08. The Truth About Love

Última atualização: 22/09/2018

Capítulo 1

O relógio marcava exatamente três da madrugada. Eu estava sentada na cama enquanto dormia tranquilamente ao meu lado. Sem fazer barulho, levantei da cama e fui caminhando em direção a grande janela de vidro que revelava toda a cidade. Sentei-me ali para observar a paz da madrugada.
- ?
- Aqui na janela.
- O que houve? – A voz sonolenta de me questionava.
- Insônia. – Respondi curta.
- Eu sei que não é nada disso. Somos casados há quase dez anos, te conheço muito bem para saber que você não tem problemas de insônia.
- Estou me sentindo sufocada. Eu vou fazer 30 anos e tenho me sentido uma completa inválida. Me tornei uma dona de casa, frustrada, que só se preocupa com a marca do sabão em pó.
- Mas...
- Nem comece. Você sai todos os dias pra trabalhar e eu fico aqui em casa vendo as horas passarem inventando coisas pra fazer. É isso que é o amor?
- , eu achava que você estava feliz.
- Eu não sei mais se essa é o meu conceito de felicidade.
- São três da manhã, você quer mesmo discutir isso agora?
- Eu não queria discutir nada, . Você que me viu aqui sentada e veio até aqui.
- Vamos voltar pra cama, por favor.
- Chego lá daqui a pouco. – Encerrei a conversa.
Continuava olhando pela janela e me lembrei da primeira vez que e eu nos encontramos no colégio. Ele era jogador de futebol e eu a estrela do time de vôlei.
Flashback
- Vamos meninas. Quero ver empolgação. , melhora esse saque.
A treinadora gritava meu nome com muita intensidade. Eu adorava receber todo aquele crédito. Eu adorava ser a estrela do time.
Fizemos uma leve pausa no treino e o time de futebol invadiu a quadra, com o treinador apitando e aquele bando de garotos suados e gostosos correndo.
- , aqui por favor. – A treinadora me chamou e eu prontamente atendi. – Essa é a minha estrela, Bill. Quem é o seu?
- ...
O tal saiu do meio dos garotos e começou a caminhar na nossa direção. Os meninos gritavam o nome dele e as meninas babavam, enquanto eu apenas revirava os olhos, era só mais um garoto que se achava.
- Me chamou? – se pronunciou e seus olhos pairaram sobre mim. Revirei os olhos como um gesto automático e ele sorriu debochadamente.
- Por que estamos aqui? Eu jogo vôlei e ele futebol.
- A gente achou que seria bom os esportes demonstrarem para os alunos que não existe nenhuma rixa. Vocês podem fazer isso? – Bill disse sorrindo.
- É... Faz sentido. Te vejo por aí . – Dei uma piscadela e voltei pro time.
Fim de Flashback

Fui caminhando até a cama e me deitei, senti uma ou duas lágrimas escorrerem pelo rosto e apaguei.
***

O despertador tocou as sete da manhã e eu me virei para o lado de e a cama já estava vazia. Pude ouvir o chuveiro ligado e me esparramei mais ainda na cama.
- Tenho uma reunião importante. Pode me ajudar?
- É claro. Vou escolher uma camisa. – E lá estava eu mais uma vez sendo a boa esposa de sempre. – Essa vai ficar boa, coloca essa gravata e vai ficar perfeito.
- Me deseje sorte. – Ele disse me dando um selinho.
- Boa sorte.
***

Decidi dar uma volta de carro para me sentir útil uma vez na vida e passei pela quadra de vôlei da cidade. Estacionei e caminhei lentamente até lá e as lembranças me atropelaram.
Flashback
A partida havia se encerrado e mais uma vez nosso time saiu vencedor. Corri em direção a e me atirei em seus braços.
- Eu disse que esse jogo era seu! Eu disse! – Ele disse em meio ao nosso contato.
Retornei à quadra e a treinadora estava acompanhada me esperando.
- , esse é Jones. Ele é responsável pelas contratações das jogadoras para o time do estado. Ele está interessado em você.
- É um prazer conhece-lo, Jones. Eu acompanho o seu trabalho.
- Fico feliz. Já estou de olho nas suas jogadas há algum tempo. O que acha de ir até o meu escritório para termos uma conversa?
- Com certeza! Obrigada.
Me afastei e contei para que comemorou junto comigo. Eu sentia que tudo poderia mudar depois daquela conversa com Jones. Eu sempre sonhei em jogar no time do estado.
Fim de Flashback.

O sorriso daquelas meninas enquanto jogavam me contagiava e eu revivia as minhas melhores lembranças só de olhar aquele jogo. Mas eu sabia que nada daquilo aconteceria novamente. Eu tinha desistido de tudo. E estava ali vivendo uma vida que não almejei.
***

Voltei pra casa e enquanto dirigia fui tomada por uma lembrança muito especial, o dia que me pediu em casamento. Talvez eu estivesse tentando mostrar a mim mesma que eu também era feliz e realizada, mesmo tendo aberto mão dos meus sonhos para viver o meu amor. E não, eu não estava arrependida.
Cheguei em casa e já estava, me esperando.
- Onde você estava? Fiquei preocupado.
Me aproximei de e o beijei.
- Eu te amo. Não estou infeliz, frustrada, arrependida. Estou muito realizada por ter você. Eu te amo.




Fim!



Nota da autora: Alô alô meus amores, que bom que você leu a fanfic de hoje! Espero muito que tenha gostado. Um grande beijo. XOXO, Iana.





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