Finalizada em: 22/10/2019

Prólogo

" Taylor , você aceita casar comigo?" esse era o meu agora noivo pedindo a minha mão no meio do central Park, no qual ele mobilizou todo o espaço para fazer um verdadeiro espetáculo onde o alvo seria eu, então, depois de dançar com dançarinos super bem arrumados, que eu não faço ideia de como ele achou, e cantar Marry You do Bruno Mars, ele se ajoelhou na minha frente, estendeu uma caixinha de veludo preta e a abriu, proferindo o famoso pedido.
Era a minha música favorita, no meu lugar favorito, com a pessoa que despertava as melhores sensações e me fazia ir de um extremo a outro no mesmo dia. Ele estava me pedindo em casamento vestindo um terno florido, só pelo fato de eu amar peças estampas e, logo depois, ele estava sorrindo para mim. O mesmo sorriso que eu vi pela primeira vez no campus da faculdade que estudamos juntos e me apaixonei, o mesmo sorriso que me cumprimentou pela primeira vez e que me roubou um beijo no segundo encontro.
Limpei uma lágrima que caía e disse a frase mais aguardada de todas: "Eu aceito me casar com você". Essa foi a deixa para todas as pessoas ao nosso redor vibrarem e ele me abraçar e rodar no ar, como em todas as vezes que nos encontrávamos no aeroporto depois de alguma viagem longa a trabalho, ou quando ficávamos um dia sem nos ver, era sempre uma saudade.
Então uma chuva de confetes nos cobriu e ele me beijou entre lágrimas e sorrisos, no meio do central Park num dia ensolarado e aquecido não só pelo sol, mas por todo o nosso amor.


Capítulo Único

Depois de quase um ano, o dia do nosso casamento tinha chegado. Tinha sido um ano e tanto! Tivemos tantos altos e baixos que eu pensei que esse casamento não sairia, mas como um bom domador, conseguiu contornar as situações. Eu posso garantir que não foi nada justo, mas posso dizer que aceito reviravoltas desse estilo sem problemas.
Tudo começou numa segunda pela manhã, eu tinha acabado de acordar quando me dei conta que estava sozinha na cama, em cima do travesseiro dele tinha um bilhete dizendo para aproveitar o café da manhã, achei estranho, mas entendi tudo quando fui levantar e dei de cara com uma bandeja farta sob a escrivaninha.
Fiquei tão feliz com o pequeno gesto, ele estava me desejando um ótimo dia mesmo de longe. Tomei meu café da manhã na cama e, depois de alguns minutos, levantei, indo em direção a cozinha. Quando cheguei ao cômodo, quase desmaiei, a cozinha estava um completo caos, a louça transbordava competindo com o lixo e os eletrodomésticos usados, eu não conseguia acreditar que aquele filho da mãe tinha conseguido me deixar feliz e com raiva numa só manhã.
Eu estava tão zangada aquele dia que quando cheguei em casa no final do dia, até Max, nosso cachorro, fugiu de mim. Foi então que eu escutei o barulho de televisão ligada e fui direto ao alvo, que estava na sala de jantar.
", quantas vezes eu tenho que falar sobre organizar e lavar? Você não tem uma empregada”. Mesmo estando muito atento no jogo, ele se virou para mim e me respondeu com outra pergunta.
"O que?" ele estava com a cara mais lavada do mundo.
"A droga da cozinha, estava um caos hoje de manhã, você deveria ter organizado tudo antes de sair". E lá estava eu, explicando como se explica para uma criança "Teria me poupado trabalho e estresse, fora que você mora aqui também". Ele voltou sua atenção para o jogo sem nenhuma cerimônia e respondeu:
"Eu fiz o café da manhã, amor, você nem deveria ficar tão brava assim". Ele estava olhando para mim outra vez, agora sustentando o seu sorriso brincalhão, não acredito que ele vai tentar me tirar ainda mais do sério hoje.
Peguei o controle na mesinha de centro e desliguei a televisão, escutando seu protesto e disse:
"Só ligo quando você levantar daí e colocar a roupa na secadora para se redimir". Eu sabia que aquela atitude iria desencadear uma discussão terrível e foi o que aconteceu, eu não queria ceder e, muito menos, ele e então, quando estávamos no ápice da discussão, ele me beijou.
No primeiro momento eu recuei, mas só em sentir os lábios dele nos meus, todas as coisas que estavam ao nosso redor sumiram, até mesmo aquela DR.

Eu estava olhando pela janela todo o movimento no andar de baixo, a cerimônia seria ao pôr do sol e isso significava que ainda faltava boas três horas, quando escutei uma batida na porta, atravessei o quarto que estava e abri a mesma, dando de cara com meu pai.
"Querida, como você está linda". Ele estava com um semblante tranquilo de um jeito que eu nunca tinha visto. "Porque não está pronta ainda?". Acho que o semblante de tranquilidade é só disfarce, ele estava muito ansioso.
"Papai, está muito cedo, o Tyler nem chegou". Tyler era o maquiador e cabeleireiro que contratamos. "Não se atrase e nem fuja". Me controlei para não rir alto. "Papai! O senhor deveria estar me perguntando se eu tenho certeza, que eu poderia fugir com a sua ajuda". Nesse momento ele quem riu.
"Já dei esse conselho pro antes de vir aqui". Saber que mesmo diante de todas as brincadeiras e piadas, meu pai estava apoiando meu noivo.
Ele foi embora depois de me abraçar meio emotivo e dizer que me amava e que me fez lembrar do dia em que foi apresentado a todos, ele estava muito nervoso e só sabia andar de um lado para o outro na sala de embarque do aeroporto.
"E se seu pai tentar me matar enquanto eu estiver dormindo?" Era a terceira vez que ele fazia aquela pergunta e eu não conseguia segurar a gargalhada que vinha.
"Ele não vai fazer isso, eu não deixaria". Ele se sentou no meu lado e encostou a cabeça no meu ombro. "Obrigada por me dar uma chance, não lembro mais como era minha vida antes de você" eu acariciei seu rosto.
"No mínimo, muito sem graça".

Já tinha um pouco mais de 40 minutos que o Tyler tinha chegado e estava me arrumando. Agora faltava uma hora e meia para o casamento e eu não conseguia pensar em como estava, eu conseguia imaginar o desespero do meu pai para acalmá-lo, já que a mãe dele é igualzinha a ele.
Minutos após a saída de Tyler do quarto para pegar alguma coisa que eu não fazia ideia, alguém bateu na minha porta, ajeitei o barrado do vestido para facilitar a minha curta caminhada e, quando eu finalmente ia abrir a porta, a pessoa do outro lado abriu, deixando só uma fresta.
", sou eu". Eu não conseguia acreditar.
", o que está fazendo aqui? Você deveria estar terminando de se arrumar". E então ele me respondeu:
"Precisava te ver, estou pirando sem você".
Não estávamos nem no altar ainda e ele já estava se declarando, ele passou a mão pela fresta da porta e a estendeu para que eu pegasse.
"Você sabe que as madrinhas vão te matar".
"Por você vale a pena correr riscos".
Ficamos mais alguns minutos em pé, segurando a mão um do outro e nos tranquilizando, até que se despediu e foi ao encontro do meu pai, porque o mesmo estava ligando.
Faltava menos de uma hora para o casamento e meu quarto estava lotado, o tempo foi passando até que eu estava posicionada para entrar no espaço que seria a cerimônia e a festa. Assim que entrei com meu pai, pude ver de longe e parecia surpreso com a minha chegada, formando uma cena agradável.
Fui caminhando em sua direção, quando cheguei até ele, meu pai o abraçou e beijou a minha testa numa demonstração simples de muito amor e carinho. A sensação de estar vivendo esse momento era muito grandiosa para ser descrita, acompanhamos a cerimônia de mãos dadas, até que chegou a hora das alianças, e então me lembrei que deixei essa parte do casamento com e eu não fazia ideia do que ele tinha escolhido.
Até que começou a vir uma coisa peluda e grande em nossa direção, o nosso golden retriever, Max, e então meus olhos começaram a lacrimejar pela décima vez aquela noite. Então veio a hora de dizer os votos, eu estava nervosa, mas nada se comparava ao , sua mão tremia embaixo da minha e então o juiz deu a palavra para o meu noivo:
"Relacionamentos de verdade tem altos e baixos e tudo o que conta é o aqui e agora. Eu posso te deixar louca, mas você sabe que eu te amo, tenho certeza que faço algumas coisas que realmente te incomodam, mas você sempre é paciente e isso me torna uma pessoa melhor, admito que sem você estaria perdido e eu espero ter você para me guiar e achar pela eternidade."
Nesse momento, pude notar que já estava me derramando em lágrimas, assim como nossos pais e alguns amigos. Eu me sentia amada de uma forma indescritível e ter ao meu lado era como ganhar em dez loterias , mas eu acho que essa era a mais importante da vida, onde eu prometia amar e respeitar, na saúde e na doença, em todas as fases da nossa vida até que depois da morte.




Fim.



Nota da autora: Sem nota.



Outras Fanfics:
  • 14. I Dream About You
  • 10. King of My Heart

    Nota da beta: Ah, que coisinha lindinha, May! <3 Muito obrigada mesmo por participar do meu ficstape, fiquei muito feliz com sua presença e sua história!
    Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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