11. Island

Fanfic finalizada

Capítulo Único

Ser melhor amiga de uma garota rica tinha suas vantagens, ganhar passagens grátis para uma ilha paradisíaca, com tudo pago, ter acesso ilimitado ao frigobar do hotel e ter uma suíte à beira-mar estavam inclusos nessas vantagens. Participar de um casamento absolutamente bombástico, sem se preocupar com muitas coisas, mesmo sendo a dama de honra também faziam parte. Ela era rica o suficiente para ter seus próprios colaboradores que faziam tudo por nós, trouxeram bolo para ela experimentar, vestidos, canapés e champanhe, muito champanhe.
Eu a conhecia da época da faculdade, pois é, fez faculdade pois queria continuar o império do pai, e ela realmente fazia isso! Seu pai era absolutamente presente na sua vida e começou a incluí-la mais em sua vida quando sua madrasta faleceu, há uns três anos. nunca conheceu a mãe biológica, ela faleceu durante o seu parto, e sua madrasta ocupou o cargo de matriarca quando ela tinha quatro anos de idade. Sr. , que não nasceu em berço de ouro, mas fez tudo o possível para que a filha crescesse em um, trabalhava com algo que eu não compreendia, mas era envolvido com todo tipo de política e tudo que era relacionado a Wall Street. já havia me explicado umas mil vezes, mas eu sempre acabava brincando com ela de que ele parecia apenas um mafioso bonitão que havia saído diretamente de “Sons of Anarchy” e ela sempre acabava me chamando de nojenta, mas aquela era a verdade, Sr. era a porra de um daddy gostoso, que me fazia unir minhas coxas uma contra a outra cada vez que o via, normalmente de terno caro e cabelo penteado para trás.
E lá estávamos nós duas, bebericando drinks deliciosos na praia de areia branquíssima com biquínis minúsculos em uma última tentativa de ficarmos bronzeadas naturalmente para o seu casamento, no dia seguinte.
- Como você acha que Paxton está? – Perguntou ela, distraída com sua revista de vestidos de noiva. Ela já tinha seu vestido escolhido e separado para o grande momento, mas ver as revistas a acalmava.
- Ele deve estar se divertindo com os padrinhos chatos dele. – Respondi olhando as folhas dos coqueiros acima de nós roçando umas nas outras com a brisa quente que batia.
- É sério que você não se interessou por nenhum?!
- Deus do céu, , é um bando de nerd, o único que salva é o Paxton, agarra ele pois é o único nerd gostoso que você vai conhecer.
deu uma gargalhada e bateu com a revista em mim. Era verdade, Paxton era um cara bonito que teve a adolescência arruinada por não ser tão popular e muito menos descolado, então cresceu com aquela “síndrome do patinho feio”, quando ele foi para a faculdade e , uma mulher bonita, carismática e divertida começou a se interessar por ele, Paxton se agarrou àquilo com unhas e dentes. Ele sempre foi um cara legal, e a tratava como a princesa que ela queria ser tratada. Eles eram um ótimo casal, ambos eram bonitos e inteligentes e teriam uma penca de filhos lindos que eu iria mimar sendo a titia solteirona que era.
- Tem alguns primos meus que vão chegar mais tarde no jantar, quem sabe lá você se esbalda. – Ela disse dando de ombros.
- , fica tranquila. O casamento é seu e o foco é você.
- Não! Eu preciso te apresentar alguém! Paxton disse que você é carente quando está sozinha e pode acabar fazendo alguma besteira na festa.
- Que tipo de besteira?! – Perguntei baixando meu óculo de sol, me apoiando sob os cotovelos para encará-la.
- Não sei, mas eu concordo com ele. Você fica perigosa quando está carente. – Ela disse rindo, e foi a minha vez de dar um tapa nela.
Na verdade, eu tinha sim uma tendência a fazer merda quando estava carente e bêbada, tendências essas que variavam entre ligar ao meu ex e reatar um namoro tóxico, e ir ao pronto socorro dizendo que estava mal apenas para ser atendida por algum residente bonitão achando que estava em algum episódio perdido de Grey’s Anatomy.
- Pode ficar tranquila! Estamos em uma ilha no meio da América Central. Mesmo que eu ligue para o meu ex, ele não vai conseguir vir até mim.
- Eu não duvido da sua capacidade, vamos apenas tentar encontrar alguém para você no jantar.
- Tá bom. – Concordei rindo, já que não me custava analisar as opções.

- Puta merda, ! Eu sei que disse que vamos encontrar alguém para você hoje, mas não precisava avacalhar. – disse quando passou em meu quarto para irmos juntas ao jantar.
Paxton segurava sua mão e ao lado dele estava Max, seu melhor amigo e seu padrinho de casamento. O combinado era irmos juntos, os noivos e os padrinhos.
Max me olhou de cima a baixo com a boca escancarada sem nenhum tipo de filtro, ele era aquele tipo conhecido de nerd, no maior estilo “The Big Bang Theory”, que amava Star Trek e Senhor dos Anéis, ele tinha óculos grossos sob os olhos e usava uma gola polo azul escuro com uma calça jeans simples. Eu apenas sorri, por que sim, eu sabia que estava uma tremenda gostosa usando meu vestido preto com gola drapeada, onde as alças se prendiam apenas em meus braços, deixando minhas costas completamente nuas.
Paxton analisou meu vestido por apenas um segundo e ponderou:
- Pode não encontrar ninguém, mas provavelmente vai matar algum Sheldon Cooper do coração.
Max engoliu seco e apenas concordou com a cabeça.
Seguimos ao jantar, a área de festas do hotel era bonita e estava decorada com rosas brancas e lírios, as mesas eram redondas e tinham sete cadeiras em cada. Algumas mesas já estavam preenchidas, outras tinham poucas pessoas que ainda chegavam ao local, e a mesa reservada à nós já tinham três pessoas sentadas: Os pais de Paxton e o pai de , que, meu Deus do céu, estava um puta de um gostoso de carteirinha. parecia ter saído de um comercial de perfumes, daqueles bem caros: usava uma camisa de um branco impecável aberta no colarinho e dobrada até o antebraço, uma calça social perfeitamente engomada e o cabelo, Deus, me ajuda, penteado para trás, preso no lugar por alguma pomada fixadora, a barba por fazer era um charme a mais que eu nunca reclamaria. Ninguém naquele ambiente diria que aquele homem estava na casa dos 50 anos, e ninguém diria que ele é pai da noiva.
Cumprimentei os pais de Paxton e Sr. , que tinha um cheiro que me deixou de pernas moles. Os noivos sentaram nas cadeiras entre os pais, e me sentei ao lado do pai de para ficar o mais próximo que podia dela, para podermos fofocar durante a janta, do meu outro lado estava Max e depois os pais de Paxton fechavam o círculo.
Um garçom nos serviu um champanhe caríssimo, e brindamos aos noivos.

- O que está achando do ambiente, ? – A voz grave de Sr. me despertou de meu transe, enquanto eu olhava distraída para as demais mesas. Ele falar meu nome inteiro, sem usar meu apelido, era provavelmente uma das coisas mais sexys que eu já havia presenciado na vida.
O olhei antes de responder, ele bebia um gole do champanhe, o braço forte marcando a camisa de algodão. Porra. Eu sempre achei o pai de um gato, mas hoje ele estava especialmente delicioso, não sei se era o fato dele estar usando uma roupa social, o clima quente tropical, ou se era a minha carência que já estava dando as caras para que eu fizesse alguma merda... Só sei que mexi em meus cabelos e sorri da melhor maneira antes de responder.
- Está tudo maravilhoso, Sr. .
- Sr. parece meu pai, , por favor. – Ele disse dando um pequeno sorriso, que fez meu corpo esquentar em áreas das quais não me orgulho.
- E o que você está achando do ambiente, ? – Perguntei, dando uma ênfase proposital ao seu nome. - Está à altura do que a sua princesa merece?
- Nada está à altura do que minha princesa merece. – Ele disse sério e segurou a mão de , que nos olhou.
- Seu pai está dizendo que nada está à sua altura. – A coloquei dentro do assunto.
- Ah sim, papai sempre acha que nada nem ninguém chega aos meus pés. – Ela riu girando os olhos para cima.
- Mas você é uma majestosa gostosa mesmo, ele está certo em te enaltecer. – Brinquei piscando para ela.
- Eu tive a quem puxar. – disse, mandando um beijinho ao Sr. e ele sorriu soltando sua mão.
- Sim, a sua mãe. – Sua voz era de outro mundo, é sério.
- Ah, papai, sai dessa, você está um gato também. – Ela empurrou o ombro dele e passou a mão pelo cabeço. – Você não acha, ?
, sua cadela desalmada. É claro que ela sabia que eu achava seu pai um gato, eu já havia falado aquilo mil vezes, e ela sempre retrucava me chamando de nojenta. Agora estava ali esfregando o único homem que eu não podia ter em meu nariz, como um troféu só seu.
- Claro, Sr. . Você está com tudo em cima. – Respondi sorrindo, passando minha mão em seu ombro de maneira inofensiva. Erro fatal, os músculos do local indicavam que aquele homem fazia academia com bastante frequência. Tirei minha mão antes que o momento ficasse esquisito, e relutei contra a vontade de encostar em outras partes do seu corpo.
O jantar prosseguiu, regado de frutos do mar de tamanhos exorbitantes e muito champanhe. Às nove horas da noite eu me sentia leve, bêbada era uma palavra muito forte, e eu e entramos em uma conversa realmente empolgada sobre os homens da festa que estariam disponíveis para mim.
- O Harry tem 25 anos, mas acho que dá pro gasto. – Ela disse em certo momento, apontando o tal Harry, o garoto parecia ter acabado de sair dos seus 18 anos, era bonito mas tinha aquele rosto de bebê que eu detestava.
- Ah, , ele tem cara de quem acabou de perder a virgindade. – Reclamei jogando-me na cadeira como uma criança emburrada. – Eu estou beirando meus 30, preciso de alguém que tenha, pelo menos, a minha idade.
Sr. não estava mais no meio de nós duas, eu tinha pedido para ele trocar de lugar comigo depois do jantar, ele mexia no celular com as sobrancelhas franzidas e eu duvidava muito que estivesse ouvindo nossa conversa, ele era um homem importante demais para estar ouvindo sua filha e a melhor amiga falando sobre possíveis pretendentes.
- E o Louis? – Perguntou ela, apontando para outra mesa, onde um homem negro bem-apessoado bebericava um copo de whisky com gelo.
- Uh, gostei dele. Como eu não tinha notado antes? – Perguntei sentando-me mais ereta. – Quem é ele?
- Ele trabalha com Paxton, não sei muito sobre ele. – Ela admitiu. – Mas é um gato, não é? Ele não é nerd, trabalha na parte de administração.
- Sim, gatíssimo. – Falei divertida, abanando meu pescoço com a mão.
- Fica de olho aí. Preciso fazer pipi. – disse se levantando.
- Ele é gay. – Sr. sussurrou para mim, sem tirar os olhos do celular.
Merda. Ele estava ouvindo nossa conversa.
- É sério? Como você sabe, ? – Perguntei virando meu rosto para ele, que bloqueou o celular e seguiu seus olhos para mim. Os cabelos de Sr. eram negros como a noite, com exceção de alguns fios em sua têmpora que começavam a ficar grisalhos, que em minha opinião davam o charme final que combinava perfeitamente com ele.
- Linguagem corporal. É só olhar com um pouquinho mais de atenção. – Ele disse, levando seus olhos até o suporto Louis. – Olha só, está vendo como o corpo dele reage ao que o outro cara está falando?
Era verdade, alguma coisa na áurea de Louis mostrava aquilo, e bem na hora que estávamos observando, Louis tocou com delicadeza o braço do homem, em um tipo específico de flerte bem definido.
- Nossa, Sr. , você é bom nisso!
Ele voltou o olhar para mim.
- Posso ter te livrado de um possível fora bem desnecessário. – Ele disse se gabando um pouco.
- Obrigada por isso.
- Escuta só, sei que não é da minha conta. – Ele disse limpando a voz, arranhando a garganta. – Mas você não é bonita demais para estar se preocupando com isso? É só você dar uma desfilada com esse vestido pelo salão e eu tenho certeza que alguém virá atrás de você como a porra de um cachorrinho.
Senti meu rosto esquentando.
Ok, Sr. gostava de se soltar mais quando não estava presente. Anotado.
- Sr. , estou lisonjeada, mas estou solteira e absolutamente nenhum homem veio falar comigo até agora.
- É porque você está sentada aqui comigo, eles acham que somos um casal.
Sem falar mais nada, virei o restinho de minha bebida e levantei indo na direção da mesa de sobremesas, peguei um morango sem saber muito o que fazer e roubei uma taça de um garçom que passou por mim. Disfarcei bebendo um pouco ainda de pé e vi da nossa mesa, Sr. me encarando, ele sorriu de lado e fez um sinal afirmativo com a cabeça, de quem dizia “está indo bem, garota”. E, num passe de mágica, um homem apareceu ao meu lado, fingindo estar escolhendo algo para comer da mesa de sobremesas, comi meu morango enquanto ele se decidia.
- Família da noiva ou do noivo? – O cara perguntou. Ele era bonito, um pouco baixo demais para o meu gosto, mas ainda era pouco mais alto do que eu com meu salto.
- Melhor amiga da noiva. – Respondi e assentiu.
- Primo do noivo. – Ele disse sem eu perguntar. – Devon.
Ele estendeu a mão até mim, apertei. Entramos em uma conversa fútil sobre a festa e me afastei depois de dar meu número a ele. Voltei para minha mesa com um sorrisinho besta no rosto, e vi Sr. sorrindo também, girando o copo vazio sobre a mesa.
- Está vendo? – Perguntou ele quando me sentei.
- Ok, o senhor está me assustando.
- É apenas observação, . Você é bonita, é simpática e disponível, mas está o jantar inteiro sentada ao meu lado, e não me entenda mal, eu estou adorando a companhia de uma bela mulher, mas se você está disponível, tem que se mostrar disponível e não ficar sentada ao lado de um velho como eu a noite inteira.
Mal sabia Sr. que ele era a porra do cara mais bonito da festa e eu estava feliz em estar sentada ao seu lado, desde que todos da festa achassem que eu tinha calibre para ser sua companheira. E não vou negar que estou adorando saber que ele me achava bonita e não estava medindo palavras para deixar aquilo bem claro. Era loucura minha ou eu estava sentindo alguma coisa ali? Um certo flerte vindo daquele homem com H maiúsculo, e não vou negar, estou gostando bastante.
- Sr. , se tem algo que você não é, é velho. – Você é a porra de um gostoso.
- E mesmo assim, você continua me chamando de Sr. .
Eu sorri sem saber como responder aquilo. Era verdade. Ele combinava com Sr. , era difícil tirar essa imagem da cabeça. Ele me encarou por alguns segundos, sustentando a última frase que disse, esperando que eu falasse algo. Seu olhar era intimidador demais para eu conseguir dizer algo interessante, então apenas o encarei de volta, com um sorriso ladino nos olhos.
Não é possível que Sr. seria a porra da minha ruína nessa festa, seria a porra da minha burrice enraizada por minha carência infeliz que Paxton e já haviam mencionado. Depois de alguns segundos sem que nenhum dos dois quebrassem o contato visual um do outro, Sr. baixou o olhar por meu corpo, fazendo com que eu sentisse o ar fugir de meus pulmões e eu hiperventilasse. Seus olhos voltaram a encarar os meus e tive que quebrar o contato visual para beber algo, sentindo meu coração estourar em meu peito. Se apenas seu olhar já fazia aquilo comigo, imagina o que mais aquele homem conseguia arrancar de mim. Notei minha taça vazia e não vi outra opção a não ser beber a sua. Roubei sua taça e virei com tudo antes de me levantar.
Encontrei voltando do banheiro. Eu sentia minhas bochechas ardendo.
- Está tudo bem? – Perguntou ela quando nos encontramos.
- Claro! Só acho que bebi um pouquinho demais, você consegue pedir um copo de água com limão para mim?
- Sim, já peço.

No banheiro, encarei meu reflexo por um momento, respirando fundo. Estava tudo certo: Minha maquiagem estava impecável, o batom marrom ligeiramente gasto no centro da boca, os cabelos volumosos com cada onda em seu devido lugar, chequei minhas axilas que ainda estavam com o cheiro de lavanda de meu desodorante e meus ombros cintilavam com o hidratante dourado que eu havia passado. Tudo estava do jeito que devia estar, exceto minha respiração meio descompassada cada vez que eu lembrava dos olhos de Sr. em mim.
Voltei para a mesa e o olhar preocupado de caiu sobre mim:
- Amiga, você não quer ir para o quarto descansar? Fiquei preocupada com você.
- Deixa de ser boba, ! – Eu sorri sincera, não achei que minha desculpa boba ia preocupá-la daquele jeito.
- É sério, quero você bem, amanhã é o grande dia. E quero que você aproveite o máximo que puder comigo!
Eu estava sim, ligeiramente bêbada por conta da bebida de hoje, mas tinha certeza de que não seria um problema para amanhã. Porém, não queria ser a pessoa que negava um pedido como aqueles, ela era a noiva, e teimar que eu não estava mal por conta da bebida poderia soar ainda mais como um pedido de “estou muito mal e não quero admitir”, e antes que eu concordasse com ela sobre voltar ao meu quarto, outra pessoa se intrometeu na conversa.
- , se você não está se sentindo bem, posso te acompanhar até o seu quarto. Já estava pretendendo ir agora mesmo... – A porcaria daquela voz deliciosa disse atrás de mim, arrancando-me arrepios em minha nuca.
- Perfeito, papai! – Minha melhor amiga inocente disse alegremente. – O que acha, ?
- Claro, você está certa. – Dei-me por vencida e aceitei a mão que Sr. estendia até mim, já de pé. Soltei sua mão para dar um beijinho no rosto de , de Paxton e dos seus pais.
Sr. me acompanhou com sua mão em minhas costas, ele mal encostava, mas eu sentia a presença dela ali, como se estivesse pronto para me segurar caso eu resolvesse desmaiar a qualquer momento. Eu estava bem. O que estava me causando toda aquela situação era a presença daquele homem absurdamente cheiroso ao meu lado. Cruzamos a festa inteira e seguimos até o elevador, aguardamos em silêncio.
Assim que a porta se fechou, ouvi sua voz rouca ressonar:
- Foi algo que eu fiz? – Ele estava calmo, suas mãos estavam unidas atrás de seu corpo e suas pernas estavam ligeiramente afastadas, em uma pose séria, nossos braços quase se encostando.
- Claro que não, estou bem, Sr. .
- E por que você saiu correndo para o banheiro? – Sua voz era autoritária, e novamente senti um calor subindo por meu peito.
- Porque eu precisava usar o banheiro. – Falei sem muita convicção, aquele homem fazia minha pose de gostosa sair descendo pelo ralo, a mulher poderosa que saiu do quarto hoje para jantar com os noivos não era a mesma mulher que conversava com Sr. naquele ambiente claustrofóbico.
- Você está mentindo para mim, ? – Perguntou ele, e pude notar pela minha visão periférica, que ele havia virado o rosto para me encarar. Senti minhas bochechas ruborizarem mais uma vez, mas não baixei a mínima guarda que ainda existia dentro de mim para encará-lo. Continuei olhando para frente.
- Não estou mentindo. – Respondi devagar.
- Eu acho que está.
- E por que acha isso? – Perguntei ainda encarando a porta do elevador, que parecia estar parado no mesmo lugar, ao invés de estar subindo. Depois lembrei que meu andar era o 32º e o jantar foi no primeiro.
- Porque você estava bem há cinco minutos atrás. E depois que nos encaramos por alguns segundos você ficou incomodada. Por isso perguntei se foi algo que eu fiz.
Merda. Ficou tão na cara assim? Mordi o lábio incerta do que responder.
- Não foi nada disso, Sr. . Está tudo bem. – O assegurei. Vi ainda por minha visão periférica ele voltar a olhar para frente.
Continuamos em silêncio pelo resto do trajeto do elevador, quando o mesmo estacionou em meu andar, achei que desceria sozinha, mas senti a presença dele sair do elevador comigo.
- Acho que consigo encontrar meu apartamento sozinha. – Falei com um tom mais brincalhão e ele sorriu.
- Eu tenho certeza disso, mas se conheço bem minha filha, ela vai me enviar uma mensagem perguntando se você chegou bem ao seu quarto e não quero ter que mentir para ela. – Ele disse com calma, a voz grave e decidida.
- Entendido. – Respondi assentindo. Em meu apartamento, usei meu dedo indicador no leitor digital para abrir a porta e a mesma destravou.
Abri a porta e virei-me para fora, sorrindo para ele.
- Pronto, Sr. . Estou sã e salva em meu quarto. – Pus minhas mãos na cintura.
- Agora posso dormir tranquilo. – Ele disse, senti um ar ligeiramente decepcionado vindo dele, Sr. apenas acenou com a cabeça e virou-se na direção do elevador. Algo dentro de mim reagiu, e quando me dei conta, vi minha mão segurando seu braço musculoso, seus olhos correram para minha mão em seu braço e subiram até meu rosto. Coloquei minha mão livre em seu rosto e o puxei para um beijo.
Merda. Merda. Merda. Ele não esboçou nenhuma reação.
Nossos lábios ficaram colados por meio segundo em um selinho sem graça, por mais que meu coração quisesse pular para fora de minha boca. Entendi todos os sinais errados e acabei simplesmente dando um selinho no pai da minha melhor amiga.
Separei nossas bocas completamente sem graça.
- Puta merda, Sr. , me descul... – Não consegui terminar a frase, o homem que estava em minha frente puxou minha cintura com força, erguendo-me com um só braço, de modo que nossos rostos ficassem da mesma altura. Seu peitoral firme respirava com força e eu sentia seu hálito quente em meu rosto, sua mão livre segurou minha nuca e o vi fechando os olhos antes de colar nossas bocas novamente. Dessa vez eu podia dizer que era um beijo de verdade, sua língua percorreu minha boca com avidez, não era esquisito, não era doce e muito menos sem graça. Sr. sabia o que estava fazendo, seus dedos entranharam em meu cabelo, e seu braço apertava minhas costelas. Rodeei sua cintura com minhas pernas e ele pode afrouxar seu braço em meu corpo, mantendo agora sua mão firme em minhas costas. Nossas bocas moviam-se rápido, como se não pudéssemos perder um segundo daquilo, minhas mãos apertavam seus ombros musculosos e tive que separar nossas bocas para conseguir respirar direito, mas não deixei aquele momento fugir, não enquanto minha barriga dava voltas deliciosas, aquele friozinho gostoso em meu peito, por este motivo, levei minha boca em seu pescoço, onde aquele cheiro delicioso me embriagou de vez. Meti meus lábios ali, mordisquei o lóbulo de sua orelha e gemi ao pé do seu ouvido quando senti ele me pressionando contra uma parede gelada.
Ele uniu nossas bocas novamente, o beijo desta vez encaixando-se com mais facilidade, nossas línguas se misturando com mais conhecimento do território. Há esta altura do campeonato, minha calcinha já estava ensopada de um tesão que me incomodou a noite inteira e agora, eu sentia a ereção de Sr. em minha virilha. Eu podia sentir um calor naquele quarto, mesmo com a porta aberta ventilando o ambiente com minha sacada também aberta, minha pele ardia com o toque delicioso dele e sua respiração pesada em meu ouvido indicava que eu também conseguia mexer com ele.
Sr. desceu seus beijos por meu queixo e chegou ao meu pescoço, arranhando-me com sua barba, fazendo meus olhos revirarem sob as órbitas enquanto eu puxava seus cabelos com força. Seu corpo pressionava o meu, duro, firme e incontestavelmente gostoso, suas mãos passeavam pelo meu, apertando minha cintura e minhas coxas, deixando-me cada vez mais a mercê de qualquer coisa que ele pudesse fazer, o tesão explodindo dentro de mim, tornando-me uma selvagem.
Fomos interrompidos pelo seu telefone tocando. Ele suspirou quando viu uma foto de na tela.
- Oi, querida. – Sua voz soou mais rouca do que de costume.
- Pai, você deixou no quarto dela? Como ela estava? – Ouvi sua voz dizer no outro lado da linha. Eu sorri sacana para ele, soltando minhas pernas da sua cintura e firmando-me no chão, percebi que ele perdeu a linha de raciocínio por um segundo.
- Hm... Sim, filha. – Ele fechou os olhos com força quando sentiu minha mão sobre o volume em sua virilha, massageando-o suavemente por cima da calça. – Ela estava bem. – Tentou soar o mais natural que pode.
- Tá bom. Só checando. – Ela disse séria. – Escuta só, será que você não consegue voltar para a festa?
Era nítido que ele não queria mais conversa, não enquanto eu abria a fivela do seu cinto.
- Vou ficar por aqui mesmo. – Novamente ele tentou ser o mais casual que conseguia. – Amanhã vai ser... um longo dia. – Ele disse, suspirando quando abri o botão da sua calça, descendo o zíper lentamente.
- Não, pai. Estamos com um problema, será que você não pode vir aqui? – Dessa vez a voz dela soou mais incisiva.
- Que tipo de problema? – Perguntou com um tom diferente de antes, como se tivesse acordado de algum transe. Parei o que estava fazendo na hora, pois percebi a mudança.
- Um dos padrinhos está causando... um certo alvoroço. Acho que o pai da noiva poderia resolver. – Ouvi ela dizer do outro lado da linha.
- Tudo bem, princesa, já estou descendo. – Ele disse e desligou o celular.
- Problemas no paraíso? – Perguntei sorrindo e ele retirou a carranca do rosto, suavizando suas feições que ficaram preocupadas com a ligação de .
- Sim, vou ter que ir lá. – Ele disse afastando-se de mim, tão desnorteado quanto eu. Subiu o zíper da calça e a abotoou.
Suspirou fundo, pondo as mãos na cintura e me olhou com um olhar ainda desacreditado.
- Isso não foi uma boa ideia, . – O sorriso malicioso que ele deu fez meu interior contorcer.
- Com certeza não, Sr. . – Dei meu melhor sorriso e mordi o lábio inferior, fazendo-o olhar para minha boca novamente.
- Porra. – Ele grunhiu, de modo ligeiramente cômico e virou-se para a porta olhando para baixo enquanto afivelava seu cinto.

***


Agradeci mentalmente a do passado, que colocou o vibrador na mala sabendo que podia ser um casamento pouco bem aproveitado sexualmente.
Usei-o com uma alegria contagiante lembrando das mãos de Sr. em meu corpo, sua barba roçando em meu pescoço que agora estava sensível e o seu volume no meio das minhas pernas me pressionando.
No dia seguinte acordei renovada, o despertador de meu celular me acordando uma hora antes do combinado com , tomei um banho gelado pois a temperatura do ambiente já era quente, o sol lá fora forte e imponente refletia na areia branquíssima, fazendo a temperatura parecer mais quente do que realmente era.
Fui saltitante para o quarto da noiva.
- Uau, o que aconteceu com você? Está radiante! – perguntou, fazendo com que eu soltasse uma risadinha.
- Tive um sono maravilhoso, obrigada por me fazer subir naquela hora! – Respondi dando de ombros. Não haviam motivos para eu estragar o casamento da minha melhor amiga com a notícia de que eu e seu pai havíamos dado uns pegas dignos de meu corpo se arrepiar apenas com a lembrança.
- Que bom, amiga, fico feliz em ter ajudado. – Ah, você ajudou.
As horas seguintes foram recheadas de risadas e fofocas, fizemos as unhas, massagens, arrumamos os cabelos e fomos maquiadas com maquiadoras que vieram dos EUA especialmente para isso, junto conosco estavam as outras madrinhas, recheamos nossos corpos com champanhe, sempre cuidando para não ficarmos bêbadas antes da hora, mas demos boas risadas que não teriam o mesmo efeito sem a bebida e quando deu três horas da tarde, todas estávamos impecáveis.
Diferente dos casamentos de antigamente, minha amiga e o noivo se viram antes do altar, pois tirariam várias fotos com os fotógrafos mais badalados do momento. As madrinhas usavam vestidos iguais e, pelo amor do bom Deus, tinha bom gosto, então todas usamos um vestido de cetim verde escuro, com um decote que ia até a metade da barriga, a saia era plissada e não havia fenda, já que o decote era a parte de destaque do vestido, a união entre a saia e parte de cima era uma faixa horizontal do mesmo tecido do vestido. Cada madrinha tinha um penteado diferente, o meu era escovado e solto, com tantas camadas e volume que quando me olhei no espelho só pensei “Cindy Crawford nos anos 90”. Estava chique e mais femme fatale do que eu esperava.
O casamento foi na beira da praia, com direito a uma linda cerimônia com todos de pés no chão, uma coroa de flores delicadas segurando o véu de e o altar tinha conchinhas do mar espalhadas em lugares estratégicos que não machucassem nossos pés.
Sr. estava a porra de um show à parte, ele entrou com enganchada em seu braço, sorrindo de boca fechada durante todo o trajeto, com as sobrancelhas franzidas (que eu esperava que fosse pelo sol) e usava um terno de linho bege feito sob medida, por baixo usava uma camisa azul claro sem gravata e com o colarinho aberto de novo. Quando chegou em frente ao altar, beijou a testa de minha melhor amiga, apertou a mão de Paxton e se acomodou na primeira fila em seu lugar reservado.
Durante a cerimônia, foquei em manter meus olhos em meus amigos, ajudei a se ajoelhar durante a cerimônia e depois se levantar, lhe entreguei o anel de Paxton na hora certa e joguei arroz com pouca força na hora que eles saíram comemorando. Batemos algumas fotos no local, o pôr-do-sol perfeito no horizonte, todas as madrinhas com o noivo, todas as madrinhas com a noiva, algumas fotos divertidas entre padrinhos e madrinhas e seguimos ao local do hotel onde seria a festa.
Fiz meu discurso de madrinha emocionada, contando piadinhas divertidas de quando éramos estudantes, apoiei e emocionei minha melhor amiga na medida certa, assim como alguns convidados, mas enquanto eu estava lá falando, seu sentia um par de olhos que não tirava a atenção de mim, minha pele ardendo com o olhar. Sr. e seus olhos de predador me comiam viva enquanto eu declamava todo o meu amor por sua filha e seu mais novo genro e confesso que gostei. Tentei, durante o dia inteiro que se passou, ser o mais cordial possível, evitei ao máximo olhar para Sr. , pois não queria de maneira alguma que alguém pescasse algum tipo de fagulha entre nós durante a cerimônia. Minha última ideia era querer causar qualquer tipo de alvoroço familiar.
Alguns amigos e parentes de Paxton puxaram assunto comigo durante o jantar, e rejeitei todos com educação, eu não conseguiria dar atenção a nenhum deles, sabendo que Sr. estava por ali. Nem mesmo tentei flertar com algum deles para tentar causar algum ciúme bobo, eu não era esse tipo de pessoa.

- Amiga, desculpa não estar te dando a atenção merecida, mas enquanto o jantar não acabar vai ser difícil. – veio até mim em um determinado momento, já era noite lá fora e eu apenas sorri indicando que estava tudo bem, e agitei minha taça de champanhe, indicando que estava bem acompanhada.
- Está me ignorando, ? – Ouvi a voz grave que desejei ouvir o dia inteiro ao meu lado e sorri imediatamente.
- De modo algum, Sr. . Estou apenas evitando olhares furtivos desnecessários, afinal, o Sr. é o pai da noiva. – Eu disse, tomando um gole da minha bebida em seguida.
- Entendo, você é uma garota esperta. – Ele disse chacoalhando seu copo com whisky puro. - Felizmente minha filha é uma pessoa empática e pediu para que eu te fizesse companhia, já que ela está incomodada que você está aqui sozinha.
Dei uma risada pelo nariz e ele me acompanhou.
- Sua filha é incrível.
- É sim, principalmente pelo fato de não ter percebido quantos homens você já dispensou esta noite. – Os pelinhos do meu braço se arrepiaram quando ele falou aquilo.
- O Sr. está me espionando?
- Não. Estou avaliando a situação. – Aquela resposta me fez sorrir novamente. – Aliás, você está linda, .
E pela primeira vez na noite, notei seu olhar escapar por um milésimo de segundos para o meu decote, eu não tinha como julgá-lo, o vestido era mesmo revelador e meus peitos estavam lindos nele. E mesmo assim, senti minhas bochechas ruborizarem.
- Você também está, Sr. .

O jantar foi tranquilo, Sr. estava na mesa dos noivos e eu na mesa das madrinhas, por sorte fiquei sentada em um ângulo em que podia o observar, nossos olhares cruzaram três vezes durante o jantar e juro que sentia minhas pernas mais moles a cada vez que aquilo acontecia.
- Senhoras e senhores, eu lhes apresento o Sr. e Sra. Bailey. – Após o jantar, um dos padrinhos anunciou, e a luz do ambiente diminuiu o brilho, deixando um feixe de holofote focado apenas nos noivos que dançaram uma valsa lenta e bonita, uma dança que era nítido que havia sido ensaiada por meses. Depois que a música acabou, eles chamaram os convidados a dançar uma valsa com eles e os pais do noivo prontamente foram dançar, assim como alguns casais e alguns padrinhos e madrinhas. Fiquei em meu lugar, bebericando minha margarita tranquila quando vi uma mão esticada em minha frente me convidando para dançar. Era a porra do Sr. . Ele sabia que se fôssemos vistos publicamente dançando uma valsa descompromissada e sem segundas intenções, era a maneira mais fácil de ser rapidamente esquecidos. Aceitei.
- Você é bem corajoso. – Comentei enquanto andávamos até o meio de todos os casais que já dançavam, alguns olhares curiosos seguiram até nós, mas o único olhar que importava era o de , e ela sorriu com ingenuidade quando nos viu, retribuí o sorriso sentindo a mão dele firme em minhas costas. Pousei minha mão em seu ombro.
- Eu sou, é uma ótima qualidade minha. – Ele falou mais baixo, de modo que só eu ouvisse.
- Qualidade esta que pode ser um problema. – Respondi no mesmo tom que ele, sorrindo nervosa.
- Não se formos cautelosos... A não ser que você queira apagar o que aconteceu ontem. – Ele ergueu as sobrancelhas sugestivo, desviei o olhar de seu rosto antes que eu fizesse alguma besteira como olhar para os seus lábios.
- Eu... Prefiro manter a noite de ontem. – Falei ainda com os olhos rodando o salão, sem encará-lo, senti minhas bochechas esquentarem e percebi que ele sorria.
- , eu não quero de maneira alguma apagar o que aconteceu ontem. – Ele suspirou, ainda com seu sorrisinho sacana nos lábios. – Na verdade, eu adoraria continuar, isso se você tiver interesse, é claro.
Senti minhas pernas amolecerem apenas de ouvir sua voz grossa dizer aquilo. Como podia um homem ter tanto poder? Tudo nele me envolvia em um tesão digno de me fazer tremer: sua voz, seu cheiro, seus lábios, o modo que se vestia, o domínio que ele parecia exalar sob tudo que ele olhava, não era o dinheiro, era a sua presença.
- Você tem interesse? – Sua voz me fez voltar à realidade, mordi meu lábio inferior e voltei a olhar para o seu rosto. Concordei com a cabeça e ele sorriu mais uma vez. Acho que eu nunca tinha visto Sr. sorrir tanto.
- Você sabe onde meu iate está ancorado? – Perguntou ele, segurando minha mão de modo diferente, dando um pequeno impulso para que eu rodopiasse lentamente no ritmo da música, e puxou-me com uma gentileza até então surpreendente unindo nossos corpos novamente.
- Sei sim, é meio difícil não o ver lá da praia. – Falei mais irônica do que deveria, mas ao invés de ficar ofendido, ele ergueu as sobrancelhas gostando da minha atitude.
- E se a gente se encontrasse lá daqui... uma hora? – Ele disse checando o relógio no pulso.
- Acho uma ótima ideia, Sr. . – Concordei, finalmente olhando em seus olhos, que no momento brilhavam de pura luxúria.
- O que é uma boa ideia? – Minha melhor amiga tinha o dom divino de nos incomodar nas piores horas possíveis.
- Seu pai havia acabado de comentar que adoraria parar de dançar para beber algo. – Respondi com calma e ele concordou com a cabeça, tirando a mão de minhas costas e sorrindo para a filha.
Sr. trouxe uma margarita para mim e uma para e se afastou de nós, o DJ começou a tocar músicas divertidas e aproveitamos a festa, enquanto eu fingia que não tinha um ultimato para cumprir e uma festa para fugir dali a uma hora.

***


Meus pés tocaram as ripas de madeira do cais cobertos de areia branca e fina, andei incerta na direção do iate que me aguardava silencioso e completamente apagado. Agarrei a barra de metal que compunha a escada da embarcação e entrei na mesma olhando para trás para ver se alguém havia me visto ali.
- Pensei que não viria. – Ouvi sua voz rouca soar atrás de mim, e sua mão tocar minha cintura, um arrepio tomou conta de meu corpo.
Eu não tinha como não vir, não depois do que meu corpo sentiu na noite anterior, os arrepios e o tesão unidos como um imã potente.
- Sr. , não existia possibilidade de eu não vir. – Admiti colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, dando um sorriso ladino.
Ele sorriu junto, puxou minha mão e me guiou até uma porta, fechou-a atrás de si e me empurrou contra ela, subiu sua mão pelo meu braço, passou por meu ombro, pescoço e parou na lateral do meu rosto. Seu dedão contornou meus lábios devagar, seus olhos fixos neles, o olhar tão intenso que fez meu interior tremer.
- Sr. , precisamos ser rápidos aqui, ou vai desconfiar se demorarmos muito para voltar para a festa. – Admiti, falando sobre seu dedo, seus olhos não saíram dos meus lábios enquanto eu falava. Ele levantou o olhar tão lentamente, que juro que senti minha calcinha molhar só com aquilo, encarou meus olhos com as sobrancelhas franzidas em um tom sério.
- , eu vou te foder tão gostoso que você não vai querer voltar para a festa.
Merda, senti minhas pernas virarem gelatina enquanto ele passava o braço sobre minha bunda e me erguia, levando-me até a cama que havia ali.
Eu estava tão entorpecida por aquele homem que mal havia percebido que estávamos na suíte do lugar, ele me jogou na cama enquanto retirava seu paletó, seu olhar era de um predador sobre meu corpo, mal se livrou da peça de roupa e veio em minha direção colando nossos lábios com fúria de um tesão mal resolvido na noite passado. Nossas bocas se encaixaram com facilidade, minhas mãos seguiram para sua nuca e enrolei minhas pernas em sua cintura, fazendo-o deitar sobre mim, eu precisava sentir seu corpo sobre o meu, precisava sentir sua força, seu calor, seu toque. Sua língua havia criado uma conexão entre nossos corpos que eu achava que seria difícil esquecer, meus braços estavam arrepiados e eu sentia minha barriga dando deliciosas voltas enquanto uma mão sua o mantinha erguido sobre mim e a outra passeava por minha coxa, subindo até minha bunda e me apertando com força. tinha um cheiro que me fazia revirar os olhos de tesão, seus lábios passearam por meu pescoço e colo, arrancando suspiros de minha garganta e em uma virada estratégica, me ergueu, fazendo com que eu ficasse sentada em seu colo. Nesse momento senti todo o volume de sua ereção em minha virilha, fazendo-me sorrir enquanto ele me olhava com desejo, suas mãos ágeis seguiram para a parte de trás do meu vestido, encontrando o zíper com tanta facilidade que por um instante agradeci mentalmente por ele ser um homem experiente que sabia exatamente o que estava fazendo, meu vestido que já era revelador o suficiente afrouxou e ele desceu as alças por meus braços e me admirou por alguns segundos.
- Caralho. – Ele apenas disse, erguendo seu tronco para conseguir enfiar o rosto no vão dos meus seios e suspirar fortemente, apertando-os com as duas mãos. O homem em minha frente abocanhou meus seios com toda a maestria que eles mereciam, sugou cada um de meus mamilos com atenção e intensidade, fazendo-me gemer abertamente, a cada gemido que eu dava, podia sentir seu pau pulsar abaixo de mim, fazendo com que meu corpo correspondesse com meus quadris. Desabotoei sua camisa enquanto ele puxava meu vestido para cima, ambos tiramos as peças de roupas junto.
Sr. tinha um corpo de dar inveja em muito novinho, era definido, forte e bruto, como eu já havia imaginado centenas de vezes, sempre que eu o via de camisa social que ficava sempre justa em seu bíceps.
- Você é a porra de uma gostosa, . – Ele disse com a voz rouca falhando quando me viu apenas de calcinha.
- Você não fica para trás, . – Consegui unir forças para responder, minha voz esbaforida enquanto ele apertava minhas nádegas com força e me fazia roçar em seu membro rígido.
Ele voltou a me colocar por baixo, ficando de joelhos na cama enquanto tirava o cinto, e abria sua calça, à esta altura eu estava tão excitada que levei meus dedos até meu clitóris o estimulando enquanto via aquela porra de homem delicioso tirar a calça e a cueca na minha frente, buscando uma camisinha no bolso da calça enquanto me olhava orgulhoso vendo que eu não tinha vergonha de me tocar em sua frente. Seu pênis era a porra de uma delícia e eu não via a hora de colocar a boca dele.
Ele deixou a camisinha ao nosso lado, reservada para o momento certo, e veio de joelhos até mim, sem mais tempo para brincadeiras, retirou minha calcinha branca sem muita cerimônia e literalmente caiu de boca em minha vulva, sem qualquer tipo de nojinho ou enrolação, Sr. virou meu mundo do avesso fazendo-me ver estrelas enquanto lambia, chupava e brincava com meu clitóris, alternando entre sua língua e seus dedos, me fez gozar em questão de poucos minutos, fazendo-me soltar um gemido alto e trêmulo que me deixou sem ar por alguns bons segundos.
Voltou a me beijar enquanto aproveitei o momento para masturba-lo devagar, sentindo as veias de seu membro pulsarem em minha mão, tentei descer meus beijos, indicando que era minha vez de fazê-lo gemer, porém ele me segurou e olhando em meus olhos disse:
- Acredite, , é o que eu mais quero que você faça, mas não temos tempo. – E dito isso, virou-me de bruços com uma violência deliciosa, alisou minha bunda e ali deixou um tapa que me fez gemer, passou um braço pela minha barriga, deixando-me de quatro, e ouvi o barulho do pacote de camisinha ser aberto. Joguei meus cabelos e senti ele puxar meus dois braços para trás e segurar meus pulsos unidos com uma mão. Nunca fiquei tão molhada na vida: a lateral do meu rosto tocava a cama com força, meus braços presos por sua mão em minhas costas e minha bunda empinada em sua direção. Meio segundo depois, o senti pincelar minha boceta com a cabeça de seu pau antes de me penetrar com força.
Não consegui conter um gemido quando senti meu corpo preenchido pelo seu, ele iniciou o movimento do quadril, fazendo com que entrasse e saísse de dentro de mim completamente, o ato era bruto e delicioso, fazendo meu corpo inteiro formigar em êxtase.
- Você é a porra de uma delícia. – Ouvi sua voz rouca dizer, enquanto ele cumpria a promessa que havia me feito, fazendo-me esquecer completamente do casamento e de qualquer outra coisa que pudesse vir a nos atrapalhar. E gostava de saber que ele estava gostando daquilo tanto quanto eu, seus grunhidos não estavam contidos e o homem que estava ali comigo não era mais o Sr. elegante e fino que dançou valsa comigo, não, aquele homem era a sensualidade e a brutalidade juntas, me fodendo tão deliciosamente que a única coisa que se passava em minha cabeça era “Deus do céu, vou gozar de novo”. Acredite, não foram muitas vezes que isto aconteceu, poucas foram as possibilidades que tive de transar com homens que realmente me faziam gozar. Aquele homem que estava ali, prendendo minhas mãos, apertando minha bunda e me chamando de “porra de delícia” com certeza era um desses.
Senti meu corpo esquentar, minhas pernas tremeram involuntariamente e meu corpo explodiu em êxtase, o clímax deixando os pelinhos dos meus braços arrepiados.
Sr. respeitou meu tempo de recuperação diminuindo o ritmo das estocadas e soltando meus braços, ergui meu tronco ficando de joelhos na cama e senti seus braços me abraçarem, suas mãos passeando livremente por minha barriga e meus seios, fazendo meu interior dar voltas deliciosas, beijou meu ombro e encontramos nossas bocas novamente.
Eu estava completamente entregue a ele. Nossas línguas se misturando, suas mãos percorrendo meu corpo, eu movia meu corpo com lentidão para cima e para baixo, estávamos ambos de joelhos na cama, eu de costas para ele, seu pênis saindo de dento de mim, de acordo com o movimento que eu fazia. Depois de alguns minutos recuperado as forças, ele percebeu que eu estava pronta para outro round e foi cirúrgico: uma de duas mãos seguiu para um de meus seios, a outra para meu clitóris, massageando ambos com a medida perfeita enquanto voltava a atolar seu pau em mim com uma violência deliciosa.
Não contive meus gemidos mais uma vez, e dessa vez seus grunhidos me acompanharam, com o seu estímulo em meu clitóris, senti o prazer chegando com mais facilidade, eu estava tão estregue ao momento que ao ouvir a voz deliciosa de Sr. em meu ouvido não pude fazer outra coisa a não ser obedecer:
- Goza mais uma vez para mim, .
Fechei os olhos com força vendo estrelas, enquanto sentia os dedos melados de Sr. acariciando meu clitóris e deu pênis dando estocadas fortes e profundas dentro de mim, meu corpo amoleceu e ele gemeu uma última vez, chegando ao clímax junto comigo.

***


- O que diabos aconteceu com você?! – me perguntou quando voltei à festa. Confesso que tentei ao máximo possível melhorar meu estado deplorável diante do espelho, mas minha maquiagem já não estava mais a mesma e muito menos meu cabelo.
Resolvi não esconder que havia transado, apenas esconderia com quem. Afinal, a porra do Sr. apenas teve que limpar as marcas de batom da boca e do pescoço e continuava impecável como sempre, com exceção da calça ligeiramente amassada que provavelmente passaria despercebida.
- Você transou, sua vagabunda! – Minha melhor amiga não precisou de meio minuto comigo para me decifrar. – Com quem?
- Digamos apenas que minha carência misturada com a bebida falou por mim mais uma vez.
- Eu te disse. – Ela concordou com a língua ligeiramente enrolada pela bebida. – Me diz quem foi!
- Outra hora te conto, agora preciso de uma bebida. – Falei mostrando a língua para ela e seguindo para o bar.
- O lado ruim de se estar em uma ilha, é que você não consegue fugir de mim. – Sr. disse sorrindo, enquanto virava um gole de sua bebida.
- E quem disse que eu quero fugir?




Fim.



Nota da autora: Eu PRECISAVA de uma fic com um daddy gostoso (oi, Jon Bernthal), faz tempo que estava com um plot parecido com algo assim na cabeça e precisei de uma inspiraçãozinha que, após algumas conversas com minha melhor amiga Lou M. surgiu em minha mente, OBRIGADA POR ISSO GATA.
Se você leu até aqui: muito obrigada! E se gostou, deixe um comentário e me diga com quem leu essa história.


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.



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