Finalizada em: 22/10/2019

Prólogo

é uma Brasileira escritora e fã de K-pop que por acaso conquistou o coração de , um Idol sul coreano que fazia parte de um grupo chamado Blue. Eles estavam namorando há quase um ano e um mês quando decide morar na Coreia por alguns meses. Um de seus livros estava sendo gravado como filme em Seoul. começa a expressar inseguranças que parecem paranoias, agora que ela está no limite de sua sanidade, conta com ajuda de .


Capítulo Único

Eu estava ali sentada em um banco no centro de Seoul, na Coreia, lendo meu livro preferido sobre anjos, então eu senti uma mão em meus olhos, senti o cheiro de baunilha que eu quando...
!
!
Ele retirou suas mãos dos meus olhos.
— Você nunca pronuncia meu nome direito, !
— E você não é fluente em coreano, então estamos empatados!
Joguei as mãos para o alto me rendendo e fechei meu livro. Me virei para que se sentou ao meu lado e o fite. Ele estava perfeito com seus olhos castanhos, cabelos castanhos meio bagunçados e um sorriso fofo em seu rosto perfeito, sem contar que ele tem 1,84 de altura, corpo definido e ainda por cima é um idol.
Sim, ele era um idol, eu fico pensando se ele fosse um cara normal como os outros, se eu ainda me sentiria mal em ser a namorada dele, mas ele sendo um idol, é pior ainda, pois ele normalmente é amado por milhares de outras garotas, isso é tão cruel pra mim psicologicamente, pois fui muito criticada quando começamos a namorar. O fandom se dividiu entre os fãs que apoiavam o namoro e as fãs que não apoiavam, sem dizer algumas ameaças de morte que eu recebia constantemente. Nos primeiros meses foi terrível, até que conversou com seus fãs e pediu para que parassem e que ele largaria a carreira caso isso continuasse, mas acabou que ele continuou por incentivo meu e dos verdadeiros fãs dele que queria vê-lo feliz.
Então, houve investigação policial, algumas fãs foram internadas em um hospital psiquiátrico pelas famílias, outras foram presas por estarem infringindo a lei e o resto foi proibido de ir ao show dele caso continuasse a nos perseguir.
Voltando ao presente, cheirava a baunilha, ainda não consegui descobrir como ele tinha esse cheiro, mas como era meu cheiro preferido, eu nunca reclamei.
— Você já terminou seus ensaios de hoje?
— Sim, meu tempo é seu agora!
— Vamos almoçar em um restaurante aqui perto!
— Vamos logo, tem fãs do outro lado da rua nos observando e tirando fotos!
Ele puxou minhas mãos e olhou para algo atrás de mim. Observei na direção em que ele olhou. No outro lado da rua tinha umas garotas adolescentes pulando e gritando, algumas com câmeras profissionais tirando fotos de nós dois em um momento pessoal.
— Ah, vamos!
Saímos da rua antes que os fãs nos fizessem perder a reserva de mesas no restaurante francês e jantamos tranquilamente. Após o jantar, deu autógrafos na porta do restaurante, pois os fãs dele estavam tampando a passagem até o carro e hoje ele não estava com os seguranças para afasta-las, então ele decidiu distribuir autógrafos para deixa-las mais tranquilas e pedir para que saíssem do caminho com mais facilmente.
Quando chegamos em casa, eu abri meu notebook e verifiquei as notícias do dia e as fotos do nosso fim de tarde estavam publicadas em sites de notícia. recebeu uma ligação da empresa em que era Idol e discutiu com alguém ao telefone por causa dos autógrafos, pois ele não é autorizado pelo seu staff a distribuir autógrafos na rua sem comunicá-los. Para pessoas normais como eu, aquilo se chamava invasão de privacidade, mas para celebridades, era somente mais um dia normal. Eu gostava dessa atenção que ele recebia, pois era o que fazia feliz, então eu só ignorava o meu ciúme e seguia em frente.

Duas semanas depois
Eu não me sentia bonita, pois minha mente me sabotava e me lembrava de todos os meus defeitos. Eu tinha acabado de perder 60kg após os médicos fazerem uma intervenção sobre os riscos que a obesidade poderia me trazer no futuro. E ser humilhada por eles de todas as formas possíveis, até que me diagnosticaram com problemas psicológicos e ansiedade e me leva a compulsão alimentar. Eu não me sentia digna de amor, porque as pessoas a minha volta diziam isso para mim desde que eu tinha 12 anos.
Caras que eu era apaixonada me diziam que eu precisava mudar minha aparência para ser digna de ser pelo menos amiga deles ou sempre diziam que me consideravam como uma amiga. “Amigas” minhas sempre falavam coisas como: “se você não se cuidar vai viver solteira”; “quem vai querer ser sua amiga, olha para você”; “eu sou sua amiga só por pena ou por falta de opção”. Isto destruiu minha autoestima e minha esperança de que existia amor. Até que conheci , mas eu então fiz dietas, tratamentos psicológicos, exercícios e tomei remédios para controlar minha ansiedade durante todo meu ensino médio.
Falhei várias vezes, mas consegui seguir em frente e cumprir meu objetivo após concluir a graduação com depressão. Eu pensava em suicídio todos os dias, era uma luta para não cometer algo estúpido e eu fiz. Eu estava deitada na minha cama trancada no quarto, estava quase na hora de chegar, eu acabei de assistir uma entrevista do grupo de k-pop em que ele fazia parte, era o mais popular do grupo por ser o mais bonito. Eu estava olhando para a televisão e comecei a pensar o que foi meu maior erro neste momento.
“Eu não mereço que ele olhe para você, , toda imperfeita!”
Uma risada.
“O que ele vê em mim?”
Começo a chorar.
“Eu não consigo fazer nada direito!”
Eu começo a rir ao mesmo tempo que estou chorando.
“Você é indigna de amor”.
Eu me encolho na cama e as vozes não param. Enquanto elas continuam repetindo a mesma frase, eu levanto da cama impulsivamente e busco a lâmina de barbear que está no banheiro do quarto, assim eu volto até o quarto sento na cama e começo a me cortar nos braços e pulso. Assim começa uma luta interna dentro de mim entre a vida e a morte. Eu começo a chorar e escuto a minha própria voz.
— Ninguém vai sentir a minha falta.
Começo a soluçar de tanto chorar.
— Eu não sou digna.
Choro e soluço. Sentindo a dor dos cortes no meu braço.
, eu te amo você merece coisa melhor.
Falo quase sem forças, escuto um barulho alto e passos, então tudo fica escuro.
“Eu não merecia ”; “Eu não era digna de ser amada por ninguém” na minha mente sempre passava essas duas frases várias e várias vezes por dia. Eu me cortei por me odiar principalmente, pois eu não conseguia me amar.
** On**

Cheguei em casa após a entrevista e estava ansioso para encontrar e contar como foi meu dia. Abri a porta e estava tudo apagado, escutei alguém chorando, os soluços vinham do quarto.
?
Tentei abrir a porta do quarto, mas estava trancada.
, abre a porta.
Tentei abrir novamente, então eu escutei a voz de .
— Eu não sou digna.
Escuto o choro dela. E sinto um nó na minha garganta.
... O quê?
, eu te amo, você merece coisa melhor.
Escuto ela dizer com uma voz mais fraca, assim que minha mente recebeu essa frase, eu chutei a porta sem parar e, quando ela se abriu, eu andei quase sem forças até ela, pois estava em choque com a cena. A peguei no colo desesperado e saí com ela pelo apartamento, nesse momento na minha mente só conseguia pensar em correr para o hospital. Levei-a para o carro, a coloquei no banco do passageiro, rasguei minha camisa e amarrei nos braços dela tentando tampar os cortes para que parasse de sangrar. Entrei no carro e fui até o hospital dirigindo feito louco, sendo seguido pela polícia.
Assim que cheguei, corri com ela para a emergência, ignorando os policiais que estavam gritando comigo. Após notarem a pessoa em meus braços, eles pararam, então eu entrei na sala de emergência.
— Por favor, me ajudem! Alguém?
Uma enfermeira correu para uma sala e voltou correndo com um médico e uma maca. Eu a coloquei na maca e caí de joelhos na sala de espera enquanto a enfermeira fazia perguntas, mas eu não escutei, pois eu não conseguia mais pensar.
— Por favor, salva ela! Por favor!
Eu estava chorando e implorando, então eu senti uma tontura e tudo começou a ficar fora de foco, então eu desmaiei. Quando acordei, estava na maca ao lado já com curativos e parecia estar dormindo, alguns médicos estavam conversando com o Senhor Lee, meu assessor. Os garotos do meu grupo estavam chorando sentados no sofá do quarto. O mais novo levantou e chamou o médico.
— Doutor! Ele acordou!
Voltou a chorar, mas agora parecia ser de alegria, assim como os outros que ainda estavam no sofá.
— Sh, vai acordar a , ela está dormindo!
Lee falou. Então o médico se aproximou e me examinou com uma luz e me fez algumas perguntas, após eu respondê-las, ele escreveu algo em uma ficha médica, então se virou para Lee, disse que estava tudo bem comigo e que eu deveria descansar, pois desmaiei por causa do choque da situação toda. Lee me disse que tentou suicídio e que ela tinha perdido muito sangue, estava fora de perigo, mas que os médicos pediram que ela fosse internada em um hospital psiquiátrico. Após conversar com Lee, ele concordou. Depois disso, eu conversei algumas horas com os meninos e eles se retiraram quando acordou.
Eu levantei, fui até sua maca e disse:
, você é digna, eu te amo, por favor, nunca mais me deixe, por favor!
Comecei a chorar, me ajoelhei e olhei em seus olhos. Ela falou:
— Você me chamou de ?
Eu continuei chorando, então ela continuou.
— Como assim você me ama? Levanta, por favor, eu não aguento ver você sofrendo, eu sou indigna do seu amor, por favor!
Ela começou a chorar e tentou sem sucesso me levantar.
— Por favor, pare de maltratar quem eu amo. Pare de se maltratar, isso me machuca!
Implorei novamente, então ficou calada chorando. Eu também fiquei calado depois de algumas horas. Uma enfermeira apareceu e me pediu para voltar para a maca e descansar, pois eu só iria receber alta no dia seguinte. Eu levantei e deitei novamente.
Depois de uns dias, recebeu alta e foi internada no hospital psiquiátrico. Seis meses se passaram. Depois daquele dia no hospital, ela não falou comigo até dois dias atrás, quando me ligou e disse que precisávamos conversar e que chegaria da viagem que ela fez, então eu pedi as informações para buscar ela no aeroporto.
** off**


me buscou no aeroporto e me levou para sua casa em Seul, pois eu passei uma semana no Brasil com minha família, após a alta no hospital psiquiátrico.
Ficamos o caminho todo sem saber o que fazer. Mas quando chegamos em casa, eu e nos abraçamos e começamos a chorar.
, estou tão feliz por você estar melhor!
falou e me apertou mais em seus braços.
, muito obrigada por não desistir de mim, eu realmente não tenho nem como me desculpar ou te agradecer por estar ao meu lado. Eu te amo!
Encostei meu rosto na camisa dele chorando.
, você é tudo para mim, eu sei que me magoou e me feriu muito, mas eu não iria querer mais viver se eu não te apoiasse, pois você é quem mantém toda a minha sanidade quando estou mal por causa da cobrança da minha carreira e tudo mais. Você é a única que me entende quando estou me sentindo sozinho ou sempre quando não estou bem. Você me acalmava mesmo estando mal, você estava lá para me deixar feliz. Espero que agora você me conte sobre tudo e peça ajuda quando precisar, por favor.
— Você é bom com as palavras!
, de repente, me empurrou e olhou pra mim com um sorriso largo e com uma expressão de surpresa.
— Você disse que me ama!
— Eu te amo! salanghae!
me levantou do chão, o que não foi uma dificuldade, pois eu tenho 1,60 de altura, então me girou e me beijou rapidamente, olhou nos meus olhos e disse:
, casa comigo?
Eu assenti e voltamos a nós beijar.
Quatro meses depois, e eu nos casamos em um casamento na praia e tivemos uma filha que se chama Aera (que significa amor). As vozes nunca se foram completamente, mas com a ajuda de psicólogos, e Aera, eu conseguia lutar contra elas todos os dias e silenciava as vozes na minha cabeça.




Fim.



Nota da autora: Olá, esta história é baseada em experiências pessoais da autora. O personagem masculino foi baseado em um integrante um grupo de k-idol, não exatamente o da foto de capa.
Obrigada por ler.
Grata, Erina Taylor.




Nota da beta: Ah, que bonitinho, Loh! Obrigada por participar do meu ficstape! Fiquei muito feliz!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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