Capítulo Único
A guerra dos três reinos por territórios e o posto de maior potência durava a mais de anos, às vezes a ponto de ser selado um tratado de paz e às vezes a extremos e agressivos auges. Eram tempos agressivos, escravos fugiam de seus senhores, pela forma que os tratavam, já seus senhores sabiam muito bem a respeito do quanto suas perdas os custavam, então, enviavam caçadores de escravos, obviamente para poder recuperá-los.
Mas, muitos não eram piedosos, muitos apenas os queriam de volta para matá-los com suas próprias mãos. Isso não ajudava muito na situação de todo o país e o rei se preocupava cada vez mais com a guerra sobre conquista de territórios ainda ativa, afinal, não era possível confiar nem mesmo em sua própria sombra quem diria em seus conselheiros.
Silla, Goguryeo e Baekje eram as maiores potências existentes, as outras que possivelmente pensavam ter poder, nem mesmo conseguiram suprir suas necessidades perdendo seus não tão grandes territórios para uma das três. Obviamente todos tinham seu acordo, eram trazido artefatos dos mercados de Silla e Baekje para aumentar o comércio em Goguryeo clandestinamente e vice versa, ambos ganhavam.
Independente das guerras de território, isso não queria dizer que os representantes de Silla e Baekje não iam a suas visitas mensais aproveitar de um pouco de comida de graça com qualquer desculpa em Goguryeo para também poderem bisbilhotar ou tentarem algo superficial para cima do Rei de Goguryeo. E uma das principais e mais comum estratégias de visitas entre os reinados também era tentar especulações sobre a saúde do Rei de um dos maiores territórios e de seus príncipes herdeiros. Onde eram uma das partes mais importantes para se ter conhecimento.
Uma das maiores lutas de Silla e Goguryeo já ocorridas foram onde as mesmas se submeteram a uma tentativa de tirar o reinado principal de ambas partes, apenas não ocorreu como o esperado por conta de um guerreiro incomum de nome .
Base em crescimento para recuperação de território
Moon Cha, Oeste de Goguryeo.
- Goguryeo não pode mais perder território - O rei gritou furioso analisando os registros que lhe haviam passado sobre a situação da atual batalha.
- Senhor, eles estão cada vez mais fortes e invencíveis, nossos soldados estão morrendo aos poucos, se não fizermos algo - o general parou e respirou fundo - temo coisas piores. Não há mais o que ser feito a respeito, Goguryeo precisa de .
- Ela pode nos trair - ele apertou seus olhos contra o general.
- Senhor, sei que não foi em seu reinado que salvou o trono e também sei que pode parecer nada confiável pela província de onde veio, porém, já foi feito muito de sua parte por essa nação, nunca trairia o trono por mais que tenha sido gerada no reino de Silla, pela honra de seu pai, ela nunca o trairia. - General Yoon era devoto aos combatentes de guerra que estiveram ao seu lado na primeira luta direta com Silla, todo o saqueamento, mortes e destruição que poderia ter ocorrido naquela época foi impedido por seus guerreiros, que por mais novos e medrosos que fossem, se tornaram honrados, confiantes e seguros. Mas foi mesmo a vitória de Goguryeo vinda de uma jovem e bela guerreira - Chegou à hora de colocarmos quem devidamente deveria estar naquele trono.
, a Rosa da salvação.
, nascido da Paixão Oriental proibida.
- O general gostaria de falar com você, - um dos soldados disse entrando em meio a fogueira que haviam acabado de acender para poderem se esquentar.
- Comigo? - respondeu receoso por saber bem os motivos, havia chegado o momento, levantando do chão coberto pela terra vermelha e um pouco úmida, caminhou até a cabana do general antes de entrar pedindo permissão para passar - se apresentando, senhor.
- , chegou o momento - o general sorriu para ele colocando uma das mãos sobre o ombro do rapaz, em seguida uma figura inusitante apareceu de trás das cortinas que separavam a cabana por dentro o que fez com que instantaneamente curvar-se em respeito.
- Majestade! - foi a única coisa possivelmente a ser dita já que nem mesmo o olhar ousava levantar ao rei.
- Porque se curva e não me dirige o olhar, rapaz? - o rei perguntou curioso - soube que você não é apenas um mero guerreiro.
- Co-como? - sua voz vacilou por um momento, fazendo-o subir o olhar ao rei e em seguida ao general que sorria da situação.
- Soube que sua mãe é a Valente guerreira que salvou Goguryeo de sofrer o maior golpe de estado já sofrido - ele começou a andar pelo local - soube também que ela não é uma simples guerreira, alguns passarinhos me contaram a história sobre isso quando assumi meu reinado - ele sorriu ao se lembrar da época - sua mãe rejeitou qualquer tipo de força maior no reinado de meu pai, apenas resolveu ter uma vida simples para cuidar de você e de sua irmã. Mas ainda sim, creio que haveria coisas que ela não contaria a respeito de sua história e o motivo de seu nome ser .
- Ela teve que fazer isso para poder protegê-lo - General Yoon entrou na conversa - por isso ela o mandou tão cedo para estar comigo.
- Minha mãe me mandou para que eu pudesse aprender a me defender, defender a nação e o meu povo também, esse é o motivo dela ter me mandando - realmente não entendia o porquê de tanto suspense.
- Ela realmente o criou para ser como o pai - o rei sorriu.
- Pai? - ele perguntou confuso.
- Vocês são exatamente iguais, meu pai me contou muito a respeito dele, e você é realmente filho dele - O rei sorriu, por mais que parecesse um sorriso perverso, ele sabia que aquela jogada era arriscada a seu reino, mas não havia outro jeito.
- Você sabe a verdadeira história sobre sua mãe o ter escondido por tanto tempo? - Mais uma vez o rei jogou curiosidade no garoto - quantos anos você tem?
- Dezenove! - ele respondeu.
- Foi nessa idade que ela o teve mais ou menos, não? - ele sorriu - foi nessa idade que eu assumi meu reinado, foi nessa idade em que os reinos tiveram anos de silêncio, onde sua mãe foi citada como heroína, mas você sabe o por que de tudo isso?
- Nã-Não, vossa majestade! - sua respiração definitivamente já não tinha controle e seu suor começava aparecer.
- Gostaria de saber? - O rei perguntou, mas ele já sabia que aquilo aconteceria, afinal, a mãe já havia avisado que algum dia essa conversa aconteceria, ela não o explicou o que seria, mas explicou o suficiente para que ele esperasse isso por anos.
- Sim, soberano! - foi sua resposta final.
- Então, sente-se e eu irei contar-lhe uma história muito interessante - o rapaz se sentou e o rei começou a andar mais uma vez pelo local indo diretamente à mesa de mapas que havia e apontando a um ponto específico.
Silla Contra Goguryeo
apenas com seus dezenove anos havia se oferecido para estar na guerra na luta territorial com milhares de homens ao seu lado, anos após a morte de seus pais executados em questão do próprio reinado em Silla. Ela era considerada o que eles chamavam de princesa, antes de sabotagem o reinado de seu pai. Sim, era filha do Rei anterior de Silla. Claramente nem todos sabiam de sua história por seus pais serem rigorosos a respeito de a reconhecerem. Não, não foi aceita de princípio e muito menos foi aceita depois como guerreira. Mas então, como foi que a vitória veio de suas mãos? É muito simples ser explicado, apesar de não lutar ao lado dos guerreiros com um devido reconhecimento, agia sorrateiramente pelas montanhas, os soldados já sabiam de suas agilidades e habilidades depois de meses em luta e ajuda.
General Yoon sabia que a garota era teimosa o suficiente depois de falar com ela algumas vezes, para não se afastar daquela guerra nem por um instante, ele não sabe como, mas ela sempre os acompanhavam, independente se tentavam se mover pela noite em silêncio, ela os encontrava.
havia sido ferida em um dia incomum nas montanhas, o inimigo havia armado um ataque surpresa e a levou junto com eles até o palácio de Silla, onde foi torturada durante a procura de respostas pelos soldados do lado oposto. Sua chegada não havia sido avisada a família real por saberem os soldados qual seria a posição do Príncipe herdeiro a respeito de estarem torturando uma mulher. Mas eles não ligavam, eram bárbaros, eram tiranos. Depois de dias presa recebia sorrateiramente coisas como copos com leite, pratos de comidas, água e outras coisas que não a deixavam ficar desidratada ou sem forças. Além de cuidados em seus ferimentos, tudo vinha de uma pessoa que aparecia pela noite com vestes negras e uma máscara dourada não deixando-se ser reconhecido, como passava pelos guardas, era uma grande incógnita em sua cabeça.
Até o dia em que , depois de exatamente doze meses desaparecida, aparece na em sua suposta antiga base trazendo um grande ferimento em sua barriga e em outras partes como braços, pescoço e pernas. Ela esteve a ponto de não resistir já que trazia uma febre alta que a fazia delirar dizendo diversas coisas sem sentido.
“Criança, prisão e guerra” eram as palavras mais frequentes utilizadas por ela em momentos de delírio. O próprio general Yoon tentou tirar informações da mesma ou de seu companheiros de outra bases para saber o que aconteceu, mas ele não pode até o dia em que ela despertou de seu estado de enfermidade.
Flashback: 3 Meses presa
- Eu não fico feliz em receber sua ajuda sem ao menos saber quem é você! - disse se recusando a chegar mais perto das grades.
- Por favor, eu não tenho muito tempo! - foi a primeira vez que escutou sua voz.
- Quem é você? - ela pergunta curiosa por sentir que sua voz soava familiar.
- Talvez, se eu disser agora, possa prejudicar tudo - ele suspirou e ela chegou mais perto da onde ele havia pedido - daqui alguns dias você descobrirá.
- Agora! - disse ela de maneira mandona.
- Sempre tão mandona - a máscara permitia com que ela visse seus olhos castanhos escuros e brilhosos, ela por alguma razão depois de tanto vê-lo daquela forma passou achar que seus olhos eram os mais bonitos já vistos.
- Tem alguém aí? - escutou gritar do lado de fora - se estiver alguém, prepare-se para ser morto - a voz ficou cada vez mais perto, junto com passos e ela segurou a mão dele forte em questão de súplica.
- Amanhã! - ele suspirou respondendo em tom baixo - Eu volto amanhã e prometo te mostrar quem sou amanhã, apenas não se assuste no momento em que a máscara for tirada, afinal, você pediu por isso.
Foram suas últimas palavras antes de colocar a máscara um pouco ao lado e deixar um beijo na mão mesma.
- Mesmo que me odeie - ele sorriu - continuarei cuidando de você.
Flashback Off
- Sua mãe também dizia sobre ele com frequências em seus delírios - General Yoon disse - mas nós não descobrimos nada do que ocorreu na época até que ela nos contasse. - ele suspirou e parou de falar no mesmo instante, deixando livre para que o Rei de Goguryeo continuasse.
- Na noite seguinte ele voltou e então se revelou, infelizmente ela não contou essa parte para você, afinal, você era só uma criança - ele suspirou - então sei que cabe a mim contar-lhe - o rei se aproximou do garoto e colocou uma das mãos em seu ombro - Eles já haviam se conhecido há muito tempo atrás, aliás, ele a conhecia melhor, ela apenas havia visto ele uma ou duas vezes - o Rei de Goguryeo deixou seu sorriso um tanto perverso surgir – sim, ela prestava atenção nele às escondidas, querendo ou não eram crianças solitárias. Mas ela sabia que aquilo nunca seria permitido ter uma continuidade, afinal, ele era filho do melhor amigo do rei - o Rei de Goguryeo deu mais uma breve olhada no rapaz que escutava com atenção - e o futuro assassino do antigo Rei de Silla, seu avô. Sim, o melhor amigo do Rei o assassinou pela conquista do trono - era o suficiente para que compreendesse toda a situação, mas, ainda assim, carecia de explicações - não que ela soubesse a respeito de tudo que ocorreu, porém, justamente foi ensinada a não o observar muito, então suas atenções sobre o garoto se tornaram breves e discretas. - O Rei de Goguryeo soltou um longo suspiro e continuou - Depois daquela noite era óbvio que ele não voltaria. E ela sabia disso, ela sabia que um dos motivos seria por vergonha pela reação inesperada que teve, mas ela não sabia quais eram os motivos reais de sua ausência.
Flashback: “Esteja pronta assim que o sol se esconder”
- Como andam as coisas relacionadas à ela? - sendo já tarde da noite, passos foram dados na pequena prisão, apenas fingiu dormir escutando a conversa que se instalava pelos corredores - não quero que a matem, não agora.
- O príncipe herdeiro já descobriu sobre ela? - a outra voz perguntou - já estamos mantendo-a aqui por exatos cinco meses e algo estranho sempre passa. Como pode uma mulher ser tão forte a ponto de resistir a torturas e dias sem comer?
- Ela não teve nenhuma reação em relação a essas interrupções de refeições ou as torturas? - perguntou curioso.
- Não, senhor! - ela deixou o sorriso escapar levemente por poder imaginar suas caras confusas - ela apenas se recupera dos ferimentos deixados e também nunca passou mal por estar há dias sem comer. Mestre, você acha que ela poderia ser uma bruxa? - o riso preso por era ainda maior depois de escutar o comentário e o que lhe atingiu em seguida. - Aí mestre, foi apenas uma sugestão - o homem pareceu irritado com o tapa que havia levado do superior.
- Deixe de imaginar coisas e comece a cuidar melhor dessa cela, qualquer visita inesperada ou estranha me avise imediatamente - o homem assentiu a seu superior e acabou sorrindo inocentemente.
- Pode deixar, senhor! - ele colocou a mão no ombro de seu chefe - nada estranho passa ou passou por aqui.
- Se ela não tivesse matado um de meus melhores homens - ele olhou com desdém para a cela onde ela se encontrava - eu não precisaria estar usando você para isso - essas palavras duras foram as últimas escutadas por ela durante algum tempo, nem mesmo o servo havia se atrevido a dizer algo, supondo ser por chateação das palavras de seu senhor.
Horas mais tarde, a garota já se sentia suficientemente sufocada por seus dias ali, pensou por dias sobre sua fuga dali, mas nada a deixava pensar confortavelmente desde a última visita que recebeu. Seus pensamentos voavam longe e ela por dias apenas quis dormir, nos tempos em que ele não apareceu foram tempo em que nada fizeram a ela, pensou por dias se tudo aquilo estava sendo feito por ele, tanto as ordem para as torturas quanto os dias em que tudo se tornava um mero silêncio.
- Levante, depressa! - a voz era completamente reconhecível - coma algo - ele deu a ela uma tigela de arroz recém feita - e também me deixe fazer a limpeza dessas feridas, elas já estão quase boas.
- Por que você não veio? - ela havia levantado de onde se encontrava deitada e olhou séria para ele.
- Sentiu minha falta? - sua máscara não permitia com que ela visse seu sorriso presunçoso e extremamente animado aparecesse, mas ainda sim, ver os olhos quase se fecharem ao momento de ouvir aquilo ela pode imaginar o quanto ele poderia ser bonito.
- Não seja ridículo! - ela revirou os olhos.
- Eu tinha alguns assuntos pendentes para resolver - ele disse um pouco sem jeito enquanto limpava um dos machucados na mão da garota - escute, a guarda aumentou - dessa vez ele sem problema algum tirou a máscara, o que por mais que ela já o havia visto, a surpreendeu mais uma vez - vou precisar que você fique atenta em tudo que se passar por esse corredor como conversas, ações, qualquer coisa que você ache suspeito - ele respirou fundo e tentou ajeitar alguns fios de cabelo que o incomodavam prendendo totalmente a atenção dela - E também preciso que se prepare - ele pegou sua mão e dessa vez não foi com a intenção de limpar machucado algum - Partiremos na terceira lua cheia, até lá virei todos os dias vê-la exceto o dia que antecede o nosso símbolo de fuga. Quando eu não aparecer, você já saberá. Nesse dia, esteja pronta assim que o sol se esconder.
Flashback Off
- E assim foi por um tempo - o general Yoon caminhou em direção a eles - tempo que ela achou que seria mais tardado do que o esperado.
- A terceira lua cheia apenas demorou 23 dias para aparecer - O rei de Goguryeo agarrou uma das mãos de e descobriu uma parte de seu antebraço que estava coberta pelo pano - você sabe o motivo dessa marca?
carregava consigo uma marca de nascença não muito comum em seu antebraço, a marca era composta por um círculo de tamanho médio onde a coloração café o preenchia, trazendo como seu contorno uma linha de coloração avermelhada que o deixava bem marcado e aparente. Marcas de nascença não são coisas onde se pode adivinhar do porque estarem ali ou serem daquela forma, elas apenas nascem. Às vezes escondendo seus reais motivos.
- Não, Majestade! - respondeu - é apenas um sinal de nascença, minha mãe também traz uma, porém ela traz a metade do meu círculo.
- E quem você acha que trás a outra metade? - o Rei perguntou sendo enigmático mais uma vez.
Flashback: “O pôr do Sol foi o momento em que meu coração decidiu se aproximar”
definitivamente trazia fama entre todo o povo de Silla e suas regiões, sendo prometido como futuro Rei de Silla, o povo não temia tanto quanto para seu pai. era justo e diferente de seu pai que sacrificou seu povo por mais territórios.
- Você está pronta? - ele perguntou enquanto abria o portão da cela.
- Sim! - foi sua única palavra para ele.
- Certo, vamos? - Ele ainda estava inseguro sobre aquilo, ainda estava inseguro sobre sua aproximação com ela por acidente e acabar tudo dessa forma - não se preocupe - disse percebendo a cara de aflição da mesma - Hoje é o dia da terceira Lua cheia do ano, um evento raro que acontece todos os anos com uma comemoração dupla no festival de luzes.
- Dupla? - ela perguntou confusa, o fazendo sorrir involuntariamente.
- Também é o vigésimo aniversário do príncipe herdeiro - seu sorriso continuou no rosto e agora em direção à ela - e se não me falha a memória - ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou - também é o vigésimo aniversário da vossa majestade - ela demorou para entender, mas logo em seguida a fala de sua mãe sobre os aniversários conjuntos surgiu em sua mente e ela se lembrou, naquele dia ela cumpria seu vigésimo aniversário, e ele também.
Era com ele que ela se casaria se ainda estivesse no posto de princesa, era ele que sua mãe tanto falava a respeito, as marcas, dos aniversários na mesma terceira lua, tudo.
- Me mostre seu braço - ela disse usando de seu tom autoritário - você a tem, não é?
Seu sorriso apenas cresceu quando ela finalmente o perguntou sobre, ele puxou a manga que cobria seu braço e mostrou a ela, ali havia a mesma marca, uma meia lua de cor café com seu contorno em coloração avermelhada.
Flashback Off
- Eles tinham a mesma marca de nascença, - General Yoon se aproximou e pegou a caneca que antes continha seu chá - eles completaram o vigésimo aniversário juntos.
- Eles tinham uma ligação bem forte - O rei disse - eu me lembro de meu pai contando sobre os dois há alguns anos atrás, sua mãe ainda tinha seus vinte e quatro, ele ofereceu um casamento a ela, mas ela recusou - ele riu lembrando da confusão - ela de recusou ser minha rainha e eu só vim entender alguns anos depois.
Flashback: “Você sempre foi minha”
- E para onde vamos? - perguntou curiosa enquanto tentava acompanhar os passos dele.
- Não podemos permanecer em Gyeongju - ele disse a puxando pela mão.
- “Não Podemos”? - mais uma vez as palavras no plural a deixavam confusa - você também vai?
- Você realmente achou que eu a fosse deixar sozinha? - ele perguntou deixando sua cara de desapontamento aparecer.
- Não será pior se você for? - ela parou de caminhar, o que fez com que ele também parasse também, mas ele não ficou em frente a ela de início, ele temia que ela não quisesse realmente que ele fosse e aquilo era o que ele mais queria.
- A rainha mãe sabe - ele contou - ela nos ajudou, nos deu cobertura, , escute - ele suspirou e se virou a ela - eu não sei como e nem mesmo o porque disso, mas ir com você a qualquer lugar é a minha única vontade própria desde que a vi sendo torturada por acaso.
- Você chegou a ver? - ela também sentiu desapontamento por ter pensamentos a respeito dele não ter feito nada.
- Ei - ele soltou sua mão e segurou o rosto da garota com as duas mãos de forma leve, o que acabou fazendo com que ficasse um pouco chocada - eu não agi porque poderia ser pior se meu pai descobrisse que eu sabia. Ele sabe que eu não sou a favor dessas coisas e que eu tentaria alguma coisa, se ele descobrisse que eu sabia sobre você estar no reino, ele poderia ter pedido para que os guardas a levassem a outro lado.
- E como soube quem eu era? - a curiosidade mais uma vez veio à tona.
- De início eu não sabia - ele sorriu - mas quando eles a levaram para a cela eu decidi ajudá-la porque você não resistiria. Foi aí que limpando uma de suas feridas eu vi a marca e soube logo. Minha mãe lamentou muito a morte de sua família e lamenta até os dias de hoje, por isso sugeriu ajuda de levá-la daqui.
- Sua mãe lhe contou sobre a marca? - a garota perguntou.
- Na realidade, há um poema sobre elas. - ele sorriu ao se lembrar de sua mãe lendo para ele quando era mais novo - eu não sei a origem dele, mas sei que se encaixava bem nos eventos acontecidos entre nós e minha mãe sempre lia para mim. Sempre me pareceu como uma história de gerações, já que na capa do livro trazia uma frase um tanto curiosa.
- “A marca deixada circulava de ancestrais a ancestrais, mas elas nunca se completavam simetricamente. Quando elas se completarem, claramente o destino, o fardo, a paixão, a morte e o amor irão andar lado a lado cabendo aos amantes decidirem quais combinações fariam”, por acaso seria algo assim? - disse.
- Você o conhece? - ele perguntou curioso.
- , é apenas uma superstição em que nossas mães acreditavam - ela disse - logo depois que meus pais foram mortos, eu esperei por alguém com a mesma marca que a minha de tanta tristeza que meu corpo trazia, mas esse dia nunca chegou até o dia em que me candidatei a servir na guerra contra Silla, isso realmente me preenche mais do que o esperado, então, por favor, não me traga esperanças se você não ficará até o final.
- O que você quer dizer com isso? - dessa vez, como ela afastou as mãos dele de seu rosto, ele acabou tentando segurar uma de suas mãos, mas ela recuou e apenas o lançou um último olhar antes de seguir o caminho à frente onde antes ele a guiava, mas ele a segurou, com leveza mais uma vez - eu disse que “ir com você a qualquer lugar é a minha única vontade própria” e eu não disse à toa, realmente, eu quero isso.
- Por isso cuidou de mim nesses meses? - foi sua última pergunta.
- Primeiro foi por aventura e pena - ele sorriu da forma que ela descobriu só ele saber fazer - Depois por remorso de um preço minha família deveria pagar - seu suspiro dessa vez foi alto e desconfortável, aquele assunto o chateava mais do que qualquer um outro - e depois, claramente você sabe a resposta.
- E-Eu não sei - ela gaguejou não querendo deduzir e nem mesmo deixar seus pensamentos à vista.
- Você gaguejou - ele riu e segurou novamente a mão da garota - se você não sabe, eu acho que terei que dizer.
- Dizer o que? - suas palavras saíram baixas e um pouco envergonhadas.
- Que não importa quem sejam nossas famílias, não importa o nosso passado e muito menos o nosso futuro, desde sempre, eu soube. E agradeço por esse mundo permitir que eu pudesse ter certeza o mais cedo possível. - ele sorriu em direção à ela e acabou se desprendendo dela, começando leves movimento nas mãos em direção a seu próprio pescoço, desprendendo dele um colar incomum à vista deles - A certeza de que “você sempre foi minha” - ele então a girou colocando o colar sob o pescoço da mesma.
Flashback Off
Sem dúvidas alguma aquilo deixaria em choque e sem saber o que fazer, nesse momento, ele sabia o significado de todas as palavras ditas pela mãe assim que foi mandado a base.
“Sei que ficará sem reação, mas essa não deve ser sua atitude. Assim que souber, não pense, não fale! Apenas venha até mim e me dê a notícia que eu precisarei. Quando isso acontecer, eu saberei o que será necessário ser feito. Ok?”
Agora ele realmente sabia o quanto ela havia esperado por isso, mas ainda não sabia o motivo.
- É difícil contar sobre os dois - o Rei de Goguryeo disse de repente - ainda sinto que isso deveria ser algo contado por ela, para você.
- A Majestade está dizendo que a marca que eu trago seria… - ele foi interrompido pelo Rei.
- Sim, meu rapaz - Ele sorriu para - ela e você são frutos de um amor insuperável.
Flashback: “Você o terá na terceira lua cheia do ano”
- Com a procura de meu pai por mim, não precisaremos preocupar com a guerra - ele a tranquilizou afagando seus cabelos e a segurando contra si, Yang tinha muitas crises a respeito de estar escondida com , afinal, havia se juntado como guerreira pelo povo, mesmo que não diretamente. Isso a incomodava, ela pensava se aquilo não a levava ser vista como uma covarde, o que não era a realidade, era mais corajosa que muitos ali.
- Nós já estamos aqui há meses, e se formos descobertos por ele através das visitas da rainha mãe? - ela realmente parecia preocupada.
- Não vamos! - ele deixou um beijo em sua testa a aconchegando mais em si - e mesmo se formos pegos, eu não deixarei que nada aconteça a vocês. Vocês são tudo o que eu tenho e tudo o que eu quero.
- E você é tudo o que nós temos - ela o abraçou mais forte.
- Você o terá na terceira lua cheia do ano - ele sorriu - você acha que ele encontrará alguém assim, como encontrei você?
- Eu desejo mais é que ele sinta o mesmo que nós sentimos - ela deixou um beijo leve nos lábios dele e sorriu o abraçando mais forte ainda.
Flashback Off
- Sua mãe passou por maus momentos, meu jovem! - General Yoon disse - ela chegou aqui grávida de você e de sua irmã, e estava quase morta, mas vocês são muito fortes e resistiram a tudo.
Flashback: “Eu encontrarei vocês de alguma forma”
- Recebi uma mensagem de que a Rainha mãe pretende vim nos ver hoje - Eles já estavam há um tempo vivendo na fronteira entre Silla e Goguryeo, o que de fato não era tão longe, mas levava algum tempo para poderem entrar sem chamar atenção alguma. A rainha mãe aparecia a cada lua cheia para visitá-los, afinal, ela não podia viver tanto tempo longe do filho e muito menos agora que havia descoberto sobre ele e estarem juntos e casados com uma não oficial comemoração, porque infelizmente casamentos requeriam pessoas importantes para serem realizados. Então acabaram fazendo um casamento entre eles mesmo, onde a rainha mãe foi testemunha dando sua benção. Mas isso não era tudo, ela estava feliz em saber que a tão querida era a pessoa que carregava o próximo príncipe herdeiro do reino.
- Não será perigoso? - ela perguntou – afinal, ela nunca veio antes dos dias combinados.
- Ela deve estar ansiosa para vê-la - ele sorriu e acabou levando sua mão a barriga da mulher que também sorriu. - ela deve estar ansiosa para ver os dois.
- Os três! - ela passou uma das mãos em forma de carinho no rosto do homem que sorriu mais ainda.
- Eu já disse que sempre soube que você era minha? - ele disse devolvendo o carinho.
- Eu acho que devo ter escutado isso da vossa majestade em algum momento, apenas não lembro quando - a garota jogou sua cara pensativa fingindo não lembrar quando foi a primeira vez que isso foi dito por ele há um tempo atrás.
- Muito engraçada a minha futura rainha - tudo realmente levava a pensar que naquele momento tudo estaria pronto para dar certo, porém nem tudo é como pensamos ou imaginamos.
Batidas na porta foram ouvidas e uma rainha nervosa e ofegante foi vista trazendo informações importantes, eu não sei em que momento, tudo ficou agitado e desgovernado, juntava as coisas com pressa, mas era possível ver suas mãos tremendo e sua face trazia uma expressão nervosa. Assim como a da rainha mãe, que se encontrava ali aflita insistindo para a saída rápida deles daquele lugar, não estava aflito por ele e nem pela mãe, mas sim por , ele tinha que protegê-la a qualquer custo. Afinal, não era apenas ela naquele momento, mas também seu filho(a).
- Foram aqui que vocês se esconderam todo esse tempo então? - Uma risada estrondosa e grave surgiu no local assim que eles pisaram para fora da pequena casa que estavam vivendo - então foi ela que tirou vocês de mim?
- Ela não fez nada, deixe-a fora disso - se posicionou na frente da garota a afastando aos poucos.
- Eu, o rei de Silla, não vou deixar que uma simples garota destrua um reinado completamente cheio de sucesso como o meu e o de meu filho - a palavra “simples” soou um pouco estranha sobre a garota, afinal, ele não se lembrava dela? Então porque a havia levado ao palácio?
- Querido, se acalme - o homem tomou a atenção pela rainha mãe - ela não fez nada, seu filho está apaixonado, ele tem o direito de escolher o futuro dele.
- Para grandes Reis ou futuros grandes Reis, não existem escolhas, apenas o fardo a ser carregado - a cara de decepção e arrogância do rei realmente era grande e aparente. O olhar do mesmo foi sob a garota e ele analisava cada pedaço existente nela, ele não pode perceber a barriga por ainda não haver crescido tanto aparentemente, mas outra coisa que o chamou a atenção o chocou ao ver aproximadamente.
- Você - ele apontou para a garota ainda um pouco pasmo - você está viva - ele a olhou nos olhos e sorriu de forma maligna, então ele olhou com desprezo ao filho e a Rainha mãe – Guardas, em seu posto! - a ordem foi dada fazendo com que vários guardas aparecessem - Levem a Rainha mãe e o príncipe herdeiro, deixem que com ela eu mesmo dou um jeito.
Toda a reação foi involuntária, os guardas tiraram a rainha e o príncipe as forças de frente da garota, a deixando sem proteção alguma.
- Pode não ter sido anos atrás - ele deu um passo adiante - mas será hoje.
O rei de Silla realmente sempre mostrou uma personalidade muito forte e persistente, saber sobre ainda estar viva era algo que todos esperavam já ter acontecido, afinal, então tudo aconteceu apenas pelo acaso.
Flashback Off
- Quando sua mãe foi capturada, ninguém sabia quem ela era - o general Yoon riu - sabiam que ela era a guerreira que nos ajudava durante as batalhas, mas não sabiam sua verdadeira origem e história. Eles realmente pensavam que ela era apenas uma guerreira da força inimiga. Por isso a surpresa do Rei de Silla ao ver sua marca, era a única coisa que a entregava a ele.
Flashback: “Eu encontrarei vocês de alguma forma”
- Minha Majestade! - a Rainha mãe gritou assim que o homem levantou sua espada em direção à garota, com toda sua força conseguiu se desprender dos guardas que o seguravam e empurrou ao rei assim que sua espada iria atingir a o que fez com que ele caísse e sua espada voasse para longe.
- Você está bem? - ele segurou o rosto dela e analisou o local, viu sua mãe dizendo em voz baixa para que os dois fugissem quanto os guardas foram ajudar o rei - vamos, não temos muito tempo.
agarrou a mão da garota e a puxou consigo para floresta adentro não deixando com que ela ficasse para trás. Mas passos e gritos se aproximavam cada vez mais os deixando sem opção alguma. Até darem de frente com o próprio Rei mais uma vez.
- Mais uma vez você demonstra sua fraqueza, Príncipe - o rei disse aparecendo em sua frente em cima de seu cavalo - peguem-no - ele ordenou - se preparem, vocês - ele apontou para a rainha e para o príncipe - vão assistir isso, juntos.
- Não, minha Majestade, não faça isso, irá se arrepender depois, escute a sua rainha - a Rainha mãe implorou incessantemente da mesma forma, mas nada o parou, os guardas a colocaram de joelho, um a segurava pelo braço do lado direito e outro pelo esquerdo, o último a escutava com a cabeça erguida, a puxando por seus cabelos.
- Vocês verão isso com seus próprios olhos - ele virou seu olhar em direção aos dois, o príncipe tentava se desprender dos guardas, mas nada funcionava, a rainha mãe fazia o mesmo e além disso, implorava para que a poupasse.
De nada adiantou, a fúria de seu Rei era claramente muito grande e sem freios algum, sua determinação eram maior do que seus pensamentos humanos, a ambição era tudo. Ele deu apenas um passo e estendeu a espada em direção a barriga de , não, ele não sabia, mas ainda sim agiu por instinto, queria provocar dor nela o quanto antes, sua espada estava prestes a provocar toda a dor que ele planejava, ele só não esperava que aquilo cairia contra ele mesmo.
A rainha se desprendeu dos guardas que a seguravam e correu em direção à , a abraçando e deixando o Rei sem oportunidade alguma de parar sua espada já que a mesma já estava em percurso. A rainha mãe entrou na frente de sendo atingida pela lança mortal de seu próprio marido e Rei. O grito de foi o mais assustador e doloroso a todos ali presente.
- Rainha Shin? - ele disse analisando a situação ainda sem entender.
- Mãe? ? - dessa vez a voz veio do príncipe herdeiro que se soltou indo em direção às duas - o que foi que você fez?
O Príncipe com todo o seu choque seguiu em direção a rainha e a , colocando a rainha em seu colo, deixando seus braços como sustento, a mesma ainda se manteve acordada apenas dizendo palavras como “Tire ela daqui”. E foi isso que ele fez, ela o empurrava com força o mandando sair daquele lugar com a garota, e suas últimas palavras direcionadas a foram as quais a garota nunca esqueceu, “Faça-o um rei justo e bom, mas também forte e dominador um dia”, colocando a mão sobre a mão da barriga da mesma, fazendo com que a levantasse do chão e a tirasse dali.
Assim que o Rei deixou seu choque momentâneo, se deu conta do que estava acontecendo, caiu de joelho sobre o chão forrado pela terra molhada que minutos depois ficaria mais Barroso do que já se encontrava, a chuva vinha com lentidão, mas ainda sim aumentava sua intensidade a cada passo que dava com . A garota estava ferida, mas o príncipe não havia notado, ela não lhe contaria para que não o preocupasse, mas ainda sim sentia uma dor intensa devido ao esforço.
- Vá atrás deles, vá vê-la! - parou no meio do caminho e o parou também - eu posso te esperar aqui, eu sei o quanto ela é importante para você.
- Você precisa de mim - seu olhar andava bem perdido nesse momento, ela podia perceber a preocupação estampada em seu rosto - eu não posso deixá-la sozinha.
- Você pode e você vai! - ela disse autoritária - não quero que passe pelo mesmo que eu sendo que ainda existe uma oportunidade de vê-la, vá!
realmente era forte e sabia que podia estar correndo perigo por seu ferimento, mas ela sabia que ele voltaria.
- Volto em alguns minutos, se esconda aqui - ele a colocou sobre uma árvore oca, ela trazia uma pequena entrada, o suficiente para que ela se protegesse da chuva - se por um acaso você sentir que minha demora está muito grande, por favor, fuja! - ele segurou suas mãos frias e sacudiu um pouco a cabeça para que os cabelos caídos pela chuva saíssem de sua vida - fuja o quanto puder, para o mais longe que puder.
- Mas e você? - ela perguntou preocupada, apertando sua mão contra a dele.
- Eu encontrarei vocês de alguma forma - essas foram suas últimas palavras ouvidas por ela naquela voz única, seus lábios foram primeiro em direção a sua testa, deixando ali um beijo demorado, logo em seguida, ele acariciou a barriga e também deixou ali um beijo amoroso. Mas seu último olhar só demonstrou mais o quanto de medo, preocupação e principalmente amor ele carregava, ele deixou nos lábios dela o beijo marcado por vinte anos, o último e mais apaixonado beijo de ambas as partes.
Flashback Off
Vinte anos de silêncio direto dizia algo a respeito de como aquilo podia-se tornar de grande risco. Um período de silêncio sempre diz mais do que parece dizer.
sabia agora sua missão, sua conversa com o Rei de Goguryeo havia sido decisiva, ele iria atrás dela e eles partiriam juntos para a guerra decisiva tanto de sua vida como da vida de sua mãe e sua irmã. Seu cavalo ia em velocidade a caminho da fronteira, onde sua mãe se encontrava, sua ansiedade era grande em relação à sua missão. Era tão importante que ele nem mesmo imaginava o aviso de sua mãe em relação a tudo aquilo ser tão realista.
Afinal, ele era filho da ex princesa do reino de Silla, e do Príncipe Herdeiro desaparecido . Ele era nobre de sangue, mas o mais importante era que sua nobreza vinha o coração, graças a sua mãe que o ensinou como sobreviver.
Sua cavalgada foi longa a fronteira ficava distante da base onde se estabelecia. Quando o sol entrou em cena, deixando o cenário ainda mais bonito do que costumava ser, ele caminhou pelas vilas procurando naquele lugar a casa em que havia vivido até seus dezesseis anos. Ao chegar, recordou bem do cheiro que ali habitada e sorriu ao lembrar a quem pertencia.
Duas batidas do lado de fora foram o suficiente para receber um abraço apertado dado por sua irmã de sua idade, em seguida não perdendo nenhum minuto, o abraço foi em direção aquela que os teve com muito esforço, dificuldade e amor. Sua mãe.
- Chegou o momento, mãe - ele disse se separando do abraço e agarrando a mão da mãe com ternura - Chegou o momento de mostrar a eles de quem realmente são aquelas terras. Depois de anos de silêncio ele decidiu que algo tem que ser feito e nós também. Por meu pai, meus avós e ancestrais que foram desmerecidos.
- Você fala como ele! - ela sorriu e apertou mais a mão do filho - vou arrumar minhas coisas e as de sua irmã, você prepara os cavalos e recolhe as Armas.
”Entre Céu e estrelas
A lua e o sol se apresentam
O sol ilumina o dia
A lua ilumina à noite
Mas ainda existe uma hierarquia
Mil pedaços de você
Pedirão para voltar
Mil pedaços de você
Pedirão para ficar
Mas a terceira lua do ano
Intensificar o olhar
Então, fazendo com que a luz
Luz destinada aos amantes nascerá
São partes que se encaixam
São partes que se abalam
São partes que um dia amaram
A meia lua necessita sua metade
Por isso é preciso que se encaixe
Assim não terão que lidar com a ruindade
A marca dedilhada pelo sangue
A marca coberta pelo bem e o mal
Trará não só o equilíbrio carnal
Mas sim fará com que o destino não se zangue.
A marca deixada circula de ancestrais a ancestrais,
mas elas nunca se completam em simetria.
Quando as metades se encontrarem
das formas originais
claramente o destino,
o fardo,
a paixão,
a morte
e o amor irão andar lado a lado
cabendo aos amantes decidirem
Decidirem quais combinações farão”
Mas, muitos não eram piedosos, muitos apenas os queriam de volta para matá-los com suas próprias mãos. Isso não ajudava muito na situação de todo o país e o rei se preocupava cada vez mais com a guerra sobre conquista de territórios ainda ativa, afinal, não era possível confiar nem mesmo em sua própria sombra quem diria em seus conselheiros.
Silla, Goguryeo e Baekje eram as maiores potências existentes, as outras que possivelmente pensavam ter poder, nem mesmo conseguiram suprir suas necessidades perdendo seus não tão grandes territórios para uma das três. Obviamente todos tinham seu acordo, eram trazido artefatos dos mercados de Silla e Baekje para aumentar o comércio em Goguryeo clandestinamente e vice versa, ambos ganhavam.
Independente das guerras de território, isso não queria dizer que os representantes de Silla e Baekje não iam a suas visitas mensais aproveitar de um pouco de comida de graça com qualquer desculpa em Goguryeo para também poderem bisbilhotar ou tentarem algo superficial para cima do Rei de Goguryeo. E uma das principais e mais comum estratégias de visitas entre os reinados também era tentar especulações sobre a saúde do Rei de um dos maiores territórios e de seus príncipes herdeiros. Onde eram uma das partes mais importantes para se ter conhecimento.
Uma das maiores lutas de Silla e Goguryeo já ocorridas foram onde as mesmas se submeteram a uma tentativa de tirar o reinado principal de ambas partes, apenas não ocorreu como o esperado por conta de um guerreiro incomum de nome .
Moon Cha, Oeste de Goguryeo.
- Goguryeo não pode mais perder território - O rei gritou furioso analisando os registros que lhe haviam passado sobre a situação da atual batalha.
- Senhor, eles estão cada vez mais fortes e invencíveis, nossos soldados estão morrendo aos poucos, se não fizermos algo - o general parou e respirou fundo - temo coisas piores. Não há mais o que ser feito a respeito, Goguryeo precisa de .
- Ela pode nos trair - ele apertou seus olhos contra o general.
- Senhor, sei que não foi em seu reinado que salvou o trono e também sei que pode parecer nada confiável pela província de onde veio, porém, já foi feito muito de sua parte por essa nação, nunca trairia o trono por mais que tenha sido gerada no reino de Silla, pela honra de seu pai, ela nunca o trairia. - General Yoon era devoto aos combatentes de guerra que estiveram ao seu lado na primeira luta direta com Silla, todo o saqueamento, mortes e destruição que poderia ter ocorrido naquela época foi impedido por seus guerreiros, que por mais novos e medrosos que fossem, se tornaram honrados, confiantes e seguros. Mas foi mesmo a vitória de Goguryeo vinda de uma jovem e bela guerreira - Chegou à hora de colocarmos quem devidamente deveria estar naquele trono.
, nascido da Paixão Oriental proibida.
- O general gostaria de falar com você, - um dos soldados disse entrando em meio a fogueira que haviam acabado de acender para poderem se esquentar.
- Comigo? - respondeu receoso por saber bem os motivos, havia chegado o momento, levantando do chão coberto pela terra vermelha e um pouco úmida, caminhou até a cabana do general antes de entrar pedindo permissão para passar - se apresentando, senhor.
- , chegou o momento - o general sorriu para ele colocando uma das mãos sobre o ombro do rapaz, em seguida uma figura inusitante apareceu de trás das cortinas que separavam a cabana por dentro o que fez com que instantaneamente curvar-se em respeito.
- Majestade! - foi a única coisa possivelmente a ser dita já que nem mesmo o olhar ousava levantar ao rei.
- Porque se curva e não me dirige o olhar, rapaz? - o rei perguntou curioso - soube que você não é apenas um mero guerreiro.
- Co-como? - sua voz vacilou por um momento, fazendo-o subir o olhar ao rei e em seguida ao general que sorria da situação.
- Soube que sua mãe é a Valente guerreira que salvou Goguryeo de sofrer o maior golpe de estado já sofrido - ele começou a andar pelo local - soube também que ela não é uma simples guerreira, alguns passarinhos me contaram a história sobre isso quando assumi meu reinado - ele sorriu ao se lembrar da época - sua mãe rejeitou qualquer tipo de força maior no reinado de meu pai, apenas resolveu ter uma vida simples para cuidar de você e de sua irmã. Mas ainda sim, creio que haveria coisas que ela não contaria a respeito de sua história e o motivo de seu nome ser .
- Ela teve que fazer isso para poder protegê-lo - General Yoon entrou na conversa - por isso ela o mandou tão cedo para estar comigo.
- Minha mãe me mandou para que eu pudesse aprender a me defender, defender a nação e o meu povo também, esse é o motivo dela ter me mandando - realmente não entendia o porquê de tanto suspense.
- Ela realmente o criou para ser como o pai - o rei sorriu.
- Pai? - ele perguntou confuso.
- Vocês são exatamente iguais, meu pai me contou muito a respeito dele, e você é realmente filho dele - O rei sorriu, por mais que parecesse um sorriso perverso, ele sabia que aquela jogada era arriscada a seu reino, mas não havia outro jeito.
- Você sabe a verdadeira história sobre sua mãe o ter escondido por tanto tempo? - Mais uma vez o rei jogou curiosidade no garoto - quantos anos você tem?
- Dezenove! - ele respondeu.
- Foi nessa idade que ela o teve mais ou menos, não? - ele sorriu - foi nessa idade que eu assumi meu reinado, foi nessa idade em que os reinos tiveram anos de silêncio, onde sua mãe foi citada como heroína, mas você sabe o por que de tudo isso?
- Nã-Não, vossa majestade! - sua respiração definitivamente já não tinha controle e seu suor começava aparecer.
- Gostaria de saber? - O rei perguntou, mas ele já sabia que aquilo aconteceria, afinal, a mãe já havia avisado que algum dia essa conversa aconteceria, ela não o explicou o que seria, mas explicou o suficiente para que ele esperasse isso por anos.
- Sim, soberano! - foi sua resposta final.
- Então, sente-se e eu irei contar-lhe uma história muito interessante - o rapaz se sentou e o rei começou a andar mais uma vez pelo local indo diretamente à mesa de mapas que havia e apontando a um ponto específico.
apenas com seus dezenove anos havia se oferecido para estar na guerra na luta territorial com milhares de homens ao seu lado, anos após a morte de seus pais executados em questão do próprio reinado em Silla. Ela era considerada o que eles chamavam de princesa, antes de sabotagem o reinado de seu pai. Sim, era filha do Rei anterior de Silla. Claramente nem todos sabiam de sua história por seus pais serem rigorosos a respeito de a reconhecerem. Não, não foi aceita de princípio e muito menos foi aceita depois como guerreira. Mas então, como foi que a vitória veio de suas mãos? É muito simples ser explicado, apesar de não lutar ao lado dos guerreiros com um devido reconhecimento, agia sorrateiramente pelas montanhas, os soldados já sabiam de suas agilidades e habilidades depois de meses em luta e ajuda.
General Yoon sabia que a garota era teimosa o suficiente depois de falar com ela algumas vezes, para não se afastar daquela guerra nem por um instante, ele não sabe como, mas ela sempre os acompanhavam, independente se tentavam se mover pela noite em silêncio, ela os encontrava.
havia sido ferida em um dia incomum nas montanhas, o inimigo havia armado um ataque surpresa e a levou junto com eles até o palácio de Silla, onde foi torturada durante a procura de respostas pelos soldados do lado oposto. Sua chegada não havia sido avisada a família real por saberem os soldados qual seria a posição do Príncipe herdeiro a respeito de estarem torturando uma mulher. Mas eles não ligavam, eram bárbaros, eram tiranos. Depois de dias presa recebia sorrateiramente coisas como copos com leite, pratos de comidas, água e outras coisas que não a deixavam ficar desidratada ou sem forças. Além de cuidados em seus ferimentos, tudo vinha de uma pessoa que aparecia pela noite com vestes negras e uma máscara dourada não deixando-se ser reconhecido, como passava pelos guardas, era uma grande incógnita em sua cabeça.
Até o dia em que , depois de exatamente doze meses desaparecida, aparece na em sua suposta antiga base trazendo um grande ferimento em sua barriga e em outras partes como braços, pescoço e pernas. Ela esteve a ponto de não resistir já que trazia uma febre alta que a fazia delirar dizendo diversas coisas sem sentido.
“Criança, prisão e guerra” eram as palavras mais frequentes utilizadas por ela em momentos de delírio. O próprio general Yoon tentou tirar informações da mesma ou de seu companheiros de outra bases para saber o que aconteceu, mas ele não pode até o dia em que ela despertou de seu estado de enfermidade.
- Eu não fico feliz em receber sua ajuda sem ao menos saber quem é você! - disse se recusando a chegar mais perto das grades.
- Por favor, eu não tenho muito tempo! - foi a primeira vez que escutou sua voz.
- Quem é você? - ela pergunta curiosa por sentir que sua voz soava familiar.
- Talvez, se eu disser agora, possa prejudicar tudo - ele suspirou e ela chegou mais perto da onde ele havia pedido - daqui alguns dias você descobrirá.
- Agora! - disse ela de maneira mandona.
- Sempre tão mandona - a máscara permitia com que ela visse seus olhos castanhos escuros e brilhosos, ela por alguma razão depois de tanto vê-lo daquela forma passou achar que seus olhos eram os mais bonitos já vistos.
- Tem alguém aí? - escutou gritar do lado de fora - se estiver alguém, prepare-se para ser morto - a voz ficou cada vez mais perto, junto com passos e ela segurou a mão dele forte em questão de súplica.
- Amanhã! - ele suspirou respondendo em tom baixo - Eu volto amanhã e prometo te mostrar quem sou amanhã, apenas não se assuste no momento em que a máscara for tirada, afinal, você pediu por isso.
Foram suas últimas palavras antes de colocar a máscara um pouco ao lado e deixar um beijo na mão mesma.
- Mesmo que me odeie - ele sorriu - continuarei cuidando de você.
- Sua mãe também dizia sobre ele com frequências em seus delírios - General Yoon disse - mas nós não descobrimos nada do que ocorreu na época até que ela nos contasse. - ele suspirou e parou de falar no mesmo instante, deixando livre para que o Rei de Goguryeo continuasse.
- Na noite seguinte ele voltou e então se revelou, infelizmente ela não contou essa parte para você, afinal, você era só uma criança - ele suspirou - então sei que cabe a mim contar-lhe - o rei se aproximou do garoto e colocou uma das mãos em seu ombro - Eles já haviam se conhecido há muito tempo atrás, aliás, ele a conhecia melhor, ela apenas havia visto ele uma ou duas vezes - o Rei de Goguryeo deixou seu sorriso um tanto perverso surgir – sim, ela prestava atenção nele às escondidas, querendo ou não eram crianças solitárias. Mas ela sabia que aquilo nunca seria permitido ter uma continuidade, afinal, ele era filho do melhor amigo do rei - o Rei de Goguryeo deu mais uma breve olhada no rapaz que escutava com atenção - e o futuro assassino do antigo Rei de Silla, seu avô. Sim, o melhor amigo do Rei o assassinou pela conquista do trono - era o suficiente para que compreendesse toda a situação, mas, ainda assim, carecia de explicações - não que ela soubesse a respeito de tudo que ocorreu, porém, justamente foi ensinada a não o observar muito, então suas atenções sobre o garoto se tornaram breves e discretas. - O Rei de Goguryeo soltou um longo suspiro e continuou - Depois daquela noite era óbvio que ele não voltaria. E ela sabia disso, ela sabia que um dos motivos seria por vergonha pela reação inesperada que teve, mas ela não sabia quais eram os motivos reais de sua ausência.
- Como andam as coisas relacionadas à ela? - sendo já tarde da noite, passos foram dados na pequena prisão, apenas fingiu dormir escutando a conversa que se instalava pelos corredores - não quero que a matem, não agora.
- O príncipe herdeiro já descobriu sobre ela? - a outra voz perguntou - já estamos mantendo-a aqui por exatos cinco meses e algo estranho sempre passa. Como pode uma mulher ser tão forte a ponto de resistir a torturas e dias sem comer?
- Ela não teve nenhuma reação em relação a essas interrupções de refeições ou as torturas? - perguntou curioso.
- Não, senhor! - ela deixou o sorriso escapar levemente por poder imaginar suas caras confusas - ela apenas se recupera dos ferimentos deixados e também nunca passou mal por estar há dias sem comer. Mestre, você acha que ela poderia ser uma bruxa? - o riso preso por era ainda maior depois de escutar o comentário e o que lhe atingiu em seguida. - Aí mestre, foi apenas uma sugestão - o homem pareceu irritado com o tapa que havia levado do superior.
- Deixe de imaginar coisas e comece a cuidar melhor dessa cela, qualquer visita inesperada ou estranha me avise imediatamente - o homem assentiu a seu superior e acabou sorrindo inocentemente.
- Pode deixar, senhor! - ele colocou a mão no ombro de seu chefe - nada estranho passa ou passou por aqui.
- Se ela não tivesse matado um de meus melhores homens - ele olhou com desdém para a cela onde ela se encontrava - eu não precisaria estar usando você para isso - essas palavras duras foram as últimas escutadas por ela durante algum tempo, nem mesmo o servo havia se atrevido a dizer algo, supondo ser por chateação das palavras de seu senhor.
Horas mais tarde, a garota já se sentia suficientemente sufocada por seus dias ali, pensou por dias sobre sua fuga dali, mas nada a deixava pensar confortavelmente desde a última visita que recebeu. Seus pensamentos voavam longe e ela por dias apenas quis dormir, nos tempos em que ele não apareceu foram tempo em que nada fizeram a ela, pensou por dias se tudo aquilo estava sendo feito por ele, tanto as ordem para as torturas quanto os dias em que tudo se tornava um mero silêncio.
- Levante, depressa! - a voz era completamente reconhecível - coma algo - ele deu a ela uma tigela de arroz recém feita - e também me deixe fazer a limpeza dessas feridas, elas já estão quase boas.
- Por que você não veio? - ela havia levantado de onde se encontrava deitada e olhou séria para ele.
- Sentiu minha falta? - sua máscara não permitia com que ela visse seu sorriso presunçoso e extremamente animado aparecesse, mas ainda sim, ver os olhos quase se fecharem ao momento de ouvir aquilo ela pode imaginar o quanto ele poderia ser bonito.
- Não seja ridículo! - ela revirou os olhos.
- Eu tinha alguns assuntos pendentes para resolver - ele disse um pouco sem jeito enquanto limpava um dos machucados na mão da garota - escute, a guarda aumentou - dessa vez ele sem problema algum tirou a máscara, o que por mais que ela já o havia visto, a surpreendeu mais uma vez - vou precisar que você fique atenta em tudo que se passar por esse corredor como conversas, ações, qualquer coisa que você ache suspeito - ele respirou fundo e tentou ajeitar alguns fios de cabelo que o incomodavam prendendo totalmente a atenção dela - E também preciso que se prepare - ele pegou sua mão e dessa vez não foi com a intenção de limpar machucado algum - Partiremos na terceira lua cheia, até lá virei todos os dias vê-la exceto o dia que antecede o nosso símbolo de fuga. Quando eu não aparecer, você já saberá. Nesse dia, esteja pronta assim que o sol se esconder.
- E assim foi por um tempo - o general Yoon caminhou em direção a eles - tempo que ela achou que seria mais tardado do que o esperado.
- A terceira lua cheia apenas demorou 23 dias para aparecer - O rei de Goguryeo agarrou uma das mãos de e descobriu uma parte de seu antebraço que estava coberta pelo pano - você sabe o motivo dessa marca?
carregava consigo uma marca de nascença não muito comum em seu antebraço, a marca era composta por um círculo de tamanho médio onde a coloração café o preenchia, trazendo como seu contorno uma linha de coloração avermelhada que o deixava bem marcado e aparente. Marcas de nascença não são coisas onde se pode adivinhar do porque estarem ali ou serem daquela forma, elas apenas nascem. Às vezes escondendo seus reais motivos.
- Não, Majestade! - respondeu - é apenas um sinal de nascença, minha mãe também traz uma, porém ela traz a metade do meu círculo.
- E quem você acha que trás a outra metade? - o Rei perguntou sendo enigmático mais uma vez.
definitivamente trazia fama entre todo o povo de Silla e suas regiões, sendo prometido como futuro Rei de Silla, o povo não temia tanto quanto para seu pai. era justo e diferente de seu pai que sacrificou seu povo por mais territórios.
- Você está pronta? - ele perguntou enquanto abria o portão da cela.
- Sim! - foi sua única palavra para ele.
- Certo, vamos? - Ele ainda estava inseguro sobre aquilo, ainda estava inseguro sobre sua aproximação com ela por acidente e acabar tudo dessa forma - não se preocupe - disse percebendo a cara de aflição da mesma - Hoje é o dia da terceira Lua cheia do ano, um evento raro que acontece todos os anos com uma comemoração dupla no festival de luzes.
- Dupla? - ela perguntou confusa, o fazendo sorrir involuntariamente.
- Também é o vigésimo aniversário do príncipe herdeiro - seu sorriso continuou no rosto e agora em direção à ela - e se não me falha a memória - ele se aproximou do ouvido dela e sussurrou - também é o vigésimo aniversário da vossa majestade - ela demorou para entender, mas logo em seguida a fala de sua mãe sobre os aniversários conjuntos surgiu em sua mente e ela se lembrou, naquele dia ela cumpria seu vigésimo aniversário, e ele também.
Era com ele que ela se casaria se ainda estivesse no posto de princesa, era ele que sua mãe tanto falava a respeito, as marcas, dos aniversários na mesma terceira lua, tudo.
- Me mostre seu braço - ela disse usando de seu tom autoritário - você a tem, não é?
Seu sorriso apenas cresceu quando ela finalmente o perguntou sobre, ele puxou a manga que cobria seu braço e mostrou a ela, ali havia a mesma marca, uma meia lua de cor café com seu contorno em coloração avermelhada.
- Eles tinham a mesma marca de nascença, - General Yoon se aproximou e pegou a caneca que antes continha seu chá - eles completaram o vigésimo aniversário juntos.
- Eles tinham uma ligação bem forte - O rei disse - eu me lembro de meu pai contando sobre os dois há alguns anos atrás, sua mãe ainda tinha seus vinte e quatro, ele ofereceu um casamento a ela, mas ela recusou - ele riu lembrando da confusão - ela de recusou ser minha rainha e eu só vim entender alguns anos depois.
- E para onde vamos? - perguntou curiosa enquanto tentava acompanhar os passos dele.
- Não podemos permanecer em Gyeongju - ele disse a puxando pela mão.
- “Não Podemos”? - mais uma vez as palavras no plural a deixavam confusa - você também vai?
- Você realmente achou que eu a fosse deixar sozinha? - ele perguntou deixando sua cara de desapontamento aparecer.
- Não será pior se você for? - ela parou de caminhar, o que fez com que ele também parasse também, mas ele não ficou em frente a ela de início, ele temia que ela não quisesse realmente que ele fosse e aquilo era o que ele mais queria.
- A rainha mãe sabe - ele contou - ela nos ajudou, nos deu cobertura, , escute - ele suspirou e se virou a ela - eu não sei como e nem mesmo o porque disso, mas ir com você a qualquer lugar é a minha única vontade própria desde que a vi sendo torturada por acaso.
- Você chegou a ver? - ela também sentiu desapontamento por ter pensamentos a respeito dele não ter feito nada.
- Ei - ele soltou sua mão e segurou o rosto da garota com as duas mãos de forma leve, o que acabou fazendo com que ficasse um pouco chocada - eu não agi porque poderia ser pior se meu pai descobrisse que eu sabia. Ele sabe que eu não sou a favor dessas coisas e que eu tentaria alguma coisa, se ele descobrisse que eu sabia sobre você estar no reino, ele poderia ter pedido para que os guardas a levassem a outro lado.
- E como soube quem eu era? - a curiosidade mais uma vez veio à tona.
- De início eu não sabia - ele sorriu - mas quando eles a levaram para a cela eu decidi ajudá-la porque você não resistiria. Foi aí que limpando uma de suas feridas eu vi a marca e soube logo. Minha mãe lamentou muito a morte de sua família e lamenta até os dias de hoje, por isso sugeriu ajuda de levá-la daqui.
- Sua mãe lhe contou sobre a marca? - a garota perguntou.
- Na realidade, há um poema sobre elas. - ele sorriu ao se lembrar de sua mãe lendo para ele quando era mais novo - eu não sei a origem dele, mas sei que se encaixava bem nos eventos acontecidos entre nós e minha mãe sempre lia para mim. Sempre me pareceu como uma história de gerações, já que na capa do livro trazia uma frase um tanto curiosa.
- “A marca deixada circulava de ancestrais a ancestrais, mas elas nunca se completavam simetricamente. Quando elas se completarem, claramente o destino, o fardo, a paixão, a morte e o amor irão andar lado a lado cabendo aos amantes decidirem quais combinações fariam”, por acaso seria algo assim? - disse.
- Você o conhece? - ele perguntou curioso.
- , é apenas uma superstição em que nossas mães acreditavam - ela disse - logo depois que meus pais foram mortos, eu esperei por alguém com a mesma marca que a minha de tanta tristeza que meu corpo trazia, mas esse dia nunca chegou até o dia em que me candidatei a servir na guerra contra Silla, isso realmente me preenche mais do que o esperado, então, por favor, não me traga esperanças se você não ficará até o final.
- O que você quer dizer com isso? - dessa vez, como ela afastou as mãos dele de seu rosto, ele acabou tentando segurar uma de suas mãos, mas ela recuou e apenas o lançou um último olhar antes de seguir o caminho à frente onde antes ele a guiava, mas ele a segurou, com leveza mais uma vez - eu disse que “ir com você a qualquer lugar é a minha única vontade própria” e eu não disse à toa, realmente, eu quero isso.
- Por isso cuidou de mim nesses meses? - foi sua última pergunta.
- Primeiro foi por aventura e pena - ele sorriu da forma que ela descobriu só ele saber fazer - Depois por remorso de um preço minha família deveria pagar - seu suspiro dessa vez foi alto e desconfortável, aquele assunto o chateava mais do que qualquer um outro - e depois, claramente você sabe a resposta.
- E-Eu não sei - ela gaguejou não querendo deduzir e nem mesmo deixar seus pensamentos à vista.
- Você gaguejou - ele riu e segurou novamente a mão da garota - se você não sabe, eu acho que terei que dizer.
- Dizer o que? - suas palavras saíram baixas e um pouco envergonhadas.
- Que não importa quem sejam nossas famílias, não importa o nosso passado e muito menos o nosso futuro, desde sempre, eu soube. E agradeço por esse mundo permitir que eu pudesse ter certeza o mais cedo possível. - ele sorriu em direção à ela e acabou se desprendendo dela, começando leves movimento nas mãos em direção a seu próprio pescoço, desprendendo dele um colar incomum à vista deles - A certeza de que “você sempre foi minha” - ele então a girou colocando o colar sob o pescoço da mesma.
Sem dúvidas alguma aquilo deixaria em choque e sem saber o que fazer, nesse momento, ele sabia o significado de todas as palavras ditas pela mãe assim que foi mandado a base.
Agora ele realmente sabia o quanto ela havia esperado por isso, mas ainda não sabia o motivo.
- É difícil contar sobre os dois - o Rei de Goguryeo disse de repente - ainda sinto que isso deveria ser algo contado por ela, para você.
- A Majestade está dizendo que a marca que eu trago seria… - ele foi interrompido pelo Rei.
- Sim, meu rapaz - Ele sorriu para - ela e você são frutos de um amor insuperável.
- Com a procura de meu pai por mim, não precisaremos preocupar com a guerra - ele a tranquilizou afagando seus cabelos e a segurando contra si, Yang tinha muitas crises a respeito de estar escondida com , afinal, havia se juntado como guerreira pelo povo, mesmo que não diretamente. Isso a incomodava, ela pensava se aquilo não a levava ser vista como uma covarde, o que não era a realidade, era mais corajosa que muitos ali.
- Nós já estamos aqui há meses, e se formos descobertos por ele através das visitas da rainha mãe? - ela realmente parecia preocupada.
- Não vamos! - ele deixou um beijo em sua testa a aconchegando mais em si - e mesmo se formos pegos, eu não deixarei que nada aconteça a vocês. Vocês são tudo o que eu tenho e tudo o que eu quero.
- E você é tudo o que nós temos - ela o abraçou mais forte.
- Você o terá na terceira lua cheia do ano - ele sorriu - você acha que ele encontrará alguém assim, como encontrei você?
- Eu desejo mais é que ele sinta o mesmo que nós sentimos - ela deixou um beijo leve nos lábios dele e sorriu o abraçando mais forte ainda.
- Sua mãe passou por maus momentos, meu jovem! - General Yoon disse - ela chegou aqui grávida de você e de sua irmã, e estava quase morta, mas vocês são muito fortes e resistiram a tudo.
- Recebi uma mensagem de que a Rainha mãe pretende vim nos ver hoje - Eles já estavam há um tempo vivendo na fronteira entre Silla e Goguryeo, o que de fato não era tão longe, mas levava algum tempo para poderem entrar sem chamar atenção alguma. A rainha mãe aparecia a cada lua cheia para visitá-los, afinal, ela não podia viver tanto tempo longe do filho e muito menos agora que havia descoberto sobre ele e estarem juntos e casados com uma não oficial comemoração, porque infelizmente casamentos requeriam pessoas importantes para serem realizados. Então acabaram fazendo um casamento entre eles mesmo, onde a rainha mãe foi testemunha dando sua benção. Mas isso não era tudo, ela estava feliz em saber que a tão querida era a pessoa que carregava o próximo príncipe herdeiro do reino.
- Não será perigoso? - ela perguntou – afinal, ela nunca veio antes dos dias combinados.
- Ela deve estar ansiosa para vê-la - ele sorriu e acabou levando sua mão a barriga da mulher que também sorriu. - ela deve estar ansiosa para ver os dois.
- Os três! - ela passou uma das mãos em forma de carinho no rosto do homem que sorriu mais ainda.
- Eu já disse que sempre soube que você era minha? - ele disse devolvendo o carinho.
- Eu acho que devo ter escutado isso da vossa majestade em algum momento, apenas não lembro quando - a garota jogou sua cara pensativa fingindo não lembrar quando foi a primeira vez que isso foi dito por ele há um tempo atrás.
- Muito engraçada a minha futura rainha - tudo realmente levava a pensar que naquele momento tudo estaria pronto para dar certo, porém nem tudo é como pensamos ou imaginamos.
Batidas na porta foram ouvidas e uma rainha nervosa e ofegante foi vista trazendo informações importantes, eu não sei em que momento, tudo ficou agitado e desgovernado, juntava as coisas com pressa, mas era possível ver suas mãos tremendo e sua face trazia uma expressão nervosa. Assim como a da rainha mãe, que se encontrava ali aflita insistindo para a saída rápida deles daquele lugar, não estava aflito por ele e nem pela mãe, mas sim por , ele tinha que protegê-la a qualquer custo. Afinal, não era apenas ela naquele momento, mas também seu filho(a).
- Foram aqui que vocês se esconderam todo esse tempo então? - Uma risada estrondosa e grave surgiu no local assim que eles pisaram para fora da pequena casa que estavam vivendo - então foi ela que tirou vocês de mim?
- Ela não fez nada, deixe-a fora disso - se posicionou na frente da garota a afastando aos poucos.
- Eu, o rei de Silla, não vou deixar que uma simples garota destrua um reinado completamente cheio de sucesso como o meu e o de meu filho - a palavra “simples” soou um pouco estranha sobre a garota, afinal, ele não se lembrava dela? Então porque a havia levado ao palácio?
- Querido, se acalme - o homem tomou a atenção pela rainha mãe - ela não fez nada, seu filho está apaixonado, ele tem o direito de escolher o futuro dele.
- Para grandes Reis ou futuros grandes Reis, não existem escolhas, apenas o fardo a ser carregado - a cara de decepção e arrogância do rei realmente era grande e aparente. O olhar do mesmo foi sob a garota e ele analisava cada pedaço existente nela, ele não pode perceber a barriga por ainda não haver crescido tanto aparentemente, mas outra coisa que o chamou a atenção o chocou ao ver aproximadamente.
- Você - ele apontou para a garota ainda um pouco pasmo - você está viva - ele a olhou nos olhos e sorriu de forma maligna, então ele olhou com desprezo ao filho e a Rainha mãe – Guardas, em seu posto! - a ordem foi dada fazendo com que vários guardas aparecessem - Levem a Rainha mãe e o príncipe herdeiro, deixem que com ela eu mesmo dou um jeito.
Toda a reação foi involuntária, os guardas tiraram a rainha e o príncipe as forças de frente da garota, a deixando sem proteção alguma.
- Pode não ter sido anos atrás - ele deu um passo adiante - mas será hoje.
O rei de Silla realmente sempre mostrou uma personalidade muito forte e persistente, saber sobre ainda estar viva era algo que todos esperavam já ter acontecido, afinal, então tudo aconteceu apenas pelo acaso.
- Quando sua mãe foi capturada, ninguém sabia quem ela era - o general Yoon riu - sabiam que ela era a guerreira que nos ajudava durante as batalhas, mas não sabiam sua verdadeira origem e história. Eles realmente pensavam que ela era apenas uma guerreira da força inimiga. Por isso a surpresa do Rei de Silla ao ver sua marca, era a única coisa que a entregava a ele.
- Minha Majestade! - a Rainha mãe gritou assim que o homem levantou sua espada em direção à garota, com toda sua força conseguiu se desprender dos guardas que o seguravam e empurrou ao rei assim que sua espada iria atingir a o que fez com que ele caísse e sua espada voasse para longe.
- Você está bem? - ele segurou o rosto dela e analisou o local, viu sua mãe dizendo em voz baixa para que os dois fugissem quanto os guardas foram ajudar o rei - vamos, não temos muito tempo.
agarrou a mão da garota e a puxou consigo para floresta adentro não deixando com que ela ficasse para trás. Mas passos e gritos se aproximavam cada vez mais os deixando sem opção alguma. Até darem de frente com o próprio Rei mais uma vez.
- Mais uma vez você demonstra sua fraqueza, Príncipe - o rei disse aparecendo em sua frente em cima de seu cavalo - peguem-no - ele ordenou - se preparem, vocês - ele apontou para a rainha e para o príncipe - vão assistir isso, juntos.
- Não, minha Majestade, não faça isso, irá se arrepender depois, escute a sua rainha - a Rainha mãe implorou incessantemente da mesma forma, mas nada o parou, os guardas a colocaram de joelho, um a segurava pelo braço do lado direito e outro pelo esquerdo, o último a escutava com a cabeça erguida, a puxando por seus cabelos.
- Vocês verão isso com seus próprios olhos - ele virou seu olhar em direção aos dois, o príncipe tentava se desprender dos guardas, mas nada funcionava, a rainha mãe fazia o mesmo e além disso, implorava para que a poupasse.
De nada adiantou, a fúria de seu Rei era claramente muito grande e sem freios algum, sua determinação eram maior do que seus pensamentos humanos, a ambição era tudo. Ele deu apenas um passo e estendeu a espada em direção a barriga de , não, ele não sabia, mas ainda sim agiu por instinto, queria provocar dor nela o quanto antes, sua espada estava prestes a provocar toda a dor que ele planejava, ele só não esperava que aquilo cairia contra ele mesmo.
A rainha se desprendeu dos guardas que a seguravam e correu em direção à , a abraçando e deixando o Rei sem oportunidade alguma de parar sua espada já que a mesma já estava em percurso. A rainha mãe entrou na frente de sendo atingida pela lança mortal de seu próprio marido e Rei. O grito de foi o mais assustador e doloroso a todos ali presente.
- Rainha Shin? - ele disse analisando a situação ainda sem entender.
- Mãe? ? - dessa vez a voz veio do príncipe herdeiro que se soltou indo em direção às duas - o que foi que você fez?
O Príncipe com todo o seu choque seguiu em direção a rainha e a , colocando a rainha em seu colo, deixando seus braços como sustento, a mesma ainda se manteve acordada apenas dizendo palavras como “Tire ela daqui”. E foi isso que ele fez, ela o empurrava com força o mandando sair daquele lugar com a garota, e suas últimas palavras direcionadas a foram as quais a garota nunca esqueceu, “Faça-o um rei justo e bom, mas também forte e dominador um dia”, colocando a mão sobre a mão da barriga da mesma, fazendo com que a levantasse do chão e a tirasse dali.
Assim que o Rei deixou seu choque momentâneo, se deu conta do que estava acontecendo, caiu de joelho sobre o chão forrado pela terra molhada que minutos depois ficaria mais Barroso do que já se encontrava, a chuva vinha com lentidão, mas ainda sim aumentava sua intensidade a cada passo que dava com . A garota estava ferida, mas o príncipe não havia notado, ela não lhe contaria para que não o preocupasse, mas ainda sim sentia uma dor intensa devido ao esforço.
- Vá atrás deles, vá vê-la! - parou no meio do caminho e o parou também - eu posso te esperar aqui, eu sei o quanto ela é importante para você.
- Você precisa de mim - seu olhar andava bem perdido nesse momento, ela podia perceber a preocupação estampada em seu rosto - eu não posso deixá-la sozinha.
- Você pode e você vai! - ela disse autoritária - não quero que passe pelo mesmo que eu sendo que ainda existe uma oportunidade de vê-la, vá!
realmente era forte e sabia que podia estar correndo perigo por seu ferimento, mas ela sabia que ele voltaria.
- Volto em alguns minutos, se esconda aqui - ele a colocou sobre uma árvore oca, ela trazia uma pequena entrada, o suficiente para que ela se protegesse da chuva - se por um acaso você sentir que minha demora está muito grande, por favor, fuja! - ele segurou suas mãos frias e sacudiu um pouco a cabeça para que os cabelos caídos pela chuva saíssem de sua vida - fuja o quanto puder, para o mais longe que puder.
- Mas e você? - ela perguntou preocupada, apertando sua mão contra a dele.
- Eu encontrarei vocês de alguma forma - essas foram suas últimas palavras ouvidas por ela naquela voz única, seus lábios foram primeiro em direção a sua testa, deixando ali um beijo demorado, logo em seguida, ele acariciou a barriga e também deixou ali um beijo amoroso. Mas seu último olhar só demonstrou mais o quanto de medo, preocupação e principalmente amor ele carregava, ele deixou nos lábios dela o beijo marcado por vinte anos, o último e mais apaixonado beijo de ambas as partes.
Vinte anos de silêncio direto dizia algo a respeito de como aquilo podia-se tornar de grande risco. Um período de silêncio sempre diz mais do que parece dizer.
sabia agora sua missão, sua conversa com o Rei de Goguryeo havia sido decisiva, ele iria atrás dela e eles partiriam juntos para a guerra decisiva tanto de sua vida como da vida de sua mãe e sua irmã. Seu cavalo ia em velocidade a caminho da fronteira, onde sua mãe se encontrava, sua ansiedade era grande em relação à sua missão. Era tão importante que ele nem mesmo imaginava o aviso de sua mãe em relação a tudo aquilo ser tão realista.
Afinal, ele era filho da ex princesa do reino de Silla, e do Príncipe Herdeiro desaparecido . Ele era nobre de sangue, mas o mais importante era que sua nobreza vinha o coração, graças a sua mãe que o ensinou como sobreviver.
Sua cavalgada foi longa a fronteira ficava distante da base onde se estabelecia. Quando o sol entrou em cena, deixando o cenário ainda mais bonito do que costumava ser, ele caminhou pelas vilas procurando naquele lugar a casa em que havia vivido até seus dezesseis anos. Ao chegar, recordou bem do cheiro que ali habitada e sorriu ao lembrar a quem pertencia.
Duas batidas do lado de fora foram o suficiente para receber um abraço apertado dado por sua irmã de sua idade, em seguida não perdendo nenhum minuto, o abraço foi em direção aquela que os teve com muito esforço, dificuldade e amor. Sua mãe.
- Chegou o momento, mãe - ele disse se separando do abraço e agarrando a mão da mãe com ternura - Chegou o momento de mostrar a eles de quem realmente são aquelas terras. Depois de anos de silêncio ele decidiu que algo tem que ser feito e nós também. Por meu pai, meus avós e ancestrais que foram desmerecidos.
- Você fala como ele! - ela sorriu e apertou mais a mão do filho - vou arrumar minhas coisas e as de sua irmã, você prepara os cavalos e recolhe as Armas.
A lua e o sol se apresentam
O sol ilumina o dia
A lua ilumina à noite
Mas ainda existe uma hierarquia
Mil pedaços de você
Pedirão para voltar
Mil pedaços de você
Pedirão para ficar
Mas a terceira lua do ano
Intensificar o olhar
Então, fazendo com que a luz
Luz destinada aos amantes nascerá
São partes que se encaixam
São partes que se abalam
São partes que um dia amaram
A meia lua necessita sua metade
Por isso é preciso que se encaixe
Assim não terão que lidar com a ruindade
A marca dedilhada pelo sangue
A marca coberta pelo bem e o mal
Trará não só o equilíbrio carnal
Mas sim fará com que o destino não se zangue.
A marca deixada circula de ancestrais a ancestrais,
mas elas nunca se completam em simetria.
Quando as metades se encontrarem
das formas originais
claramente o destino,
o fardo,
a paixão,
a morte
e o amor irão andar lado a lado
cabendo aos amantes decidirem
Decidirem quais combinações farão”
Fim
Nota da autora: olaaaa, eu juro, juro que tenho a continuação toda esquematizada porque afinal eu amei entrar nesse mundo. Espero que não fiquem nervosas ou chateadas por eu realmente ter planejado esse final um pouco aberto, desde o início foi meu plano. Ahahah espero que tenham aproveitado, realmente venho agradecer a vocês por terem lido e peço para que me digam o que vocês acharam.
Obrigado mais uma vez.
Xoxo Lay
Saranghae!!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Obrigado mais uma vez.
Xoxo Lay
Saranghae!!