Capítulo Único
Era o primeiro dia de Reggie na escola nova, após o momento que tiveram com Julie, agora de alguma forma, ele se materializou. Pode ser visto por todos. Enquanto Luke e Alex preferiram permanecer na deles, escondidos na casa de Julie, Reggie resolveu voltar para a escola. Era algo que ele queria e sentia falta, então ele escolheu as roupas mais chamativas que tinha no guarda-roupa. Julie estava envergonhada, as roupas de Reggie chamavam mais atenção que um holofote. Todos olhavam para ele e sussurravam “É o garoto da banda de hologramas!” “Olha, aquele da Julie and The Phantoms!”.
Reggie sentia todos os olhares nele assim que ele entrava nos lugares, ele era um dos “gatos” da banda de hologramas! Ele não viu Julie durante o dia, parecia que a garota estava se escondendo. Mas ele se iria enturmar fácil, afinal, já havia sido convidado para diversas festas, e era seu primeiro dia na escola. Ele estava adorando toda aquela sensação, era tão bom estar vivo de novo.
Entrando no refeitório, todos cochichavam sobre ele, e olhavam para ele. Com exceção de uma garota. O que deixou Reggie curioso, ela tinha um cabelo preto, longo e liso, era linda. Reggie se juntou à Julie e Flynn, que estavam rindo entre si.
— O que tem de tão engraçado? — Perguntou Reggie.
— O tanto que você está se achando.— Disse Julie. — Eu e Flynn estávamos rindo da sua cara de bobo.
— De muito bobo, por sinal. — Completou Flynn e Julie assentiu.
— Não quero me gabar, mas eu sou impecável! — Eles riram. — Ei, quem é aquela garota? — Perguntou ele, apontando para a garota de cabelos escuros da mesa ao lado.
— Quem? A ruiva? — Perguntou Flynn.
— Não, a que está ao lado dela.
— ? A que está com o celular na mão? — Reggie assentiu. — , por quê?
— Ela foi a única que não parou o que estava fazendo para falar de mim ou olhar para mim.
— A não se importa muito com homens que todos ficam “endeusando”. — Julie fez aspas com as mãos.
— Sim, ela namorava aquele idiota do Joshua, depois que terminaram, ela ficou assim. — Disse Flynn, olhando para a garota com um olhar solidário. — Mas ela está certa! — Reggie assentiu, as meninas voltaram ao que estavam conversando, e Reggie ficou encarando a garota, que notou seus olhares e se virou para ele, que rapidamente virou para o outro lado.
Desde aquele momento, Reggie pensava em alternativas para que a garota notasse sua presença. Era estranho, por que só ela não olhava pra ele? Nas últimas aulas, ele sentou perto dela. As garotas cochichavam e sorriam para ele, ela mantinha o olhar fixo no professor, e continuava anotando as coisas da aula. Julie percebeu o que Reggie estava olhando muito para e o cutucou, para que ele parasse.
Reggie ficou com aquilo na cabeça, de todas as garotas que estavam falando sobre ele e o convidando para festas, ele ficou balançado pela única garota que não fez isso. Depois de um banho, ele foi para a garagem, onde Julie contava parra os rapazes o que tinha acontecido na escola.
— E então, Reggie? — Perguntou Alex. — Como foi com “as garotas”? — Ele fez aspas com a mão, zombando do amigo, fazendo Luke rir e Reggie virar os olhos.
— De todas, eu gostei de uma. — Ele fez um biquinho.
— E como ela é? Ela gostou de você? — Perguntou Luke, Alex assentiu, Reggie apenas ficou quieto.
— Ele gostou da única garota que não quis saber dele. — Explicou Julie, Alex colocou a mão no ombro do amigo.
— Mas se tem outras, por que você quer essa? — Perguntou Luke.
— Luke, foi quem ele gostou! — Alex reclamou.
— Mas sem trocar uma palavra com ela! — Retrucou Luke.
— Meninos, parem! — Julie os interrompeu. — Você chama a atenção de todas, menos dela, porque para ela, você é igual aos outros, entende?
— Mas eu não sou! — Reggie fez uma expressão triste.
— Mas ela não sabe, você tem duas opções… — Julie suspirou. — Ou você esquece isso, já que nem conhece a garota. Ou você mostra a ela que é diferente, acho que a primeira é a mais racional.
— Eu discordo, vamos impressionar essa garota! — Disse Luke e Alex assentiu.
— Conta com a gente, Reggie! — Alex exclamou e Julie virou os olhos.
— Tá, tudo bem! — Julie esticou a mão, e os meninos fizeram o mesmo.
— Gente! — Reggie sorriu e colocou a mão sobre a deles.
No dia seguinte, quando voltaram na escola, Julie estava espantada, todos se vestiam exatamente como Reggie! Era como se ele tivesse criado uma tendência. E ele chegava na escola, fazendo uma entrada, mesmo sem querer. E só assim ela entendeu a proporção que “Julie and The Phantoms” havia tomado! As pessoas conheciam o rosto dele, sabiam seu nome, e a conheciam. Isso acabou dando-a uma ideia para o problema de Reggie.
— Reggie! — Ela correu até o rapaz para compartilhar a ideia. — Eu pensei em algo, mas você precisa se aproximar dela antes, o resto você deixa comigo e com o Luke! — Ela deu uma tapinha de leve no braço do amigo, que ficou parado confuso. Reggie estava gostando demais de toda aquela atenção, por um momento ele pensava mesmo em focar em quem estava ao redor dele querendo sua atenção, mas ele não entendia porque não conseguia. Por sorte, na primeira aula, o professor os juntou em duplas.
— Oi, eu me chamo Reggie! — Disse, puxando assunto.
— Eu sei, estão todos falando de você. — Ela deu um sorriso amarelo.
— Então você notou?
— Como não notar? — Reggie sorriu. — Só não me importei. — Ele abaixou a cabeça.
— Entendi, bom, você é , né?
— Sim, Reggie é apelido ou...— Ele a interrompeu.
— Apelido, meu nome é Reginald.
— Reginald é muito mais bonito que “Reggie”. — Ela fez aspas com as mãos. — Vou chamá-lo assim. — Ela sorriu, estava tentando ser simpática, Reggie fez cara de bobo.
— Certo! — Ele faria alguns comentários se os meninos estivessem ali, mas só guardou no pensamento. Seu celular tocou, era uma mensagem de Luke: “Convide a para a festa na garagem da Julie hoje.”
— O que foi? — Ela se virou para Reggie.
— Vai ter uma festa na casa da Julie hoje, você quer ir? — Ele sorriu.
— Pode ser. — Ela sorriu fraco e voltou o olhar para o professor. Reggie virou para o lado e comemorou em silêncio, voltando a atenção para o trabalho.
Quando chegou em casa, todos estavam reunidos na garagem.
— Reggie, nós tentamos escrever uma música, mas não estava saindo legal.
— Luke veio logo tentando se justificar.
— Do que você está falando?
— Não vai ter festa, Reggie, nós vamos cantar para ela. — Explicou Julie.
— É que eu chamei a escola quase toda para a festa. — Julie colocou a mão na cabeça.
— Nós não conseguimos escrever uma música. — Luke disse, com uma cara de desapontamento.
— Podíamos cantar Bright.— Sugeriu Julie.
— Gente, calma! — Disse Reggie. — Vamos fazer um show normal, deixa isso comigo.
— Você tem que parar de se achar, Reginald! — Disse Alex.
— Eu agradeço a ajuda, mas vou tentar sozinho. — Ele sorriu, ele tinha que tentar. — Mas eu concordo em cantar Bright, ou Finally Free.
— Ou ambas. — Disse Julie sorrindo.
Eles arrumaram o lugar e Reggie estava escolhendo uma roupa que chamasse mais atenção do que as que ele costumava usar. Só faltava ele para a festa começar, depois do sucesso no Orpheum, Julie and The Phantoms havia estourado, a festa deu mais gente do que eles imaginavam, todos queriam um show deles. Reggie chegou, com uma roupa engraçada, vermelha e com algumas coisas brilhantes. , que estava observando a banda se arrumar, riu da roupa que o garoto vestia. Eles cantaram Bright e logo após cantaram Finally Free, o que deixou Reggie curioso, pois estava bem empolgada com o show e cantando as músicas, como se já conhecesse. Mas ela disse que não se importava. Quando acabaram de cantar, Reggie correu na direção dela, mas foi cercado pelas pessoas que estavam ali. Quando conseguiu sair, não a encontrou mais. Fez uma expressão de decepção, que seus amigos notaram.
— Reggie! — Ele escutou a voz de Carlos, que o puxou pela mão até , e deu uma piscadela antes de correr dali.
— Achei você! — Exclamou ele.
— E você estava me procurando? Achei que estava dando atenção aos seus fãs.
— Isso é algo que eu tenho que fazer, porque sem meus fãs, nossos fãs, nós não chegamos a lugar nenhum. — Explicou ele. — Mas eu não sou o tipo de cara que é esnobe, ou fica se achando! Eu estou curtindo o momento, é diferente. — Ele sorriu. — Eu queria muito sair com você, .
— Mas?
— Mas se eu não puder curtir o momento do nosso esforço, com meus amigos, eu prefiro deixar pra lá.
— Bom, eu não disse isso. — Ela riu.— Você sequer me convidou para sair em algum dos momentos que conversamos, me chamou para essa festa e eu vim, não vim? — Ele assentiu. — Eu sairia com você, Reginald! Porque você é um fofo, mas eu não competiria com essas garotas, porque em uma competição, eu sempre perco. — Ela riu fraco.
— De todas as garotas que eu chamei a atenção, você foi a única que sequer olhou pra mim, e a única que eu quis chamar para sair. Eu sou um pouco antiquado, não sei bem como essas coisas acontecem agora, mas sei que você não teria que competir com ninguém, você foi a única que eu olhei. — Eles sorriram.
— E então? — Ela riu fraco.
— Você topa sair comigo qualquer dia?
— Vou pensar no seu caso, Reginald! — Ela deu um tapinha de leve em seu ombro, e saiu. Luke e Alex que olhavam de longe, comemoraram.
Fim.
Nota da autora: Gente, JATP é meu amor todinho, esse plot foi uma parte ideia da Mary, eu tinha pensado em uma coisa totalmente diferente. Mas queria muito manter os meninos, e amei a ideia que ela me deu, espero muito que vocês gostem <3
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