Capítulo Único
She's a saint
She's salt of the earth
And she's dangerous
Ambler, Pensilvânia, 2013.
— Eu não vou me casar! Desiste dessa ideia. — aumentou o tom de voz. — Eu sinto muito por você que aceitou essa vida, mas eu não vou, não.
— , por favor, não faça besteira. — Brenna, sua irmã mais nova, pediu.
— Não vou, Bee. — ela sorriu para sua irmã. — Apenas farei bom uso da herança do vovô porque tenho dezoito anos. Eu prometo para você que acompanharei todas suas conquistas, tá bem?
— Tucker! Você não vai a lugar nenhum. — Gareth, o patriarca dos Tucker, adentrou o quarto de sua filha mais velha. — Você só tem vinte anos.
— E aos vinte eu tenho mais noção que vocês que têm quarenta! — ela disse ácida.
Rapidamente, pegou sua pequena mochila e desceu escadas abaixo. Os três a seguiram, mas foi mais rápida e saiu de casa. Do lado de fora, uma de suas amigas de infância, Lauren, estava pronta para levá-la até a Filadélfia para que a menina pudesse pegar seu trem para Toronto.
A história de era simples: ela era um espírito livre e não gostava de seguir as regras bestas de seus pais. A filha mais velha dos Tucker foi criada praticamente na igreja, por ter seus pais muito próximos dos pastores Walsh. Dessa maneira, era vista como decepção dos Tucker por ter perdido sua virgindade com seu namorado, . não estava muito atrás pela decepção que supostamente causou a seus pais, mas ele e realmente se gostavam. E não conseguiam esperar pela hora em que estariam livres das rédeas conservadoras, mas, machista como a igreja — e seus frequentadores — era, a culpa fora toda para .
tentara atenuar a briga entre ela, os Tucker e seus pais, mas os Walsh decidiram que o acampamento religioso seria a solução. Por três meses, ficou incomunicável, enquanto sofria por todos os comentários maldosos de seu pai, tendo apenas Brenna e Lauren de apoio. E quando Walsh estava prestes a voltar para casa e procurar , ela tinha ido para longe. Para recomeçar.
— Você vem mesmo? Eu quero uma foto! — ela soltou gritinhos. — Você vai adorar a decoração.
— Mas o casamento é seu, Brenna. — disse, feliz. As escolhas de Bee foram horríveis. — Você quem tem que gostar.
— Mas a descolada é você! — Bee disse, animada. — Sou apenas uma contadora.
— Das mais legais. — sorriu. Seu voo foi anunciado e ela ajeitou suas coisas. — Preciso ir, te vejo em duas horas.
— Falando nisso, eu e…
— Tchau, Bee.
tinha certeza que o assunto que Bee queria falar podia esperar até que ela chegasse à cidade natal. Apesar da relutância, Brenna conseguiu convencer sua irmã mais velha a aparecer em seu casamento, nada religioso, para ser a madrinha. Quando Bee contou que ia casar, quase surtou. Sua irmã tinha 24 anos, caramba! No entanto, sabia que Chad era quem fazia o chão de Brenna tremer e a tirava de sua zona de conforto, assim como… Bem, fazia com ela.
se esforçou para tirar os pensamentos que envolviam de sua cabeça, como havia feito nesses sete anos, mas desde que Brenna anunciara que se casaria com Chad, sabia que era inevitável não ver ou pensar em . Eles eram melhores amigos.
Durante o voo até a Filadélfia foi rápido e foi quando focou em seu trabalho.
Quando chegou ao Canadá, aos 20 anos, demonstrou interesse em arquitetura e começou uma faculdade. Aos 27, era arquiteta e trabalhava numa empresa de engenharia e arquitetura em Toronto. Na sua formatura, apenas Bee e Chad marcaram presença. Para o azar de seus pais, Brenna era tudo que precisava para aguentar.
Já na Pensilvânia, buscou um táxi para levá-la até a estação de trem para poder ir à Ambler. Durante o caminho, a arquiteta ficou desenhando alguns edifícios que gostava no interior do estado. , quando deu por si, estava próximo de Ambler e tentou ligar para Brenna, que iria buscá-la. A ligação foi parar na caixa postal e ela torceu para que a irmã tivesse esquecido seu celular no carro.
Quando saiu do trem, ajeitou sua bolsa e a mala e virou-se para procurar por Brenna. Ao fazê-lo, arrependeu-se. Como uma maldição, Walsh estava parado a encarando com as mãos dentro do bolso da calça social. Com o cabelo bem aparado e uma barba por fazer, lhe encarava como se visse por trás de sua alma.
— . — ele falou baixo, mas ela o escutou. E mesmo se ela não o reconhecesse — o que era quase impossível — sabia que ele era a única pessoa que a chamava por .
— . — ela sorriu sem graça. — Você viu minha irmã por aí?
— Brenna e Chad não puderam vir. — ele a informou. — E como padrinho, bem… Sua irmã tem usado essa desculpa para me fazer de empregado.
riu. — Brenna em sua mais pura essência.
— Eu diria que é uma coisa dos Tucker. — ele afirmou.
— Talvez. — ela sorriu. — Isso faz de você meu motorista?
— Não. Sou apenas o cara que vai te levar para casa dos seus pais, ainda que eles me odeiem.
— Eu não vou ficar na casa dos meus pais. — ela afirmou, séria. — Ficarei na pousada da senhora Fitzgerald.
— Que coincidência. — ele riu. — Eu também estou hospedado na pousada da senhora Fitzgerald.
— Você não mora mais em Ambler? — ela arregalou os olhos. — Pensei que…
— Você tem muitos pensamentos equivocados sobre mim. — ele deu de ombros. tirou a mala de de sua mão e seguiu andando, guiando-os para o carro.
e tinham assuntos inacabados, é claro. nunca entendeu o porquê de ela não ter ficado anos atrás, se ele havia jurado que eles ficariam juntos. Mas como Bee dizia, havia escolhido sua liberdade. É claro que todos que conheciam Tucker sabiam que a arquiteta tinha renascido quando foi para Toronto.
Assim que entraram no carro, ficou calada e tentou ligar para sua irmã. Brenna atendeu no segundo toque e soltou um gritinho de animação ao saber que sua irmã tinha mesmo ido para Ambler.
— Eu te odeio, Bee. — ela resmungou.
— Não odeia, não. — ela disse, animada. — Você já está a caminho da casa dos nossos pais? Eu já devo sair daqui.
— Não vou ficar com os nossos pais, Bee.
— Não? Mas eu pensei que…
— Eles não falam comigo há anos, Brenna. — a voz de embargou. — Eu não quero viver a sensação de rejeição novamente.
— E onde você vai ficar?
— Numa pousada perto. — ela confortou a irmã que parecia estar preocupada. — Tá tudo bem, Bee.
— E por que você está segurando o choro? — Brenna a conhecia como ninguém.
— Preciso ir. está me pedindo ajuda. — mentiu.
— Tucker, não min… — antes que Bee terminasse sua frase, desligou.
Quando guardou o celular na bolsa, percebeu que a encarava. Ela não queria ter aquela conversa agora, então ignorou. Ele havia percebido que ela não queria falar sobre.
O caminho se fez em um desconfortável silêncio, de modo que só falou para agradecer a pela carona.
— Obrigada, . — ela agradeceu e levantou a alça da pequena mala que trouxera.
— Não precisa agradecer, .
— Bom, eu vou entrar. — ela anunciou. — Tchau, .
havia se virado para entrar na pensão, mas a chamou.
— ? — ele franziu a testa ao chamá-la. girou seu corpo e o encarou. — Eu sinto muito que seus pais te rejeitem. Eles não sabem o quão incrível você é.
O choro que estava tentando quase veio à tona. — Obrigada, .
— ? — perguntou, surpreso. — Pensei que a responsável pelo bazar hoje seria a Bee.
— Bee não quis vir. — ela sorriu. — Precisei vir para manter a honra dos Tucker diante desse império hipócrita.
— Império hipócrita? — ele gargalhou e sorriu ao ouvir o som gostoso. — Gostei, vou aderir.
— É muito bom saber que eu influencio as pessoas. — ela deu um sorrisinho vitorioso.
— Eu também sei influenciar as pessoas, . — ele sorriu.
— Rá! Você é influenciado. — ela sorriu.
— Então vamos fazer uma aposta… — ele sugeriu. Os olhos ávidos de encontraram os de e ela percebeu que ele falava sério. — Se eu conseguir vender pelo menos quinze peças, você sai comigo.
— Sair com você? — ela fez uma pergunta retórica enquanto avaliou a ideia mentalmente. — É, só porque sei que isso não vai dar certo.
abriu um largo sorriso e foi à guerra. O adolescente começou a andar pelo saguão da igreja e conversando com os varões e varoas, chamando a atenção de todo mundo. apenas observava de longe o esforço que ele estava tendo por uma coisa que ele poderia ter obtido facilmente. De todas as pessoas que compareciam à mesma igreja que seus pais, era a única pessoa que ela gostava. Eles estudavam juntos e ele sempre dava um jeito de ajudá-la na escola, de passar um tempo com ela enquanto ela era obrigada a estar nos seus compromissos religiosos e parecia ser o único que realmente gostava dela ali.
Conforme as horas passavam, mais vendas ele fazia e mais comentários bobos ouvia. Coisas como: “Você prefere uma coisa romântica ou mais casual?”, “Quer que eu te busque em casa a que horas amanhã?”, “Eu preciso pedir permissão para seu pai?”.
Quando o último culto acabou, estava entediada, mas com um sorriso no rosto. , por outro lado, estava cansado, mas radiante. Havia vendido todas as peças de roupa no bazar.
— Te vejo amanhã às 20h, . — essa foi a última coisa que ela ouviu dele. Apesar de não mostrar, no fundo, estava feliz por sair com .
She's the symbol
Of resistance
And she's holding on my
Heart like a hand grenade
No fim das contas, acabou descobrindo que ia levá-la a uma exposição de miniaturas de pontos turísticos do mundo inteiro. Ali, teve certeza que prestava atenção nela há tempos. Sempre que ela aparecia na igreja, tratava de levar seu caderninho para desenhar e, em sua grande maioria, seus desenhos eram locais que ela imaginava ser bonitos de se ver pessoalmente.
tentou não se arrumar muito e colocou apenas uma calça jeans, uma blusa e tênis. Decidiu não passar maquiagem porque sempre que o fazia, sua mãe reclamava. E, naquele dia, tudo que ela não queria era se estressar.
Às oito em ponto a campainha da casa dos Tucker tocou e desceu as escadas quase correndo. Estava ansiosa para seu encontro com . O senhor e a senhora Tucker estavam na sala e encaravam a porta como se pudessem ver por ela.
— Tchau. Volto mais tarde.
— Espero você em casa às dez.
— São oito horas. Volto, no máximo, às onze, tá? Beijo, amo vocês.
Assim que abriu a porta, deparou-se com aguardando-a. Ele usava uma calça jeans de lavagem clara e uma blusa preta. Simples daquele jeito, Walsh estava arrebatadoramente lindo.
— Vamos logo, temos três horas para aproveitar.
— Espera! — ele a segurou na varanda. - Trouxe algo para você.
— O quê? — ela arregalou os olhos. — Como assim?
— Os primeiros encontros precisam de presentes. — ele sorriu. — Mas então eu pensei: se eu levar rosas e chocolates, apanharei.
riu. — Jamais.
— Então eu trouxe isto. — ele pegou a caixa longa que tinha no bolso e a entregou.
— O que é isso?
— Eu não sei se são as que você usa, mas a moça da loja disse que são muito boas // para desenhar. — ele apontou para sua mão enquanto ela abria. — Tem vários tamanhos de ponta.
— Você me comprou canetas de nanquim? — ela o encarou com um grande sorriso.
— Eu precisava começar a conquista de algum jeito.
— Se você se ligasse, perceberia que não precisaria de muito para me conquistar, Walsh.
— Mas eu quero que você se sinta mimada.
— Você definitivamente não quer isso, . — ela deu um sorrisinho.
entrelaçou seus dedos aos dela e foram em direção ao carro. O caminho foi rápido e eles foram cantando as músicas que tocavam na rádio e, naquele momento, tocou Mirrors, do Justin Timberlake. O príncipe do pop era um dos artistas que mais gostava.
— Eu amo essa música. — ela sorriu.
— Você gosta do Timberlake?
— Mais do que gostaria. Sou apaixonada por tudo que ele faz. — ela riu. — Principalmente se o assunto for Amizade Colorida.
— Seus pais sabem que você vê esse tipo de coisa? — riu.
— Se meu pai descobrir que eu assisti àquele filme, eu certamente vou parar num convento.
gargalhou com a resposta de .
Durante o tempo que passou com , percebeu que ela poderia elencar os edifícios mais famosos do mundo sem nenhuma dificuldade. Dizia sobre o estilo, como ela achava que deveriam ser, ou então, apenas observava curiosamente os detalhes das miniaturas.
Conforme o tempo foi passando, pensou em dar uma chance à faculdade e, se pudesse, escolheria uma bem longe de casa. Mas ela nunca gostou de estudar, de fato. Matemática nunca foi sua praia também.
— No que está pensando, Tucker? — ele a encarou.
— Em como eu queria sair daqui. — ela falou baixo. — Eu não suporto esse lugar.
— Somos dois. — ele disse baixo. — Mas não queria ter que deixar meus pais.
— Queria poder dizer isso. — ela engoliu em seco. O assunto nunca foi fácil.
deu um leve aperto na coxa de como se demonstrasse seu apoio à menina. colocou sua mão por cima e lá ela ficou até chegarem na porta dos Tucker. Quando chegaram, não queria entrar. Tinha tido uma noite muito incrível, não queria voltar para seu inferno pessoal. Os dois saíram do carro e ficaram encostados na lateral da porta do carona. De relance, viu seu pai na janela de seu quarto no segundo andar.
— Estamos sendo vigiados. — ela comentou baixinho.
— Estamos? — ele franziu a testa. — Então isso significa que eu não posso te beijar?
— Não, do contrário. — ela riu. — Isso é só mais um motivo.
— , você não vai querer irritar o senhor Tucker, ele… — estava falando, mas foi interrompido com a proximidade de que juntou seus lábios aos dele. colocou a mão em sua cintura e apertou levemente, de modo que se aproximou mais ainda dele.
Os dois só pararam quando perceberam que estavam sem ar. deu um sorrisinho para o menino e o beijou levemente na bochecha. devolveu, mas foi no canto da boca.
— Boa noite, .
— Boa noite, . Vejo você na escola amanhã. — ela sorriu e correu para dentro de casa.
Aquele dia, sem sombra de dúvidas, foi o início da saga Walsh-Tucker. E ela estava longe de acabar.
She sings the revolution
The dawning of our lives
She brings this liberation
That I just can't define
Nothing comes to mind
Ambler, Pensilvânia, 2020.
— Você está linda, Bee. — sorriu. — Nem acredito que minha bonequinha vai se casar.
— Eu amo tanto Chad, . — lágrimas brotaram nos olhos de Brenna.
— Não, Bee. Não chore. — pediu à irmã.
— Já está quase na hora e tudo vai dar certo.
— Pode ir até ele? — sua irmã pediu.
— Para quê?
— Entregue-o isto. — Brenna pegou da gaveta um pedaço de papel dobrado. — É importante, .
Do outro lado do local onde seria o casamento, Chad e conversavam sobre as irmãs Tucker. Apesar de Chad ter a mesma idade que e , ele havia conhecido Brenna no trabalho e os dois se apaixonaram perdidamente. lembrou quando descobrira que a nova namorada de Chad era Brenna.
— Você gosta da outra Tucker, . — o amigo afirmou. — Não sei que suspense há nisso. Brenna disse que ela também gosta de você, então, por que não aproveita e diz que gosta dela de volta?
— Não é assim, Chad. — disse. — Nem sabemos se Bee falou a verdade.
— Bee não mente, cara.
— Eu gosto da , Chad. Mas ela não iria para Toronto comigo se precisasse.
— Você é idiota ou o quê? — Chad perguntou. Antes que Chad pudesse falar, ouviram duas batidinhas na porta.
— Chad? — colocou a cabeça para dentro do quarto. — Desculpe, posso entrar?
— Entra, . — disse.
A mais velha dos Tucker obedeceu ao pedido de e adentrou o quarto.
— Bee pediu para que eu te entregasse. — ela entregou o pedaço de papel e entregou para o cunhado.
— Obrigado, . — ele falou baixinho. — Me diga uma coisa, …
— Sim?
— Como tem sido as temperaturas em Toronto? — Chad perguntou e arregalou os olhos. Não poderia ser.
— Hm… Frios? — ela fez uma pergunta retórica. — Mas por quê?
— foi transferido e estava com medo do clima frio. — Chad informou.
— Você vai para Toronto? — ela se assustou e perguntou a . Ele fez que sim com a cabeça. — Legal.
— Você deveria dar umas dicas a ele, . — Chad sorriu.
— Cl-claro. — ela gaguejou. — Vou voltar para Bee antes que ela surte. Tchau, rapazes.
Assim que saiu do quarto, Chad encarou o amigo estupefato. parecia ter travado ao ouvir a notícia que dividiria, novamente, a cidade com . Chad soltou um bufo que acordou de seus devaneios.
— Vá atrás dela, seu idiota!
Sem nem pensar, saiu às pressas do quarto. Antes que chegasse do outro lado da escada, ouviu gritos. Gritos esses que eram de .
— Para! — ela chorava. — Não quero seu olhar de pena.
— Não é pena que eu tenho, . É desgosto. — seu pai engrossou a voz. — Você manchou o nosso nome na igreja.
— Todos perguntam sobre a filha fugitiva. — sua mãe parecia cuspir desprezo. — Eu espero do fundo do meu coração, , que Deus tire tudo de você.
— Assim como você tirou o respeito ao nome Tucker.
chorava e, antes que Brenna interviesse na briga, o fez.
— Pare de falar merda, senhor Tucker. — ralhou. — é uma das melhores pessoas que já pisaram naquela igreja. Diferente de vocês, ela não julga os outros por seus desejos.
— … — Bee tentou acalmá-lo.
— Você também passou por isso, Brenna? — ele perguntou baixinho. A tinha quase como uma irmã mais nova. — Puta merda, vocês são nojentos. Eu sinto muito que vocês afastaram as filhas de vocês por causa de status numa igreja. , me desculpa por nunca ter te entendido, e-eu…
— Oras, garoto. Você também é uma vergonha para o nome Walsh. Deveriam ficar juntos mesmo.
— Bee e , me desculpem. Mas, senhora Tucker? — ela o encarou nos olhos. — Vá para o inferno.
— Oras, seu moleque. — Sue Tucker se pôs para frente para bater no rosto de , mas entrou na frente.
— Chega, vocês dois. Para fora. — Brenna vociferou.
— Mas nós somos seus pais! — Gareth, seu pai, disse.
— Senhor e senhora Tucker, por favor; me acompanhem até lá fora. — Chad empurrou os levemente para saírem do local. — Já volto, linda.
Assim que teve a chance, saiu correndo do local e foi até os jardins da casa.
— … — Bee estava prestes a descer quando falou.
— Eu vou.
Quando chegou, estava aos prantos ao telefone.
— Eu preciso de uma passagem para Toronto. — ela soluçou.
— … — ele a chamou baixinho e se aproximou.
— Me deixe, .
— Você não pode fugir, . — ele tentou manter a calma. — A pior parte já passou.
— Eu estraguei o casamento da minha irmã, eu sou uma merda de um estorvo! — ela gritou e desabou em lágrimas. Sem dizer nada, a puxou para um abraço forte.
— Você não pode se deixar abalar, . Eles são as pessoas mais egoístas do mundo.
— … Eu sinto falta da minha irmã todos os dias, mas toda vez que eu voltar vai ser assim?
— Linda, Bee te ama mais que tudo nesse mundo. — ele acariciou sua bochecha. — Ela jamais faria algo para te machucar.
— Eu quero ir embora. — ela limpou a lágrima que escorria.
— … — ele pensou por um segundo. Que se dane! — Eu amo você. Nunca deixei de te amar, .
— . — ela pediu. Ele não podia pedir para ela ficar.
— Eu não a quero longe de mim. — ele disse olhando em seus olhos. — Pelo menos me deixa ir com você dessa vez?
— Você tá falando sério, ?
— Mais que tudo, Tucker. Se você me chamar, vamos para qualquer lugar do mundo.
— … — ela falou baixinho e calmamente foi aproximando seu rosto ao dele. Quando pôde, juntou seus lábios ao dele e a enxurrada de paz a invadiu. Estar com sempre fora uma das suas coisas favoritas. Toda vez que estava em Ambler, uma parte dela ficava para trás. Daquela vez, aquilo não aconteceria.
— Desculpa ter te deixado. — ela disse entre beijos.
— Isso significa que você vai ter que retribuir todo esse tempo longe, . — ele sussurrou baixinho em seu ouvido.
— Ah, é? — ela deu um sorrisinho.
— Sim.
— E podemos começar agora mesmo? — ela fez o pedido indecente com a feição mais inocente possível.
— É para já. — grudou seu corpo mais ainda no dela e ela prendeu suas pernas ao redor de sua cintura.
Aquele poderia até ser o enterro de Tucker, mas o nascimento de Tucker. Longe das rédeas dos pais e perto de quem a prendeu no coração. O espírito rebelde de havia, finalmente, encontrado seu Nirvana.
Vigilante
Missing link on the brink
Of destruction
Fim!
Nota da autora: Oi, gente! Eu tenho esse plot há tanto tempo. Finalmente saiu! Espero que gostem tanto quanto eu! Um beijo. Se vocês quiserem, entrem no meu grupo do facebook: Fics da Tris | Facebook.
Caixinha de comentários: A caixinha de comentários pode não estar aparecendo para vocês, pois o Disqus está instável ultimamente. Caso queira deixar um comentário, é só clicar AQUI
Qualquer erro nessa atualização ou reclamações somente no e-mail.
Caixinha de comentários: A caixinha de comentários pode não estar aparecendo para vocês, pois o Disqus está instável ultimamente. Caso queira deixar um comentário, é só clicar AQUI