Capítulo Único
Já se passava do meio dia, mas ela não sabia que horas eram, imaginava que deveria ser esse horário, pois havia acabado de receber um prato de comida em sua cela. Aquela comida terrível, ela imaginava que deveria ser pior do que as outras prisões, porque eles diziam que seus pecados eram maiores. Não era como se ela achasse que eles poderiam definir o tamanho de seus pecados, homens pecam o tempo todo, para ela, Deus é o único que pode ditar sua sentença. Ela não tinha ideia de quanto tempo ela estava ali, um ou dois anos? Parecia uma eternidade, sem ver ninguém, nem mesmo os carcereiros. Aquele lugar não permitia que os prisioneiros se encontrassem, seria arriscado demais juntar tantas mentes perigosas e tantas pessoas habilidosas. Eles estavam certos em temer, na primeira oportunidade, ela arrumaria um jeito de explodir a cabeça de cada um deles. Algum tempo havia se passado, e ninguém apareceu para buscar o prato, parece que não estavam com medo, então. Não demorou muito para que ela escutasse passos, mais passos e mais pesados que o normal, parecia que ela teria uma visitinha. A porta se abriu, quatro homens com fuzis apontados para ela, fazendo-a sorrir de lado.
— Por que o sorriso? — Perguntou o único que não estava armado.
— Faz tempo que não recebo visitas. — Ela respondeu, tirando o cabelo do rosto.
— Faz tempo que não vê a luz do sol também? — Tornou a perguntar, ela apenas sorriu de lado.
— A que devo a honra? — Perguntou, curiosa.
— Srta. … — Ela o interrompeu.
— Por favor, me chame de . — Disse, sorrindo sarcástica. O homem arqueou uma sobrancelha.
— Não prefere manter a formalidade?
— Por que? Se está me fazendo uma visita aqui, já somos íntimos o suficiente para nos chamarmos pelos nomes. — Ele entendeu onde a mulher queria chegar.
— Tudo bem, meu nome é , sou responsável por você de agora em diante. — A resposta dele a fez gargalhar.
— Não, você não é. — Ele podia jurar que havia visto seus olhos soltarem faíscas, após dizer aquilo.
— Tanto faz. — Ele deu de ombros, achava que ela era uma psicopata mesmo, e achava aquela missão uma loucura. — Temos uma proposta, precisamos capturar o assassino conhecido como mão de prata.
— John? — Ela riu.
— Sabe o nome dele? — O policial se espantou.
— Claro que sei, foi ele quem me treinou. — apenas fechou os olhos.
— Então, não vai concordar? — A mulher voltou a rir.
— Eu não disse isso, o que ganho em troca? — Perguntou.
— Reduziremos sua pena. — Ela achou o suficiente, reduzir uma pena perpétua não daria em nada, mas ela escaparia de qualquer forma.
— Preciso de roupas melhores, não gosto de matar sem classe. — Disse, se levantando.
— Mas não vamos matá-lo… — Ela o interrompeu.
— Acredite, ou o matamos, ou morremos. — Ela estendeu as mãos algemadas para o policial, seria a chance de se vingar do desgraçado que arruinou sua vida, e escapar daquele lugar. O policial a puxou pelos braços, mas não tirou as algemas, ela não iria tentar nada até matar John, algo que reduziria e não aumentaria sua pena, caso ela não conseguisse fugir. Foram entregues umas roupas para ela, que até davam para o gasto, mas ela sentia falta de roupas elegantes.
— Gostou? — Perguntou .
— Dá para o gasto, mas, nenhuma jaqueta de couro? — Ela inclinou o rosto, após perguntar. O homem esticou o braço e jogaram uma jaqueta em sua mão.
— Ainda serve em você? — Ele arqueou uma sobrancelha, os olhos da mulher brilharam.
— Tá brincando? Eu estou presa faz um ano, não 5. — Ela vestiu a jaqueta e franziu o cenho.
— Faz 3 anos que você está presa. — Disse ele, ela levou um tempo encarando o nada para digerir a informação.
— Uau, então eu envelheci como vinho. — Ela se olhou no reflexo do carro que estava na sua frente, quis rir, mas apenas virou os olhos e a puxou pelo braço.
— Vamos logo. — Ele abriu a porta do carro e os dois entraram.
— O que você tem? — Perguntou ela, ele ficou pensando na resposta, enquanto o carro dava partida. — Do John, o que você tem?
— Ah, isso… — Ele entregou uma pasta com arquivos, ela leu por cima.
— Então você não tem nada. — Devolveu a pasta para ele. — Primeiro de tudo, selecione homens de sua confiança, se não tiver certeza… — Ela começou a sussurrar. — Dispare informações falsas.
— Acha que ele pode ter um informante? — Perguntou o policial, sussurrando.
— Eu tenho certeza que ele tem mais de um informante em todas as unidades da polícia, por que acha que demoraram para começar a me tratar como merda naquela prisão? Bom, você talvez não saiba disso, mas eles demoraram para me tratar como uma criminosa de verdade, por mais que tenham começado a fazer isso, eu ainda tenho algumas regalias, como por exemplo, não ser torturada. — Respondeu ela. — Não sei porque estou te dizendo isso, mas se pretende reduzir minha pena, não vai ordenar que me torturem, né?
— Não concordo com tortura. — Ele olhou para frente. — Diferente de você.
— Tortura só é necessária para fazer alguém falar, em outros casos, a pessoa pode ter merecido. — Ela levantou o dedo, assim que pegaram uma via pública, ela reparou no carro atrás deles. — Esse carro é blindado, né?
— Sim, por que? — Perguntou , olhando para trás.
— Ele consegue segurar mísseis? — Ela perguntou, com a voz um pouco trémula.
— Acho que não, do que está falando? — Ele olhava para trás, mas não entendia.
— Tem um apontado para nós. — olhou para o vidro da frente, enquanto apontava para trás. percebeu do que ela estava falando.
— Droga. — Sussurrou ele, ela segurou sua mão.
— Temos aproximadamente 10 segundos e eu espero que você esteja pronto. — Ela soltou o cinto de segurança dela e o dele.
— Pronto para que? — Perguntou ele.
— Morrer. — Disse ela. — Ei, você! — Ela se dirigiu ao motorista. — Vá para a pista do canto e pisa no acelerador. — Ele obedeceu, o homem parecia estar rezando, ela sempre soube que eles estavam sendo vigiados.
— 7, 8, 9… — O míssil foi disparado, e o carro explodiu. e caíram abraçados no fundo do rio, o homem nadou e arrastou a mulher, que estava algemada, para a areia.
— Que ideia maluca foi essa? — Perguntou ele, enquanto tossiam.
— Estamos mortos, só assim podemos concluir essa missão. — Ela esticou os braços, para que ele soltasse as algemas e ele hesitou. — Se eu quisesse te matar, pulava sozinha e te deixava para morrer. — Disse ela, virando os olhos, ele tirou as algemas, mas ainda não estava convencido. Ela mexeu os punhos, sentindo a sensação de liberdade.
— E o que você pretende fazer agora? — Perguntou ele.
— Você que deveria saber, não é o policial? — Ela arqueou uma sobrancelha, enquanto se levantava.
— Mas você disse… — Ela o interrompeu.
— Não podemos confiar em ninguém, certo? Nem mesmo em quem trabalhava para mim, então temos que ir até o circo abandonado perto dos trilhos de trem.
— Circo abandonado?
— Sim, perto dos antigos trilhos de trem. — Ela tirou a jaqueta e sacudiu, enquanto tentava salvar alguma das armas que se molharam. — É o meu lugar ultra- secreto, se algum dia a polícia bater lá, eu mato você. — Disse, apontando para a esquerda. — Vamos por ali.
— Como vou saber se não é uma emboscada para me matar? — Perguntou , seguindo a mulher.
— Você não vai saber. — Ela sorriu de lado, enquanto caminhava. — Mas não se preocupe, quero me ver livre do desgraçado tanto quanto vocês da polícia. — Ela tinha um olhar irritado, que deixou intrigado.
— Ele não te treinou? — Perguntou ele.
— Me treinou para me vingar, dele mesmo. — Ele sorriu forçado. — E também, ninguém está me pagando para te matar, então, não se preocupe.
— Esses são seus critérios para matar alguém? Ser paga e se vingar?
— Por que mais alguém mataria outras pessoas? — Ela cerrou os olhos. — É ali. — Apontou para o lugar.
— Por que um circo abandonado? — Perguntou .
— Eu odeio circos, ninguém desconfiaria. — Ela entrou no local e abriu uma porta subterrânea. — Mas não vai demorar muito para ele nos encontrar, mas podemos passar uma noite aqui. — Ela apontou para um colchão sujo, ele arqueou uma sobrancelha.
— Por que passar a noite? — Perguntou.
— Não podemos ir atrás dele sem ter, pelo menos, um carro blindado. — Ela deu de ombros, pegou uns papéis e começou a escrever. — Tem armas, mísseis, metralhadoras e granadas nos armários, coletes e capacetes também. — Ela apontou para os armários.
— Pelo menos, nós temos poder de fogo temos. — Disse , indo até os armários.
— É, espero que baste. — Murmurou .
Com o cair da noite, eles não tinham muito o que fazer, deitaram no colchão e tentaram dormir.
— ? — Perguntou .
— Hum?
— Por que você odeia circos? — riu da pergunta.
— Com milhões de perguntas para fazer, você me faz logo essa? — Ela se sentou e se virou para ele. — Minha mãe trabalhava nesse circo, era mulher do dono, até que John apareceu, eu tinha uns 5 anos, parece que a filha dele morreu em um incidente, a polícia os confundiu e atirou em seus carros. — Ela fechou os olhos, enquanto contava. — Ele ofereceu um dinheiro ao dono do Circo, em troca de uma das crianças, e ele aceitou.
— E você foi a criança que ele escolheu? — se levantou, para olhar nos olhos dela.
— Sim, eu nunca mais vi minha mãe, ou meus irmãos, ou meus avós, um dia eu voltei, mas fui expulsa. — Ela deu de ombros. — John virou um mercenário, e me treinou para ser igual, eu me livrei do dono do circo, e pretendia me livrar dele. — riu fraco. — Qual a graça?
— Parece que todos os caras maus têm histórias tristes no passado, que nos fazem esquecer dos seus atos. — Ele sorriu.
— Isso veio do seu coração? — Ela gargalhou e ele fez uma cara feia.
— Eu estou tentando te entender e ser legal. — Retrucou.
— Não vai adiantar nada, eu volto pra cadeia e você volta a ser um policial, não tem como diminuir uma pena perpétua. — Ela deitou novamente.
— Mas, eu te perdôo… — Ela o interrompeu.
— Eu não preciso do seu perdão, preciso do perdão de Deus, mas fico feliz que não me julgue, até porque, nenhum homem pode me julgar. Todos cometem atrocidades e dizem que foi o demônio, eu assumo meus atos, estou pronta para encontrar com meu criador e arcar com tudo. — Ela fechou os olhos. — Boa noite, policial.
— Boa noite, .
O dia amanheceu e acordou assustado, com barulhos de tiro.
— O que está acontecendo? — Perguntou ele, vestindo o colete.
— Eles nos acharam! — Gritou . — Presta atenção, você vai subir e atirar com a metralhadora, eu te dou cobertura aqui de baixo. — Disse ela, ele assentiu e subiu. Ela sabia que John estaria ali, pegou umas granadas e a arma que ele deu para ela, o mataria com o próprio presente. Mas houve uma mudança de planos, foi pego no meio do caminho para a torre, ela teria que se virar sozinha.
— Vamos, filha, o policial foi pego! Você está livre! — Gritou John, que estava no teto solar de um carro.
— Solta ele, John! — Ela gritou de volta.
— Você vem, e eu o solto. — Respondeu, ela levantou a mão e colocou a arma no chão. Foi andando devagar e ele fez sinal para que soltassem , dois homens a seguraram pelo braço, enquanto caminhava na direção dela. Ela parou para escutá-lo.
— Vou para a metralhadora. — Sussurrou ele, ela sorriu.
— Corre para o mais longe que conseguir. — Sussurrou ela, antes de perceber que John havia atirado contra , ela se jogou na frente do policial, para evitar que ele fosse atingido, haviam tirado o seu colete, ela ainda estava usando. Aquela atitude surpreendeu John.
— Minha filha, se jogando na frente do policial que a prendeu? — O mais velho gargalhou, e aplaudiu. — Nunca achei que a veria pular na frente de uma bala para salvar um homem, muito menos, o homem que te prendeu. — Para o espanto de , ela não se lembrava que aquele havia sido o homem que a prendeu, mas se lembrava bem de como foi, ela estava a um passo de completar uma missão, quando lutou contra um policial, mas hesitou em matá-lo, porque ele não fazia parte da missão. Foi o suficiente para prendê-la, e colocá-la naquele lugar horrível, naquele momento, só queria fugir dali, então ele se lembrou do que ela havia dito e correu para longe. tirou seu colete, e se levantou, os homens apontaram as armas para , mas John fez um sinal para que não atirassem. caminhou até ele, que a abraçou e beijou sua testa.
— Minha filha, finalmente livre. — Ele sorriu e abriu a porta do carro para que ela entrasse, sentando-se ao lado dela, que tinha um sorriso no rosto. — O que foi?
— Morra junto comigo, seu desgraçado. — Ela tinha uma granada aberta, que abriu na hora que tirou seu colete, antes que pudesse reagir, a granada explodiu. observou a explosão de longe, concluindo que não havia sobreviventes, foi embora. Preferia partir sem saber se ela estava viva ou não, ela merecia escolher seu destino.
— Por que o sorriso? — Perguntou o único que não estava armado.
— Faz tempo que não recebo visitas. — Ela respondeu, tirando o cabelo do rosto.
— Faz tempo que não vê a luz do sol também? — Tornou a perguntar, ela apenas sorriu de lado.
— A que devo a honra? — Perguntou, curiosa.
— Srta. … — Ela o interrompeu.
— Por favor, me chame de . — Disse, sorrindo sarcástica. O homem arqueou uma sobrancelha.
— Não prefere manter a formalidade?
— Por que? Se está me fazendo uma visita aqui, já somos íntimos o suficiente para nos chamarmos pelos nomes. — Ele entendeu onde a mulher queria chegar.
— Tudo bem, meu nome é , sou responsável por você de agora em diante. — A resposta dele a fez gargalhar.
— Não, você não é. — Ele podia jurar que havia visto seus olhos soltarem faíscas, após dizer aquilo.
— Tanto faz. — Ele deu de ombros, achava que ela era uma psicopata mesmo, e achava aquela missão uma loucura. — Temos uma proposta, precisamos capturar o assassino conhecido como mão de prata.
— John? — Ela riu.
— Sabe o nome dele? — O policial se espantou.
— Claro que sei, foi ele quem me treinou. — apenas fechou os olhos.
— Então, não vai concordar? — A mulher voltou a rir.
— Eu não disse isso, o que ganho em troca? — Perguntou.
— Reduziremos sua pena. — Ela achou o suficiente, reduzir uma pena perpétua não daria em nada, mas ela escaparia de qualquer forma.
— Preciso de roupas melhores, não gosto de matar sem classe. — Disse, se levantando.
— Mas não vamos matá-lo… — Ela o interrompeu.
— Acredite, ou o matamos, ou morremos. — Ela estendeu as mãos algemadas para o policial, seria a chance de se vingar do desgraçado que arruinou sua vida, e escapar daquele lugar. O policial a puxou pelos braços, mas não tirou as algemas, ela não iria tentar nada até matar John, algo que reduziria e não aumentaria sua pena, caso ela não conseguisse fugir. Foram entregues umas roupas para ela, que até davam para o gasto, mas ela sentia falta de roupas elegantes.
— Gostou? — Perguntou .
— Dá para o gasto, mas, nenhuma jaqueta de couro? — Ela inclinou o rosto, após perguntar. O homem esticou o braço e jogaram uma jaqueta em sua mão.
— Ainda serve em você? — Ele arqueou uma sobrancelha, os olhos da mulher brilharam.
— Tá brincando? Eu estou presa faz um ano, não 5. — Ela vestiu a jaqueta e franziu o cenho.
— Faz 3 anos que você está presa. — Disse ele, ela levou um tempo encarando o nada para digerir a informação.
— Uau, então eu envelheci como vinho. — Ela se olhou no reflexo do carro que estava na sua frente, quis rir, mas apenas virou os olhos e a puxou pelo braço.
— Vamos logo. — Ele abriu a porta do carro e os dois entraram.
— O que você tem? — Perguntou ela, ele ficou pensando na resposta, enquanto o carro dava partida. — Do John, o que você tem?
— Ah, isso… — Ele entregou uma pasta com arquivos, ela leu por cima.
— Então você não tem nada. — Devolveu a pasta para ele. — Primeiro de tudo, selecione homens de sua confiança, se não tiver certeza… — Ela começou a sussurrar. — Dispare informações falsas.
— Acha que ele pode ter um informante? — Perguntou o policial, sussurrando.
— Eu tenho certeza que ele tem mais de um informante em todas as unidades da polícia, por que acha que demoraram para começar a me tratar como merda naquela prisão? Bom, você talvez não saiba disso, mas eles demoraram para me tratar como uma criminosa de verdade, por mais que tenham começado a fazer isso, eu ainda tenho algumas regalias, como por exemplo, não ser torturada. — Respondeu ela. — Não sei porque estou te dizendo isso, mas se pretende reduzir minha pena, não vai ordenar que me torturem, né?
— Não concordo com tortura. — Ele olhou para frente. — Diferente de você.
— Tortura só é necessária para fazer alguém falar, em outros casos, a pessoa pode ter merecido. — Ela levantou o dedo, assim que pegaram uma via pública, ela reparou no carro atrás deles. — Esse carro é blindado, né?
— Sim, por que? — Perguntou , olhando para trás.
— Ele consegue segurar mísseis? — Ela perguntou, com a voz um pouco trémula.
— Acho que não, do que está falando? — Ele olhava para trás, mas não entendia.
— Tem um apontado para nós. — olhou para o vidro da frente, enquanto apontava para trás. percebeu do que ela estava falando.
— Droga. — Sussurrou ele, ela segurou sua mão.
— Temos aproximadamente 10 segundos e eu espero que você esteja pronto. — Ela soltou o cinto de segurança dela e o dele.
— Pronto para que? — Perguntou ele.
— Morrer. — Disse ela. — Ei, você! — Ela se dirigiu ao motorista. — Vá para a pista do canto e pisa no acelerador. — Ele obedeceu, o homem parecia estar rezando, ela sempre soube que eles estavam sendo vigiados.
— 7, 8, 9… — O míssil foi disparado, e o carro explodiu. e caíram abraçados no fundo do rio, o homem nadou e arrastou a mulher, que estava algemada, para a areia.
— Que ideia maluca foi essa? — Perguntou ele, enquanto tossiam.
— Estamos mortos, só assim podemos concluir essa missão. — Ela esticou os braços, para que ele soltasse as algemas e ele hesitou. — Se eu quisesse te matar, pulava sozinha e te deixava para morrer. — Disse ela, virando os olhos, ele tirou as algemas, mas ainda não estava convencido. Ela mexeu os punhos, sentindo a sensação de liberdade.
— E o que você pretende fazer agora? — Perguntou ele.
— Você que deveria saber, não é o policial? — Ela arqueou uma sobrancelha, enquanto se levantava.
— Mas você disse… — Ela o interrompeu.
— Não podemos confiar em ninguém, certo? Nem mesmo em quem trabalhava para mim, então temos que ir até o circo abandonado perto dos trilhos de trem.
— Circo abandonado?
— Sim, perto dos antigos trilhos de trem. — Ela tirou a jaqueta e sacudiu, enquanto tentava salvar alguma das armas que se molharam. — É o meu lugar ultra- secreto, se algum dia a polícia bater lá, eu mato você. — Disse, apontando para a esquerda. — Vamos por ali.
— Como vou saber se não é uma emboscada para me matar? — Perguntou , seguindo a mulher.
— Você não vai saber. — Ela sorriu de lado, enquanto caminhava. — Mas não se preocupe, quero me ver livre do desgraçado tanto quanto vocês da polícia. — Ela tinha um olhar irritado, que deixou intrigado.
— Ele não te treinou? — Perguntou ele.
— Me treinou para me vingar, dele mesmo. — Ele sorriu forçado. — E também, ninguém está me pagando para te matar, então, não se preocupe.
— Esses são seus critérios para matar alguém? Ser paga e se vingar?
— Por que mais alguém mataria outras pessoas? — Ela cerrou os olhos. — É ali. — Apontou para o lugar.
— Por que um circo abandonado? — Perguntou .
— Eu odeio circos, ninguém desconfiaria. — Ela entrou no local e abriu uma porta subterrânea. — Mas não vai demorar muito para ele nos encontrar, mas podemos passar uma noite aqui. — Ela apontou para um colchão sujo, ele arqueou uma sobrancelha.
— Por que passar a noite? — Perguntou.
— Não podemos ir atrás dele sem ter, pelo menos, um carro blindado. — Ela deu de ombros, pegou uns papéis e começou a escrever. — Tem armas, mísseis, metralhadoras e granadas nos armários, coletes e capacetes também. — Ela apontou para os armários.
— Pelo menos, nós temos poder de fogo temos. — Disse , indo até os armários.
— É, espero que baste. — Murmurou .
Com o cair da noite, eles não tinham muito o que fazer, deitaram no colchão e tentaram dormir.
— ? — Perguntou .
— Hum?
— Por que você odeia circos? — riu da pergunta.
— Com milhões de perguntas para fazer, você me faz logo essa? — Ela se sentou e se virou para ele. — Minha mãe trabalhava nesse circo, era mulher do dono, até que John apareceu, eu tinha uns 5 anos, parece que a filha dele morreu em um incidente, a polícia os confundiu e atirou em seus carros. — Ela fechou os olhos, enquanto contava. — Ele ofereceu um dinheiro ao dono do Circo, em troca de uma das crianças, e ele aceitou.
— E você foi a criança que ele escolheu? — se levantou, para olhar nos olhos dela.
— Sim, eu nunca mais vi minha mãe, ou meus irmãos, ou meus avós, um dia eu voltei, mas fui expulsa. — Ela deu de ombros. — John virou um mercenário, e me treinou para ser igual, eu me livrei do dono do circo, e pretendia me livrar dele. — riu fraco. — Qual a graça?
— Parece que todos os caras maus têm histórias tristes no passado, que nos fazem esquecer dos seus atos. — Ele sorriu.
— Isso veio do seu coração? — Ela gargalhou e ele fez uma cara feia.
— Eu estou tentando te entender e ser legal. — Retrucou.
— Não vai adiantar nada, eu volto pra cadeia e você volta a ser um policial, não tem como diminuir uma pena perpétua. — Ela deitou novamente.
— Mas, eu te perdôo… — Ela o interrompeu.
— Eu não preciso do seu perdão, preciso do perdão de Deus, mas fico feliz que não me julgue, até porque, nenhum homem pode me julgar. Todos cometem atrocidades e dizem que foi o demônio, eu assumo meus atos, estou pronta para encontrar com meu criador e arcar com tudo. — Ela fechou os olhos. — Boa noite, policial.
— Boa noite, .
O dia amanheceu e acordou assustado, com barulhos de tiro.
— O que está acontecendo? — Perguntou ele, vestindo o colete.
— Eles nos acharam! — Gritou . — Presta atenção, você vai subir e atirar com a metralhadora, eu te dou cobertura aqui de baixo. — Disse ela, ele assentiu e subiu. Ela sabia que John estaria ali, pegou umas granadas e a arma que ele deu para ela, o mataria com o próprio presente. Mas houve uma mudança de planos, foi pego no meio do caminho para a torre, ela teria que se virar sozinha.
— Vamos, filha, o policial foi pego! Você está livre! — Gritou John, que estava no teto solar de um carro.
— Solta ele, John! — Ela gritou de volta.
— Você vem, e eu o solto. — Respondeu, ela levantou a mão e colocou a arma no chão. Foi andando devagar e ele fez sinal para que soltassem , dois homens a seguraram pelo braço, enquanto caminhava na direção dela. Ela parou para escutá-lo.
— Vou para a metralhadora. — Sussurrou ele, ela sorriu.
— Corre para o mais longe que conseguir. — Sussurrou ela, antes de perceber que John havia atirado contra , ela se jogou na frente do policial, para evitar que ele fosse atingido, haviam tirado o seu colete, ela ainda estava usando. Aquela atitude surpreendeu John.
— Minha filha, se jogando na frente do policial que a prendeu? — O mais velho gargalhou, e aplaudiu. — Nunca achei que a veria pular na frente de uma bala para salvar um homem, muito menos, o homem que te prendeu. — Para o espanto de , ela não se lembrava que aquele havia sido o homem que a prendeu, mas se lembrava bem de como foi, ela estava a um passo de completar uma missão, quando lutou contra um policial, mas hesitou em matá-lo, porque ele não fazia parte da missão. Foi o suficiente para prendê-la, e colocá-la naquele lugar horrível, naquele momento, só queria fugir dali, então ele se lembrou do que ela havia dito e correu para longe. tirou seu colete, e se levantou, os homens apontaram as armas para , mas John fez um sinal para que não atirassem. caminhou até ele, que a abraçou e beijou sua testa.
— Minha filha, finalmente livre. — Ele sorriu e abriu a porta do carro para que ela entrasse, sentando-se ao lado dela, que tinha um sorriso no rosto. — O que foi?
— Morra junto comigo, seu desgraçado. — Ela tinha uma granada aberta, que abriu na hora que tirou seu colete, antes que pudesse reagir, a granada explodiu. observou a explosão de longe, concluindo que não havia sobreviventes, foi embora. Preferia partir sem saber se ela estava viva ou não, ela merecia escolher seu destino.
Fim
Nota da autora: oii gente, tudo bem? espero que sim! espero que tenham gostado, vou deixar meu insta de autora vcs conferirem minhas outras fics e o grupo no whatsapp de leitoras, beijos!
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