Capítulo Único
bebericava um martini no bar do hotel enquanto esperava. Suas pernas estavam cruzadas, expondo mais pele do que era acostumada. A mulher já tinha dado fora em três homens e recusado, no mínimo, quatro drinks. Não era acostumada a receber tanta atenção assim e estava um pouco assustada.
Não era costume usar vestidos curtos de cetim, salto alto ou batom extravagante. Mas decidiu que precisava mudar um pouco a rotina e frequentar lugares diferentes, conhecer gente nova, mas já estava se arrependendo.
estava preparada para levantar da cadeira assim que terminasse sua bebida. Não iria ficar esperando que ele chegasse. Sabia que não poderia confiar em Claire. Sua amiga e colega de quarto sempre a arrumava encontros às cegas, e na maioria das vezes era furada.
Uma figura sentou na cadeira vazia ao seu lado e ela não virou para responder, já estava cansada de dizer “não” naquela noite. tomou mais um gole de sua bebida, deixando a taça vazia e ignorou o homem. Se não desse atenção, ele iria embora.
— ? — Ouviu seu nome ser chamado e se virou para olhar o dono da voz melodiosa.
Não era exagero dizer que ele era a pessoa mais bonita que já tinha visto na vida. o analisou de leve: sapatos pretos, calça jeans escura, camisa branca de botões e uma jaqueta de couro, dando um ar mais despojado. O rosto do homem parecia esculpido pelos deuses do Olimpo: lábios grossos e de aparência tão macia que desejou tocá-los, olhos escuros enigmáticos, cabelo curto e um pouco despenteado. É, ele era lindo.
— Vance? — Ela sorriu quando o viu assentir com a cabeça.
— Posso te pagar outro drink? — ele perguntou, apontando para a taça vazia. concordou e ele fez os pedidos.
ficou em silêncio, esperando que ele dissesse alguma coisa. Pegou o palito da taça vazia e levou uma das azeitonas espetadas até a boca. Olhou de canto e viu que acompanhava seu movimento e vibrou por dentro. Tinha visto isso em um filme e tinha achado extremamente sexy. Pelo jeito não foi só ela. pigarreou e se ajeitou na cadeira. A mulher sorriu e apoiou um braço sobre o balcão, descansando a cabeça sobre o punho.
— Então, , o que me conta de você? — O homem coçou a barba rala e sorriu.
— Sou músico — contou com orgulho. Claire tinha acertado naquele ponto, tinha uma atração gigantesca por músicos.
Ele sorriu de canto e observou a mulher. Talvez tenha se demorado mais do que o recomendado olhando suas pernas, mas logo voltou a olhá-la nos olhos.
— E você? — retrucou a pergunta.
— Cientista. — respondeu simplesmente. Não iria explicar para ele seu trabalho, ninguém nunca se importava com o que fazia. Notando o olhar confuso de , ela resolveu que talvez pudesse complementar um pouco. — Trabalho com física quântica.
— Nossa, que incrível. — Ele pareceu surpreso e animado. — Acho que nunca conheci ninguém tão inteligente assim.
riu e mudou de posição, ficando com a coluna mais reta. Bebeu um gole do novo martini que o barman entregou e fechou os olhos, saboreando a bebida incrível. Se pudesse, se casaria com uma garrafa de gim.
bebeu um gole de seu whiskey e prestou atenção no quanto era bonita. Quando chegou ao bar, se arrependeu quase que instantaneamente quando a viu de longe, sentada sozinha. Ele precisou de ao menos dez minutos para tomar coragem e se aproximar dela, e enquanto surtava sozinho, a viu dispensar dois caras e um drink. Ele estava era se borrando de medo de chegar perto dela e a ficha cair: um puta mulherão que o faria gaguejar.
E a ficha caiu mesmo, ela era ainda mais bonita de perto: o sorriso gracioso, com lábios contornados por um tom fechado de vermelho, olhos pretos que pareciam ao mesmo tempo agressivos e amorosos, os cabelos cacheados emoldurando o rosto angelical. E, por Deus, aquele vestido a deixava irresistível, agora ele entendia por que outros caras tinham se aproximado dela. Ele não sabia que tecido era aquele, mas o brilho do vestido a deixava deslumbrante, e aquelas pernas… Ela poderia pisar nele sempre que quisesse. Não entendia nada sobre sapatos, mas sabia que saltos com sola vermelha eram de luxo e bem caros.
Ele tinha se sentado ao lado dela com a certeza de que ela cancelaria o encontro no momento em botasse os olhos nele. Mas não, ela foi super simpática e parecia analisá-lo do mesmo jeito que ele fez com ela. E quando ela comeu aquela azeitona? Ele não conseguiu tirar os olhos da cena, desejando com toda partícula de seu corpo que fosse ele naquele momento.
— Que tipo de música você toca? — foi arrancado de seus pensamentos impuros com a pergunta.
— Pop/rock. Um pouco de blues e R&B também — ele respondeu ainda um pouco perdido. sorriu surpresa.
— Um pouco de tudo, então? — riu e concordou com a cabeça. — Será que eu já escutei uma música sua na rádio?
— Duvido, não consegui alcançar esse patamar ainda. — Ele remexeu a bebida em seu copo. — Mas um dia ainda vai escutar.
sorriu. Cinco minutos e nada tinha dado errado, será que dessa vez Claire realmente tinha acertado?
Eles conversaram um pouco mais sobre a música de , que perguntou várias coisas sobre o trabalho de . Ela não costumava falar tanto sobre isso, já que, na maioria das vezes, as pessoas achavam chato ou só perguntavam por educação, mas o homem parecia genuinamente interessado. Trocaram também histórias constrangedoras que passaram e relatos de infância. fez a pergunta que sempre revelava o caráter de alguém: filme, música, cor, animal, comida e bebida favorita. Ela se surpreendeu com a resposta, notando que era bem parecida com seus favoritos.
Eles ainda riam de alguma coisa, quando a cadeira do outro lado dela foi preenchida.
— Sozinha? — parou a risada e olhou para o homem. Ele era cego?
— Acompanhada. — Ela se voltou para e revirou os olhos.
observou a cena. Aquele cara realmente tinha tentado dar em cima dela enquanto os dois ainda conversavam? Ele queria fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Puxou uma nota da carteira e pagou pelas bebidas, antes de ficar de pé e ajeitar a jaqueta.
o olhou confusa. Ele estava indo embora?
estendeu a mão para ela, que aceitou prontamente e se equilibrou sobre os saltos finos. O homem prendeu a respiração ao observá-la por inteiro. Ela era simplesmente espetacular. a puxou para perto e aproximou a boca do ouvido dela.
— Só vai na minha — sussurrou e deixou um beijo na base do pescoço dela. se separou um pouco dela e olhou para o outro homem. — Ela está muito bem acompanhada.
Sorriu cínico e guiou para fora do bar com uma das mãos em suas costas. O coração dele batia um pouco rápido demais. Se a mulher não tivesse resolvido seguir o que disse, poderia ter acabado com um tapa no rosto, bebida no cabelo ou um salto fino fincado nos pés.
Eles saíram juntos do hotel para o vento frio. se encolheu e logo tirou a jaqueta, jogando sobre os ombros nus dela.
— Não acho que combinou muito com seu look. — Ele riu, observando como a jaqueta havia ficado grande demais nela, quase do tamanho do vestido preto. riu.
— Não se preocupe, não pretendo usar esse vestido por muito mais tempo essa noite. — Talvez tenha sido o álcool ou só a imaginação de , mas ele tinha quase certeza de que ela não se referia a ir para casa colocar um pijama.
— Sabe, tem uma boate no fim da quadra… — disse com um tom sugestivo.
— Então por que ainda estamos parados aqui? — começou a andar e olhou para trás quando percebeu que o homem não a acompanhava. — Você vem?
piscou duas vezes e encarou , que o esperava uns metros adiante. Ele andou devagar na direção dela e caminharam lado a lado até a boate. A fila era grande, quase dobrando a esquina. ia em direção ao fim da fila, quando sentiu uma puxada em seu braço.
— Vem comigo. — Ele segurou a mão da mulher. parou em frente ao segurança, que o olhou com descaso. — Nome na lista.
— Melhor ir para o fim da fila, senhor — o segurança respondeu simplesmente e o ignorou.
— Nome na lista — voltou a falar. — Vance.
— Senhor…
— Olha a lista, por favor — ordenou com a voz mais autoritária e o segurança procurou pelo nome na prancheta.
— Não tem nenhum Vance aqui. — O homem parecia aborrecido. — Agora para o fim da fila.
— Senhor Vance? — o outro segurança, que observava a conversa de longe, se aproximou. — Ah, boa noite, senhor. Pensei que não viria hoje.
O primeiro segurança parecia tão perdido quanto . sorriu e apertou a mão do segundo homem.
— Mudei de ideia, Charles. — sorriu e entrou na boate com . — Boa noite — ele desejou aos dois homens. O primeiro segurança agora levava uma bronca baixa por tentar barrar a entrada de .
O casal, ainda de mãos dadas, entrou no ambiente cheio. sorria para algumas pessoas e somente o acompanhava, ainda sem saber o que dizer. Eles subiram uma escadinha para o VIP e ocuparam uma mesa escondida. Um garçom logo veio anotar os pedidos e observou o lugar ao redor, era igual a todas as boates que conhecia: um bar com diversas garrafas de bebida, algumas mesas e cadeiras. Lá embaixo, ela tinha visto umas três estações de bebida, com alguns sofás espalhados pelos cantos, deixando o meio livre para a pista de dança.
— Achei que fosse músico. — o olhou com as sobrancelhas arqueadas.
— E sou. — deu de ombros e apoiou um dos braços sobre o encosto do estofado atrás da mulher. — A boate é mais um passatempo.
— Hum — se limitou a responder e agradeceu ao garçom quando recebeu seu drink. — Eu achava que sabia onde encontrar o melhor martini da cidade, mas claramente estava errada.
— Agora para tomar mais um desse vai ter que me encontrar — se xingou por ser tão ruim no flerte. Ele não se perdoaria se perdesse uma mulher como por não saber passar uma cantada. Para sua sorte, riu.
— Talvez eu use essa desculpa… — A mulher aproximou seu corpo do de , que também se moveu para ficar mais perto dela.
— Gosto dessa ideia — ele disse, aproximando o rosto do dela.
— Você que sugeriu. — Ela sorriu.
— Eu sempre dou as melhores ideias — soprou baixo e sentiu o hálito de contra seu rosto quando ela riu.
— É? — A mulher alternou sua atenção entre a boca dele e seus olhos.
— É — disse, num sussurro, roçando seus lábios contra os de .
colou sua boca na dele, já cansada do joguinho de sedução. Os lábios dele eram tão macios quanto ela imaginava, e o gosto do álcool deixava o beijo ainda mais gostoso. Normalmente, ela gostava de comandar, mas deixou que tomasse as rédeas quando sentiu a mão dele segurar a lateral de seu pescoço. A língua dele estava gelada por conta da bebida, e era tão ágil que desejou sentir aqueles movimentos em outra parte de seu corpo.
quebrou o beijo aos poucos, dando vários selinhos na mulher, que ainda tentava respirar normalmente. sorriu pretensiosamente quando o olhou parecendo envergonhada e tomou um gole de sua bebida. Agora era a vez de ela tomar a direção de onde iam. virou o rosto de para o seu e o puxou para mais um beijo.
Dessa vez, o beijo foi mais agressivo. movia sua boca contra a dele de forma intensa e retribuía com a mesma voracidade. Os dois pareciam envoltos numa nuvem de luxúria e sensualidade, que pouco se importavam se alguém poderia vê-los. soltou um gemido quando a boca do homem deslizou para seu pescoço e distribuiu diversos beijos sobre a pele macia. arrastou a boca para o colo de e sentiu as mãos dela passearem por seu cabelo, tentando puxar os fios curtos. Ele deslizou a língua fria sobre a pele acima do decote do vestido e voltou a beijar o pescoço da mulher.
tentava não se derreter com os toques intensos de . Ainda sentindo a boca dele abaixo de seu ouvido, deslizou devagar uma das mãos pela coxa dele e apertou de leve seu pau. ofegou baixo e ela sorriu satisfeita. subiu no colo dele, que não conseguiu reagir, surpreso demais pelo ato.
segurou o pescoço de com a medida certa de força e sensualidade e o puxou para si, enquanto começava a se movimentar devagar sobre seu corpo. segurou na cintura dela com força, mas não se deu por satisfeita.
— Não haja como puritano agora — ela disse baixo e arrastou as mãos dele mais para baixo.
sorriu ladino e apertou a bunda de , que sorriu satisfeita. Ela aproximou seu rosto do dele de novo e mordeu o lábio inferior do homem, o puxando de leve. Sem parar de se movimentar sobre o quadril de , o beijou pela terceira vez. Parecia impossível, mas cada vez que suas bocas se tocavam, o beijo ficava mais gostoso. segurou com uma mão a base da nuca dela e puxou devagar, com os dedos enrolados nos cachos negros. arfou em surpresa e sorriu de canto, olhando nos olhos do homem.
— Eu quero ver se essa boca faz um bom trabalho em outros lugares também — ela disse baixo, desenhando os lábios dele com o polegar. sorriu e chupou o dedo da mulher.
— E eu quero saber se seu gosto é tão bom quanto eu imagino.
se surpreendeu com a resposta, e aproveitou o momento para tirá-la de seu colo e sair do pequeno sofá atrás da mesa redonda. Ele segurou sua mão e a direcionou para um corredor com algumas portas. O homem tirou uma chave do bolso e destrancou a porta, entrando com . Ela não teve tempo de olhar onde estava, porque no segundo seguinte teve seu corpo pressionado contra a parede.
a beijou com fervura, sentindo o tesão começar a tomar conta de seus atos. correspondeu com a mesma intensidade e tocou a pele de por debaixo da camiseta. Passeou com os dedos pelo peitoral do homem, arranhando seu abdômen quando voltou a segurar o cós de sua calça. tirou sua jaqueta do corpo de e desceu os beijos pelo pescoço dela, trilhando um caminho de beijos pelo ombro dela, descendo as alças finas do vestido. Ele voltou a beijar o pescoço de , sugando a pele, crente que ficaria uma marca no dia seguinte, e começou a descer a boca, agora em direção ao decote do vestido. lambia com vontade a pele de e abaixou o tecido maleável do vestido, alcançando uma área mais sensível. Ouviu um resmungo de aprovação da mulher e tocou seus seios ainda por cima do vestido. Logo percebeu que ela não usava sutiã, podia sentir seus mamilos duros por debaixo do pano preto.
reclamou quando a boca de voltou para a sua, mas logo se aquietou quando uma de suas mãos grandes deslizou para o meio de suas pernas. levantou a barra do vestido e tocou a intimidade de por cima da calcinha de renda. Ele percebeu que o tecido já estava molhado e sorriu entre o beijo. observou o olhar de desejo no rosto de quando separou suas bocas. Ele levantou a mão que estava entre as pernas dela e levou o indicador até os lábios da mulher. sugou o dedo sensualmente, sem quebrar o contato visual com o homem, e sentiu o pau latejar dentro das calças. Ele voltou a colar sua boca na dela, o gosto de transitando suavemente entre suas línguas.
girou, ainda agarrado ao corpo de , e andou em direção à mesa grande de carvalho. Ele a colocou sentada sobre a madeira e rompeu o beijo. olhou ao redor, reparando que estava em uma espécie de escritório. Ela sempre teve a fantasia de transar no ambiente de trabalho, mas se derrubasse algo no laboratório, ficaria sem ter como pagar o conserto de algum equipamento.
se encaixou entre suas pernas e segurou seu pescoço com as duas mãos, aproximando seu rosto do dela. sentia sua calcinha encharcada e sedenta pelo toque do homem, que não tardou a vir. voltou a mexer habilmente seus dedos sobre o ponto sensível da mulher, agora por dentro da calcinha.
segurava nos ombros de , suspirando baixo no ouvido dele. Vance mordeu o lóbulo da orelha de , escorregando um dedo para dentro da mulher, que soltou um gemido mais audível. Com certa brutalidade, empurrou o corpo de sobre a mesa, deixando-a deitada e a observou de cima, com os olhos fechados e o lábio inferior preso entre os dentes.
deslizou outro dedo na buceta de e, com a mão livre, abaixou o decote do vestido dela, deixando seus seios à mostra.
— Porra! — xingou, quando ele apertou forte seu mamilo esquerdo. Foi a dose necessária de força para deixá-la com ainda mais tesão.
se inclinou e a beijou enquanto a masturbava, deslizando cada vez mais fácil seus dedos para dentro dela. O homem começou a descer os beijos, se demorando nos peitos de , que agarrou com vontade os cabelos curtos do homem, o incentivando a continuar o que fazia.
Quando chegou à intimidade de , tirou sua calcinha com cuidado e colocou suas pernas sobre seus ombros, beijando o interior de suas coxas. Ele assoprou de leve sobre o ponto mais sensível e ofegou. Como ela queria que ele a chupasse. não queria enrolar muito, então logo encostou a boca na buceta molhada dela.
não soube se seu gemido foi ouvido pelas pessoas do lado de fora e nem se importava com isso, mas foi impossível não gritar de prazer quando a língua dele tocou seu clítoris. continuou a foder com os dedos enquanto a chupava, ele alternava os movimentos com a língua, sentindo que a mulher se remexia com seus toques. começou a mover o quadril em direção ao rosto de enquanto segurava os cabelos do homem, começando a sentir o nó no fundo do estômago desatar. Ela estava quase gozando, quando ouviu uma batida na porta. até tentou ignorar, mas a pessoa do outro lado era insistente. A mulher empurrou para longe e o olhou envergonhada.
— Acho melhor ver o que é. — Ela apontou para a porta e observou a feição frustrada no rosto dele. Ela devia estar do mesmo jeito.
ficou ereto e ajeitou as roupas, passou as mãos no cabelo e destrancou a porta, abrindo uma brecha minúscula para ver quem era. Seu gerente estava do outro lado com uma pilha de papéis nas mãos, querendo discutir sobre o quadro de funcionários e a nova remessa de bebidas.
se ajeitou sobre a mesa e vestiu a calcinha de novo. Pegou a pequena bolsa que havia sido jogada em um canto e a abriu, observando seu reflexo no espelho minúsculo. Fez o melhor que pôde, arrumando o cabelo e a maquiagem e se recompôs.
voltou a observá-la quando conseguiu fazer com que seu gerente fosse embora. estava parada perto da mesa e parecia… envergonhada? Ele não sabia dizer.
— Preciso voltar pra casa — ela disse, antes que ele pudesse abrir a boca. ficou confuso, mas, mais uma vez, ela foi mais rápida. — Foi um prazer te conhecer, .
Ela disse tudo de uma vez e passou rápido pelo homem. A porta estava trancada de novo, mas ela virou a chave na fechadura e a abriu com rapidez. não quis segurar o braço dela, com medo de assustá-la ou algo do tipo.
— ? — ele chamou, quando ela saiu do escritório. — ! — ele chamou mais uma vez e ela parou no corredor mal iluminado. — Eu fiz alguma coisa errada? Eu te machuquei, te forcei…
— Não — ela o interrompeu e balançou a cabeça em negação, mas ainda de costas para o homem. — Eu... Desculpa, .
apressou o passo e chegou à área VIP, que agora estava bem cheia. a seguiu sem saber muito bem o que fazer. Queria conversar com ela, saber o que tinha acontecido. Mas será que se não fosse atrás dela pareceria um assediador doido? Ele forçou suas pernas a pararem e perdeu a mulher de vista quando ela se misturou à multidão do térreo.
respirou fundo assim que conseguiu parar um táxi na rua. Que diabos ela estava fazendo? Não, não era puritana, já havia transado em primeiros encontros, mas alguma coisa a impediu de continuar depois que foram interrompidos. Não sabia o que era, mas um tipo de bloqueio envolveu seu corpo e ela só queria correr para casa e ficar sozinha. Ficou feliz que não a seguiu ou tentou a segurar lá, mas se sentiu mal por deixá-lo sozinho e confuso.
coçou os olhos sem se importar se borraria a maquiagem e observou a rua pela janela do carro. Precisava conversar com alguém, não queria ficar mais sozinha.
— Moço? — Ela se inclinou no espaço entre os bancos da frente e chamou o motorista, que assentiu, dando a entender que a ouvia. — Você pode virar na próxima direita e parar no número 68?
O homem concordou e logo saiu do carro amarelo. Entregou uma nota de 50 dólares e disse para o motorista que ficasse com o troco, ela estava com receio de que tivesse manchado o banco do carro com sombra preta e batom vermelho. Poderia não ser muito dinheiro, mas era o que tinha na carteira.
suspirou quando tocou o interfone do apartamento 302.
— Que foi? — uma voz sonolenta e irritada soou do alto-falante.
— Sou eu — respondeu e ouviu um resmungo pelo interfone.
— Sobe logo. — Um clique destravou a porta e a empurrou.
A porta do apartamento já estava aberta e uma loira alta esperava a amiga com duas taças de vinho na mão.
— Desculpa — Claire disse, logo que viu a amiga. riu e pegou a taça, entrando no apartamento e se jogando no sofá.
— Não tem por que se desculpar, Claire. — Ela suspirou e cobriu os olhos com a mão livre.
— O que aconteceu então? — A loira sentou no espaço vazio no sofá e observou a amiga.
— Ele era perfeito. — chutou os sapatos para longe e bebericou o vinho sob o olhar curioso de Claire. — Acho que me lembrei do Andrew.
— Ah, por favor! — Claire exclamou alto e tacou uma almofada na cara de . — É sério isso? Você lembrou daquele bosta do seu ex?
— Aah! Eu também não sei por que, mas aconteceu. E eu praticamente corri pra longe do . — tomou outro gole de vinho e se xingou mentalmente. — Ele tava me chupando, Claire.
— Como é? — A loira engasgou com o vinho. — Você lembrou do ex bunda mole enquanto um gostoso te comia?
— Eu sei, tá? — bufou, quando ouviu a risada da amiga. — Ai, sério, que ódio.
virou a taça e foi para a cozinha pegar a garrafa. Nem ela sabia o que tinha acontecido direito, só sabia que odiava toda a situação.
— Mas o foi tranquilo, né? Ele não te forçou a…
— Não, Claire. — virou rápido para encarar a amiga, ainda sentada no sofá. — Na verdade, ele foi super educado.
— “Ah, você é uma mulher linda, seria que poderia chupar você essa noite?” — Claire tentou fazer uma voz grave e rolou os olhos com a atuação ridícula da loira.
— Você é péssima, sabia?
— Pensei que vocês poderiam funcionar. Ele é bem a sua cara.
— Eu também. E tudo tava bom demais, sério. — voltou pro sofá com a garrafa de vinho pela metade e outra ainda fechada. — A gente é mais parecido do que eu imaginava, e, porra, ele é músico.
— Eu sei disso. Por que acha que marquei um encontro entre os dois? — Claire encheu as taças vazias.
— E aí a gente saiu do bar do hotel e fomos para aquela boate que sempre quisemos ir, sabe? — Claire concordou com a cabeça. — Acontece que ele é o dono.
— E o filho da puta não me diz nada? Eu falei diversas vezes pra ele que queria ir pra lá. — Claire parecia realmente indignada.
— Enfim — ignorou a amiga —, a gente foi pro VIP e aí ele finalmente me beijou. E depois eu meio que subi no colo dele. — deu de ombros com o olhar malicioso da amiga e terminou a história. — A gente começou a se pegar pesado e ele me levou pro escritório dele. E, bom, o resto você já sabe.
— Ele te deu um oral — Claire completou. — Foi bom? Pelo menos antes de você fugir?
— Sabe o Caleb? — perguntou e viu um brilho surgir nos olhos da amiga. Ambas já haviam ficado com aquele homem e sabiam bem o que aquela boquinha era capaz de fazer. — Era ainda melhor.
— Não acredito. — Claire riu com gosto. A loira conheceu quando trabalharam juntos na produção de um musical e sabia muito bem que aquela carinha de anjo não enganava ninguém.
— Eu tô me odiando muito agora por ter arruinado uma possível noite de sexo incrível. — deitou no sofá e apoiou os pés nas pernas da amiga.
— Pode dormir aqui hoje se quiser. — Claire deu um tapinha nas pernas de . — Mas acho bom você tomar um banho, não quero meu sofá fedendo a suor.
fez uma expressão falsa ofendida e esfregou o corpo nas almofadas. Ela riu com os protestos e ameaças de morte da loira. Era disso que precisava: um colo amigo para depositar as mágoas da noite.
Ela já tinha superado Andrew, sabia disso. Mas não conseguia parar de pensar nele desde o encontro com . Continuou a pensar nisso enquanto esvaziava a garrafa de vinho com Claire, conversando sobre a vida amorosa da loira agora. Foi uma ótima distração para , que queria parar de se sentir culpada por deixar sozinho no clube.
Duas garrafas de vinho depois, Claire disse que ia dormir e deixou o banheiro pronto para a amiga tomar banho e dormir no sofá. levantou com preguiça, mas tomou um banho e tirou toda a maquiagem do rosto, que a essa altura já tinha se transformado em um único borrão.
Encarando seu reflexo no espelho de Claire, um estalo ocorreu a . Uma vez, em uma das brigas com Andrew, quando terminaram pela primeira vez, ele tinha dito que nenhum homem iria querer algo com ela além de sexo, que ela era uma piranha descartável. guardou a frase no inconsciente e praticamente sabotava sua vida amorosa e sexual. Aquele desgraçado realmente tinha mexido com a cabeça dela. Era por isso que achava todos os seus encontros horríveis e nunca tentava algo a mais com outras pessoas?
Ela tinha quase certeza que sim. E por todo esse tempo achava que tinha alguma coisa errada consigo, quando na verdade o filho da puta do Andrew tinha mexido com sua confiança e auto estima. voltou para a sala disposta a esganar Andrew. Mas talvez no dia seguinte, agora estava cansada.
Ela se deitou no sofá, que agora tinha cobertas e travesseiro, e fechou os olhos. Dormiu quase instantaneamente, mas sonhou com . estava de volta ao escritório do homem na boate. Dessa vez ela gozava na boca dele, que lambia os lábios em satisfação. subiu o corpo e a beijou, a fazendo sentir o próprio gosto.
— Deliciosa — ele comentou baixo.
O sonho foi mais explícito do que poderia imaginar. Nunca teve algo parecido assim antes, nem mesmo com suas celebs crushes. Ela acordou suando no sofá e respirou fundo três vezes antes de se sentar. Sentiu uma umidade entre as pernas e arregalou os olhos. Ela gozou enquanto dormia? Isso era possível?
correu para o banheiro e tomou outro banho, mas foi impossível não se lembrar do sonho erótico com , e, quando percebeu, já tinha os dedos massageando sua intimidade.
Levou um susto quando a porta foi esmurrada com força. Será que nunca iria gozar em paz?
— Sai logo daí, ! Eu vou me atrasar pro teste! — Claire gritava do lado de fora.
resmungou e terminou seu banho. Passou por uma loira furiosa, que praticamente a jogou para fora do banheiro, e foi para o quarto da amiga escolher uma roupa. Já era tão comum passar algumas noites depois de encontros frustrados no apartamento de Claire, que a amiga nem se importava mais de emprestar roupas. ainda deixava escova de dentes e roupas íntimas lá, quase como se fosse sua segunda casa.
terminou de se vestir e foi para a cozinha preparar um café da manhã. Como era sábado, não trabalharia no laboratório hoje, talvez só finalizasse um artigo em casa. Claire saiu do banheiro com a toalha enrolada na cabeça e sentou na bancada da cozinha, puxando um prato com ovos mexidos.
— Eu só te deixo passar a noite aqui por causa do café no dia seguinte. — A loira deu uma garfada no prato.
— Você me trata como um de seus peguetes — reclamou, bebericando o café em sua xícara e Claire revirou os olhos.
— Realmente vou chegar atrasada se ficar sentada aqui conversando. — A mulher engoliu os ovos e virou um copo de suco, já se levantando.
— Sei nem por que marca teste em final de semana se sempre fica nessa correria — comentou, tirando a louça suja da mesa e deixando dentro da pia. Nem ferrando que ela ia lavar.
— Porque eu gosto do meu emprego! — Claire gritou do banheiro. — E porque eu preciso terminar a escalação de elenco da peça.
— Ah, agora entendi. — riu, quando a amiga completou. Claire sempre deixava as coisas para o último momento e agora corria atrás de uma última atriz para o elenco principal da peça que produzia.
Claire voltou para a sala com os cabelos secos e uma maquiagem básica. pegou os saltos da noite anterior, junto à bolsa e o vestido, e acompanhou a amiga para fora do apartamento. As duas desceram as escadas do prédio lado a lado, conversando sobre a peça de Claire, e se despediram quando chegaram à rua. A loira correu para a estação de metrô e caminhou no sentido contrário, indo para seu próprio apartamento.
Não demorou para chegar em casa, morava somente a 5 quadras de distância da amiga. A mulher soltou os sapatos no tapete assim que destrancou a porta, depois arrumaria tudo. Ela observou em volta, tudo parecia estar no lugar certo. franziu o cenho.
— Barnes? — chamou alto e não obteve resposta. — Barnes! — dessa vez gritou e ouviu um barulho vindo do quarto.
correu em direção ao barulho e encontrou seu vaso de pimenteira caído no chão. Pelo canto do olho, viu um borrão preto se enfiar debaixo da cama.
— Barnes, eu não vou brigar com você — disse e se ajoelhou no chão. — Vem, filho.
Ela ficou de pé e o gato saiu sorrateiro do esconderijo. riu e pegou o bichano no colo, enchendo o animal de beijos. Aquele gato se comportava como criança.
soltou o animal e pegou o notebook de cima da cama, voltando para a sala com o aparelho já ligado. Assim que sentou na mesa e olhou a caixa de e-mail, lembrou que tinha que entregar um relatório do dia anterior, que acabou deixando para depois por causa do encontro. Um arrepio correu a espinha de quando lembrou do encontro, e consequentemente de .
balançou a cabeça, tentando espantar a lembrança, e abriu o documento para continuar a escrever. Antes de se concentrar completamente, preparou um bule de café e trocou as roupas por outras mais confortáveis. Pegou também uma pilha de livros e pastas da escrivaninha e voltou para a sala, deixando tudo ao lado do computador. Seria uma tarde divertida.
Já eram quase oito da noite quando se deu conta de que passara o dia inteiro trabalhando. Mas valeu a pena, porque tinha terminado o relatório e o artigo que escrevia para uma revista. Ela sorriu satisfeita quando enviou os e-mails e deu o dia como finalizado, agora podia assistir suas séries em paz. Decidiu que depois arrumaria a bagunça sobre a mesa e se jogou no sofá, pronta para passar a noite ali.
Barnes subiu no estofado, miando, e tentou ignorá-lo, mas o animal não fechava a boca. Ela quis se bater quando lembrou que já era de noite e que o bicho devia estar com fome. Suspirando, se levantou e pegou o saco de ração para repor a comida de Barnes.
— Seu pote tá cheio. — Ela olhou para o animal, que miou de volta. — Eu não vou trocar a ração. — Mais um miado. sacudiu o potinho e apontou para que o gato se aproximasse. Barnes miou de novo. — Você é mimado demais, sabia? Tem gatos que adorariam comer essa sua ração, seu soberbo.
Ela desistiu e trocou a ração de Barnes, que agora comia de boa vontade. Já que estava na cozinha, decidiu fazer algo para comer também, a última refeição que teve foi o café da manhã na casa de Claire. Foi a comida mais saudável que teve na vida? Não, mas comia com gosto a mistura de miojo e batata-frita. Ela sentou de novo no sofá e já tinha assistido três episódios de Grey's Anatomy, quando seu celular alertou uma mensagem nova. Ainda com os olhos grudados na televisão, alcançou o aparelho e o destravou. Leu rápido a mensagem e não entendeu nada, só tinha reparado que era de Claire. pausou a série e leu novamente. Provavelmente Claire já estava bêbada, porque não era possível que alguém digitasse tantos erros ortográficos em uma única mensagem. Mas, resumidamente, Claire tinha conseguido escalar o elenco para a peça, comemorava com alguns membros da equipe em uma boate, e a estava convidando.
Pensou em recusar, mas não iria desperdiçar o final de semana em casa quando não sabia o dia de sua próxima folga. digitou que iria e pediu o endereço, já correndo para se arrumar. Tomou um banho rápido e vestiu a roupa mais simples que encontrou no armário. Seu celular vibrou de novo com o endereço e sentiu o coração gelar. Era uma brincadeira do destino? Ou só Claire que fazia uma piada de mal gosto? Era a boate de , o que quase fez com que desse uma desculpa esfarrapada e não fosse.
levou um susto quando recebeu outra mensagem de Claire, perguntando se ela iria mesmo. A mulher já estava sentada olhando para o nada há trinta minutos. Resolveu que iria. Talvez nem estivesse lá, talvez ele nem se lembrasse mais dela, talvez ele nem percebesse que ela estava lá. Mas, por via das dúvidas, tirou a calça jeans e colocou uma roupa mais apresentável. Não usaria salto alto de novo nem ferrando, mas colocou outro tênis que não seu all star chulezento. Contemplou o look em frente ao espelho do quarto: bota preta de couro, calça branca e um body rendado que mostrava sua barriga. Tava ótimo, as pessoas que encontraria estavam com roupas simples também.
pediu um uber assim que se despediu de Barnes. O motorista já a esperava quando ela desceu as escadas do prédio, e, mais uma vez, pensou se deveria ir. Acabou decidindo que iria porque o motorista buzinou impaciente e tudo que pôde fazer foi correr até o carro. A viagem até a boate não foi longa, mas por todo o caminho pensava em como seria seu encontro com . Isso porque nem sabia se o homem estaria lá.
A fila do clube ainda era curta, o que deixou ao mesmo tempo aliviada e apreensiva. Sempre ficava impaciente quando tinha que esperar para alguma coisa, mas sentia seu estômago se revirar a cada passo que dava em direção à entrada. comprou sua entrada e recebeu um carimbo no dorso da mão. Hoje ela não era VIP.
A boate estava bem cheia, a maioria das pessoas dançando com a batida eletrônica que soava nas caixas de som. A mulher observou ao redor, tentando procurar a amiga sob as luzes piscantes. Era difícil andar entre a multidão, mas abriu caminho até um dos bares e pediu uma dose de tequila. Os atendentes estavam sobrecarregados e ela já estava desistindo da sua bebida, quando sentiu um abraço na cintura e se virou pronta para estapear alguém.
— Vai me bater? — Claire fez uma cara esquisita, sem se ligar que as duas estavam em uma boate e que homens héteros ainda existiam no planeta.
— Pensei que você fosse um tarado — explicou para a amiga e beijou sua bochecha. — Finalmente terminou esse elenco, hein.
— Nem me diga! Eu juro que ela é a melhor atriz que eu já conheci! — Claire sorriu animada e contagiou . — Só não melhor que você quando fala com sua mãe ao telefone.
— Vai pra merda. — revirou os olhos e se voltou pro balcão, esperando que alguém lhe atendesse.
— A gente tá no VIP hoje, gata. — Claire puxou a amiga pela mão em direção a uma das escadas.
— Mas eu não, Claire! Vou ser barrada antes de me apresentar pro segurança.
— Xiu, fica quieta — a loira gritou para a amiga e a arrastou para a entrada do segundo andar. Claire passou direto, mas o segurança estendeu o braço, impedindo que acompanhasse a amiga.
— Sem pulseira, sem VIP — o homem disse simplesmente.
— Moço, ela tá com a gente, meu amigo...
— Tudo bem — respondeu ao homem. — Eu fico aqui embaixo, só me jogar um salgadinho da bancada — brincou.
— Não precisa. — Uma voz veio de trás da mulher, que se retesou no mesmo momento. — Ela pode subir.
O segurança concordou com a cabeça e baixou o braço, deixando a passagem livre. se virou e encontrou parado a alguns passos de distância. Ele parecia ainda mais bonito que na noite anterior. Diferente da noite anterior, agora o homem usava um conjunto de roupas completamente preto, somente com uma corrente de ouro se destacando em seu pescoço. respirou fundo e tentou sorrir para ele, mas teve certeza de que parecia uma careta.
— Não precisa, . A Claire pode me encontrar aqui embaixo de tempo em tempo.
— Não, . — Ele matou a distância entre os dois. — Você não vai fugir de mim de novo.
sentiu um arrepio percorrer seu corpo, mas tentou disfarçar. sorriu de canto e apontou para a entrada do VIP, onde Claire sorria para os dois, observando a cena de camarote. deu um beliscão no braço da loira quando passou por ela e a acompanhou até a mesa onde o elenco estava.
— ! — Um dos homens levantou e correu em direção à mulher, a abraçando pela cintura. — Só aceitei vir hoje porque a Claire disse que você vinha.
— Oi, John. — sorriu envergonhada, sabendo que tinha se tornado o centro das atenções por alguns segundos.
se soltou do abraço e cumprimentou o resto das pessoas na mesa, conhecia a maioria e ainda foi apresentada à última atriz a entrar para o elenco. O sofá em formato meia lua estava cheio e Claire se espremeu em uma das pontas, deixando e John em pé.
— As bebidas hoje são por minha conta. — surgiu do outro lado de . — Ouvi muitos elogios ao martini daqui.
Ele piscou para a mulher e se afastou. John buscou duas cadeiras para que se sentassem, mas puxou Claire para um canto longe do grupo.
— Por que caralhos você quis vir pra cá? — sibilou a pergunta.
— nos convidou. — A loira deu de ombros e observou a expressão confusa da amiga. — Ele tá na produção da peça, .
— E você não falou nada, caralho? — deu um tapa no braço de Claire. Ela ia surtar.
— Porra, você tá doida? — Claire alisou o braço vermelho. — Para de surtar, . E agora você tem uma segunda chance de ficar com o .
Claire praticamente correu de volta para a mesa, deixando uma frustrada para trás. A mulher ajeitou a postura e caminhou na direção do bar.
— Martini com azeitonas extras — respondeu, quando o bartender lhe perguntou o pedido.
— Desculpa, senhorita, mas não vejo a pulseira do VIP. Vou ter que pedir que se retire…
— Ela tá comigo, Martín. — sorriu para o homem, que concordou com a cabeça e voltou ao trabalho. — Coloca isso aqui, ninguém mais vai pedir pra sair daqui. — Ele tirou sua corrente e prendeu ao redor do pescoço de . se inclinou um pouco mais e deixou um beijo ao pé da orelha dela antes de falar. — Pode me devolver mais tarde.
— E como um cordão vai me dar os privilégios do VIP? — perguntou, depois de se recompor.
— Tem a logo do clube, . Só eu tenho esse cordão. — Ele deu a conversa por encerrada e encostou os cotovelos sobre a bancada do bar. — John pareceu bem animado com a sua chegada.
— Ah… sim, verdade. — Ela virou e seguiu o olhar de , observando a mesa animada. Claire ria escandalosamente de alguma coisa e derramava um pouco de bebida na pessoa ao seu lado. — Ele é um bom amigo.
— Amigo? — riu com as sobrancelhas arqueadas. — Tenho certeza de que ele não quer ser só amigo.
— Do que te importa isso? — perguntou curiosa.
— Nada, só constatando um fato. — sorriu. desviou do olhar dele quando recebeu seu drink e tomou um gole.
— Tão bom quanto o de ontem. — Ela riu sob o olhar atento do homem.
não deu resposta, continuou a observar a mesa animada. Ele sabia que Claire era amiga de , tanto que foi a loira que arrumou o encontro entre os dois na noite anterior, mas não fazia ideia de que a colega de trabalho iria convidar naquela noite. Com certeza de que Claire já sabia do ocorrido, as duas pareciam bem próximas e Claire passou o dia soltando pequenas provocações para ele enquanto faziam os últimos testes no teatro.
Quando correu para longe dele na noite anterior, se sentiu perdido. Repassou tudo na sua mente, procurando nos mínimos detalhes onde pudesse ter feito algo errado, mas não encontrou nada. Seu veredito final foi de que simplesmente mudou de ideia, o que estava tudo certo, ela tinha total direito a isso. Mas ele não parava de pensar nela. Quando fechou os olhos para dormir, lhe veio à mente a cena da mulher deitada em sua mesa, entregue ao prazer e gemendo com seus toques. Foi uma noite infernal, devia ter batido ao menos duas punhetas só lembrando do gosto de , pensando na mulher e em como queria fodê-la de todos os jeitos possíveis.
No momento em que viu a figura de descer do carro em frente ao clube, se sentiu como um adolescente no ensino médio. Suas mãos começaram a suar, seu estômago se revirou e ele sentiu o coração disparar. Por Deus, um homem adulto não tinha motivos para se sentir assim simplesmente por ver, de longe, uma mulher. Mas não era só uma mulher… era ela. observou entrar no clube e terminou seu cigarro antes de entrar também. Acabou ficando preso em uma conversa com seu gerente, e, quando percebeu, já estava parada em frente à subida para o VIP com Claire, que sorria maliciosa. Aquela demônia loira tinha armado tudo.
— Sabe — disse baixo, chamando a atenção do homem, — quando criança, eu sempre quis voltar no tempo e consertar alguns erros. — virou o corpo na direção dela, que brincava com o palito que segurava as azeitonas do drink. — E hoje a gente pode reinventar a noite de ontem.
— O que quer dizer? — perguntou interessado. sorriu de lado, olhando nos olhos dele.
— Que hoje pode ser uma versão 2.0 de ontem. — Ela se aproximou mais de , sem quebrar o contato visual. — Só basta você dizer sim.
trabalhava a proposta de na cabeça. Era tudo o que queria desde que pôs os olhos nela naquele bar. Será que hoje ia conseguir acertar suas contas com a mulher?
se virou para , que esperava uma resposta, os olhos transbordando ansiedade.
— Até o fim da noite, você vai gemer meu nome — disse alto o suficiente para que ouvisse, mas não o suficiente para que o bartender escutasse.
— Ou você o meu. — sorriu e chupou a azeitona do palito, olhando desejosa para , que sentiu um repuxado na virilha com a cena.
— O jogo começou. — roçou a boca na dela e sugou seu lábio inferior. O homem sorriu satisfeito com o efeito que causou sobre e se afastou dela, andando em direção à mesa do grupo.
respirou fundo e tentou se recompor.
Desde que tinha visto , pensava na boca dele na dela, nos dedos dele dentro dela, e decidiu que precisava tentar de novo. Não ia pedir desculpas por ontem à noite, não tinha feito nada de errado, simplesmente tinha mudado de ideia. Queria explicar para ele por que tinha ido embora, mas não queria falar sobre o ex, preferia muito mais beijá-lo.
Em um ímpeto de coragem, fez a proposta. E quase pulou de alegria quando topou, ele parecia que queria o prêmio principal tanto quanto ela: uma noite de sexo fenomenal. Eles não tinham estabelecido nenhuma regra para o joguinho, mas estava claro a intenção: provocar o ouro até que um perdesse a paciência para o tesão e tomasse uma atitude.
virou o resto do drink e deixou a taça vazia sobre o balcão. Ela viu uma garrafa de José Cuervo em um canto e gritou para o barman que pusesse na conta do chefe. chegou à mesa com a garrafa aberta na mão e um sorriso malicioso nos lábios.
— Quem quer fazer bodyshot? — perguntou ao grupo e olhou de soslaio para . A mesa gritou animada em resposta. — Por que você não começa, John? — Ela se virou para o homem. — Tira a camisa e deita na mesa.
ordenou e o homem obedeceu quase que imediatamente. O grupo já discutia para ver quem iria em seguida, mas não prestou atenção. Ela olhou para , que mordia o interior da boca, o tesão escondido nos castanhos dos olhos. derramou um pouco de tequila sobre o peitoral de John e se posicionou de forma que conseguisse olhar para o homem e observar de canto a reação de . A mulher lambeu o líquido que escorreu para o abdômen de John, subiu com a boca pelo corpo dele e deixou um beijo molhado em seu pescoço. John a puxou para um beijo, que foi correspondido com intensidade por . Os dois se separaram e ela encarou com a mandíbula travada.
— Sai daí, John. — Claire empurrou o homem para fora da mesa e deitou onde ele estava, levantando a blusa.
passou a garrafa para alguém, que derramou a bebida no corpo de Claire e a brincadeira seguiu. Ela se sentou no canto oposto a e sustentou o olhar intenso dele. John sentou ao seu lado, já com a camisa no corpo, e sorriu para ela.
— Faz tempo que queria te beijar. — sorriu envergonhada e olhou para ele.
— Foi só um beijo, John — ela esclareceu e o homem deu de ombros.
— Talvez por hoje. Nunca se sabe o dia de amanhã. — John sorriu e se afastou de , voltando para a galera do body shot.
encarou , que agora tomava um shot perto do bar. Ele sorriu provocativo para e virou a cabeça para falar com uma mulher ao seu lado, que só agora tinha reparado que estava ali. Os dois conversavam baixo, com os rostos próximos demais, soltando risadinhas ocasionais. Algo se aqueceu dentro de , ela sabia que não era ciúmes, não conhecia o suficiente para ter esse sentimento, era adrenalina. O medo de perder a aposta fez se levantar. Nem fudendo que ela iria deixar ganhar.
— Quem quer dançar? — perguntou, assim que chegou perto do grupo. A galera gritou animada e todos desceram juntos para a pista de dança no térreo.
O corpo dela se movimentava rápido com as batidas aceleradas do DJ. dançava com Claire, tão perto das caixas de som que conseguia sentir as batidas do seu coração estalarem nos ouvidos. A sensação de poder estar ali era incrível, fazia tempo que não saía para dançar com os colegas e se divertir genuinamente. Ela quase esqueceu da aposta com . Quase.
olhou para cima e o encontrou debruçado, com um copo de bebida na mão ( chutou que era whiskey), a observando.
O DJ acertou o momento e trocou para uma música mais lenta e sexy. balançou os quadris devagar e prendeu o lábio inferior entre os dentes, fechando os olhos e se deixando levar pela música. A mulher passava os dedos pelo pescoço com firmeza, imaginando as mãos de ali. Ela abriu os olhos quando sentiu alguém encostar o corpo no dela e seguir seus movimentos sensuais no meio da pista. Mãos grossas seguraram o corpo de e ela jogou o pescoço para trás, deixando que o estranho beijasse sua pele.
sorriu maliciosa quando encontrou a encarando completamente hipnotizado. O homem nem parecia perceber a mulher ao seu lado dando beijos em seu pescoço. O homem atrás de deu sinais de estar mais animado do que ela com o contato e a mulher se desvencilhou, o empurrando para longe. O cara até tentou argumentar, mas Claire pisou com força no pé dele e o empurrou de novo para longe. Ele não gostou muito, mas foi embora. Claire perguntou se a amiga estava bem e respondeu que sim. buscou , mas não o encontrou no lugar de antes.
estava preparado para descer e expulsar o cara, mas sentiu um alívio quando viu Claire cuidar do homem. Ainda assim, andou até o canto e chamou um dos seguranças, apontando para o homem no meio da pista e ordenando para que o retirasse. Ele observou o homem sair contra sua vontade e se sentiu um pouco mais relaxado. Era foda, toda noite tinha algum cara imbecil que não sabia aceitar um ‘não’ como resposta. desceu as escadas para a pista de dança e alcançou o grupo, agora em frente à mesa de som, que era preparada para receber o segundo DJ da noite.
— Cadê ? — perguntou a Claire.
— Disse que ia ao banheiro. Daqui a pouco ela volta — a loira explicou e concordou com a cabeça.
Quando percebeu que tinha sumido de seu campo de visão, o procurou em outros lugares e acabou encontrando uma surpresa perto do palco. Ela avisou a Claire que ia ao banheiro e se esgueirou para o mini corredor com acesso restrito. conseguiu passar sem maiores problemas pelo segurança assim que mostrou a corrente que usava no pescoço.
— ? — Ela se virou rapidamente quando escutou seu nome e deu de cara com Kate.
— Kate? — sorriu e se aproximou da morena, lhe dando um abraço que foi retribuído imediatamente. — Vai se apresentar hoje?
— Uhum, sequência de dez músicas. — A mulher sorriu, mas logo franziu as sobrancelhas. — Vai dançar também?
— Só se você me ajudar. — sorriu, mordendo o lábio com ansiedade.
continuava a procurar pela pista de dança, quando o DJ começou a tocar uma faixa de apresentação. Ele já começava a se preocupar com o sumiço da mulher, nem os seguranças conseguiram encontrá-la. Será que ela tinha desistido e ido embora? Pela segunda vez?
voltou para perto do palco quando escutou um alvoroço vindo daquela região e entendeu o motivo. Próximo à mesa do DJ, tinha um poste de pole dance bem iluminado, e segurando no metal, uma figura feminina mascarada. Ele se lembrou que tinha demorado para conseguir agendar um evento com esse DJ, e que o cara sempre se apresentava com uma dançarina.
A mulher girou lentamente ao redor do poste, se preparando para a primeira música. observou a mulher, sentindo que a conhecia de algum lugar, mas sem saber muito bem de onde.
(n/a: coloca a música para tocar agora)
sentia o coração bater acelerado, fazia tempo que não dançava. Por quatro anos seguidos, havia trabalhado como stripper em clubes para se sustentar e pagar a faculdade, foi assim que conheceu Kate, que prontamente a ajudou no pequeno plano para a aposta.
Ela ajeitou a máscara no rosto e observou a multidão. Não podia negar, se sentia animada por ser vista por dezenas de pessoas de novo, mesmo que tivesse a identidade escondida. localizou o grupo de amigos bem perto do palco e prendeu o olhar em . Será que ele a reconheceria?
Quando ouviu as primeiras estrofes da música, tomou um impulso e girou mais rápido no poste, esticando a perna enquanto ouvia gritos de incentivo na pista de dança. Ela deixou seu corpo cair de leve no chão e arqueou as costas, voltando a olhar para entre seus amigos. encostou as costas contra a barra fria de metal e abriu as pernas em um movimento lento junto à estrofe.
She know her pussy got a fan base
(Ela sabe que sua boceta tem um fã-clube)
sorriu com os gritos extasiados do público e ficou de pé sobre os saltos, arrastando a ponta dos sapatos enquanto circundava o poste, antes de segurar forte a barra e girar o corpo no ar por alguns segundos. Ainda girando, começou a escalar o poste até quase o topo e jogou o corpo para trás, abrindo as pernas em um espacate e ficando de ponta cabeça. O corpo de parecia pegar fogo, a sensação de saudade de dançar era enorme e os olhares desejosos de sobre si não ajudavam a diminuir sua temperatura. Ela diminuiu a velocidade com que girava e soltou as mãos da barra, agora usando as pernas como apoio e abriu os braços ao redor do corpo.
conseguia ver que estava bem próximo da grade que separava a pista e o palco, mesmo que ele fosse um borrão enquanto girava. segurou a perna direita, com a esquerda ainda esticada, e usou a mão livre como apoio para não cair, deixando o movimento mais lento, assim como a música. Ela sentiu a mão escorregar um pouco e interrompeu o movimento, disfarçando o erro com movimentos lentos e sensuais com o quadril enquanto voltava a ficar em pé.
Quando chegou ao refrão, escalou a barra mais uma vez e apoiou o peso de seu corpo nos braços, fazendo movimentos no ar com as pernas.
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
You know how she get down, pop her for a check now
(Você sabe como deixá-la mansa, dê a ela um cheque agora)
enroscou as pernas na barra de metal e girou mais rápido, sendo incentivada com os gritos do clube todo.
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under she gon' kill me for that paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai me matar pela porra do dinheiro)
Not the type to fuck around, gonna turn that ass around
(Não é de foder qualquer um, ela vai dar a volta com essa bunda)
desenroscou as pernas do metal e continuou a girar devagar até chegar ao chão. Ela deslizou com as costas na barra fria e mordeu o lábio inferior quando olhou para . Não sabia como, mas ele já descobrira que era ela quem dançava e se sentia mais incentivada sabendo que ele a desejava. deitou de lado no chão e levantou uma perna sensualmente enquanto passeava com as mãos pelo corpo, sem quebrar o contato com . A mulher voltou a descer a perna, a pousou na frente do corpo, girando no chão, empinando a bunda para cima e riu de lado com a expressão de puro tesão no rosto de .
O público gritou mais alto quando outra figura, usando as mesmas roupas que : top trabalhado com cristais, hot pant preto e saltos altos, surgiu mais atrás. ficou de pé e olhou para Kate sorrindo. As duas circundaram a barra de pole dance e abriu um espacate no chão no mesmo momento que Kate pegou impulso e girou o corpo no ar, segurando no poste. As duas já haviam se apresentado juntas antes e tinham alguns movimentos ensaiados, e, mesmo depois de anos, ainda se lembravam. jogou o tronco para trás e sorriu sob a máscara para , que estava completamente vidrado em seus movimentos. ficou satisfeita ao vê-lo ajeitar a calça e voltou a subir o tronco quando Kate parou sobre ela. A morena lhe estendeu a mão e puxou a amiga para cima.
escalou a barra até o topo e girou com as pernas esticadas, com Kate fazendo o mesmo movimento mais abaixo. As duas tinham os movimentos sincronizados e se sentia invencível naquele momento, talvez devesse voltar a dançar. A dupla fez os mesmos movimentos que tinha feito no refrão anterior, sendo ovacionadas pelo público. conseguiu inclusive ouvir os gritos de Claire, que também já devia ter descoberto que era sua amiga no palco.
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
You know how she get down, pop her for a check now
(Você sabe como deixá-la mansa, dê a ela um cheque agora)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under she gon' kill me for that paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai me matar pela porra do dinheiro)
Not the type to fuck around, gonna turn that ass around
(Não é de foder qualquer um, ela vai dar a volta com essa bunda)
Kate deitou no chão e escorregou pela barra até sentar no colo da morena. rolou para o lado e ficou de quatro, sabendo que Kate fazia o mesmo movimento na outra direção, e engatinhou pelo palco. No meio do movimento, resolveu improvisar um pouco, engatinhou até a beirada do palco e chamou com o indicador, que passou sem dificuldade alguma pelo segurança. O homem não desgrudava os olhos de e controlava a vontade de puxá-la do palco e terminar tudo o que não tinha feito na noite passada. arranhou de leve a bochecha de e passou o dedo pelos lábios dele enquanto cantava junto à música.
Real love's hard to find
(Amor verdadeiro é difícil de encontrar)
So she don't waste her time
(Então ela nem perde seu tempo com isso)
So she don't waste her time, oooh
(Então ela nem perde seu tempo com isso, oooh)
You ain't gon' catch her crying
(Você não vai a encontrar chorando)
She ain't gon' lose her mind
(Ela não vai perder a cabeça)
She ain't gon' lose her mind
(Ela não vai perder a cabeça)
cansou de manter o autocontrole e puxou para perto, deixando seu rosto a milímetros do dela e roçou os lábios contra os da mulher. riu fraco e impulsionou o corpo para frente, descendo do palco e tendo seu corpo preso pelo abraço de .
— Chega, você ganhou — ele disse baixo, no ouvido de .
— Eu sempre ganho. — Ela sorriu e sentiu um arrepio correr o corpo quando a mão de apertou mais forte sua cintura.
passou a língua pelos lábios e tocou de leve a boca de , que fechou os olhos com o contato. A mulher tomou as rédeas da situação e o puxou em direção à entrada do camarim, sabendo exatamente para onde levá-lo. Assim que entraram no corredor, prendeu contra a parede. Seu coração batia em um ritmo acelerado, mas nunca esteve tão certa de que queria fazer algo. Ela colou a boca na dele de forma urgente, sedenta por contato. correspondeu ao beijo com a mesma intensidade, segurando forte na cintura dela. Os dois já tinham se cansado do joguinho e queriam repetir (ou terminar) a dose da noite anterior.
enroscou os dedos nos fios de e separou o beijo. A boca dela tinha o batom vermelho completamente borrado, o olhar dela era o puro significado de tesão e o som que escapou de seus lábios foi a melodia mais deliciosa que ele escutou. o segurou pela mão e o arrastou com pressa para o camarim vazio ao lado do de Kate.
Ela trancou a porta assim que entraram e empurrou para trás até que caísse sentado no pequeno sofá. passou uma perna de cada lado do corpo dele e sentou em seu colo. voltou a beijá-la com fervura, chocando seus lábios com força contra o dela. segurou nos ombros dele, se movimentando devagar sobre seu colo e sorrindo quando sentiu um tapa ardido ser desferido em sua bunda.
quebrou o beijo e deslizou com a língua pela bochecha de até chegar ao seu pescoço e deixar uma trilha de beijos molhados. ainda se movia sobre seu colo e sentia sua calça ficar menor a cada investida que ela fazia contra seu quadril. Ele mordiscou o lóbulo da orelha dela e sussurrou baixo em seu ouvido.
— Hoje eu te fodo do jeito que ia fazer ontem.
soltou o ar de leve pela boca e mordeu o lábio inferior para conter a surpresa quando girou os dois e a pôs deitada no sofá. Ele encaixou uma das pernas entre as coxas de e continuou a beijar seu pescoço, descendo os beijos para o decote, lambendo sua pele acima do top. Com uma rapidez surpreendente, conseguiu tirar a peça superior de e contemplou a beleza da mulher por breves segundos antes de lamber com vontade um dos mamilos dela, enquanto massageava o outro com a mão. arfou com o toque e correu os dedos pelos cabelos curtos do homem, não conseguindo evitar o gemido que escapou de seus lábios quando ele mordiscou seu mamilo. trocou as posições e deu atenção com a boca ao outro seio da mulher, que a essa altura já tinha a calcinha hot pant encharcada. começou a se movimentar embaixo do corpo de , se esfregando contra a coxa do homem.
— Não. — segurou a cintura dela com força, cessando os movimentos. — Você vai gozar na minha boca.
ofegou e prendeu o lábio inferior entre os dentes, mantendo o contato visual com enquanto ele descia a mão pelo seu corpo e tocava sua intimidade por cima do tecido fino. O indicador de começou a se movimentar em movimentos lentos e circulares sobre o ponto mais sensível de , que se continha para não movimentar seu quadril contra os dedos de .
já tinha os dedos melados pelo líquido que transpassava a calcinha de e os levou até os lábios, mas mudou o movimento e tocou a boca da mulher. Ele não precisou dizer nada, por conta própria, abriu a boca e chupou os dedos do homem com prazer, sentindo seu gosto tomar conta de sua boca. respirou pesado ao observar a cena, sentindo o tesão começar a se tornar insuportável dentro de si.
Com a mão livre, desceu a barra da segunda peça de roupa de . Ela puxou o corpo de para perto com a perna e o beijou calmamente. Sua língua deslizou sobre a dele, fria como o gelo e macia como se lembrava. voltou a descer a mão para o meio das pernas de e a masturbá-la lentamente. A mulher se controlava para não gemer contra a boca de , mas não conseguiu se calar quando ele penetrou dois dedos de uma vez. movimentou os dedos devagar, com uma lentidão torturante, que ensandecia cada vez mais.
trilhou um caminho de beijos e lambidas pelo corpo de e não a torturou mais, ele queria aquilo tanto quanto ela. arqueou as costas e agarrou nas almofadas quando sentiu a língua de em sua boceta. O gosto de era ainda melhor quando estava diretamente em contato com a boca de , e ele não se contentaria até que aproveitasse até a última gota. revirou os olhos quando o sentiu atingir o ponto mais sensível e gemeu alto, pouco se importando se a escutariam. continuava a chupá-la enquanto a fodia com os dedos, e observou debaixo, se contorcendo com seus toques.
— Olha pra mim — ele pediu, quando a viu fechar os olhos com força. abriu os olhos de novo e encontrou o olhar penetrante dele sobre si. — Boa garota.
elogiou a mulher e colocou o terceiro dedo em sua entrada. abriu a boca, ofegando alto e fechou os olhos por alguns segundos até se lembrar do pedido de . apreciava a vista privilegiada de deitado no pequeno sofá, com o rosto entre as suas pernas, lhe dando o melhor oral que tinha recebido em sua vida. Foda-se. começou a movimentar o quadril em direção a , que aumentou a intensidade de seus movimentos. sentia seu ápice se aproximar, e hoje nada a interromperia de ter um orgasmo.
segurava com força a coxa de , sem se importar se a deixaria marcada, enquanto a fodia com os dedos e a boca. Ela era simplesmente deliciosa. Seu pau latejava dentro da calça, e não via a hora de finalmente foder do jeito que queria. gemeu alto, tremendo-se inteira com o orgasmo sensacional e continuou a chupá-la, lambendo sua intimidade até que não restasse vestígio de que ela havia gozado sem ser sua respiração falha e coração acelerado.
respirava fundo quando voltou a beijá-la, deixando o gosto dela ainda mais forte no contato entre suas bocas. segurou na barra da calça de , começando a desafivelar o cinto e a desabotoar a peça. queria a boca dela em seu pau, mas o beijo de era hipnotizante demais para que conseguisse deixar sua boca longe da dela. arrastou a mão para cima e deslizou os dedos finos por baixo da camiseta dele, arranhando de leve o peitoral dele. ofegou e aproveitou a distância de suas bocas para tirar a camisa dele e jogar para um canto qualquer.
retomou o controle da situação e saiu debaixo do corpo de , o fazendo ficar sentado e se ajoelhou diante dele. O contato visual dos dois era energizante e repleto de luxúria. desceu devagar a calça, com a ajuda dele, e massageou o pau dele por cima da cueca preta. Ele se inclinou uma última vez e deu um beijo demorado em , antes de se encostar no encosto e observá-la. sorriu de canto e deixou um beijo molhado em seu membro antes de abaixar a cueca de . O homem ofegou quando a mão fria de o tocou de leve e começou a masturbá-lo devagar. se divertia com a mini tortura que fazia com , era delicioso ter um homem como ele sem controle sobre qual seria o próximo passo dela. manteve o contato visual com , enquanto se inclinava para tocá-lo com os lábios. mordeu o interior da boca com força quando os lábios de envolveram a cabeça de seu pau. Por um breve momento, achou ter visto estrelas quando a língua de circundou seu membro e colocou na boca. o chupava devagar, da mesma forma que ele havia feito com ela, mas queria mais contato, ele precisava de mais contato. aumentou o movimento com a boca quando sentiu as mãos de em seus cabelos, começando a ditar a intensidade que ele queria. começou a mover o quadril em direção a , fodendo a boca dela do jeito que ele queria foder sua boceta.
— — ele chamou e a mulher levantou o olhar, o encontrando completamente entregue ao prazer.
Ela diminuiu o movimento e deu uma última lambida por toda a extensão dele antes de ficar de pé. chutou os sapatos para longe e terminou de descer a calça e cueca que haviam ficado presas em seus tornozelos. Ele se abaixou e procurou nos bolsos da calça a carteira, tirando de um dos bolsos uma camisinha. já havia posto a camisinha quando se virou para o sofá e encontrou deitada se tocando. Ela tinha uma mão apertando um dos mamilos e a outra mão entre as pernas. O olhar de era completamente direcionado a ele.
— Gostosa — disse baixo, quando ficou entre as pernas dela.
— Me fode — pediu com um gemido.
encaixou seu membro na entrada de e os dois fecharam os olhos no mesmo momento em que ele a penetrou. abriu os olhos para encontrar a observando, temendo que ela mudasse de ideia novamente. Ela mexeu a cintura e soltou um gemido ao senti-lo dentro de si. começou a se movimentar devagar dentro de , aproveitando todas as sensações que inundavam seu corpo naquele momento. Ele aumentou a intensidade das estocadas, vendo segurar forte nos seios. cobriu as mãos da mulher e as apertou. deixou que segurasse em seus peitos, apertando seus mamilos e a deixando ainda mais excitada. Ele se movia com destreza e força, e se segurava para não gritar alto o nome dele. A mulher o puxou para um beijo, agarrando em seus ombros e fincando as unhas na pele macia dele. As bocas dos dois se movimentavam de um jeito desastroso e se interrompiam a todo momento para gemerem baixo.
começou a diminuir a intensidade dos movimentos, começando a cansar-se, e empurrou o peito dele para que ele se sentasse de novo. Ela ia sentar no colo dele, mas a puxou para cima e levantou uma das pernas dela. ficou em pé, com a boceta na cara de , que não tardou a chupá-la pela segunda vez na noite. espalmou a mão na parede e gemeu alto quando sentiu a língua de em sua entrada. Ela movimentou o quadril por cima de , sentindo-se cada vez mais próxima do orgasmo.
batia uma punheta enquanto chupava , mas cessou os movimentos quando a mulher se distanciou dele. sentou sobre o colo dele, encaixando o pau de e sentando com força. O homem ofegou alto quando começou a se movimentar com agilidade, cavalgando do jeito mais gostoso possível. segurou no pescoço de e jogou a cabeça para trás, sem cessar os movimentos quando o sentiu chupar seus peitos e a tocar seu clítoris em movimentos circulares. Ainda mais rápido do que antes, sentiu o orgasmo tomar conta de si e gemeu alto o nome de enquanto gozava. Ele segurou a bunda da mulher com as duas mãos e se movimentou o mais rápido que pôde, chegando pouco tempo depois ao mesmo estado de êxtase que .
respirava ruidosamente, ainda com em seu colo. A mulher tinha a cabeça encostada na curva do pescoço dele, também tentando controlar a respiração descompassada.
Nenhum dos dois sabia o que dizer, mas foi a primeira a quebrar o silêncio.
— Quer apostar amanhã também? — perguntou bem humorada, com a boca próxima a de .
— Tenho certeza de que eu ganho. — Ele riu de canto e tirou uma mecha de cabelo do rosto dela.
— Os dois sempre ganham. — Ela riu maliciosa e o puxou para um beijo.
Não era costume usar vestidos curtos de cetim, salto alto ou batom extravagante. Mas decidiu que precisava mudar um pouco a rotina e frequentar lugares diferentes, conhecer gente nova, mas já estava se arrependendo.
estava preparada para levantar da cadeira assim que terminasse sua bebida. Não iria ficar esperando que ele chegasse. Sabia que não poderia confiar em Claire. Sua amiga e colega de quarto sempre a arrumava encontros às cegas, e na maioria das vezes era furada.
Uma figura sentou na cadeira vazia ao seu lado e ela não virou para responder, já estava cansada de dizer “não” naquela noite. tomou mais um gole de sua bebida, deixando a taça vazia e ignorou o homem. Se não desse atenção, ele iria embora.
— ? — Ouviu seu nome ser chamado e se virou para olhar o dono da voz melodiosa.
Não era exagero dizer que ele era a pessoa mais bonita que já tinha visto na vida. o analisou de leve: sapatos pretos, calça jeans escura, camisa branca de botões e uma jaqueta de couro, dando um ar mais despojado. O rosto do homem parecia esculpido pelos deuses do Olimpo: lábios grossos e de aparência tão macia que desejou tocá-los, olhos escuros enigmáticos, cabelo curto e um pouco despenteado. É, ele era lindo.
— Vance? — Ela sorriu quando o viu assentir com a cabeça.
— Posso te pagar outro drink? — ele perguntou, apontando para a taça vazia. concordou e ele fez os pedidos.
ficou em silêncio, esperando que ele dissesse alguma coisa. Pegou o palito da taça vazia e levou uma das azeitonas espetadas até a boca. Olhou de canto e viu que acompanhava seu movimento e vibrou por dentro. Tinha visto isso em um filme e tinha achado extremamente sexy. Pelo jeito não foi só ela. pigarreou e se ajeitou na cadeira. A mulher sorriu e apoiou um braço sobre o balcão, descansando a cabeça sobre o punho.
— Então, , o que me conta de você? — O homem coçou a barba rala e sorriu.
— Sou músico — contou com orgulho. Claire tinha acertado naquele ponto, tinha uma atração gigantesca por músicos.
Ele sorriu de canto e observou a mulher. Talvez tenha se demorado mais do que o recomendado olhando suas pernas, mas logo voltou a olhá-la nos olhos.
— E você? — retrucou a pergunta.
— Cientista. — respondeu simplesmente. Não iria explicar para ele seu trabalho, ninguém nunca se importava com o que fazia. Notando o olhar confuso de , ela resolveu que talvez pudesse complementar um pouco. — Trabalho com física quântica.
— Nossa, que incrível. — Ele pareceu surpreso e animado. — Acho que nunca conheci ninguém tão inteligente assim.
riu e mudou de posição, ficando com a coluna mais reta. Bebeu um gole do novo martini que o barman entregou e fechou os olhos, saboreando a bebida incrível. Se pudesse, se casaria com uma garrafa de gim.
bebeu um gole de seu whiskey e prestou atenção no quanto era bonita. Quando chegou ao bar, se arrependeu quase que instantaneamente quando a viu de longe, sentada sozinha. Ele precisou de ao menos dez minutos para tomar coragem e se aproximar dela, e enquanto surtava sozinho, a viu dispensar dois caras e um drink. Ele estava era se borrando de medo de chegar perto dela e a ficha cair: um puta mulherão que o faria gaguejar.
E a ficha caiu mesmo, ela era ainda mais bonita de perto: o sorriso gracioso, com lábios contornados por um tom fechado de vermelho, olhos pretos que pareciam ao mesmo tempo agressivos e amorosos, os cabelos cacheados emoldurando o rosto angelical. E, por Deus, aquele vestido a deixava irresistível, agora ele entendia por que outros caras tinham se aproximado dela. Ele não sabia que tecido era aquele, mas o brilho do vestido a deixava deslumbrante, e aquelas pernas… Ela poderia pisar nele sempre que quisesse. Não entendia nada sobre sapatos, mas sabia que saltos com sola vermelha eram de luxo e bem caros.
Ele tinha se sentado ao lado dela com a certeza de que ela cancelaria o encontro no momento em botasse os olhos nele. Mas não, ela foi super simpática e parecia analisá-lo do mesmo jeito que ele fez com ela. E quando ela comeu aquela azeitona? Ele não conseguiu tirar os olhos da cena, desejando com toda partícula de seu corpo que fosse ele naquele momento.
— Que tipo de música você toca? — foi arrancado de seus pensamentos impuros com a pergunta.
— Pop/rock. Um pouco de blues e R&B também — ele respondeu ainda um pouco perdido. sorriu surpresa.
— Um pouco de tudo, então? — riu e concordou com a cabeça. — Será que eu já escutei uma música sua na rádio?
— Duvido, não consegui alcançar esse patamar ainda. — Ele remexeu a bebida em seu copo. — Mas um dia ainda vai escutar.
sorriu. Cinco minutos e nada tinha dado errado, será que dessa vez Claire realmente tinha acertado?
Eles conversaram um pouco mais sobre a música de , que perguntou várias coisas sobre o trabalho de . Ela não costumava falar tanto sobre isso, já que, na maioria das vezes, as pessoas achavam chato ou só perguntavam por educação, mas o homem parecia genuinamente interessado. Trocaram também histórias constrangedoras que passaram e relatos de infância. fez a pergunta que sempre revelava o caráter de alguém: filme, música, cor, animal, comida e bebida favorita. Ela se surpreendeu com a resposta, notando que era bem parecida com seus favoritos.
Eles ainda riam de alguma coisa, quando a cadeira do outro lado dela foi preenchida.
— Sozinha? — parou a risada e olhou para o homem. Ele era cego?
— Acompanhada. — Ela se voltou para e revirou os olhos.
observou a cena. Aquele cara realmente tinha tentado dar em cima dela enquanto os dois ainda conversavam? Ele queria fazer alguma coisa, mas não sabia o quê. Puxou uma nota da carteira e pagou pelas bebidas, antes de ficar de pé e ajeitar a jaqueta.
o olhou confusa. Ele estava indo embora?
estendeu a mão para ela, que aceitou prontamente e se equilibrou sobre os saltos finos. O homem prendeu a respiração ao observá-la por inteiro. Ela era simplesmente espetacular. a puxou para perto e aproximou a boca do ouvido dela.
— Só vai na minha — sussurrou e deixou um beijo na base do pescoço dela. se separou um pouco dela e olhou para o outro homem. — Ela está muito bem acompanhada.
Sorriu cínico e guiou para fora do bar com uma das mãos em suas costas. O coração dele batia um pouco rápido demais. Se a mulher não tivesse resolvido seguir o que disse, poderia ter acabado com um tapa no rosto, bebida no cabelo ou um salto fino fincado nos pés.
Eles saíram juntos do hotel para o vento frio. se encolheu e logo tirou a jaqueta, jogando sobre os ombros nus dela.
— Não acho que combinou muito com seu look. — Ele riu, observando como a jaqueta havia ficado grande demais nela, quase do tamanho do vestido preto. riu.
— Não se preocupe, não pretendo usar esse vestido por muito mais tempo essa noite. — Talvez tenha sido o álcool ou só a imaginação de , mas ele tinha quase certeza de que ela não se referia a ir para casa colocar um pijama.
— Sabe, tem uma boate no fim da quadra… — disse com um tom sugestivo.
— Então por que ainda estamos parados aqui? — começou a andar e olhou para trás quando percebeu que o homem não a acompanhava. — Você vem?
piscou duas vezes e encarou , que o esperava uns metros adiante. Ele andou devagar na direção dela e caminharam lado a lado até a boate. A fila era grande, quase dobrando a esquina. ia em direção ao fim da fila, quando sentiu uma puxada em seu braço.
— Vem comigo. — Ele segurou a mão da mulher. parou em frente ao segurança, que o olhou com descaso. — Nome na lista.
— Melhor ir para o fim da fila, senhor — o segurança respondeu simplesmente e o ignorou.
— Nome na lista — voltou a falar. — Vance.
— Senhor…
— Olha a lista, por favor — ordenou com a voz mais autoritária e o segurança procurou pelo nome na prancheta.
— Não tem nenhum Vance aqui. — O homem parecia aborrecido. — Agora para o fim da fila.
— Senhor Vance? — o outro segurança, que observava a conversa de longe, se aproximou. — Ah, boa noite, senhor. Pensei que não viria hoje.
O primeiro segurança parecia tão perdido quanto . sorriu e apertou a mão do segundo homem.
— Mudei de ideia, Charles. — sorriu e entrou na boate com . — Boa noite — ele desejou aos dois homens. O primeiro segurança agora levava uma bronca baixa por tentar barrar a entrada de .
O casal, ainda de mãos dadas, entrou no ambiente cheio. sorria para algumas pessoas e somente o acompanhava, ainda sem saber o que dizer. Eles subiram uma escadinha para o VIP e ocuparam uma mesa escondida. Um garçom logo veio anotar os pedidos e observou o lugar ao redor, era igual a todas as boates que conhecia: um bar com diversas garrafas de bebida, algumas mesas e cadeiras. Lá embaixo, ela tinha visto umas três estações de bebida, com alguns sofás espalhados pelos cantos, deixando o meio livre para a pista de dança.
— Achei que fosse músico. — o olhou com as sobrancelhas arqueadas.
— E sou. — deu de ombros e apoiou um dos braços sobre o encosto do estofado atrás da mulher. — A boate é mais um passatempo.
— Hum — se limitou a responder e agradeceu ao garçom quando recebeu seu drink. — Eu achava que sabia onde encontrar o melhor martini da cidade, mas claramente estava errada.
— Agora para tomar mais um desse vai ter que me encontrar — se xingou por ser tão ruim no flerte. Ele não se perdoaria se perdesse uma mulher como por não saber passar uma cantada. Para sua sorte, riu.
— Talvez eu use essa desculpa… — A mulher aproximou seu corpo do de , que também se moveu para ficar mais perto dela.
— Gosto dessa ideia — ele disse, aproximando o rosto do dela.
— Você que sugeriu. — Ela sorriu.
— Eu sempre dou as melhores ideias — soprou baixo e sentiu o hálito de contra seu rosto quando ela riu.
— É? — A mulher alternou sua atenção entre a boca dele e seus olhos.
— É — disse, num sussurro, roçando seus lábios contra os de .
colou sua boca na dele, já cansada do joguinho de sedução. Os lábios dele eram tão macios quanto ela imaginava, e o gosto do álcool deixava o beijo ainda mais gostoso. Normalmente, ela gostava de comandar, mas deixou que tomasse as rédeas quando sentiu a mão dele segurar a lateral de seu pescoço. A língua dele estava gelada por conta da bebida, e era tão ágil que desejou sentir aqueles movimentos em outra parte de seu corpo.
quebrou o beijo aos poucos, dando vários selinhos na mulher, que ainda tentava respirar normalmente. sorriu pretensiosamente quando o olhou parecendo envergonhada e tomou um gole de sua bebida. Agora era a vez de ela tomar a direção de onde iam. virou o rosto de para o seu e o puxou para mais um beijo.
Dessa vez, o beijo foi mais agressivo. movia sua boca contra a dele de forma intensa e retribuía com a mesma voracidade. Os dois pareciam envoltos numa nuvem de luxúria e sensualidade, que pouco se importavam se alguém poderia vê-los. soltou um gemido quando a boca do homem deslizou para seu pescoço e distribuiu diversos beijos sobre a pele macia. arrastou a boca para o colo de e sentiu as mãos dela passearem por seu cabelo, tentando puxar os fios curtos. Ele deslizou a língua fria sobre a pele acima do decote do vestido e voltou a beijar o pescoço da mulher.
tentava não se derreter com os toques intensos de . Ainda sentindo a boca dele abaixo de seu ouvido, deslizou devagar uma das mãos pela coxa dele e apertou de leve seu pau. ofegou baixo e ela sorriu satisfeita. subiu no colo dele, que não conseguiu reagir, surpreso demais pelo ato.
segurou o pescoço de com a medida certa de força e sensualidade e o puxou para si, enquanto começava a se movimentar devagar sobre seu corpo. segurou na cintura dela com força, mas não se deu por satisfeita.
— Não haja como puritano agora — ela disse baixo e arrastou as mãos dele mais para baixo.
sorriu ladino e apertou a bunda de , que sorriu satisfeita. Ela aproximou seu rosto do dele de novo e mordeu o lábio inferior do homem, o puxando de leve. Sem parar de se movimentar sobre o quadril de , o beijou pela terceira vez. Parecia impossível, mas cada vez que suas bocas se tocavam, o beijo ficava mais gostoso. segurou com uma mão a base da nuca dela e puxou devagar, com os dedos enrolados nos cachos negros. arfou em surpresa e sorriu de canto, olhando nos olhos do homem.
— Eu quero ver se essa boca faz um bom trabalho em outros lugares também — ela disse baixo, desenhando os lábios dele com o polegar. sorriu e chupou o dedo da mulher.
— E eu quero saber se seu gosto é tão bom quanto eu imagino.
se surpreendeu com a resposta, e aproveitou o momento para tirá-la de seu colo e sair do pequeno sofá atrás da mesa redonda. Ele segurou sua mão e a direcionou para um corredor com algumas portas. O homem tirou uma chave do bolso e destrancou a porta, entrando com . Ela não teve tempo de olhar onde estava, porque no segundo seguinte teve seu corpo pressionado contra a parede.
a beijou com fervura, sentindo o tesão começar a tomar conta de seus atos. correspondeu com a mesma intensidade e tocou a pele de por debaixo da camiseta. Passeou com os dedos pelo peitoral do homem, arranhando seu abdômen quando voltou a segurar o cós de sua calça. tirou sua jaqueta do corpo de e desceu os beijos pelo pescoço dela, trilhando um caminho de beijos pelo ombro dela, descendo as alças finas do vestido. Ele voltou a beijar o pescoço de , sugando a pele, crente que ficaria uma marca no dia seguinte, e começou a descer a boca, agora em direção ao decote do vestido. lambia com vontade a pele de e abaixou o tecido maleável do vestido, alcançando uma área mais sensível. Ouviu um resmungo de aprovação da mulher e tocou seus seios ainda por cima do vestido. Logo percebeu que ela não usava sutiã, podia sentir seus mamilos duros por debaixo do pano preto.
reclamou quando a boca de voltou para a sua, mas logo se aquietou quando uma de suas mãos grandes deslizou para o meio de suas pernas. levantou a barra do vestido e tocou a intimidade de por cima da calcinha de renda. Ele percebeu que o tecido já estava molhado e sorriu entre o beijo. observou o olhar de desejo no rosto de quando separou suas bocas. Ele levantou a mão que estava entre as pernas dela e levou o indicador até os lábios da mulher. sugou o dedo sensualmente, sem quebrar o contato visual com o homem, e sentiu o pau latejar dentro das calças. Ele voltou a colar sua boca na dela, o gosto de transitando suavemente entre suas línguas.
girou, ainda agarrado ao corpo de , e andou em direção à mesa grande de carvalho. Ele a colocou sentada sobre a madeira e rompeu o beijo. olhou ao redor, reparando que estava em uma espécie de escritório. Ela sempre teve a fantasia de transar no ambiente de trabalho, mas se derrubasse algo no laboratório, ficaria sem ter como pagar o conserto de algum equipamento.
se encaixou entre suas pernas e segurou seu pescoço com as duas mãos, aproximando seu rosto do dela. sentia sua calcinha encharcada e sedenta pelo toque do homem, que não tardou a vir. voltou a mexer habilmente seus dedos sobre o ponto sensível da mulher, agora por dentro da calcinha.
segurava nos ombros de , suspirando baixo no ouvido dele. Vance mordeu o lóbulo da orelha de , escorregando um dedo para dentro da mulher, que soltou um gemido mais audível. Com certa brutalidade, empurrou o corpo de sobre a mesa, deixando-a deitada e a observou de cima, com os olhos fechados e o lábio inferior preso entre os dentes.
deslizou outro dedo na buceta de e, com a mão livre, abaixou o decote do vestido dela, deixando seus seios à mostra.
— Porra! — xingou, quando ele apertou forte seu mamilo esquerdo. Foi a dose necessária de força para deixá-la com ainda mais tesão.
se inclinou e a beijou enquanto a masturbava, deslizando cada vez mais fácil seus dedos para dentro dela. O homem começou a descer os beijos, se demorando nos peitos de , que agarrou com vontade os cabelos curtos do homem, o incentivando a continuar o que fazia.
Quando chegou à intimidade de , tirou sua calcinha com cuidado e colocou suas pernas sobre seus ombros, beijando o interior de suas coxas. Ele assoprou de leve sobre o ponto mais sensível e ofegou. Como ela queria que ele a chupasse. não queria enrolar muito, então logo encostou a boca na buceta molhada dela.
não soube se seu gemido foi ouvido pelas pessoas do lado de fora e nem se importava com isso, mas foi impossível não gritar de prazer quando a língua dele tocou seu clítoris. continuou a foder com os dedos enquanto a chupava, ele alternava os movimentos com a língua, sentindo que a mulher se remexia com seus toques. começou a mover o quadril em direção ao rosto de enquanto segurava os cabelos do homem, começando a sentir o nó no fundo do estômago desatar. Ela estava quase gozando, quando ouviu uma batida na porta. até tentou ignorar, mas a pessoa do outro lado era insistente. A mulher empurrou para longe e o olhou envergonhada.
— Acho melhor ver o que é. — Ela apontou para a porta e observou a feição frustrada no rosto dele. Ela devia estar do mesmo jeito.
ficou ereto e ajeitou as roupas, passou as mãos no cabelo e destrancou a porta, abrindo uma brecha minúscula para ver quem era. Seu gerente estava do outro lado com uma pilha de papéis nas mãos, querendo discutir sobre o quadro de funcionários e a nova remessa de bebidas.
se ajeitou sobre a mesa e vestiu a calcinha de novo. Pegou a pequena bolsa que havia sido jogada em um canto e a abriu, observando seu reflexo no espelho minúsculo. Fez o melhor que pôde, arrumando o cabelo e a maquiagem e se recompôs.
voltou a observá-la quando conseguiu fazer com que seu gerente fosse embora. estava parada perto da mesa e parecia… envergonhada? Ele não sabia dizer.
— Preciso voltar pra casa — ela disse, antes que ele pudesse abrir a boca. ficou confuso, mas, mais uma vez, ela foi mais rápida. — Foi um prazer te conhecer, .
Ela disse tudo de uma vez e passou rápido pelo homem. A porta estava trancada de novo, mas ela virou a chave na fechadura e a abriu com rapidez. não quis segurar o braço dela, com medo de assustá-la ou algo do tipo.
— ? — ele chamou, quando ela saiu do escritório. — ! — ele chamou mais uma vez e ela parou no corredor mal iluminado. — Eu fiz alguma coisa errada? Eu te machuquei, te forcei…
— Não — ela o interrompeu e balançou a cabeça em negação, mas ainda de costas para o homem. — Eu... Desculpa, .
apressou o passo e chegou à área VIP, que agora estava bem cheia. a seguiu sem saber muito bem o que fazer. Queria conversar com ela, saber o que tinha acontecido. Mas será que se não fosse atrás dela pareceria um assediador doido? Ele forçou suas pernas a pararem e perdeu a mulher de vista quando ela se misturou à multidão do térreo.
respirou fundo assim que conseguiu parar um táxi na rua. Que diabos ela estava fazendo? Não, não era puritana, já havia transado em primeiros encontros, mas alguma coisa a impediu de continuar depois que foram interrompidos. Não sabia o que era, mas um tipo de bloqueio envolveu seu corpo e ela só queria correr para casa e ficar sozinha. Ficou feliz que não a seguiu ou tentou a segurar lá, mas se sentiu mal por deixá-lo sozinho e confuso.
coçou os olhos sem se importar se borraria a maquiagem e observou a rua pela janela do carro. Precisava conversar com alguém, não queria ficar mais sozinha.
— Moço? — Ela se inclinou no espaço entre os bancos da frente e chamou o motorista, que assentiu, dando a entender que a ouvia. — Você pode virar na próxima direita e parar no número 68?
O homem concordou e logo saiu do carro amarelo. Entregou uma nota de 50 dólares e disse para o motorista que ficasse com o troco, ela estava com receio de que tivesse manchado o banco do carro com sombra preta e batom vermelho. Poderia não ser muito dinheiro, mas era o que tinha na carteira.
suspirou quando tocou o interfone do apartamento 302.
— Que foi? — uma voz sonolenta e irritada soou do alto-falante.
— Sou eu — respondeu e ouviu um resmungo pelo interfone.
— Sobe logo. — Um clique destravou a porta e a empurrou.
A porta do apartamento já estava aberta e uma loira alta esperava a amiga com duas taças de vinho na mão.
— Desculpa — Claire disse, logo que viu a amiga. riu e pegou a taça, entrando no apartamento e se jogando no sofá.
— Não tem por que se desculpar, Claire. — Ela suspirou e cobriu os olhos com a mão livre.
— O que aconteceu então? — A loira sentou no espaço vazio no sofá e observou a amiga.
— Ele era perfeito. — chutou os sapatos para longe e bebericou o vinho sob o olhar curioso de Claire. — Acho que me lembrei do Andrew.
— Ah, por favor! — Claire exclamou alto e tacou uma almofada na cara de . — É sério isso? Você lembrou daquele bosta do seu ex?
— Aah! Eu também não sei por que, mas aconteceu. E eu praticamente corri pra longe do . — tomou outro gole de vinho e se xingou mentalmente. — Ele tava me chupando, Claire.
— Como é? — A loira engasgou com o vinho. — Você lembrou do ex bunda mole enquanto um gostoso te comia?
— Eu sei, tá? — bufou, quando ouviu a risada da amiga. — Ai, sério, que ódio.
virou a taça e foi para a cozinha pegar a garrafa. Nem ela sabia o que tinha acontecido direito, só sabia que odiava toda a situação.
— Mas o foi tranquilo, né? Ele não te forçou a…
— Não, Claire. — virou rápido para encarar a amiga, ainda sentada no sofá. — Na verdade, ele foi super educado.
— “Ah, você é uma mulher linda, seria que poderia chupar você essa noite?” — Claire tentou fazer uma voz grave e rolou os olhos com a atuação ridícula da loira.
— Você é péssima, sabia?
— Pensei que vocês poderiam funcionar. Ele é bem a sua cara.
— Eu também. E tudo tava bom demais, sério. — voltou pro sofá com a garrafa de vinho pela metade e outra ainda fechada. — A gente é mais parecido do que eu imaginava, e, porra, ele é músico.
— Eu sei disso. Por que acha que marquei um encontro entre os dois? — Claire encheu as taças vazias.
— E aí a gente saiu do bar do hotel e fomos para aquela boate que sempre quisemos ir, sabe? — Claire concordou com a cabeça. — Acontece que ele é o dono.
— E o filho da puta não me diz nada? Eu falei diversas vezes pra ele que queria ir pra lá. — Claire parecia realmente indignada.
— Enfim — ignorou a amiga —, a gente foi pro VIP e aí ele finalmente me beijou. E depois eu meio que subi no colo dele. — deu de ombros com o olhar malicioso da amiga e terminou a história. — A gente começou a se pegar pesado e ele me levou pro escritório dele. E, bom, o resto você já sabe.
— Ele te deu um oral — Claire completou. — Foi bom? Pelo menos antes de você fugir?
— Sabe o Caleb? — perguntou e viu um brilho surgir nos olhos da amiga. Ambas já haviam ficado com aquele homem e sabiam bem o que aquela boquinha era capaz de fazer. — Era ainda melhor.
— Não acredito. — Claire riu com gosto. A loira conheceu quando trabalharam juntos na produção de um musical e sabia muito bem que aquela carinha de anjo não enganava ninguém.
— Eu tô me odiando muito agora por ter arruinado uma possível noite de sexo incrível. — deitou no sofá e apoiou os pés nas pernas da amiga.
— Pode dormir aqui hoje se quiser. — Claire deu um tapinha nas pernas de . — Mas acho bom você tomar um banho, não quero meu sofá fedendo a suor.
fez uma expressão falsa ofendida e esfregou o corpo nas almofadas. Ela riu com os protestos e ameaças de morte da loira. Era disso que precisava: um colo amigo para depositar as mágoas da noite.
Ela já tinha superado Andrew, sabia disso. Mas não conseguia parar de pensar nele desde o encontro com . Continuou a pensar nisso enquanto esvaziava a garrafa de vinho com Claire, conversando sobre a vida amorosa da loira agora. Foi uma ótima distração para , que queria parar de se sentir culpada por deixar sozinho no clube.
Duas garrafas de vinho depois, Claire disse que ia dormir e deixou o banheiro pronto para a amiga tomar banho e dormir no sofá. levantou com preguiça, mas tomou um banho e tirou toda a maquiagem do rosto, que a essa altura já tinha se transformado em um único borrão.
Encarando seu reflexo no espelho de Claire, um estalo ocorreu a . Uma vez, em uma das brigas com Andrew, quando terminaram pela primeira vez, ele tinha dito que nenhum homem iria querer algo com ela além de sexo, que ela era uma piranha descartável. guardou a frase no inconsciente e praticamente sabotava sua vida amorosa e sexual. Aquele desgraçado realmente tinha mexido com a cabeça dela. Era por isso que achava todos os seus encontros horríveis e nunca tentava algo a mais com outras pessoas?
Ela tinha quase certeza que sim. E por todo esse tempo achava que tinha alguma coisa errada consigo, quando na verdade o filho da puta do Andrew tinha mexido com sua confiança e auto estima. voltou para a sala disposta a esganar Andrew. Mas talvez no dia seguinte, agora estava cansada.
Ela se deitou no sofá, que agora tinha cobertas e travesseiro, e fechou os olhos. Dormiu quase instantaneamente, mas sonhou com . estava de volta ao escritório do homem na boate. Dessa vez ela gozava na boca dele, que lambia os lábios em satisfação. subiu o corpo e a beijou, a fazendo sentir o próprio gosto.
— Deliciosa — ele comentou baixo.
O sonho foi mais explícito do que poderia imaginar. Nunca teve algo parecido assim antes, nem mesmo com suas celebs crushes. Ela acordou suando no sofá e respirou fundo três vezes antes de se sentar. Sentiu uma umidade entre as pernas e arregalou os olhos. Ela gozou enquanto dormia? Isso era possível?
correu para o banheiro e tomou outro banho, mas foi impossível não se lembrar do sonho erótico com , e, quando percebeu, já tinha os dedos massageando sua intimidade.
Levou um susto quando a porta foi esmurrada com força. Será que nunca iria gozar em paz?
— Sai logo daí, ! Eu vou me atrasar pro teste! — Claire gritava do lado de fora.
resmungou e terminou seu banho. Passou por uma loira furiosa, que praticamente a jogou para fora do banheiro, e foi para o quarto da amiga escolher uma roupa. Já era tão comum passar algumas noites depois de encontros frustrados no apartamento de Claire, que a amiga nem se importava mais de emprestar roupas. ainda deixava escova de dentes e roupas íntimas lá, quase como se fosse sua segunda casa.
terminou de se vestir e foi para a cozinha preparar um café da manhã. Como era sábado, não trabalharia no laboratório hoje, talvez só finalizasse um artigo em casa. Claire saiu do banheiro com a toalha enrolada na cabeça e sentou na bancada da cozinha, puxando um prato com ovos mexidos.
— Eu só te deixo passar a noite aqui por causa do café no dia seguinte. — A loira deu uma garfada no prato.
— Você me trata como um de seus peguetes — reclamou, bebericando o café em sua xícara e Claire revirou os olhos.
— Realmente vou chegar atrasada se ficar sentada aqui conversando. — A mulher engoliu os ovos e virou um copo de suco, já se levantando.
— Sei nem por que marca teste em final de semana se sempre fica nessa correria — comentou, tirando a louça suja da mesa e deixando dentro da pia. Nem ferrando que ela ia lavar.
— Porque eu gosto do meu emprego! — Claire gritou do banheiro. — E porque eu preciso terminar a escalação de elenco da peça.
— Ah, agora entendi. — riu, quando a amiga completou. Claire sempre deixava as coisas para o último momento e agora corria atrás de uma última atriz para o elenco principal da peça que produzia.
Claire voltou para a sala com os cabelos secos e uma maquiagem básica. pegou os saltos da noite anterior, junto à bolsa e o vestido, e acompanhou a amiga para fora do apartamento. As duas desceram as escadas do prédio lado a lado, conversando sobre a peça de Claire, e se despediram quando chegaram à rua. A loira correu para a estação de metrô e caminhou no sentido contrário, indo para seu próprio apartamento.
Não demorou para chegar em casa, morava somente a 5 quadras de distância da amiga. A mulher soltou os sapatos no tapete assim que destrancou a porta, depois arrumaria tudo. Ela observou em volta, tudo parecia estar no lugar certo. franziu o cenho.
— Barnes? — chamou alto e não obteve resposta. — Barnes! — dessa vez gritou e ouviu um barulho vindo do quarto.
correu em direção ao barulho e encontrou seu vaso de pimenteira caído no chão. Pelo canto do olho, viu um borrão preto se enfiar debaixo da cama.
— Barnes, eu não vou brigar com você — disse e se ajoelhou no chão. — Vem, filho.
Ela ficou de pé e o gato saiu sorrateiro do esconderijo. riu e pegou o bichano no colo, enchendo o animal de beijos. Aquele gato se comportava como criança.
soltou o animal e pegou o notebook de cima da cama, voltando para a sala com o aparelho já ligado. Assim que sentou na mesa e olhou a caixa de e-mail, lembrou que tinha que entregar um relatório do dia anterior, que acabou deixando para depois por causa do encontro. Um arrepio correu a espinha de quando lembrou do encontro, e consequentemente de .
balançou a cabeça, tentando espantar a lembrança, e abriu o documento para continuar a escrever. Antes de se concentrar completamente, preparou um bule de café e trocou as roupas por outras mais confortáveis. Pegou também uma pilha de livros e pastas da escrivaninha e voltou para a sala, deixando tudo ao lado do computador. Seria uma tarde divertida.
Já eram quase oito da noite quando se deu conta de que passara o dia inteiro trabalhando. Mas valeu a pena, porque tinha terminado o relatório e o artigo que escrevia para uma revista. Ela sorriu satisfeita quando enviou os e-mails e deu o dia como finalizado, agora podia assistir suas séries em paz. Decidiu que depois arrumaria a bagunça sobre a mesa e se jogou no sofá, pronta para passar a noite ali.
Barnes subiu no estofado, miando, e tentou ignorá-lo, mas o animal não fechava a boca. Ela quis se bater quando lembrou que já era de noite e que o bicho devia estar com fome. Suspirando, se levantou e pegou o saco de ração para repor a comida de Barnes.
— Seu pote tá cheio. — Ela olhou para o animal, que miou de volta. — Eu não vou trocar a ração. — Mais um miado. sacudiu o potinho e apontou para que o gato se aproximasse. Barnes miou de novo. — Você é mimado demais, sabia? Tem gatos que adorariam comer essa sua ração, seu soberbo.
Ela desistiu e trocou a ração de Barnes, que agora comia de boa vontade. Já que estava na cozinha, decidiu fazer algo para comer também, a última refeição que teve foi o café da manhã na casa de Claire. Foi a comida mais saudável que teve na vida? Não, mas comia com gosto a mistura de miojo e batata-frita. Ela sentou de novo no sofá e já tinha assistido três episódios de Grey's Anatomy, quando seu celular alertou uma mensagem nova. Ainda com os olhos grudados na televisão, alcançou o aparelho e o destravou. Leu rápido a mensagem e não entendeu nada, só tinha reparado que era de Claire. pausou a série e leu novamente. Provavelmente Claire já estava bêbada, porque não era possível que alguém digitasse tantos erros ortográficos em uma única mensagem. Mas, resumidamente, Claire tinha conseguido escalar o elenco para a peça, comemorava com alguns membros da equipe em uma boate, e a estava convidando.
Pensou em recusar, mas não iria desperdiçar o final de semana em casa quando não sabia o dia de sua próxima folga. digitou que iria e pediu o endereço, já correndo para se arrumar. Tomou um banho rápido e vestiu a roupa mais simples que encontrou no armário. Seu celular vibrou de novo com o endereço e sentiu o coração gelar. Era uma brincadeira do destino? Ou só Claire que fazia uma piada de mal gosto? Era a boate de , o que quase fez com que desse uma desculpa esfarrapada e não fosse.
levou um susto quando recebeu outra mensagem de Claire, perguntando se ela iria mesmo. A mulher já estava sentada olhando para o nada há trinta minutos. Resolveu que iria. Talvez nem estivesse lá, talvez ele nem se lembrasse mais dela, talvez ele nem percebesse que ela estava lá. Mas, por via das dúvidas, tirou a calça jeans e colocou uma roupa mais apresentável. Não usaria salto alto de novo nem ferrando, mas colocou outro tênis que não seu all star chulezento. Contemplou o look em frente ao espelho do quarto: bota preta de couro, calça branca e um body rendado que mostrava sua barriga. Tava ótimo, as pessoas que encontraria estavam com roupas simples também.
pediu um uber assim que se despediu de Barnes. O motorista já a esperava quando ela desceu as escadas do prédio, e, mais uma vez, pensou se deveria ir. Acabou decidindo que iria porque o motorista buzinou impaciente e tudo que pôde fazer foi correr até o carro. A viagem até a boate não foi longa, mas por todo o caminho pensava em como seria seu encontro com . Isso porque nem sabia se o homem estaria lá.
A fila do clube ainda era curta, o que deixou ao mesmo tempo aliviada e apreensiva. Sempre ficava impaciente quando tinha que esperar para alguma coisa, mas sentia seu estômago se revirar a cada passo que dava em direção à entrada. comprou sua entrada e recebeu um carimbo no dorso da mão. Hoje ela não era VIP.
A boate estava bem cheia, a maioria das pessoas dançando com a batida eletrônica que soava nas caixas de som. A mulher observou ao redor, tentando procurar a amiga sob as luzes piscantes. Era difícil andar entre a multidão, mas abriu caminho até um dos bares e pediu uma dose de tequila. Os atendentes estavam sobrecarregados e ela já estava desistindo da sua bebida, quando sentiu um abraço na cintura e se virou pronta para estapear alguém.
— Vai me bater? — Claire fez uma cara esquisita, sem se ligar que as duas estavam em uma boate e que homens héteros ainda existiam no planeta.
— Pensei que você fosse um tarado — explicou para a amiga e beijou sua bochecha. — Finalmente terminou esse elenco, hein.
— Nem me diga! Eu juro que ela é a melhor atriz que eu já conheci! — Claire sorriu animada e contagiou . — Só não melhor que você quando fala com sua mãe ao telefone.
— Vai pra merda. — revirou os olhos e se voltou pro balcão, esperando que alguém lhe atendesse.
— A gente tá no VIP hoje, gata. — Claire puxou a amiga pela mão em direção a uma das escadas.
— Mas eu não, Claire! Vou ser barrada antes de me apresentar pro segurança.
— Xiu, fica quieta — a loira gritou para a amiga e a arrastou para a entrada do segundo andar. Claire passou direto, mas o segurança estendeu o braço, impedindo que acompanhasse a amiga.
— Sem pulseira, sem VIP — o homem disse simplesmente.
— Moço, ela tá com a gente, meu amigo...
— Tudo bem — respondeu ao homem. — Eu fico aqui embaixo, só me jogar um salgadinho da bancada — brincou.
— Não precisa. — Uma voz veio de trás da mulher, que se retesou no mesmo momento. — Ela pode subir.
O segurança concordou com a cabeça e baixou o braço, deixando a passagem livre. se virou e encontrou parado a alguns passos de distância. Ele parecia ainda mais bonito que na noite anterior. Diferente da noite anterior, agora o homem usava um conjunto de roupas completamente preto, somente com uma corrente de ouro se destacando em seu pescoço. respirou fundo e tentou sorrir para ele, mas teve certeza de que parecia uma careta.
— Não precisa, . A Claire pode me encontrar aqui embaixo de tempo em tempo.
— Não, . — Ele matou a distância entre os dois. — Você não vai fugir de mim de novo.
sentiu um arrepio percorrer seu corpo, mas tentou disfarçar. sorriu de canto e apontou para a entrada do VIP, onde Claire sorria para os dois, observando a cena de camarote. deu um beliscão no braço da loira quando passou por ela e a acompanhou até a mesa onde o elenco estava.
— ! — Um dos homens levantou e correu em direção à mulher, a abraçando pela cintura. — Só aceitei vir hoje porque a Claire disse que você vinha.
— Oi, John. — sorriu envergonhada, sabendo que tinha se tornado o centro das atenções por alguns segundos.
se soltou do abraço e cumprimentou o resto das pessoas na mesa, conhecia a maioria e ainda foi apresentada à última atriz a entrar para o elenco. O sofá em formato meia lua estava cheio e Claire se espremeu em uma das pontas, deixando e John em pé.
— As bebidas hoje são por minha conta. — surgiu do outro lado de . — Ouvi muitos elogios ao martini daqui.
Ele piscou para a mulher e se afastou. John buscou duas cadeiras para que se sentassem, mas puxou Claire para um canto longe do grupo.
— Por que caralhos você quis vir pra cá? — sibilou a pergunta.
— nos convidou. — A loira deu de ombros e observou a expressão confusa da amiga. — Ele tá na produção da peça, .
— E você não falou nada, caralho? — deu um tapa no braço de Claire. Ela ia surtar.
— Porra, você tá doida? — Claire alisou o braço vermelho. — Para de surtar, . E agora você tem uma segunda chance de ficar com o .
Claire praticamente correu de volta para a mesa, deixando uma frustrada para trás. A mulher ajeitou a postura e caminhou na direção do bar.
— Martini com azeitonas extras — respondeu, quando o bartender lhe perguntou o pedido.
— Desculpa, senhorita, mas não vejo a pulseira do VIP. Vou ter que pedir que se retire…
— Ela tá comigo, Martín. — sorriu para o homem, que concordou com a cabeça e voltou ao trabalho. — Coloca isso aqui, ninguém mais vai pedir pra sair daqui. — Ele tirou sua corrente e prendeu ao redor do pescoço de . se inclinou um pouco mais e deixou um beijo ao pé da orelha dela antes de falar. — Pode me devolver mais tarde.
— E como um cordão vai me dar os privilégios do VIP? — perguntou, depois de se recompor.
— Tem a logo do clube, . Só eu tenho esse cordão. — Ele deu a conversa por encerrada e encostou os cotovelos sobre a bancada do bar. — John pareceu bem animado com a sua chegada.
— Ah… sim, verdade. — Ela virou e seguiu o olhar de , observando a mesa animada. Claire ria escandalosamente de alguma coisa e derramava um pouco de bebida na pessoa ao seu lado. — Ele é um bom amigo.
— Amigo? — riu com as sobrancelhas arqueadas. — Tenho certeza de que ele não quer ser só amigo.
— Do que te importa isso? — perguntou curiosa.
— Nada, só constatando um fato. — sorriu. desviou do olhar dele quando recebeu seu drink e tomou um gole.
— Tão bom quanto o de ontem. — Ela riu sob o olhar atento do homem.
não deu resposta, continuou a observar a mesa animada. Ele sabia que Claire era amiga de , tanto que foi a loira que arrumou o encontro entre os dois na noite anterior, mas não fazia ideia de que a colega de trabalho iria convidar naquela noite. Com certeza de que Claire já sabia do ocorrido, as duas pareciam bem próximas e Claire passou o dia soltando pequenas provocações para ele enquanto faziam os últimos testes no teatro.
Quando correu para longe dele na noite anterior, se sentiu perdido. Repassou tudo na sua mente, procurando nos mínimos detalhes onde pudesse ter feito algo errado, mas não encontrou nada. Seu veredito final foi de que simplesmente mudou de ideia, o que estava tudo certo, ela tinha total direito a isso. Mas ele não parava de pensar nela. Quando fechou os olhos para dormir, lhe veio à mente a cena da mulher deitada em sua mesa, entregue ao prazer e gemendo com seus toques. Foi uma noite infernal, devia ter batido ao menos duas punhetas só lembrando do gosto de , pensando na mulher e em como queria fodê-la de todos os jeitos possíveis.
No momento em que viu a figura de descer do carro em frente ao clube, se sentiu como um adolescente no ensino médio. Suas mãos começaram a suar, seu estômago se revirou e ele sentiu o coração disparar. Por Deus, um homem adulto não tinha motivos para se sentir assim simplesmente por ver, de longe, uma mulher. Mas não era só uma mulher… era ela. observou entrar no clube e terminou seu cigarro antes de entrar também. Acabou ficando preso em uma conversa com seu gerente, e, quando percebeu, já estava parada em frente à subida para o VIP com Claire, que sorria maliciosa. Aquela demônia loira tinha armado tudo.
— Sabe — disse baixo, chamando a atenção do homem, — quando criança, eu sempre quis voltar no tempo e consertar alguns erros. — virou o corpo na direção dela, que brincava com o palito que segurava as azeitonas do drink. — E hoje a gente pode reinventar a noite de ontem.
— O que quer dizer? — perguntou interessado. sorriu de lado, olhando nos olhos dele.
— Que hoje pode ser uma versão 2.0 de ontem. — Ela se aproximou mais de , sem quebrar o contato visual. — Só basta você dizer sim.
trabalhava a proposta de na cabeça. Era tudo o que queria desde que pôs os olhos nela naquele bar. Será que hoje ia conseguir acertar suas contas com a mulher?
se virou para , que esperava uma resposta, os olhos transbordando ansiedade.
— Até o fim da noite, você vai gemer meu nome — disse alto o suficiente para que ouvisse, mas não o suficiente para que o bartender escutasse.
— Ou você o meu. — sorriu e chupou a azeitona do palito, olhando desejosa para , que sentiu um repuxado na virilha com a cena.
— O jogo começou. — roçou a boca na dela e sugou seu lábio inferior. O homem sorriu satisfeito com o efeito que causou sobre e se afastou dela, andando em direção à mesa do grupo.
respirou fundo e tentou se recompor.
Desde que tinha visto , pensava na boca dele na dela, nos dedos dele dentro dela, e decidiu que precisava tentar de novo. Não ia pedir desculpas por ontem à noite, não tinha feito nada de errado, simplesmente tinha mudado de ideia. Queria explicar para ele por que tinha ido embora, mas não queria falar sobre o ex, preferia muito mais beijá-lo.
Em um ímpeto de coragem, fez a proposta. E quase pulou de alegria quando topou, ele parecia que queria o prêmio principal tanto quanto ela: uma noite de sexo fenomenal. Eles não tinham estabelecido nenhuma regra para o joguinho, mas estava claro a intenção: provocar o ouro até que um perdesse a paciência para o tesão e tomasse uma atitude.
virou o resto do drink e deixou a taça vazia sobre o balcão. Ela viu uma garrafa de José Cuervo em um canto e gritou para o barman que pusesse na conta do chefe. chegou à mesa com a garrafa aberta na mão e um sorriso malicioso nos lábios.
— Quem quer fazer bodyshot? — perguntou ao grupo e olhou de soslaio para . A mesa gritou animada em resposta. — Por que você não começa, John? — Ela se virou para o homem. — Tira a camisa e deita na mesa.
ordenou e o homem obedeceu quase que imediatamente. O grupo já discutia para ver quem iria em seguida, mas não prestou atenção. Ela olhou para , que mordia o interior da boca, o tesão escondido nos castanhos dos olhos. derramou um pouco de tequila sobre o peitoral de John e se posicionou de forma que conseguisse olhar para o homem e observar de canto a reação de . A mulher lambeu o líquido que escorreu para o abdômen de John, subiu com a boca pelo corpo dele e deixou um beijo molhado em seu pescoço. John a puxou para um beijo, que foi correspondido com intensidade por . Os dois se separaram e ela encarou com a mandíbula travada.
— Sai daí, John. — Claire empurrou o homem para fora da mesa e deitou onde ele estava, levantando a blusa.
passou a garrafa para alguém, que derramou a bebida no corpo de Claire e a brincadeira seguiu. Ela se sentou no canto oposto a e sustentou o olhar intenso dele. John sentou ao seu lado, já com a camisa no corpo, e sorriu para ela.
— Faz tempo que queria te beijar. — sorriu envergonhada e olhou para ele.
— Foi só um beijo, John — ela esclareceu e o homem deu de ombros.
— Talvez por hoje. Nunca se sabe o dia de amanhã. — John sorriu e se afastou de , voltando para a galera do body shot.
encarou , que agora tomava um shot perto do bar. Ele sorriu provocativo para e virou a cabeça para falar com uma mulher ao seu lado, que só agora tinha reparado que estava ali. Os dois conversavam baixo, com os rostos próximos demais, soltando risadinhas ocasionais. Algo se aqueceu dentro de , ela sabia que não era ciúmes, não conhecia o suficiente para ter esse sentimento, era adrenalina. O medo de perder a aposta fez se levantar. Nem fudendo que ela iria deixar ganhar.
— Quem quer dançar? — perguntou, assim que chegou perto do grupo. A galera gritou animada e todos desceram juntos para a pista de dança no térreo.
O corpo dela se movimentava rápido com as batidas aceleradas do DJ. dançava com Claire, tão perto das caixas de som que conseguia sentir as batidas do seu coração estalarem nos ouvidos. A sensação de poder estar ali era incrível, fazia tempo que não saía para dançar com os colegas e se divertir genuinamente. Ela quase esqueceu da aposta com . Quase.
olhou para cima e o encontrou debruçado, com um copo de bebida na mão ( chutou que era whiskey), a observando.
O DJ acertou o momento e trocou para uma música mais lenta e sexy. balançou os quadris devagar e prendeu o lábio inferior entre os dentes, fechando os olhos e se deixando levar pela música. A mulher passava os dedos pelo pescoço com firmeza, imaginando as mãos de ali. Ela abriu os olhos quando sentiu alguém encostar o corpo no dela e seguir seus movimentos sensuais no meio da pista. Mãos grossas seguraram o corpo de e ela jogou o pescoço para trás, deixando que o estranho beijasse sua pele.
sorriu maliciosa quando encontrou a encarando completamente hipnotizado. O homem nem parecia perceber a mulher ao seu lado dando beijos em seu pescoço. O homem atrás de deu sinais de estar mais animado do que ela com o contato e a mulher se desvencilhou, o empurrando para longe. O cara até tentou argumentar, mas Claire pisou com força no pé dele e o empurrou de novo para longe. Ele não gostou muito, mas foi embora. Claire perguntou se a amiga estava bem e respondeu que sim. buscou , mas não o encontrou no lugar de antes.
estava preparado para descer e expulsar o cara, mas sentiu um alívio quando viu Claire cuidar do homem. Ainda assim, andou até o canto e chamou um dos seguranças, apontando para o homem no meio da pista e ordenando para que o retirasse. Ele observou o homem sair contra sua vontade e se sentiu um pouco mais relaxado. Era foda, toda noite tinha algum cara imbecil que não sabia aceitar um ‘não’ como resposta. desceu as escadas para a pista de dança e alcançou o grupo, agora em frente à mesa de som, que era preparada para receber o segundo DJ da noite.
— Cadê ? — perguntou a Claire.
— Disse que ia ao banheiro. Daqui a pouco ela volta — a loira explicou e concordou com a cabeça.
Quando percebeu que tinha sumido de seu campo de visão, o procurou em outros lugares e acabou encontrando uma surpresa perto do palco. Ela avisou a Claire que ia ao banheiro e se esgueirou para o mini corredor com acesso restrito. conseguiu passar sem maiores problemas pelo segurança assim que mostrou a corrente que usava no pescoço.
— ? — Ela se virou rapidamente quando escutou seu nome e deu de cara com Kate.
— Kate? — sorriu e se aproximou da morena, lhe dando um abraço que foi retribuído imediatamente. — Vai se apresentar hoje?
— Uhum, sequência de dez músicas. — A mulher sorriu, mas logo franziu as sobrancelhas. — Vai dançar também?
— Só se você me ajudar. — sorriu, mordendo o lábio com ansiedade.
continuava a procurar pela pista de dança, quando o DJ começou a tocar uma faixa de apresentação. Ele já começava a se preocupar com o sumiço da mulher, nem os seguranças conseguiram encontrá-la. Será que ela tinha desistido e ido embora? Pela segunda vez?
voltou para perto do palco quando escutou um alvoroço vindo daquela região e entendeu o motivo. Próximo à mesa do DJ, tinha um poste de pole dance bem iluminado, e segurando no metal, uma figura feminina mascarada. Ele se lembrou que tinha demorado para conseguir agendar um evento com esse DJ, e que o cara sempre se apresentava com uma dançarina.
A mulher girou lentamente ao redor do poste, se preparando para a primeira música. observou a mulher, sentindo que a conhecia de algum lugar, mas sem saber muito bem de onde.
(n/a: coloca a música para tocar agora)
sentia o coração bater acelerado, fazia tempo que não dançava. Por quatro anos seguidos, havia trabalhado como stripper em clubes para se sustentar e pagar a faculdade, foi assim que conheceu Kate, que prontamente a ajudou no pequeno plano para a aposta.
Ela ajeitou a máscara no rosto e observou a multidão. Não podia negar, se sentia animada por ser vista por dezenas de pessoas de novo, mesmo que tivesse a identidade escondida. localizou o grupo de amigos bem perto do palco e prendeu o olhar em . Será que ele a reconheceria?
Quando ouviu as primeiras estrofes da música, tomou um impulso e girou mais rápido no poste, esticando a perna enquanto ouvia gritos de incentivo na pista de dança. Ela deixou seu corpo cair de leve no chão e arqueou as costas, voltando a olhar para entre seus amigos. encostou as costas contra a barra fria de metal e abriu as pernas em um movimento lento junto à estrofe.
(Ela sabe que sua boceta tem um fã-clube)
sorriu com os gritos extasiados do público e ficou de pé sobre os saltos, arrastando a ponta dos sapatos enquanto circundava o poste, antes de segurar forte a barra e girar o corpo no ar por alguns segundos. Ainda girando, começou a escalar o poste até quase o topo e jogou o corpo para trás, abrindo as pernas em um espacate e ficando de ponta cabeça. O corpo de parecia pegar fogo, a sensação de saudade de dançar era enorme e os olhares desejosos de sobre si não ajudavam a diminuir sua temperatura. Ela diminuiu a velocidade com que girava e soltou as mãos da barra, agora usando as pernas como apoio e abriu os braços ao redor do corpo.
conseguia ver que estava bem próximo da grade que separava a pista e o palco, mesmo que ele fosse um borrão enquanto girava. segurou a perna direita, com a esquerda ainda esticada, e usou a mão livre como apoio para não cair, deixando o movimento mais lento, assim como a música. Ela sentiu a mão escorregar um pouco e interrompeu o movimento, disfarçando o erro com movimentos lentos e sensuais com o quadril enquanto voltava a ficar em pé.
Quando chegou ao refrão, escalou a barra mais uma vez e apoiou o peso de seu corpo nos braços, fazendo movimentos no ar com as pernas.
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
You know how she get down, pop her for a check now
(Você sabe como deixá-la mansa, dê a ela um cheque agora)
enroscou as pernas na barra de metal e girou mais rápido, sendo incentivada com os gritos do clube todo.
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under she gon' kill me for that paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai me matar pela porra do dinheiro)
Not the type to fuck around, gonna turn that ass around
(Não é de foder qualquer um, ela vai dar a volta com essa bunda)
desenroscou as pernas do metal e continuou a girar devagar até chegar ao chão. Ela deslizou com as costas na barra fria e mordeu o lábio inferior quando olhou para . Não sabia como, mas ele já descobrira que era ela quem dançava e se sentia mais incentivada sabendo que ele a desejava. deitou de lado no chão e levantou uma perna sensualmente enquanto passeava com as mãos pelo corpo, sem quebrar o contato com . A mulher voltou a descer a perna, a pousou na frente do corpo, girando no chão, empinando a bunda para cima e riu de lado com a expressão de puro tesão no rosto de .
O público gritou mais alto quando outra figura, usando as mesmas roupas que : top trabalhado com cristais, hot pant preto e saltos altos, surgiu mais atrás. ficou de pé e olhou para Kate sorrindo. As duas circundaram a barra de pole dance e abriu um espacate no chão no mesmo momento que Kate pegou impulso e girou o corpo no ar, segurando no poste. As duas já haviam se apresentado juntas antes e tinham alguns movimentos ensaiados, e, mesmo depois de anos, ainda se lembravam. jogou o tronco para trás e sorriu sob a máscara para , que estava completamente vidrado em seus movimentos. ficou satisfeita ao vê-lo ajeitar a calça e voltou a subir o tronco quando Kate parou sobre ela. A morena lhe estendeu a mão e puxou a amiga para cima.
escalou a barra até o topo e girou com as pernas esticadas, com Kate fazendo o mesmo movimento mais abaixo. As duas tinham os movimentos sincronizados e se sentia invencível naquele momento, talvez devesse voltar a dançar. A dupla fez os mesmos movimentos que tinha feito no refrão anterior, sendo ovacionadas pelo público. conseguiu inclusive ouvir os gritos de Claire, que também já devia ter descoberto que era sua amiga no palco.
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
Six feet under she gon' get that fucking paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai conseguir a porra do dinheiro)
You know how she get down, pop her for a check now
(Você sabe como deixá-la mansa, dê a ela um cheque agora)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under, six
(Seis palmos abaixo da terra, sete)
Six feet under
(Seis palmos abaixo da terra)
Six feet under she gon' kill me for that paper
(Seis palmos abaixo da terra, ela vai me matar pela porra do dinheiro)
Not the type to fuck around, gonna turn that ass around
(Não é de foder qualquer um, ela vai dar a volta com essa bunda)
Kate deitou no chão e escorregou pela barra até sentar no colo da morena. rolou para o lado e ficou de quatro, sabendo que Kate fazia o mesmo movimento na outra direção, e engatinhou pelo palco. No meio do movimento, resolveu improvisar um pouco, engatinhou até a beirada do palco e chamou com o indicador, que passou sem dificuldade alguma pelo segurança. O homem não desgrudava os olhos de e controlava a vontade de puxá-la do palco e terminar tudo o que não tinha feito na noite passada. arranhou de leve a bochecha de e passou o dedo pelos lábios dele enquanto cantava junto à música.
(Amor verdadeiro é difícil de encontrar)
So she don't waste her time
(Então ela nem perde seu tempo com isso)
So she don't waste her time, oooh
(Então ela nem perde seu tempo com isso, oooh)
You ain't gon' catch her crying
(Você não vai a encontrar chorando)
She ain't gon' lose her mind
(Ela não vai perder a cabeça)
She ain't gon' lose her mind
(Ela não vai perder a cabeça)
cansou de manter o autocontrole e puxou para perto, deixando seu rosto a milímetros do dela e roçou os lábios contra os da mulher. riu fraco e impulsionou o corpo para frente, descendo do palco e tendo seu corpo preso pelo abraço de .
— Chega, você ganhou — ele disse baixo, no ouvido de .
— Eu sempre ganho. — Ela sorriu e sentiu um arrepio correr o corpo quando a mão de apertou mais forte sua cintura.
passou a língua pelos lábios e tocou de leve a boca de , que fechou os olhos com o contato. A mulher tomou as rédeas da situação e o puxou em direção à entrada do camarim, sabendo exatamente para onde levá-lo. Assim que entraram no corredor, prendeu contra a parede. Seu coração batia em um ritmo acelerado, mas nunca esteve tão certa de que queria fazer algo. Ela colou a boca na dele de forma urgente, sedenta por contato. correspondeu ao beijo com a mesma intensidade, segurando forte na cintura dela. Os dois já tinham se cansado do joguinho e queriam repetir (ou terminar) a dose da noite anterior.
enroscou os dedos nos fios de e separou o beijo. A boca dela tinha o batom vermelho completamente borrado, o olhar dela era o puro significado de tesão e o som que escapou de seus lábios foi a melodia mais deliciosa que ele escutou. o segurou pela mão e o arrastou com pressa para o camarim vazio ao lado do de Kate.
Ela trancou a porta assim que entraram e empurrou para trás até que caísse sentado no pequeno sofá. passou uma perna de cada lado do corpo dele e sentou em seu colo. voltou a beijá-la com fervura, chocando seus lábios com força contra o dela. segurou nos ombros dele, se movimentando devagar sobre seu colo e sorrindo quando sentiu um tapa ardido ser desferido em sua bunda.
quebrou o beijo e deslizou com a língua pela bochecha de até chegar ao seu pescoço e deixar uma trilha de beijos molhados. ainda se movia sobre seu colo e sentia sua calça ficar menor a cada investida que ela fazia contra seu quadril. Ele mordiscou o lóbulo da orelha dela e sussurrou baixo em seu ouvido.
— Hoje eu te fodo do jeito que ia fazer ontem.
soltou o ar de leve pela boca e mordeu o lábio inferior para conter a surpresa quando girou os dois e a pôs deitada no sofá. Ele encaixou uma das pernas entre as coxas de e continuou a beijar seu pescoço, descendo os beijos para o decote, lambendo sua pele acima do top. Com uma rapidez surpreendente, conseguiu tirar a peça superior de e contemplou a beleza da mulher por breves segundos antes de lamber com vontade um dos mamilos dela, enquanto massageava o outro com a mão. arfou com o toque e correu os dedos pelos cabelos curtos do homem, não conseguindo evitar o gemido que escapou de seus lábios quando ele mordiscou seu mamilo. trocou as posições e deu atenção com a boca ao outro seio da mulher, que a essa altura já tinha a calcinha hot pant encharcada. começou a se movimentar embaixo do corpo de , se esfregando contra a coxa do homem.
— Não. — segurou a cintura dela com força, cessando os movimentos. — Você vai gozar na minha boca.
ofegou e prendeu o lábio inferior entre os dentes, mantendo o contato visual com enquanto ele descia a mão pelo seu corpo e tocava sua intimidade por cima do tecido fino. O indicador de começou a se movimentar em movimentos lentos e circulares sobre o ponto mais sensível de , que se continha para não movimentar seu quadril contra os dedos de .
já tinha os dedos melados pelo líquido que transpassava a calcinha de e os levou até os lábios, mas mudou o movimento e tocou a boca da mulher. Ele não precisou dizer nada, por conta própria, abriu a boca e chupou os dedos do homem com prazer, sentindo seu gosto tomar conta de sua boca. respirou pesado ao observar a cena, sentindo o tesão começar a se tornar insuportável dentro de si.
Com a mão livre, desceu a barra da segunda peça de roupa de . Ela puxou o corpo de para perto com a perna e o beijou calmamente. Sua língua deslizou sobre a dele, fria como o gelo e macia como se lembrava. voltou a descer a mão para o meio das pernas de e a masturbá-la lentamente. A mulher se controlava para não gemer contra a boca de , mas não conseguiu se calar quando ele penetrou dois dedos de uma vez. movimentou os dedos devagar, com uma lentidão torturante, que ensandecia cada vez mais.
trilhou um caminho de beijos e lambidas pelo corpo de e não a torturou mais, ele queria aquilo tanto quanto ela. arqueou as costas e agarrou nas almofadas quando sentiu a língua de em sua boceta. O gosto de era ainda melhor quando estava diretamente em contato com a boca de , e ele não se contentaria até que aproveitasse até a última gota. revirou os olhos quando o sentiu atingir o ponto mais sensível e gemeu alto, pouco se importando se a escutariam. continuava a chupá-la enquanto a fodia com os dedos, e observou debaixo, se contorcendo com seus toques.
— Olha pra mim — ele pediu, quando a viu fechar os olhos com força. abriu os olhos de novo e encontrou o olhar penetrante dele sobre si. — Boa garota.
elogiou a mulher e colocou o terceiro dedo em sua entrada. abriu a boca, ofegando alto e fechou os olhos por alguns segundos até se lembrar do pedido de . apreciava a vista privilegiada de deitado no pequeno sofá, com o rosto entre as suas pernas, lhe dando o melhor oral que tinha recebido em sua vida. Foda-se. começou a movimentar o quadril em direção a , que aumentou a intensidade de seus movimentos. sentia seu ápice se aproximar, e hoje nada a interromperia de ter um orgasmo.
segurava com força a coxa de , sem se importar se a deixaria marcada, enquanto a fodia com os dedos e a boca. Ela era simplesmente deliciosa. Seu pau latejava dentro da calça, e não via a hora de finalmente foder do jeito que queria. gemeu alto, tremendo-se inteira com o orgasmo sensacional e continuou a chupá-la, lambendo sua intimidade até que não restasse vestígio de que ela havia gozado sem ser sua respiração falha e coração acelerado.
respirava fundo quando voltou a beijá-la, deixando o gosto dela ainda mais forte no contato entre suas bocas. segurou na barra da calça de , começando a desafivelar o cinto e a desabotoar a peça. queria a boca dela em seu pau, mas o beijo de era hipnotizante demais para que conseguisse deixar sua boca longe da dela. arrastou a mão para cima e deslizou os dedos finos por baixo da camiseta dele, arranhando de leve o peitoral dele. ofegou e aproveitou a distância de suas bocas para tirar a camisa dele e jogar para um canto qualquer.
retomou o controle da situação e saiu debaixo do corpo de , o fazendo ficar sentado e se ajoelhou diante dele. O contato visual dos dois era energizante e repleto de luxúria. desceu devagar a calça, com a ajuda dele, e massageou o pau dele por cima da cueca preta. Ele se inclinou uma última vez e deu um beijo demorado em , antes de se encostar no encosto e observá-la. sorriu de canto e deixou um beijo molhado em seu membro antes de abaixar a cueca de . O homem ofegou quando a mão fria de o tocou de leve e começou a masturbá-lo devagar. se divertia com a mini tortura que fazia com , era delicioso ter um homem como ele sem controle sobre qual seria o próximo passo dela. manteve o contato visual com , enquanto se inclinava para tocá-lo com os lábios. mordeu o interior da boca com força quando os lábios de envolveram a cabeça de seu pau. Por um breve momento, achou ter visto estrelas quando a língua de circundou seu membro e colocou na boca. o chupava devagar, da mesma forma que ele havia feito com ela, mas queria mais contato, ele precisava de mais contato. aumentou o movimento com a boca quando sentiu as mãos de em seus cabelos, começando a ditar a intensidade que ele queria. começou a mover o quadril em direção a , fodendo a boca dela do jeito que ele queria foder sua boceta.
— — ele chamou e a mulher levantou o olhar, o encontrando completamente entregue ao prazer.
Ela diminuiu o movimento e deu uma última lambida por toda a extensão dele antes de ficar de pé. chutou os sapatos para longe e terminou de descer a calça e cueca que haviam ficado presas em seus tornozelos. Ele se abaixou e procurou nos bolsos da calça a carteira, tirando de um dos bolsos uma camisinha. já havia posto a camisinha quando se virou para o sofá e encontrou deitada se tocando. Ela tinha uma mão apertando um dos mamilos e a outra mão entre as pernas. O olhar de era completamente direcionado a ele.
— Gostosa — disse baixo, quando ficou entre as pernas dela.
— Me fode — pediu com um gemido.
encaixou seu membro na entrada de e os dois fecharam os olhos no mesmo momento em que ele a penetrou. abriu os olhos para encontrar a observando, temendo que ela mudasse de ideia novamente. Ela mexeu a cintura e soltou um gemido ao senti-lo dentro de si. começou a se movimentar devagar dentro de , aproveitando todas as sensações que inundavam seu corpo naquele momento. Ele aumentou a intensidade das estocadas, vendo segurar forte nos seios. cobriu as mãos da mulher e as apertou. deixou que segurasse em seus peitos, apertando seus mamilos e a deixando ainda mais excitada. Ele se movia com destreza e força, e se segurava para não gritar alto o nome dele. A mulher o puxou para um beijo, agarrando em seus ombros e fincando as unhas na pele macia dele. As bocas dos dois se movimentavam de um jeito desastroso e se interrompiam a todo momento para gemerem baixo.
começou a diminuir a intensidade dos movimentos, começando a cansar-se, e empurrou o peito dele para que ele se sentasse de novo. Ela ia sentar no colo dele, mas a puxou para cima e levantou uma das pernas dela. ficou em pé, com a boceta na cara de , que não tardou a chupá-la pela segunda vez na noite. espalmou a mão na parede e gemeu alto quando sentiu a língua de em sua entrada. Ela movimentou o quadril por cima de , sentindo-se cada vez mais próxima do orgasmo.
batia uma punheta enquanto chupava , mas cessou os movimentos quando a mulher se distanciou dele. sentou sobre o colo dele, encaixando o pau de e sentando com força. O homem ofegou alto quando começou a se movimentar com agilidade, cavalgando do jeito mais gostoso possível. segurou no pescoço de e jogou a cabeça para trás, sem cessar os movimentos quando o sentiu chupar seus peitos e a tocar seu clítoris em movimentos circulares. Ainda mais rápido do que antes, sentiu o orgasmo tomar conta de si e gemeu alto o nome de enquanto gozava. Ele segurou a bunda da mulher com as duas mãos e se movimentou o mais rápido que pôde, chegando pouco tempo depois ao mesmo estado de êxtase que .
respirava ruidosamente, ainda com em seu colo. A mulher tinha a cabeça encostada na curva do pescoço dele, também tentando controlar a respiração descompassada.
Nenhum dos dois sabia o que dizer, mas foi a primeira a quebrar o silêncio.
— Quer apostar amanhã também? — perguntou bem humorada, com a boca próxima a de .
— Tenho certeza de que eu ganho. — Ele riu de canto e tirou uma mecha de cabelo do rosto dela.
— Os dois sempre ganham. — Ela riu maliciosa e o puxou para um beijo.
Fim!
Nota da autora: Hey! Gente, que surto foi esse? ahahaha. Espero que tenham gosto dessa fic gostozinha para ler na calada da noite. Confesso que escrever cena hot é sempre um desafio pessoal, mas uma hora a gente chega na perfeição.
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