Última atualização: 17/05/2020

Capítulo Único

estava cansada da aula, queria poder ir embora e nunca mais olhar na cara dos professores. A verdade é que ela desejava aquele final de semana como nunca, mesmo sendo seu primeiro ano no colegial, e ela já tinha conquistado seu lugar no Colégio Lakewood, sendo assim a popular, juntamente de Hanna, sua melhor amiga desde que se entendia por gente.
– Pronta para hoje à noite? – O diálogo começou no exato momento em que o professor liberou.
– É claro, pré-festa, por que não estaria?
– Avisei minha mãe que vamos ficar na casa da sua prima, como já tinha combinados. Sua mãe sabe, né?
– Sabe. – Hanna confirmou. – Mas ela nem vai se incomodar, não fique assim, achando que vão sair questionando. – Andavam pelo corredor.
– Desconfiando de quê?
Dylan era o jogador de futebol americano, ficante de Hanna e . As duas não se incomodavam com isso, afinal, para quê se importar com um adolescente quando elas podiam ter os homens mais velho nas festas?
– De nada, Dylan, é conversa de mulher. – falou e viu o garoto revirar os olhos.
– Vamos sair hoje? – Ele questionou.
– Não podemos. – Hanna falou. – Vamos sair, temos que ir no shopping e no salão.
– Vocês nunca têm tempo pro final de semana. – Pararam do lado de fora.
– Não mesmo. – riu. – Temos coisas mais legais a fazer do que ver o futebol.
– E festa? Não querem ir?
As garotas se entreolharam e riram.
– Não. – Falaram juntas.
– Até segunda, Dylan.
Quase meio do ano e ele ainda não tinha entendido que o ideal das garotas era outro, principalmente de . O dinheiro, o poder e a gloria sempre foram seu top três para a vida. Queria largar aquela vida pacata, sem muito luxo, e conquistar tudo para ter seus sonhos de diamantes conquistados.
Entraram no carro de Hanna e foram para a casa da melhor amiga. Ficaram esperando a hora passar para, assim, poderem irem à festa. Sim, era um experimento. Uma festa por três dias, sem intervalo, sem portas fechadas, sem arrumação. Todas as dançarinas estariam lá, todos os homens ricos da cidade e dos Estados Unidos também, e esse momento era o mais aguardado por . Quem sabe sairia dali “comprometida” com um dos homens.

– Lara já deixou tudo organizado.
– Ela vai também? – se maquiava em frente ao espelho.
– Não, só levar, ela tem compromisso com a família do noivo dela.
– Você falou que ela não sabia.
– Mas não sabe. Vamos andar um pouco, ela vai deixar a gente em uma balada, é perto, fique tranquila.
– Eu estou, confio em você de olhos fechados.
– Então vamos lá, levanta e vamos para a festa.
Desceram com seus vestidos deslumbrantes e tiraram foto no espelho. Lara estava no carro vermelho esperando as duas garotas. Não estava de acordo por vê-las vestidas com os vestidos curtos e bem decotados, mesmo ambas tendo a disponibilidade para pararem saírem com seus carros.
Lara parou o carro na tal balada e deixou as duas. Por um tempo, apenas para fingir, elas ficaram na fila até terem a certeza de que Lara não voltaria. E as duas saíram com seus casacos compridos caminhando para a festa. Como Hanna tinha contado com o dono da festa, elas tinham entrada VIP para todos os dias. O local era diferente do que estava acostumada a ir, era uma mansão com carros de luxo no lado de fora, demonstrando todo o dinheiro que o dono tinha. Quando entraram naquela mansão, os olhos de brilharam. Havia mulheres com suas roupas deslumbrantes, as joias brilhando no corpo delas, e principalmente garotas novas, da sua idade, tento o mesmo luxo que ela sempre desejou.
– Vai ficar aí parada ou vem comigo?
– Desculpa, estava admirando.
– Percebi. – Segurou a amiga pela mão.
Levou a garota ate um homem bem vestido e com algumas mulheres sentadas em volta dele.
– Victor, essa é , minha melhor amiga desde criança.
– Prazer, . – Deu um beijo na mão dela.
– O prazer é todo meu.
– E você está gostando da festa?
– Sim, está perfeita.
– Espero que goste. Deixe seu casaco aqui, pode cuidar dele para você.
– Agradeço.
Entregou o casaco para o rapaz, que sorriu de lado. Ele era bonito, um pouco forte mas atraente, os olhos escuros dele escondiam as verdades, o que ele fazia ali no meio de tantas pessoas ricas, sendo que Victor tinha as garotas que trabalhava para ele.
voltou sua atenção no assunto e conversou com eles, ficou olhando para ela, decifrando qual era o objetivo de mais uma garota ali, porém a beleza de chamou mais a atenção. Elas dançaram, beberam, ficaram com alguns homens e curtiram a noite toda. era suspeita para dizer que tinha amando sentir todos os novos gostos de beijos e drinks.
Foi assim o final de semana todo. Elas iam até a balada. De lá, para a festa de Victor. No tempo que não estava ocupada, arquitetando sua gloriosa vitória de uma vida luxuosa, só não esperava sentir atraída – apenas – por .

No sábado, eles se encontraram no lado de fora da mansão, ele estava fumando enquanto mexia no celular. se aproximou dele com um sorriso sexy pintado de vermelho. Ela já tinha tomando algumas taças de martini, mas quem ligava? Ela era dona de si.
– Oi.
– Oi, precisa de alguma coisa? – Ele se ofereceu.
– Preciso. – Passou a mão na jaqueta dele.
o puxou com vontade e beijou, o gosto do cigarro invadiu seus lábios no mesmo instante, mas já estava acostumada com o sabor da nicotina. passeava suas mãos pelas curvas de e ali mesmo, na parte mais reservada e restrita de todos os convidados, se entregou a ele.
– Você é louca. – Ele comentou, estava sentado na mesa ao lado dela.
– Vai me dizer que não foi uma experiência boa? A adrenalina passando no corpo... Melhor do que droga, não?
– Mais ou menos.
– Por quê?
– Eu precisei parar, sem dinheiro para comprar, meus pais descobriram e, então, o final você já deve imaginar.
– Que merda. – Abriu a bolsa – Toma, não é muito mas da para você se divertir em casa. – Entregou um saquinho com drogas.
– Valeu.
– Agora preciso voltar para a festa.
Desceu da mesa educadamente e voltou, fez o caminho com se nada tivesse acontecido.
– Você não está aqui só por diversão, não é? – Ele parou.
– Não, você sabe que não. – Se ela falasse realmente o motivo, talvez as coisas poderiam desandar. – Eu estou procurando alguém que me entenda e saiba que amo sair. Eu procuro um amor de verdade.
– E do mesmo nível de classe social.
– Exatamente. – Sorriu.
A festa estava mais agitada, a música mais rápida, os garçons de um lado para o outro com bandejas vazias e cheias. Hanna estava sentada no colo de Victor, rindo de alguma coisa que ele contava em particular no ouvido dela. E ? tentava achar o mesmo homem que tinha encontrado no dia anterior.



Sexta-feira. Primeiro dia de festa.
estava dançando com Hanna, debaixo do lustre de cristais Swarovski. Seguravam seus copos vazios, já deviam estar nas suas décimas doses de martini ou qualquer coisa com álcool que elas tinham pedido para o barman. Porém, no exato momento em que ela tinha pegado mais uma bebida, um dos homens que estava conversando com Victor quando ela chegou na festa passou e derrubou tudo no vestido dela.
– Mas que merda. – Balançou o braço, tirando a bebida dele.
– Desculpa. – Pegou o lenço que carregava no bolso e começou a secar. – Minhas sinceras desculpas.
Ia xingá-lo mas, ao olhar para ele, percebeu bem quem era o homem e, mesmo com um leve balanço que sentiu por , mas não perderia a oportunidade assim.
– Tudo bem, eu preciso só me limpar.
– Amiga. – Hanna chamou a atenção para ela. – Eu vou conversar com um dos meus amigos. – Mentiu. – Mas logo eu volto, tudo bem?
– É claro. – Sorriu em agradecimento.
– Vem, eu levo você para trocar de roupa.
– Como assim?
– Victor tem uma área especial para emergências, e acho que essa é uma.
– Sim, não quero manchar meu vestido.
O homem estendeu a mão para a garota e a guiou ate a área da mansão. Não havia apenas vestidos e ternos de grifes famosas. Joias, saltos, tudo que ela poderia imaginar estava ali, naquele pequeno comércio ilegal de Victor. Seus olhos passaram por cada diamante, desejando cada um e tudo o que ali estava.
– Victor, sempre a um passo à frente. – Ele comentou, dando a volta por ela. – Não esperava que, numa festa de três dias, ele conseguiria trazer todos os negócios dele para cá.
– Realmente, ele sabe dar uma festa. – Disse, sem tirar os olhos daqueles brilhos.
– Eu pago seu vestido, é o mínimo que eu posso fazer.
– Pagar? – Ela mudou rapidamente o olhar.
– Sim. – Sorriu. – Eu não posso deixar a senhorita com um vestido molhado, principalmente se manchar.
– É. – Estava com poucas palavras, sua cabeça começava arquitetar o próximo passo do seu plano. – Agradeço, vou escolher um quase no mesmo preço desse.
– Não, escolha aquele que te agrade, não se incomode com o preço.
– Certeza? – Sorriu educadamente, sem mostrar os dentes.
– É claro, pode escolher.




Não era necessário ter uma explicação maior. ficou com o cara a noite inteira, ela sabia do que conversar, como conversar e os momentos certos para fletar com ele. Descobriu praticamente tudo da vida dele, até mesmo os negócios, a boate que ele sustentava – ou melhor, era sócio.
– Ele ainda não chegou.
– Como? – se virou e encarou homem com quem ela falava. – Victor, não esperava você me achar.
– Eu acompanho todos os passos de todos os convidados e funcionários. – Fez um movimento com a mão para poderem andarem. – Durand só chega depois das vinte e duas horas. Até lá, você pode ficar na mesma mesa que eu.
– Obrigada, Victor.
– Você trabalha em algum ramo?
– Não, mas pretendo assumir os negócios do meu pai. – Mentiu. – Ele é sócio com alguns amigos dele.
– É uma boa. – Sentaram. – Muitas vezes, você não precisa se preocupar com alguns problemas. Seu pai já vai deixar tudo organizado.
– Exatamente, esse é o foco. – Sorriu.
– Te achei. – Hanna apareceu. – Eu estava te procurando quando aquele garoto falou que você estava quase que no centro da festa.
– Estou aqui, vim conversar um pouco com Victor.
– Conversa produtiva? Do que conversavam?
Os dois explicaram e, logo, Hanna estava embarcando no assunto, até o momento em que Durand chegou, exatamente às vinte e duas em ponto. Os dois saíram da área VIP e foram para um lugar mais restrito. aproveitou para poder usar todo seu charme e seduzí-lo, o que lhe favoreceu foi ele estar interessado na garota.
viu todo o movimento por fora, a garota tinha um brilho no olhar que ia se alimentando a cada segundo que passava mais tempo com Durand. No domingo, elas entraram mais uma vez como VIPs e, mais uma vez, a atenção de foi totalmente de Durand.



– Eu já volto, vou pegar uma bebida para nós. – Durand deslizou sua mão pelas costas desnuda de e deu um leve tapinha na bunda dela, pedindo para sair do seu colo.
– Vou te esperar.
Alguns segundos depois de ele sumir da sua vista, a garota escutou alguém chamando.
, o que foi? Hanna está me procurando?
– Você sabe que, se continuar se envolvendo com ele, pode ser que arranje problema.
– Do que você está falando?
– Ele é casado.
– Eu não tenho ciúmes.
, – Jogou o cigarro fora e entrou na pequena sala. – você vai ter problemas. Já vi garotas se envolverem com ele e a mulher dele fazer coisas horríveis.
– Por que você está se preocupando tanto? Só transamos uma única vez e você está preocupado? , querido... – Falou ironicamente. – Eu sei me cuidar.
saiu revoltado, não era gostar dela e sim alertá-la. Estava, pelo menos, tentando ajudar, porém o garoto mal sabia que seria cúmplice depois.
Durand voltou com duas bebidas e uma caixa preta de baixo do braço, o sorriso da moça foi de orelha a orelha e aquilo a deixou curiosa.
– Trouxe nossas bebidas e uma coisa para você.
– O quê?
– Abra. – Entregou.
Era o colar de diamantes mais lindo que ela já tinha visto, e o mesmo que ela tinha namorado.
– É perfeito. Poderia colocar em mim?
– Com toda a certeza. – Ele retirou da caixa e colocou no pescoço dela.
Quando sentiu o gélido dos diamantes em seu pescoço, ela sentiu a glória que teria ao lado dele.
– Ficou perfeito.
– Você sabe que pode ter mais desses. – Alisou a pele dela. – Não só os diamantes, mas mais dinheiro. – Ele a beijou.
– E como eu consigo tudo isso?
– Basta se entregar a mim. – Disse entre o beijo. – Me encontra sexta-feira? Quero te mostrar uma coisa.
– É claro. – Ignorou que teria treinamento das líderes de torcida.
escutou tudo por trás da cortina vermelha que dividia as pequenas salas.



passou quase uma semana toda seguindo Hanna para descobrir onde ela estudava e, logo, . Mas era incrível como seu celular tocava e não podia negar uma chamada de Victor, afinal, o dinheiro que ele recebia pagava sua dívida.
Na terça, ele conseguiu vê-la. Esperou todos se afastarem de Hanna para chegar até a garota. colocou o capuz da blusa e se aproximou correndo de Hanna, a puxou pelo braço e colocou contra a parede.
– Quem é você?!
– Fica quieta. – Tampou a boca dela. – Onde a está?
– Você é aquele cara com quem ela transou na festa, não é?
– Ela te contou.
– Ela conta tudo.
– Então você sabe que ela vai sair com Durand.
– Sei, e o que tem?
– Ah, por favor, Hanna, você não sabe?
– Do quê? Ele é um bom homem.
vai se dar mal se sair com ele.
– Você está ameaçando?
– Claro que não.
– Está sim. – Ela o empurrou. – Você achou que ia ter algum futuro com ela, não é? E agora que sabe que os dois vão sair juntos na sexta, está tentando evitar e quer ameaçar.
– Hanna, você é mais esperta que isso.
– Eu sei que você ronda todas as garotas com quem Victor conversa, eu vejo sempre. Fique longe da e do Durand ou eu terei que avisar o Victor que o funcionário dele não sabe diferenciar uma transa de um romance.
Hanna saiu indignada com a atitude de , sabia que ele tinha uma reputação de um pouco perturbado mas não de iludido. Sentiu pena do garoto e felicidade pela amiga. A loira não contou nada para a amiga, e nem ia contar. Pra quê acabar com os planos dela?



Aexta-feira chegou com um belo sol. Tinha dois carros parados em frente à escola, um deles era de Durand.
terminava de passar o último passo da coreografia ao lado das meninas. Sua irmã mais nova, Harley, tinha mandando a décima mensagem perguntando o motivo de não almoçar em casa e ela ignorou mais uma vez.
, vamos? – Hanna a chamou para trocar de roupa.
– Calma. – Sorriu. – Está apressada. Vai sair com Dylan?
– Vamos, depois te conto tudo.
– Quero ver as novidades. – Colocou a calça.
Fizeram tudo isso rápido, principalmente , pois não queria deixar Durand esperando.
– Amiga, me ajuda aqui. – Entregou o colar que o homem havia lhe dado.
– Pronto, perfeita como sempre.
– Eu sei. Estou indo. De noite, conto tudo.
– Vou esperar, viu?
saiu rapidamente e foi de encontro a Durand, que esperava calmamente.
– Desculpa a demora. – Deram um selinho.
– Não tem que se desculpar. É para você.
– Eu irei me acostumar muito mal assim. – Deixou que ele colocasse a pulseira de diamante.
Durand deu partida no carro e seguiu rumo ao lugar que ele queria mostrar a ela. O outro carro que estava ali também seguiu, mas não sabia que, para ter tudo o que desejava, o preço era mais alto do que imaginava.


Fim.



Nota da autora: "Claramente não deixarei a fic terminar assim, logo mais – sem tempo determinado, irei trazer a longfic desse “spinoff” da Emma, Hanna e Ryan!

Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤

“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka. ❤"



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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