela arqueou a sobrancelha, colocou as mãos na cintura e me olhou esperando que eu explicasse. O óbvio nessa situação seria explicar, amenizar as coisas e distraí-la, mas ao invés disso eu me enrolei, comecei falando que aquela era minha ex e quando me vi encurralado, joguei a bomba do que pensava sobre sua viagem. Sim, essa foi a gota d’agua.

Everyday that I ever was
They know!
Everybody know by the...
And everybody knows it
Nothing is for searching
Everybody knows it
Nothing is for certain
In this life time or the next one
Give me all you're loving
Give me all you're ...

A verdade é que quando se trata de relacionamentos eu não sou exatamente um especialista, mas todas, antes dela, não eram a questão agora. era como um divisor de águas, ela me fazia sentir como um adolescente que acaba de descobrir o primeiro amor e extraordinariamente é correspondido. O problema é que pensar assim me deixava ainda mais inseguro.
Que eu a amava todo mundo sabia, e era exatamente por isso que eu estava procurando uma forma de encontrá-la antes da tal viagem e conversar, eu sentia sua falta nesses dois dias que não nos falamos.
Matt surgiu em minha sala com um pacote de salgadinhos e um copo de suco em mãos, assim como Joe, ele estava tentando me ajudar nessa tarefa quase impossível de localizar , já que segundo sua prima e colega de apartamento, ela estava finalizando a apresentação de um briefing para sua viagem à Amsterdã, seja lá o que isso signifique.
- Tive uma ideia.
- Eu sei onde ela tá!
Joe apareceu gritando e falando junto com Matt, ergui meus olhos do computador ondo buscava por novidades em suas redes sociais e esperei.

Give me all the things that you did not know that you got me
So give me all you're loving,
Give me all you're...
Give me all the things that you did not know that you got me
I wanna live with an angel woman
I wanna love her!

- Deixa ver se eu entendi, ela está hospedada num hotel no centro de L.A., segundo a sua investigação sem noção de fã girl. – Apontei para Joe, que assentiu sem vergonha alguma. – E você acha uma ótima ideia eu fazer uma serenata em pleno saguão? – Voltei minha atenção para Matt, que sorria e batia palmas como a Lindsey Lohan num daqueles filmes adolescentes. – Vocês só podem ter surtado.
- É o melhor que você tem agora. – Lembrou-me Manganiello me fazendo suspirar pesadamente.

Cause there is nothing after...
There is nothing after...

- Me fala a verdade, você bebeu o que para aceitar uma ideia idiota dessas, Tantum? – dizia exasperada enquanto andava de um lado para outro no quarto de hotel, no momento eu estava sentado na cama, usando uma saia de ula e colar floral ao redor do pescoço, sem camisa e com cara de cão sem dono.
Bom, num resumo da obra: A ideia de Matt de fazer uma serenata não era apenas tocar um violão e cantar algumas músicas, mas dançar sensualmente no hall de recepção pouca roupa, ou quase nenhuma, de forma duvidosa. O ponto positivo é que eu tinha, finalmente, a atenção de . O ponto negativo, é que ela estava muito, muito revoltada mesmo.
- Chaning, eu só precisava enviar a ideia do Briefing, só isso, e agora eu tenho que marcar uma reunião para explicar o atraso de duas horas, porque meu namorado teve a ótima ideia de dançar ula no hotel em que estou trabalhando.
- , amor...
- Nem começa, Tantum. – Ela, com um metro e meio, estava botando moral em mim. Sim, era o fim da picada, como diria a prima dela. – Faz um favor para gente e vai para casa, quando eu conseguir resolver as coisas a gente conversa.
- Mas...
- Só vai, por favor. – Direta e simplesmente, a vi apontar para porta, e sem opções, segui na direção indicada com o coração na mão.

Everybody knows the deal
Everybody knows the deal
Everybody knows it!



Eu estava irritada e chateada, apaixonada e frustrada, rindo e com vontade de chorar. Facilmente culparia a TPM se não tivesse passado por ela há dias, a culpa disso era, na verdade, do meu namorado insano e dos amigos loucos dele.
- Ah, , ele se esforçou, fala sério. – Minha prima, melhor amiga, colega de quarto e fã número um do meu relacionamento dizia pela sétima vez.
- Ah, , dá um tempo né, ele foi escutar conselho justo do Matt que não pode ver um livro de romance que já quer recriar. – Gesticulei indignada. Ela riu com gosto. – Preciso ir, tenho um longo voo pela frente. – Ela assentiu e se colocou de pé, não havia mais do que uma mala de mão para levar, então nos dirigimos para porta.

Give me all you're loving
Give me all you're...
Give me all the things that you did not know that you got me
So give me all you're loving,
Give me all you're...
Give me all the things that you did not know that you got me

Nem ferrando, foi a primeira coisa que pensei ao passar pelas portas automáticas do aeroporto. havia me ligado avisando sobre a hora do voo de , ela disputava com Joe o posto de fã girl da minha relação com a design, seria hilário se eles não nos metessem em furada dia sim, dia também.
Corri em direção ao painel que exibia os voos que haviam partido e senti meu peito apertar ao ver que o voo para Amsterdã havia saído, eu não sabia quando ela voltaria, nem se voltaria depois de tantos desentendimentos, mas eu queria uma última chance, dizer o que realmente sentia e me desculpar pelos incidentes. Dei meia volta e decidi comprar uma água, precisava pensar em algo para reverter a história e trazê-la para mais perto.
- Droga de sinal. – Uma voz conhecida me fez estancar no lugar, olhei em volta procurando a dona e me deparei com brigando com o celular. Foi impossível não sorrir, ou me aproximar. Toquei sua cintura e a puxei de supetão. – Mas que mer... Chaning! – Ri de sua expressão surpresa. – O que voc...
- Agora, é a minha vez de falar. – A interrompi antes que perdesse o fio da meada. – , eu quero começar pedindo desculpas, me coloquei no seu lugar e imagino as besteiras que passou pela sua cabeça ao ler aquilo. – A vi engolir em seco. – Só quero dizer que não temos nada, ela não sabia que estávamos juntos, mas agora sabe. você é uma mistura de tudo o que nunca achei que precisaria na vida, mas bom, conhecer você me fez ver que eu preciso. – Sorri sem poder me conter. – Você é uma mulher inspiradora e eu quero muito, mesmo, poder viver todos os dias doze que estão por vir, e poder dizer que te amo enquanto eu respirar.
- Chaning...
- Me desculpa, de verdade. – Ela não deixou espaço entre nós, seus lábios avançaram sobre os meus e então eu estava em êxtase, sentindo, flutuando, respirando e vivendo.
- Quem me achou foi o Joe, não foi? – Foram suas primeiras palavras ao se afastar de mim, acabei rindo e assenti. – Sabia. – Piscou marota. – A propósito, feliz dia doze para você.
- Para nós. – Pisquei antes de beijá-la mais uma vez.

Eu poderia terminar a narrativa aqui, mas vou esclarecer a dúvida que ficou. Dia doze de fevereiro foi quando nos encontramos pela primeira vez, ela estava de passagem pela cidade em que eu filmava Magic Mike XXL, perdida e cheia de histórias ela me conquistou no primeiro sorriso. Naquele mesmo dia eu lhe roubei um beijo, e ela... Bom, me devolveu um tapa. era arisca, sua primeira reação fora essa, antes de me pedir desculpas e eu refutar dizendo que mereci.
Há dois anos comemoramos o dia doze, seja de fevereiro, ou de todos os meses. Já que nesse dia, há um ano e sete meses atrás ela disse que me amava, foi quando a pedi em namoro e hoje, depois desse turbilhão, estava pronto para pedi-la para ficar comigo para sempre.

Nota da autora: Meus amores, eu venho até aqui agradecer a oportunidade de escrever essa história, nem de perto pensei em fazer algo do que saiu, mas estou feliz por poder fazer algo fofo depois de tanto tempo. Obrigada a organizadora, a beta e a todas que leram. Por favor, comentem.
Donna Sheridan






Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.