10. Song About You

Última atualização: 21/06/2023

Capítulo Único

Zurique, Suíça.

Eu me encontrava ao lado de fora da quadra de hóquei e não conseguia tirar os olhos dos meninos correndo ligeiramente por aquele gelo com uma habilidade incrível. Mordi meu lábio inferior, sentindo certa adrenalina se apossar do meu corpo, e não conseguia tirar os olhos do local por nenhum segundo sequer.

? — ouvi meu nome sendo chamado e me virei. Vi minha melhor amiga sentada na arquibancada, sorriu para mim e suspirou. — Vamos? Já estamos aqui há tempo demais.

Por alguns segundos, voltei meu olhar para a quadra, voltando a observar a movimentação e os barulhos que seus patins faziam no gelo, aquilo me dava algo dentro do meu corpo que mal sabia explicar.

— Vamos — finalmente respondi e voltei a olhá-la, sorrindo fraco.

Saímos andando uma ao lado da outra enquanto voltava a ouvir Louise falar a respeito de Kevin, sua paquera. Meu olhar não conseguia sair da quadra e estar ali me dava uma vontade surreal de viver, parecia que aquilo tudo era combustível para mim.

— EI!

Me virei imediatamente vendo o treinador do time de hóquei da escola se aproximar de nós, eu já tinha ouvido falar dele, várias vezes. Na verdade, era quase que uma fã dele, mas é claro que isso nunca falaria para ninguém. Ele era extremamente foda no hóquei, na época dele.

? — ele chamou pelo meu sobrenome e olhou da minha amiga para mim. Rapidamente concordei e esperei, ansiosa, pelas suas próximas palavras.

Será que ele tinha me visto ali muitas vezes? Já que eu escapava de algumas aulas para ver o treino várias vezes na semana?

— Você gosta de hóquei, certo? — me questionou o óbvio.
Droga.

— Sim. — Aquela resposta saiu entre os meus lábios sem que eu esperasse.

— Tenho uma proposta para te fazer.

Engoli em seco.

— Sim, senhor.

Meu coração batia forte e suspirei baixo.

— Já vi teus olhos brilharem ao ver os treinos aqui na escola, eu posso fazer um teste com você, sabe, só nós dois, sem os garotos, para você ficar mais calma, mas, para isso, preciso de um favor seu.

Pisquei várias vezes como se não tivesse entendido as suas palavras. Pera, teste? Teste de hóquei?

— Que seria... — falei, a fim que ele me dissesse logo o que fazer.

— Nós temos um jogo importante aqui no sábado, você deve saber. Precisamos de um mascote, o nosso foi diagnosticado com catapora, ontem.

Seu tom de voz era sério, mas dava para sentir que ele estava levemente empolgado com aquilo.

Olhei para o lado por breves segundos, vendo os meninos do time conversando entre si e olhando uma vez ou outra para o treinador falando comigo. Ao meu lado, Louise já mexia no celular, tendo em vista que para ela o assunto era bem entediante.

— E com quem tenho que falar para saber o que devo fazer? — questionei de um jeito sério.

Vi o treinador pegar o apito e usá-lo, aquele barulho ecoou nos meus ouvidos e eu quase fiz uma careta, mesmo já estando acostumada.

— O TREINO ACABOU. VÃO PARA O VESTIÁRIO — ele gritou. — Menos você, . Você vem aqui. — O vi chamá-lo com o dedo.

.

De um jeito espontâneo, segurei em uma das mãos de Louise ao meu lado e senti o olhar da minha amiga para mim. Instantaneamente meu coração começou a bater mais rápido ao ver o loiro se aproximar.

Ele era o garoto mais lindo que eu já tinha visto em toda a minha vida. A combinação daquele cabelo que parecia ouro em alguns momentos com as sardas espalhadas pelo seu rosto me deixava...

— Senhorita ?

Droga. Eu estava totalmente imersa naqueles pensamentos em relação a , que não notei quando ele se aproximou, e o treinador e Louise olhavam para mim, confusos.

— Oi. O que você disse, desculpe? — fiz uma careta ligeira e vi , ao lado do treinador, soltar um risinho baixo.

vai te passar todas as informações. Você pode vir todos os dias até sábado, antes da aula, para cá? — O treinador abraçou a prancheta e me olhou ansiosamente.

Concordei com a cabeça. Parecia que estar respirando tão perto o mesmo ar que me deixava sem palavras, que merda. Como eu ia conversar com ele a partir do dia seguinte? ‘Tá, esse é um problema para eu resolver no dia seguinte.

Saímos dali em passos rápidos, já que a nossa aula começaria em exatos dez minutos e era em outro prédio: o de química, no laboratório. Andamos mais rapidamente, quase começando a correr, e Louise riu, me olhando.

— Daqui a alguns dias você vai ter um encontro com o . Você vai ver.

— Você é louca? — Quase parei de andar para que eu pudesse olhá-la.

Ela apenas riu e continuou andando, eu voltei a apressar o meu passo a fim de acompanhá-la e não nos atrasar mais ainda para a aula, senão ganharíamos uma detenção.

O dia passou arrastado e, quando olhei pela janela entre uma equação química e outra, notei que estava nevando e aquilo fez com que eu revirasse os olhos. Não é que eu não gostasse de frio, sim, eu gostava, mas neve para mim era algo extremamente exagerado e não precisava daquilo. Suspirei pesadamente, balançando o lápis entre os meus dedos.

Olhei para o lado distraidamente e vi que olhava para mim e eu nem tinha notado sua presença na sala de aula. Me assustei, no entanto, tentei parecer normal e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Até que o olhando, enquanto ele me olhava, me fez ter um pensamento: será que ele olhava para mim ou olhava para a neve que caía do lado de fora? Com esse pensamento, eu me debrucei na minha mesa e resmunguei comigo mesma.

Aquela noite em particular foi bem difícil de dormir. No meio de tantos edredons, colocados pelo meu pai, fiquei com o pensamento a mil, imaginando como seria o dia seguinte com tão próximo a mim. Eu sentiria o cheiro do seu perfume, seus cabelos, veria o seu sorriso, as suas sardas. Com um sorriso completamente bobinho nos lábios, acabei me entregando ao sono.

Fui acordar no dia seguinte com meu pai entrando de supetão em meu quarto.

. Você não vai para a aula hoje?

— Que horas são? — despertei, sonolenta, e o olhei, não estava raciocinando ainda.

— Você vai perder a primeira aula — ele me alertou e já foi saindo do quarto.

Duke entrou no quarto logo depois, o labrador de pelagem escura latiu e eu despertei finalmente da cama, já correndo para o meu banheiro e começando a fazer a minha higiene pessoal.

— Ok. Já que vou me atrasar, primeiramente, um banho — disse para mim mesma, com calma.

Horas depois, eu me encontrava sentada na arquibancada da quadra de hóquei, meu pé se movia freneticamente que chegava a doer, mas eu estava muito ansiosa. Via os meninos no treinamento daquela tarde e aquele barulho dos patins e dos tacos no gelo me deixava tão feliz com um sorriso bobo nos lábios.

— Oi.

Eu gritei. Sim, eu gritei.

O olhei com os olhos arregalados e me afastei um pouco.

Vi um sorriso nos seus lábios que logo se transformou em uma gargalhada rápida.

— Desculpa, , eu não queria te assustar — ele falou, rindo, e mordeu o lábio.

Oh, merda. Eu virei o Raj de The Big Bang Theory. No caso dele, ele não conseguia falar com nenhuma mulher, a não ser se bebesse algo alcóolico. Eu não conseguia falar algo coerente diante do garoto mais lindo que já vi na vida.

— Tudo bem. — Foi tudo que consegui dizer.

— Não vim ao treino hoje.

Ah, é, Sherlock?

— ‘Tá tudo bem? — o olhei e, ao fazer isso, senti as minhas bochechas queimarem.

— ‘Tá sim — ele deu de ombros, olhando para a quadra, e eu conseguia ver aquelas sardinhas em suas bochechas, quis sorrir. — O treinador me dispensou para te ajudar. — E então ele me olhou.

— Oh. Desculpa atrapalhar — ri fraco e mexi um pouco os meus próprios pés.

— Você não atrapalha. Agora, vamos.

Foi tudo tão rápido que mal pude reagir, senti pegar em uma das minhas mãos e me puxar. Desse jeito, fomos até uma sala que ficava ao lado do vestiário do time de hóquei e lá, em uma das prateleiras, estava a tal fantasia de tigre, que era a mascote do time. Ao nos aproximarmos, ele me olhou ansiosamente e sorriu, nossas mãos ainda estavam dadas.

— Você pode pegar para mim? — pedi, levemente ofegante devido a corrida que havíamos dado da arquibancada até ali.

Quase murmurei em choro quando ele soltou da minha mão, mas rapidamente, e sem que ele visse, a passei na minha calça jeans sabendo que estava suada por minha culpa.

— Você quer experimentar agora? — me questionou ao pegar a fantasia.

— Posso tentar — ri fraco.

Eu estava... falando com ele? Normalmente?

Ele me ajudou com a fantasia com toda a calma do mundo, imaginei que para ele tudo aquilo seria um saco, e ele faria aquelas coisas sem paciência alguma, mas eu estava 100% errada.

Senti a sua mão segurar na minha carinhosamente ao me ajudar a entrar na fantasia, principalmente na parte de baixo, e sorri fraco com isso, sua mão, também passou pela minha cintura ao ajeitar o cinto e fiquei apenas com a cabeça para fora.

— Que foi? — o questionei com o cenho franzido, mas acabei rindo.

— Eu nunca tinha visto um tigre tão bonito.

A sensação que eu tive foi do meu coração explodir em felicidade, sabia que meu rosto estava vermelho, pois o sentia extremamente quente, mas não ligava. Um sorriso idiota se formou nos meus lábios e mais uma vez fiquei sem saber o que dizer.

— Bom, o treinador disse que, a princípio, você deveria experimentar a fantasia. ‘Tá tudo ok. Acho que podemos deixar o restante das coisas para amanhã — falou ao andar em volta de mim.

— Quais seriam as coisas de amanhã? Para eu me preparar — ri fraco, tentando olhá-lo, mas ele havia sumido do meu campo de visão.

— Hm, você vai ter que dançar, então eu vou te ensinar. — O vi piscar e sorrir ao me olhar.

Socorro. Eu já posso morrer feliz.

— Ah, ótimo. Bom saber.

— Amanhã, então? Mesmo horário?

— Amanhã. Mesmo horário — repeti a sua pergunta e meneei a cabeça.

Senti suas mãos voltarem ao meu corpo disposto a me ajudar a tirar a fantasia com toda a paciência do mundo. Se ele não percebia, não sei, mas eu ficava toda bobinha olhando para as suas sardas e como o cheiro dele era bom.

Nossos encontros se tornaram rotineiros por conta do que eu teria que aprender para o jogo de sábado, mas era tão bom estar com ele que eu mal via o tempo passar. Nós ríamos juntos, conversávamos sobre coisas completamente aleatórias e do nada eu o pegava me olhando e dando risada das todas as vezes que acabei tropeçando no meu próprio pé e caindo na frente dele.

Eu percebia que, na maioria das vezes, nem eu nem ele queríamos ir embora. Nós sempre ficávamos um pouco mais ou porque o ensaio estava gostoso ou o papo era bom demais para simplesmente parar.

Era uma quinta-feira e estava nevando, de novo! Íamos saindo juntos da escola e, depois de ficarmos lá até o começo da noite, que começava às 17h, percebemos que nevava forte.

Eu odeio neve — resmunguei ao fazer uma careta.

— Eu amo neve. Como você odeia neve, ? — gargalhou e me olhou.

Já me sentia tão acostumada com aquela gargalhada, mas parecia que mesmo assim meu coração errava as batidas.

— Bom, odiando — mordi o lábio.

Eu odiava por outro motivo. Pelo motivo de serem apenas eu e meu pai, mas é claro que nunca contaria isso a ele. A não ser que ele se interessasse em saber, claro.

— Quer uma carona?

Soltei um suspiro e notei a fumacinha saindo da minha boca.

— Podemos comprar algo para comer no caminho — ele deu de ombros.

Ele mal sabia, no entanto, eu já tinha notado várias manias dele. Não era por que ele se sentia desinteressado pela conversa, mas possuía algumas manias. Como coçar a pontinha do nariz e bater uma das mãos em algum local quando algo fosse de fato muito engraçado.

— Seria ótimo — respondi, sorrindo.

Não demorou muito para entrarmos no carro dele, observei alguns detalhes do automóvel, depois de deixar a minha mochila aos meus pés, e suspirei o vendo ligar o rádio e começando a dirigir.

Uma música ecoou pelo ambiente e eu o olhei com o cenho franzido.

— Maroon 5? — ri fraco, o olhando.

— Maroon 5 é a melhor coisa que existe!

Gargalhei e neguei com a cabeça, não que eu não concordasse, Maroon 5 era legal, mas eu não o imaginava ouvindo esse tipo de banda.

Passamos por uma pizzaria que era drive-thru, você comprava a pizza e poderia levar para casa ou comer no carro. Optamos por comer no carro e imediatamente comecei a comer uma fatia de muçarela depois de pegar de dentro da caixa.

— Muçarela, huh? Nada surpreendente.

Dei mais uma mordida e ri fraco.

— Desculpa — pedi ao dar de ombros e percebi que estava pegando as manias dele.

Droga.

riu e deu uma mordida na pizza dele e por alguns segundos comemos em silêncio, me sentia faminta e estranhamente bem ao lado de uma pessoa que comecei a conversar há quatro dias.

— Qual é seu refrigerante favorito? — o questionei completamente aleatoriamente.

Ouvi uma risadinha ecoar dos seus lábios.

— Coca-Cola, é claro — respondeu de boca cheia, mas acabou rindo novamente. — E você?

Sua testa franziu e foi a minha vez de rir.

— O mesmo — dei mais uma mordida na pizza.

Já estava no fim e então suspirei pesadamente ao olhá-lo.

— Uma verdade, .

Seu rosto estava mais vermelhinho do que o normal por causa do frio e aquilo o deixava ainda mais bonito.

— Uma verdade?

Um frio predominou a minha espinha. Mordi o lábio.

— Quer que eu comece? — ele se virou totalmente no banco para me olhar melhor.

Concordei com a cabeça já que eu pensava em apenas uma coisa todo esse tempo: beijá-lo.

— Eu quero muito te beijar.

Eu sei que arregalei os olhos, pois ele deu risada e apoiou o rosto no encosto do banco do motorista enquanto ainda ria de mim. queria. Me. Beijar? Pisquei várias vezes com o meu coração batendo a mil.

De novo meu momento Raj predominou. Não consegui falar. Qual era meu nome mesmo?

Ele tinha dessas. Do nada, fazia algo. No dia em que começamos a conversar, ele puxou a minha mão sem que eu esperasse, agora, ele aproximou seu rosto do meu e eu travei.

Pude ver suas sardinhas de perto e não resisti em levar uma das minhas mãos até o seu rosto e acariciei a região de leve, ele tinha uma pele tão macia que não dava vontade de parar.

— Me beija — pedi, não, implorei, mas desejei que ele não tivesse percebido.

Seus lábios foram de encontro aos meus e fechei os meus olhos, levando a minha mão que estava em seu rosto até a sua nuca e já acariciando a região de leve. Nossos lábios ficaram apenas encostados por alguns instantes e senti seu hálito contra a minha pele e aquilo me fez sorrir, mas levou uma das suas mãos até o meu rosto e fez com que a sua língua adentrasse entre os meus lábios. Me deixei ser levada por um beijo intenso, demorado e com muita vontade. De minha parte, eu queria aquilo há muito tempo. Da parte dele, ele queria aquilo há quanto tempo?

Seu gosto era tão viciante e eu queria ficar o beijando por horas, se fosse possível. O mordisquei no lábio inferior e nos separamos por alguns segundos, ambos com as respirações ofegantes e acabei rindo, abri meus olhos e encontrei os dele.

— Há quanto tempo você queria me beijar? — sussurrei, ainda com os nossos lábios próximos um do outro.

— Há muito tempo — ele me respondeu com um sorriso sapeca.

Muito tempo? Muito tempo quanto?

— Ah. Eu trabalho com números, sabia? — fiz uma piadinha e dei um risinho sapeca, igual ao dele anteriormente.

Ele voltou a me beijar de forma delicada, porque queria me beijar ou porque queria me manter calada, eu esperava que os dois.

O dia do jogo chegou e eu me sentia nervosa. Nervosa por mim. Por ele. Pelo time. Por nós dois. Por tudo que aconteceu de quinta-feira para cá. Da quantidade de beijos que trocamos escondidos e como tudo aquilo estava sendo surreal ao máximo.

O jogo tinha dois tempos e acabou com a vitória dos tigres, que era a nossa equipe, e isso me fez muito feliz. Queria ir para ao meio da quadra, beijá-lo e dizer para a escola inteira que estava ali, o quanto ele era foda em tudo que fazia.

Nesses dias que se passaram, pude conhecer um completamente diferente do que eu imaginava. Sempre o vendo de longe, sabia que ele era uma pessoa simpática com todos, mas ele era mais do que isso, tinha um coração extremamente generoso e sempre estava disponível em ajudar.
De sexta para sábado, eu estava ansiosa e não conseguia dormir, e ficou ao celular comigo até que eu simplesmente caísse no sono e dormisse um sono profundo e que me ajudou a descansar para o dia seguinte.

Depois de toda a comemoração, entrei pelo corredor, em direção às salas e ao vestiário, passei pela porta onde o treinador já estava e entrei na sala ao lado e comecei com certa dificuldade tirar a fantasia. Deixei a parte de cima de lado e soltei os meus cabelos que estavam presos.

Ouvi um barulho na porta que estava encostada e vi entrar e sorri com isso. Assim que nossos olhares se cruzaram, eu vi o sorriso mais lindo do mundo nos lábios daquele rapaz.

— Parabéns! — eu disse, empolgada, e ri da minha própria empolgação.

— Você estava lá e foi... incrível — ele disse ao se aproximar, com aquele sorriso.

— Você foi incrível. Você fez o gol da vitória — fui séria e apontei para o peito dele.

Ele segurou as minhas mãos e eu olhei para esse ato, mas logo voltei a olhá-lo e, segundos depois, nossos lábios estavam grudados em um beijo intenso, como se nós não nos beijássemos há algum tempo. Fiz com que meus dedos entrassem pelos seus fios e arfei baixinho quando senti morder meu lábio inferior de leve.

Meu corpo inteiro queimou.

— Eu tenho uma coisa para você, — ele sussurrou após partirmos o beijo.

Observei com atenção o seu gesto em pegar algo dentro do bolso do uniforme, era um papel e estava dobrado algumas vezes, ele desdobrou e me entregou.

— Eu vou trocar de roupa e depois vamos comemorar. Você vai, ? Vai ser no Kely’s.

Olhei para o papel em minhas mãos e era algo escrito por ele, com a letra dele. Senti ele me roubar um selinho e sorri toda bobinha.

— Te encontro lá — falei baixinho ao olhá-lo.

Ele me roubou outro selinho e eu apenas fiquei o olhando me deixar sozinha naquele local, a porta voltou a ficar encostada e eu voltei a olhar para o papel em minhas mãos.

“Uma Música Sobre Você por

Tenho essas memórias e confissões
Aonde mais posso ir com todas essas emoções?
É mais uma música sobre você
Mais duas noites sem você
Você ainda é tudo o que está em minha mente, o tempo todo
São 3 da manhã e agora estou...”

O papel estava trêmulo em minhas mãos, mas eu continuei a ler, pois, embaixo daquela pequena letra, tinha algo a mais.

Obs: Sabe quando eu te vi pela primeira vez? Na feira de ciências do sétimo ano, quando você fez uma experiência com um carrinho de controle remoto que era acoplado com uma colher, mexia o leite com achocolatado sem precisar que a gente fizesse tal esforço. Naquele dia, eu vi a menina inteligente que você era e, depois disso, não consegui mais não te olhar, mas nunca tive coragem de chegar em você. Ainda bem que, de certa forma, o hóquei me trouxe você.

Você aceita namorar comigo, ?

Meus olhos estavam tão marejados, que, se eu piscasse, aquele papel se enxeria de lágrimas, no entanto, não resisti. Apenas ri, entre muitas lágrimas e abracei aquele papel como se fosse minha própria vida.

— É claro que eu aceito namorar com você, — murmurei com a voz falha.


FIM.



Nota da autora: Olá. Espero que vocês tenham gostado de ler essa ficstape o quanto eu amei escrevê-la.

Nota da beta: Que fofo esse final, foi uma grande sortuda hahaha ❤️


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

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