Última atualização: 22/05/2021

Capítulo Único

Engraçado como, às vezes, um vira dois em questão de dias. Era como se simplesmente fosse necessário apenas um passinho para que algo mágico acontecesse.
Bom, nesse caso, foi necessária uma viagem para o outro lado do mundo e o mais bizarro, uma parte da família que era desconhecida para ela.

A chegada

– Seja bem-vinda à Coreia do Sul, prima. – Ouviu um garoto mais ou menos da idade dela falar enquanto abraçava uma mulher bem mais velha que ela.
levou um cutucão no ombro, o que fez com que ele olhasse para sua mãe com cara de dor, vendo-a olhar feio para o garoto enquanto seu pai balançava a cabeça negativamente e envergonhado.
– Essa não é a sua prima, garoto! – A mãe disse em tom bravo. – Desculpem, quando ele nasceu, caiu do berço e ficou assim. Às vezes, é incontrolável.
se desculpou com a mulher, envergonhado, e juntou-se aos pais mais uma vez, o que fez com que desse risada pois o puxão que o mais novo primo havia levado tinha valido a pena.
– Aquela é a sua prima! – O pai do garoto aprontou para a garota que observava a cena de longe, rindo como se estivesse em um programa de comédia.
– Seja bem-vinda. – Ele disse desanimado, pegando as malas da garota.
– Ué, e meu abraço, primo? – Ela disse, zombando, o que fez com que o pai dele desse risada junto.
– Engraçadinha. – Ele disse, mostrando a língua para enquanto a mesma ria.
– Vejo que vocês se darão muito bem. – O tio dela disse, rindo dos dois.
E ele não estava errado, havia nascido e crescido como filho único mas trabalhou desde cedo em uma empresa enorme de cantores do país e, por isso, já não morava com os pais havia um tempo. Havia tirado uma folga porque a chegada da prima era crucial para sua família, que finalmente conheceria-a já que, até alguns meses antes, eles sequer sabiam da existência um do outro. Mas isso não atrapalhou e, em pouco tempo, eles se sentiam confortáveis um com o outro.

Um mês depois

– Pessoal, essa é . – Ele disse, apresentando a garota que deixava as sacolas de comida em cima da mesa.
Naquele dia, havia pedido de propósito para que a prima tirasse alguns minutos do tempo dela para poder ir onde ele trabalhava mas, obviamente, não seria de mão vazias.
Ambos, desde que colocou os pés no país, inesperadamente deram-se bem. Ela havia ganhado um irmão que nunca teve e ele, uma irmã. Mas se você pensa que a história da garota termina aí, está muito enganado. se mudou para o país em primeira questão por um motivo avulso mas, naquele mesmo dia, o dia em que visitou a empresa pela primeira vez, entendeu o porquê de estar ali.
– Meu nome é , prazer! – O garoto de cabelo azulado disse, sendo o último dos amigos a apresentar-se.
estava nervoso – por alguma razão – para apresentar-se e apertar a mão da garota como cumprimento formal. Questionou-se até chegar a sua vez do porquê de seu coração se sentir ansioso ao vê-la assim que ela passou pela porta da sala de ensaio.
– Será que você pode parar de flertar com o meu amigo, ? – disse, interrompendo. – Ele não está acostumado, está suando frio desde que você entrou passou pela porta.
– Mas eu nem disse nada, ainda! – Ela respondeu, rindo para o primo.
– Se você não falou uma palavra sequer, – Ele riu. – imagina quando falar. Melhor não, precisamos dele inteiro para o show mês que vem.
E foi assim que tudo começou.
Estranho e à primeira vista, nunca mais deixou de seguir os passos da garota, independente de onde ela fosse. Aquele momento foi “o momento”, aquele em que ele escolheu que, dali para frente, seguiria-a para onde quer que fosse.

Primeiro Verão

, no primeiro verão, decidiu declarar-se. Ele não sabia muito bem por onde começar, ele só sabia que, assim como aquele dia, ensolarado e gostoso, sentia seu coração ficar quando estava com ela.
– Eu não sei como fazer isso! – disse nervoso, andando de um lado para o outro. – Quer dizer, ela não é alguém com quem eu simplesmente me sentaria em um café e pediria em namoro.
– Com esse nervosismo todo, ela acharia que era um pedido de casamento. – disse, rindo. – Ela ainda fugiria de volta para seu país sem pensar duas vezes, pensando bem. – Ele disse, pensativo. – Você deveria pedí-la em casamento.
– Cala a boca, ! – Todos presentes na sala disseram juntos assim que o olhou, indignado.
– O quê? – Ele levantou as mãos para o alto. – Quem sabe aquela folgada para de me fazer dividir meus pais com ela.
– Meu Deus, um ano e você ainda não superou que eles gostam mais dela do que de você? – disse, rindo.
– Óbvio que não. – Ele respondeu. – Porque é impossível.
– Certo, não vou fazer isso hoje, preciso pensar mais sobre como pedir de forma perfeita. – disse, parando de andar no mesmo momento.

Algumas horas depois

– Você chegou muito cedo! – Ela disse, rindo dele, que esperava-a ansioso do lado de fora da cafeteria.
– Eu não queria perder a hora. – Ele disse, envergonhado. – Vamos?
assentiu e sorriu para ele, entrando em seguida no estabelecimento.
– Você quer que eu faça os pedidos? – Ele perguntou.
– Por que não pedimos para viagem e caminhamos um pouco? O dia está bonito. – Ela comentou, olhando o céu pela enorme janela da cafeteria, e ele a acompanhou com o olhar.
– Tudo bem por mim. – Ele respondeu, direcionando o olhar à garota e sorrindo, mesmo que ela não visse. – Realmente, a vista é linda.
Não era do dia que ele se referia.
– O que gostariam de pedir? – A atendente disse assim que chegou a vez dos mesmos na fila.
– Ice americano... – Os dois começaram a dizer ao mesmo tempo.
e se olharam, afinal, haviam pedido exatamente a mesma bebida no mesmo tempo, mostrando a sincronia entre eles.
– Dois ice americanos. – Ela disse, rindo para a atendente, que achou a cena fofa.
? – Ele a chamou de repente.
– Hm? – Ela respondeu enquanto olhava as outras opções do cardápio na parede.
– Namora comigo? – Ele perguntou, fazendo com que ela arregalasse os olhos em sua direção no mesmo momento. – Quer dizer... Droga! – Ele disse, coçando a nuca como ato de nervosismo. – N-Não era assim que eu pretendia, você sabe... – Ele riu, sem graça. – Me declarar, mas eu vi que pedimos o mesmo café no mesmo momento e isso me deu uma emoção momentânea me fazendo fa…
– Eu aceito! – Ela disse, interrompendo-o.
– O quê? – Ele perguntou, soltando a respiração que havia prendido assim que escutou-a falar.
– Eu disse que aceito. – Ela disse, rindo. – A não ser que você tenha se arrependido.
– Nunca! – Ele disse rapidamente. – Eu nunca me arrependeria.
E foi assim que, apesar da sincronicidade e mutualidade ter começado desde o primeiro dia em que viram-se, aquele primeiro verão foi, sem dúvidas, um dos mais importantes.
Onde tudo começou.

Segundo verão

– Pizza? – Ela perguntou assim que colocou as coisas sob o balcão.
– Na sala. – Ele respondeu, entrando na cozinha, onde ela estava – Assim como as bebidas, os doces e uma coberta quentinha para podermos ficar grudadinhos.
– Você sempre foi meloso assim? – Ela perguntou, rindo enquanto abraçava-o pela cintura.
– Para você? – Ele perguntou retoricamente. – Sim.
– Não posso reclamar. – Ela respondeu, apertando-o contra si mais um pouco.
– Como foi o seu dia, meu amor? – Ele perguntou, deixando um carinho em seus fios de cabelo.
– Cansativo. – Ela respondeu com uma risada tranquila. – Mas nada que uma noite de pizza, séries e você não resolva.
– Você sempre foi melosa assim? – Ele repetiu a pergunta dela, rindo.
– Para você? – Ela disse. – Sempre.
A questão de e era que o conforto um do outro lhes fazia bem. Não importava se seus dias haviam sido péssimos e cansativos. Se, no final do dia, estavam juntinhos assim, apenas comendo e conversando, suas energias já restauravam-se.
Eles gostavam da energia, da companhia um do outro.
– Sabe o que eu tava pensando hoje mais cedo? – Ele disse, aconchegando-se mais a ela.
– Hm? O quê? – Ela perguntou, prestando atenção no filme.
– Que você deveria se mudar para cá de uma vez. – Ele disse, fazendo com que a garota engasgasse com o pedaço de pizza que comia. – Você não precisa mais morar com seus tios, pode dar uma folga para eles e me deixar ver essa carinha linda todos os dias de manhã.
– Te garanto que não tem nada de bonito nessa carinha de manhã! – Ela disse, tomando um gole da bebida que ele lhe ofereceu.
então, virou seu rosto em sua direção assim que ela se encostou nele mais uma vez.
– Eu duvido. – Ele disse, beijando uma das bochechas da garota. – Eu duvido muito. – Disse, beijando a outra. – E discordo também. – Ele deixou um pequeno beijo na ponta do nariz dela, que sorriu. – Como você pode dizer uma coisa dessas? – Ele a puxou mais para cima, fazendo com que ela se sentasse em seu colo confortavelmente.
– É a verdade! – Ela respondeu, um pouco sem graça pelo contato físico repentino.
estava sentada em seu colo enquanto ele tinha seus braços entrelaçados ao corpo da mesma, ele mirou seu olhar na boca da garota e, depois, em seus olhos. Ela sabia que aquilo era um pedido de permissão para que ele a beijasse de uma vez. Ela não esperou por ele, ela mesma juntou seus lábios, fazendo com que ele prendesse a respiração no mesmo instante. Afinal, era esse o efeito que ela tinha sobre ele.
– Você só precisa trazer as suas coisas. – Ele disse entre os beijos. – Não precisa dormir no meu quarto, nem nada do tipo, só precisa me deixar te ver todos os dias pela de manhã. – Ele a beijou mais uma vez, puxando-a mais para si. – E tardes... – Ele riu, voltando ao beijo. – E noites... – Ele juntou ambas as testas e retomou o fôlego. – Quer dizer, só de você me deixar fazer o café da manhã todos os dias para você, já me deixaria feliz.
– O seu plano é me engordar? – Ela perguntou, rindo.
Ambos continuaram daquela forma pelo resto da noite, porque ser próximo daquela maneira nunca havia sido algo difícil para os dois, já que não se desgrudavam.

Terceiro Verão

– Eu já disse que você tem que andar ao meu lado e não seguindo meus passos de longe. – reclamou, rindo enquanto levantava a mão em direção à namorada, que vinha a alguns centímetros de distância dele enquanto olhava algumas lojas no caminho.
– Eu gosto de te observar, sabe? – Ela respondeu, rindo.
– Você pode me observar de perto. – Ele respondeu, agarrando a mão da garota e trazendo-a para seu lado. – Eu não mordo. – Ele disse, rindo. – A não ser que você queira.
– Meu Deus. – Ela disse depois de gargalhar, fazendo com que algumas pessoas olhassem em direção a eles. – Quando foi que você ficou saidinho desse jeito? – Ela disse baixo, ainda tentando controlar-se para não rir.
– A culpa é sua. – Ele respondeu, voltando a andar com ela ao seu lado.
– E se alguém nos ver? – Ela perguntou hesitante, soltando a mão do rapaz no mesmo momento.
– Estamos bem disfarçados. – Ele disse. – Além do mais, eu não ligo. Na realidade, seria um alívio, não aguento mais isso do mundo não saber que nós somos “compre um, leve dois”.
– Eu queria muito saber quem te ensina a falar coisas assim. – Ela disse, rindo. – Mas a verdade é que eu sei, você está andando muito com o ultimamente, eu não deveria esperar menos.
– Quando ele vai perguntar de você, sempre fala “Yug, a compre um, leve dois não vem hoje?” – Contou.
– Ele é insuportável. – A garota disse, rindo – Ah, lembrei! – Ela disse de repente.
– De quê? – Perguntou ele, confuso.
– Minha tia disse para levar o kimchi extra que eu trouxe ontem, quando fui visitá-la, ao dormitório. – Ela disse, colocando a palma de uma das mãos.
– E o que isso tem a ver com o ? – disse, rindo da aleatoriedade da garota.
– Nada, é que você falou dele e sabe-se lá o porquê eu lembrei dele. – Ela respondeu, rindo.
– Vou contar para ele que falar de kimchi te lembra dele. – Ele respondeu, pegando o celular no mesmo momento e mandando mensagem para o amigo.

Quarto Verão

, espera, me escuta! – Ele disse, indo atrás da garota, que fechou a porta da sala com força.
e viviam juntos desde a noite em que ele havia feito o pedido para que ela vivesse com ele. viajava em tour constantemente e nem sempre ela podia estar junto dele. Mas, naquele dia em específico, suas férias estavam para dar início e, como suas matérias estavam adiantadas, além de ele e seu grupo fazerem um show na cidade naquela mesma noite, a garota pensou que seria uma ótima forma de surpreender o rapaz e seus amigos comparecendo no backstage com alguns presentes que deixassem claro seu apoio assim que o show terminasse, afinal, não queria distraí-los antes do show.
Ela caminhou nervosa até o local em que seu manager havia dito que estariam, ele guardava as coisas que ela havia comprado para os rapazes, afinal, apenas havia contado a ele e a seu primo, , que estaria ali, então ambos fizeram o possível para ajudá-la a entrar sem ser vista ou ter qualquer problema.
– Ele está ali dentro. – Disse, apontando a uma pequena porta. – Eu disse que traria a maquiadora para arrumar alguma coisa nele antes de irmos e... Bom, digamos que ele não é nenhum pouco desconfiado. – O manager disse rindo e o acompanhou.
– Muito obrigada, Kim. – ela agradeceu e ele assentiu, sorrindo simpático.
abriu a porta com cuidado para que ele não a visse de primeira, mas a sala estava com as luzes apagadas, então decidiu acendê-las para ter certeza de que estava ali, talvez descansando até que a maquiadora chegasse. Acendeu as luzes e deparou-SE com uma cena que definitivamente não estava em seus pensamentos desde que havia conhecido o rapaz. Ele estava com os lábios grudados em outra pessoa que ela apenas pôde ver através do reflexo no espelho. Era , uma das melhores amigas da garota ali no país desde que havia chegado. Sua mão acabou tremendo de nervosismo e a porta abriu um pouco, fazendo com que ela rangesse alto e ambos olhassem em sua direção.
? – Ele perguntou com uma cara confusa, olhando em seguida assustado para a pessoa à sua frente, que sorriu. – ?
não teve coragem de dizer nada naquele momento, sua primeira reação foi deixar o local sem sequer conseguir falar com os outros garotos antes.
a alcançou quase na saída, onde já haviam muitas pessoas para que pudessem ter uma conversa privada, mas ele não deixaria que ela saísse dali sem que explicasse o que aconteceu.
– Foi um acidente, estava escuro e eu pensei que fosse... – Ele tentou falar mas ela o interrompeu.
– Pensou que fosse eu? – Ela riu, incrédula, soltando a mão que ele segurava com nervosismo. – Você teve mesmo a cara de dizer isso? Sendo que apenas duas pessoas sabiam que eu viria hoje e eu falei explicitamente para cada um que eles não podiam te contar o que eu viria já que... – Ela disse, levantando as sacolinhas que estavam em sua mão. – Era uma surpresa.
– Foi exatamente isso que aconteceu, . – Ele disse, quase entrando em desespero e preocupação pela exposição que ela teria só por aquela conversa estar acontecendo na frente de algumas pessoas. – Eu juro, não foi por querer, eu nunca faria isso com você. – Ele pegou sua mão mais uma vez. – Eu amo você.
– Vocês precisam sair daqui agora. – Um dos staffs disse, cobrindo os dois para que nenhum paparazzi que poderia estar escondido no local tirasse mais fotos.
Ela foi embora naquele dia, sem dizer mais nenhuma palavra a ele. Não sabia no que acreditar na realidade, já havia sido um baque suficiente porque, de qualquer forma, ela seria culpada na história e poderia apenas ter sido uma vítima, mas ainda assim, em sua mente, era complicado colocar as coisas no lugar. Por isso, pegou suas coisas ou o máximo que podia no apartamento e foi para a casa da tia, perguntando se poderia passar uns dias lá, dando a desculpa de que sentiu falta da mesma.
ficou desesperado assim que chegou em casa e viu que faltavam coisas dela por todos os cantos. Ele tentou ligar, mandar mensagem, perguntar a sobre a garota e até mesmo ir à casa dos tios dela, mesmo não tendo coragem suficiente de tocar a campainha.
Então ele apenas deu a ela o tempo que ela necessitava.

Dois meses depois

– É bom você ver isso! – chegou, jogando-se no sofá da sala onde se encontrava.
– O quê? – Ela disse, curiosa, pegando o celular da mão do primo.

“Astro da música, revela em entrevista que é apaixonado pela mesma garota há mais de quatro anos e o momento em que viu-a pela primeira vez havia tornado-se o melhor dia de sua vida. Quem será a sortuda que conquistou o coração dele?”

– Ele não fez isso. – Ela disse, indignada.
– Qual é, , você não pode e nem consegue passar mais tempo ignorando. – O primo disse, sentando de frente para ela. – Toda vez que você vai levar comida no dormitório ou na empresa, é a mesma coisa, vocês se olham e é praticamente visível o desconforto um com outro. – Disse, sendo sincero. – E eu já te disse inúmeras vezes, eu avisei que você chegaria naquele dia, ele também queria te fazer uma surpresa então eu tenho certeza de que não passou de um engano da parte dele, que ele achou que era você ali na sala esperando por ele quando, na realidade, era a cobra da sua ex-amiguinha invejosa.
– Meu Deus, você está parecendo o falando sobre isso ontem. – Ela disse, levantando do sofá, indo em direção à cozinha e sendo seguida por ele.
– E eu não acredito que vou dizer isso mas... – Suspirou. – Ele está certo, você vem ignorando o coitado já tem dois meses.
– Porque eu não sei o que fazer, tá bom? – Ela disse, nervosa, fazendo com que ele se calasse no mesmo instante. – Eu não sei como agir, não sei como resolver, mesmo já tendo perdoado o uma semana depois daquilo. Ele parou de tentar conversar comigo, então eu desisti.
– É só conversar com ele, ! – Disse tranquilo, tentando não deixá-la mais irritada. – Ele já disse que está te dando seu tempo. Ele te respeita, você sabe disso. – Disse , suspirando. – É só você chegar e dizer o que me disse aqui, que não sabia o que fazer ou como agir. Ele vai entender.
– Eu não sei se quero voltar a expô-lo. – Ela disse, andando em direção a seu quarto. – Com certeza, é melhor para ele que eu apenas desapareça, então…
– Essa é a coisa mais ridícula que eu já ouvi. – Uma voz veio da porta. – Desde quando você acha que isso faz algum tipo de sentido? Se eu me importasse com ser “exposto”, – Ele disse, fazendo aspas com a mão. – você acha mesmo que eu imploraria para que você fosse morar comigo desde o nosso segundo ano juntos?
? – Ela se levantou rapidamente da cama em que havia sentado. – Eu não...
– Desde que você chegou nesse país, – Ele disse, aproximando-se enquanto deixava o quarto de fininho, afinal, os dois haviam tramado aquilo para que soubesse que já não tinha ressentimento ou algo do tipo, que era medo e nada mais. – desde que eu te vi pela primeira vez, eu não sei o que você fez comigo. Meu coração parecia que ia explodir e eu suava de nervoso, eu queria que fossemos apenas nós dois e que todos soubessem que você seria minha e de mais ninguém, mas era óbvio que eu não podia dizer uma coisa dessas no primeiro dia, por isso que eu esperei um ano para colocar tudo que eu guardava no meu coração para fora. – Ele suspirou. – Literalmente, existe dias em que eu espero que alguém tire uma foto nossa juntos para finalmente poder sair por aí sem você sempre estar receosa sobre alguém nos ver. Se não fosse porque você não quer me expor sempre, eu já teria falado sobre você há muito tempo, sabe por quê?
Ela balançou a cabeça negativamente.
– Porque eu sei que, se depender de mim, eu vou acabar me casando com você logo, logo. – Ele disse, rindo. – A não ser que você queira se livrar de mim, claro.
– Nunca! – Ela respondeu, abraçando-o.
– Eu sei que pode ter parecido uma cena muito chocante e sem explicação lógica, – Ele disse, ainda com ela presa em seu abraço. – mas eu juro que pensei que fosse você me esperando na sala naquele dia. me contou que você iria e eu tinha uma surpresa preparada, achei que fosse o lugar perfeito e o momento perfeito. Eu sequer sei como foi parar naquele lugar ou no backstage.
– Tá tudo bem, – Ela disse, acariciando as costas do rapaz. – eu imagino que ela me ouviu falando com Kim e entrou na sala assim que ele levou você lá. Eu acredito em você.
– Eu fui feito para isso. – Ele disse, rindo e afastando-a um pouco para que pudesse olhar em seus olhos. – Eu fui feito para ter uma família com você, para sincronizar meus passos com os seus, para estar com você nos momentos importantes e nos inúteis também. – Ele suspirou. – Para dizer a todos que esse coração, – Ele apontou para seu próprio peito. – finalmente, esgotou. Foi vendido, rendido, sendo todo e unicamente seu.
– Você sempre foi meloso assim? – Ela fez a pergunta que ele já conhecia.
– Para você? – Ele perguntou, deixando um beijo em sua bochecha. – Sim, sempre.
A vida de ambos realmente havia sido ajustada para que um estivesse na vida do outro, para que pudessem suportar e superar suas diferenças e momentos em que obviamente seriam difíceis, porque nem só de rosas vive um relacionamento.
No quinto verão, e contaram sobre seu relacionamento ao público, vivendo um pouco mais leves e felizes por seu relacionamento não precisar mais ser algo tratado como segredo de Estado.
No sexto verão, ficaram noivos. O rapaz fez o possível e o impossível para esperar até o momento certo, mas estava tão nervoso que acabou fazendo a mesma coisa de quando pediu a garota em namoro na cafeteria. Ele foi impulsivo e desesperado, acabou dizendo as palavras “você quer se casar comigo?” assim que desceu do palco em um de seus shows. Ela não esperava aquilo de uma forma tão aleatória e em um momento que, para ele, não deveria ser o ideal como ele havia planejado, mas não pôde segurar aquilo dentro de si nem por mais um minuto depois de vê-la no meio da multidão, feliz e animada com seus pais no show.
No sétimo verão, casaram-se, dando início a uma nova jornada, juntando seus laços, prontos para uma família grande.

“Oh, you and I are true 1+1
Oh, I'll be with you at any time
Yesterday, today, and tomorrow
The two of us are like one
Oh, you and I are true 1+1
Oh, you'll be with me at any time
Every day we are always together
The two of us are like one…”



Fim.



Nota da autora: "Eu achei que fosse ter um ataque e que essa fanfic não fosse sair mas, aqui estamos nós!!!!! Açúcar puro né minha gente? mas espero que vocês tenham gostado desse dois fofinhos...Obrigado se você leu até aqui, realmente me deixa feliz, vejo vocês na próxima <3
Caso você queira encontrar as minhas histórias, minha página de autora estará disponível em breve, mas você pode me seguir no instagram @_Caleonis_ lá tem um link com todas elas disponíveis e de fácil acesso.
Xoxo Caleonis"

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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