acordou indisposta. Não sabia se era por ter dormido tarde bebendo com as amigas, ou se era por ter acordado tão cedo. Detestava ter que acordar cedo, e a ideia de ter que fazer isso para um acontecimento histórico não diminuía em nada aquilo.
Sentiu um afago delicioso nos cabelos, e sabia de quem se tratava. Sabia o perfume da pessoa, e sabia de quem era o toque que fazia seu coração disparar.
- O que você ainda faz aqui? – ela indaga assim que abre os olhos, vendo o amor da sua vida ali, parado.
- Bom dia para você também, . – fala, entregando a ela o buquê de girassóis que ele comprou naquela manhã, antes de sair para fazer seu cooper matinal. – Só porque eu sei que você gosta.
- Ah, você é um amor! – ela diz, dando um selinho nele. – É hoje, né?
- Em algumas horas. – ele fala, sorrindo abertamente. – Quem diria que chegaríamos a esse ponto em nossas vidas.
- Eu não diria. – ela fala, rindo em seguida. – Eu ainda não acredito que eu vou me casar.
- Só você? – ele indaga retoricamente, ouvindo a noiva bufar.
Antes que pudessem se beijar da maneira que gostavam, a porta se abre, e logo , a mãe de e a mãe de aparecem.
- Você ainda está aqui? E você ainda está assim? – indaga, colocando a bandeja de café da manhã na ponta da cama. – Você não deixa de ser preguiçosa nem no dia do seu casamento.
- E como estão os preparativos? – indaga, pegando um morango da cestinha.
- A equipe já chegou. Eles estão começando a arrumar. – Sra. diz, fazendo assentir.
Desde o pedido de casamento, a regra era clara: teria que ser no quintal da residência dos , onde tudo aquilo começou. Onde houve o primeiro beijo, a primeira vez que se falaram, o pedido de namoro e, bom, o pedido de casamento. Sra. , inclusive, abriu mão da cerca que dividia as casas, para que o espaço para a festa fosse ainda maior.
Aquilo tinha tudo para dar certo.
abriu a porta com tudo, assustando até mesmo seu melhor amigo.
- Aconteceu algo? – indaga, fitando o rapaz parado na frente deles.
- Aconteceu que o seu noivo está atrasado. – ele fala, arrancando algumas gargalhadas. – E eu preciso falar a sós com você, .
- Eu fiz algo? – indaga mais uma vez, levantando-se da cama cautelosamente.
- Não, mas eu preciso falar com você. – ele fala, sorrindo de lado.
Antes que pudessem deixar o quarto, beijou , que começou a falar para o que ele deveria fazer durante as horas antes do casório.
Antes que começasse a falar, abre uma caixinha. Ali, estava um anel com um diamante modesto, mas tão bonito quanto os enormes.
- O que é isso? – ela indaga.
- Eu quero pedir a em casamento. – ele diz, rindo em seguida.
- O quê? Ah! – ela exclama, rindo em seguida. – E você quer a minha ajuda para...?
Enquanto explicava todo o plano mirabolante para , ouvia falar sem parar sobre todas as suas obrigações, esquecendo totalmente que a mãe dele estava ali e que tinha um pouco mais de autoridade sob o homem.
- , por favor, não se esqueça! Você entendeu? – indaga pela milionésima vez naqueles últimos cinco minutos. – Ok, eu vou te mandar por mensagem.
- , está tudo ok. – Sra. interrompe, abraçando de lado a amiga da filha. – Ele vai saber se virar.
Na teoria, era fácil. Ele teria que tentar não se embebedar e nem embebedar . Teria que arrumar-se, tirar fotos, cortar o cabelo, fazer a barba e ter cuidado para não sujar a roupa. Aquilo era fácil, se ele não estivesse pirando por dentro.
Quem diria que ele iria se casar com sua melhor amiga de anos? Ele não acreditaria nem se um vidente o contasse. Eles eram parecidos, quase o mesmo gênio, mas era improvável que estariam juntos. Era o que algumas pessoas ao redor pensavam.
A porta se abre e aparece novamente, segurando o riso junto de , que fez sinal de silêncio para a noiva, que concordou e sentou-se na cama.
- , vamos? – indaga, e assente, beijando a noiva em seguida.
- Até o nosso felizes para sempre. – ele sussurra, dando outro selinho nela.
- Você é um engraçadinho. – ela resmunga, acariciando a barba dele. Aquela barba que ela tanto adorava passar a mão por horas e horas num dia entediante.
cumprimentou as pessoas no cômodo, saindo em seguida, acompanhando até o andar de baixo.
- Você contratou quem eu pedi? – indaga quando eles começam a caminhar para a casa ao lado, desviando da equipe que arrumava a festa.
- Eu ainda acho loucura você fazer isso, . – diz, pegando o celular no bolso. – Agora, você pode tirar uma foto comigo, antes que o nosso dia fique agitado e eu me esqueça?
- Agora você quer tirar foto comigo? No colégio não era bem assim. – fala rindo.
- 11 anos se passaram desde que nos formamos. Quer mesmo falar sobre isso? – indaga, parando o telefone distante o suficiente para fazer uma selfie.
Na casa dos , faltava pirar. Tomava banho de alguma coisa que ela não sabia diferenciar, enquanto usava uma máscara de argila verde para o rosto, impossibilitando que ela pudesse falar ou ao menos sorrir para as fotos que tiravam. Tinha quase certeza de que sairia feia em todas.
- O seu vestido já está pendurado no quarto. – Sra. fala ao entrar no banheiro, sentando no vaso sanitário. – Minha menininha vai se casar.
- Ah, mamãe. – fala, agarrando a mão da mais velha. – Eu sempre serei sua menininha. E sempre virei aqui para reclamar de como é anti-higiênico.
- Você tem uma sorte, . – Sra. diz, rindo em seguida. – O cara é tão louco por você que resolveu casar com cinco meses de noivado.
- Nós nos conhecemos há 20 anos, mamãe. É claro que já sabemos o pior e o melhor um do outro. – a mais nova diz, sorrindo de lado. – Agora, por favor, a moça vai brigar comigo se eu ficar falando ou começar a chorar.
Na casa ao lado, jogava uma partida de pôquer com o sogro, o padrasto de e seu pai. preferia assistir, já que era péssimo nesse jogo.
- , como você se sente sabendo que vai se casar com a minha filha em pouco mais de quatro horas? – Sr. Hanks indaga, fumando seu charuto. – Você vai cuidar dela?
- Claro. – diz, virando o seu copo de suco, já que bebida alcoólica era proibida antes da festa. Ordens de . – Não dá, eu preciso beber algo para poder controlar essa ansiedade.
- Claro, e a minha namorada vai te matar antes mesmo de você pensar em falar “Sim”. – diz, arrancando risadas ao redor da mesa.
- , ele vai se casar! E a nem precisa saber. – Sr. diz, mandando uma piscadela para o amigo do filho. – É só uma.
- Ok, aí eu morro junto. – diz, caminhando para o lado de dentro da casa.
Enquanto se divertia, começava a arrumar suas unhas, enquanto outra pessoa arrumava seus cabelos.
- Beatrice não poderá comparecer ao casamento. – diz assim que entra no quarto, assustando , que tentava relaxar a todo custo.
Beatrice era uma das daminhas. Prima de de terceiro grau e totalmente próxima do casal, ela foi a escolhida para entrar com as alianças, junto de Billie, o cachorro de , que estava começando a se acostumar com a presença assídua de em seu cotidiano, para a felicidade do rapaz.
- Troy acabou de me ligar, e disse que ela está internada com uma infecção estomacal. – diz, suspirando em seguida. – Nós vamos dar um jeito.
- Eu vou ligar pro . – diz, pegando o celular no bolso do roupão, discando o número do namorado da amiga.
O que houve?
- Preciso que você seja o rapaz das alianças. – ela fala, ouvindo a gargalhada debochada e escandalosa do amigo.
E a Beatrice? O que aconteceu?
- Ela está mal, internada. Você é a única pessoa que eu tenho além da , . – fala, mordendo o lábio de forma apreensiva.
Ok, mas eu preciso arrumar algum vestido?
- Não, mas você vai ter que entrar com o Billie. – fala, ouvindo a risada de . – Obrigada por aceitar. Tenha um bom fim de dia. E não beba.
Ela encerrou a ligação, fazendo suspirar profundamente. Caminhou para perto dos homens na mesa, dando uma garrafa de Budweiser pra cada um.
- Eu te amo. – fala, dando um longo gole na bebida.
- Vai com calma, garotão. – Sr. diz, rindo. – A vai querer te matar.
- Ela me ama muito para querer fazer isso. – ele fala, dando de ombros em seguida.
- EU VOU MATAR O ! – berra, assustando a manicure e a cabeleireira. – Ele fez isso sem nem perguntar se eu queria.
- Ele sabia que você diria sim. – diz, dando de ombros em seguida.
- Não importa! Ele PRECISA me perguntar se eu quero ou não. – fala, bufando em seguida. – Eu só não saio daqui...
- Porque você vai se casar e tem que ficar linda para o amor da sua vida. – Sra. diz, beijando a testa da nora. – E depois vocês resolvem isso.
bufou, discando o número já conhecido por ela.
Oi amor da minha vida.
- Que história é essa de tatuador no casamento? – ela indaga, suspirando profundamente em seguida.
Ah, você ficou sabendo. Essa era a minha surpresa para você. Bom, surpresa!
- Você quer que eu te esgane agora ou depois de um dia de casado? – ela indaga, ouvindo a risada escandalosa do noivo.
Que tal nunca? Agora, relaxa, porque sei que você vai acabar fazendo uma tatuagem. É algo legal, todo mundo gosta.
- Eu não gostei. – ela mente, arrancando mais uma risada do amado.
Você não me engana! Ei, você deve estar ficando linda!
- Não muda de assunto . – fala, arrancando uma risada das pessoas ao seu redor.
Eu não estou mudando. Você deve estar linda mesmo. Eu estou tão louco para te ver, que acho que vou desmaiar.
- Ah, eu detesto quando você faz isso. – ela resmunga, mordendo o lábio.
O quê?
- Fala essas coisas para me fazer ficar amolecida. – ela diz, suspirando em seguida. – Ok, eu aceito esse tatuador, mas ele não pode ficar perto do mural de fotos.
Ele vai ficar perto do bar. As pessoas vão ficar bêbadas e fazer tatuagens que se arrependam futuramente.
- É uma boa! – ela exclama, rindo em seguida. – Agora eu preciso desligar para fazer a maquiagem.
Ok, eu te amo, tá? Estou te esperando.
Ela desligou, sentindo o coração disparado. Entregou o celular para a melhor amiga, que o guardou numa gaveta do criado-mudo, longe o suficiente da noiva para que ela não pudesse pirar.
- Ela descobriu do tatuador. – fala ao voltar para perto de , que se concentrava em não machucar o rosto com a navalha.
- Como que esse cara foi parar lá e não aqui? – indaga, acariciando a barba grossa em seu rosto. – Vou falar com ele depois.
- Tá tudo bem, ela relutou, mas eu sei que ela gostou. – fala, pegando uma navalha em cima da pia do banheiro, começando a passar o creme para barba.
Enquanto alternava entre as fotos e suas obrigações dadas por , tentava escrever seus votos, já que ele ficou atarefado demais com isso nos últimos dias e acabou esquecendo.
Na outra casa, terminava sua maquiagem, enquanto a cabeleireira terminava de arrumar seu cabelo.
- Você tem certeza disso? – Sra. indaga. – É um caminho sem volta.
- Eu tenho certeza, pode cortar a franjinha. – fala, arrancando uma risada da profissional, que assentiu e cortou uma parte de seu cabelo, que caiu por cima das roupas que usava.
No andar de baixo, todos trabalhavam para deixar aquilo tudo do jeito que e pediram. As cadeiras atrás do celebrante, para que todos pudessem ver os olhares dos dois durante a cerimônia. O quiosque com salada de frutas para que todos pudessem comer antes da cerimônia, as sombrinhas para que pudessem fugir do sol e os leques para que pudessem abafar o calor que fazia especialmente naquele dia. A mesa para que as convidadas pudessem colocar suas sandálias e pegar seus chinelos, podendo desfrutar da festa da maneira correta.
Era tudo pensado para o bem estar das pessoas. Dos amigos, familiares, do time de e do trabalho de .
Na casa, estava indo tomar um banho rápido para que pudesse relaxar. Secou-se, indo para o lado de fora do banheiro.
- Você fez seus votos? – indaga enquanto a amiga caminhava para colocar a lingerie escolhida para aquele dia. – Eu fiz no pedido de casamento, mas não posso fazer agora.
- Eu já fiz. – fala, sorrindo de lado. – Estou tão ansiosa!
Sra. apareceu no quarto, junto de Sra. , carregando o vestido de noiva.
- Não chora! – exclama, abraçando fortemente , que segurou as lágrimas. – Se você chorar eu vou ser obrigada a chorar.
- E nós duas aqui também. – Sra. diz, fazendo as garotas rirem. – Eu só quero que vocês sejam muito felizes.
abraçou a sogra, que tentou não amassar o penteado da noiva, nem borrar suas unhas.
- Eu preciso falar algo? – Sra. indaga, beijando a testa da filha, que sorriu. – Eu amo você, e sei que você será feliz com ele, seja aqui nessa casa ou do outro lado do mundo.
Na casa ao lado, Sr. amarrava a gravata borboleta amarela do filho, que tentava não transparecer o nervosismo que sentia. Estava chegando o momento mais esperado por eles!
- Você acha que ela vai me amar pelo resto da vida? – indaga, ajeitando o cabelo.
- Eu tenho quase certeza. – Sr. fala, sorrindo e beijando a testa do filho.
- ? – o pai de indaga, chamando a atenção do rapaz. – Eu posso falar com você?
O mais novo assentiu, caminhando para um canto do quarto onde estavam.
- Eu só te peço para cuidar bem da minha filha. – ele fala, ajeitando os óculos de grau no rosto. – Eu sei que não fui um bom pai, mas é tudo o que eu peço por ela.
- Você foi um bom pai, senhor. – fala, abraçando-o em seguida. – E saiba que o ama muito.
Os dois ficaram abraçados por longos minutos, até que chamou todos.
- Está na hora! – ele exclama, dando alguns tapinhas nas costas do amigo. – Que a força esteja com você.
Todos gargalharam, saindo do quarto em seguida.
Na casa ao lado, encarava seu reflexo no espelho gigante que tinha na parede do quarto onde estava. terminava de ajeitar o vestido de dama de honra que usava, enquanto as mães de e contavam da história dos dois para o rapaz que filmava aquela data especial.
colocou, com a ajuda da mãe, o véu gigantesco, que precisou ser dobrado algumas vezes para que pudessem caminhar. Ela pegou o buquê que lhe deu de girassóis, além de seu telefone, entregando para .
- Está na hora! – exclama, caminhando para fora do quarto com a ajuda das mulheres.
Quando chegou ao topo da escada, encontrou parado ali, digitando algo em seu celular, completamente distraído.
- ! – exclama, e logo as mulheres param em frente à noiva. – O que faz aqui?
- Eu preciso ir ao banheiro. – ele fala, apontando para a porta na sua frente. – Eu posso ver a minha noiva?
- Claro que não, seu idiota! Dá azar! – diz, rolando os olhos em seguida.
Pelo pouco que pôde ver do futuro marido, sabia que ele estava lindo o suficiente para atrair todos os olhares femininos da festa. Não, ela não se importava, sabia que ele a amava o suficiente para que não se deixasse levar. Ela era confiante daquilo, pelo menos.
saiu da casa, ficando parado numa distância considerável do imóvel, conversando com seus colegas de time.
O pai e o padrasto de apareceram na sala, e o sorriso no rosto dos dois quase foi capaz de rasgar seus rostos.
tinha uma ligação boa com seu padrasto, e não queria deixar que ele ficasse de fora. Quando propôs aos dois para que entrassem com ela no casamento, eles concordaram de primeira, e até hoje conversam como amigos.
- Você está linda! – Sr. Hanks exclama, beijando a testa da filha. – E você cortou uma franja!
- Gostou? – indaga, e os dois homens a sua frente concordam. – Podemos ir?
Sra. sai, indo encontrar com o filho. Sra. vai avisar a cerimonialista que a noiva estava pronta, pontualmente às três da tarde.
se posicionou na frente da amiga, arrumando o vestido amarelo em tom pastel.
A porta da casa dava de frente para o altar.
caminhava com a mãe, que controlava a vontade de chorar.
Quando chegou ao altar, beijou a bochecha da mãe, e a mais velha sentou-se na cadeira que estava seu nome.
Logo Sra. e Sr. entram, sentando-se ao lado da mãe do noivo.
entrou, acenando animado para as pessoas que conhecia.
A música inicial finalizou, e logo a marcha nupcial pôde ser ouvida pelos convidados, que se preparavam para ficar de pé e tentar tirar uma foto da noiva entrando, esquecendo totalmente da equipe de fotografia que os noivos haviam contratado.
A porta se abre, e logo começa a caminhar junto do pai e do padrasto, atraindo todos os olhares. Todos cochichavam, falando como ela estava magnífica naquela roupa, fazendo querer virar-se para vê-la.
Quando ela chegou à metade do caminho, Sra. chamou pelo filho, que se virou para ver entrar.
Ele poderia desmaiar, de verdade. Nunca havia visto a mulher da sua vida daquela maneira tão linda, mesmo sabendo que ela era linda todos os dias. Aquele dia, em especial, ela estava além de linda. Ele não era bom com os adjetivos, mas não faltaram alguns em sua cabeça para elogiar a sua noiva.
Quando chegou na ponta do altar, desceu as escadas com pressa, arrancando algumas risadas. Os dois homens ao lado de lhe deram alguns avisos, fazendo os noivos rirem, não cortando a troca de olhares entre ambos.
- Eu sou o homem mais sortudo do mundo. – ele murmura, beijando a testa da amada. – Eu não sei nem o que falar.
- Nem eu sei, . – ela murmura, sorrindo de lado.
Eles subiram, parando de frente para a celebrante, uma antiga amiga da família de que os conhecia desde a infância.
Durante todos os votos, ambos seguravam a mão um do outro, entrelaçando os dedos e ficando nessa posição por todo o tempo, até que anunciaram a entrada das alianças.
Viraram-se, e lá vinha com Billie, o futuro cachorro do casal, mesmo que o animal não gostasse muito do noivo. Quando chegou ao altar, agachou, de maneira que pudesse acariciar o pelo do cãozinho.
- Eu, , aceito Como minha legítima esposa. Prometo amá-la, respeitá-la, protegê-la na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, durante todos os dias da minha vida. – fala ao microfone, colocando a aliança no dedo da amada, que limpava a milésima lágrima que escorria desde o início do voto do amado.
- Eu, , aceito como meu legítimo esposo. Prometo amá-lo, respeitá-lo, protegê-lo na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, durante todos os dias da minha vida. – diz, colocando a aliança no dedo de , beijando o mesmo em seguida.
- Os noivos preparam os votos, vocês vão querer falar? – A celebrante indaga, sorrindo em seguida. Ambos assentiram, e logo entrega o celular na mão da amiga, que suspirou profundamente antes de abrir os votos no aparelho.
- , quem diria que, depois daquela festa do chá, chegaríamos a esse ponto? – indaga, rindo em seguida. – Quem diria que, de todos os homens do mundo, eu iria me apaixonar justamente pelo meu melhor amigo, aquele que me viu nos piores e nos melhores momentos, que sempre fez de tudo para me ajudar e que foi uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida, se não a melhor. Você pode ser irritante quando quer, e também me estressar diversas vezes, mas sei que minha vida não seria melhor, se eu não tivesse você. Você, com esse coração gigante, com esse sorriso lindo, com a gentileza maior que o mundo, sempre ajudando os outros, seria quase impossível eu não me apaixonar por você. Obrigada por me fazer a mulher mais realizada, por ser, além de meu noivo e futuro esposo, meu melhor amigo e por me dar o Billie, o cachorro que mais te detesta no mundo. Eu te amo muito, muito, muito, muito.
Todos ao redor aplaudiram, alguns limpavam lágrimas que teimavam em escorrer pelo rosto.
- Bom, eu fiz meus votos hoje, enquanto ficava longe de você, então não me mate. – fala, fazendo todos ao seu redor gargalharem. – Hoje é o grande dia. O dia em que eu decidi deixar de ser apenas , e ser , marido da , minha melhor amiga desde os dez anos. Enquanto me arrumava e pensava em como poder beber alguma bebida alcoólica antes da festa, a imagem de você vindo em minha direção com um vestido de noiva invadia minha mente. Eu imaginei todos os tipos de vestido, todos os tecidos, todos os cortes e todos os véus, mas nenhum veio na minha mente quando eu vi você. Quando eu vi os seus olhos abaixo dessa franja, quando eu vi a maquiagem perfeita que havia feito, quando vi os brincos que brilhavam em sua orelha. Basicamente, quando vi um todo em você. Sei que somos jovens, mas já vivemos uma vida nesses últimos 20 anos e, bom, estou esperando para começar mais uma ao seu lado. Você tem o dom de me fazer feliz mesmo num dia terrível, o dom de ser uma pessoa incrível, mesmo não se esforçando para tal; você tem o dom de ser você que, mesmo não querendo, me faz um bem danado. Eu sou grato por todos os dias que vivemos até aqui, por ser a força de vontade que me faz levantar de manhã e ir trabalhar, já que ficar com você o dia inteiro é bem irritante. Sou grato por todos os conselhos, abraços, beijos, afagos e noites em claro assistindo Star Wars, eu mal vejo a hora de ser seu para todo o sempre e você ser minha. Que a força esteja conosco, e eu te amo tanto que chega ser impossível falar desse amor. Você é tudo que eu sempre quis para mim e um pouco além.
sorriu, beijando a bochecha do noivo, que beijou sua testa por longos segundos.
Todos ao redor os olhavam. Não sabiam distinguir o que era aquilo, mas sabiam que eles se amavam. Era tão óbvio. Eles nasceram para ser um do outro. O destino havia se encarregado daquilo no dia da mudança dos para a casa ao lado.
- Bom, eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – a celebrante fala, fazendo concordar, puxando pela cintura, beijando sua testa antes de ir para os lábios.
Todos ao redor aplaudiram, enquanto tiravam algumas fotos para deixar de recordação. Uma recordação daquele dia lindo que estava sendo.
- Eu te amo. – sussurra após separar-se dos lábios da amada.
- Eu sei. – sussurra, sorrindo e beijando-o mais uma vez.

Nota da autora: Sem nota.

Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.