Capítulo Único
Entrei no escritório explodindo com meu celular apitando em notificações ininterruptas. Seria mais um dia que toda a revista teria que lidar com meu humor intenso, e a culpa de tudo se devia a nada mais nada menos que o queridinho do momento: O escândalo sobre nosso primeiro ministro e seu envolvimento com garotas menores de idade.
Eu não tinha nem levantado da cama quando abri meu instagram e me deparei com inumeras revistas de fofocas replicando a mesma notícia. Fato que eu havia me arriscado a descobrir, informações que eu havia coletado, entrevistas que eu havia feiro.
Quando o elevador abriu e pude avistar minha sala, Priya, minha secretária já veio correndo em minha direção.
- , eu sei que não vai ser um dia fácil mas eu não tive culpa de novo. Ele invadiu sua sala e eu meio que não pude mais entrar.
- Ele quem, meu Deus? - Respondi cada vez mais próximo do meu espaço pessoal. Não era possível que o primeiro ministro em pessoa estivesse me aguardando. Ela não me respondeu e apenas correu escritório a fora. Quando abri a porta do meu escritório, entendi que não precisava de resposta nenhuma. Um semi-nu, coberto apenas pela fatídica página do jornal pelo qual trabalhávamos juntos, me aguardava jogado sob minha cadeira de trabalho.
- Eu vou soltar essa papelada e você vai se concentrar apenas no que tenho a te oferecer e não surtar comigo. Eu te juro que se te oferecer uma boa dose de sexo matinal não vai ter notícia no mundo que estrague seu humor de novo. - E antes que ele pudesse fazer qualquer outra coisa eu desatei a rir. Porque apenas para me distrair de uma confusão que ele mesmo havia armado.
Puxei uma cadeira que servia para as visitas, ainda de costas para a cena.
- Você vai me contar o que houve enquanto ainda estou de costas, porque no humor que estou sua pele tão livre me dá ainda mais vontade de arrancá-la toda com as minhas unhas. - Não contive minha risada. Ele sabia que eu não estava brava com ele, eu nunca conseguia, afinal de contas. Não com ele.
- Sabe que eu gosto do seu lado selvagem, amor. - Ainda de costas tentei o acertar com uma revista velha que estava sobre minha mesa. - Tudo bem , me perdoa. Dessa vez eu não tive culpa mesmo. Richard tentou te ligar pra avisar que a BBC tinha acesso a reportagem. Se nós não lançassemos imediatamente deixaria de ser uma exclusiva. Toda equipe que estava no escritório teve que fazer um plantão pra conseguir finalizar o material. Mas o crédito da reportagem está em seu nome, todo material assinado por você, todas as réplicas estão sendo autorizadas pela sua equipe.
- Será que ninguém poderia ter ido ao meu apartamento pra que eu pelo menos não acordasse com esse sentimento de traição? Poxa , estou a dias trabalhando em função dessa matéria e quando ela finalmente é publicada, eu fico sabendo com o resto do mundo? As pessoas estão me ligando sem parar e eu nem pude finalizar meu próprio material.
- Confia em mim, eu fiz de tudo para que isso não acontecesse. Quando eu finalmente consegui sair daqui, já era muito tarde. Se eu fosse passar no seu apartamento você ia me matar antes que eu tivesse qualquer oportunidade de dizer alguma coisa. - O senti se aproximar de mim, só não sabia se com jornal ou não. - Mas eu te mandei uma mensagem informando e deixei flores com seu porteiro.
- Tenho mil conversas para abrir só no meu whatsapp, eu não veria sua mensagem nem que você mandasse uma a cada 30 segundos. - Me virei quando ele estava bem perto, o jornal divertidamente me separando de sua nudez total. - Mas tudo bem, você cumpriu seu papel e não estou mais irritada. Agora pode se vestir e resolvemos esse seu problema sexual mais tarde. - Deixei uma risada escapar observando a cena. era realmente adorável.
- Vai dizer que não gostou da surpresa? Na verdade pensei em te receber com as flores mas a notícia pareceu mais dramatico. Algo que você não esperava ver tão cedo junto de algo que tanto adora. Escolha você qual característica é a do jornal. - E quando ele deixou as folhas caírem, meus olhos puderam acompanhar algo que ele sempre me dizia. Eu o excitava até mesmo quando estava brigando com ele.
O que eu nunca havia dito é que ele fazia o mesmo comigo. Por isso quando tranquei a porta, foi tratando de me livrar do meu vestido também. Não seria a primeira vez que utilizariamos uma de nossas salas de trabalho para transar. As vezes eu até suspeitava que nossa equipe pensasse que nossas reuniões fossem só pra isso, mas era o editor-chefe da revista e eu era a principal colunista, realmente não havia uma grande matéria que não precisasse passar por nós dois.
- Tenho que admitir que foi uma excelente surpresa. - O empurrei de volta para minha cadeira. Se ele havia fantasiado ali, era ali que me teria. - Priya me disse que você a proibiu de entrar aqui...
- Eu disse que te aguardaria nu e você não gostaria de saber que ela tinha me visto assim. - Ele me puxou para mais perto, roubando um beijo em meus lábios enquanto eu me ajoelhava em sua frente. - Não sei se ela me levou a sério mas ficou bem quietinha lá fora.
- Acho divertido como ela sempre está conversando com a sua secretaria quando você sai da minha sala, ou vice e versa. - Disse acariciando seu pau com minha mão. me acariciava os cabelos ansioso com o que eu viria a fazer. - Acredito que elas já tenham nos ouvido alguma vez e prefiram evitar o constrangimento.
- Imagine a cena delas falando sobre a gente... - Ele se calou quando finalmente o coloquei na boca. - Priya deve reclamar a beça para Antonia do ranger dessa sua mesa. - Continuou assim que se acostumou com a sensação. - Ou o barulho dessa sua bunda batendo com força em mim. - Quanto mais ele falava, mais eu sentia minha intimidade pulsar sobre o tecido da calcinha. Ele soltou meu sutiã quando ameacei liberar minhas mãos para fazer.
- Com certeza elas queriam estar no meu lugar. - Não pude deixar de dizer, quando ele me ergueu sob a tal mesa que rangia. Não tínhamos tempo para preliminares mesmo, as vezes eu me esquecia que estavamos em nosso local de trabalho e não um estúdio de filmes adultos. Ele se afastou apenas para pegar a camisinha onde sabia que eu guardava, e quando me penetrou eu já estava pronta. Agora eu podia sussurrar em seu ouvido da forma que ele gostava e ele me devolvia com os gemidos que me enlouqueciam.
- Ninguém jamais vai estar no seu lugar. - Ele se movimentava suavemente. Dessa vez mais que sexo no escritório, sentia que estávamos mais unidos. - Ninguém é como você, . Eu sou só seu.
- Eu sou só sua. - Respondi roubando um beijo meio desajeitado. não era meu namorado, e era pra ser algo casual. Mas a comodidade de dormir com alguém do meu convívio, e o convívio por si só nos tornaram muito mais um do outro. Mesmo que não carregassemos títulos, desenvolvemos nossa própria cumplicidade.
Mordi meu lábio com um pouco mais de força quando o senti acelerar seus movimentos. Sua mão estimulando meu clitóris anunciava que ele estava próximo de atingir seu orgasmo, mas garantiria que eu tbm atingisse o meu. O que aconteceu assim que ele pediu sussurrando em meu ouvido. Se entrega pra mim, .
- Tem razão, eu esqueci completamente da matéria no jornal. - Brinquei entregando alguns lenços para que ele pudesse se limpar. - Eu não fiquei brava , confio no seu trabalho. Eu só não gosto de surpresas. Além de tudo, você me deixou esperando ontem a noite, então, não sei, pensei que pudesse ter feito de propósito. Isso me fez sentir traída. Mas eu me enganei, me desculpe, eu... - Ele me interrompeu com um beijo intenso.
- Eu não quero que só temos uma relação porque eu quero me aproveitar do seu talento. Eu me orgulho de você, . Como mulher, como minha equipe. Eu te admiro por inteiro.
- Eu sei que sim. Não foi o que eu quis dizer, . Eu só não esperava que as coisas acontecessem como aconteceram. Eu não estava pronta e isso me assustou. - Eu não falava só da reportagem. Tinha muito mais dele e eu ali. Foi como a notícia do dia, ninguém esperava e simplesmente aconteceu. Nosso relacionamento não era mais só cama e escritório, eu precisava mesmo esperar algo grandioso acontecer para assumir isso?
- Você sabe que vai ter muito trabalho agora. - Voltou a dizer enquanto nos vestíamos com um pouco mais de pressa. Depois do tesão a realidade voltara. Eu havia feito uma reportagem com interesses políticos que denunciavam um crime! Mesmo que nosso escritório do jornal já tivesse levado a denúncia aos tribunais a muito tempo, o público tomar conhecimento disso traria muita mais atenção a nossa empresa. e eu precisaríamos estar mais unidos do que nunca. - E precisa de mais segurança também. Mesmo que a denuncia inclua toda a equipe, é o seu nome que vem estampando as matérias mundo a fora.
- Eu espero receber ao menos um Pulitzer explicativo.
- Eu espero receber um sim. - O olhei sem entender a frase. Ele tinha no rosto um dos meus sorrisos favoritos. - Mas, nós estávamos falando sobre as suspeitas das nossas secretarias... Você acha que mais alguém sabe do nosso envolvimento?
- Não sei, . - Me sentei sobre minha mesa novamente (vestida dessa vez), observando-o se juntar ao meu lado na sequência. - Acredito que se alguém soubesse, ainda assim não teria coragem de vir dizer na nossa cara.
- E por que ninguém sabe mesmo? - Ele virou de lado buscando meu olhar. Assim ele saberia interpretar se minha resposta era sincera ou não.
- Sei lá, poderiam pensar que estou dormindo com meu chefe pra me beneficiar. Ou que você me leva pra cama porque sem meu aval não consegue publicar o que quer. Enfim, é dificil misturar cargos de confiança e relacionamentos amorosos. - Ele assentiu fraco. Novamente não era a resposta que ele queria ouvir e eu sabia disso, mas já tinha me acostumado a fugir.
- Dificil pra gente, ou dificil pra quem está observando? - Fugi do seu olhar pois essa era uma resposta que eu não saberia dar. Será que o que sentíamos um pelo outro era suficiente para lidar com acusações? - , eu quero que você saiba que eu estou aqui pra te sustentar nessa jornada, que tudo que você tiver pra enfrentar, estarei ao seu lado. E mais do que sendo o editor da sua revista ou o cara que "te leva pra cama". Eu me preocupo com você.
- , você não lançou minha matéria no ar apenas pra me fazer aceitar o seu pedido de namoro, certo? - Brinquei, mesmo sabendo que não. Além das notícias políticas precisarem de um OK maior do que o de , toda a editora precisava da minha autorização - a menos que fosse um grande furo de reportagem.
- Talvez assim pudesse ser mais romântico. - Ele voltou a buscar meus lábios. Sem nem um pedido ou uma resposta. - Mas eu não te pedi... Ainda. E temos uma reunião em... doze minutos. - Ele consultou o relógio antes de me dar um último beijo e sair.
Aproveitei para espiar pela porta Priya voltando da mesa da secretária de até sua mesa de trabalho, ao lado da minha porta. Me diverti com o pensamento, retocando meu batom e ajeitando meus cabelos no espelho da minha própria sala.
Cheguei pontualmente a reunião recebendo os parabéns de todos meus colegas de equipe. O último a me cumprimentar, , sentou bem em minha frente, enquanto Richard, o presidente da nossa editora nos informava como nosso jornal já tinha batido o recorde de vendas diárias e como devíamos todos desligar os telefones até o final do dia. Eu me sentia em extase e com certeza aquele era o meu momento profissional.
Olhei para que observava o mais velho falar e entendi o porque de "aquilo ainda não ser um pedido de namoro". Nós já tínhamos toda uma história, mas eu aceitá-lo de forma tão abrangente em minha vida precisaria ser em um momento mais propício. Eu o amava e nós dois sabíamos ser recíproco, mas o amor que eu levava pela profissão poderia confundir as coisas e quando eu estivesse "de verdade'', com , precisaria estar por inteiro, e não apenas por uma empolgação profissional. Ele precisava saber que eu tinha certeza do que sentia também.
Mordi meu lábio tentando conter minha felicidade. Quando "escondemos" nossa relação foi por insegurança, e agora eu estava confiante demais para negar o que tínhamos. As pessoas poderiam pensar sim que ele tinha feito a divulgação da reportagem apenas para agradar a namoradinha, mas isso não iria me abalar.
Por isso não me aguentei em guardar aquilo para outro momento, mesmo que fosse a coisa mais sem ética que eu já havia enfrentado. Quando cruzei toda a sala em direção a ele, toda reunião parou e me perguntavam se estava tudo bem. Quando o alcancei, me esperando de braços abertos, pude responder que sim. Poderíamos lidar juntos com o que quer que fosse e eu queria que todos soubessem que ele estava ao meu lado.
- ... - Olhei em seus olhos, os dois sem conseguir conter o sorriso. - Eu amo você. - E o beijei. E o resto de qualquer história, poderíamos contar numa edição seguinte.
Eu não tinha nem levantado da cama quando abri meu instagram e me deparei com inumeras revistas de fofocas replicando a mesma notícia. Fato que eu havia me arriscado a descobrir, informações que eu havia coletado, entrevistas que eu havia feiro.
Quando o elevador abriu e pude avistar minha sala, Priya, minha secretária já veio correndo em minha direção.
- , eu sei que não vai ser um dia fácil mas eu não tive culpa de novo. Ele invadiu sua sala e eu meio que não pude mais entrar.
- Ele quem, meu Deus? - Respondi cada vez mais próximo do meu espaço pessoal. Não era possível que o primeiro ministro em pessoa estivesse me aguardando. Ela não me respondeu e apenas correu escritório a fora. Quando abri a porta do meu escritório, entendi que não precisava de resposta nenhuma. Um semi-nu, coberto apenas pela fatídica página do jornal pelo qual trabalhávamos juntos, me aguardava jogado sob minha cadeira de trabalho.
- Eu vou soltar essa papelada e você vai se concentrar apenas no que tenho a te oferecer e não surtar comigo. Eu te juro que se te oferecer uma boa dose de sexo matinal não vai ter notícia no mundo que estrague seu humor de novo. - E antes que ele pudesse fazer qualquer outra coisa eu desatei a rir. Porque apenas para me distrair de uma confusão que ele mesmo havia armado.
Puxei uma cadeira que servia para as visitas, ainda de costas para a cena.
- Você vai me contar o que houve enquanto ainda estou de costas, porque no humor que estou sua pele tão livre me dá ainda mais vontade de arrancá-la toda com as minhas unhas. - Não contive minha risada. Ele sabia que eu não estava brava com ele, eu nunca conseguia, afinal de contas. Não com ele.
- Sabe que eu gosto do seu lado selvagem, amor. - Ainda de costas tentei o acertar com uma revista velha que estava sobre minha mesa. - Tudo bem , me perdoa. Dessa vez eu não tive culpa mesmo. Richard tentou te ligar pra avisar que a BBC tinha acesso a reportagem. Se nós não lançassemos imediatamente deixaria de ser uma exclusiva. Toda equipe que estava no escritório teve que fazer um plantão pra conseguir finalizar o material. Mas o crédito da reportagem está em seu nome, todo material assinado por você, todas as réplicas estão sendo autorizadas pela sua equipe.
- Será que ninguém poderia ter ido ao meu apartamento pra que eu pelo menos não acordasse com esse sentimento de traição? Poxa , estou a dias trabalhando em função dessa matéria e quando ela finalmente é publicada, eu fico sabendo com o resto do mundo? As pessoas estão me ligando sem parar e eu nem pude finalizar meu próprio material.
- Confia em mim, eu fiz de tudo para que isso não acontecesse. Quando eu finalmente consegui sair daqui, já era muito tarde. Se eu fosse passar no seu apartamento você ia me matar antes que eu tivesse qualquer oportunidade de dizer alguma coisa. - O senti se aproximar de mim, só não sabia se com jornal ou não. - Mas eu te mandei uma mensagem informando e deixei flores com seu porteiro.
- Tenho mil conversas para abrir só no meu whatsapp, eu não veria sua mensagem nem que você mandasse uma a cada 30 segundos. - Me virei quando ele estava bem perto, o jornal divertidamente me separando de sua nudez total. - Mas tudo bem, você cumpriu seu papel e não estou mais irritada. Agora pode se vestir e resolvemos esse seu problema sexual mais tarde. - Deixei uma risada escapar observando a cena. era realmente adorável.
- Vai dizer que não gostou da surpresa? Na verdade pensei em te receber com as flores mas a notícia pareceu mais dramatico. Algo que você não esperava ver tão cedo junto de algo que tanto adora. Escolha você qual característica é a do jornal. - E quando ele deixou as folhas caírem, meus olhos puderam acompanhar algo que ele sempre me dizia. Eu o excitava até mesmo quando estava brigando com ele.
O que eu nunca havia dito é que ele fazia o mesmo comigo. Por isso quando tranquei a porta, foi tratando de me livrar do meu vestido também. Não seria a primeira vez que utilizariamos uma de nossas salas de trabalho para transar. As vezes eu até suspeitava que nossa equipe pensasse que nossas reuniões fossem só pra isso, mas era o editor-chefe da revista e eu era a principal colunista, realmente não havia uma grande matéria que não precisasse passar por nós dois.
- Tenho que admitir que foi uma excelente surpresa. - O empurrei de volta para minha cadeira. Se ele havia fantasiado ali, era ali que me teria. - Priya me disse que você a proibiu de entrar aqui...
- Eu disse que te aguardaria nu e você não gostaria de saber que ela tinha me visto assim. - Ele me puxou para mais perto, roubando um beijo em meus lábios enquanto eu me ajoelhava em sua frente. - Não sei se ela me levou a sério mas ficou bem quietinha lá fora.
- Acho divertido como ela sempre está conversando com a sua secretaria quando você sai da minha sala, ou vice e versa. - Disse acariciando seu pau com minha mão. me acariciava os cabelos ansioso com o que eu viria a fazer. - Acredito que elas já tenham nos ouvido alguma vez e prefiram evitar o constrangimento.
- Imagine a cena delas falando sobre a gente... - Ele se calou quando finalmente o coloquei na boca. - Priya deve reclamar a beça para Antonia do ranger dessa sua mesa. - Continuou assim que se acostumou com a sensação. - Ou o barulho dessa sua bunda batendo com força em mim. - Quanto mais ele falava, mais eu sentia minha intimidade pulsar sobre o tecido da calcinha. Ele soltou meu sutiã quando ameacei liberar minhas mãos para fazer.
- Com certeza elas queriam estar no meu lugar. - Não pude deixar de dizer, quando ele me ergueu sob a tal mesa que rangia. Não tínhamos tempo para preliminares mesmo, as vezes eu me esquecia que estavamos em nosso local de trabalho e não um estúdio de filmes adultos. Ele se afastou apenas para pegar a camisinha onde sabia que eu guardava, e quando me penetrou eu já estava pronta. Agora eu podia sussurrar em seu ouvido da forma que ele gostava e ele me devolvia com os gemidos que me enlouqueciam.
- Ninguém jamais vai estar no seu lugar. - Ele se movimentava suavemente. Dessa vez mais que sexo no escritório, sentia que estávamos mais unidos. - Ninguém é como você, . Eu sou só seu.
- Eu sou só sua. - Respondi roubando um beijo meio desajeitado. não era meu namorado, e era pra ser algo casual. Mas a comodidade de dormir com alguém do meu convívio, e o convívio por si só nos tornaram muito mais um do outro. Mesmo que não carregassemos títulos, desenvolvemos nossa própria cumplicidade.
Mordi meu lábio com um pouco mais de força quando o senti acelerar seus movimentos. Sua mão estimulando meu clitóris anunciava que ele estava próximo de atingir seu orgasmo, mas garantiria que eu tbm atingisse o meu. O que aconteceu assim que ele pediu sussurrando em meu ouvido. Se entrega pra mim, .
- Tem razão, eu esqueci completamente da matéria no jornal. - Brinquei entregando alguns lenços para que ele pudesse se limpar. - Eu não fiquei brava , confio no seu trabalho. Eu só não gosto de surpresas. Além de tudo, você me deixou esperando ontem a noite, então, não sei, pensei que pudesse ter feito de propósito. Isso me fez sentir traída. Mas eu me enganei, me desculpe, eu... - Ele me interrompeu com um beijo intenso.
- Eu não quero que só temos uma relação porque eu quero me aproveitar do seu talento. Eu me orgulho de você, . Como mulher, como minha equipe. Eu te admiro por inteiro.
- Eu sei que sim. Não foi o que eu quis dizer, . Eu só não esperava que as coisas acontecessem como aconteceram. Eu não estava pronta e isso me assustou. - Eu não falava só da reportagem. Tinha muito mais dele e eu ali. Foi como a notícia do dia, ninguém esperava e simplesmente aconteceu. Nosso relacionamento não era mais só cama e escritório, eu precisava mesmo esperar algo grandioso acontecer para assumir isso?
- Você sabe que vai ter muito trabalho agora. - Voltou a dizer enquanto nos vestíamos com um pouco mais de pressa. Depois do tesão a realidade voltara. Eu havia feito uma reportagem com interesses políticos que denunciavam um crime! Mesmo que nosso escritório do jornal já tivesse levado a denúncia aos tribunais a muito tempo, o público tomar conhecimento disso traria muita mais atenção a nossa empresa. e eu precisaríamos estar mais unidos do que nunca. - E precisa de mais segurança também. Mesmo que a denuncia inclua toda a equipe, é o seu nome que vem estampando as matérias mundo a fora.
- Eu espero receber ao menos um Pulitzer explicativo.
- Eu espero receber um sim. - O olhei sem entender a frase. Ele tinha no rosto um dos meus sorrisos favoritos. - Mas, nós estávamos falando sobre as suspeitas das nossas secretarias... Você acha que mais alguém sabe do nosso envolvimento?
- Não sei, . - Me sentei sobre minha mesa novamente (vestida dessa vez), observando-o se juntar ao meu lado na sequência. - Acredito que se alguém soubesse, ainda assim não teria coragem de vir dizer na nossa cara.
- E por que ninguém sabe mesmo? - Ele virou de lado buscando meu olhar. Assim ele saberia interpretar se minha resposta era sincera ou não.
- Sei lá, poderiam pensar que estou dormindo com meu chefe pra me beneficiar. Ou que você me leva pra cama porque sem meu aval não consegue publicar o que quer. Enfim, é dificil misturar cargos de confiança e relacionamentos amorosos. - Ele assentiu fraco. Novamente não era a resposta que ele queria ouvir e eu sabia disso, mas já tinha me acostumado a fugir.
- Dificil pra gente, ou dificil pra quem está observando? - Fugi do seu olhar pois essa era uma resposta que eu não saberia dar. Será que o que sentíamos um pelo outro era suficiente para lidar com acusações? - , eu quero que você saiba que eu estou aqui pra te sustentar nessa jornada, que tudo que você tiver pra enfrentar, estarei ao seu lado. E mais do que sendo o editor da sua revista ou o cara que "te leva pra cama". Eu me preocupo com você.
- , você não lançou minha matéria no ar apenas pra me fazer aceitar o seu pedido de namoro, certo? - Brinquei, mesmo sabendo que não. Além das notícias políticas precisarem de um OK maior do que o de , toda a editora precisava da minha autorização - a menos que fosse um grande furo de reportagem.
- Talvez assim pudesse ser mais romântico. - Ele voltou a buscar meus lábios. Sem nem um pedido ou uma resposta. - Mas eu não te pedi... Ainda. E temos uma reunião em... doze minutos. - Ele consultou o relógio antes de me dar um último beijo e sair.
Aproveitei para espiar pela porta Priya voltando da mesa da secretária de até sua mesa de trabalho, ao lado da minha porta. Me diverti com o pensamento, retocando meu batom e ajeitando meus cabelos no espelho da minha própria sala.
Cheguei pontualmente a reunião recebendo os parabéns de todos meus colegas de equipe. O último a me cumprimentar, , sentou bem em minha frente, enquanto Richard, o presidente da nossa editora nos informava como nosso jornal já tinha batido o recorde de vendas diárias e como devíamos todos desligar os telefones até o final do dia. Eu me sentia em extase e com certeza aquele era o meu momento profissional.
Olhei para que observava o mais velho falar e entendi o porque de "aquilo ainda não ser um pedido de namoro". Nós já tínhamos toda uma história, mas eu aceitá-lo de forma tão abrangente em minha vida precisaria ser em um momento mais propício. Eu o amava e nós dois sabíamos ser recíproco, mas o amor que eu levava pela profissão poderia confundir as coisas e quando eu estivesse "de verdade'', com , precisaria estar por inteiro, e não apenas por uma empolgação profissional. Ele precisava saber que eu tinha certeza do que sentia também.
Mordi meu lábio tentando conter minha felicidade. Quando "escondemos" nossa relação foi por insegurança, e agora eu estava confiante demais para negar o que tínhamos. As pessoas poderiam pensar sim que ele tinha feito a divulgação da reportagem apenas para agradar a namoradinha, mas isso não iria me abalar.
Por isso não me aguentei em guardar aquilo para outro momento, mesmo que fosse a coisa mais sem ética que eu já havia enfrentado. Quando cruzei toda a sala em direção a ele, toda reunião parou e me perguntavam se estava tudo bem. Quando o alcancei, me esperando de braços abertos, pude responder que sim. Poderíamos lidar juntos com o que quer que fosse e eu queria que todos soubessem que ele estava ao meu lado.
- ... - Olhei em seus olhos, os dois sem conseguir conter o sorriso. - Eu amo você. - E o beijei. E o resto de qualquer história, poderíamos contar numa edição seguinte.
FIM
Nota da autora: Clique aqui para seguir à página da autora.
Olha, resolvi me aventurar numa coisa nova que são os PP's mais "adultos" e sexualmente confiantes hahah. A intenção com essa história é despertar o interesse por romance dramático que venho tanto trabalhando ultimamente.
Espero que gostem do resultado!
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Olha, resolvi me aventurar numa coisa nova que são os PP's mais "adultos" e sexualmente confiantes hahah. A intenção com essa história é despertar o interesse por romance dramático que venho tanto trabalhando ultimamente.
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