Capítulo Único
, a filha de um grande empresário e namorada de um dos maiores jogadores de futebol americano dos últimos tempos, estava sentada próxima ao balcão de um bar, bebendo uma quantidade enorme de vinho para esquecer a merda de vida que estava tendo.
Eu mal acreditava que, de tantos lugares em que ela poderia estar, foi parar logo ali, no bar de um dos meus melhores amigos, justamente na noite em que eu também estava ali.
Ela tomou mais um gole e se endireitou na cadeira, tentando não perder a pose de mulher sexy, rica e equilibrada que as pessoas pensavam que ela era. Todos achavam que ela era perfeita e que, junto com Matthew, formava o casal perfeito.
Pura bobagem.
Eles estavam longe disso, pois brigavam demais e isso sempre fazia com que o grandioso Matt sumisse com seus amigos e com que quase se afogasse em bebidas alcoólicas, e era eu que tinha que cuidar dela, para impedir que ficasse tão bêbada a ponto de fazer alguma bobagem de que pudesse se arrepender depois. Eu era o segurança dela e naquela noite estava de folga porque ela tinha me dito que são sairia para lugar algum, mas pelo jeito Matt tinha feito com que ela mudasse seus planos. O engraçado era que ela tinha ido parar exatamente onde eu iria tocar com a minha banda, que não é famosa nem nada, mas tem algumas músicas legais da nossa autoria.
já estava ficando visivelmente bêbada, então estava na hora de fazê-la parar, por mais que isso não fosse minha obrigação naquela noite.
Aproximei-me devagar e me sentei ao seu lado, segurando sua mão que estava prestes a levar a taça de vinho aos seus belos lábios.
- Acho que já chega por hoje - falei, num sussurro audível apenas para ela.
pousou o olhar sobre minha mão que a estava impedindo de continuar a afogar as mágoas causadas por seu namorado imbecil e seus olhos foram subindo devagar até os meus.
Sorriu, mostrando seus dentes incrivelmente alinhados e brancos.
- ? – sussurrou surpresa. – Está me seguindo ou o quê?
- Não, – falei enquanto tomava a taça de suas mãos. – Não estou te seguindo, estou aqui a trabalho.
- Trabalho? – ela perguntou franzindo a testa confusa. – Me seguir agora faz parte do seu trabalho?
- Eu sou seu segurança, então sim, te seguir faz parte do meu trabalho. Ou acha que viajo o mundo inteiro com você porque eu gosto da sua companhia? – respondi um pouco irritado com a insinuação dela de que eu estava ali, a seguindo, porque eu gostava dela ou sei lá. – Mas não estou aqui por você, estou por outro trabalho.
- Outro? Qual? – ela pareceu ainda mais confusa. – Você tem dois empregos?
- Eu toco em uma banda sempre que não estou viajando com você – respondi.
- Meu Deus! Você tem uma banda? – perguntou, parecendo realmente entusiasmada. – Vão tocar agora? Quero ouvir!
- Não. – respondi, me levantando do banco ao seu lado. – Você vai embora porque já bebeu demais.
- Está me expulsando? – ela pareceu indignada com isso.
- Não – respondi, sorrindo para ela com ironia. – Estou me assegurando de que não faça nenhuma besteira essa noite como da última vez.
sorriu e também se levantou de seu banco, com um pouco mais de dificuldade do que eu.
- Por favor, ! Me deixa te ver tocar – ela pediu com uma voz mansa, colocando a mão sobre meu peito e me olhando de um jeito inexplicavelmente sedutor. – Eu juro que vou me comportar.
Ela estava flertando comigo e isso era um grande sinal de que estava mesmo bêbada.
- ...
- Por favor – pediu mais uma fez, mordendo os lábios em seguida porque sabia que aquilo me desarmava.
Suspirei pesadamente, tentando controlar a minha vontade de beijá-la novamente.
- Para com isso, – respondi firmemente. – Vou pegar minhas coisas e te levar para casa.
Virei-me e comecei a andar em direção ao palco e chamei um dos meus parceiros para conversar. Percebi que me seguiu, mas se manteve longe enquanto conversava com os meninos. Eles acabaram concordando de boa. Eu sabia que eles estavam encantados com a beleza dela. Todos os caras a olhavam, porque sua beleza não era do tipo difícil de notar. Pelo contrário, tudo nela parecia ser feito a mão por causa da perfeição.
Quando me afastei do palco e fui em direção ao camarim, me seguiu.
- Mas e sua banda? Vai desmarcar com eles? – perguntou, ainda tentando me fazer mudar de ideia.
- Sim, eu sempre desmarco quando você me liga em cima da hora – respondi, dando de ombros. – Meu amigo assume o vocal e eles tocam sem mim.
Parei em frente à porta que tinha ao lado do pequeno palco e peguei a chave no meu bolso.
- Você é o vocalista? – perguntou parecendo duvidar do que eu dizia, se encostando à parede enquanto me media dos pés a cabeça. – Não sei se sua voz é boa para um vocal.
Eu era um cara calmo e as coisas que ela falava, geralmente me menosprezando, não me irritavam, mas aquele não era um bom dia para mim. Então me virei na direção dela e joguei na cara dela o maior erro que ela tinha cometido na vida, segundo ela mesma.
- Você gostou bastante da minha voz sussurrada contra ao seu ouvido, enquanto a gente transava, há duas semanas – falei, perto do seu rosto e a vi prender a respiração, enquanto seus lábios se abriam em surpresa e indignação.
- Como ousa falar...
- Só estou cansado, – falei, interrompendo-a. – Eu não estou no meu horário de trabalho, então não sou obrigado a ouvir merdas de você.
Abri a porta e entrei no camarim. me seguiu para dentro, batendo os pés para demonstrar que não estava nada feliz com o jeito como falei com ela.
- Mas eu não disse nada demais – ela falou, cruzando os braços em frente ao corpo, enquanto eu fechava a porta atrás de mim.
- , você sempre acha um jeito de me menosprezar sem perceber – respondi, também cruzando os braços.
- Eu não faço isso – ela respondeu indignada. – Faço?
- Sempre que acha uma brecha – respondi e ela negou com a cabeça, fazendo uma carinha de dar pena, mas eu realmente não estava com paciência então me virei e comecei a procurar pelas minhas coisas.
se jogou no sofá que tinha no canto do camarim e observou o lugar. Tudo ali tinha a cara dos meninos da banda: uma grande bagunça com coisas para todos os lados e estava até bem organizado comparado com os outros dias. Aquele era o nosso canto para ideias, conversas e reuniões.
- Gostei daqui.
- Não faz seu estilo – respondi, colocando dentro da mochila alguns papéis com alguns projetos de músicas escritas.
- Por que não? – ela perguntou, me olhando confusa.
- A senhorita perfeição gostar de um lugar assim? – perguntei, olhando a minha volta e sorrindo em seguida, balançando a cabeça. – Seu pai ficaria decepcionado.
- Não posso fazer nada se gosto de tralhas – ela respondeu, dando de ombros. – A única coisa que ele pode fazer é aceitar.
- Não deixe os meninos te escutarem falando assim das coisas deles – respondi.
sorriu, balançando a cabeça e olhando para mim. Eu não sabia o que ela via de engraçado no que eu tinha falado, porque, se os meninos a ouvissem falando daquela, forma eles realmente ficariam bravos.
- Não estava falando das coisas dos meninos – disse ela, e eu a olhei confuso. – E nem do Matthew, já que eu não gosto dele de verdade e também nós terminamos.
Terminaram? Essa era nova para mim. Senti uma ponta de alegria nascer dentro de mim, junto com uma dúvida.
Do que ela estava falando?
Demorei alguns segundos para perceber e ergui a sobrancelha, incrédulo assim que entendi. Ela estava confessando que gostava de mim e me chamando de tralha ao mesmo tempo? Ela era louca ou o quê?
Alguém tinha que ensinar para ela que não é assim que alguém se declara para uma pessoa. Ela só podia estar brincando, mas resolvi perguntar antes de soltar os cachorros para cima dela.
- Então do que diabos você está falando, ?
- De você – ela respondeu, mordendo os lábios em seguida.
- Está me chamando de tralha? – perguntei, realmente irritado. Quem ela pensava que era?
- Olha, , você disse que eu falo coisas ruins para você e talvez eu fale mesmo, mas desde o dia em que te conheci você me tratou super mal – ela disse, enquanto se levantava do sofá. – Eu só procurei um jeito de me defender e achei esse.
Tentei me lembrar dos acontecimentos do dia em que a conheci e realmente eu tinha sido um puta grosseiro. Ela era apenas uma linda garota de dezoito anos que estava evidentemente dando em cima de mim e eu até gostei disso, mas ela era o meu trabalho e eu precisava deixar claro que ela só significava isso para mim.
O problema é que, com o tempo, acabei nutrindo alguns sentimentos por ela, mesmo a gente tratando mal um ao outro. E quando Matthew apareceu em sua vida... Cara, eu quase fiquei louco de ciúmes.
Consegui me controlar por muito tempo e já estava trabalhando como segurança dela havia uns três anos, quando me deixei levar pela primeira vez.
Era a noite do aniversário dela e, depois da decepção de saber que seu namorado não apareceria para comemorar aquela data tão importante, resolveu beber algo para esquecer. De alguma forma ela me convenceu a sentar em seu sofá e beber vinho junto com ela.
Parecia que, a cada gole que eu dava naquele líquido vermelho, meu corpo se aquecia cada vez mais, e o som da risada dela quase me deixava tonto e me impedia de pensar direito. Só sei que quando me dei conta já estava sem a gravata e com algumas casas de botões abertos enquanto falava coisas engraçadas e indecentes, lançando olhares irresistíveis na minha direção. Eu sabia que ela estava fazendo aquilo porque estava bêbada, mas isso não me impediu de me aproximar e beijar os doces e macios lábios que ela tinha.
Foi um beijo tão intenso e apaixonante que eu fiquei um bom tempo me perguntando como eu poderia ter me recusado a provar aquilo antes. se entregou de corpo e alma ao momento e, depois que me afastei um pouco para puxar ar para os meus pulmões, ela sussurrou que aquilo não era certo, mas não se afastou ou me afastou. Sugeri que parássemos e fingíssemos que nada tinha acontecido, mas ela disse que não, disse que me queria.
E eu fiz a vontade dela, ela me teve e eu a tive também.
- Está ouvindo? Acho que seus amigos vão começar a cantar – disse , me tirando do transe.
Pude ouvir os meninos testando os instrumentos para começar a tocar e algumas pessoas comemorando a entrada deles no palco. Nós não éramos famosos, mas tínhamos bastantes fãs fiéis.
- Está na hora de irmos – falei enquanto colocava a mochila nas costas.
- Deixa eu pelo menos ouvir uma música? – ela perguntou, se aproximando com o maior bico que eu tinha visto na vida. – Por favor!
Suspirei pesadamente e concluí que não tinha mal ela ouvir pelo menos uma música desde que não fosse nenhuma que eu tivesse escrito.
- Tudo bem - falei.
comemorou pulando, envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço e me dando vários beijos no rosto. Eu achei engraçado e até sorri da sua empolgação até um deles ser depositado em meus lábios. Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem com o choque elétrico que pareceu percorrer todo o meu corpo.
se afastou rapidamente, parecendo que tinha sido queimada.
- Acho melhor irmos – falei um pouco sem graça com a situação e ela concordou sem dizer nada.
(Coloque a música para tocar)
Assim que abri a porta para sair do camarim ouvi a melodia de uma das músicas que eu tinha escrito sobre . Eu quase segurei na mão dela e a puxei para fora daquele lugar, mas antes que eu pudesse fazer algo ela passou correndo por mim e foi para a frente do palco.
Então Adam começou a cantar.
You and me and all that wine
Losing my collar, damn this fly
Every guy that passes by
Look at her, look at her oh
olhou na minha direção e me chamou com um dedo enquanto sorria e começa a rebolar no ritmo da música. Os caras que estavam ao redor dela e até mesmo meus amigos em cima do palco olharam para ela com a atenção sobre seu corpo divino.
And you say that it's not right
But where does he think you are tonight
Does he know you're nasty inside
Look at her, look at her, oh
Balancei a cabeça, negando-me a me aproximar dela e daqueles caras que pareciam devorá-la com os olhos. Eu simplesmente não ia conseguir me controlar. deu de ombros e continuou balançando seus quadris enquanto eu a observava de longe.
If you want me take me home and let me use you
And I know he doesn't satisfy you like I do
And does he know that there's nobody quite like you
So let me tell you all the things he never told you
Meu coração quase parou quando deixou de dançar e olhou na minha direção com uma expressão surpresa e um pouco confusa, parecendo saber que aquilo falava sobre ela e sobre mim.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Eu sorri, um pouco sem graça, enquanto ela continuava olhando na minha direção e um sorriso muito lindo aparecia em seu rosto.
Eu estava um pouco envergonhado, não era para ela ouvir nada daquilo.
Não ainda.
You and me let's go all night
Going so high, we fuck the sky
Come with me now, fuck that guy
Look at her, look at her, oh
Ela voltou a dançar, olhando e andando na minha direção, e aquilo era tão sexy que eu queria ir até ela e agarrá-la na frente de todo mundo. Mostrar a ela todos os sentimentos que tinha e também mostrar para todos os homens daquele lugar que só eu podia tocá-la.
Now you flash that sexy smile
And tell me I gotta wait a while
And it makes me lose my mind
Look at her, look at her, oh
chegou até mim, colocando suas mãos ao redor do meu pescoço e continuando a sorrir da forma mais sexy possível. Não disse nada, apenas continuou dançando na minha frente com um olhar tão tentador que estava me fazendo perder a cabeça.
If you want me take me home and let me use you
I know he doesn't satisfy you like I do
And does he know that there's nobody quite like you
So let me tell you all the things he never told you
Yeah
Ela estava me fazendo dançar junto com ela, me balançando no ritmo da música. Eu não sabia dançar, eu nunca dançava, mas por ela, para ficar perto dela daquela forma, eu viraria um Michael Jackson se preciso.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Can't help myself no more
Coloquei as mãos em sua cintura e ela começou a cantar o refrão. Era engraçado vê-la cantando sobre si mesma de uma forma tão empolgada.
Então também cantei e vi os olhos dela ganharem um brilho novo enquanto ouvia minha voz.
Acho que a surpreendi.
No I can't wait much longer
It needs to happen now
Cause I can't spend the rest of my life chasing you around
sorriu balançando a cabeça.
- Só vou fazer uma pergunta – disse ela me olhando e eu concordei. – É sobre mim?
Minha cabeça girou, meu coração acelerou e eu não sabia se era certo admitir que sim.
I want to get much closer
You need to tell me how
Baby, how, how, uh, uh, uh
- Sobre quem mais poderia ser? – perguntei a fazendo sorrir, um pouco envergonhada.
- Não sei – ela deu de ombros enquanto ficava na ponta dos pés. – Então irá me contar sobre esses sentimentos que tem por mim?
- Não, – respondi, roçando nossos lábios. – Vou mostrar, mas não aqui.
Ela soltou uma risada leve quando abria a porta do camarim e a puxei para dentro.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
Meus lábios se apossaram dos dela assim que fechei a porta atrás de mim. As mãos dela tinham um toque gentil e foram parar na minha nuca, provocando arrepios por todo o meu corpo.
Eu poderia ficar beijando os lábios dela pelo resto da minha vida que nunca enjoaria, poderia continuar tocando aquela pele sedosa que não iria querer mais nada.
I got these feelings for you
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Separei nossos lábios apenas para recuperar o fôlego, mas ela sorriu e seu hálito bateu contra a minha boca me tirando todo o ar novamente.
- Eu sabia que não estava me seguindo – ela sussurrou enquanto meus dedos se afundavam em seus cabelos. – Eu que te segui, . Eu também tenho esses sentimentos por você.
Eu apenas sorri.
- Eu sei – respondi no mesmo tom, também a fazendo rir e me dar um leve tapa no ombro antes de voltar a me beijar.
Eu mal acreditava que, de tantos lugares em que ela poderia estar, foi parar logo ali, no bar de um dos meus melhores amigos, justamente na noite em que eu também estava ali.
Ela tomou mais um gole e se endireitou na cadeira, tentando não perder a pose de mulher sexy, rica e equilibrada que as pessoas pensavam que ela era. Todos achavam que ela era perfeita e que, junto com Matthew, formava o casal perfeito.
Pura bobagem.
Eles estavam longe disso, pois brigavam demais e isso sempre fazia com que o grandioso Matt sumisse com seus amigos e com que quase se afogasse em bebidas alcoólicas, e era eu que tinha que cuidar dela, para impedir que ficasse tão bêbada a ponto de fazer alguma bobagem de que pudesse se arrepender depois. Eu era o segurança dela e naquela noite estava de folga porque ela tinha me dito que são sairia para lugar algum, mas pelo jeito Matt tinha feito com que ela mudasse seus planos. O engraçado era que ela tinha ido parar exatamente onde eu iria tocar com a minha banda, que não é famosa nem nada, mas tem algumas músicas legais da nossa autoria.
já estava ficando visivelmente bêbada, então estava na hora de fazê-la parar, por mais que isso não fosse minha obrigação naquela noite.
Aproximei-me devagar e me sentei ao seu lado, segurando sua mão que estava prestes a levar a taça de vinho aos seus belos lábios.
- Acho que já chega por hoje - falei, num sussurro audível apenas para ela.
pousou o olhar sobre minha mão que a estava impedindo de continuar a afogar as mágoas causadas por seu namorado imbecil e seus olhos foram subindo devagar até os meus.
Sorriu, mostrando seus dentes incrivelmente alinhados e brancos.
- ? – sussurrou surpresa. – Está me seguindo ou o quê?
- Não, – falei enquanto tomava a taça de suas mãos. – Não estou te seguindo, estou aqui a trabalho.
- Trabalho? – ela perguntou franzindo a testa confusa. – Me seguir agora faz parte do seu trabalho?
- Eu sou seu segurança, então sim, te seguir faz parte do meu trabalho. Ou acha que viajo o mundo inteiro com você porque eu gosto da sua companhia? – respondi um pouco irritado com a insinuação dela de que eu estava ali, a seguindo, porque eu gostava dela ou sei lá. – Mas não estou aqui por você, estou por outro trabalho.
- Outro? Qual? – ela pareceu ainda mais confusa. – Você tem dois empregos?
- Eu toco em uma banda sempre que não estou viajando com você – respondi.
- Meu Deus! Você tem uma banda? – perguntou, parecendo realmente entusiasmada. – Vão tocar agora? Quero ouvir!
- Não. – respondi, me levantando do banco ao seu lado. – Você vai embora porque já bebeu demais.
- Está me expulsando? – ela pareceu indignada com isso.
- Não – respondi, sorrindo para ela com ironia. – Estou me assegurando de que não faça nenhuma besteira essa noite como da última vez.
sorriu e também se levantou de seu banco, com um pouco mais de dificuldade do que eu.
- Por favor, ! Me deixa te ver tocar – ela pediu com uma voz mansa, colocando a mão sobre meu peito e me olhando de um jeito inexplicavelmente sedutor. – Eu juro que vou me comportar.
Ela estava flertando comigo e isso era um grande sinal de que estava mesmo bêbada.
- ...
- Por favor – pediu mais uma fez, mordendo os lábios em seguida porque sabia que aquilo me desarmava.
Suspirei pesadamente, tentando controlar a minha vontade de beijá-la novamente.
- Para com isso, – respondi firmemente. – Vou pegar minhas coisas e te levar para casa.
Virei-me e comecei a andar em direção ao palco e chamei um dos meus parceiros para conversar. Percebi que me seguiu, mas se manteve longe enquanto conversava com os meninos. Eles acabaram concordando de boa. Eu sabia que eles estavam encantados com a beleza dela. Todos os caras a olhavam, porque sua beleza não era do tipo difícil de notar. Pelo contrário, tudo nela parecia ser feito a mão por causa da perfeição.
Quando me afastei do palco e fui em direção ao camarim, me seguiu.
- Mas e sua banda? Vai desmarcar com eles? – perguntou, ainda tentando me fazer mudar de ideia.
- Sim, eu sempre desmarco quando você me liga em cima da hora – respondi, dando de ombros. – Meu amigo assume o vocal e eles tocam sem mim.
Parei em frente à porta que tinha ao lado do pequeno palco e peguei a chave no meu bolso.
- Você é o vocalista? – perguntou parecendo duvidar do que eu dizia, se encostando à parede enquanto me media dos pés a cabeça. – Não sei se sua voz é boa para um vocal.
Eu era um cara calmo e as coisas que ela falava, geralmente me menosprezando, não me irritavam, mas aquele não era um bom dia para mim. Então me virei na direção dela e joguei na cara dela o maior erro que ela tinha cometido na vida, segundo ela mesma.
- Você gostou bastante da minha voz sussurrada contra ao seu ouvido, enquanto a gente transava, há duas semanas – falei, perto do seu rosto e a vi prender a respiração, enquanto seus lábios se abriam em surpresa e indignação.
- Como ousa falar...
- Só estou cansado, – falei, interrompendo-a. – Eu não estou no meu horário de trabalho, então não sou obrigado a ouvir merdas de você.
Abri a porta e entrei no camarim. me seguiu para dentro, batendo os pés para demonstrar que não estava nada feliz com o jeito como falei com ela.
- Mas eu não disse nada demais – ela falou, cruzando os braços em frente ao corpo, enquanto eu fechava a porta atrás de mim.
- , você sempre acha um jeito de me menosprezar sem perceber – respondi, também cruzando os braços.
- Eu não faço isso – ela respondeu indignada. – Faço?
- Sempre que acha uma brecha – respondi e ela negou com a cabeça, fazendo uma carinha de dar pena, mas eu realmente não estava com paciência então me virei e comecei a procurar pelas minhas coisas.
se jogou no sofá que tinha no canto do camarim e observou o lugar. Tudo ali tinha a cara dos meninos da banda: uma grande bagunça com coisas para todos os lados e estava até bem organizado comparado com os outros dias. Aquele era o nosso canto para ideias, conversas e reuniões.
- Gostei daqui.
- Não faz seu estilo – respondi, colocando dentro da mochila alguns papéis com alguns projetos de músicas escritas.
- Por que não? – ela perguntou, me olhando confusa.
- A senhorita perfeição gostar de um lugar assim? – perguntei, olhando a minha volta e sorrindo em seguida, balançando a cabeça. – Seu pai ficaria decepcionado.
- Não posso fazer nada se gosto de tralhas – ela respondeu, dando de ombros. – A única coisa que ele pode fazer é aceitar.
- Não deixe os meninos te escutarem falando assim das coisas deles – respondi.
sorriu, balançando a cabeça e olhando para mim. Eu não sabia o que ela via de engraçado no que eu tinha falado, porque, se os meninos a ouvissem falando daquela, forma eles realmente ficariam bravos.
- Não estava falando das coisas dos meninos – disse ela, e eu a olhei confuso. – E nem do Matthew, já que eu não gosto dele de verdade e também nós terminamos.
Terminaram? Essa era nova para mim. Senti uma ponta de alegria nascer dentro de mim, junto com uma dúvida.
Do que ela estava falando?
Demorei alguns segundos para perceber e ergui a sobrancelha, incrédulo assim que entendi. Ela estava confessando que gostava de mim e me chamando de tralha ao mesmo tempo? Ela era louca ou o quê?
Alguém tinha que ensinar para ela que não é assim que alguém se declara para uma pessoa. Ela só podia estar brincando, mas resolvi perguntar antes de soltar os cachorros para cima dela.
- Então do que diabos você está falando, ?
- De você – ela respondeu, mordendo os lábios em seguida.
- Está me chamando de tralha? – perguntei, realmente irritado. Quem ela pensava que era?
- Olha, , você disse que eu falo coisas ruins para você e talvez eu fale mesmo, mas desde o dia em que te conheci você me tratou super mal – ela disse, enquanto se levantava do sofá. – Eu só procurei um jeito de me defender e achei esse.
Tentei me lembrar dos acontecimentos do dia em que a conheci e realmente eu tinha sido um puta grosseiro. Ela era apenas uma linda garota de dezoito anos que estava evidentemente dando em cima de mim e eu até gostei disso, mas ela era o meu trabalho e eu precisava deixar claro que ela só significava isso para mim.
O problema é que, com o tempo, acabei nutrindo alguns sentimentos por ela, mesmo a gente tratando mal um ao outro. E quando Matthew apareceu em sua vida... Cara, eu quase fiquei louco de ciúmes.
Consegui me controlar por muito tempo e já estava trabalhando como segurança dela havia uns três anos, quando me deixei levar pela primeira vez.
Era a noite do aniversário dela e, depois da decepção de saber que seu namorado não apareceria para comemorar aquela data tão importante, resolveu beber algo para esquecer. De alguma forma ela me convenceu a sentar em seu sofá e beber vinho junto com ela.
Parecia que, a cada gole que eu dava naquele líquido vermelho, meu corpo se aquecia cada vez mais, e o som da risada dela quase me deixava tonto e me impedia de pensar direito. Só sei que quando me dei conta já estava sem a gravata e com algumas casas de botões abertos enquanto falava coisas engraçadas e indecentes, lançando olhares irresistíveis na minha direção. Eu sabia que ela estava fazendo aquilo porque estava bêbada, mas isso não me impediu de me aproximar e beijar os doces e macios lábios que ela tinha.
Foi um beijo tão intenso e apaixonante que eu fiquei um bom tempo me perguntando como eu poderia ter me recusado a provar aquilo antes. se entregou de corpo e alma ao momento e, depois que me afastei um pouco para puxar ar para os meus pulmões, ela sussurrou que aquilo não era certo, mas não se afastou ou me afastou. Sugeri que parássemos e fingíssemos que nada tinha acontecido, mas ela disse que não, disse que me queria.
E eu fiz a vontade dela, ela me teve e eu a tive também.
- Está ouvindo? Acho que seus amigos vão começar a cantar – disse , me tirando do transe.
Pude ouvir os meninos testando os instrumentos para começar a tocar e algumas pessoas comemorando a entrada deles no palco. Nós não éramos famosos, mas tínhamos bastantes fãs fiéis.
- Está na hora de irmos – falei enquanto colocava a mochila nas costas.
- Deixa eu pelo menos ouvir uma música? – ela perguntou, se aproximando com o maior bico que eu tinha visto na vida. – Por favor!
Suspirei pesadamente e concluí que não tinha mal ela ouvir pelo menos uma música desde que não fosse nenhuma que eu tivesse escrito.
- Tudo bem - falei.
comemorou pulando, envolvendo seus braços ao redor do meu pescoço e me dando vários beijos no rosto. Eu achei engraçado e até sorri da sua empolgação até um deles ser depositado em meus lábios. Senti todos os pelos do meu corpo se arrepiarem com o choque elétrico que pareceu percorrer todo o meu corpo.
se afastou rapidamente, parecendo que tinha sido queimada.
- Acho melhor irmos – falei um pouco sem graça com a situação e ela concordou sem dizer nada.
(Coloque a música para tocar)
Assim que abri a porta para sair do camarim ouvi a melodia de uma das músicas que eu tinha escrito sobre . Eu quase segurei na mão dela e a puxei para fora daquele lugar, mas antes que eu pudesse fazer algo ela passou correndo por mim e foi para a frente do palco.
Então Adam começou a cantar.
You and me and all that wine
Losing my collar, damn this fly
Every guy that passes by
Look at her, look at her oh
olhou na minha direção e me chamou com um dedo enquanto sorria e começa a rebolar no ritmo da música. Os caras que estavam ao redor dela e até mesmo meus amigos em cima do palco olharam para ela com a atenção sobre seu corpo divino.
And you say that it's not right
But where does he think you are tonight
Does he know you're nasty inside
Look at her, look at her, oh
Balancei a cabeça, negando-me a me aproximar dela e daqueles caras que pareciam devorá-la com os olhos. Eu simplesmente não ia conseguir me controlar. deu de ombros e continuou balançando seus quadris enquanto eu a observava de longe.
If you want me take me home and let me use you
And I know he doesn't satisfy you like I do
And does he know that there's nobody quite like you
So let me tell you all the things he never told you
Meu coração quase parou quando deixou de dançar e olhou na minha direção com uma expressão surpresa e um pouco confusa, parecendo saber que aquilo falava sobre ela e sobre mim.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Eu sorri, um pouco sem graça, enquanto ela continuava olhando na minha direção e um sorriso muito lindo aparecia em seu rosto.
Eu estava um pouco envergonhado, não era para ela ouvir nada daquilo.
Não ainda.
You and me let's go all night
Going so high, we fuck the sky
Come with me now, fuck that guy
Look at her, look at her, oh
Ela voltou a dançar, olhando e andando na minha direção, e aquilo era tão sexy que eu queria ir até ela e agarrá-la na frente de todo mundo. Mostrar a ela todos os sentimentos que tinha e também mostrar para todos os homens daquele lugar que só eu podia tocá-la.
Now you flash that sexy smile
And tell me I gotta wait a while
And it makes me lose my mind
Look at her, look at her, oh
chegou até mim, colocando suas mãos ao redor do meu pescoço e continuando a sorrir da forma mais sexy possível. Não disse nada, apenas continuou dançando na minha frente com um olhar tão tentador que estava me fazendo perder a cabeça.
If you want me take me home and let me use you
I know he doesn't satisfy you like I do
And does he know that there's nobody quite like you
So let me tell you all the things he never told you
Yeah
Ela estava me fazendo dançar junto com ela, me balançando no ritmo da música. Eu não sabia dançar, eu nunca dançava, mas por ela, para ficar perto dela daquela forma, eu viraria um Michael Jackson se preciso.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Can't help myself no more
Coloquei as mãos em sua cintura e ela começou a cantar o refrão. Era engraçado vê-la cantando sobre si mesma de uma forma tão empolgada.
Então também cantei e vi os olhos dela ganharem um brilho novo enquanto ouvia minha voz.
Acho que a surpreendi.
No I can't wait much longer
It needs to happen now
Cause I can't spend the rest of my life chasing you around
sorriu balançando a cabeça.
- Só vou fazer uma pergunta – disse ela me olhando e eu concordei. – É sobre mim?
Minha cabeça girou, meu coração acelerou e eu não sabia se era certo admitir que sim.
I want to get much closer
You need to tell me how
Baby, how, how, uh, uh, uh
- Sobre quem mais poderia ser? – perguntei a fazendo sorrir, um pouco envergonhada.
- Não sei – ela deu de ombros enquanto ficava na ponta dos pés. – Então irá me contar sobre esses sentimentos que tem por mim?
- Não, – respondi, roçando nossos lábios. – Vou mostrar, mas não aqui.
Ela soltou uma risada leve quando abria a porta do camarim e a puxei para dentro.
I got these feelings for you
And I can't help myself no more
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
Meus lábios se apossaram dos dela assim que fechei a porta atrás de mim. As mãos dela tinham um toque gentil e foram parar na minha nuca, provocando arrepios por todo o meu corpo.
Eu poderia ficar beijando os lábios dela pelo resto da minha vida que nunca enjoaria, poderia continuar tocando aquela pele sedosa que não iria querer mais nada.
I got these feelings for you
Can't fight these feelings for you
No I can't help myself no more
I, I, I
Separei nossos lábios apenas para recuperar o fôlego, mas ela sorriu e seu hálito bateu contra a minha boca me tirando todo o ar novamente.
- Eu sabia que não estava me seguindo – ela sussurrou enquanto meus dedos se afundavam em seus cabelos. – Eu que te segui, . Eu também tenho esses sentimentos por você.
Eu apenas sorri.
- Eu sei – respondi no mesmo tom, também a fazendo rir e me dar um leve tapa no ombro antes de voltar a me beijar.
FIM
Nota da autora: OOOOOi gente, e ai gostaram de Feelings? Ela ficou bem curtinha porque a escrevi super rápido, em apenas um dia para ser sincera. HSUAHSUHU Mas no fim acho que ficou bom, não ficou? Espero que sim HSUAHUS Enfim, beijinhos para vocês e até a próxima. ;*
Outras Fanfics:
→ We need to talk about your father – Restrita/Em andamento
→ Boys Don’t Cry – Supernatural/Finalizada
→ Por trás das câmeras – Supernatural/Em andamento
→ 13. Sex and Candy - Ficstape album V do Maroon 5/ Finalizada
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