Capítulo Único
Penúltimo dia de aula na sua faculdade de jornalismo, estava cansada, querendo sua cama e parcialmente não querendo ir para Londres, desde que se conhecia por gente, sabia que seu pai não era flor que se cheire, nunca tinha tempo de voltar para o Brasil e passar o aniversário com sua filha. E odiava, com todas as suas forças ter que ir para lá. Passou adiando por longos dez anos sua ida até a cidade.
É seus pais estavam separados desde os seus cinco, e nesses dez anos nunca nem sequer viu o homem a não ser por uma tela do computador e do celular.
Naquela manhã, ela olhava seu quarto por todo canto e procurava desesperadamente pela sua cama, a câmera fotográfica que havia comprado com tudo esforço havia simplesmente sumido, sendo que a última vez que ela havia usado foi três meses atrás.
— Mãe, bom dia, você viu minha câmera fotográfica?
— Bom dia filha, você me emprestou não se recorda?
— Eu to tão avoada com a viagem que estou esquecendo tudo.
— Tudo bem, só não fique assim quando estiver na faculdade, a câmera está no guarda roupa.
caminhou até o quarto e foi direto no guarda-roupa e pegou a câmera, saiu da mesma verificando se as pilhas estavam ali. Passou no quarto pegou sua mochila e mais uma caixinha de pilhas e outro cartão SD próprio para a aula.
— Estou indo.
— E o café da manhã?
— Dou um jeito no meio do caminho, mas eu estou atrasada.
— Boa aula. – Não gostou da atitude da filha. – Toma alguma coisa lá, não esquece que você não pode ficar sem comer.
— Não vou esquecer mãe. – Abraçou a mulher. – Fique calma que eu ainda, acho, que sei me cuidar.
— O problema está no acho. – Fez a filha rir. – Boa aula, até mais tarde.
— Até.
•
Chegou cedo à portaria da faculdade, passou o cartão na catraca, cumprimentou o segurança e comprou um pão de queijo e um café bem forte e se juntou as no corredor das salas. teve a ajuda das meninas para poder se sentar no corredor.
— Bom dia! Querem um pedaço?
— Bom dia! – As duas responderam.
— Não obrigada amiga. – Lidia agradeceu. – Não acredito que é nosso penúltimo dia.
— Isso está saindo mais calmo do que pensamos. – Gio deixou claro. – Teremos uma aula de fotografia e gravação fora da sala de aula, sabe quanto tempo eu esperei por isso?
— Eu sei. – Bru deu um gole no café. – Eu passei esse semestre todo esperando por isso.
— E o tão grande dia chegou.
— Chegou junto da professora. – Gio falou olhando para o elevador.
jogou o papel e o copo no lixo e sentou no seu lugar de sempre com as meninas, apresentaram atenção na aula, conversaram – como sempre –, desceram para o intervalo e quando o momento para a aula dinâmica aconteceu o sol colaborou. Elas gravaram o pequeno roteiro que foi passado a elas e tiram as fotos.
— , você ainda não falou para onde você vai nas férias.
— Ah, eu vou ver o meu pai. – Revirou os olhos.
— O QUE? – Gio gritou. – Como assim?
— Não grita, pelo amor de Deus. Eu vou para Londres mas não tem nada de mais.
— É claro que tem, tem uns famosos que no qual somos apaixonadas que moram lá. – Gio sentou mais perto de Bru.
— Pode parar. – Riu. – Sabe a probabilidade de eu encontrar os meninos?
— Não são tão altas. – Lidi concordou com a amiga. – Posso até falar que a probabilidade é bem baixa.
— Viu, Lidi tem o melhor raciocínio rápido, mas se eu ver um deles, eu pego um autógrafo para vocês.
— O auge. – Gio riu. – E agradeço mesmo sem você ter ido.
— Do que o seu pai trabalha mesmo?
Bru parou, olhou para o horizonte do pátio e puxou na memória a profissão do pai.
— Faço a mínima ideia. – Balançou os ombros. – Só vou saber quando eu chegar lá.
— Espero que seja algo que vocês pelo menos possam se dar bem. – Gio falou. – Eu to torcendo por isso.
— Eu to torcendo para minha passagem dar erro, ou ser cancelada, qualquer coisa, eu só não quero pisar naquela casa.
— Muito bem, vamos embora? – Lidi falou. – Sem rancor por hoje, vamos meninas, eu levo vocês.
As duas concordaram e seguiram Lidi até o carro, no mesmo, colocou a playlist favorita das meninas “As mais perfeitas do McFly”, e juntas foram cantando até cada uma chegar em casa.
•
Destrancou a porta, suspirando pesado passou todo o semestre torcendo para que a viagem não desse certo, que algo acontecesse e ela não pudesse ir. almoçou, arrumou as malas e verificou mais uma vez no site da companhia aérea se o voo ainda estava marcado. Ela xingou o mais alto possível.
Esperou até às dezoito horas suas mãe chegar, a mesma que chegou com duas caixas de pizza e um refrigerante.
— Oba pizza! – A encontrou na cozinha.
— Boa noite, pequena.
— Boa noite. – Pegou os pratos depois de cumprimentá-la. – Como foi o serviço na redação?
— Cansativo. Você já falou com seu pai?
— E qual motivo me leva a conversar com ele?
— Você precisa avisar que seu voo é amanhã.
— Mesmo sendo amanhã eu não quero falar com ele, ele tem a outra lá para lembrar.
— Eles não estão mais juntos.
— A traiu com uma mulher nova.
— Filha!
— Desculpa mãe, mas não desce até hoje isso e o pior é ele não ligar devidamente para a filha dele.
— Eu concordo minha filha. – Suspirou. – Mas não vamos pensar assim, uma semana e meia passa rápido, e logo você estará aqui.
— Certo, vamos aproveitar a pizza.
Passaram a noite conversando, Márcia e eram grudadas uma na outra, raramente passavam mais de uma semana longe e aquele tempo que fosse viajar seria o primeiro momento separado delas.
•
Saiu do carro fechando a porta, pegou sua única mala com todas as roupas para o calor que tinha e colocou lá dentro, se salvava apenas a única peça de frio que usaria na volta para casa.
— Filha vai até a moça para conferir sua passagem e seu passaporte.
— Ok mãe.
— Eu vou ficar aqui sentada, deixa suas malas aqui.
— O que eu tenho que levar?
— Documentos pessoais, passaporte e a passagem.
— Se eu falar que deixei em casa você acredita?
— Não, anda, vai lá vai.
Andou lentamente, podia até contar quantas pessoas havia na fila para fazer o check-up. Quando chegou a sua vez, entregou tudo e esperou a liberação, e com o mesmo ânimo que foi ela voltou até sua mãe.
— Tá tudo em ordem mãe.
— Bom, você precisa mudar essa cara.
— Como? Sendo que sei que a atenção que vou receber é zero, e que ele só quer que eu vou lá para fingir ser um relacionamento de pai e filha perfeito.
— Filha, não pense em seu pai, pense como uma coleta de material para um trabalho futuro no seu último ano na faculdade. Ande de ônibus, metrô, compre comida, roupas, visite os pontos mais bonitos. Pense nesses pontos, e tente se aproximar dele.
— Se aproximar?
— Sim, porque aí o dia que algo acontecer você não se arrepende, de não ter tentado se aproximar.
— Você está certa.
— Isso, e ligue para mim qualquer coisa.
— Eu venho voando mãe, literalmente. – Elas riram.
Um tempo depois e sua mãe se despediram em meio a lágrimas. Entrou no avião sentou na poltrona enxugou as lágrimas entrou pela última vez no Whatsapp e enviou a mensagem para o seu pai e desligou a internet móvel.
•
Inglaterra; Londres.
Aeroporto Heathrow. Com as malas em mãos e a com o passaporte analisado ela caminhou até a porta aeroporto, não havia nenhuma mensagem de seu pai, precisaria avisar sua mãe só depois de mudar o chip.
— Bianchi? – Uma mulher nova perguntou ao parar na frente dela.
— Sim, mas me chame sem o Bianchi.
— Sou Stephany, vim buscar você para levar até a casa de seu pai.
— Ah sim. – Seguiu a moça.
— Espero que goste da casa.
— Eu também.
•
A casa era bonita por fora, grande, com um lindo jardim e um gramado nitidamente bem cuidado. Seu voo chegou antes do meio dia, então deduziu que almoçaria naquela mansão do senhor Bianchi, talvez junto dele. O carro parou, e um dos empregados a recebeu e pegou a única mala da garota.
— Seu pai separou um quarto só para você, nós tentamos modificar ele para se adequar a sua idade, seu pai disse que você faz universidade de jornalismo.
— Sim, estou no último ano, logo vou me formar e já tenho um lugar para trabalhar.
— Isso é ótimo, você devia passar mais vezes aqui com seu pai e comigo, eu conseguiria um bom emprego para você.
— Filha. – Seu pai surgiu no corredor. – Que bom que você veio, foram longos anos tentando trazer você aqui.
— Pois é, agora estou aqui.
— Espero que goste do quarto, nós cuidamos de tudo, você ainda gosta de rosa né?
— Senhor Bianchi eu não tenho mais cinco anos.
— Temos que mudar a decoração, então amor, podemos fazer isso com você.
— Não precisa é sério, eu fico no quarto rosa. Agradecida.
percebeu que seu pai não havia contado nada para a mais nova namorada, e que nitidamente não iria contar nem mais cedo nem mais tarde. Sua mala já estava lá, tomou um banho se vestiu e ajeitou as roupas.
Depois de conseguir o Wi-Fi da casa, entrou em contato com sua mãe acalmando aquele coraçãozinho desesperado por notícia, e logo em seguida avisou suas amigas.
— Senhoria ? – A governanta disse com dificuldade o nome dela.
— Pois não.
— O almoço já está servido.
— Muito obrigada.
Enquanto seguia a governanta pensava no que sua mãe falou, na verdade só retomou ao pensamento, a frase ficou repassando em seus pensamentos, e parcialmente ela estava certa.
— E como estão suas aulas?
— Bem como sempre.
— Pensei que seu pai poderia levar você para o trabalho dele assim vocês passaram mais tempo juntos.
— Stephany, querida, acho melhor não eu tenho que ficar tão conc... – o interrompeu.
— Tudo bem, nós vemos um dia para você passar o dia, eu pretendo dar uma volta por Londres, conhecer a cidade.
— Obrigado pela compreensão, Stephany Pode ir com você.
— Está tudo bem, eu vou sozinha.
As conversas forçadas como se ele não tivesse uma parcela de culpa chegava a dar dor de cabeça em . No quarto ela separou um pouco de dinheiro e seus documentos, colocou na bolsa se preparando para sair. Agora a melhor parte da viagem estava para acontecer, ir à London Eyes, pegar o ônibus de dois andares, rodar Londres inteiras e gravar todos os pedacinhos com seus olhos.
— , espere. – Stephany a chamou. – Você não acha que devia ouvir mais o seu pai? Passar mais tempo com ele, sua mãe não deixou você vir aqui desde que ele se separou dela.
— Stephany, minha mãe não tem culpa depois que eu fiz dezoito anos, e eu e Bianchi nos entendemos bem assim. Estão há muito tempo juntos?
— Seis meses.
— Explicado, espero que vocês sejam felizes, e não se preocupe comigo e com ele, a gente sempre foi assim.
Bru forçou um sorriso e saindo andando pelo grande jardim passou pelo o grande portão e simplesmente ignorou a casa, Stephany e também Bianchi.
Caminhava tranquilamente pelas ruas britânicas, o mapa aberto no celular, a playlist no fone e seu amor pela cidade podia ser visto no olhar da garota. Andou pela Abbey Road, tirou foto igual aos The Beatles, participou de uma apresentação de pontos históricos com um dos tão famosos ônibus de dois andares e por fim ficou namorando a ponte destruída pelos seguidores do Lorde das Trevas, é não conseguia esconder seu amor pela a saga.
Ela fez isso os três primeiros dias que ficou em Londres, só que todos os três, ironicamente, não conseguiu ir à London Eye os tickets não estavam mais a venda, o site para comprar antecipado travava, ela chegou a desistir de ir à roda do milênio.
•
descia a pequena escada para tomar o café da manhã no jardim, o vestido ombro a ombro a ajudava suportar o calor de Londres. Seu pai já estava a mesa que esperava ela e Stephany.
— Bom dia, filha.
— Bom dia. – Sentou ao lado dele.
— Eu estava pensando em te levar hoje para o estúdio.
— Estúdio? Hoje?
— Sim.
— Eu tenho um tour no Palácio de Buckingham.
— Hm. – Engoliu a seco. – Posso pedir para um carro buscar você depois.
Ela pensou rapidamente, enquanto comia o waffle, e a voz de sua mãe ecoou em seus pensamentos.
— Tudo bem, termina por volta das dezoito horas, eu envio uma mensagem para você.
— Vou estar esperando. – Viu a filha se levantar. – Até mais filha.
— Até mais Bian... Pai.
Saiu com um pequeno sorriso no rosto, cumprimentou até mesmo a namorada de seu pai. Sentia a felicidade contagiar seu corpo, exatamente igual os raios do sol.
Andou o palácio todo, prestou a atenção nas explicações, cada cantinho era uma maravilha nunca imaginou ver tão de perto. O tour terminou antes do horário, então sem se incomodar andou mais um pouco por Londres, até achar uma cafeteria. A mesma estava cheia, o horário também não ajudava, era a hora do chá da tarde e por sorte lembrou a tempo, pediu seu chá e ficou na espera dele.
Parada de frente para o balcão, ela apreciava a música calma que tocava, pegou seu chá e se direcionava para uma mesa vazia, mas foi dar só um passo para ir a mesa logo a sua frente que sentiu, todo o líquido em na altura do seu busto. A cafeteria toda ficou quieta, e junto Bru não sabia se xingava, se gritava, ou se fazia a pessoa comprar um outro vestido e um outro chá da tarde.
Só não esperava ficar apenas olhando para a pessoa e boquiaberta. Ela estava tendo uma visão ou era real?
— Me desculpa, desviei de outra pessoa e acabei esbarrando em você.
— Sem problemas, só terei que comprar outro chá e um vestido novo.
— Se não se incomodar posso comprar o chá para você.
— Não precisa.
— Eu faço questão.
— Ok. Te espero ali na mesa. – Apontou e viu o homem concordar.
Em questão de minutos ele voltou com o chá, agora servido na xícara.
— Aqui está. Qual é o seu nome?
— Obrigada. Meu nome é e o seu?
— Danny, Danny Jones.
— Danny. – Sussurrou. – Do McFly? – Sentiu as borboletas no estômago.
— Sim.
— Acho que tomei chá demais. – Fez Danny rir.
— Desculpe mesmo derrubar o seu chá.
— Sem problemas, eu já estou acostumada, sempre derrubo algo em mim. – Riu.
— Eu não estou acostumado em esbarrar e derrubar chá nas pessoas.
— Praticamente faço isso o dia todo, eu já ando até preparada com dinheiro a mais, se o estrago for tão grande eu compro outra peça.
— Desculpa, eu não entendi o que você falou. Vamos fazer assim, não quer dar uma volta? Não é toda cafeteria que mantém o silêncio.
— Aceito.
Ambos sabiam que teriam que se despedir antes das sete horas, eles tinham compromissos, diferentes, mas tinham. Porém quem ia ligar para isso? A conversa está fluindo tão bem Era como se eles já se conhecessem a tempo. Tudo bem que conhecia muito sobre ele, mas nada garantia que o assunto permaneceria fluindo. Até mesmo esqueceu que seu vestido estava sujo de chá.
— E então você é de qual lugar de Londres?
— Nenhum.
— Nenhum? – Estranhou.
— Eu não sou inglesa. – Sorriu. – Sou brasileira, estou aqui. – Pensou rapidamente. – A negócios, logo eu volto para lá.
— Hm. Bom, por quanto tempo ficará aqui?
— Uma semana e meia, hoje eu precisei tirar o dia para conhecer tudo, ou quase tudo, está bem complicado ir à London Eye.
— Os tickets esgotaram rapidamente, também fiquei sabendo, não sei como sendo que eles conhecem muito bem a movimentação nessa época.
— É, mas tudo bem, tenho até o último dia para pode ir.
— Podemos tentar, e eu pago para você, como se fosse mais um pedido de desculpas.
— Não precisa, sério.
— Vamos, vai ser legal.
E tinha como dizer não a Danny Jones?
— Certo, mas logo eu tenho que ir, preciso estar antes das dezenove horas em uma reunião.
— Não se preocupe com isso.
Era um frio na barriga maior do que voar pela primeira vez para outro país. Podia dizer que era uma pegadinha, se não tivesse certeza que ao seu lado era o Danny, mas os ticket que ela tanto queria estava disponível quando eles chegaram na bilheteria para comprar. Esperaram sua vez, e entraram na cabine; Devagar a roda girava subindo e dando o espaço para aquela janela maravilhosa que Londres fornecia. A cada cabine que chegava ao topo, alguns minutos eram fornecidos para ficar ali parado de tal forma que aquele que estivesse dentro da cabine pudesse olhar com mais calma e também registrar a paisagem.
Quando a cabine onde os dois estavam terminando a volta, eles desceram agradeceram o instrutor e deram uma pequena caminhada. Onde a vista ainda era tomada pela beleza da London Eye.
— Eu queria agradecer pelo chá e a London Eye.
— Não precisa, era o máximo que eu podia conseguir fazer, você… – O celular de Danny tocou. – Desculpa eu preciso atender, é importante,
— Sem problemas, eu vou indo tenho a reunião, tchau Danny.
— Tchau.
Podia ser falta de sorte, ou foi apenas um acaso do destino, mas Danny queria pelo menos ter trocado seu número com ela, mesmo sabendo que ela estava lá a trabalho.
se distanciou um pouco e chamou sua carruagem real, pois era assim que ela estava se sentindo. O carro chegou rapidamente e antes de ir ao estúdio, Bru passou na casa de seu pai tomou um banho – por casa do chá. Descia as escadas e parou para perceber que em vários lugares continha fotos tiradas de seu pai, e assim percebeu que o amor por fotos vinha dele sem ela ao menos saber, além de concluir que o estúdio dele era de fotografia.
•
O estúdio era bem localizado em Londres. Deslumbrante por dentro e por fora, ela ficou indignada que todo dinheiro vinha daquele estúdio de música. Nunca passou pela cabeça da garota que ele era produtor musical. Na parede vários discos de platina, ouro de cantores e bandas mostravam a conquista do Bianchi.
A garota procurou pelo homem e o encontrou na frente do painel.
— Filha, achei que não ia vir.
— Desculpa, eu passei em casa antes, acabei derrubando chá na minha roupa.
— Sem problemas. – Abraçou a garota. – Quero te mostrar todo estudo que um dia pretendo deixar para você.
— Sabe que eu faço jornalismo né?
— Sim, sei, mas um dia tudo isso será seu e você vai poder fazer o que desejar.
— Legal, espero que não seja uma forma de pedir desculpas.
— Mas não falei de desculpas, você sabe muito bem que sua mãe não deixava você vir.
— Deve ser porque eu era uma criança? E agora estou aqui e sou maior de idade, pra quem é produtor está muito desinformado.
— , você sabe que...
— Bianchi, os cantores que você esperava chegou. – A secretaria apareceu.
— Certo, leve eles para o estúdio, depois terminamos a conversa.
— Se tiver um depois.
— !
— Não precisa estressar, é só não deixar sua namorada intervir na nossa conversa. – Seguia o homem.
— Certo, certo. – Parou antes de abrir a porta. – Nós conversamos aqui no estúdio, é o único lugar que ela não vem.
— Combinado.
Enquanto seu pai abria a porta e entrava atrás dele digitando para sua amiga com um sorriso no rosto, ela escutou a voz dos dois cantores, ou melhor, apenas de um dele e ironicamente o destino mais uma vez fazia ela de trouxa. Quem é que teria a sorte de ver Danny Jones ao lado de Dougie Poynter?
Danny analisou de cima a baixo a garota percebendo que era a mesma moça do chá.
— Então vamos começar a reunião. – Bianchi se pronunciou mais alto.
— Quer que eu me retire?
— Não precisa, pode ficar a vontade. – Viu a filha concordar e se aproximar mais, ela cochichou algumas palavras em seu ouvido. – Eu sei. – O homem riu. – Ela sempre faz isso, mas eu depois explico para ela.
— Ufa, achei que você não sabia.
Eles riram deixando o cantor e o baixista curioso pela conversa secreta.
A reunião demorou muito e como uma boa Galaxy Defender, ela escutava atentamente a conversa deixando seus fones enganarem os homens.
Danny escutava tudo, ou não, ele apenas mantinha o foco na garota sentada atrás do produtor musical, era estranho como podia sentir atração assim repentinamente, e menina fazia com que as estrelas não parecessem que estavam brilhando, os fios ruivos, os olhos cintilantes, até mesmo o sorriso que aparecia quando via algo no celular, ela era incrível.
Talvez agora compreendia as fãs, o que era um sentimento a primeira vista. Danny batia devagar seus dedos no braço da cadeira esperava por algum sinal para sair dali e respirar um pouco de ar fresco, ou achar uma desculpa cabível para sair da reunião.
— Vou buscar os lanches. – A garota avisou, e recebeu apenas um ok do pai.
A secretaria já tinha saído do estúdio, havia um compromisso que não podia deixar de comparecer, com isso ficou na porta esperando o entregador chegar.
— Não sabia que era aqui que você trabalhava.
— Danny. – Se assustou. – Achei que estava ainda na reunião.
— Eu saí por um tempo.
— Então, eu trabalho para Bianchi, mas no Brasil, e o resto você sabe volto daqui uns dias.
— Compreendo, e teria como sairmos novamente?
— Eu não sei. – Encostou-se à parede para não cair. – Preciso ver, e te aviso.
— Muito bem, poderia emprestar seu celular.
— Claro.
Danny anotou seu número de celular e devolveu para .
— Só me avisar quando pode sair comigo. – Ela só concordou com a cabeça e recebeu um beijo no canto dos lábios.
Ele voltou para a sala e alguns minutos depois também, mas com os lanches.
Depois de a reunião ter terminado, e ela descoberto “sem querer” que seu pai assumiria toda a assistência para a banda, ela precisou comemorar sozinha em contar para ninguém não queria deixar que a informação vazasse e não ia informar suas amigas, pois sabia que no calor do momento fazendo coisas que nem se quer planejamos.
•
precisou ver um bom horário para sair com Danny não só pelo o fato dele ser famoso, mas porque iria passar um tempo com seu pai, mesmo não sendo uma das coisas mais queria.
Senhor Bianchi e entraram em um acordo de não falarem do passado naqueles dias, e ele prometeu que ia ver a garota sem falta no aniversário dela – no ano que vem é claro.
— Vai sair? – Viu a filha passar por ele.
— Sim, vou dar uma penúltima volta por Londres.
— Certo, não volte muito tarde.
— Pode deixar. – Deu um beijo no rosto do homem. – Volto antes da meia noite.
— !
— Fica tranquilo. – Ela saiu rindo.
Os dois se encontraram na frente da cafeteria onde tinham se conhecido. Danny ajeitou os óculos de sol quando viu a garota se aproximar.
— Oi. – Se abraçaram. – Espero não ter demorado.
— Não demorou, quer ir almoçar primeiro ou ir aos lugares que ainda tenho para te levar?
— Não tenho preferência, tem certeza que quer fazer isso?
— Sim, ninguém vai perceber que sou eu.
E mais uma vez Bru passou em alguns pontos turísticos, só que agora com uma companhia melhor, almoçaram e foram para St. James’s Park. Mesmo com a garota ao seu lado, ele pensava nela, e como as coisas seriam aquela semana nitidamente parecia um sonho. Embora eles só terem apenas saído juntos todos esses dias.
— Danny?
— Sim. – Se despertava dos pensamentos.
— Eu disse que preciso voltar cedo hoje.
— Sem problemas. Acha que nós vemos de novo?
— Quando eu voltar para Londres, eu passo no estúdio, bom isso se você não estiver em tour.
— E se eu ir até você?
— No Brasil?
— Sim.
— Danny, resumindo tudo eu não vim a trabalho, Arthur Bianchi é meu pai, eu vim só vê-lo. Não nos entendemos direito e vim pelo menos para isso, o que está funcionando, então sei que somos bem grandinhos, e isso inclui a decisão de ter desviado de todos os beijos seu, e espero que entenda caso não nos vemos mais.
— Sim compreendo, da mesma forma que isso não vai interferir nesses dias que passamos. Se mais para frente, você quiser tentar. – Acariciou o rosto dela. – Eu não irei dizer não.
Ela apenas mordiscou os lábios e se aproximou mais de Danny. Seus lábios se tocaram devagar, calmo e sem pressa, sem vontade que acabasse logo, os dois se entregaram no beijo sendo assim o primeiro e talvez, o último beijo dos dois. Pararam o beijo lentamente e depois ela olhou para frente. Não falaram mais nada, até o momento em que ele a levou embora.
Danny voltou para sua casa ainda com aqueles pensamentos, realmente ela mexeu com ele nesses últimos dias parecia um sonho, tudo bem até porque eles não tinham dado início para um relacionamento, mas será que um dia eles iam se ver novamente?
•
Com todas as malas no carro, se despedia da namorada de seu pai, e dos funcionários da casa. Stephany se aproximou de seu namorado e sua enteada com um minúsculo sorriso nos lábios.
— , tem uma pessoa que quer falar com você.
— A onde essa pessoa está?
— Na sala de espera.
— Eu já volto.
enrolou seu cabelo e fez um coque prendendo nele mesmo. Chegou à porta e viu Danny sentado na poltrona de frente para um grande quadro de Londres.
— Danny.
— Eu vim me despedir, decentemente.
— Claro. – Sorriu de lado.
— Te vejo daqui alguns meses. – Se aproximou e a beijou intensamente. – E não se esqueça de devolver.
— Não vou esquecer. – Segurou o colar com um pingente. O que ele sempre usa. – Te entrego daqui alguns meses.
Ela se despediu do cantor e foi até o carro. Não era um adeus, nunca foi e nunca era para ser. iria esperar tranquilamente até o dia do show, até todos saberem que McFly voltou. E até lá, aquele colar não ia sair perto de si tão cedo.
É seus pais estavam separados desde os seus cinco, e nesses dez anos nunca nem sequer viu o homem a não ser por uma tela do computador e do celular.
Naquela manhã, ela olhava seu quarto por todo canto e procurava desesperadamente pela sua cama, a câmera fotográfica que havia comprado com tudo esforço havia simplesmente sumido, sendo que a última vez que ela havia usado foi três meses atrás.
— Mãe, bom dia, você viu minha câmera fotográfica?
— Bom dia filha, você me emprestou não se recorda?
— Eu to tão avoada com a viagem que estou esquecendo tudo.
— Tudo bem, só não fique assim quando estiver na faculdade, a câmera está no guarda roupa.
caminhou até o quarto e foi direto no guarda-roupa e pegou a câmera, saiu da mesma verificando se as pilhas estavam ali. Passou no quarto pegou sua mochila e mais uma caixinha de pilhas e outro cartão SD próprio para a aula.
— Estou indo.
— E o café da manhã?
— Dou um jeito no meio do caminho, mas eu estou atrasada.
— Boa aula. – Não gostou da atitude da filha. – Toma alguma coisa lá, não esquece que você não pode ficar sem comer.
— Não vou esquecer mãe. – Abraçou a mulher. – Fique calma que eu ainda, acho, que sei me cuidar.
— O problema está no acho. – Fez a filha rir. – Boa aula, até mais tarde.
— Até.
Chegou cedo à portaria da faculdade, passou o cartão na catraca, cumprimentou o segurança e comprou um pão de queijo e um café bem forte e se juntou as no corredor das salas. teve a ajuda das meninas para poder se sentar no corredor.
— Bom dia! Querem um pedaço?
— Bom dia! – As duas responderam.
— Não obrigada amiga. – Lidia agradeceu. – Não acredito que é nosso penúltimo dia.
— Isso está saindo mais calmo do que pensamos. – Gio deixou claro. – Teremos uma aula de fotografia e gravação fora da sala de aula, sabe quanto tempo eu esperei por isso?
— Eu sei. – Bru deu um gole no café. – Eu passei esse semestre todo esperando por isso.
— E o tão grande dia chegou.
— Chegou junto da professora. – Gio falou olhando para o elevador.
jogou o papel e o copo no lixo e sentou no seu lugar de sempre com as meninas, apresentaram atenção na aula, conversaram – como sempre –, desceram para o intervalo e quando o momento para a aula dinâmica aconteceu o sol colaborou. Elas gravaram o pequeno roteiro que foi passado a elas e tiram as fotos.
— , você ainda não falou para onde você vai nas férias.
— Ah, eu vou ver o meu pai. – Revirou os olhos.
— O QUE? – Gio gritou. – Como assim?
— Não grita, pelo amor de Deus. Eu vou para Londres mas não tem nada de mais.
— É claro que tem, tem uns famosos que no qual somos apaixonadas que moram lá. – Gio sentou mais perto de Bru.
— Pode parar. – Riu. – Sabe a probabilidade de eu encontrar os meninos?
— Não são tão altas. – Lidi concordou com a amiga. – Posso até falar que a probabilidade é bem baixa.
— Viu, Lidi tem o melhor raciocínio rápido, mas se eu ver um deles, eu pego um autógrafo para vocês.
— O auge. – Gio riu. – E agradeço mesmo sem você ter ido.
— Do que o seu pai trabalha mesmo?
Bru parou, olhou para o horizonte do pátio e puxou na memória a profissão do pai.
— Faço a mínima ideia. – Balançou os ombros. – Só vou saber quando eu chegar lá.
— Espero que seja algo que vocês pelo menos possam se dar bem. – Gio falou. – Eu to torcendo por isso.
— Eu to torcendo para minha passagem dar erro, ou ser cancelada, qualquer coisa, eu só não quero pisar naquela casa.
— Muito bem, vamos embora? – Lidi falou. – Sem rancor por hoje, vamos meninas, eu levo vocês.
As duas concordaram e seguiram Lidi até o carro, no mesmo, colocou a playlist favorita das meninas “As mais perfeitas do McFly”, e juntas foram cantando até cada uma chegar em casa.
Destrancou a porta, suspirando pesado passou todo o semestre torcendo para que a viagem não desse certo, que algo acontecesse e ela não pudesse ir. almoçou, arrumou as malas e verificou mais uma vez no site da companhia aérea se o voo ainda estava marcado. Ela xingou o mais alto possível.
Esperou até às dezoito horas suas mãe chegar, a mesma que chegou com duas caixas de pizza e um refrigerante.
— Oba pizza! – A encontrou na cozinha.
— Boa noite, pequena.
— Boa noite. – Pegou os pratos depois de cumprimentá-la. – Como foi o serviço na redação?
— Cansativo. Você já falou com seu pai?
— E qual motivo me leva a conversar com ele?
— Você precisa avisar que seu voo é amanhã.
— Mesmo sendo amanhã eu não quero falar com ele, ele tem a outra lá para lembrar.
— Eles não estão mais juntos.
— A traiu com uma mulher nova.
— Filha!
— Desculpa mãe, mas não desce até hoje isso e o pior é ele não ligar devidamente para a filha dele.
— Eu concordo minha filha. – Suspirou. – Mas não vamos pensar assim, uma semana e meia passa rápido, e logo você estará aqui.
— Certo, vamos aproveitar a pizza.
Passaram a noite conversando, Márcia e eram grudadas uma na outra, raramente passavam mais de uma semana longe e aquele tempo que fosse viajar seria o primeiro momento separado delas.
Saiu do carro fechando a porta, pegou sua única mala com todas as roupas para o calor que tinha e colocou lá dentro, se salvava apenas a única peça de frio que usaria na volta para casa.
— Filha vai até a moça para conferir sua passagem e seu passaporte.
— Ok mãe.
— Eu vou ficar aqui sentada, deixa suas malas aqui.
— O que eu tenho que levar?
— Documentos pessoais, passaporte e a passagem.
— Se eu falar que deixei em casa você acredita?
— Não, anda, vai lá vai.
Andou lentamente, podia até contar quantas pessoas havia na fila para fazer o check-up. Quando chegou a sua vez, entregou tudo e esperou a liberação, e com o mesmo ânimo que foi ela voltou até sua mãe.
— Tá tudo em ordem mãe.
— Bom, você precisa mudar essa cara.
— Como? Sendo que sei que a atenção que vou receber é zero, e que ele só quer que eu vou lá para fingir ser um relacionamento de pai e filha perfeito.
— Filha, não pense em seu pai, pense como uma coleta de material para um trabalho futuro no seu último ano na faculdade. Ande de ônibus, metrô, compre comida, roupas, visite os pontos mais bonitos. Pense nesses pontos, e tente se aproximar dele.
— Se aproximar?
— Sim, porque aí o dia que algo acontecer você não se arrepende, de não ter tentado se aproximar.
— Você está certa.
— Isso, e ligue para mim qualquer coisa.
— Eu venho voando mãe, literalmente. – Elas riram.
Um tempo depois e sua mãe se despediram em meio a lágrimas. Entrou no avião sentou na poltrona enxugou as lágrimas entrou pela última vez no Whatsapp e enviou a mensagem para o seu pai e desligou a internet móvel.
Inglaterra; Londres.
Aeroporto Heathrow. Com as malas em mãos e a com o passaporte analisado ela caminhou até a porta aeroporto, não havia nenhuma mensagem de seu pai, precisaria avisar sua mãe só depois de mudar o chip.
— Bianchi? – Uma mulher nova perguntou ao parar na frente dela.
— Sim, mas me chame sem o Bianchi.
— Sou Stephany, vim buscar você para levar até a casa de seu pai.
— Ah sim. – Seguiu a moça.
— Espero que goste da casa.
— Eu também.
A casa era bonita por fora, grande, com um lindo jardim e um gramado nitidamente bem cuidado. Seu voo chegou antes do meio dia, então deduziu que almoçaria naquela mansão do senhor Bianchi, talvez junto dele. O carro parou, e um dos empregados a recebeu e pegou a única mala da garota.
— Seu pai separou um quarto só para você, nós tentamos modificar ele para se adequar a sua idade, seu pai disse que você faz universidade de jornalismo.
— Sim, estou no último ano, logo vou me formar e já tenho um lugar para trabalhar.
— Isso é ótimo, você devia passar mais vezes aqui com seu pai e comigo, eu conseguiria um bom emprego para você.
— Filha. – Seu pai surgiu no corredor. – Que bom que você veio, foram longos anos tentando trazer você aqui.
— Pois é, agora estou aqui.
— Espero que goste do quarto, nós cuidamos de tudo, você ainda gosta de rosa né?
— Senhor Bianchi eu não tenho mais cinco anos.
— Temos que mudar a decoração, então amor, podemos fazer isso com você.
— Não precisa é sério, eu fico no quarto rosa. Agradecida.
percebeu que seu pai não havia contado nada para a mais nova namorada, e que nitidamente não iria contar nem mais cedo nem mais tarde. Sua mala já estava lá, tomou um banho se vestiu e ajeitou as roupas.
Depois de conseguir o Wi-Fi da casa, entrou em contato com sua mãe acalmando aquele coraçãozinho desesperado por notícia, e logo em seguida avisou suas amigas.
— Senhoria ? – A governanta disse com dificuldade o nome dela.
— Pois não.
— O almoço já está servido.
— Muito obrigada.
Enquanto seguia a governanta pensava no que sua mãe falou, na verdade só retomou ao pensamento, a frase ficou repassando em seus pensamentos, e parcialmente ela estava certa.
— E como estão suas aulas?
— Bem como sempre.
— Pensei que seu pai poderia levar você para o trabalho dele assim vocês passaram mais tempo juntos.
— Stephany, querida, acho melhor não eu tenho que ficar tão conc... – o interrompeu.
— Tudo bem, nós vemos um dia para você passar o dia, eu pretendo dar uma volta por Londres, conhecer a cidade.
— Obrigado pela compreensão, Stephany Pode ir com você.
— Está tudo bem, eu vou sozinha.
As conversas forçadas como se ele não tivesse uma parcela de culpa chegava a dar dor de cabeça em . No quarto ela separou um pouco de dinheiro e seus documentos, colocou na bolsa se preparando para sair. Agora a melhor parte da viagem estava para acontecer, ir à London Eyes, pegar o ônibus de dois andares, rodar Londres inteiras e gravar todos os pedacinhos com seus olhos.
— , espere. – Stephany a chamou. – Você não acha que devia ouvir mais o seu pai? Passar mais tempo com ele, sua mãe não deixou você vir aqui desde que ele se separou dela.
— Stephany, minha mãe não tem culpa depois que eu fiz dezoito anos, e eu e Bianchi nos entendemos bem assim. Estão há muito tempo juntos?
— Seis meses.
— Explicado, espero que vocês sejam felizes, e não se preocupe comigo e com ele, a gente sempre foi assim.
Bru forçou um sorriso e saindo andando pelo grande jardim passou pelo o grande portão e simplesmente ignorou a casa, Stephany e também Bianchi.
Caminhava tranquilamente pelas ruas britânicas, o mapa aberto no celular, a playlist no fone e seu amor pela cidade podia ser visto no olhar da garota. Andou pela Abbey Road, tirou foto igual aos The Beatles, participou de uma apresentação de pontos históricos com um dos tão famosos ônibus de dois andares e por fim ficou namorando a ponte destruída pelos seguidores do Lorde das Trevas, é não conseguia esconder seu amor pela a saga.
Ela fez isso os três primeiros dias que ficou em Londres, só que todos os três, ironicamente, não conseguiu ir à London Eye os tickets não estavam mais a venda, o site para comprar antecipado travava, ela chegou a desistir de ir à roda do milênio.
descia a pequena escada para tomar o café da manhã no jardim, o vestido ombro a ombro a ajudava suportar o calor de Londres. Seu pai já estava a mesa que esperava ela e Stephany.
— Bom dia, filha.
— Bom dia. – Sentou ao lado dele.
— Eu estava pensando em te levar hoje para o estúdio.
— Estúdio? Hoje?
— Sim.
— Eu tenho um tour no Palácio de Buckingham.
— Hm. – Engoliu a seco. – Posso pedir para um carro buscar você depois.
Ela pensou rapidamente, enquanto comia o waffle, e a voz de sua mãe ecoou em seus pensamentos.
— Tudo bem, termina por volta das dezoito horas, eu envio uma mensagem para você.
— Vou estar esperando. – Viu a filha se levantar. – Até mais filha.
— Até mais Bian... Pai.
Saiu com um pequeno sorriso no rosto, cumprimentou até mesmo a namorada de seu pai. Sentia a felicidade contagiar seu corpo, exatamente igual os raios do sol.
Andou o palácio todo, prestou a atenção nas explicações, cada cantinho era uma maravilha nunca imaginou ver tão de perto. O tour terminou antes do horário, então sem se incomodar andou mais um pouco por Londres, até achar uma cafeteria. A mesma estava cheia, o horário também não ajudava, era a hora do chá da tarde e por sorte lembrou a tempo, pediu seu chá e ficou na espera dele.
Parada de frente para o balcão, ela apreciava a música calma que tocava, pegou seu chá e se direcionava para uma mesa vazia, mas foi dar só um passo para ir a mesa logo a sua frente que sentiu, todo o líquido em na altura do seu busto. A cafeteria toda ficou quieta, e junto Bru não sabia se xingava, se gritava, ou se fazia a pessoa comprar um outro vestido e um outro chá da tarde.
Só não esperava ficar apenas olhando para a pessoa e boquiaberta. Ela estava tendo uma visão ou era real?
— Me desculpa, desviei de outra pessoa e acabei esbarrando em você.
— Sem problemas, só terei que comprar outro chá e um vestido novo.
— Se não se incomodar posso comprar o chá para você.
— Não precisa.
— Eu faço questão.
— Ok. Te espero ali na mesa. – Apontou e viu o homem concordar.
Em questão de minutos ele voltou com o chá, agora servido na xícara.
— Aqui está. Qual é o seu nome?
— Obrigada. Meu nome é e o seu?
— Danny, Danny Jones.
— Danny. – Sussurrou. – Do McFly? – Sentiu as borboletas no estômago.
— Sim.
— Acho que tomei chá demais. – Fez Danny rir.
— Desculpe mesmo derrubar o seu chá.
— Sem problemas, eu já estou acostumada, sempre derrubo algo em mim. – Riu.
— Eu não estou acostumado em esbarrar e derrubar chá nas pessoas.
— Praticamente faço isso o dia todo, eu já ando até preparada com dinheiro a mais, se o estrago for tão grande eu compro outra peça.
— Desculpa, eu não entendi o que você falou. Vamos fazer assim, não quer dar uma volta? Não é toda cafeteria que mantém o silêncio.
— Aceito.
Ambos sabiam que teriam que se despedir antes das sete horas, eles tinham compromissos, diferentes, mas tinham. Porém quem ia ligar para isso? A conversa está fluindo tão bem Era como se eles já se conhecessem a tempo. Tudo bem que conhecia muito sobre ele, mas nada garantia que o assunto permaneceria fluindo. Até mesmo esqueceu que seu vestido estava sujo de chá.
— E então você é de qual lugar de Londres?
— Nenhum.
— Nenhum? – Estranhou.
— Eu não sou inglesa. – Sorriu. – Sou brasileira, estou aqui. – Pensou rapidamente. – A negócios, logo eu volto para lá.
— Hm. Bom, por quanto tempo ficará aqui?
— Uma semana e meia, hoje eu precisei tirar o dia para conhecer tudo, ou quase tudo, está bem complicado ir à London Eye.
— Os tickets esgotaram rapidamente, também fiquei sabendo, não sei como sendo que eles conhecem muito bem a movimentação nessa época.
— É, mas tudo bem, tenho até o último dia para pode ir.
— Podemos tentar, e eu pago para você, como se fosse mais um pedido de desculpas.
— Não precisa, sério.
— Vamos, vai ser legal.
E tinha como dizer não a Danny Jones?
— Certo, mas logo eu tenho que ir, preciso estar antes das dezenove horas em uma reunião.
— Não se preocupe com isso.
Era um frio na barriga maior do que voar pela primeira vez para outro país. Podia dizer que era uma pegadinha, se não tivesse certeza que ao seu lado era o Danny, mas os ticket que ela tanto queria estava disponível quando eles chegaram na bilheteria para comprar. Esperaram sua vez, e entraram na cabine; Devagar a roda girava subindo e dando o espaço para aquela janela maravilhosa que Londres fornecia. A cada cabine que chegava ao topo, alguns minutos eram fornecidos para ficar ali parado de tal forma que aquele que estivesse dentro da cabine pudesse olhar com mais calma e também registrar a paisagem.
Quando a cabine onde os dois estavam terminando a volta, eles desceram agradeceram o instrutor e deram uma pequena caminhada. Onde a vista ainda era tomada pela beleza da London Eye.
— Eu queria agradecer pelo chá e a London Eye.
— Não precisa, era o máximo que eu podia conseguir fazer, você… – O celular de Danny tocou. – Desculpa eu preciso atender, é importante,
— Sem problemas, eu vou indo tenho a reunião, tchau Danny.
— Tchau.
Podia ser falta de sorte, ou foi apenas um acaso do destino, mas Danny queria pelo menos ter trocado seu número com ela, mesmo sabendo que ela estava lá a trabalho.
se distanciou um pouco e chamou sua carruagem real, pois era assim que ela estava se sentindo. O carro chegou rapidamente e antes de ir ao estúdio, Bru passou na casa de seu pai tomou um banho – por casa do chá. Descia as escadas e parou para perceber que em vários lugares continha fotos tiradas de seu pai, e assim percebeu que o amor por fotos vinha dele sem ela ao menos saber, além de concluir que o estúdio dele era de fotografia.
O estúdio era bem localizado em Londres. Deslumbrante por dentro e por fora, ela ficou indignada que todo dinheiro vinha daquele estúdio de música. Nunca passou pela cabeça da garota que ele era produtor musical. Na parede vários discos de platina, ouro de cantores e bandas mostravam a conquista do Bianchi.
A garota procurou pelo homem e o encontrou na frente do painel.
— Filha, achei que não ia vir.
— Desculpa, eu passei em casa antes, acabei derrubando chá na minha roupa.
— Sem problemas. – Abraçou a garota. – Quero te mostrar todo estudo que um dia pretendo deixar para você.
— Sabe que eu faço jornalismo né?
— Sim, sei, mas um dia tudo isso será seu e você vai poder fazer o que desejar.
— Legal, espero que não seja uma forma de pedir desculpas.
— Mas não falei de desculpas, você sabe muito bem que sua mãe não deixava você vir.
— Deve ser porque eu era uma criança? E agora estou aqui e sou maior de idade, pra quem é produtor está muito desinformado.
— , você sabe que...
— Bianchi, os cantores que você esperava chegou. – A secretaria apareceu.
— Certo, leve eles para o estúdio, depois terminamos a conversa.
— Se tiver um depois.
— !
— Não precisa estressar, é só não deixar sua namorada intervir na nossa conversa. – Seguia o homem.
— Certo, certo. – Parou antes de abrir a porta. – Nós conversamos aqui no estúdio, é o único lugar que ela não vem.
— Combinado.
Enquanto seu pai abria a porta e entrava atrás dele digitando para sua amiga com um sorriso no rosto, ela escutou a voz dos dois cantores, ou melhor, apenas de um dele e ironicamente o destino mais uma vez fazia ela de trouxa. Quem é que teria a sorte de ver Danny Jones ao lado de Dougie Poynter?
Danny analisou de cima a baixo a garota percebendo que era a mesma moça do chá.
— Então vamos começar a reunião. – Bianchi se pronunciou mais alto.
— Quer que eu me retire?
— Não precisa, pode ficar a vontade. – Viu a filha concordar e se aproximar mais, ela cochichou algumas palavras em seu ouvido. – Eu sei. – O homem riu. – Ela sempre faz isso, mas eu depois explico para ela.
— Ufa, achei que você não sabia.
Eles riram deixando o cantor e o baixista curioso pela conversa secreta.
A reunião demorou muito e como uma boa Galaxy Defender, ela escutava atentamente a conversa deixando seus fones enganarem os homens.
Danny escutava tudo, ou não, ele apenas mantinha o foco na garota sentada atrás do produtor musical, era estranho como podia sentir atração assim repentinamente, e menina fazia com que as estrelas não parecessem que estavam brilhando, os fios ruivos, os olhos cintilantes, até mesmo o sorriso que aparecia quando via algo no celular, ela era incrível.
Talvez agora compreendia as fãs, o que era um sentimento a primeira vista. Danny batia devagar seus dedos no braço da cadeira esperava por algum sinal para sair dali e respirar um pouco de ar fresco, ou achar uma desculpa cabível para sair da reunião.
— Vou buscar os lanches. – A garota avisou, e recebeu apenas um ok do pai.
A secretaria já tinha saído do estúdio, havia um compromisso que não podia deixar de comparecer, com isso ficou na porta esperando o entregador chegar.
— Não sabia que era aqui que você trabalhava.
— Danny. – Se assustou. – Achei que estava ainda na reunião.
— Eu saí por um tempo.
— Então, eu trabalho para Bianchi, mas no Brasil, e o resto você sabe volto daqui uns dias.
— Compreendo, e teria como sairmos novamente?
— Eu não sei. – Encostou-se à parede para não cair. – Preciso ver, e te aviso.
— Muito bem, poderia emprestar seu celular.
— Claro.
Danny anotou seu número de celular e devolveu para .
— Só me avisar quando pode sair comigo. – Ela só concordou com a cabeça e recebeu um beijo no canto dos lábios.
Ele voltou para a sala e alguns minutos depois também, mas com os lanches.
Depois de a reunião ter terminado, e ela descoberto “sem querer” que seu pai assumiria toda a assistência para a banda, ela precisou comemorar sozinha em contar para ninguém não queria deixar que a informação vazasse e não ia informar suas amigas, pois sabia que no calor do momento fazendo coisas que nem se quer planejamos.
precisou ver um bom horário para sair com Danny não só pelo o fato dele ser famoso, mas porque iria passar um tempo com seu pai, mesmo não sendo uma das coisas mais queria.
Senhor Bianchi e entraram em um acordo de não falarem do passado naqueles dias, e ele prometeu que ia ver a garota sem falta no aniversário dela – no ano que vem é claro.
— Vai sair? – Viu a filha passar por ele.
— Sim, vou dar uma penúltima volta por Londres.
— Certo, não volte muito tarde.
— Pode deixar. – Deu um beijo no rosto do homem. – Volto antes da meia noite.
— !
— Fica tranquilo. – Ela saiu rindo.
Os dois se encontraram na frente da cafeteria onde tinham se conhecido. Danny ajeitou os óculos de sol quando viu a garota se aproximar.
— Oi. – Se abraçaram. – Espero não ter demorado.
— Não demorou, quer ir almoçar primeiro ou ir aos lugares que ainda tenho para te levar?
— Não tenho preferência, tem certeza que quer fazer isso?
— Sim, ninguém vai perceber que sou eu.
E mais uma vez Bru passou em alguns pontos turísticos, só que agora com uma companhia melhor, almoçaram e foram para St. James’s Park. Mesmo com a garota ao seu lado, ele pensava nela, e como as coisas seriam aquela semana nitidamente parecia um sonho. Embora eles só terem apenas saído juntos todos esses dias.
— Danny?
— Sim. – Se despertava dos pensamentos.
— Eu disse que preciso voltar cedo hoje.
— Sem problemas. Acha que nós vemos de novo?
— Quando eu voltar para Londres, eu passo no estúdio, bom isso se você não estiver em tour.
— E se eu ir até você?
— No Brasil?
— Sim.
— Danny, resumindo tudo eu não vim a trabalho, Arthur Bianchi é meu pai, eu vim só vê-lo. Não nos entendemos direito e vim pelo menos para isso, o que está funcionando, então sei que somos bem grandinhos, e isso inclui a decisão de ter desviado de todos os beijos seu, e espero que entenda caso não nos vemos mais.
— Sim compreendo, da mesma forma que isso não vai interferir nesses dias que passamos. Se mais para frente, você quiser tentar. – Acariciou o rosto dela. – Eu não irei dizer não.
Ela apenas mordiscou os lábios e se aproximou mais de Danny. Seus lábios se tocaram devagar, calmo e sem pressa, sem vontade que acabasse logo, os dois se entregaram no beijo sendo assim o primeiro e talvez, o último beijo dos dois. Pararam o beijo lentamente e depois ela olhou para frente. Não falaram mais nada, até o momento em que ele a levou embora.
Danny voltou para sua casa ainda com aqueles pensamentos, realmente ela mexeu com ele nesses últimos dias parecia um sonho, tudo bem até porque eles não tinham dado início para um relacionamento, mas será que um dia eles iam se ver novamente?
Com todas as malas no carro, se despedia da namorada de seu pai, e dos funcionários da casa. Stephany se aproximou de seu namorado e sua enteada com um minúsculo sorriso nos lábios.
— , tem uma pessoa que quer falar com você.
— A onde essa pessoa está?
— Na sala de espera.
— Eu já volto.
enrolou seu cabelo e fez um coque prendendo nele mesmo. Chegou à porta e viu Danny sentado na poltrona de frente para um grande quadro de Londres.
— Danny.
— Eu vim me despedir, decentemente.
— Claro. – Sorriu de lado.
— Te vejo daqui alguns meses. – Se aproximou e a beijou intensamente. – E não se esqueça de devolver.
— Não vou esquecer. – Segurou o colar com um pingente. O que ele sempre usa. – Te entrego daqui alguns meses.
Ela se despediu do cantor e foi até o carro. Não era um adeus, nunca foi e nunca era para ser. iria esperar tranquilamente até o dia do show, até todos saberem que McFly voltou. E até lá, aquele colar não ia sair perto de si tão cedo.
Fim
Nota da autora: Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic (Supostamente, quando eu tiver respirando aliviada, eu vou trazer parte II) ❤
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
❤
Que história mais fofinha ♥ Quero ver mais do desenrolar da Bruna e do Danny, rola? Parabéns pela história!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
❤
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.