Prólogo
— Olha, a Idolatria é um pecado aos olhos religiosos mas, se ignorarmos completamente essa observação, ele me adorar como uma deusa não parece uma má ideia.
Admitir algo assim nunca havia sido tão naturalmente verdadeiro.
Talvez um pouco sem vergonha demais para mim. Porém, descobrir que se sentir assim é algo inevitável em algum ponto da vida foi uma liberdade individual e inexplicável. E sendo sincera, não dá, não posso evitar não me sentir nos céus quando se trata de bajulação barata e de certa forma sofisticada… o que eu quero dizer é o óbvio; ter o ego massageado é a melhor coisa do mundo — principalmente se junto com o paquete completo, venham duas mãos fortes e suaves que também te massageie por completo. Esse plus eu te garanto, é um “must”.
Quer dizer, não é narcisismo se amar, muito menos fazer com que todos saibam que você é especial, não é narcisismo saber o que você merece.
Ou eu estou errada?
Sim, a inveja, é inevitável. Ainda mais se você tem alguém que atraia olhares alheios com facilidade.
Mas, porque passar pela vida de forma despercebida, quando se tem anos e mais anos pela frente e inúmeras oportunidades de dar uns amassos no banheiro masculino do ginásio depois do treino de basquete?
Mais romântico que isso, apenas ser pega por outro aluno que no futuro provavelmente se converteria em sua “desgraça” pessoal — ou talvez benção se nós olharmos por um outro ângulo.
Admitir algo assim nunca havia sido tão naturalmente verdadeiro.
Talvez um pouco sem vergonha demais para mim. Porém, descobrir que se sentir assim é algo inevitável em algum ponto da vida foi uma liberdade individual e inexplicável. E sendo sincera, não dá, não posso evitar não me sentir nos céus quando se trata de bajulação barata e de certa forma sofisticada… o que eu quero dizer é o óbvio; ter o ego massageado é a melhor coisa do mundo — principalmente se junto com o paquete completo, venham duas mãos fortes e suaves que também te massageie por completo. Esse plus eu te garanto, é um “must”.
Quer dizer, não é narcisismo se amar, muito menos fazer com que todos saibam que você é especial, não é narcisismo saber o que você merece.
Ou eu estou errada?
Sim, a inveja, é inevitável. Ainda mais se você tem alguém que atraia olhares alheios com facilidade.
Mas, porque passar pela vida de forma despercebida, quando se tem anos e mais anos pela frente e inúmeras oportunidades de dar uns amassos no banheiro masculino do ginásio depois do treino de basquete?
Mais romântico que isso, apenas ser pega por outro aluno que no futuro provavelmente se converteria em sua “desgraça” pessoal — ou talvez benção se nós olharmos por um outro ângulo.
Act I — the revenge/ the meet cute
— Me diga que sou única!
A minha voz trêmula e talvez um pouco mais aguda do que eu imaginava, soava mais como uma ordem do que um pedido.
— Você é única!
A voz dele, com toda certeza mais trêmula do que a minha encenação segundos atrás demonstrando o quanto ele estava adorando aquilo.
Acho que entreguei um pouco mais cedo o jogo quando tirei as cordas finas do bolso de trás da calça jeans.
— null
Ele arfou, claramente gostando do momento sem saber o que estava por vir.
— Fecha os olhos, como combinamos!
— Tá bom!
Levantei suas mãos, juntando as no chuveiro acima, um pouco acima.
Com uma habilidade que quase ninguém sabe — quando eu digo quase, é porque provavelmente ninguém sabe mesmo.
O famoso nó de marinheiro.
Longa história, curta história: o nó de marinheiro só sai se alguém cortar a corda, é impossível desfazê-lo. De algo serviu ser neta de um pescador profissional.
O que também nos faz analisar para qual a direção essa história, vai.
— null, acho que isso…as augemas estão muito apertadas, eu…
Ele abriu os olhos.
E apesar das circunstâncias e de que era pouco provável que alguém NÃO fosse aparecer por ali procurando por ele.
O que eu não precisava naquela hora, era ser pega por um desconhecido em um momento íntimo de…intimidação, eu diria?
Mas, é como se os céus quisessem que as coisas fossem assim, e no mesmo instante que a cortina do chuveiro foi aberta, eu não pude evitar, de verdade não aguentei, o sorriso que surgiu no canto da minha boca, apenas escapou.
Um pouco sadico.
Um pouco arriscado.
Era uma adrenalina, desconhecida até então.
Ainda bem que eu me encontrava vestida, não é mesmo?
Diferente do meu companheiro, amarrado ao chuveiro.
Eu sei, você aí cabecinha suja, você provavelmente imaginou que eu estava em uma situação onde provavelmente, agora como em outras ocasiões, apenas eu estaria exposta — como normalmente acontecia com a maioria dos casos — sinto em informar — ou talvez não — que você, errou.
Em primeira instância você sequer deveria pensar que isso deveria ser normal. Quer dizer, sexo em local público é insano na maioria das vezes — okay, sim eu tenho consciência e talvez não todas sejam tão bizarras, eu te dou esse ponto. Mas, além de que 99,9% os locais não são higienizados, o fato de que o homem quase nunca é exposto ou sexualizado como a mulher em situações como essa, simplesmente me incomoda.
Principalmente se esse homem é o mesmo que gemia meu nome a três segundos atrás.
Óbvio que eu não saio opinando sobre a vida sexual alheia — pelo menos não sem que me chamem no assunto.
Milo Hernandez tinha um histórico interessante em fazer com que as garotas que ele saia fossem surpreendentemente expostas pelo campus, mas, claro ele como homem, nunca sofria um arranhão sequer em sua reputação de quarterback do time de futebol americano da NYU, afinal, ele trouxe o troféu para casa no último campeonato.
Já as garotas…
Enfim, por isso era importante que eu não fosse pega deixando ele amarrado. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde alguém o encontraria.
Mas, é claro que infelizmente não houve muito tempo para poder aproveitar mais da visão — babaca ou não, Milo continuava sendo gostoso e, isso é um fato que não se pode mudar então sim, eu pretendia observá-lo por mais um tempo antes de sair e talvez provocá-lo um pouco também, e não, eu não contava com o leve detalhe de alguém nos encontrando.
— Ops!
Meu sorriso, sim ele poderia dizer muito sobre aquela situação.
Eu não conhecia muito bem o time de basquete da universidade, o máximo que eu sabia sobre eles era que eram bons porém não recebiam tanta atenção da universidade quanto time de futebol americano e que aquele parado do lado de fora da cortina, vendo a cena exótica era o provável futuro capitão do time de basquete. O mesmo que estava treinando na quadra antes do jogo que aconteceria hoje de noite.
Os boatos são de que ele havia vindo de uma faculdade de fora porque acabou sendo reconhecido como uma estrela de forma nacional e internacional no esporte universitário, recebendo inúmeras propostas e por isso está provisoriamente alojado na NYU para seu momento de experiência ou até escolher se vai realmente ficar ou voltar para seu time anterior sabe-se onde na Ásia. Enfim, era como uma fase experimental. Além disso, as únicas coisas que eu havia escutado a respeito, era sobre ele ser muito bom no que fazia e melhor ainda nos estudos.
Ou seja, nós somos concorrentes no ranking geral da universidade e da nossa geração de graduados.
Querendo você acreditar ou não nisso, eu tinha minha reputação de melhor aluna da faculdade, sim.
— O que você está fazendo aqui?
A voz de Milo soou aguda.
— null não consigo me soltar.
Ele disse um pouco desesperado.
Eu mantive uma estranha troca de olhares com o rapaz parado — e não parecendo tão perplexo assim — por alguma razão esse olhar durou por tantos segundos que eu até me esqueci que Milo estava ali.
— null…
— Sabe Milo
Eu quebrei o contato visual.
— Você fala demais.
Eu sorri para o desconhecido, eu mentalmente pedi para que ele me desse dois minutos antes de chamar o técnico.
— Você precisa parar de falar demais, agir presunçosamente, ou melhor, você precisa parar de ser tão ambicioso, porque isso tudo aqui não passa de um fever dream para você, imagina só achar que eu realmente deixaria você relar um dedo em mim — minha risada era sincera, quer dizer as vezes era impossível entender a cabeça de um homem como Milo — ou, como foi que você disse a Ellie Eliott mesmo? Ah sim, “você precisa cair mais na real, ter um pouco mais de noção, porque se tivesse, coisas assim não aconteceriam com você.”
— Sua vaga…
Óbvio que antes que ele pudesse terminar de me xingar, e amaldiçoar até a minha quinta geração, algo que obviamente eu não merecia — não de graça, pelo menos — eu abri o chuveiro.
Honestamente, eu acho que fui boazinha, ainda.
— Opa! Desculpa, foi sem querer — sorri me sentindo vitoriosa, porque às vezes os sabores da vida vem de coisas pequenas sim — ou talvez não.
Peguei suas roupas no chão, juntei-as no braço, passei pelo outro ali parado, qual eu apenas me havia dado conta de que não saber o nome e tirei o celular do bolso me equilibrando para tirar uma boa foto de Milo, que exatamente de como veio ao mundo.
— Ele é todo seu agora! — eu disse colocando a mão nos ombros do futuro capitão do time de basquete — vamos manter esse segredinho entre nós, ok?
Minha piscadinha torta e desengonçada era o charme.
— Eu vou contar para todo mundo sua vagabunda, você vai ver…
Parei no meio do caminho e olhei para trás, já bem mais perto da porta, apenas para poder rir de Milo.
— A menos que você queira passar vergonha, quer dizer, ‘ser enganado por uma garota? Que absurdo’, ainda mais uma garota que…como é o que você disse mesmo? Sabe, para o John outro dia? Ah sim, uma garota frágil, virgem e inocente. — revirei os olhos com a descrição — Ou melhor, a não ser que você queria que essa foto chegue no celular do treinador, e consequentemente, quando ele receber essa foto o que pode acontecer, talvez sim ou talvez não, já que é só uma possibilidade, sabe? — Eu ri outra vez mais — Talvez, ele receba junto, outra onde você leva as namoradinha para a sala de reuniões do time, o que consequentemente também faz com que ele descubra que você leva as amiguinhas do time adversário para dentro do escritório dele para fazer coisas que huh, confia, ele odiaria saber.
Eu realmente acho que se não fosse pela minha paixão por jornalismo, eu tentaria a carreira de atriz.
— E, é claro que — eu dei alguns passos em direção a ele outra vez — você sabe o que fica lá dentro também, né? Exatamente, todas as informações do time, inclusive o famoso livro de estratégias e jogadas do time que misteriosamente, desapareceu na semana passada — eu ri com a cara de espanto dele — quer dizer é só uma possibilidade. Sabe aquela teoria do efeito do bater de asas de uma borboleta? Ou o simples fato de que uma coisa leva a outra? Então, eu recomendo você pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa.
Caminhei em direção à porta outra vez, antes de deixar a cena para trás, olhei para o rapaz que seguia ali assistindo tudo e avisei.
— Eu se fosse você deixava ele aí por mais uns trinta minutos, com o calor que está fazendo hoje, não acho que ele vai se importar tanto — dei uma risada — Espero não te ver nunca mais
Antes fosse assim estaria tudo bem, mas, parece que dali para frente, foi só para trás e a única pessoa que existia naquele campus era o fatal desconhecido — que até então não, eu não me tinha preocupado ou me importando em perguntar o nome por aí.
A minha voz trêmula e talvez um pouco mais aguda do que eu imaginava, soava mais como uma ordem do que um pedido.
— Você é única!
A voz dele, com toda certeza mais trêmula do que a minha encenação segundos atrás demonstrando o quanto ele estava adorando aquilo.
Acho que entreguei um pouco mais cedo o jogo quando tirei as cordas finas do bolso de trás da calça jeans.
— null
Ele arfou, claramente gostando do momento sem saber o que estava por vir.
— Fecha os olhos, como combinamos!
— Tá bom!
Levantei suas mãos, juntando as no chuveiro acima, um pouco acima.
Com uma habilidade que quase ninguém sabe — quando eu digo quase, é porque provavelmente ninguém sabe mesmo.
O famoso nó de marinheiro.
Longa história, curta história: o nó de marinheiro só sai se alguém cortar a corda, é impossível desfazê-lo. De algo serviu ser neta de um pescador profissional.
O que também nos faz analisar para qual a direção essa história, vai.
— null, acho que isso…as augemas estão muito apertadas, eu…
Ele abriu os olhos.
E apesar das circunstâncias e de que era pouco provável que alguém NÃO fosse aparecer por ali procurando por ele.
O que eu não precisava naquela hora, era ser pega por um desconhecido em um momento íntimo de…intimidação, eu diria?
Mas, é como se os céus quisessem que as coisas fossem assim, e no mesmo instante que a cortina do chuveiro foi aberta, eu não pude evitar, de verdade não aguentei, o sorriso que surgiu no canto da minha boca, apenas escapou.
Um pouco sadico.
Um pouco arriscado.
Era uma adrenalina, desconhecida até então.
Ainda bem que eu me encontrava vestida, não é mesmo?
Diferente do meu companheiro, amarrado ao chuveiro.
Eu sei, você aí cabecinha suja, você provavelmente imaginou que eu estava em uma situação onde provavelmente, agora como em outras ocasiões, apenas eu estaria exposta — como normalmente acontecia com a maioria dos casos — sinto em informar — ou talvez não — que você, errou.
Em primeira instância você sequer deveria pensar que isso deveria ser normal. Quer dizer, sexo em local público é insano na maioria das vezes — okay, sim eu tenho consciência e talvez não todas sejam tão bizarras, eu te dou esse ponto. Mas, além de que 99,9% os locais não são higienizados, o fato de que o homem quase nunca é exposto ou sexualizado como a mulher em situações como essa, simplesmente me incomoda.
Principalmente se esse homem é o mesmo que gemia meu nome a três segundos atrás.
Óbvio que eu não saio opinando sobre a vida sexual alheia — pelo menos não sem que me chamem no assunto.
Milo Hernandez tinha um histórico interessante em fazer com que as garotas que ele saia fossem surpreendentemente expostas pelo campus, mas, claro ele como homem, nunca sofria um arranhão sequer em sua reputação de quarterback do time de futebol americano da NYU, afinal, ele trouxe o troféu para casa no último campeonato.
Já as garotas…
Enfim, por isso era importante que eu não fosse pega deixando ele amarrado. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde alguém o encontraria.
Mas, é claro que infelizmente não houve muito tempo para poder aproveitar mais da visão — babaca ou não, Milo continuava sendo gostoso e, isso é um fato que não se pode mudar então sim, eu pretendia observá-lo por mais um tempo antes de sair e talvez provocá-lo um pouco também, e não, eu não contava com o leve detalhe de alguém nos encontrando.
— Ops!
Meu sorriso, sim ele poderia dizer muito sobre aquela situação.
Eu não conhecia muito bem o time de basquete da universidade, o máximo que eu sabia sobre eles era que eram bons porém não recebiam tanta atenção da universidade quanto time de futebol americano e que aquele parado do lado de fora da cortina, vendo a cena exótica era o provável futuro capitão do time de basquete. O mesmo que estava treinando na quadra antes do jogo que aconteceria hoje de noite.
Os boatos são de que ele havia vindo de uma faculdade de fora porque acabou sendo reconhecido como uma estrela de forma nacional e internacional no esporte universitário, recebendo inúmeras propostas e por isso está provisoriamente alojado na NYU para seu momento de experiência ou até escolher se vai realmente ficar ou voltar para seu time anterior sabe-se onde na Ásia. Enfim, era como uma fase experimental. Além disso, as únicas coisas que eu havia escutado a respeito, era sobre ele ser muito bom no que fazia e melhor ainda nos estudos.
Ou seja, nós somos concorrentes no ranking geral da universidade e da nossa geração de graduados.
Querendo você acreditar ou não nisso, eu tinha minha reputação de melhor aluna da faculdade, sim.
— O que você está fazendo aqui?
A voz de Milo soou aguda.
— null não consigo me soltar.
Ele disse um pouco desesperado.
Eu mantive uma estranha troca de olhares com o rapaz parado — e não parecendo tão perplexo assim — por alguma razão esse olhar durou por tantos segundos que eu até me esqueci que Milo estava ali.
— null…
— Sabe Milo
Eu quebrei o contato visual.
— Você fala demais.
Eu sorri para o desconhecido, eu mentalmente pedi para que ele me desse dois minutos antes de chamar o técnico.
— Você precisa parar de falar demais, agir presunçosamente, ou melhor, você precisa parar de ser tão ambicioso, porque isso tudo aqui não passa de um fever dream para você, imagina só achar que eu realmente deixaria você relar um dedo em mim — minha risada era sincera, quer dizer as vezes era impossível entender a cabeça de um homem como Milo — ou, como foi que você disse a Ellie Eliott mesmo? Ah sim, “você precisa cair mais na real, ter um pouco mais de noção, porque se tivesse, coisas assim não aconteceriam com você.”
— Sua vaga…
Óbvio que antes que ele pudesse terminar de me xingar, e amaldiçoar até a minha quinta geração, algo que obviamente eu não merecia — não de graça, pelo menos — eu abri o chuveiro.
Honestamente, eu acho que fui boazinha, ainda.
— Opa! Desculpa, foi sem querer — sorri me sentindo vitoriosa, porque às vezes os sabores da vida vem de coisas pequenas sim — ou talvez não.
Peguei suas roupas no chão, juntei-as no braço, passei pelo outro ali parado, qual eu apenas me havia dado conta de que não saber o nome e tirei o celular do bolso me equilibrando para tirar uma boa foto de Milo, que exatamente de como veio ao mundo.
— Ele é todo seu agora! — eu disse colocando a mão nos ombros do futuro capitão do time de basquete — vamos manter esse segredinho entre nós, ok?
Minha piscadinha torta e desengonçada era o charme.
— Eu vou contar para todo mundo sua vagabunda, você vai ver…
Parei no meio do caminho e olhei para trás, já bem mais perto da porta, apenas para poder rir de Milo.
— A menos que você queira passar vergonha, quer dizer, ‘ser enganado por uma garota? Que absurdo’, ainda mais uma garota que…como é o que você disse mesmo? Sabe, para o John outro dia? Ah sim, uma garota frágil, virgem e inocente. — revirei os olhos com a descrição — Ou melhor, a não ser que você queria que essa foto chegue no celular do treinador, e consequentemente, quando ele receber essa foto o que pode acontecer, talvez sim ou talvez não, já que é só uma possibilidade, sabe? — Eu ri outra vez mais — Talvez, ele receba junto, outra onde você leva as namoradinha para a sala de reuniões do time, o que consequentemente também faz com que ele descubra que você leva as amiguinhas do time adversário para dentro do escritório dele para fazer coisas que huh, confia, ele odiaria saber.
Eu realmente acho que se não fosse pela minha paixão por jornalismo, eu tentaria a carreira de atriz.
— E, é claro que — eu dei alguns passos em direção a ele outra vez — você sabe o que fica lá dentro também, né? Exatamente, todas as informações do time, inclusive o famoso livro de estratégias e jogadas do time que misteriosamente, desapareceu na semana passada — eu ri com a cara de espanto dele — quer dizer é só uma possibilidade. Sabe aquela teoria do efeito do bater de asas de uma borboleta? Ou o simples fato de que uma coisa leva a outra? Então, eu recomendo você pensar duas vezes antes de fazer qualquer coisa.
Caminhei em direção à porta outra vez, antes de deixar a cena para trás, olhei para o rapaz que seguia ali assistindo tudo e avisei.
— Eu se fosse você deixava ele aí por mais uns trinta minutos, com o calor que está fazendo hoje, não acho que ele vai se importar tanto — dei uma risada — Espero não te ver nunca mais
Antes fosse assim estaria tudo bem, mas, parece que dali para frente, foi só para trás e a única pessoa que existia naquele campus era o fatal desconhecido — que até então não, eu não me tinha preocupado ou me importando em perguntar o nome por aí.
Act II — the roleplay
Não por tanto tempo também, ele faria questão de se apresentar umas noites mais tardes.
— Onde diabos Saki se meteu?
Saki era suspeita e obviamente uma péssima companhia para festas, mas não havia opção mais razoável, quer dizer, null e null estavam por toda a casa e também davam sumiços repentinos já que aquela era a casa de null, null andava com as amigas do curso por tinham um projeto para o dia seguinte e decidiram que não iriam a festa para não dar nada errado de última hora, Sofia está muito bem obrigada, sentadinha e tranquila no colo do suposto ex na sala onde a maioria tomava inúmeros shots de tequila um atrás do outro, me restando Saki, quer dizer, só me HAVIA restado, porque agora ela anda em algum lugar que eu não sei e provavelmente aproveitando mil vezes mais do que eu nesse momento.
E o nome do sentimento que eu sinto nesse momento é: falta de uma boa cerveja.
O negócio aqui nessa história é que não se pode ser depressiva, vingativa e muito menos feliz em paz.
Para a minha decepção no primeiro cooler tinham puras águas, no segundo refrigerante e no terceiro uma única — e destinada a mim — garrafa de cerveja, e de morango ainda.
Doce e forte do jeito que eu queria.
Mas a felicidade de quem apenas queria beber um pouco para poder dormir no primeiro quarto que encontrasse aberto, é pouca, óbvio que um par de mãos apelativamente grandes e atrativas — ao ponto de eu quase virar para o dono e dizer “ei, tudo bem? Será que você não me empresta suas mãos de veias saltantes rapidinho? eu sou melhor amiga do dono da casa…”
Ah, meus pensamentos intrusivos eu amo eles quando não me fazem agir de forma intrusiva também.
— Sabe, eu vi essa garrafa primeiro!
Normalmente costumamos olhar para a pessoa antes de reivindicar uma garrafa alheia de cerveja já sendo aberta, mas como eu fiquei uns minutos concentrada nas mãos alheias também, não é como se eu me preocupasse o suficiente.
O que foi meu erro número 1º, dentro das regras do livro: “não durma com aqueles que sabem seus segredos”.
— Eu acho que não?!
A afirmação soou exatamente como uma pergunta.
Momento inesperado — ou não — uma hora eu precisaria olhar para a cara do ladrão de álcool.
Só não esperava ver um rosto que antes era desconhecido e agora se havia tornado familiar demais.
Vê-lo dar um gole na garrafa trincando me deixou extremamente irritada.
— Sabe o que? pode ficar com ela, eu não queria mesmo.
Sim era birra, e se você nunca fez uma birra sequer para homem bonito, não sabe o que está perdendo, a cara deles sempre será impagável.
Tanto, que não foi sequer preciso dizer mais nada.
— Quer um pouco?
Não, naquela hora, na minha mente um pouco já cansada, aquela não era uma pergunta sobre garrafas ou cerveja.
Não com a intonação dele e muito menos com a o sorriso que ele deu ao tomar mais um gole.
Eu sou capaz de manter a distância das pessoas com facilidade, bom pelo menos, normalmente sim. E era exatamente disso que eu precisava depois de analisar com muita intensidade como o pomo de Adão dele subia e baixava a cada pequeno gole do líquido.
— Eu até aceitaria — engolir seco era o que eu fazia de melhor — mas sabe o que? estão me procurando e meu deus olha só, me deu uma vontade de dançar — eu sorri sem graça — então vou ter que passar dessa vez.
Talvez não tenha sido a escolha mais inteligente chegar na pista de dança sóbria, principalmente quando eu podia sentir os olhares curiosos sobre mim, afinal, null null não era de aproveitar festas alheias, e sim, as festas de null eram festas alheias, eu odiava quando ele convidava tanta gente desconhecida.
— Olha só quem está entre nós — a voz mais irritante surgiu por detrás, soprando um arzinho irritante e digamos de passagem, fedido provocando cócegas desnecessária — a primeira e única, null null.
— Quem? desculpa não conheço ninguém com esse nome.
Me fazer de sonsa é sempre a melhor decisão, ninguém pode dizer que não funciona 99% do tempo.
A única coisa era que naquele dia eu havia sido o 1%, não funcionou.
— A lendária selvagem e descontrolada null null — a risada dele irritou ainda mais — você acha mesmo que eu não a reconheço só porque mudou o corte e a cor do cabelo ? Como você era chamada no colégio mesmo? Ah sim, indomável null.
Odeio esse apelido e odeio mais ainda as mãos dele passeando pela minha cintura.
Nem sempre um homem bonito mas sempre um homem bonito.
— Será que você pode sair de perto ou vou ter que chamar meu namorado para te espantar?
Mentiras e mais mentiras, um dia você vai ter que engoli-las null, eu sei do seu futuro, acredite.
— Eu não sabia que você estava namorando e eu não me importo também, não sou ciumento.
Ousado e com desejo de morte, analisando bem essa cena mentalmente hoje em dia, com certeza era uma ótima oportunidade para treinar aulas de dissecação em anatomia quando eu inventei que queria cursar medicina.
— Marty…
— Pronto encrenca, encontrei uma para você!
Salva pelo universo, uma garrafa de cerveja e duas mãos grandes, frias e suaves quase naturalmente pertencentes a minha cintura, principalmente o carinho feito inconscientemente com o dedão deslizando para cima e para baixo suavemente sob a pele.
Esse perdedor me provocava arrepios desde o princípio, como pode?
— Olha aí o meu perdedor favorito, você demorou!
Apelidinho carinhoso.
— Eu não podia voltar sem nada depois que você me desafiou a te encontrar outra cerveja em troca de você passar a noite lá em casa hoje, eu preciso aproveitar as oportunidades da sua boa vontade!
— Como se você não fosse me arrastar para ir com você de qualquer jeito.
Eu deveria ganhar um Oscar de melhor atriz.
— Que tal irmos de uma vez?
A aproximação dele chegava a ser tão ousada e provocativa quanto o tom de voz dele. O hálito dele cheirava a cerveja, era gélido e fresco e a cada vez que ele se aproximava, mais perigoso ficava para mim.
— Se controla — eu disse me virando de frente para ele, porém o aviso servia mais para mim mesma.
— Huh…
Uma mistura de tosse com chamada de atenção proposital veio do homem parado vendo toda a cena.
— Ah é mesmo, Marty, você continua aqui, como sempre ficando de vela na relação alheia — eu ri fingindo graça — vou te apresentar!
Infelizmente.
— Amor — quase vomitei ao pronunciar isso na frente dele — esse é Marty mais conhecido a alguns anos atrás no colégio como “Marty Smarty Pants”, longa história mas ele sempre foi um engraçadinho, não pode ser chamado de fofoqueiro porque ele se ofende, então digamos que ele sempre muito bem informado com o que deveria e com o que não deveria, fora isso o que ele não sabia, inventava não é mesmo, Marty?
Marty era o fofoqueiro mentiroso que toda escola tem, seja no passado ou hoje em dia, todo mundo conhece um Marty — assim como todo mundo conhece um Milo — no fundo, bem lá no fundo ele só quer ser você e ter o que você tem, já que ele mesmo não é capaz.
Marty por isso e muito menos fez da minha vida um inferno antes que eu entrasse para a faculdade.
— A gente não costumava se dar muito bem, mas hoje em dia, cada um está vivendo a sua vida da melhor forma, não é?
— Espera, ele é aquele que você me contou?
O que eu posso dizer de homens bonitos, inteligentes e espertos — porém ainda sem nome?
Ai ai
— Shh! Eu disse que aquilo era um segredo entre nós…desculpa Marty eu deixei escapar.
— O que?
Pude ver Marty estremecer.
Uma coisa deve ser entendida na narrativa de um mentiroso como os “Marty’s” que existem nesse mundo sempre — digo com toda confiança — são sempre iguais. Eles SEMPRE terão um mesmo ponto fraco como um segredo, um momento constrangedor ou melhor que isso, um crush constrangedor.
— Eu, null e null estávamos conversando sobre aquela situação, você sabe — eu sussurrei um pouco — e ele chegou bem na hora, foi quase impossível não deixar ele saber a respeito.
— Mas tá tudo bem, não é como se a gente se conhecesse, já vi esse tipo de coisas antes, não é uma vergonha!
— Eu preciso ir…
Ele olhava para nós dois aterrorizado.
— Tão cedo, Marty? Tudo bem, mas antes eu acho que você deveria saber de uma coisa.
Ele olhou apreensivo, mordendo de forma nervosa o canto da boca.
— Jennifer sabe sobre o assunto também…
— Eu não sei do que você está falando.
A audácia em me cortar, juro.
— …E talvez a Taylor — o olhei com uma expressão apreensiva — e null, Evan, Olivia e quem mais?
— Hannah, Jesse, Sunny e Chad…
Se eu pudesse até deixaria ele continuar citando os nomes de casais da Disney, era fofo. Mas se mais dois nomes de personagens de Hannah Montana e Sunny entre estrelas surgisse na conversa, Marty descobriria nosso terror psicológico contra ele.
— E não foi minha intenção, mas Saki também ficou sabendo, quer dizer não foi culpa minha, ela apenas entrou quando estavam me contando a respeito…
— Que droga null, não é um pecado broxar quando está bêbado, para quantas pessoas você contou?
A voz dele subiu fazendo com que outras pessoas escutassem, voltando a atenção para nós.
Fazendo com que eu segurasse o riso e meu namorado de mentirinha apertasse levemente as mãos que estavam em minha cintura.
— Huh…Para quantas pessoas você contou?
Ele tossiu fraco e perguntou outra vez, mais baixo dessa vez.
— Eu? Que você broxou? para ninguém — eu ri dando um gole na garrafa em mãos, olhando ao redor — você mesmo fez isso.
Não preciso dizer como sua cara ficou completamente vermelha e muito menos de como ele saiu correndo logo depois.
O que provocou em mim e no outro agora parado do meu lado observando a cena junto a mim? Obviamente uma crise de risos.
Marty’s sempre serão Marty’s no final do dia.
— Todas as vezes que nos encontramos você está se vingando alguém da forma mais inusitada possível, temo ser o próximo da lista.
— Não se preocupe, não temos esse nível de intimidade ainda e você até o momento não provocou nenhum tipo de situação embaraçosa com outras garotas pelo campus, ao menos não que eu saiba.
Me aproximei dele, quase colando nossos narizes.
— Correto?
Eu perguntei.
— É, eu… — pude vê-lo engolir seco — eu acho que não.
— Então, não precisa ter medo, eu só mordo se me pedirem!
Traumatizar as pessoas sempre foi a minha área por isso sempre havia dito que relacionamentos não eram para mim, e óbvio que a esse ponto qualquer um já teria fugido, raramente haviam pessoas que ficavam ao redor para ver o que aconteceria. Por isso, quando eu o vi abrir um sorriso fofo e galanteador depois do que eu disse, eu sabia que ele seria a minha maior fraqueza.
A própria desgraça em pessoa.
Inferno, que tipo de insanidade é essa que um sorriso me faz pensar que não seria tão ruim ser mãe dos filhos dele?
— Prazer, null .
Ele disse me tirando de toda a reflexão perturbada que rolava em minha mente naquele momento.
— Então é assim que chamam os problemas ambulantes de hoje em dia, entendi.
— Huh?
— Prazer Vi…
— null null eu sei — ele se aproximou sussurrando em meu ouvido — acabei de chegar, mas procuro me informar bem quando tenho algum tipo de interesse.
Interesse esse bem específico o dele.
— Bom, senhor interesse, eu preciso ir! como da última vez, espero não te ver nunca mais — eu disse rindo — obrigado por hoje.
— Não, espera aí, você já vai?
Ele disse com um olhar levemente desesperado como se realmente nunca mais fosse me ver.
Fofo.
—Tá, amanhã eu tenho um jogo de noite, é o começo do campeonato regional…— ele pausou por um momento — será que eu vou te ver por lá?
Eu preciso dizer uma vez mais: fofo.
— Será?
Meu sorriso sorrateiro provavelmente o tirou do sério.
— Talvez sim, talvez não — coloquei a mão sob seu peito deixando ali duas batidinhas leves — teremos que ver como será o amanhã, nunca se sabe.
Nota da scripter: AAAAAAAAA EU ESTOU APAIXONADA NESSES DOIS, ESCREVA ALGUMA COISA SÓ FOCADA NA RELAÇÃO DELES, EU TE IMPLORO!!!!!!
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
— Onde diabos Saki se meteu?
Saki era suspeita e obviamente uma péssima companhia para festas, mas não havia opção mais razoável, quer dizer, null e null estavam por toda a casa e também davam sumiços repentinos já que aquela era a casa de null, null andava com as amigas do curso por tinham um projeto para o dia seguinte e decidiram que não iriam a festa para não dar nada errado de última hora, Sofia está muito bem obrigada, sentadinha e tranquila no colo do suposto ex na sala onde a maioria tomava inúmeros shots de tequila um atrás do outro, me restando Saki, quer dizer, só me HAVIA restado, porque agora ela anda em algum lugar que eu não sei e provavelmente aproveitando mil vezes mais do que eu nesse momento.
E o nome do sentimento que eu sinto nesse momento é: falta de uma boa cerveja.
O negócio aqui nessa história é que não se pode ser depressiva, vingativa e muito menos feliz em paz.
Para a minha decepção no primeiro cooler tinham puras águas, no segundo refrigerante e no terceiro uma única — e destinada a mim — garrafa de cerveja, e de morango ainda.
Doce e forte do jeito que eu queria.
Mas a felicidade de quem apenas queria beber um pouco para poder dormir no primeiro quarto que encontrasse aberto, é pouca, óbvio que um par de mãos apelativamente grandes e atrativas — ao ponto de eu quase virar para o dono e dizer “ei, tudo bem? Será que você não me empresta suas mãos de veias saltantes rapidinho? eu sou melhor amiga do dono da casa…”
Ah, meus pensamentos intrusivos eu amo eles quando não me fazem agir de forma intrusiva também.
— Sabe, eu vi essa garrafa primeiro!
Normalmente costumamos olhar para a pessoa antes de reivindicar uma garrafa alheia de cerveja já sendo aberta, mas como eu fiquei uns minutos concentrada nas mãos alheias também, não é como se eu me preocupasse o suficiente.
O que foi meu erro número 1º, dentro das regras do livro: “não durma com aqueles que sabem seus segredos”.
— Eu acho que não?!
A afirmação soou exatamente como uma pergunta.
Momento inesperado — ou não — uma hora eu precisaria olhar para a cara do ladrão de álcool.
Só não esperava ver um rosto que antes era desconhecido e agora se havia tornado familiar demais.
Vê-lo dar um gole na garrafa trincando me deixou extremamente irritada.
— Sabe o que? pode ficar com ela, eu não queria mesmo.
Sim era birra, e se você nunca fez uma birra sequer para homem bonito, não sabe o que está perdendo, a cara deles sempre será impagável.
Tanto, que não foi sequer preciso dizer mais nada.
— Quer um pouco?
Não, naquela hora, na minha mente um pouco já cansada, aquela não era uma pergunta sobre garrafas ou cerveja.
Não com a intonação dele e muito menos com a o sorriso que ele deu ao tomar mais um gole.
Eu sou capaz de manter a distância das pessoas com facilidade, bom pelo menos, normalmente sim. E era exatamente disso que eu precisava depois de analisar com muita intensidade como o pomo de Adão dele subia e baixava a cada pequeno gole do líquido.
— Eu até aceitaria — engolir seco era o que eu fazia de melhor — mas sabe o que? estão me procurando e meu deus olha só, me deu uma vontade de dançar — eu sorri sem graça — então vou ter que passar dessa vez.
Talvez não tenha sido a escolha mais inteligente chegar na pista de dança sóbria, principalmente quando eu podia sentir os olhares curiosos sobre mim, afinal, null null não era de aproveitar festas alheias, e sim, as festas de null eram festas alheias, eu odiava quando ele convidava tanta gente desconhecida.
— Olha só quem está entre nós — a voz mais irritante surgiu por detrás, soprando um arzinho irritante e digamos de passagem, fedido provocando cócegas desnecessária — a primeira e única, null null.
— Quem? desculpa não conheço ninguém com esse nome.
Me fazer de sonsa é sempre a melhor decisão, ninguém pode dizer que não funciona 99% do tempo.
A única coisa era que naquele dia eu havia sido o 1%, não funcionou.
— A lendária selvagem e descontrolada null null — a risada dele irritou ainda mais — você acha mesmo que eu não a reconheço só porque mudou o corte e a cor do cabelo ? Como você era chamada no colégio mesmo? Ah sim, indomável null.
Odeio esse apelido e odeio mais ainda as mãos dele passeando pela minha cintura.
Nem sempre um homem bonito mas sempre um homem bonito.
— Será que você pode sair de perto ou vou ter que chamar meu namorado para te espantar?
Mentiras e mais mentiras, um dia você vai ter que engoli-las null, eu sei do seu futuro, acredite.
— Eu não sabia que você estava namorando e eu não me importo também, não sou ciumento.
Ousado e com desejo de morte, analisando bem essa cena mentalmente hoje em dia, com certeza era uma ótima oportunidade para treinar aulas de dissecação em anatomia quando eu inventei que queria cursar medicina.
— Marty…
— Pronto encrenca, encontrei uma para você!
Salva pelo universo, uma garrafa de cerveja e duas mãos grandes, frias e suaves quase naturalmente pertencentes a minha cintura, principalmente o carinho feito inconscientemente com o dedão deslizando para cima e para baixo suavemente sob a pele.
Esse perdedor me provocava arrepios desde o princípio, como pode?
— Olha aí o meu perdedor favorito, você demorou!
Apelidinho carinhoso.
— Eu não podia voltar sem nada depois que você me desafiou a te encontrar outra cerveja em troca de você passar a noite lá em casa hoje, eu preciso aproveitar as oportunidades da sua boa vontade!
— Como se você não fosse me arrastar para ir com você de qualquer jeito.
Eu deveria ganhar um Oscar de melhor atriz.
— Que tal irmos de uma vez?
A aproximação dele chegava a ser tão ousada e provocativa quanto o tom de voz dele. O hálito dele cheirava a cerveja, era gélido e fresco e a cada vez que ele se aproximava, mais perigoso ficava para mim.
— Se controla — eu disse me virando de frente para ele, porém o aviso servia mais para mim mesma.
— Huh…
Uma mistura de tosse com chamada de atenção proposital veio do homem parado vendo toda a cena.
— Ah é mesmo, Marty, você continua aqui, como sempre ficando de vela na relação alheia — eu ri fingindo graça — vou te apresentar!
Infelizmente.
— Amor — quase vomitei ao pronunciar isso na frente dele — esse é Marty mais conhecido a alguns anos atrás no colégio como “Marty Smarty Pants”, longa história mas ele sempre foi um engraçadinho, não pode ser chamado de fofoqueiro porque ele se ofende, então digamos que ele sempre muito bem informado com o que deveria e com o que não deveria, fora isso o que ele não sabia, inventava não é mesmo, Marty?
Marty era o fofoqueiro mentiroso que toda escola tem, seja no passado ou hoje em dia, todo mundo conhece um Marty — assim como todo mundo conhece um Milo — no fundo, bem lá no fundo ele só quer ser você e ter o que você tem, já que ele mesmo não é capaz.
Marty por isso e muito menos fez da minha vida um inferno antes que eu entrasse para a faculdade.
— A gente não costumava se dar muito bem, mas hoje em dia, cada um está vivendo a sua vida da melhor forma, não é?
— Espera, ele é aquele que você me contou?
O que eu posso dizer de homens bonitos, inteligentes e espertos — porém ainda sem nome?
Ai ai
— Shh! Eu disse que aquilo era um segredo entre nós…desculpa Marty eu deixei escapar.
— O que?
Pude ver Marty estremecer.
Uma coisa deve ser entendida na narrativa de um mentiroso como os “Marty’s” que existem nesse mundo sempre — digo com toda confiança — são sempre iguais. Eles SEMPRE terão um mesmo ponto fraco como um segredo, um momento constrangedor ou melhor que isso, um crush constrangedor.
— Eu, null e null estávamos conversando sobre aquela situação, você sabe — eu sussurrei um pouco — e ele chegou bem na hora, foi quase impossível não deixar ele saber a respeito.
— Mas tá tudo bem, não é como se a gente se conhecesse, já vi esse tipo de coisas antes, não é uma vergonha!
— Eu preciso ir…
Ele olhava para nós dois aterrorizado.
— Tão cedo, Marty? Tudo bem, mas antes eu acho que você deveria saber de uma coisa.
Ele olhou apreensivo, mordendo de forma nervosa o canto da boca.
— Jennifer sabe sobre o assunto também…
— Eu não sei do que você está falando.
A audácia em me cortar, juro.
— …E talvez a Taylor — o olhei com uma expressão apreensiva — e null, Evan, Olivia e quem mais?
— Hannah, Jesse, Sunny e Chad…
Se eu pudesse até deixaria ele continuar citando os nomes de casais da Disney, era fofo. Mas se mais dois nomes de personagens de Hannah Montana e Sunny entre estrelas surgisse na conversa, Marty descobriria nosso terror psicológico contra ele.
— E não foi minha intenção, mas Saki também ficou sabendo, quer dizer não foi culpa minha, ela apenas entrou quando estavam me contando a respeito…
— Que droga null, não é um pecado broxar quando está bêbado, para quantas pessoas você contou?
A voz dele subiu fazendo com que outras pessoas escutassem, voltando a atenção para nós.
Fazendo com que eu segurasse o riso e meu namorado de mentirinha apertasse levemente as mãos que estavam em minha cintura.
— Huh…Para quantas pessoas você contou?
Ele tossiu fraco e perguntou outra vez, mais baixo dessa vez.
— Eu? Que você broxou? para ninguém — eu ri dando um gole na garrafa em mãos, olhando ao redor — você mesmo fez isso.
Não preciso dizer como sua cara ficou completamente vermelha e muito menos de como ele saiu correndo logo depois.
O que provocou em mim e no outro agora parado do meu lado observando a cena junto a mim? Obviamente uma crise de risos.
Marty’s sempre serão Marty’s no final do dia.
— Todas as vezes que nos encontramos você está se vingando alguém da forma mais inusitada possível, temo ser o próximo da lista.
— Não se preocupe, não temos esse nível de intimidade ainda e você até o momento não provocou nenhum tipo de situação embaraçosa com outras garotas pelo campus, ao menos não que eu saiba.
Me aproximei dele, quase colando nossos narizes.
— Correto?
Eu perguntei.
— É, eu… — pude vê-lo engolir seco — eu acho que não.
— Então, não precisa ter medo, eu só mordo se me pedirem!
Traumatizar as pessoas sempre foi a minha área por isso sempre havia dito que relacionamentos não eram para mim, e óbvio que a esse ponto qualquer um já teria fugido, raramente haviam pessoas que ficavam ao redor para ver o que aconteceria. Por isso, quando eu o vi abrir um sorriso fofo e galanteador depois do que eu disse, eu sabia que ele seria a minha maior fraqueza.
A própria desgraça em pessoa.
Inferno, que tipo de insanidade é essa que um sorriso me faz pensar que não seria tão ruim ser mãe dos filhos dele?
— Prazer, null .
Ele disse me tirando de toda a reflexão perturbada que rolava em minha mente naquele momento.
— Então é assim que chamam os problemas ambulantes de hoje em dia, entendi.
— Huh?
— Prazer Vi…
— null null eu sei — ele se aproximou sussurrando em meu ouvido — acabei de chegar, mas procuro me informar bem quando tenho algum tipo de interesse.
Interesse esse bem específico o dele.
— Bom, senhor interesse, eu preciso ir! como da última vez, espero não te ver nunca mais — eu disse rindo — obrigado por hoje.
— Não, espera aí, você já vai?
Ele disse com um olhar levemente desesperado como se realmente nunca mais fosse me ver.
Fofo.
—Tá, amanhã eu tenho um jogo de noite, é o começo do campeonato regional…— ele pausou por um momento — será que eu vou te ver por lá?
Eu preciso dizer uma vez mais: fofo.
— Será?
Meu sorriso sorrateiro provavelmente o tirou do sério.
— Talvez sim, talvez não — coloquei a mão sob seu peito deixando ali duas batidinhas leves — teremos que ver como será o amanhã, nunca se sabe.
Act III — the interaction
— Vocês viram?
null perguntou sentando entre mim e null.
— O que?
— O novo capitão do time de basquete, realmente vai ser o novo capitão do time de basquete!
null disse.
— Você entendeu? Porque eu não — null me perguntou e eu a olhei tão confusa quanto.
— Lerdas! — null disse revirando os olhos — null , o aluno transferido que foi direto para o time de basquete e que pegou a null no banheiro com….
— Quem pegou a null no banheiro com quem?
Com a voz de null só faltava as luzes do refeitório apagadas para soar mais tenebrosa.
— Que susto, idiota!
Eu disse batendo nele.
— Com quem você anda dando uns amassos no banheiro, encalhada?
— Com ninguém! quer dizer não foi bem…
— Como era o nome dele mesmo? Milo Her…alguma coisa.
A voz completamente reconhecível — pelo menos a essa altura do campeonato — vinha de trás de mim me interrompendo e para ser sincera, eu devo assumir que eu quase fiquei animada em escuta-lá outra vez.
— Engraçadinho você né!
Eu disse sem sequer olhar para trás para vê-lo.
Escondendo bem mal o meu sorriso.
— Espera!
null disse chamando a atenção para si.
— Primeiro, como null não ficou sabendo sobre a humilhação do ano se todo mundo soube? segundo, desde quando vocês ficaram tão próximos?
A cara de null gritava confusão, coitada.
— null é mais preocupado com a cor do batom que a null está usando do que com a melhor amiga dele ultimamente, é normal que ele não saiba.
— Ei, em minha defesa…
— Você não tem uma.
Eu e null o interrompemos falando juntas.
— E a segunda?
Olhei para null confusa.
— E a segunda pergunta null não se faça de sonsa — para que inimigos quando se tem suas próprias amigas não é mesmo?
Eu ia responder, juro que ia, eu só demorei um pouco para processar e perdi para ele que decidiu fazer mais piadinhas.
— Nós estamos namorando, ela não contou?
null , o maior comediante da NYU.
— O que?
As três vozes foram escutadas por todo o campus, certamente.
— Ele está brincando, acalmem-se.
Todos os dias eu penso se deveria ficar ofendida com as reações deles sobre a minha fórmula pessoal:
null null + Relacionamento amoroso = impossível
— Que susto! — null disse.
— Eu achei que teria que comprar flores de enterro para você! — null colocou uma das mãos sobre o peito e a outra sobro o ombro de null.
— Eu achei que finalmente poderia dar conselhos amorosos para alguém inexperiente — null disse logo depois, com a cara de decepção.
Eu acho que sim, deveria me ofender.
— Vou fingir que não vi essas reações.
Eu disse revirando os olhos.
— Espera isso não responde minha pergunta, de onde saiu essa piadinha em? Alguma coisa tem aí.
— Aí pelo amor de Deus você são muito curiosos, nós apenas estávamos colocando nossa aula de atuação em prática na festa de sexta passada, eu precisei de uma ajudinha com “Marty Smarty Pants” e ele foi o escolhido, promovido a um falso namorado por uma noite.
— Bom, você não terminou comigo depois da festa então na minha mente a gente ainda está em um rela…
— Nos seus sonhos mais fantasiosos, capitão! — disse me levantando fazendo com que ele e os outros dessem risada — tenho aula de fotografia e depois tenho escrita criativa, então vejo vocês no almoço.
— Não, espera, nós estávamos planejando ir para a cafeteria na quinta avenida, aquela que você gosta, null convidou null porque ele ainda não conhece quase nada daqui e desde que chegou não fez um tour sequer pela cidade, pensamos que você também tinha um período livre agora de manhã como sempre.
— Normalmente sim, porém o Sr. Hastings não irá dar aulas até a próxima semana, então passou a aula de fotografia para hoje e bom, a Sra. O’harra nós citou para uma aula extra prática de escrita criativa hoje, e cada uma dessas aulas de hoje é importante para as finais então sem chances de que eu não vá, talvez me junte a vocês mais tarde se ainda der tempo, aproveitem por mim e levem ele para conhecer a Jenna.
— Deus me livre, se ele pisar os pés naquele lugar, Jenna nunca mais o deixará sair de lá, ele não precisa dessa experiência tão cedo.
null disse fazendo todos darem risada.
— null, uma vez traumatizado, sempre traumatizado! Uma lição de vida.
Eu disse rindo e me lembrando do episódio onde Jenna o fez trabalhar por exato um mês de garoto propaganda, porque ele atraia mais clientes com “aquela carinha bonita de garoto rico”— como ela normalmente descreve.
— Acho que preciso encontrar uma boa psicóloga para você porque a sua namorada não parece estar fazendo o trabalho dela como estudante de psicologia.
— Oh, não não a culpa não é minha, ele que é traumatizado com tudo, nunca viveu a vida das ruas, sabe — null abaixou o tom cobrindo uma parte da boca com a mão — filhinho de papai e mamãe que não são divorciados ou vivem longe.
— Além de ser bom em qualquer matéria na escola, nunca bombou em matemática…
Eu disse rindo.
— Ou Educação Física
null retrucou em tom de defesa, afinal ela tinha bombado em matemática, artes e eu em educação física no ensino médio.
— Ou Artes, linguaruda!
— Quem, em sã consciência reprova em educação física e artes nesse mundo, deve ser muito…
null foi cortado com dois olhares extremamente mortais vindo diretamente da namorada dele e obviamente de mim.
— haha, olha só a hora, será que, hm…podemos ir? Te trazemos o seu bolo favorito na volta.
— Bom mesmo!
***
— Ei!
Uma voz baixinha surgiu do meu lado me assustando e deixando em cima das minhas anotações da aula uma embalagem com o melhor bolo de chocolate de Nova York, enquanto eu lia as anotações da aula anterior, esperando a próxima que seria na mesma sala.
— Ei, o que faz aqui? Achei que você tinha ido com os outros.
— Eu fui, mas falei que o treinador tinha marcado um treino de última hora e vim te trazer isso aqui.
— E você não está atrasado para esse tal treinamento, não?
— Se realmente existisse um, talvez…
O silêncio foi alto e ensurdecedor.
null perguntou sentando entre mim e null.
— O que?
— O novo capitão do time de basquete, realmente vai ser o novo capitão do time de basquete!
null disse.
— Você entendeu? Porque eu não — null me perguntou e eu a olhei tão confusa quanto.
— Lerdas! — null disse revirando os olhos — null , o aluno transferido que foi direto para o time de basquete e que pegou a null no banheiro com….
— Quem pegou a null no banheiro com quem?
Com a voz de null só faltava as luzes do refeitório apagadas para soar mais tenebrosa.
— Que susto, idiota!
Eu disse batendo nele.
— Com quem você anda dando uns amassos no banheiro, encalhada?
— Com ninguém! quer dizer não foi bem…
— Como era o nome dele mesmo? Milo Her…alguma coisa.
A voz completamente reconhecível — pelo menos a essa altura do campeonato — vinha de trás de mim me interrompendo e para ser sincera, eu devo assumir que eu quase fiquei animada em escuta-lá outra vez.
— Engraçadinho você né!
Eu disse sem sequer olhar para trás para vê-lo.
Escondendo bem mal o meu sorriso.
— Espera!
null disse chamando a atenção para si.
— Primeiro, como null não ficou sabendo sobre a humilhação do ano se todo mundo soube? segundo, desde quando vocês ficaram tão próximos?
A cara de null gritava confusão, coitada.
— null é mais preocupado com a cor do batom que a null está usando do que com a melhor amiga dele ultimamente, é normal que ele não saiba.
— Ei, em minha defesa…
— Você não tem uma.
Eu e null o interrompemos falando juntas.
— E a segunda?
Olhei para null confusa.
— E a segunda pergunta null não se faça de sonsa — para que inimigos quando se tem suas próprias amigas não é mesmo?
Eu ia responder, juro que ia, eu só demorei um pouco para processar e perdi para ele que decidiu fazer mais piadinhas.
— Nós estamos namorando, ela não contou?
null , o maior comediante da NYU.
— O que?
As três vozes foram escutadas por todo o campus, certamente.
— Ele está brincando, acalmem-se.
Todos os dias eu penso se deveria ficar ofendida com as reações deles sobre a minha fórmula pessoal:
null null + Relacionamento amoroso = impossível
— Que susto! — null disse.
— Eu achei que teria que comprar flores de enterro para você! — null colocou uma das mãos sobre o peito e a outra sobro o ombro de null.
— Eu achei que finalmente poderia dar conselhos amorosos para alguém inexperiente — null disse logo depois, com a cara de decepção.
Eu acho que sim, deveria me ofender.
— Vou fingir que não vi essas reações.
Eu disse revirando os olhos.
— Espera isso não responde minha pergunta, de onde saiu essa piadinha em? Alguma coisa tem aí.
— Aí pelo amor de Deus você são muito curiosos, nós apenas estávamos colocando nossa aula de atuação em prática na festa de sexta passada, eu precisei de uma ajudinha com “Marty Smarty Pants” e ele foi o escolhido, promovido a um falso namorado por uma noite.
— Bom, você não terminou comigo depois da festa então na minha mente a gente ainda está em um rela…
— Nos seus sonhos mais fantasiosos, capitão! — disse me levantando fazendo com que ele e os outros dessem risada — tenho aula de fotografia e depois tenho escrita criativa, então vejo vocês no almoço.
— Não, espera, nós estávamos planejando ir para a cafeteria na quinta avenida, aquela que você gosta, null convidou null porque ele ainda não conhece quase nada daqui e desde que chegou não fez um tour sequer pela cidade, pensamos que você também tinha um período livre agora de manhã como sempre.
— Normalmente sim, porém o Sr. Hastings não irá dar aulas até a próxima semana, então passou a aula de fotografia para hoje e bom, a Sra. O’harra nós citou para uma aula extra prática de escrita criativa hoje, e cada uma dessas aulas de hoje é importante para as finais então sem chances de que eu não vá, talvez me junte a vocês mais tarde se ainda der tempo, aproveitem por mim e levem ele para conhecer a Jenna.
— Deus me livre, se ele pisar os pés naquele lugar, Jenna nunca mais o deixará sair de lá, ele não precisa dessa experiência tão cedo.
null disse fazendo todos darem risada.
— null, uma vez traumatizado, sempre traumatizado! Uma lição de vida.
Eu disse rindo e me lembrando do episódio onde Jenna o fez trabalhar por exato um mês de garoto propaganda, porque ele atraia mais clientes com “aquela carinha bonita de garoto rico”— como ela normalmente descreve.
— Acho que preciso encontrar uma boa psicóloga para você porque a sua namorada não parece estar fazendo o trabalho dela como estudante de psicologia.
— Oh, não não a culpa não é minha, ele que é traumatizado com tudo, nunca viveu a vida das ruas, sabe — null abaixou o tom cobrindo uma parte da boca com a mão — filhinho de papai e mamãe que não são divorciados ou vivem longe.
— Além de ser bom em qualquer matéria na escola, nunca bombou em matemática…
Eu disse rindo.
— Ou Educação Física
null retrucou em tom de defesa, afinal ela tinha bombado em matemática, artes e eu em educação física no ensino médio.
— Ou Artes, linguaruda!
— Quem, em sã consciência reprova em educação física e artes nesse mundo, deve ser muito…
null foi cortado com dois olhares extremamente mortais vindo diretamente da namorada dele e obviamente de mim.
— haha, olha só a hora, será que, hm…podemos ir? Te trazemos o seu bolo favorito na volta.
— Bom mesmo!
— Ei!
Uma voz baixinha surgiu do meu lado me assustando e deixando em cima das minhas anotações da aula uma embalagem com o melhor bolo de chocolate de Nova York, enquanto eu lia as anotações da aula anterior, esperando a próxima que seria na mesma sala.
— Ei, o que faz aqui? Achei que você tinha ido com os outros.
— Eu fui, mas falei que o treinador tinha marcado um treino de última hora e vim te trazer isso aqui.
— E você não está atrasado para esse tal treinamento, não?
— Se realmente existisse um, talvez…
O silêncio foi alto e ensurdecedor.
Act IV - the accomplishment
— Eu achei que você não viria!
null com a cara de pau dele olhou bem fundo nos meus olhos para dizer uma barbaridade.
— Esse é literalmente o meu dormitório?
A situação havia ficado estranha por semanas.
Sabe toda aquela coisa de filme adolescente onde cria uma afinidade com alguém depois de na realidade criar uma situação de perigo entre vocês dois?
Era essa a dinâmica entre eu e null. E isso complicou um pouco as coisas conforme os meses foram passando. Quer dizer, uns beijos aqui e outros ali, uma mão boba aqui e outra ali não significava muito.
Pelo menos não aparentemente.
— É que nós temos visita, eu convidei eles para o cinema de sexta porque null disse que não sabia se você viria para casa hoje já que anda dormindo com frequência na casa de null, então…
— null, tudo bem, eu não vou atrapalhar seu date duplo com seja lá quem for, só vou entrar no meu quarto, colocar os fones de ouvido e fingir que nada acontece do lado de fora, não se preocupe, já fiz isso antes.
Eu disse empurrando a porta devagar e ele junto.
— Não é isso, é que…
— null?
A voz era irreconhecível.
— ?
— null…null? indomável null?
Já a terceira voz junto da risadinha suficientemente estridente também era muito bem conhecida e foi sim, um choque. Até porque não é todo dia que você vê a pessoa que você criou uma situaçãozinha com a garota que junto de Marty Smarty Pants fez um inferno na sua vida durante o colégio sentados bem próximos um do outro.
— Oh por Deus, não aguento mais reencontrar essa gente null, deixe o passado no passado eu te imploro.
— Não, não é isso que você está pensando, eu…
— Não vai me cumprimentar, não? — a garota disse.
— Olá Alina, tudo bem? Espero que não, agora com licença que eu vou roubar o meu namorado rapidinho — eu disse sem pensar duas vezes, puxando null pela mão trazendo ele comigo para o quarto.
Deixando um null bem perplexo para trás.
— Namorado, Huh?
— Você não sabe do que eu te salvei, meu amor!
— Eu gosto disso — ele disse com um sorriso nos lábios.
— Do que?
— De você me salvando, me chamando de namorado e de meu amor…
— Que bom né, senão eu te expulsava agora mesmo desse quarto — eu disse entrando no banheiro para procurar para me trocar.
— Agora que eu entrei, acho muito difícil você conseguir me tirar — ele respondeu, me seguindo até onde eu estava.
As mãos dele ainda eram suaves como quando ele me tocou pela primeira vez alguns meses atrás.
Seu hálito não era gélido dessa vez, mas era tão quente que quando entrou em contato com o meu pescoço em um abraço por trás, arrepiou todo meu corpo.
— Não me provoca.
— Nunca — ele deixou um beijo ali, saindo em seguida do banheiro.
A verdade era que eu não era de ter proximidade com qualquer um, mas null era tão…não sei explicar que eu simplemente quase não controlava nenhuma parte do meu corpo com ele por perto.
A atração física era real e a sentimental também estava indo para o mesmo caminho. — Vamos ver um filme aqui mesmo ou você vai querer ir lá para fora com ele?
Perguntei, já sabendo sua resposta.
— Eu te disse que uma vez aqui dentro — se referia ao meu quarto — muito difícil você conseguir me tirar, então nós poderíamos sei lá, ver um filme e fingir que está interessante enquanto eu te beijo até você não querer mais.
— E que tal fazermos outra coisa? — sugeri.
— o que por exemplo?
Com null já meio sentado meio escorado na cama, sai do banheiro vestindo apenas a calça jeans que trazia, sem a camisa que antes me vestia e caminhei em sua direção.
Era a melhor expressão que eu já havia visto, digna de uma foto.
Ele não reagiu, de forma fisica provavelmente por medo de que eu desistisse do que estava prestes a fazer.
— E se nós brincássemos um pouco?
Eu disse passando um joelho de cada lado dele, sentando em seu colo.
Ele arfou.
— Você vai me deixar louco.
Sua mão partiu para o meu cabelo, entrelaçando bem cada dedo nele, puxando minha cabeça para trás levemente, deixando espaço para os beijos no pescoço.
— Essa é a intenção!
Ele gemeu com o súbito movimento que eu fiz sobre suas pernas.
Eu o beijei como não havia feito antes, era sim um desejo reprimido talvez, beijá-lo com intensidade enquanto ele geme sem parar por causa da fricção entre o meu corpo e o pano fino do short esportivo que ele usava.
— Parece que alguém está animado.
— De quem será a culpa — ele disse tentando se aliviar sozinho, passando a mão para dentro do próprio shorts.
Mas é claro que eu impedi.
— Opa, quem disse que pode?
Ele me olhou confuso.
— Eu faço isso por você, aliás, na realidade vou utilizar algo muito melhor do que as mãos. Mas primeiro, eu acho que mereço o meu prêmio por ter deixado você passar por aquela porta hoje, não acha?
— É você quem manda — ele disse buscando os meus lábios para mais um beijo.
Eu sai de cima dele, trazendo ele para ficar de pé comigo, ele me ajudou a tirar o resto das peças de roupa que trazia em meio aos beijos desengonçados. E eu fiz o mesmo com as roupas dele.
— Você já tentou assim?
Perguntei deitando ele na cama em uma direção e me deitando por cima dele, na direção oposta, deixando minha intimidade colada com o seu rosto.
Ele não aguentou por muito tempo, entrando em ação em seguida, tirando gemidos de mim que sendo sincera, ninguém havia tirado antes.
Nos esquecemos de tudo naquela noite, dos vizinhos, das horas, as luzes que ficaram acesas, havíamos até esquecido que null, Alina e null estavam no duplex naquela noite.
E aquela noite foi uma noite para se lembrar principalmente porque quando finalizamos ele rolou para o lado oposto, me aconchegando em seus braços, me encarando como se a qualquer momento eu fosse desaparecer.
— Será que podemos colocar um rótulo?
Eu o olhei confusa.
— Na gente, será que podemos colocar um rótulo no que temos? eu não aguento mais pensar que um dia você possa aparecer com outra pessoa e…
Eu sequer deixei ele terminar a frase, o beijei.
— Essa é a minha resposta? — ele perguntou.
— Você por acaso já assistiu o filme, “Juno”?
— Não, eu acho que não, porque? O que tem nele?
— Quando você assistir, vai saber qual é a minha resposta.
null com a cara de pau dele olhou bem fundo nos meus olhos para dizer uma barbaridade.
— Esse é literalmente o meu dormitório?
A situação havia ficado estranha por semanas.
Sabe toda aquela coisa de filme adolescente onde cria uma afinidade com alguém depois de na realidade criar uma situação de perigo entre vocês dois?
Era essa a dinâmica entre eu e null. E isso complicou um pouco as coisas conforme os meses foram passando. Quer dizer, uns beijos aqui e outros ali, uma mão boba aqui e outra ali não significava muito.
Pelo menos não aparentemente.
— É que nós temos visita, eu convidei eles para o cinema de sexta porque null disse que não sabia se você viria para casa hoje já que anda dormindo com frequência na casa de null, então…
— null, tudo bem, eu não vou atrapalhar seu date duplo com seja lá quem for, só vou entrar no meu quarto, colocar os fones de ouvido e fingir que nada acontece do lado de fora, não se preocupe, já fiz isso antes.
Eu disse empurrando a porta devagar e ele junto.
— Não é isso, é que…
— null?
A voz era irreconhecível.
— ?
— null…null? indomável null?
Já a terceira voz junto da risadinha suficientemente estridente também era muito bem conhecida e foi sim, um choque. Até porque não é todo dia que você vê a pessoa que você criou uma situaçãozinha com a garota que junto de Marty Smarty Pants fez um inferno na sua vida durante o colégio sentados bem próximos um do outro.
— Oh por Deus, não aguento mais reencontrar essa gente null, deixe o passado no passado eu te imploro.
— Não, não é isso que você está pensando, eu…
— Não vai me cumprimentar, não? — a garota disse.
— Olá Alina, tudo bem? Espero que não, agora com licença que eu vou roubar o meu namorado rapidinho — eu disse sem pensar duas vezes, puxando null pela mão trazendo ele comigo para o quarto.
Deixando um null bem perplexo para trás.
— Namorado, Huh?
— Você não sabe do que eu te salvei, meu amor!
— Eu gosto disso — ele disse com um sorriso nos lábios.
— Do que?
— De você me salvando, me chamando de namorado e de meu amor…
— Que bom né, senão eu te expulsava agora mesmo desse quarto — eu disse entrando no banheiro para procurar para me trocar.
— Agora que eu entrei, acho muito difícil você conseguir me tirar — ele respondeu, me seguindo até onde eu estava.
As mãos dele ainda eram suaves como quando ele me tocou pela primeira vez alguns meses atrás.
Seu hálito não era gélido dessa vez, mas era tão quente que quando entrou em contato com o meu pescoço em um abraço por trás, arrepiou todo meu corpo.
— Não me provoca.
— Nunca — ele deixou um beijo ali, saindo em seguida do banheiro.
A verdade era que eu não era de ter proximidade com qualquer um, mas null era tão…não sei explicar que eu simplemente quase não controlava nenhuma parte do meu corpo com ele por perto.
A atração física era real e a sentimental também estava indo para o mesmo caminho. — Vamos ver um filme aqui mesmo ou você vai querer ir lá para fora com ele?
Perguntei, já sabendo sua resposta.
— Eu te disse que uma vez aqui dentro — se referia ao meu quarto — muito difícil você conseguir me tirar, então nós poderíamos sei lá, ver um filme e fingir que está interessante enquanto eu te beijo até você não querer mais.
— E que tal fazermos outra coisa? — sugeri.
— o que por exemplo?
Com null já meio sentado meio escorado na cama, sai do banheiro vestindo apenas a calça jeans que trazia, sem a camisa que antes me vestia e caminhei em sua direção.
Era a melhor expressão que eu já havia visto, digna de uma foto.
Ele não reagiu, de forma fisica provavelmente por medo de que eu desistisse do que estava prestes a fazer.
— E se nós brincássemos um pouco?
Eu disse passando um joelho de cada lado dele, sentando em seu colo.
Ele arfou.
— Você vai me deixar louco.
Sua mão partiu para o meu cabelo, entrelaçando bem cada dedo nele, puxando minha cabeça para trás levemente, deixando espaço para os beijos no pescoço.
— Essa é a intenção!
Ele gemeu com o súbito movimento que eu fiz sobre suas pernas.
Eu o beijei como não havia feito antes, era sim um desejo reprimido talvez, beijá-lo com intensidade enquanto ele geme sem parar por causa da fricção entre o meu corpo e o pano fino do short esportivo que ele usava.
— Parece que alguém está animado.
— De quem será a culpa — ele disse tentando se aliviar sozinho, passando a mão para dentro do próprio shorts.
Mas é claro que eu impedi.
— Opa, quem disse que pode?
Ele me olhou confuso.
— Eu faço isso por você, aliás, na realidade vou utilizar algo muito melhor do que as mãos. Mas primeiro, eu acho que mereço o meu prêmio por ter deixado você passar por aquela porta hoje, não acha?
— É você quem manda — ele disse buscando os meus lábios para mais um beijo.
Eu sai de cima dele, trazendo ele para ficar de pé comigo, ele me ajudou a tirar o resto das peças de roupa que trazia em meio aos beijos desengonçados. E eu fiz o mesmo com as roupas dele.
— Você já tentou assim?
Perguntei deitando ele na cama em uma direção e me deitando por cima dele, na direção oposta, deixando minha intimidade colada com o seu rosto.
Ele não aguentou por muito tempo, entrando em ação em seguida, tirando gemidos de mim que sendo sincera, ninguém havia tirado antes.
Nos esquecemos de tudo naquela noite, dos vizinhos, das horas, as luzes que ficaram acesas, havíamos até esquecido que null, Alina e null estavam no duplex naquela noite.
E aquela noite foi uma noite para se lembrar principalmente porque quando finalizamos ele rolou para o lado oposto, me aconchegando em seus braços, me encarando como se a qualquer momento eu fosse desaparecer.
— Será que podemos colocar um rótulo?
Eu o olhei confusa.
— Na gente, será que podemos colocar um rótulo no que temos? eu não aguento mais pensar que um dia você possa aparecer com outra pessoa e…
Eu sequer deixei ele terminar a frase, o beijei.
— Essa é a minha resposta? — ele perguntou.
— Você por acaso já assistiu o filme, “Juno”?
— Não, eu acho que não, porque? O que tem nele?
— Quando você assistir, vai saber qual é a minha resposta.
Fim!
Nota da scripter: AAAAAAAAA EU ESTOU APAIXONADA NESSES DOIS, ESCREVA ALGUMA COISA SÓ FOCADA NA RELAÇÃO DELES, EU TE IMPLORO!!!!!!