Capítulo Único
Mesmo dois meses depois, ainda olhava para o bilhete, incrédulo. Ao invés de apenas deixar aquele bilhete onde encontrou, guardou no bolso da calça depois que se vestiu.
Depois de meses, ele percebeu que ainda nutria sentimentos por e isso o deixava confuso e irritado. Para completar, a garota era completamente maluca, o fez entregar de mão beijada a área de Hongdae e fazia questão de demonstrar que o odiava.
Abriu a escrivaninha e leu novamente as palavras escritas no papel. Quis odiá-la naquele momento, porém não conseguia. Aliás, ela sempre teve esse poder sobre ele e isso que o deixava mais irritado.
Havia algo que o rapaz não entendia. sabia que conseguiria o acordo logo, bastava fazer mais algo louco e ele entregaria a área facilmente. Entretanto, ela usou sua sensualidade para conseguir o que tanto queria. Será que ainda existia algum resquício de sentimento?
***
O silêncio era absoluto. podia ouvir o balançar das árvores que ficam próximas a sua janela, o canto dos pássaros e as vozes das pessoas que provavelmente circulava na rua.
Estava deitada na sua cama, olhando para o teto e com uma enorme preguiça de levantar e encarar qualquer coisa.
Sua cabeça latejava forte e há dois dias se sentia mal, porém não sabia o motivo. Só queria poder ficar o dia inteiro na cama, pedindo comida e sem ter que ver a cara de ninguém.
Entretanto, tinha marcado de se encontrar com Suk, pois queria ver como estava o movimento em algumas áreas que estava, dando problemas.
A contragosto, levantou-se da cama para poder tomar um banho digno e ir logo ao galpão.
Depois de um longo banho e comer algo na padaria da esquina, pegou sua moto e foi ao encontro de Suk. Como se pudessem ler os pensamentos dela, o caminho estava calmo e sem muito trânsito, fazendo o humor da mulher melhorar um pouco.
Suk já estava adiantando uma papelada quando estacionou a moto dentro do galpão. Tirou os olhos de uma folha para ver a garota subindo os degraus. Acenou com a mão e voltou os olhos para o papel que estava segurando. A mulher sentou-se ao lado dele e ligou o computador que estava a sua frente.
- Então, como estamos?
- Estou organizando essa papelada aqui para você conferir. - Ele disse e passou o material para a mão dela.
- Mas está tudo certo? - perguntou sem olhar para o homem.
- Está tudo em ordem. E com você?
- O que você quis dizer? - Agora seus olhos estavam voltados para Suk.
- Você disse que não estava se sentindo bem.
- Disse.
- E então?
- E então o quê? - Ela perguntou, sem entender o que ele queria saber. Com o computador ligado, começou a digitar.
- Eu quero saber se você está bem, mulher.
- Estou. - Ela disse ainda digitando, sem olhá-lo.
- Que ótimo. - Ele disse. - Sabe, eu estava pensando. Abriu uma lanchonete aqui perto, peguei até o número de lá. Pensei em pedir algo para a gente comer.
- Ótimo, eu comi, mas ainda estou com fome.
- Vou pedir aqui e já volto.
***
- , você acha que se eu encomendar esse valor vai dar conta? ? ? - A moça chamava, mas o homem não prestava atenção. - ! - Então, a mulher gritou, assustando-o.
- Que foi, caralho!?
- Cara, estou falando contigo e você no mundo da lua! O que está pegando, hein?
- Nada.
- E eu nem te conheço… - Ela disse revirando os olhos.
- Então, vai falar logo ou vai querer cuidar da minha vida?
- Deixa de ser chato. - Repreendeu e voltou seus olhos para a tela do celular. - Sabe a festa a fantasia? Eu contratei aquele buffet que a Claire recomendou. Eles oferecem 10000 bebidas, desde água até vodka, 15000 aperitivos de todos os sabores. Está bom? Você disse que quer no máximo 500 pessoas.
- Exatamente, esse número já está bom e dá para os seguranças controlar.
- E quando eu fui montar o kit essa era uma das opções.
- Está ótimo. Mais alguma coisa?
- Sim, tem um convite que eu acho que você colocou o nome enganado.
- Deixa eu ver. - A mulher entregou o celular, mostrando o nome. - Não, está certo mesmo. Quero comemorar a festa de um ano do Haunters em grande estilo.
***
- Hey, ! Na hora que eu estava pegando nosso almoço, chegou uma carta endereçada a você. - Suk disse indo em direção à garota.
- Uma carta?
- Também achei estranho. Suas cartas sempre vão para sua casa.
- Deixa eu ver isso. - Ele entregou a carta e rasgou a lateral, retirando o papel que havia.
TWO FACE PARTY
Você está sendo convidada para a festa à fantasia
dos Haunters! Estamos comemorando 1 ano do
nosso grupo e gostaríamos que você comparecesse!
- Era só o que me faltava!
- O que foi?
- O teve a audácia de me convidar para a festa de comemoração do grupinho dele! - Ela disse e jogou o convite na lixeira.
- Eu odeio esse cara.
- Vamos falar disso não. Cadê a comida? - Eles se sentaram e o homem começou a tirar os sanduíches da sacola. Colocou o seu em um local próximo e entregou o outro para .
- Eu estou morrendo de fome. - A mulher assentiu rindo e abriu o lanche. O cheiro do alimento subiu em suas narinas, fazendo seu estômago embrulhar e ela correr para o banheiro.
Suk se assustou e logo correu atrás para saber o que havia acontecido.
estava de joelhos em frente ao aparelho sanitário.
- Suk, sai daqui! Eu não quero que você me veja assim!
- Deixa de besteira, ! Eu já vi você muito pior do que isso. Cara, você está doente! Vamos ao hospital! - O homem disse, visivelmente preocupado, porém ela balançou a cabeça, negando.
- Eu odeio hospital e eu já estou bem!
***
estava com as mãos suando frio. Havia pedido para que o convite de fosse o primeiro a ser entregue. Olhou a hora no seu relógio e sabia que ela já estava com o convite. Ele esperava que a mulher não jogasse fora e considerasse ir à festa.
O homem não sabia como agir diante do que estava acontecendo dentro de si mesmo. Só sabia que alguma chama havia reacendido e queria ter contato novamente.
Tentou até mandar mensagem para ela, porém havia sido bloqueado em todas as redes sociais possíveis. A mulher estava o evitando, sem sombra de dúvidas.
***
estava usando um body vermelho tomara que caia, com um enorme decote nos seios. Usava uma capa preta, botas de salto agulha. Na cabeça, uma coroa dourada e uma dentadura imitando dentes de vampiros. Rainha Vampira. Essa era a fantasia que a mulher escolhera para ir a festa dos Haunters.
Não havia sido uma decisão fácil, entretanto, decidira ir a festa. Não foi atoa que ela tinha escolhido uma fantasia super provocante. Sabia que iria causar e era exatamente isso que queria.
Fez uma maquiagem caprichada: olho preto e boca vermelha. Olhou-se no espelho e sabia que estava de matar.
A festa já havia começado, quando chegou. O local estava cheio de gente com todo tipo de fantasia possível.
Já sentia tédio naquele ambiente, sua solução foi ir ao bar e pedir uma bebida forte.
Nem tentou convidar Suk, pois sabia que ele não iria e que tentaria convencê-la a não ir. Não queria ficar debatendo motivos para ir ou não ir. Simplesmente teve vontade de ir e foi. Porém, não imaginava que estaria tão horrível. Aquela máscara que havia colocado estava dando uma certa agonia, o que só fazia piorar toda a situação.
- Olá. O que a vampira está fazendo aqui sozinha, ao invés de estar mordendo pescoços por aí? - Um homem apareceu de repente e sentou-se ao lado de . Passou os olhos do copo para o rapaz e deixou os olhos ali. Ele estava com uma fantasia de príncipe, totalmente clichê, mas que caía super bem nele.
- Estou bebendo álcool para ter energia e caçar vítimas. Aliás, talvez eu tenha encontrado uma aqui. - Disse com um sorriso de lado.
- Talvez, essa pessoa queira ser sua vítima. - O homem disse, dando um sorriso. Ela estreitou os olhos, tentando lembrar-se de onde conhecia aqueles olhos.
- Estou ficando com água na boca.
***
A garota andava um pouco a frente, enquanto o homem admirava o rebolar do seu quadril. Percebeu que não era só ele que estava admirando, pois todo o caminho, cabeças viraram para olhar o desfile que fazia.
A beleza que a mulher exalava era evidente, ninguém podia negar o quão poderosa ela era.
- Essa é a porta? - Perguntou e o homem apenas balançou a cabeça, sem ter noção do que estava acontecendo. Ela parou no meio do quarto, de costas para o homem. - Eu te conheço, eu sei disso. Mas, com essa máscara é difícil eu saber. - Virou-se e fitou o rapaz a sua frente, que engoliu em seco.
- Você quer que eu tire a máscara? - Ele perguntou, porém a mulher balançou a cabeça, negando. Aproximou-se dele, com um sorriso nos lábios.
- Eu quero exatamente assim, sabe porquê? Isso deixa minha calcinha totalmente encharcada. Me deixa extremamente excitada. - Disse baixo, próximo ao ouvido do rapaz.
Pegou-o pela roupa e empurrou na direção da cama, fazendo-o deitar. Rapidamente, sentou em seu colo, já sentindo sua ereção e como resposta, sua intimidade pulsou. Pôs uma das mãos nos cabelos dele e puxou para si. Colou os lábios nos dele, beijando ferozmente. Começou a tirar a roupa que o homem usava, com uma certa dificuldade, porém, ele impediu.
- Você não disse que me queria do jeito que eu estava? - Ela riu e foi em direção à calça. Desabotoou, porém não tirou. passou os dedos em cima da boxer antes de pôr a mão dentro e retirar o membro dali. Sem perder mais tempo colocou a boca e começou a chupar o local, fazendo o homem soltar alguns grunhidos. Sorriu levemente, sem tirar a boca.
Passou a língua na glande, lambendo todo o líquido que saía dali. - Não acha que é minha vez de brincar?
- Você quer chupar minha boceta? - Ele riu.
- Com certeza. - Deitou a mulher e abaixou o corpo, em direção à intimidade dela. Puxou o body de lado e beijou o local desejado. Começou a brincar ali, ora sugando os lábios, ora lambendo, deixando a mulher cada vez mais excitada.
- Eu vou acabar gozando. Vem logo me comer! - O homem obedeceu e deslizou seu membro para dentro e , fazendo-a soltar um longo gemido. Estocava forte, deixando a mulher cada vez menos sã. Em cada movimento, sentia o líquido quente que escorria dela, fazendo-o ficar ainda mais duro. E em um longo gemido, seguido de um pequeno tremor, a mulher gozou. Logo em seguida, o homem acompanhou.
Mal puderam se levantar, gritos podiam ser ouvidos de fora, fazendo-os ficar em alerta. Uma voz era ouvida da pequena caixa que havia ao lado da cabeceira da cama.
- , ! É a polícia! Algum filho da puta deve ter denunciado! A gente está te esperando no alçapão! Vem logo! - encarou o homem que estava a sua frente, que olhava para ela.
- ! Eu sabia que conhecia esses olhos!
- , não é hora! Os canas estão lá embaixo e te digo que o que sai daquelas armas não são flores!
- Foda-se os canas e suas armas! Seu filho da puta, você sabia que era eu, não sabia? - Agora, a mulher gritava.
- Eu te reconheci desde que chegou. Eu conheço tudo em você, . Desde o primeiro fio de cabelo até a unha do seu pé. Você poderia estar vestida de freira que eu saberia que era você.
- Você me enganou! Em nenhum momento disse seu nome!
- Te enganei? Você que se ofereceu! Vai dizer que em nenhum momento sabia que era eu? Por que eu tenho certeza absoluta que você sabe que eu sou único que sabe todos os lugares que você gosta de ser tocada, beijada!
- Você é um idiota!
- Acho que sou mesmo! Um idiota que ama até as suas patadas, que só sabe correr atrás de você feito um cachorro, porque você não quer reconhecer que sente o mesmo por mim!
- Amar? Você não sabe o que é isso! Não lembra que me largou? Eu não sinto nada por você! Você só serve para dar prazer, até porque tudo que você sabe, eu que ensinei!
- , para de discutir! Não está ouvindo as balas? Vamos sair daqui! - Ele pegou no braço da mulher, porém ela puxou, soltando-se dele.
- Não encosta em mim! Eu entrei só e vou sair só.
correu, em direção as escadas, com em sua cola. Não conseguia raciocinar direito devido a raiva que sentia do homem. Ainda correndo, desceu as escadas e foi em direção a entrada do local, porém sentiu uma dor forte próxima a coluna e seu corpo foi ao chão. Passou a mão no local, sentiu molhada e ao olhar a mão, viu que estava coberta de sangue.
***
gritou ao ver ser atingida por uma bala. Correu em sua direção ao ver seu corpo no chão.
- ! ! Fala comigo, por favor! - Ele gritou.
- , eu estou ouvindo. Está doendo essa porra aqui. - Ele riu e enxugou as lágrimas que escorriam em seu rosto.
- Você é dura até ao levar uma bala, garota! - Ele disse rindo e virou o corpo para trás. - Dan, chama uma ambulância!
A ambulância chegou rapidamente e não hesitou ao entrar no local junto com a mulher. Sua mão segurava levemente a dela, que estava com os olhos fechados e mordendo os lábios, provavelmente sentindo muita dor.
- , liga para o Suk. Avisa a ele.
- Porque eu devo avisar aquele idiota? - Ele perguntou com raiva e por dentro, com muito ciúme.
- Faz o que eu estou dizendo, caralho.
***
Já estava esperando há quase meia hora quando Suk chegou, ofegante. sabia que era ele, mas não desviou o olhar da porta que dava para o centro cirúrgico.
- O que aconteceu? Como ela está? Porque você está aqui?
- Ela levou uma bala. Não sei. Não é da sua conta.
- Eu sei que ela levou uma bala, quero saber como.
- Então, deveria ter perguntado isso ao invés de perguntar o que já sabia. - Suk bufou, já impaciente.
- Fala logo, .
- Ela estava na festa dos Haunters e algum imbecil informou à polícia. Estava tendo tiroteio e ela estava tentando sair de lá quando foi baleada.
- Ela me falou que não iria para essa maldita festa! - Suk passou a mão nos cabelos, sem acreditar. - Basta você ficar perto dela que só acontecem coisas ruins com ela. Já percebeu isso?
- A culpa não é minha! Foi os canas que atiraram!
- Onde ela estava, ? Em uma festa sua! Você não vê que só faz mal a ela?
- Claro, o que faz bem a ela é você! Eu sempre soube que você gosta dela! Pensa que eu não sei?
- Não me importo com o que você acha ou pensa. Aliás, não estou nem aí para você.
Algumas horas depois, um médico apareceu, quebrando o silêncio que havia se instalado ali.
- Vocês são e Lee Suk? - Eles balançaram a cabeça, em afirmação. - Pois venham comigo.
Os homens caminharam, seguindo o médico, que logo parou em frente uma porta e abriu. Deu espaço para que eles entrassem e fechou a porta.
- Então, doutor? Como ela está?
- Eu estou bem, Suk. - A mulher disse, chamando a atenção para si. Os dois foram para perto dela, um em cada lado da cama. - Só quero saber o que esse outro está fazendo aqui.
- Foi com ele que você chegou e ele disse que era seu namorado. - A garota tentou rir, porém sentiu uma dor forte na barriga. - Você não pode fazer esforço, senhorita. Aliás, vocês tiveram sorte. Essa bala poderia ter matado os dois.
- Os dois? Não entendi, só eu fui baleada, doutor. - Todos tinham a mesma expressão confusa nos rostos e o doutor sorriu docemente.
- Então, você ainda não sabe? Você está grávida, e teve muita sorte de o bebê ter sobrevivido.
- Grávida? Como assim? Eu não posso estar grávida!
- Não só pode, como está grávida. Você está com cinco semanas. - Tanto , quanto fizeram as contas rapidamente e o choque surgiu no rosto dos dois.
- Eu vou ser pai.
- O quê!? O filho não é seu!
- Claro que é meu. As contas batem. Não finja, . Você sabe. - se virou para os homens que ali estavam. - Vocês podem nos deixar um minuto a sós?
- Não! Não vou deixar você só com ela! - Suk gritou e foi repreendido pelo médico.
- Tudo bem, Suk. Eu vou ouvir.
Os dois saíram, deixando-os sozinhos naquele quarto. A mulher apenas olhava, esperando que ele dissesse o que queria.
- , você não vê? Esse filho é obra do destino. Eu sei que fui um idiota e que fui fraco por ter te deixado mesmo te amando mais do que a mim mesmo. Sempre soube do seu temperamento forte e isso foi um dos motivos por tanto amar você, mas que me sufocou. Você ser essa mulher forte e poderosa, talvez tenha com que eu mesmo me encolhesse. Os ciúmes contribuíram também. - Ela abriu a boca para falar, porém o homem foi mais rápido. - Eu não estou colocando culpa em você, estou colocando em mim. Eu fui fraco, eu que desisti. Eu que fui idiota e só percebi isso recentemente, quando te tive nos meus braços novamente. - Ele sorriu. - Claro que o fogo que arde entre a gente também é carnal, porque quando a gente ama de verdade é assim. Tem o lado sentimental e o carnal. O que está falando em mim agora, é o sentimental. Eu amo você e sei que sempre vou amar. Eu quero esse filho, eu quero você, eu quero a gente. Quero ter uma família com você e se você quiser, a gente sai dessa vida que temos. Compramos uma casa grande, com um lindo quintal. Eu procuro um trabalho de verdade. Só sei que quero qualquer coisa, mas que essa qualquer coisa seja com você. - respirou fundo e esperou os gritos, porém se surpreendeu com a calmaria que veio dela.
- , você é um idiota mesmo. Não canso de dizer. Você tem noção do que eu passei quando você me deixou? Eu passei dias sem comer, escondida, sem ver a luz do sol. Sabe porque? Porque você é o meu sol. Você que sempre me iluminou e aqueceu minha vida e quando você se foi, deixou apenas um vazio, uma escuridão enorme. Não foi fácil, mas eu dei a volta por cima. Trabalhei duro, coloquei você no fundo da minha mente para não surtar e fazer alguma loucura, tipo ir atrás de você e suplicar que voltasse para mim. Essa chama… essa chama não. Você está certo. Esse fogo. Esse fogo que existe nunca apagou por completo. - Ela suspirou pesadamente. - Mas não sei se você merece algo de mim. Não sei o que pensar. - Ela fechou os olhos e custou a abrir. - Acho que os remédios estão fazendo efeito. Estou com sono.
- Não precisa me prometer nada. Só me deixa tentar, por favor? - balançou a cabeça afirmando, antes de cair no sono.
Depois de meses, ele percebeu que ainda nutria sentimentos por e isso o deixava confuso e irritado. Para completar, a garota era completamente maluca, o fez entregar de mão beijada a área de Hongdae e fazia questão de demonstrar que o odiava.
Abriu a escrivaninha e leu novamente as palavras escritas no papel. Quis odiá-la naquele momento, porém não conseguia. Aliás, ela sempre teve esse poder sobre ele e isso que o deixava mais irritado.
Havia algo que o rapaz não entendia. sabia que conseguiria o acordo logo, bastava fazer mais algo louco e ele entregaria a área facilmente. Entretanto, ela usou sua sensualidade para conseguir o que tanto queria. Será que ainda existia algum resquício de sentimento?
O silêncio era absoluto. podia ouvir o balançar das árvores que ficam próximas a sua janela, o canto dos pássaros e as vozes das pessoas que provavelmente circulava na rua.
Estava deitada na sua cama, olhando para o teto e com uma enorme preguiça de levantar e encarar qualquer coisa.
Sua cabeça latejava forte e há dois dias se sentia mal, porém não sabia o motivo. Só queria poder ficar o dia inteiro na cama, pedindo comida e sem ter que ver a cara de ninguém.
Entretanto, tinha marcado de se encontrar com Suk, pois queria ver como estava o movimento em algumas áreas que estava, dando problemas.
A contragosto, levantou-se da cama para poder tomar um banho digno e ir logo ao galpão.
Depois de um longo banho e comer algo na padaria da esquina, pegou sua moto e foi ao encontro de Suk. Como se pudessem ler os pensamentos dela, o caminho estava calmo e sem muito trânsito, fazendo o humor da mulher melhorar um pouco.
Suk já estava adiantando uma papelada quando estacionou a moto dentro do galpão. Tirou os olhos de uma folha para ver a garota subindo os degraus. Acenou com a mão e voltou os olhos para o papel que estava segurando. A mulher sentou-se ao lado dele e ligou o computador que estava a sua frente.
- Então, como estamos?
- Estou organizando essa papelada aqui para você conferir. - Ele disse e passou o material para a mão dela.
- Mas está tudo certo? - perguntou sem olhar para o homem.
- Está tudo em ordem. E com você?
- O que você quis dizer? - Agora seus olhos estavam voltados para Suk.
- Você disse que não estava se sentindo bem.
- Disse.
- E então?
- E então o quê? - Ela perguntou, sem entender o que ele queria saber. Com o computador ligado, começou a digitar.
- Eu quero saber se você está bem, mulher.
- Estou. - Ela disse ainda digitando, sem olhá-lo.
- Que ótimo. - Ele disse. - Sabe, eu estava pensando. Abriu uma lanchonete aqui perto, peguei até o número de lá. Pensei em pedir algo para a gente comer.
- Ótimo, eu comi, mas ainda estou com fome.
- Vou pedir aqui e já volto.
- , você acha que se eu encomendar esse valor vai dar conta? ? ? - A moça chamava, mas o homem não prestava atenção. - ! - Então, a mulher gritou, assustando-o.
- Que foi, caralho!?
- Cara, estou falando contigo e você no mundo da lua! O que está pegando, hein?
- Nada.
- E eu nem te conheço… - Ela disse revirando os olhos.
- Então, vai falar logo ou vai querer cuidar da minha vida?
- Deixa de ser chato. - Repreendeu e voltou seus olhos para a tela do celular. - Sabe a festa a fantasia? Eu contratei aquele buffet que a Claire recomendou. Eles oferecem 10000 bebidas, desde água até vodka, 15000 aperitivos de todos os sabores. Está bom? Você disse que quer no máximo 500 pessoas.
- Exatamente, esse número já está bom e dá para os seguranças controlar.
- E quando eu fui montar o kit essa era uma das opções.
- Está ótimo. Mais alguma coisa?
- Sim, tem um convite que eu acho que você colocou o nome enganado.
- Deixa eu ver. - A mulher entregou o celular, mostrando o nome. - Não, está certo mesmo. Quero comemorar a festa de um ano do Haunters em grande estilo.
- Hey, ! Na hora que eu estava pegando nosso almoço, chegou uma carta endereçada a você. - Suk disse indo em direção à garota.
- Uma carta?
- Também achei estranho. Suas cartas sempre vão para sua casa.
- Deixa eu ver isso. - Ele entregou a carta e rasgou a lateral, retirando o papel que havia.
Você está sendo convidada para a festa à fantasia
dos Haunters! Estamos comemorando 1 ano do
nosso grupo e gostaríamos que você comparecesse!
- Era só o que me faltava!
- O que foi?
- O teve a audácia de me convidar para a festa de comemoração do grupinho dele! - Ela disse e jogou o convite na lixeira.
- Eu odeio esse cara.
- Vamos falar disso não. Cadê a comida? - Eles se sentaram e o homem começou a tirar os sanduíches da sacola. Colocou o seu em um local próximo e entregou o outro para .
- Eu estou morrendo de fome. - A mulher assentiu rindo e abriu o lanche. O cheiro do alimento subiu em suas narinas, fazendo seu estômago embrulhar e ela correr para o banheiro.
Suk se assustou e logo correu atrás para saber o que havia acontecido.
estava de joelhos em frente ao aparelho sanitário.
- Suk, sai daqui! Eu não quero que você me veja assim!
- Deixa de besteira, ! Eu já vi você muito pior do que isso. Cara, você está doente! Vamos ao hospital! - O homem disse, visivelmente preocupado, porém ela balançou a cabeça, negando.
- Eu odeio hospital e eu já estou bem!
estava com as mãos suando frio. Havia pedido para que o convite de fosse o primeiro a ser entregue. Olhou a hora no seu relógio e sabia que ela já estava com o convite. Ele esperava que a mulher não jogasse fora e considerasse ir à festa.
O homem não sabia como agir diante do que estava acontecendo dentro de si mesmo. Só sabia que alguma chama havia reacendido e queria ter contato novamente.
Tentou até mandar mensagem para ela, porém havia sido bloqueado em todas as redes sociais possíveis. A mulher estava o evitando, sem sombra de dúvidas.
estava usando um body vermelho tomara que caia, com um enorme decote nos seios. Usava uma capa preta, botas de salto agulha. Na cabeça, uma coroa dourada e uma dentadura imitando dentes de vampiros. Rainha Vampira. Essa era a fantasia que a mulher escolhera para ir a festa dos Haunters.
Não havia sido uma decisão fácil, entretanto, decidira ir a festa. Não foi atoa que ela tinha escolhido uma fantasia super provocante. Sabia que iria causar e era exatamente isso que queria.
Fez uma maquiagem caprichada: olho preto e boca vermelha. Olhou-se no espelho e sabia que estava de matar.
A festa já havia começado, quando chegou. O local estava cheio de gente com todo tipo de fantasia possível.
Já sentia tédio naquele ambiente, sua solução foi ir ao bar e pedir uma bebida forte.
Nem tentou convidar Suk, pois sabia que ele não iria e que tentaria convencê-la a não ir. Não queria ficar debatendo motivos para ir ou não ir. Simplesmente teve vontade de ir e foi. Porém, não imaginava que estaria tão horrível. Aquela máscara que havia colocado estava dando uma certa agonia, o que só fazia piorar toda a situação.
- Olá. O que a vampira está fazendo aqui sozinha, ao invés de estar mordendo pescoços por aí? - Um homem apareceu de repente e sentou-se ao lado de . Passou os olhos do copo para o rapaz e deixou os olhos ali. Ele estava com uma fantasia de príncipe, totalmente clichê, mas que caía super bem nele.
- Estou bebendo álcool para ter energia e caçar vítimas. Aliás, talvez eu tenha encontrado uma aqui. - Disse com um sorriso de lado.
- Talvez, essa pessoa queira ser sua vítima. - O homem disse, dando um sorriso. Ela estreitou os olhos, tentando lembrar-se de onde conhecia aqueles olhos.
- Estou ficando com água na boca.
A garota andava um pouco a frente, enquanto o homem admirava o rebolar do seu quadril. Percebeu que não era só ele que estava admirando, pois todo o caminho, cabeças viraram para olhar o desfile que fazia.
A beleza que a mulher exalava era evidente, ninguém podia negar o quão poderosa ela era.
- Essa é a porta? - Perguntou e o homem apenas balançou a cabeça, sem ter noção do que estava acontecendo. Ela parou no meio do quarto, de costas para o homem. - Eu te conheço, eu sei disso. Mas, com essa máscara é difícil eu saber. - Virou-se e fitou o rapaz a sua frente, que engoliu em seco.
- Você quer que eu tire a máscara? - Ele perguntou, porém a mulher balançou a cabeça, negando. Aproximou-se dele, com um sorriso nos lábios.
- Eu quero exatamente assim, sabe porquê? Isso deixa minha calcinha totalmente encharcada. Me deixa extremamente excitada. - Disse baixo, próximo ao ouvido do rapaz.
Pegou-o pela roupa e empurrou na direção da cama, fazendo-o deitar. Rapidamente, sentou em seu colo, já sentindo sua ereção e como resposta, sua intimidade pulsou. Pôs uma das mãos nos cabelos dele e puxou para si. Colou os lábios nos dele, beijando ferozmente. Começou a tirar a roupa que o homem usava, com uma certa dificuldade, porém, ele impediu.
- Você não disse que me queria do jeito que eu estava? - Ela riu e foi em direção à calça. Desabotoou, porém não tirou. passou os dedos em cima da boxer antes de pôr a mão dentro e retirar o membro dali. Sem perder mais tempo colocou a boca e começou a chupar o local, fazendo o homem soltar alguns grunhidos. Sorriu levemente, sem tirar a boca.
Passou a língua na glande, lambendo todo o líquido que saía dali. - Não acha que é minha vez de brincar?
- Você quer chupar minha boceta? - Ele riu.
- Com certeza. - Deitou a mulher e abaixou o corpo, em direção à intimidade dela. Puxou o body de lado e beijou o local desejado. Começou a brincar ali, ora sugando os lábios, ora lambendo, deixando a mulher cada vez mais excitada.
- Eu vou acabar gozando. Vem logo me comer! - O homem obedeceu e deslizou seu membro para dentro e , fazendo-a soltar um longo gemido. Estocava forte, deixando a mulher cada vez menos sã. Em cada movimento, sentia o líquido quente que escorria dela, fazendo-o ficar ainda mais duro. E em um longo gemido, seguido de um pequeno tremor, a mulher gozou. Logo em seguida, o homem acompanhou.
Mal puderam se levantar, gritos podiam ser ouvidos de fora, fazendo-os ficar em alerta. Uma voz era ouvida da pequena caixa que havia ao lado da cabeceira da cama.
- , ! É a polícia! Algum filho da puta deve ter denunciado! A gente está te esperando no alçapão! Vem logo! - encarou o homem que estava a sua frente, que olhava para ela.
- ! Eu sabia que conhecia esses olhos!
- , não é hora! Os canas estão lá embaixo e te digo que o que sai daquelas armas não são flores!
- Foda-se os canas e suas armas! Seu filho da puta, você sabia que era eu, não sabia? - Agora, a mulher gritava.
- Eu te reconheci desde que chegou. Eu conheço tudo em você, . Desde o primeiro fio de cabelo até a unha do seu pé. Você poderia estar vestida de freira que eu saberia que era você.
- Você me enganou! Em nenhum momento disse seu nome!
- Te enganei? Você que se ofereceu! Vai dizer que em nenhum momento sabia que era eu? Por que eu tenho certeza absoluta que você sabe que eu sou único que sabe todos os lugares que você gosta de ser tocada, beijada!
- Você é um idiota!
- Acho que sou mesmo! Um idiota que ama até as suas patadas, que só sabe correr atrás de você feito um cachorro, porque você não quer reconhecer que sente o mesmo por mim!
- Amar? Você não sabe o que é isso! Não lembra que me largou? Eu não sinto nada por você! Você só serve para dar prazer, até porque tudo que você sabe, eu que ensinei!
- , para de discutir! Não está ouvindo as balas? Vamos sair daqui! - Ele pegou no braço da mulher, porém ela puxou, soltando-se dele.
- Não encosta em mim! Eu entrei só e vou sair só.
correu, em direção as escadas, com em sua cola. Não conseguia raciocinar direito devido a raiva que sentia do homem. Ainda correndo, desceu as escadas e foi em direção a entrada do local, porém sentiu uma dor forte próxima a coluna e seu corpo foi ao chão. Passou a mão no local, sentiu molhada e ao olhar a mão, viu que estava coberta de sangue.
gritou ao ver ser atingida por uma bala. Correu em sua direção ao ver seu corpo no chão.
- ! ! Fala comigo, por favor! - Ele gritou.
- , eu estou ouvindo. Está doendo essa porra aqui. - Ele riu e enxugou as lágrimas que escorriam em seu rosto.
- Você é dura até ao levar uma bala, garota! - Ele disse rindo e virou o corpo para trás. - Dan, chama uma ambulância!
A ambulância chegou rapidamente e não hesitou ao entrar no local junto com a mulher. Sua mão segurava levemente a dela, que estava com os olhos fechados e mordendo os lábios, provavelmente sentindo muita dor.
- , liga para o Suk. Avisa a ele.
- Porque eu devo avisar aquele idiota? - Ele perguntou com raiva e por dentro, com muito ciúme.
- Faz o que eu estou dizendo, caralho.
Já estava esperando há quase meia hora quando Suk chegou, ofegante. sabia que era ele, mas não desviou o olhar da porta que dava para o centro cirúrgico.
- O que aconteceu? Como ela está? Porque você está aqui?
- Ela levou uma bala. Não sei. Não é da sua conta.
- Eu sei que ela levou uma bala, quero saber como.
- Então, deveria ter perguntado isso ao invés de perguntar o que já sabia. - Suk bufou, já impaciente.
- Fala logo, .
- Ela estava na festa dos Haunters e algum imbecil informou à polícia. Estava tendo tiroteio e ela estava tentando sair de lá quando foi baleada.
- Ela me falou que não iria para essa maldita festa! - Suk passou a mão nos cabelos, sem acreditar. - Basta você ficar perto dela que só acontecem coisas ruins com ela. Já percebeu isso?
- A culpa não é minha! Foi os canas que atiraram!
- Onde ela estava, ? Em uma festa sua! Você não vê que só faz mal a ela?
- Claro, o que faz bem a ela é você! Eu sempre soube que você gosta dela! Pensa que eu não sei?
- Não me importo com o que você acha ou pensa. Aliás, não estou nem aí para você.
Algumas horas depois, um médico apareceu, quebrando o silêncio que havia se instalado ali.
- Vocês são e Lee Suk? - Eles balançaram a cabeça, em afirmação. - Pois venham comigo.
Os homens caminharam, seguindo o médico, que logo parou em frente uma porta e abriu. Deu espaço para que eles entrassem e fechou a porta.
- Então, doutor? Como ela está?
- Eu estou bem, Suk. - A mulher disse, chamando a atenção para si. Os dois foram para perto dela, um em cada lado da cama. - Só quero saber o que esse outro está fazendo aqui.
- Foi com ele que você chegou e ele disse que era seu namorado. - A garota tentou rir, porém sentiu uma dor forte na barriga. - Você não pode fazer esforço, senhorita. Aliás, vocês tiveram sorte. Essa bala poderia ter matado os dois.
- Os dois? Não entendi, só eu fui baleada, doutor. - Todos tinham a mesma expressão confusa nos rostos e o doutor sorriu docemente.
- Então, você ainda não sabe? Você está grávida, e teve muita sorte de o bebê ter sobrevivido.
- Grávida? Como assim? Eu não posso estar grávida!
- Não só pode, como está grávida. Você está com cinco semanas. - Tanto , quanto fizeram as contas rapidamente e o choque surgiu no rosto dos dois.
- Eu vou ser pai.
- O quê!? O filho não é seu!
- Claro que é meu. As contas batem. Não finja, . Você sabe. - se virou para os homens que ali estavam. - Vocês podem nos deixar um minuto a sós?
- Não! Não vou deixar você só com ela! - Suk gritou e foi repreendido pelo médico.
- Tudo bem, Suk. Eu vou ouvir.
Os dois saíram, deixando-os sozinhos naquele quarto. A mulher apenas olhava, esperando que ele dissesse o que queria.
- , você não vê? Esse filho é obra do destino. Eu sei que fui um idiota e que fui fraco por ter te deixado mesmo te amando mais do que a mim mesmo. Sempre soube do seu temperamento forte e isso foi um dos motivos por tanto amar você, mas que me sufocou. Você ser essa mulher forte e poderosa, talvez tenha com que eu mesmo me encolhesse. Os ciúmes contribuíram também. - Ela abriu a boca para falar, porém o homem foi mais rápido. - Eu não estou colocando culpa em você, estou colocando em mim. Eu fui fraco, eu que desisti. Eu que fui idiota e só percebi isso recentemente, quando te tive nos meus braços novamente. - Ele sorriu. - Claro que o fogo que arde entre a gente também é carnal, porque quando a gente ama de verdade é assim. Tem o lado sentimental e o carnal. O que está falando em mim agora, é o sentimental. Eu amo você e sei que sempre vou amar. Eu quero esse filho, eu quero você, eu quero a gente. Quero ter uma família com você e se você quiser, a gente sai dessa vida que temos. Compramos uma casa grande, com um lindo quintal. Eu procuro um trabalho de verdade. Só sei que quero qualquer coisa, mas que essa qualquer coisa seja com você. - respirou fundo e esperou os gritos, porém se surpreendeu com a calmaria que veio dela.
- , você é um idiota mesmo. Não canso de dizer. Você tem noção do que eu passei quando você me deixou? Eu passei dias sem comer, escondida, sem ver a luz do sol. Sabe porque? Porque você é o meu sol. Você que sempre me iluminou e aqueceu minha vida e quando você se foi, deixou apenas um vazio, uma escuridão enorme. Não foi fácil, mas eu dei a volta por cima. Trabalhei duro, coloquei você no fundo da minha mente para não surtar e fazer alguma loucura, tipo ir atrás de você e suplicar que voltasse para mim. Essa chama… essa chama não. Você está certo. Esse fogo. Esse fogo que existe nunca apagou por completo. - Ela suspirou pesadamente. - Mas não sei se você merece algo de mim. Não sei o que pensar. - Ela fechou os olhos e custou a abrir. - Acho que os remédios estão fazendo efeito. Estou com sono.
- Não precisa me prometer nada. Só me deixa tentar, por favor? - balançou a cabeça afirmando, antes de cair no sono.
FIM
Nota da autora: Essa é a continuação de MV: Fire. Me perdoem por essa fanfic tão rápida e curtam, mas eu tinha que correr. Prometo reescrever ela com calma depois.
Beijos!
Outras Fanfics:
Feche a Porta MV: Fire À Primeira Vista 03. Push & Pull 14. Never Let You Go
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