Capítulo Único
Na frente dos seus amigos, você solta a minha mão;
Se perguntam: “cês tão juntos?”;
“É claro que não!”.
Denuncia sem me ver, um riso tão desajeitado;
Eu sou bom pra tua cama, mas não pro teu lado…
Assim que ela entrou no banheiro do bar, ela sentiu duas mãos segurarem-lhe a cintura com força e sentiu os quadris serem pressionados na parede fria da cabine.
— Tá maluco, ? — Ela empurrou-lhe os ombros, quando ele a puxou pela cintura. — E se alguém aparece? Esse banheiro é feminino, esqueceu?
bufou, passando as mãos pelos cabelos pretos, bagunçando-os.
— Só tem a gente aqui, tá vendo? — Ele sussurrou.
— E o que você quer? — Ela colocou as mãos na cintura.
— Não se faça de desentendida! Você sabe muito bem o que eu quero. — As mãos dele pousaram na cintura dela, puxando-a para si com certa brutalidade e então os lábios dele se chocaram com a mesma violência nos da garota, que apenas se entregou.
Enquanto ele apertava sua cintura com força, ela arrastava as unhas pela nuca e pescoço dele, pois sabia que ele amava. O beijo foi ganhando intensidade conforme a língua dos dois brigavam uma com a outra e, então, as mãos de saíram da cintura dela e se embrenharam no meio de seus cabelos, e, aí, ele os puxou com brutalidade, fazendo com que ela jogasse a cabeça para trás, descolando os lábios dos dele.
— Não me provoque, ! — Ela sussurrou com os lábios inchados.
— Se não o quê? — Ele passou a língua por toda a extensão dos lábios dela.
fechou os olhos, sentindo o tesão começar a invadi-la com força. sabia que havia conseguido, então, ele apenas lançou um sorriso sacana na direção dela, enquanto ainda segurava seus cabelos entre os dedos.
Os dois voltaram a se beijar e agora era a vez de puxar os cabelos de em suas mãos, enquanto mordia com força o lábio inferior dele, dando uma leve chupadinha no mesmo. sentiu o membro pulsar dentro da calça, ele poderia comê-la ali mesmo!
As bocas voltaram a se chocar com intensidade, enquanto uma das mãos de desceu até o bumbum dela e o apertou. sorriu entre o beijo, o que fez com que voltasse a apertar o local com mais força. As mãos de invadiram suas costas por baixo da camiseta e ela o arranhava conforme as línguas se chocavam.
soltou a boca dela, mas manteve uma das mãos em seus cabelos, puxando-os novamente com força.
— E se alguém entrar, ? — Os olhos dela estavam fechados.
— Você não é medrosa assim! Nem um pouco. — Os lábios dele encostaram-se ao pescoço dela.
Assim que sentiu a língua dele passar por ali, ela sentiu a intimidade pulsar e começar a causar um incômodo, então soltou um gemido com os lábios entreabertos. a conhecia tão bem! Ele sabia exatamente todos os pontos fracos do corpo dela e usava isso em seu favor.
Então ele sugou o pescoço dela com força, enquanto ela arqueava as costas e colava ainda mais o corpo ao dele. Depois de passar um tempo ali, desceu uma das mãos pela lateral do corpo de , alcançando a barra do vestido vermelho que ela usava.
— Você fica muito gostosa com esse vestido! Mais do que você já é! — Ele cochichou no ouvido dela.
— Já, já você tira ele! Agora precisamos voltar! — Ela pousou as mãos sobre os ombros dele.
— Não! Ainda não! Eu não terminei com você!
tentou raciocinar, mas a barra de seu vestido havia sido levantada o suficiente para que ela sentisse os dedos de passearem por sua intimidade já úmida, por cima da calcinha que ela usava, que logo foi empurrada pelas mãos ágeis de para o lado. E quando ela estava recuperando a sanidade, sentiu os dois dedos de a invadirem, pegando-a de surpresa. agarrou os ombros dele, fechando os olhos, enquanto ele a esperava se acostumar com a súbita entrada dos dedos dele por ali.
— … — ela sussurrou agoniada em seu ouvido, que apenas sorriu malicioso.
Os dedos dele começaram a se movimentar dentro dela, lentamente. Com o dedo polegar, ele mexeu no clitóris já inchado da garota, pressionando-o. apertou ainda mais os ombros dele, enquanto mordia os lábios, contendo a vontade absurda de gemer. mantinha o sorriso nos lábios, enquanto aumentava o ritmo dos dedos num vai-e-vem quase frenético.
sentia as pernas ficarem fracas e aproveitou para mordiscar a orelha dela, enquanto respirava pesado, aumentando a vontade de de gemer. Ela sentia que o orgasmo estava próximo, então abraçou , passando os dois braços em seu pescoço.
continuou com os movimentos no clitóris dela, agora eles eram circulares, enquanto intensificava outra vez os movimentos dos dedos dentro de . Assim, o orgasmo a atingiu com força e a segurou pela cintura com a mão que estava livre, ao sentir o peso dela ceder sobre ele. mordia os lábios com tanta força, que teve medo de feri-los.
As ondas de eletricidade causadas pelo orgasmo passeavam por seu corpo e assim que ela começou a se recuperar, ouviu as vozes de algumas amigas ecoarem pelo banheiro:
— ? — Uma delas chamou. — Você ainda tá aqui? Tá tudo bem?
— Ficamos preocupadas, você tá demorando!
começou a rir e, então, tapou a boca dele com força.
— Só estou passando um pouco mal pelo calor! Mas já estou indo! Não precisam se preocupar! AU! — sentiu os dentes de lhe mordiscarem a mão.
— Tá tudo bem mesmo, amiga? — viu os pés de se aproximarem de sua cabine.
— Tá sim! Fica tranquila, podem voltar, eu já tô indo! — fuzilou com o olhar, enquanto ele gargalhava sem fazer som com a mão dela lhe tapando a boca.
— Tá bom! Não demora, todo mundo preocupado lá na mesa!
Assim que as amigas saíram, empurrou com as duas mãos espalmadas no peito dele, fazendo com que as costas dele se chocassem na porta.
— Você é maluco! — Ela ajeitava a calcinha e o vestido, enquanto a observava, rindo. — Não faz mais isso!
ficou sério, enquanto a encarava.
— Vamos voltar! Anda, sai!
saiu da cabine, sendo seguido por . Os dois lavaram as mãos, enquanto ainda se encaravam pelo espelho.
colocou a cabeça para fora do banheiro, observando se a barra estava limpa, e então ela ergueu a mão para trás e a segurou com força. Estava completamente apaixonado pelo colega de trabalho e achava que ela também estava, apensar de não demonstrar. Havia um mês que eles estavam nesse rolo, escondido dos amigos, afinal de contas, os dois sempre se odiaram publicamente, então não queria revelar nada do que estavam vivendo para eles.
Os dois saíram do banheiro de mãos dadas e caminharam assim até se aproximarem das mesas onde estavam os amigos. gostou da sensação de passear com ela de mãos dadas, mas logo o coração dele murchou quando ela soltou as mesmas bruscamente ao estarem chegando perto dos amigos.
— Eu volto primeiro! Você espera uns minutos, senão fica estranho, né? — Ela selou rapidamente os lábios dele e saiu.
travou o maxilar, estava cansado daquilo! Ela o quebrava por dentro todas vezes em que fazia coisas do gênero.
Então vai se foder;
Você e o seu rostinho lindo!
Volta e vai viver;
Com todos os seus amigos ricos...
Eu me esforcei bastante pra desapegar;
E fiquei muito tempo onde você tá;
Mas agora já não sinto mais a dor...
Assim que ele se despediu do restante dos amigos, adentrou o estacionamento, pagou o mesmo e caminhou em direção ao carro. Lá, ele encontrou escorada no capô com os braços cruzados abaixo dos seios. ainda estava com raiva.
— Cadê a ? — Ele perguntou seco.
— Já foi embora!
— Ela não ia te dar uma carona?
— Ia! — mordeu o lábio e passou o dedo pelo peitoral de . — Mas eu disse pra ela que ia pedir um carro de aplicativo mesmo!
— Você vai sozinha pra casa esse horário? — respirou fundo quando ela o puxou para perto pelo cinto de sua calça.
— Quem disse que eu vou sozinha? E quem disse que vou para a minha casa?
engoliu seco quando ela colocou a mão sobre o membro dele.
— Eu vou te levar em casa então! Entra! — Ele destravou o carro.
— Ei? — Ela segurou o rosto dele entre as mãos. — O que foi?
— Nada! Eu só não estou afim mais!
— Como assim? Mais cedo você estava pegando fogo!
— Estava! Muito bem! Eu estava! — retirou as mãos dela de seu rosto.
— ! — Ela choramingou, puxando-o pela camiseta — Não tô entendendo! Você nunca nega!
bagunçou os cabelos, nervoso. Bufou alto.
— Eu cansei, ! Já tem um mês que estamos nessa! Pelo menos a e a sabem da gente?
engoliu seco. Detestava quando tocava naquele assunto.
— ! Não começa!
— Não! Não começa você com essas desculpas esfarrapadas!
— , a gente já conversou sobre isso! Não vamos mexer em time que está ganhando!
— O seu time está ganhando, ! O seu! Eu não sou um brinquedo!
— Eu sei! — Ela passou as mãos pelas têmporas.
— Sabe mesmo? — Ele se aproximou dela. — Então vamos abrir o jogo para todo mundo!
— Não, ! — Ela segurou os ombros dele. — Você sabe como vai ser se fizermos isso!
— Entra no carro. Vou te deixar em casa! — Ele se afastou dela, indo em direção à porta do motorista.
— ! Espera!
Ele olhou para ela com raiva.
— Ainda não é a hora, tá tudo muito recente! A gente não precisava fazer isso agora... E você concordou.
— Concordei na primeira semana. Entra logo no carro ou eu vou deixar você aqui!
balançou a cabeça em negativa, irritada, e então entrou no carro. Tinha esperanças de conseguir convencê-lo no caminho.
Os primeiros dez minutos se passaram num total silêncio.
— Você está exagerando...
— Eu estou cansado, é diferente!
— , tá tudo tão bem!
— Eu também acho, eu gosto do que a gente tem. Da nossa química, da nossa cumplicidade...
— Então! — se atreveu a colocar uma das mãos sobre a perna dele.
— Então não tem por que não contarmos!
— Por que isso é tão importante? — subiu a mão pela perna dele, chegando perto da virilha.
a queimou com os olhos.
— Chegamos na sua casa. Boa noite! — Ele desviou o olhar do dela.
Me devolve o que eu te dei;
Meu amor e o meu tempo...
Você tem prioridades;
Mas eu tenho sentimentos...
Dessas brigas o meu corpo;
Até que sente falta;
Mas tenho me acostumado;
A não te ter de volta...
Chegou ao apartamento e bateu a porta atrás de si, acendeu as luzes da sala e jogou a carteira sobre o sofá, sentando-se no mesmo logo em seguida. Passou as mãos pelo rosto, irritado. Ele queria ali com ele para terminarem o que haviam começado mais cedo, mas ela o havia ferido.
sentiu o coração apertar e então cobriu os olhos com as mãos. Ele queria poder acariciar a bochecha dela em público, queria poder levá-la para a casa dela e entrar. Queria poder beijá-la no estacionamento da empresa nas vistas de todos, sem eles precisarem se esconderem no carro dele. Ele queria poder beijá-la com força na frente dos amigos, queria poder falar dela para mãe. Ele não queria mais esconder o que tinham.
Tomou um banho gelado, queria tirar o gosto e o cheiro dela de sua pele. Esfregava o corpo com força, como se tal ato fosse arrancá-la em definitivo dele. Deixou algumas lágrimas escaparem e escorrerem pelo corpo, misturando-se com a água. Ele jurou a si mesmo que não se apaixonaria por ela de forma alguma, inclusive, foi por isso que concordou com ela de não contarem nada.
No começo, ele a odiava com todas as forças, achava-a arrogante e mimada, tinha pavor! Mas depois toda a raiva se transformou numa atração incontrolável e agora lá estava ele: apaixonado!
Amaldiçoou-se mais uma vez, antes de sair do banho.
Sentou-se na beirada da cama, ainda de toalha, e então desejou outra vez que ela estivesse ali com ele. Pegou o celular e lá estava uma mensagem dela: “Já acabou o seu showzinho, ? Posso ir para sua casa? Quero muito terminar o que você começou e sozinha não tem graça!”
Ele respirou fundo, contendo toda a vontade de terminar de fato o que havia começado.
“Vai se foder! Você e o seu rostinho lindo. Volta e vai viver com todos seus amigos! Então vai se foder você, meu grande amor!” ele apertou “enviar” e, então, jogou o corpo para trás na cama, fechando os olhos.
Ele sabia que amanhã se arrependeria de ter de fato enviado a mensagem, mas hoje não. Hoje ela merecia! Amanhã ou depois eles se resolveriam, só precisava botar para fora a raiva que estava sentindo.
“Como reagiria?”, ele imaginou algumas possíveis reações, mas resolveria aquilo depois.
O celular vibrou sobre a cama e ele leu a mensagem dela na barra de notificações: “Eu preferia que você viesse fazer isso, mas eu sei que está com raiva. Vou finalizar minha noite sozinha, mas saiba que tudo vai ser pensando em você!”
fechou os olhos e então praguejou para si mesmo: então vai se foder você, meu grande amor!
FIM!
Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.