08. Really Don't Care

Finalizada

Capítulo 1

- , fala sério! Se você acha que eu estou feliz por voltar às aulas, você está enganada! – falei, irritada
- Acho que você deveria ficar feliz. Prevejo que o ano será ótimo em vários aspectos. As notícias rolam, .
Bom, aí vamos eu e minha melhor amiga pelos corredores da Lawrenceville School, uma das escolas mais populares dos EUA. Não acho tanta coisa assim, não. Estamos no último ano, graças a Deus. Posso dizer que não sou igual àquelas garotinhas que sofrem bullying e são isoladas, posso dizer que sou até popular, apenas por ter namorado ano passado com um dos jogadores do time, mas o otário me chifrou. Olha que legal, não é mesmo? Mais aí vem a melhor parte: minha "vingança". Ou acham que sou do tipo de pessoa que deixa isso para lá? Apenas fiquei com o melhor amigo dele, simples.
- Qual sua próxima aula, ? – falei, pegando meus cadernos no armário.
- Biologia, e a sua?
- Filosofia. Boa sorte pra você – falei, entrando na minha sala.
Normalmente eu sento na frente. Não gosto do fundão pois tenho miopia. Nem sou azarada, não?
- Boa tarde, alunos. Caminhem em direção ao auditório. Teremos uns comunicados...
- Bem vindos. Estamos aqui, por mais um ano, e temos muitos comunicados a fazer, hoje. Vamos começar com os planos da Formatura do último ano: teremos o baile de formatura. -Foram ouvidos vários gritos e aplausos - O Grêmio estudantil reservou, para a viagem de formatura, ida e Volta para Paris, num pacote de uma semana, inclusos hotel, comida, passeios turísticos, entre outros. Vocês irão saber mais, no decorrer do ano. Teremos novos professores: o Sr. e o Sr. Aldwin. Sejam bem vindos! Espero que sejam bem recebidos pelos alunos e pela equipe do Lawrenceville! - Mais aplausos invadiram o ambiente.
Posso dizer que nunca vi professor mais bonito que o Sr. Tomlinson, e já prevejo Andressa, a vadia da escola, se atirando para cima dele. É super comum para ela.
- Bom, por hoje foi só isso, alunos.
Estava voltando para casa, apenas pensando no dia de hoje. nunca esteve mais certa do que hoje! Não sei o motivo de eu estar pensando no meu novo professor dessa maneira. Acho melhor eu para com isso, estou delirando.
Pedi pizza, porque, como sempre, estava com preguiça de fazer comida para mim. Chamei a no Skype:
- , sinceramente não tô preparada pra ter aulas, quase todos os dias, com o Sr. . Você reparou no sorriso dele? Cara, você não tá entendo. Eu tô parecendo uma adolescente de 14 anos!
- , para com o fogo no rabo? Ele é gato, sim, tem um sorriso encantador, sim, mas – poxa! – acalma seus hormônios. - Mostrei o meu lindo dedo do meio para a câmera do Notebook.
- Quem vê pensa que é furiosa.
- Cala a boca, !



Capítulo 2

Pensa em uma pessoa que levantou num pulo? Fui eu! Eu estava tão animada para a aula de hoje, reação totalmente diferente da do dia anterior. Resolvi por um jeans de cintura alta, meus All star brancos, minha blusa cavada do Nirvana, e, no cabelo, fiz um coque, nada muito exagerado ou explícito. Passei na casa da , pois queria a companhia dela para ir caminhando até chegar à escola, que não era muito longe.
- Vamos acordar, sua puta! Já é outro dia.
- Vai se ferrar, . Vai acordar sua avó! – , como sempre amorosa, falou em seguida, jogando um travesseiro em minha direção.
- Vamos, , você vai se atrasar. - Puxei o braço dela.
- Você é um pé no saco, hein, ! Misericórdia.
- Eu também te amo. – Sorri, cínica.

Entrei na sala, dois minutos atrasada, mas, por sorte, o professor não tinha entrado ainda.
Falando nele...
- Boa tarde, alunos. Meu nome é e vou ser o professor de história dessa turma, até o ano que vem, eu espero! Gostaria de reservar essa aula para nos conhecermos melhor, e não ter a fama de professor chato. – Falou, dando uma risada sem graça. – Bom, pra começar, vamos abrir espaço e afastar as carteiras. Vamos fazer um círculo e, pra facilitar, vamos sentar no chão mesmo.
Fizemos o que ele falou e então ele disse:
- Hum, vamos começar por você, qual seu nome? - Apontando para uma garota de óculos.
- Meu nome é Gabriela.
- Fale um pouco sobre você: gosta de que estilo de música? Livro favorito, banda preferida?
- Tenho 17 anos, minha banda favorita é Linkin Park, meu livro favorito é As vantagens de ser invisível, e eu gosto de tudo um pouco.
E foi assim com a turma toda, até chegar a mim.
- Então, vamos lá, fale sobre você! – Falou, olhando para mim.
- Meu nome é , minha banda favorita é Nirvana, meu livro favorito é Cidades de papel, e eu curto pop/rock.
- Boa escolha. Nirvana é uma ótima banda. - Sério isso, produção?
Apenas respondi com um sorriso, mas, por dentro, queria morrer de tão feliz que eu estava!
Ouço o sinal avisando que a aula tinha acabado.
- É , certo?
- Sim, sou eu mesma.
- Poderia me fazer um favor? O diretor andou falando comigo que eu precisaria de uma representante. Gostaria de saber se gosta da proposta.
- Pode contar comigo.
- Bom saber. Gostei de você, e acho não iria achar pessoa melhor que você pra esse cargo! - Ele falou, piscando o olho para mim.
- Olha, me sinto alguém muito importante, ouvindo você falando isso pra mim. – Respondi, rindo.
- Não queria ser inconveniente, mas você poderia me passar o número do seu celular? Acho que posso contar com você, não é mesmo?
- Pode, sim. Se precisar, estarei aqui. Agora preciso ir. Boa tarde, professor.
- Boa tarde, .
Eu ouvi isso mesmo? Está sendo melhor do que eu estava imaginando!


Capítulo 3

Passei três meses ajudando o professor e posso dizer que sou muito amiga dele agora. Já nos encontramos várias vezes, falamos da nossa vida, entre outras coisas, e hoje vou à casa dele, pois temos que tratar sobre uma excursão que vai ter para o Museu de história. O Diretor colocou tudo nas nossas mãos, então teremos que finalizar os detalhes.
- Oi – falei, assim que ele abriu a porta.
- Olá, , entre!
Sim, nos tratamos como amigos mesmo. Ele não gosta que eu o chame de Sr., pois se acha velho dessa maneira.
- Bom, os ingressos já estão prontos. Iremos anunciar a excursão semana que vem, e tudo será por conta da escola. O Sr. Parker disse que irá passar em todas as salas, avisando. A presença não será obrigatória, mas valerá nota!
- Nossa, está mais experiente que eu! Eu que devo dar o exemplo aqui!
- Eu sou ágil, . Sinta inveja de mim!
- Acho melhor você correr!
- Por q... - Não deu nem tempo de terminar a frase e fui atacada por cócegas.
- Para, , me solta!! SOCORRO! - Não parava de rir, e o que estava em cima de mim, no chão. Ria da minha desgraça, e nem me toquei que ele tinha parado. Fiquei fascinada com seus olhos. Só senti o rosto dele, cada vez mais perto, até que seus lábios foram ao encontro dos meus. Em poucos segundos, coloquei minhas mãos nos seus cabelos, e ele continuou com uma das mãos em minha cintura, enquanto a outra se encontrava no meu pescoço. Foi um beijo calmo, com desejo, eu podia sentir isso. Ele terminou o beijo com vários selinhos. Ele sabia que era meu ponto fraco.
- Isso é errado, .
- Se isso é errado, , foi a melhor coisa errada que eu fiz na minha vida. - Não pude conter o sorriso.
- O que vamos fazer agora? Já terminamos tudo que tínhamos pra fazer. – Hum, mas eu preciso ir, .
- Não antes de assistirmos a um filme. Vamos lá! Eu sei que em casa você não irá fazer nada. – Ele me guiou até o sofá. - E outra, você não vai parar de pensar nos meus encantos.
- Você nem é convencido, .
- A que filme vamos assistir?
- Se beber, não case? Eu dou ótimas risadas.
- Temos tantas coisas em comum. – Falou, olhando na minha direção e, logo em seguida, apoiando seu braço em volta do meu pescoço. Não estava tão confortável assim, então decidi colocar minha cabeça em seu peito, enquanto ele passava a mão em meu cabelo. Ficamos assim, até o final do filme. Éramos tão parecidos e tão diferentes ao mesmo tempo! Essa aproximação repentina não nos incomodava. Era tudo tão certo, mas tão errado. Quando voltei para casa, eram oito horas e deveria ligar para os meus pais, pois eles estavam viajando, naquele mês, a trabalho. Liguei para , contando o que tinha acontecido naquela tarde, e ela não ficou tão impressionada, mas ficou feliz por mim.


Capítulo 4

Minha vida se acalmou, meus pais voltaram de viagem, mas estou com vários trabalhos para terminar, vou enlouquecer.

Baby, poderia vir na minha casa, hoje? Estou sentindo sua falta. Vou estar te esperando às 20:00 xx

Sério isso? Falarei aos meus pais que irei dormir na casa da , só ela pode me ajudar. Fico pensando o quão arriscado isso é, mas isso não faz a mínima diferença para mim. Eu gosto dele. Se não gostasse, não teria nem sentido eu me arriscar tanto. Esperei ansiosamente a chegada das oito horas, e me ajudou a me preparar. Já tinha tomado meu banho, ajeitado o cabelo, e decidi parar de enrolar e ir de uma vez. O tempo estava agradável e a casa de não era longe da minha. A sua casa estava iluminada, era evidente que tinha alguém ali, então cheguei mais perto e toquei a Campainha.
- , estava com saudades! - Fui recebida com um beijo na bochecha e um abraço apertado.
- Também estava com saudades, .
- Já jantou? Vou precisar dá sua ajuda pra terminar a janta. – Falou, rindo
- Então vamos lá.
- O que tem feito esses dias?
- Nada muito interessante, , e você?
- Meus pais voltaram de viagem e, não sei porque Diabos, todos os professores inventaram de dar trabalho no mesmo dia. – Falei, revoltada.
- Meus Deus, deu pra ver sua animação de longe, . – Falou, gargalhando.
Continuei mexendo o molho do macarrão. Não sei porque, mas meu coração estava umas mil vezes batendo mais rápido que antes.
Depois do jantar, ficamos sentados no banco em frente a sua casa. A cabeça dele está no meu peito, enquanto seus braços rodiavam minha cintura.
- Sabe, , nesses quatro meses em que eu convivo, quase diariamente, com você, eu posso quase ter certeza que você é perfeita pra mim, em todos os sentidos. Você apareceu na pior parte da minha vida, e a transformou em uma ótima fase. Não sei se é cedo demais pra eu falar isso pra você, mas eu realmente gosto da sua presença na minha vida, eu amo sua companhia. Estou sendo Clichê demais, mas isso é uma coisa que não quero guardar só pra mim.
Olha, sinceramente, nesse momento eu não sabia nem o que dizer, foi uma emoção tão grande que as palavras quase não saíram da minha boca.
- Então, você pode se sentir mais feliz, pois cada palavra que disse aqui poderia ser dita em relação ao que eu sinto por você.



Capítulo 5

POV
O sinal tinha batido, anunciando o fim das aulas de hoje. Eram aproximadamente umas 14:30. Hoje fiquei de dar carona a , e mandei uma mensagem falando que esperaria por ela na esquina da escola, mas até agora não vi nenhuma resposta dela sobre isso, o que era totalmente estranho. Na verdade, não a via desde o intervalo. Vi , a amiga dela, se aproximando de mim. me contou que ela sabe do nosso "caso".
- Professor, você viu a ?
- Eu iria te fazer essa pergunta agora. Eu também estou procurando por ela.
- Vou ver se a encontro e, qualquer coisa, eu falo com você.
Por incrível que pareça, o tempo estava horrível, estava chovendo muito. Eu teria que pegar chuva, já que esqueci meu guarda-chuva. Fui caminhando até o estacionamento, e o que me chamou atenção foi um corpo caído no chão, com muito sangue na cabeça. Tinha marcas roxas pelo corpo inteiro, foi aí que reconheci que esse corpo era o da ! Rapidamente saí correndo, desesperado, pegando o corpo dela e caminhando até o carro. Ela pegou muita chuva, estava encharcada, e eu não fazia ideia quem seria capaz de fazer isso com a minha garota, era horrível a sensação de vê-la naquele estado! Logo fui até o porta malas e peguei um cobertor que tinha guardado lá. Fui até o hospital mais próximo, eu precisava que ela ficasse bem! Eu precisava dela aqui comigo.
- Eu preciso de uma emergência. Encontrei minha aluna caída no chão, machucada e toda molhada na chuva! A respiração dela está fraca.
Assinei tudo que tinha para assinar, os médicos foram até meu carro buscá-la. Eu poderia ir até o quarto quando ela acordasse. Os médicos me falaram que ela foi agredida. O caso dela era razoável, iriam dar pontos na cabeça dela, pois fizeram um corte fundo. Já tinha entrado em contanto com a , e ela ficara de avisar à família da .
- , você tem ideia de quem pode ter feito isso com ela? Não podemos deixar passar, ela estava muito mal quando a encontrei.
- Olha, as únicas pessoas que eu posso dizer que podem ter feito isso com ela são o ex namorado dela, o Dylan, e a atual dele, Andressa, você deve conhecer.
me explicou todo o caso da . O motivo daquilo podia ser vingança.
- Meu querido, muito obrigada por ter salvado nossa garota. Sem ela, não sei o que seria de nós. – A mãe da falou, me abraçando. - Você deve estar cansado. Vá pra casa. Amanhã você pode vir visitá-la.


Capítulo 6

POV
Acordei com uma puta dor de cabeça. Senti uma mão entrelaçada com a minha, olhei para o lado e vi . Fiz carinho pelo seu rosto, e ele abriu os olhos.
- O que aconteceu? – Perguntei, com a voz fraca.
Ele me disse o que tinha acontecido comigo e foi aí que eu lembrei que foram o Dylan e os amigos dele que fizeram isso comigo.
- Foi o Dylan, .
- Eu sei que foi, a me contou tudo.
- Obrigado pelo que fez comigo. Se não fosse você, não sei se estaria aqui.
- Para de falar besteira, . Não aguentaria viver sem você.
- Por quê? – Perguntei, curiosa.
- Porque eu te amo, . - Não pude evitar sorrir de orelha a orelha.
Puxei-o pelo pescoço até mim e o beijei com toda a vontade do mundo.
- Eu também te amo.

7 meses depois*

Eu e o senhor estamos namorando seriamente. O Diretor já descobriu, mas, como ele gosta da gente, prometeu manter segredo. Hoje é o grande baile de formatura e meu par é o . Sim, é hoje que a escola irá saber que eu e estamos juntos. passou em casa, para a gente se arrumar juntas. Hoje também será minha vingança contra o Dylan. Meus pais já sabem do meu namoro, e não foi fácil eles aceitarem, mas não deixaria de namorar o homem que eu amo porque meus pais não aceitam nosso namoro.
- Amor, você está um gato. Acho que não vou deixar você ir. As piranhas vão te atacar.
- Eu já tenho dona, amor. -Falou , me dando um selinho.
- Vamos lá. É hoje que a Lawrenceville School vai saber que o professor tem dona, que obviamente sou eu! - Entrelacei nossos dedos e caminhamos até a entrada da escola. Posso dizer que a escola parou para olhar a entrada da escola, e não fiquei impressionada pois, com um professor desses, quem não gostaria de estar no meu lugar?
- Amor, vamos à mesa do Diretor?
- Sim, vamos lá.
- Vejo que vocês estão firmes e fortes, não é mesmo, Srta. e Sr. ?
- Sim, estamos. – Respondi, sorrindo.

(Coloquem Really don't care pra carregar no segundo 0:35)

- Amor, a vingança vai começar! - sussurrou em meu ouvido.
"But even if the stars and moon collide
I never want you back into my life
You can take your words and all your lies”
Peguei Dylan pelo colarinho, dei um tapa em sua cara, puxei pelo pescoço e dei um beijão nele na frente de Dylan, que ficou com cara de tacho. Logo em seguida, falei: – Eu não preciso de você, eu tenho um homem que me ama, ao contrário de você. Oh oh oh I really don't care!


FIM



Nota da autora: Sem nota.

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