She's enough for me, she's in love with me
“Eu nunca tinha te visto aqui”
“Eu nunca tinha vindo aqui, na verdade”
“Então me deixe fazer as honras da casa e ser um bom anfitrião para você”.
E foi assim que puxou assunto com a garota, que parecia levemente deslocada, sentada ao bar. Ele sempre se lembraria do sorriso que iluminou o rosto inteiro da , grata por alguém ter se aproximado o suficiente para conversar com ela naquela festa tão fora da sua realidade.
Ele tinha se aproximado apenas porque a tinha achado atraente, sua ideia era só levá-la pra casa naquela noite e depois sumir. Era apenas nisso que ele estava interessado: uma noite de sexo sujo com a garota que tinha carinha de boa moça. Mas a vida tem dessas surpresas que acontecem apenas para te desestabilizar e te abrir novas oportunidades: O que era para ser apenas uma noite, virou quatro anos.
Aquela conversa cheia de segundas intenções revelou uma garota encantadora, com um senso de humor ridículo e extremamente semelhante ao seu, e quando percebeu, estava a levando para casa, com o número dela salvo nos contatos e uma vontade enorme de revê-la.
Ele havia se apaixonado à primeira vista.
Porém isso havia acontecido muito tempo atrás.
Hoje, era apenas uma estranha conhecida em uma festa que ele foi contra sua vontade, com pessoas que ele não conhecia o suficiente para pedir socorro e fugir de lá no momento em que a adentrou o recinto, parecendo tão perdida quanto no dia que se conheceram.
Eles haviam terminado. Fazia aproximadamente três meses, e não tinha sido bonito.
“, eu juro por Deus. É melhor você não me deixar, ou eu nunca mais falo com você” - Ele ainda lembrava do tom de voz embargado e o rosto tonalizado de vermelho da, até então, namorada, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. Ele não sabia dizer se eram de tristeza ou de raiva pelo que ele estava - finalmente - fazendo.
A verdade é que o relacionamento dos dois já estava num sistema de suporte à vida havia meses, e a única coisa que o impedia de desligar as máquinas, era o medo que sentia de não achar mais ninguém que o entendesse e o amasse como o amava.
era perfeita em todos os sentidos possíveis da palavra. Ela era perfeita como pessoa, como estudante, como filha e principalmente como namorada. E isso foi o suficiente para por pelo menos três anos daquele relacionamento. Porém, em algum momento isso mudou.
A garota sempre o teve nas mãos, isso era um fato, e ele sempre fora cego para os defeitos dela enquanto estavam juntos. Ele era tão apaixonado por ela, que o dia em que percebeu que de repente não estava mais, a sensação de desnorteamento que lhe tomou foi indescritível.
Como poderia ainda a amar, mas ao mesmo tempo não estar mais apaixonado por ela?
E essa pergunta atormentou sua mente durante todos os meses que seguiram àquela descoberta. E às vezes ela voltava com força total. Como naquele momento, quando seus olhos se encontraram e seu coração disparou levemente.
Ela o encarou surpresa do fundo da sala, segurando seu copo como com as duas mãos e parecendo muito mais desconfortável do que ele naquele ambiente. sabia que não deveria, ele não tinha feito bem para ela, e provavelmente ela não queria vê-lo mais, mas ainda assim, suas pernas o forçaram a se movimentar no intuito de matar a distância que havia entre eles. Entretanto, o olhar que deu o deteu. Ela acenou uma negativa com a cabeça e logo saiu pela porta da cozinha. Era óbvio que ela não queria conversar com ele. E, pensando bem, o que ele falaria? “Me desculpe pelas coisas terem terminado do jeito que terminaram”? Não parecia uma boa.
Como ela poderia ser assim, tão perfeita, mas não lhe fazer feliz?
Lá dentro de si mesmo, sabia que não estava mais feliz com , embora soubesse que deveria, afinal sua família a amava, a família dela o amava, os dois tinham planos para o futuro, planos esses que envolviam a criação de uma família juntos. Mas cada vez mais ele se sentia sufocado: sufocado pelo amor que ela sentia por ele - que deveria ser o suficiente, mas não era - e sufocado pela vontade que ele tinha de fazê-los dar certo, mesmo que claramente tudo o que fazia era prolongar mais um sofrimento que durou mais do que devia.
Talvez no fundo ele sempre soube que eles não eram feitos um para o outro, mas o amor faz isso com as pessoas: as deixa completamente cegas pelo que está logo à sua frente.
Ela deveria ser o suficiente. Mas não era.
E talvez por isso - por essa recusa em admitir que ela não era a pessoa perfeita para ele - que ele tenha inconscientemente sabotado o relacionamento dos dois. sabia que jamais conseguiria terminar com ela, isso significava abrir mão de todo o futuro que ele teria pela frente. E esse futuro era a única coisa que ele conhecia há mais de quatro anos. Ele jamais conseguiria terminar com ela, então a única esperança que ele tinha era de que o amor que ela sentia por ele - e que sim, ele também sentia por ela -, os destruísse.
Ele precisava que eles se consumissem até não sobrar mais nada.
E desses quatro anos, o nada foi o que sobrou. O nada, e dois estranhos que costumavam se conhecer mais do que ninguém, na mesma sala de estar. Apenas a alguns passos de distância um do outro, mas que não poderiam estar mais distantes.
You're a doll, you are flawless
But I just can't wait for love to destroy us
I just can't wait for love
You're only flaw, you are flawless
But I just can't wait for love to destroy us
I just can't wait for love
“Eu nunca tinha vindo aqui, na verdade”
“Então me deixe fazer as honras da casa e ser um bom anfitrião para você”.
E foi assim que puxou assunto com a garota, que parecia levemente deslocada, sentada ao bar. Ele sempre se lembraria do sorriso que iluminou o rosto inteiro da , grata por alguém ter se aproximado o suficiente para conversar com ela naquela festa tão fora da sua realidade.
Ele tinha se aproximado apenas porque a tinha achado atraente, sua ideia era só levá-la pra casa naquela noite e depois sumir. Era apenas nisso que ele estava interessado: uma noite de sexo sujo com a garota que tinha carinha de boa moça. Mas a vida tem dessas surpresas que acontecem apenas para te desestabilizar e te abrir novas oportunidades: O que era para ser apenas uma noite, virou quatro anos.
Aquela conversa cheia de segundas intenções revelou uma garota encantadora, com um senso de humor ridículo e extremamente semelhante ao seu, e quando percebeu, estava a levando para casa, com o número dela salvo nos contatos e uma vontade enorme de revê-la.
Ele havia se apaixonado à primeira vista.
Porém isso havia acontecido muito tempo atrás.
Hoje, era apenas uma estranha conhecida em uma festa que ele foi contra sua vontade, com pessoas que ele não conhecia o suficiente para pedir socorro e fugir de lá no momento em que a adentrou o recinto, parecendo tão perdida quanto no dia que se conheceram.
Eles haviam terminado. Fazia aproximadamente três meses, e não tinha sido bonito.
“, eu juro por Deus. É melhor você não me deixar, ou eu nunca mais falo com você” - Ele ainda lembrava do tom de voz embargado e o rosto tonalizado de vermelho da, até então, namorada, enquanto os olhos se enchiam de lágrimas. Ele não sabia dizer se eram de tristeza ou de raiva pelo que ele estava - finalmente - fazendo.
A verdade é que o relacionamento dos dois já estava num sistema de suporte à vida havia meses, e a única coisa que o impedia de desligar as máquinas, era o medo que sentia de não achar mais ninguém que o entendesse e o amasse como o amava.
era perfeita em todos os sentidos possíveis da palavra. Ela era perfeita como pessoa, como estudante, como filha e principalmente como namorada. E isso foi o suficiente para por pelo menos três anos daquele relacionamento. Porém, em algum momento isso mudou.
A garota sempre o teve nas mãos, isso era um fato, e ele sempre fora cego para os defeitos dela enquanto estavam juntos. Ele era tão apaixonado por ela, que o dia em que percebeu que de repente não estava mais, a sensação de desnorteamento que lhe tomou foi indescritível.
Como poderia ainda a amar, mas ao mesmo tempo não estar mais apaixonado por ela?
E essa pergunta atormentou sua mente durante todos os meses que seguiram àquela descoberta. E às vezes ela voltava com força total. Como naquele momento, quando seus olhos se encontraram e seu coração disparou levemente.
Ela o encarou surpresa do fundo da sala, segurando seu copo como com as duas mãos e parecendo muito mais desconfortável do que ele naquele ambiente. sabia que não deveria, ele não tinha feito bem para ela, e provavelmente ela não queria vê-lo mais, mas ainda assim, suas pernas o forçaram a se movimentar no intuito de matar a distância que havia entre eles. Entretanto, o olhar que deu o deteu. Ela acenou uma negativa com a cabeça e logo saiu pela porta da cozinha. Era óbvio que ela não queria conversar com ele. E, pensando bem, o que ele falaria? “Me desculpe pelas coisas terem terminado do jeito que terminaram”? Não parecia uma boa.
Como ela poderia ser assim, tão perfeita, mas não lhe fazer feliz?
Lá dentro de si mesmo, sabia que não estava mais feliz com , embora soubesse que deveria, afinal sua família a amava, a família dela o amava, os dois tinham planos para o futuro, planos esses que envolviam a criação de uma família juntos. Mas cada vez mais ele se sentia sufocado: sufocado pelo amor que ela sentia por ele - que deveria ser o suficiente, mas não era - e sufocado pela vontade que ele tinha de fazê-los dar certo, mesmo que claramente tudo o que fazia era prolongar mais um sofrimento que durou mais do que devia.
Talvez no fundo ele sempre soube que eles não eram feitos um para o outro, mas o amor faz isso com as pessoas: as deixa completamente cegas pelo que está logo à sua frente.
Ela deveria ser o suficiente. Mas não era.
E talvez por isso - por essa recusa em admitir que ela não era a pessoa perfeita para ele - que ele tenha inconscientemente sabotado o relacionamento dos dois. sabia que jamais conseguiria terminar com ela, isso significava abrir mão de todo o futuro que ele teria pela frente. E esse futuro era a única coisa que ele conhecia há mais de quatro anos. Ele jamais conseguiria terminar com ela, então a única esperança que ele tinha era de que o amor que ela sentia por ele - e que sim, ele também sentia por ela -, os destruísse.
Ele precisava que eles se consumissem até não sobrar mais nada.
E desses quatro anos, o nada foi o que sobrou. O nada, e dois estranhos que costumavam se conhecer mais do que ninguém, na mesma sala de estar. Apenas a alguns passos de distância um do outro, mas que não poderiam estar mais distantes.
But I just can't wait for love to destroy us
I just can't wait for love
You're only flaw, you are flawless
But I just can't wait for love to destroy us
I just can't wait for love
FIM
Nota da autora: GENTE EU TO MUITO TRISTE DESCULPA HAHAHAH, eu sei que não é a melhor história do mundo, e que na realidade Flawless tinha potencial para ser uma ficzona da porra, mas vou contar pra vocês o que aconteceu: eu basicamente desisti de tudo o que eu tinha escrito até agora, porque a vida aconteceu pra mim e a minha interpretação dessa música mudou demais, bem nos 45 do segundo tempo.
A minha ideia era na verdade fazer os dois conversarem, mas por experiência própria, eu sei que términos traumáticos fazem com que as pessoas só briguem quando se encontram, e essa não é a vibe da música. A música, pra mim, fala muito mais sobre o quão uma pessoa fica desesperada dentro de um relacionamento que ela já não é mais feliz - embora devesse ser - e que a única esperança que ela tem é de que o que ela sente a consuma até não existir mais nada. Acho que eu tentei mostrar aquele estágio do término onde você se dá conta das coisas de forma racional e consegue perceber esses detalhes, por isso a história já começa no fim. E termina sem eles se ajeitando.
A vida é um incessante ciclo de começos e términos, e tá tudo bem com isso.
Espero que tenham gostado, embora seja tão pequenininha. Qualquer erro, sugestão, dúvida ou xingamentos, estamos ai na atividade.
Outras Fanfics:
10. Strange Love
FICSTAPE BADLANDS
07. Blood Red
FICSTAPE FOREVER HALLOWEEN
01. Miles Away
FICSTAPE AMERICAN CANDY
05. Taxi
FICSTAPE LOVELY LITTLE LONELY
12. Formation
FICSTAPE LEMONADE
02. A-YO
FICSTAPE JOANNE
01. Born to Die FICSTAPE BORN TO DIE
01. Ride
FICSTAPE BORN TO DIE
A minha ideia era na verdade fazer os dois conversarem, mas por experiência própria, eu sei que términos traumáticos fazem com que as pessoas só briguem quando se encontram, e essa não é a vibe da música. A música, pra mim, fala muito mais sobre o quão uma pessoa fica desesperada dentro de um relacionamento que ela já não é mais feliz - embora devesse ser - e que a única esperança que ela tem é de que o que ela sente a consuma até não existir mais nada. Acho que eu tentei mostrar aquele estágio do término onde você se dá conta das coisas de forma racional e consegue perceber esses detalhes, por isso a história já começa no fim. E termina sem eles se ajeitando.
A vida é um incessante ciclo de começos e términos, e tá tudo bem com isso.
Espero que tenham gostado, embora seja tão pequenininha. Qualquer erro, sugestão, dúvida ou xingamentos, estamos ai na atividade.
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02. A-YO
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01. Ride
FICSTAPE BORN TO DIE