Capítulo Único
estava entediada. Olhava para o celular na pagina inicial, só mexia quando seu irmão mandava uma mensagem ou o grupo da família conversava. estava refletindo os últimos dois meses da sua vida; precisou sair do apartamento que alugava indo para um menor ainda, porém agora seu, perdeu o emprego e sustentava seu diploma na parede sem ao menos ter um motivo. Não desejava voltar para a casa, mas naqueles dois meses, até as manchetes dos canais estavam a deixando sem saco.
Não era fácil se formar em gastronomia e tentar seguir a carreira. Ela sabia disso, sabia desde que conversou sobre a profissão com seu irmão mais velho, ou melhor, um deles, afinal, tinha quatro irmãos, sendo assim conversou com o único que a apoiou na escolha de vez, escolher um caminho diferente da sua personalidade e desejo.
Com aquele cansaço e um convite de ir até a casa de seu irmão, ela ficou a pensar. Estava com saudades dos seus dezenove anos, em que, curtia com os amigos e às vezes com seu irmão – quando ele tinha tempo, os “lugares perfeitos” que iam com frequência. Mas não tinha saudades de ficar na mesma casa com seu pai e sua mãe, as brigas frequentes, os xingamentos frequentes a fez escolher a vida que levava agora aos vinte e cinco.
Na conversa com seu irmão, ela explicou tudo a ele, e estava esperando uma resposta do senhor Tobias que estava bastante ocupado para poder responder a irmã.
“Com todo amor, por favor, me desculpa, eu sei que passou três horas, mas não foi por querer.”
“Perdoado, eu estava fazendo vários nadas.”
“Eu quero redimir essa ausência.”
“Dramático você, Tobias! LOL.”
“Eu tento ser um bom ator, mas, continuando, venha aqui em casa, as crianças já voltaram a ficar com Jenny e você pode ficar a vontade aqui.”
“Esse a vontade seria fazer o que eu quiser?”
“Sim, vai vim?”
“O que você não me pede sorrindo que eu não faço voando?”
“Está errado o ditado.”
“Não mais, eu mudei para fazer sentido.”
“Tem dinheiro para a passagem?”
“Eu vou de carro.”
“Não mesmo, vai ficar parando em hotel, vai gastar dinheiro, vai abastecer o carro, vai gastar dinheiro, então, no fim, não adiantou nada, eu pago para você.”
“Tobias, você sabe o que acho a respeito disso.”
“Eu sei, mas sou o mais velho dessa conversa, não discuta, compro no seu nome, e envio para sua casa ou algo do tipo.”
“Ok, ok, nos vemos em breve então.”
“Até breve, maninha.”
Ela sorriu. Um sorriso espontâneo, que mostrava que todos os seus problemas tinham sumido por aqueles minutos que conversou com o homem, e, depois que bloqueou o celular, sentiu todos os problemas voltarem novamente e junto a notificação que a taxa mensal do apartamento estava para vencer no dia seguinte.
— Que situação de merda!
Se levantou jogando o celular em cima do sofá, e caminhou para um banho.
•
Tobias tinha comprado a passagem diurno, enviou para ela o comprovante de pagamento e disse que ela poderia retirar no aeroporto de New Jersey. Com a passagem em mãos, olhou a data de embarque e se programou para poder viajar.
Ela não pretendia ficar tanto tempo, porém seu irmão não estava se incomodando de mantê-la perto dele por muito tempo.
estava no avião esperando o mesmo pousar, e poder ir para a casa em Santa Mônica. Respirar novo ar, sentir a brisa do mar tocando sua pele, era o pequeno paraíso que, talvez, naquele momento fosse o certo para ela.
O táxi a deixou na frente da grande casa, e sim, o motorista a olhou para ter certeza que morava naquela casa, todos iriam olhar para ter a certeza.
esperou que o portão abrisse, depois que saiu do interfone; logo ela andou até a porta principal, deixou seu tênis no armário discreto que tinha no hall e entrou gravando um áudio.
“Meu amor, Tobias, eu estou na sua pequena casa, cadê você?”
Ela percebeu que o homem havia visualizado e escutado o áudio, porém nem tinha respondido. bufou, odiava quando seu irmão fazia aquilo.
— Senhorita , é bom revê-la, eu ouvi seu áudio, mas estava dentro da piscina.
— Ridículo. – Mostrou a língua e logo o abraçou fortemente. – Estava com saudades.
— Eu também, . Como foi a viagem?
— Tranquilo, gostei da casa, Peter Parker, conseguiu com as fotos para o J.J?
— Engraçadinha, mas quase isso. Vou te levar pro seu quarto.
— Mudou meu quarto foi?
— Sim, e fique a vontade se quiser redecorar ele.
— Tobey, não exagera, não pretendo ficar por muito tempo.
— Eu acho que devia. – Pararam em frente a um dos quartos. – Mas fica ao seu critério, você pode ficar o tempo que for preciso, pode morar aqui por um tempo, até achar um emprego e comprar uma casa por aqui mesmo, eu não vou interferir na sua vida.
— Tobey. – Não sabia o que dizer. Era irrecusável, teria como guardar o dinheiro que sobrou do seguro, depois arrumar tudo em Santa Monica, mas New Jersey...
— ? Olá! – Estalou os dedos na frente dela.
— Ah, sim, tudo bem se eu pensar?
— É claro, espero você na piscina.
sorriu e entrou em seu quarto, depois que Tobey apontou para ele. A garota não usava muito o mesmo sobrenome que seu irmão, Maguire, o motivo era bem simples: não queria que o mesmo facilitasse sua vida. Além de o homem ser famoso, ele era amigo de um dos maiores atores de Hollywood.
Vestindo o maiô ela desceu até a piscina – aquecida – e sentou na borda da mesma. Conversava com Tobey. A tranquilidade de estar ali era grande, tão grande que não se incomodou de pagar a parcela atrasada e com multa de seu apartamento.
À noite eles pediram comida e assistiram seus filmes favoritos. E seguiu essa rotina pela semana toda, além de pensar na proposta que Tobias havia feito.
•
Não tinha tédio naquela casa, e ela amava isso, entretanto, naquela tarde ela ficaria sozinha na casa gigante. Seus sobrinhos não iam para lá, Tobey tinha um programa para gravar e ela? Bom, tinha novamente vários nadas para fazer.
Sentada no sofá e comendo um pedaço de pizza da noite passada, ela escutou a porta destrancar devagar. Esperava Tobey apontar na porta, mas ficou surpresa ao ver aquele que não imaginava aparecer em uma terça-feira.
— Eu errei de casa? – Ele tirou os óculos. – Essa é a casa do Tobey Maguire, não é? – Apontou para baixo se referindo a residência.
— Não errou, é a casa dele sim. – Colocou a pizza no prato. – Você que não está se lembrando de mim.
E em um rápido estalo ele se recordou da garota e abriu um grande sorriso.
— . – Deixou as malas no canto e foi abraçá-la. – Você está diferente, mais bonita, e cresceu. – Se soltaram. – Ah não, isso é só o sofá.
estava ajoelhada no sofá, e só levantou o corpo para poder abraçá-lo.
— Engraçadinho você, não é, Leonardo DiCaprio? – Mostrou a língua. – Meu irmão não falou que você vinha para cá de mala e cuia. – Sentaram no sofá.
— E ele não falou nada que você estava aqui.
— Típico do Tobey, está ficando velho, aí a memória falha.
— E você acha que eu tenho quantos anos?
— Ops, foi mal. – Ela riu. – Quer um pedaço de pizza?
— Aceito depois, preciso saber qual quarto é o meu. – Fez menção de se levantar, porém foi puxado por .
— Eu acho que você devia esperar, ele andou fazendo algumas mudanças de quarto, o que achei meio estranho.
— Tobey não muda nada.
— Foi o que passou pela minha cabeça, mas se quiser tomar um banho usa o banheiro do quarto dele, esse foi o único que não mudou, e deixa as malas ali mesmo. – Ela alternou o olhar.
— Farei isso, em breve terá minha companhia.
— Nossa, estou super ansiosa.
sorriu de lado e a prestou atenção na programação.
Mordeu os lábios como costumava fazer para esconder o sorriso bobo que ele provocava nela. Desde que o conheceu oficialmente como o melhor amigo de seu irmão, ela percebeu que seria difícil esconder seus sentimentos pelo Leo. E ninguém sabia disso, nem mesmo Tobey, então isso era uma prova que tudo aconteceu por uma mera coincidência.
•
Com uma pequena demora de seu irmão chegar, fez um macarrão a carbonara para eles. E comeram no lado de fora da casa. Pelo tempo sem se verem, eles tinham assunto de sobra, Leo falou sobre o último filme que fez ao lado de Brad Pitt, a sensação de conseguir um Oscar, mas não de ganhar o prêmio, e sim todos os memes que foram criados em volta da situação. Entretanto, falar dela era um dos assuntos mais sem graça para , principalmente depois de dois meses.
— Seu irmão falou que você estava trabalhando em um restaurante.
— Ele falou é? Achei que ele não contasse tudo.
— Falou. – Começou a contar. – Eu me interesse pelo assunto e ele falou, mas faz um tempo.
— Eu saí de lá. – Bebeu um pouco de água. – Meu chefe me demitiu, um tremendo idiota.
— Acho que você gostava dele. – Riu.
— Nossa demais. – Entendo a brincadeira. – Mas a verdade, e que eu nem contei para o Tobey e você nem pense em fazer isso. – Viu o homem concordar, enquanto comia fartamente. – Aquele estúpido tinha a mania de se achar superior a qualquer mulher que se formasse. Ele tomou conta do restaurante depois que teve a mudança de dono e deixou que eu permanecesse como estagiária. Isso tenho certeza que você não sabia.
— Ah, não. – Ele interrompeu. – Sabia sim, Tobey me contou, ele comentou que você até tinha subido de cargo junto com uma amiga, que também era estagiária, e assim você terminou seu curso. – Ele sorriu, olhando para ela.
— Isso. – Não desviou o olhar dele, não queria cair na tentação daquele sorriso. – Com isso ele achou que podia dar em cima de mim e da minha amiga. Eu segurei a barra até o momento que ela achasse outro emprego, pois ela tem um filho para cuidar. – Respirou fundo. – Enfim, aí falei com ele, com minha pequena educação.
— Conheço bem. – Ele sustentava o olhar. – Já vejo onde chegou.
— Pois é, eu dei um tapa na cara dele quando tentou me agarrar.
— Ele o quê?!
A íris do Leo mudou no momento que sentiu a raiva tomar conta de seu corpo. Os olhos azuis claros ficaram mais intensos, e percebeu aquelas íris que lhe conquistou mudar conforme o sentimento dele surgiu.
— Está tudo bem agora. – Tentou acalmá-lo. – Agora, ele conseguiu um acordo judicial e não vai pagar tudo da indenização, mas não vou ficar correndo atrás daquele dinheiro.
— Mas está no seu direito.
— Mas dinheiro dele eu não quero, se fosse o antigo dono nem teria feito tudo isso.
Encostou-se à cadeira e puxou o celular para ver a hora e se tinha uma mensagem do seu irmão. Nada do Tobias ainda.
— E agora, as coisas estão como?
— Indo, estou há dois meses sem fazer nada, contando o dinheiro que eu tenho, para manter a casa e eu vim ficar um tempo aqui, estava no tédio. E você? – Se aproximou da mesa. – O que faz na casa do senhor Tobias?
— Estava de passagem e falei para mim mesmo: Por que não ver a ? Com isso eu vim. – Eles riram.
— É sério.
— Depois dos programas que eu gravei, resolvi passar um tempo com meu amigo, marquei com Tobey, mas acho que ele esqueceu e te convidou.
— Bom, a casa é grande, acho que cabe a família inteira do Tobey.
— Concordo.
— Queria fazer algo.
— Algo?
— Sei lá, eu estou em Santa Mônica e fiz tudo que eu fazia em New Jersey, a única diferença é a casa.
— Se eu conseguir algo, aviso.
— Conseguir como Leonardo DiCaprio ou apenas Leonardo? Tem diferença viu.
— Quando eu sair e ver um lugar, eu tiro foto e envio para você.
— O celular, por favor, ou o Tobey passou também? – Perguntou divertida.
— Não, infelizmente, senão já teria enviado mensagem. – Piscou para ela.
— Podia e devia ter pego, então. – Entregou o eletrônico. – Espero que se recorde como lavar a louça.
— Faz tanto tempo. – Disse, meio resmungando.
— Pois bem, pode lava, pois eu fiz o almoço.
— Está pronta para ser chefe.
Seguiram para dentro da casa, colocando a louça suja na pia.
— Já sou, só que não posso falar, Tobey não pode saber que estou desfrutando da casa dele.
— E da minha boa vontade.
— Quanto drama, não nega que é ator e amigo do Tobias.
— Você não deixou de chamá-lo assim?
— Não, era engraçado vê-lo irritadinho porque eu chamava você de Leo e ele pelo nome todo. – Sorriu lembrando-se dos velhos tempos.
— Não sei como vocês não discutiam ou brigavam feio.
— Também não. – Viu que ele já estava terminando de lavar. – Vamos lá fora.
— Vai entrar na piscina?
— Não, porém queria, não sei da onde Tobey tirou a ideia de fazê-la aquecida.
— Seus sobrinhos.
— Ah é, me esqueci desse detalhe. – Riu pelo nariz.
— Tobey mandou uma mensagem. – Estavam sentados em um sofá de dois lugares. Leo havia acendido a fogueira elétrica que ficava ali no centro. – Ele respondeu só agora, está voltando e disse que deixou um quarto separado para mim.
— Não vão dar festinhas enquanto eu estou aqui, né? – Abraçou as pernas e apoiou o rosto nelas, de uma forma que ainda pudesse olhar para ele.
— Vai dizer que não quer. – Sorriu divertido e virou mais para ela, ignorando a mensagem do amigo. – Alguns minutos atrás você estava reclamando do tédio, e que estava fazendo tudo o que fazia lá em New Jersey.
— Muito bem, você me pegou. – Aquelas cinco palavras, para ela era cem por cento de verdade em todos os sentidos. – Eu estou no tédio, mas vocês dois juntos em uma festa ainda...
— Fala como se tivéssemos má reputação.
— Eu conheço vocês melhor do que ninguém. – Falava com um sorriso no rosto. Soltou suas pernas e se virou para ele, admirando aquele brilho no olhar e sentindo o quentinho da lareira. – Vocês não podiam entrar numa festa, praticamente faziam de tudo, e, se deixassem, até virariam DJ.
— Sabemos aproveitar, você também gostava.
— Amava, mas aí resolvi sair de casa e morar sozinha em New Jersey.
— Seu irmão só faltou infartar quando você contou a decisão. – Viu a garota concordando. Era muito fácil dizer que um ator conseguia colocar tudo em palavras, afinal, a desenvoltura para isso era mais fácil, eles já falam olhando para a câmera mesmo, qual seria o problema deles conversar com a pessoa? – E ele. – Foi interrompido.
— Vocês não saíram, não né? – Ouviram Tobey elevar sua voz.
— Não, estamos aqui fora.
— Ah. – Apontou na porta. – Achei que ia ficar sozinho.
— Íamos só fazer o inverso. – comentou.
— Como você está? – Cumprimentou Leo. – Foi tranquilo a viagem? Preciso mostrar seu quarto.
— Bem e você? – Se soltaram do abraço. — Foi, eu deixei as malas na entrada.
— Percebi.
— É difícil guardá-las quando não se tem um quarto.
— Precisei avisar, vai que ele invadia o meu.
Tobey riu e abraçou a irmã para cumprimentar, logo em seguida fez um movimento com a mão chamando seu amigo, iria mostrar onde ele passaria os dias na casa do Maguire. ficou um pouco mais em frente a lareira mexendo no celular. A previsão mostrava que amanhã estaria um pouco mais frio e que o outono seria um pouco mais frio do que o costume.
Desligou a lareira, fechou toda porta de vidro e subiu para seu quarto. Ficou um tempo lá e depois os três se reuniram na sala para jogar truco e qualquer outro jogo de cartas, o que eles mais gostavam de fazer quando estavam reunidos.
•
Não tinha nenhuma festa planejada pelos dois, porém, para ela já tinha saído e virado a noite pela quinta vez fora de casa.
Tranquilo, ela não bebia muito, sabia se cuidar e deixava sempre avisado Leo e Tobey o lugar que ia, não porque eles pediram, era por precaução mesmo, nunca se sabe quando pode aparecer uma pessoa fora das suas faculdades mentais e causar grandes problemas – independente daqueles que fossem.
Entretanto, aquela tarde ela não saiu, ficou em seu quarto lendo o bom e velho livro de Nárnia. Duas batidas suaves vieram da porta de seu quarto, elevou sua voz dando permissão para ele entrar, mesmo sem saber quem era.
— Não vai sair hoje? – Era Tobias.
— Preguiça, está frio, por quê? – Não mentiu.
— Imaginei, vamos descer tenho uma coisa para conversar com você.
— Só comigo? – Colocou o marca páginas e fechou o mesmo.
— Não, o Leo já está lá.
— Já imagino o que vem pela frente. – Saíram do quarto. – Meu quarto vai ficar trancado.
— Eu nem falei o que era. – Sorriu para a irmã. – Você que está tomando as decisões.
— Não é verdade, eu só acho que conheço o irmão que tenho. – Chegaram à sala. – E o melhor amigo dele também.
— O que tem eu? – Virou a cabeça para trás na direção que eles vinham.
— Esse planinho aí que estão fazendo.
— Não sei de nenhum plano. – Foi sincero.
— Então vemos que apenas o Tobias fez tudo sozinho.
— O que você tem em mente? – Se ajeitou, para sentar-se ao seu lado.
— Vamos fazer uma festa.
— Aí não. – Se afundou mais ainda no sofá. Leo tinha deixado seu braço apoiando no encosto do sofá, sentiu a cabeça dela apoiando no mesmo, e apenas ajeitou para ela ficar confortável, logo, mais perto de si.
— Imagine.
— Uma festa digna, senhorita e senhor, eu coloquei tudo no papel já, e não adianta dizer que não vai rolar. – Foi uma indireta para .
— Muito bem, e você vai arcar tudo sozinho, mas quem vai entrar em contato com os convidados? – questionou.
— Já fiz isso também.
— E não avisa? Precisamos arrumar tudo, e principalmente acertar o que iremos vestir.
— Concordo com o Leo, Tobias. – Viu o irmão revirar os olhos como fazia antigamente.
— A festa vai ser semana que vem, está tudo nos conformes, eu só estou vendo como manter a casa um pouco mais aquecida sem gastar com reforma.
— Não vai precisar, eles vão beber, e vão esquecer o frio, a piscina ajuda mais ainda por ser aquecida, então nem se preocupe.
— Quem vai vim? – DiCaprio questionou.
— Alguns velhos amigos, alguns novos amigos e acho que os acompanhantes deles.
— E a ?
— O que tem eu?
— Você faz de tudo para se desvincular dessas festas e da imagem do Tobey.
— Tem problema não, eu falo que entrei de penetra na festa, caso algo aconteça. – Tirou um risada insonoro dele.
— Então, quando vamos arrumar tudo? – Perguntou Leo, depois de se recuperar rapidinho da risada, estava empolgado.
— Olha a merda acontecendo desde já.
Os três riram e logo após começaram a organizar a decoração. Na mesma semana, comprou um vestido de mangas compridas em nuance escuro. O tecido dele era macio e esquentava bem, perfeito para a noite da festa.
•
Tudo estava, ela ajudou no que podia e foi se arrumar, esperava que os seguranças que Tobey contratou pudesse controlar todos os paparazzi.
Aquele dia, ela não tinha se arrumado em casa, mas tinha deixado tudo trancado e guardado em seu quarto. Leonardo e Tobey estavam tão ocupados que não perceberam a ausência da garota.
Até chegar o horário, ficou passeando pela orla de Santa Mônica, vendo as lojinhas que havia por lá e também em uma lanchonete. Se sentiu com dezenove anos, ou mais nova ainda, quando saia escondido de seus pais falando que ia dormir na casa de uma amiga e levava suas roupas na mochila e se trocava em um restaurante ou até mesmo no shopping.
Andava com o fone no ouvido e rindo das memórias que guardava com carinho. Puxou a manga de moletom e verificou a hora em seu relógio de pulso. Estava quase na hora de começar a voltar para sua casa, quer dizer, do seu irmão. Parou na calçada e procurou um lugar onde pudesse trocar de roupa e passar sua maquiagem, foi quando viu o Burger King, mas seria tão injusto se entrasse lá e não pedisse um lanche.
Em frente a casa, ela olhou as luzes mais coloridas através da janela. A mochila estava pendurada em um de seus ombros e o salto sendo preso firmemente em seus calcanhares. Passou pelos seguranças sem medo, e eles também não a barraram. Com cautela, subiu até seu quarto tirou a chave que estava em uma correntinha no seu pescoço destrancou a porta e guardou a bolsa no cantinho. Quando saiu ela trancou a porta novamente e guardou a chave na correntinha ao se virar, precisou se segurar no batente enquanto colocava a mão sob o peito, tentando acalmar seu coração.
— Eu sou tão feio assim? – Ele indagou.
— Claro que não, não sei se tem outra pessoa nessa festa que consegue superar sua beleza. – Sorriu, com as bochechas avermelhadas.
— Vem. – Estendeu a mão para ela. – Você está perdendo a festa faz um tempo. – Percebeu que o homem estava um pouco alterado.
— Já beberam muito é? – Segurou na mão dele.
— Um pouco.
— Leo, você não me engana. Hey! Espera. – Puxou ele antes de saírem do grande corredor. – Sem mencionar meu sobrenome.
— Eu posso estar um pouquinho bêbado, mas não vou falar nada.
Leo segurou o rosto dela e colocou um beijo no canto dos lábios e depois sairam juntos. Digno de cena de filme.
Levou a garota até o clímax da festa e entregou um copo de bebida. conheceu alguns convidados que estavam ali, conversou e até mesmo dançou. Bebeu, comeu, dançou e quase se jogou na piscina, mas lá no canto da mente ela se lembrou de que estava com seu vestido novo.
mexia o corpo conforme a batida da música, cantava as poucas letras que a eletrônica da vez tocava.
Sentia-se livre, sem preocupação, na verdade, apenas preocupada na bebida para não cair. Foi assim que ela sentiu olhares para seu corpo. Discretamente ela procurou enquanto dançava. Seus olhos forem de encontro com os azuis instigantes, ele estava ali, sentado com um copo na mão, o cabelo bagunçado e os primeiros botões da camisa abertos. Ele sorriu para ela, que, automaticamente, mordeu os lábios.
Um gesto que sempre fazia, quando pensave nele. Podia estar louca, ou então bebido um pouco demais – até de mais, mas ele olhava fixamente para ela, as curvas e os movimentos que seu corpo fazia conforme a música.
Aos poucos os convidados foram indo embora, ficou sentada novamente no mesmo sofá em frente a lareira, o copo estava apoiado na mesinha ao lado, enquanto ela olhava para cima. Já tinha tomado mais que o normal do que tomava nas festas que ia e, logicamente, só fez aquilo pois estava em casa mesmo.
— Está tudo bem? – Leonardo sentou ao lado dela.
— Bebi demais. – Sorriu. – E foi a primeira vez.
— Estou percebendo. – Riu. – Quase todos, ou melhor, todos os convidados já foram, acho que essa festa vai ficar marcada nos sites.
— Uhum, eu vou pro meu quarto. – Se levantou, entretanto perdeu o equilíbrio sem ao menos dar um passo e quase que caiu no chão.
— Acho melhor eu te ajudar. – A segurava e tentava não rir do quase tombo.
— Também acho. – Se segurou na blusa dele e olhou para os olhos azuis, seu mar particular. – Posso confessar uma coisa? – Ele assentiu. – Você é muito lindo, é uma pena. Eu beijaria você até cansar. É isto. – O que era uma pena? Onde isso se encaixava? O diálogo estava um tanto bagunçado, porém a última frase fez o coração do ator bater rápido demais.
Deixou seu peso praticamente cair sobre o corpo de Leonardoe foi guiada por ele até seu quarto. Leo destrancou a porta depois de pegar a chave com ela e a colocou com cuidado na cama, se ajeitou entre os travesseiros e deitou na cama.
— Como está se sentindo?
— Cansada, com frio, e exausta por causa do salto, tirando o fato de estar bêbada. – Sorria, o efeito do álcool ainda estava em seu corpo.
— Fica aqui, eu já volto.
— E mais eu iria? – O fez rir, enquanto caminhava até a porta. – Para o Burger King. – Tentou se levantar.
— Ele vem até você, fica ai na cama.
Ele foi rápido até, tinha feito um café na máquina expressa e colocado na caneca para ela e pegou um comprimido. Subiu e a encontrou ajeitando o cobertor.
— Para você.
— Obrigada.
— O remédio também.
— Meu irmão que não me veja assim.
— Ele está pior que você. – Sentou e apoiou a mão na cama. – Deixei ele lá na sala, só coloquei coberta para ele, mas não vou levá-lo até o quarto.
— Sei que ele não faria o mesmo por você, eu não vou lembrar de nada amanhã, não é?
— A probabilidade é grande. – E isso clareou seus pensamentos. – Dorme que amanhã você acorda melhor.
— Obrigada. – Aconchegou-se no travesseiro e na coberta.
— Não precisa agradecer. – Deitou ao lado dela. Ficou pouco tempo, até ter a certeza que ela estava quase dormindo. – ?
Ela resmungou e olhou para ele. Estavam pouco centímetros de distância, podiam sentir o perfume que ainda estava em suas roupas.
— Está acordada?
— Um pouco.
— Quero te contar uma coisa. – Se virou para ela. – É estranho, dizer assim e saber que você pode nem se quer lembrar amanhã, mas ,, – Acariciava o rosto dela. – eu te amo. – E beijou os lábios dela sem muitos movimentos.
A respiração dela estava devagar, a garota tinha caído no sono enquanto estava recebendo uma pequena declaração de amor. Leonardo levantou devagar da cama para não acordá-la, tirou o salto dela e a cobriu melhor. Com um beijo na testa ele se despediu dela naquela madrugada e a deixou dormir tranquilamente.
Em seu quarto, não sabia se torcia para que ela tivesse entendido todas as palavras ou se não tivesse entendido. Porém sentia um alívio em seu coração.
•
Naquele dia frio, o sol resolveu nascer para aquecer Santa Mônica. Tobey estava ainda deitado no sofá dormindo como se fosse a Bela Adormecida, Leonardo já tinha ido a academia da casa, tomado um banho, preparado um café forte para ele.
Enquanto ele tomava o café olhava ao redor, ainda tinha alguns copos da festa de ontem a noite e se lembrou de . Deixou seu café em cima da bancada e preparou um para ela, esquentou o pão com queijo, o favorito dela, e coloco em uma bandeja.
estava sentada na cama com as pernas cruzadas, mexendo no celular e com o cobertor protegendo do frio, tinha acabado de sair do banheiro e feito sua higiene matinal. Seu vestido amassado, o cabelo preso em um coque frouxo era o sinônimo de um bom sono depois de tantas bebidas.
— Posso entrar ou estou falando sozinho?
— Não está. – Bloqueou o celular. – Pode entrar, Leo.
— Achei que estaria dormindo ainda.
— Não, acordei com o despertador, mas estou melhor. – Se referiu a noite passada.
— Espero que goste. – Entregou o café da manhã.
— Você não existe. – Deu um beijo na bochecha do homem. – Eu falei algo estranho ontem? – Deu um gole sutil no café.
— Não, só que eu sou bonito. – Viu as bochechas dela corarem.
— Meu Deus, não tenho onde me enfiar. – Riu.
— Você não se lembra de mais nada?
— Não, só que do nada você apareceu no meu quarto e depois foi embora.
— Ah sim. – Fingiu mexer no celular. Entretanto, não percebeu que a garota colocou a bandeja longe deles e se aproximou do ator. Ele desviou seu olhar ao perceber a garota perto de si.
— E disso. – Ela o beijou calmamente e com um leve gosto de café expresso.
Leo a segurou pela cintura puxando para mais perto de seu corpo, intensificando mais o beijo. Ela segurava na camisa dele, enquanto parava o beijo devagar. Por um momento, eles ficaram se encarando, decorando cada modesto traço dos rostos, como se nunca mais fosse sem ver.
— Por que demorou tanto para falar que me ama?
— Por quê? Talvez fosse nossas idades ou a forma que tudo aconteceu entre nós três, ou até mesmo você ser irmã do meu melhor amigo, apesar disso eu sempre amei você e te amar tão forte foi o motivo de nenhuns dos meus relacionamentos terem dado certo, eu sempre imaginei você, coloquei você no lugar delas, e só fui dar conta desse amor quando você deixou de se comunicar comigo, quando eu vi que você já estava longe de mim.
— Talvez esse seja o mesmo motivo de eu nunca conseguir manter um namoro nos três estágios. – Sorriu acanhada. – Porque eu fui muito besta e me apaixonei pelo melhor amigo do meu irmão.
— Eu confesso que não vejo nenhum motivo de não tentarmos agora. – Acariciava o rosto dela.
— Acha que conseguimos esconder da mídia por enquanto?
— Do jeito que você quiser. – Selou seus lábios. – Eu conto primeiro para seu irmão, ou quer fazer isso?
— Mesmo eu sendo meia irmã dele. – Riu. – Eu conto, não tem problema, e eu mando uma mensagem caso ele queira te matar. – Fez o homem rir.
— Agradeço pela colaboração, agora você tem que terminar seu café.
— Até me esqueci.
Naquele mesmo dia, depois que arrumaram tudo, Tobey estava um pouco melhor da ressaca da noite passada. entrou no quarto dele já que a porta estava entreaberta e viu o irmão jogando com o amigo. Sentou do lado de Tobey, e esperou Leo sair do quarto com uma desculpa esfarrapada.
— Não cansa de jogar Mortal Kombat?
— Não, o jogo é muito bom.
— Prefiro o GTA, posso falar com você?
— Pode. – Colocou o dualshock ao lado dele e virou para a irmã. – Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu, mas você tem que manter a calma.
— Foi ontem? Tentaram algo com você?
— Não, se acalma. – Segurou o braço do irmão fazendo um carinho sutil. – Não foi exatamente ontem, foi hoje.
— Então conte, pare de rodeio.
— Eu e o Leonardo. – Tobey estranhou, ela nunca chamava seu amigo pelo o nome. – Estamos nos conhecendo melhor, melhor mesmo. Na verdade, estamos namorando, até porque a gente assumiu nossos sentimentos um ao outro.
— Calma ae! – Estava piscando várias vezes. – Deixa eu recapitular, você e meu melhor amigo estão juntos?
— Sim.
— E como eu nunca percebi que vocês dois se gostavam?
— Porque a gente nunca demonstrou isso em público. – Ela falou tão óbvio. – E claramente que não ia deixar na minha testa que eu amo o Leo e vice-versa.
— Acho que você quer uma autorização algo do tipo.
— Na verdade eu só queria que você fosse o primeiro a saber, não vejo o porque de ser o último ou quando vazar para a mídia. E você é meu irmão, eu conto tudo para você, literalmente tudo, não existe um segredo entre nós.
— Quase tudo. – A garota abriu a boca fazendo um “o” perfeito. – Você não falou que gostava do Leonardo DiCaprio.
— É, você está certo, mas fora isso sempre contei tudo.
— Tudo bem, eu vou conversar com ele. – Levantou.
— Vai matá-lo?
— Preocupada? – Mudou sua expressão para maldoso, apenas para brincar com a irmã.
— Um pouco. – Ela sabia que ele estava brincando. – Mas fiquei de avisá-lo.
— Não tem como avisar, afinal eu sou o Homem Aranha.
— Ah não, mas que merda de fala, Peter Parker.
Os dois riram e Tobias deixou a irmã em seu quarto. Tobey passou no quarto de Leonardo e ele não estava lá, procurou pela casa toda, ou quase, e o encontrou sentado no jardim da casa. O amigo o viu e acenou para Leo.
— Posso falar com você ou está ocupado? – Tobias sentou ao lado dele.
— Pode falar.
— Desde quando você gosta da minha irmã?
— Não tem um desde, eu sei que a amo, só não sei o tempo certo.
— E por que nunca contou? Você não confia em mim?
— E você ia achar que eu estava louco, Tobey. – Colocou a mão no ombro do amigo. – Eu sou mais velho que ela, é vinte anos de diferença, talvez você achasse estranho se eu falasse que sua irmã com dezessete anos é bonita e que tenho vontade de beijá-la.
Errado ele não estava.
— Não estou bravo, vocês dois são maiores de idade, mas mesmo sendo maior de idade e meu melhor amigo, se você machucar o coração dela eu deixo essa sua carinha de galã – Deu uns tapinhas de leve. – de Hollywood toda vermelha.
— Isso não vai acontecer, nem em meus sonhos.
não tinha escutado aquela conversa, mas não precisava para saber que Tobey só queria saber o motivo da falta da confiança de Leonardo nele.
•
Com tudo em ordem em Santa Mônica, os três permaneceram na calmaria da casa do Tobey. Ele não se incomodou com o romance de sua irmã e amigo, pelo contrario, fazia tempo que não via os dois realmente felizes.
Enquanto Leo estava na academia – da casa – Tobey preparava uma receita de família junto de sua irmã, para o almoço. E ele pensou em uma pequena ideia, talvez boba mas era muito boa, melhor do que a primeira, para o ator.
— ? – A chamou.
— Sim, Tobey.
— Por que você não abre um restaurante aqui?
— Na sua casa? – Zoou.
— Caramba, garota! Você é lerda?
— Vemos que está de TPM o bonito. – Mexia o molho caseiro com um sorriso divertido. – Tobey, eu falei brincando.
— Me desculpa não vi, estava cortando o alho.
— Perdoado, maninho. Voltando ao assunto, aqui perto ou aqui em Santa Mônica?
— O local você escolhe, mas em Santa Mônica, seria uma boa. – Eles pararem de fazer suas tarefas e olharam um para o outro. – Você precisa recomeçar do zero, e talvez não seja em New Jersey o lugar ideal, você se sente tão bem aqui, conhece tudo aqui.
— Errado não está, mas será que daria certo? – Apoiou-se na ilha. – Abrir um restaurante aqui, em um lugar bem sucedido.
— A pessoa mais bem sucedida que eu conheço com medo de abrir o próprio sonho?
— Não é medo, é analisar todos os pontos, e eu nem tenho dinheiro para isso.
— Eu tenho.
— Ah não, Tobey, não começa.
— Me escuta, . – Segurou a mão dela, a evitando sair da ilha. – Você me paga depois, você escolhe tudo, até os maiores e menores preços, depois você me paga como sempre fez.
Suspirou pesado, era uma proposta tão boa, e novamente ele estava fazendo ela ficar em dúvida com tudo.
— O apartamento é alugado?
— Negativo.
— Coloca ele para alugar e você terá mais uma renda, assim tudo fica mais fácil, você mora comigo até estabilizar tudo. Não é permanente, .
— Eu odeio quando você tem boas ideias! – O abraçou pelo pescoço. – Só não faz mais ideias boas, por favor.
— Não vou, não vou.
Ela terminou o almoço mais feliz que antes.
Sentaram-se a mesa, e comeram, contou tudo para Leo, junto de Tobey, parecendo uma dupla do mal contando seu segredo para dominar o mundo, mas, na verdade, era só para realizar o sonho da chefe . Ah claro, DiCaprio se apaixonou pela ideia, teria perto de si, não tão perto mas teria.
Seis meses depois.
tocava o restaurante tão feliz que era impossível não dizer que o local ia perfeitamente. Ela colocou todo amor pela gastronomia e ainda criou dois pratos em homenagem a Tobey e Leo. A mídia, desconfiava que havia um novo affair na vida de Dicaprio, porém ainda estava difícil de saber quem era.
— Chefe. – Uma das garçonetes a chamou.
— Sim, Anne? – Perguntou calmamente.
— Tem um homem lá fora, disse que quer conversar com a chefe do restaurante.
— Deu problema em algum prato?
— É melhor a senhorita ver.
saiu fervendo de preocupação, deixando o prato que estava preparando sob os cuidados de sua amiga, a mesma que ela ajudou no último emprego. Os olhos que demonstravam preocupação agora estavam surpresos, não havia nenhum problema, a verdade o problema podia ser traduzido para solução.
Leonardo DiCaprio, vulgo seu amor todinho, estava no meio do salão ou quase no meio, segurando um buquê de flores do campo e com uma roupa casual. Ele tirou o óculos e colocou pendurada na blusa azul escuro.
— Boa tarde, o que o senhor deseja? – Ela questionou ao Leo.
— Entregar esse buquê para a chefe mais incrível que eu conheço. – Vi ela sorrir timidamente. E entregou.
— Agradecida.
— E também. – Eles tinham a atenção de todos do restaurante, até dos funcionários da cozinha, que tinham abaixado, ou então, desligado o fogo. – Fazer um pedido especial.
— Pode fazer.
— Seu irmão está ali. – Falou sussurrando e apontando para uma mesa a esquerda dele. Tobey acenou sutilmente sem levantar muitos alarmes. – O pedido é simples, mas é definitivo, depois disso só vão faltar duas partes do estágios. – E então ela compreendeu. – West, você aceita ser minha namorada? – E vários cochichos podia ser escutado pelo restaurante todo.
— Parece que eu comi um pote de flocos todinho. – Era o doce favorito dela, e que sempre a deixava feliz independente do momento. – O pedido realmente é simples, mas eu aceito com todo amor que eu tenho por você, Leo.
Aquele sorriso que a cativou no primeiro momento, foi desenhado rapidamente nos lábios de Leonardo. Ele a abraçou e a beijou, intensamente e perdidamente apaixonado.
Agora só faltavam duas partes do estágio: noiva e casar.
Não era fácil se formar em gastronomia e tentar seguir a carreira. Ela sabia disso, sabia desde que conversou sobre a profissão com seu irmão mais velho, ou melhor, um deles, afinal, tinha quatro irmãos, sendo assim conversou com o único que a apoiou na escolha de vez, escolher um caminho diferente da sua personalidade e desejo.
Com aquele cansaço e um convite de ir até a casa de seu irmão, ela ficou a pensar. Estava com saudades dos seus dezenove anos, em que, curtia com os amigos e às vezes com seu irmão – quando ele tinha tempo, os “lugares perfeitos” que iam com frequência. Mas não tinha saudades de ficar na mesma casa com seu pai e sua mãe, as brigas frequentes, os xingamentos frequentes a fez escolher a vida que levava agora aos vinte e cinco.
Na conversa com seu irmão, ela explicou tudo a ele, e estava esperando uma resposta do senhor Tobias que estava bastante ocupado para poder responder a irmã.
“Perdoado, eu estava fazendo vários nadas.”
“Eu quero redimir essa ausência.”
“Dramático você, Tobias! LOL.”
“Eu tento ser um bom ator, mas, continuando, venha aqui em casa, as crianças já voltaram a ficar com Jenny e você pode ficar a vontade aqui.”
“Esse a vontade seria fazer o que eu quiser?”
“Sim, vai vim?”
“O que você não me pede sorrindo que eu não faço voando?”
“Está errado o ditado.”
“Não mais, eu mudei para fazer sentido.”
“Tem dinheiro para a passagem?”
“Eu vou de carro.”
“Não mesmo, vai ficar parando em hotel, vai gastar dinheiro, vai abastecer o carro, vai gastar dinheiro, então, no fim, não adiantou nada, eu pago para você.”
“Tobias, você sabe o que acho a respeito disso.”
“Eu sei, mas sou o mais velho dessa conversa, não discuta, compro no seu nome, e envio para sua casa ou algo do tipo.”
“Ok, ok, nos vemos em breve então.”
“Até breve, maninha.”
Ela sorriu. Um sorriso espontâneo, que mostrava que todos os seus problemas tinham sumido por aqueles minutos que conversou com o homem, e, depois que bloqueou o celular, sentiu todos os problemas voltarem novamente e junto a notificação que a taxa mensal do apartamento estava para vencer no dia seguinte.
— Que situação de merda!
Se levantou jogando o celular em cima do sofá, e caminhou para um banho.
Tobias tinha comprado a passagem diurno, enviou para ela o comprovante de pagamento e disse que ela poderia retirar no aeroporto de New Jersey. Com a passagem em mãos, olhou a data de embarque e se programou para poder viajar.
Ela não pretendia ficar tanto tempo, porém seu irmão não estava se incomodando de mantê-la perto dele por muito tempo.
estava no avião esperando o mesmo pousar, e poder ir para a casa em Santa Mônica. Respirar novo ar, sentir a brisa do mar tocando sua pele, era o pequeno paraíso que, talvez, naquele momento fosse o certo para ela.
O táxi a deixou na frente da grande casa, e sim, o motorista a olhou para ter certeza que morava naquela casa, todos iriam olhar para ter a certeza.
esperou que o portão abrisse, depois que saiu do interfone; logo ela andou até a porta principal, deixou seu tênis no armário discreto que tinha no hall e entrou gravando um áudio.
“Meu amor, Tobias, eu estou na sua pequena casa, cadê você?”
Ela percebeu que o homem havia visualizado e escutado o áudio, porém nem tinha respondido. bufou, odiava quando seu irmão fazia aquilo.
— Senhorita , é bom revê-la, eu ouvi seu áudio, mas estava dentro da piscina.
— Ridículo. – Mostrou a língua e logo o abraçou fortemente. – Estava com saudades.
— Eu também, . Como foi a viagem?
— Tranquilo, gostei da casa, Peter Parker, conseguiu com as fotos para o J.J?
— Engraçadinha, mas quase isso. Vou te levar pro seu quarto.
— Mudou meu quarto foi?
— Sim, e fique a vontade se quiser redecorar ele.
— Tobey, não exagera, não pretendo ficar por muito tempo.
— Eu acho que devia. – Pararam em frente a um dos quartos. – Mas fica ao seu critério, você pode ficar o tempo que for preciso, pode morar aqui por um tempo, até achar um emprego e comprar uma casa por aqui mesmo, eu não vou interferir na sua vida.
— Tobey. – Não sabia o que dizer. Era irrecusável, teria como guardar o dinheiro que sobrou do seguro, depois arrumar tudo em Santa Monica, mas New Jersey...
— ? Olá! – Estalou os dedos na frente dela.
— Ah, sim, tudo bem se eu pensar?
— É claro, espero você na piscina.
sorriu e entrou em seu quarto, depois que Tobey apontou para ele. A garota não usava muito o mesmo sobrenome que seu irmão, Maguire, o motivo era bem simples: não queria que o mesmo facilitasse sua vida. Além de o homem ser famoso, ele era amigo de um dos maiores atores de Hollywood.
Vestindo o maiô ela desceu até a piscina – aquecida – e sentou na borda da mesma. Conversava com Tobey. A tranquilidade de estar ali era grande, tão grande que não se incomodou de pagar a parcela atrasada e com multa de seu apartamento.
À noite eles pediram comida e assistiram seus filmes favoritos. E seguiu essa rotina pela semana toda, além de pensar na proposta que Tobias havia feito.
Não tinha tédio naquela casa, e ela amava isso, entretanto, naquela tarde ela ficaria sozinha na casa gigante. Seus sobrinhos não iam para lá, Tobey tinha um programa para gravar e ela? Bom, tinha novamente vários nadas para fazer.
Sentada no sofá e comendo um pedaço de pizza da noite passada, ela escutou a porta destrancar devagar. Esperava Tobey apontar na porta, mas ficou surpresa ao ver aquele que não imaginava aparecer em uma terça-feira.
— Eu errei de casa? – Ele tirou os óculos. – Essa é a casa do Tobey Maguire, não é? – Apontou para baixo se referindo a residência.
— Não errou, é a casa dele sim. – Colocou a pizza no prato. – Você que não está se lembrando de mim.
E em um rápido estalo ele se recordou da garota e abriu um grande sorriso.
— . – Deixou as malas no canto e foi abraçá-la. – Você está diferente, mais bonita, e cresceu. – Se soltaram. – Ah não, isso é só o sofá.
estava ajoelhada no sofá, e só levantou o corpo para poder abraçá-lo.
— Engraçadinho você, não é, Leonardo DiCaprio? – Mostrou a língua. – Meu irmão não falou que você vinha para cá de mala e cuia. – Sentaram no sofá.
— E ele não falou nada que você estava aqui.
— Típico do Tobey, está ficando velho, aí a memória falha.
— E você acha que eu tenho quantos anos?
— Ops, foi mal. – Ela riu. – Quer um pedaço de pizza?
— Aceito depois, preciso saber qual quarto é o meu. – Fez menção de se levantar, porém foi puxado por .
— Eu acho que você devia esperar, ele andou fazendo algumas mudanças de quarto, o que achei meio estranho.
— Tobey não muda nada.
— Foi o que passou pela minha cabeça, mas se quiser tomar um banho usa o banheiro do quarto dele, esse foi o único que não mudou, e deixa as malas ali mesmo. – Ela alternou o olhar.
— Farei isso, em breve terá minha companhia.
— Nossa, estou super ansiosa.
sorriu de lado e a prestou atenção na programação.
Mordeu os lábios como costumava fazer para esconder o sorriso bobo que ele provocava nela. Desde que o conheceu oficialmente como o melhor amigo de seu irmão, ela percebeu que seria difícil esconder seus sentimentos pelo Leo. E ninguém sabia disso, nem mesmo Tobey, então isso era uma prova que tudo aconteceu por uma mera coincidência.
Com uma pequena demora de seu irmão chegar, fez um macarrão a carbonara para eles. E comeram no lado de fora da casa. Pelo tempo sem se verem, eles tinham assunto de sobra, Leo falou sobre o último filme que fez ao lado de Brad Pitt, a sensação de conseguir um Oscar, mas não de ganhar o prêmio, e sim todos os memes que foram criados em volta da situação. Entretanto, falar dela era um dos assuntos mais sem graça para , principalmente depois de dois meses.
— Seu irmão falou que você estava trabalhando em um restaurante.
— Ele falou é? Achei que ele não contasse tudo.
— Falou. – Começou a contar. – Eu me interesse pelo assunto e ele falou, mas faz um tempo.
— Eu saí de lá. – Bebeu um pouco de água. – Meu chefe me demitiu, um tremendo idiota.
— Acho que você gostava dele. – Riu.
— Nossa demais. – Entendo a brincadeira. – Mas a verdade, e que eu nem contei para o Tobey e você nem pense em fazer isso. – Viu o homem concordar, enquanto comia fartamente. – Aquele estúpido tinha a mania de se achar superior a qualquer mulher que se formasse. Ele tomou conta do restaurante depois que teve a mudança de dono e deixou que eu permanecesse como estagiária. Isso tenho certeza que você não sabia.
— Ah, não. – Ele interrompeu. – Sabia sim, Tobey me contou, ele comentou que você até tinha subido de cargo junto com uma amiga, que também era estagiária, e assim você terminou seu curso. – Ele sorriu, olhando para ela.
— Isso. – Não desviou o olhar dele, não queria cair na tentação daquele sorriso. – Com isso ele achou que podia dar em cima de mim e da minha amiga. Eu segurei a barra até o momento que ela achasse outro emprego, pois ela tem um filho para cuidar. – Respirou fundo. – Enfim, aí falei com ele, com minha pequena educação.
— Conheço bem. – Ele sustentava o olhar. – Já vejo onde chegou.
— Pois é, eu dei um tapa na cara dele quando tentou me agarrar.
— Ele o quê?!
A íris do Leo mudou no momento que sentiu a raiva tomar conta de seu corpo. Os olhos azuis claros ficaram mais intensos, e percebeu aquelas íris que lhe conquistou mudar conforme o sentimento dele surgiu.
— Está tudo bem agora. – Tentou acalmá-lo. – Agora, ele conseguiu um acordo judicial e não vai pagar tudo da indenização, mas não vou ficar correndo atrás daquele dinheiro.
— Mas está no seu direito.
— Mas dinheiro dele eu não quero, se fosse o antigo dono nem teria feito tudo isso.
Encostou-se à cadeira e puxou o celular para ver a hora e se tinha uma mensagem do seu irmão. Nada do Tobias ainda.
— E agora, as coisas estão como?
— Indo, estou há dois meses sem fazer nada, contando o dinheiro que eu tenho, para manter a casa e eu vim ficar um tempo aqui, estava no tédio. E você? – Se aproximou da mesa. – O que faz na casa do senhor Tobias?
— Estava de passagem e falei para mim mesmo: Por que não ver a ? Com isso eu vim. – Eles riram.
— É sério.
— Depois dos programas que eu gravei, resolvi passar um tempo com meu amigo, marquei com Tobey, mas acho que ele esqueceu e te convidou.
— Bom, a casa é grande, acho que cabe a família inteira do Tobey.
— Concordo.
— Queria fazer algo.
— Algo?
— Sei lá, eu estou em Santa Mônica e fiz tudo que eu fazia em New Jersey, a única diferença é a casa.
— Se eu conseguir algo, aviso.
— Conseguir como Leonardo DiCaprio ou apenas Leonardo? Tem diferença viu.
— Quando eu sair e ver um lugar, eu tiro foto e envio para você.
— O celular, por favor, ou o Tobey passou também? – Perguntou divertida.
— Não, infelizmente, senão já teria enviado mensagem. – Piscou para ela.
— Podia e devia ter pego, então. – Entregou o eletrônico. – Espero que se recorde como lavar a louça.
— Faz tanto tempo. – Disse, meio resmungando.
— Pois bem, pode lava, pois eu fiz o almoço.
— Está pronta para ser chefe.
Seguiram para dentro da casa, colocando a louça suja na pia.
— Já sou, só que não posso falar, Tobey não pode saber que estou desfrutando da casa dele.
— E da minha boa vontade.
— Quanto drama, não nega que é ator e amigo do Tobias.
— Você não deixou de chamá-lo assim?
— Não, era engraçado vê-lo irritadinho porque eu chamava você de Leo e ele pelo nome todo. – Sorriu lembrando-se dos velhos tempos.
— Não sei como vocês não discutiam ou brigavam feio.
— Também não. – Viu que ele já estava terminando de lavar. – Vamos lá fora.
— Vai entrar na piscina?
— Não, porém queria, não sei da onde Tobey tirou a ideia de fazê-la aquecida.
— Seus sobrinhos.
— Ah é, me esqueci desse detalhe. – Riu pelo nariz.
— Tobey mandou uma mensagem. – Estavam sentados em um sofá de dois lugares. Leo havia acendido a fogueira elétrica que ficava ali no centro. – Ele respondeu só agora, está voltando e disse que deixou um quarto separado para mim.
— Não vão dar festinhas enquanto eu estou aqui, né? – Abraçou as pernas e apoiou o rosto nelas, de uma forma que ainda pudesse olhar para ele.
— Vai dizer que não quer. – Sorriu divertido e virou mais para ela, ignorando a mensagem do amigo. – Alguns minutos atrás você estava reclamando do tédio, e que estava fazendo tudo o que fazia lá em New Jersey.
— Muito bem, você me pegou. – Aquelas cinco palavras, para ela era cem por cento de verdade em todos os sentidos. – Eu estou no tédio, mas vocês dois juntos em uma festa ainda...
— Fala como se tivéssemos má reputação.
— Eu conheço vocês melhor do que ninguém. – Falava com um sorriso no rosto. Soltou suas pernas e se virou para ele, admirando aquele brilho no olhar e sentindo o quentinho da lareira. – Vocês não podiam entrar numa festa, praticamente faziam de tudo, e, se deixassem, até virariam DJ.
— Sabemos aproveitar, você também gostava.
— Amava, mas aí resolvi sair de casa e morar sozinha em New Jersey.
— Seu irmão só faltou infartar quando você contou a decisão. – Viu a garota concordando. Era muito fácil dizer que um ator conseguia colocar tudo em palavras, afinal, a desenvoltura para isso era mais fácil, eles já falam olhando para a câmera mesmo, qual seria o problema deles conversar com a pessoa? – E ele. – Foi interrompido.
— Vocês não saíram, não né? – Ouviram Tobey elevar sua voz.
— Não, estamos aqui fora.
— Ah. – Apontou na porta. – Achei que ia ficar sozinho.
— Íamos só fazer o inverso. – comentou.
— Como você está? – Cumprimentou Leo. – Foi tranquilo a viagem? Preciso mostrar seu quarto.
— Bem e você? – Se soltaram do abraço. — Foi, eu deixei as malas na entrada.
— Percebi.
— É difícil guardá-las quando não se tem um quarto.
— Precisei avisar, vai que ele invadia o meu.
Tobey riu e abraçou a irmã para cumprimentar, logo em seguida fez um movimento com a mão chamando seu amigo, iria mostrar onde ele passaria os dias na casa do Maguire. ficou um pouco mais em frente a lareira mexendo no celular. A previsão mostrava que amanhã estaria um pouco mais frio e que o outono seria um pouco mais frio do que o costume.
Desligou a lareira, fechou toda porta de vidro e subiu para seu quarto. Ficou um tempo lá e depois os três se reuniram na sala para jogar truco e qualquer outro jogo de cartas, o que eles mais gostavam de fazer quando estavam reunidos.
Não tinha nenhuma festa planejada pelos dois, porém, para ela já tinha saído e virado a noite pela quinta vez fora de casa.
Tranquilo, ela não bebia muito, sabia se cuidar e deixava sempre avisado Leo e Tobey o lugar que ia, não porque eles pediram, era por precaução mesmo, nunca se sabe quando pode aparecer uma pessoa fora das suas faculdades mentais e causar grandes problemas – independente daqueles que fossem.
Entretanto, aquela tarde ela não saiu, ficou em seu quarto lendo o bom e velho livro de Nárnia. Duas batidas suaves vieram da porta de seu quarto, elevou sua voz dando permissão para ele entrar, mesmo sem saber quem era.
— Não vai sair hoje? – Era Tobias.
— Preguiça, está frio, por quê? – Não mentiu.
— Imaginei, vamos descer tenho uma coisa para conversar com você.
— Só comigo? – Colocou o marca páginas e fechou o mesmo.
— Não, o Leo já está lá.
— Já imagino o que vem pela frente. – Saíram do quarto. – Meu quarto vai ficar trancado.
— Eu nem falei o que era. – Sorriu para a irmã. – Você que está tomando as decisões.
— Não é verdade, eu só acho que conheço o irmão que tenho. – Chegaram à sala. – E o melhor amigo dele também.
— O que tem eu? – Virou a cabeça para trás na direção que eles vinham.
— Esse planinho aí que estão fazendo.
— Não sei de nenhum plano. – Foi sincero.
— Então vemos que apenas o Tobias fez tudo sozinho.
— O que você tem em mente? – Se ajeitou, para sentar-se ao seu lado.
— Vamos fazer uma festa.
— Aí não. – Se afundou mais ainda no sofá. Leo tinha deixado seu braço apoiando no encosto do sofá, sentiu a cabeça dela apoiando no mesmo, e apenas ajeitou para ela ficar confortável, logo, mais perto de si.
— Imagine.
— Uma festa digna, senhorita e senhor, eu coloquei tudo no papel já, e não adianta dizer que não vai rolar. – Foi uma indireta para .
— Muito bem, e você vai arcar tudo sozinho, mas quem vai entrar em contato com os convidados? – questionou.
— Já fiz isso também.
— E não avisa? Precisamos arrumar tudo, e principalmente acertar o que iremos vestir.
— Concordo com o Leo, Tobias. – Viu o irmão revirar os olhos como fazia antigamente.
— A festa vai ser semana que vem, está tudo nos conformes, eu só estou vendo como manter a casa um pouco mais aquecida sem gastar com reforma.
— Não vai precisar, eles vão beber, e vão esquecer o frio, a piscina ajuda mais ainda por ser aquecida, então nem se preocupe.
— Quem vai vim? – DiCaprio questionou.
— Alguns velhos amigos, alguns novos amigos e acho que os acompanhantes deles.
— E a ?
— O que tem eu?
— Você faz de tudo para se desvincular dessas festas e da imagem do Tobey.
— Tem problema não, eu falo que entrei de penetra na festa, caso algo aconteça. – Tirou um risada insonoro dele.
— Então, quando vamos arrumar tudo? – Perguntou Leo, depois de se recuperar rapidinho da risada, estava empolgado.
— Olha a merda acontecendo desde já.
Os três riram e logo após começaram a organizar a decoração. Na mesma semana, comprou um vestido de mangas compridas em nuance escuro. O tecido dele era macio e esquentava bem, perfeito para a noite da festa.
Tudo estava, ela ajudou no que podia e foi se arrumar, esperava que os seguranças que Tobey contratou pudesse controlar todos os paparazzi.
Aquele dia, ela não tinha se arrumado em casa, mas tinha deixado tudo trancado e guardado em seu quarto. Leonardo e Tobey estavam tão ocupados que não perceberam a ausência da garota.
Até chegar o horário, ficou passeando pela orla de Santa Mônica, vendo as lojinhas que havia por lá e também em uma lanchonete. Se sentiu com dezenove anos, ou mais nova ainda, quando saia escondido de seus pais falando que ia dormir na casa de uma amiga e levava suas roupas na mochila e se trocava em um restaurante ou até mesmo no shopping.
Andava com o fone no ouvido e rindo das memórias que guardava com carinho. Puxou a manga de moletom e verificou a hora em seu relógio de pulso. Estava quase na hora de começar a voltar para sua casa, quer dizer, do seu irmão. Parou na calçada e procurou um lugar onde pudesse trocar de roupa e passar sua maquiagem, foi quando viu o Burger King, mas seria tão injusto se entrasse lá e não pedisse um lanche.
Em frente a casa, ela olhou as luzes mais coloridas através da janela. A mochila estava pendurada em um de seus ombros e o salto sendo preso firmemente em seus calcanhares. Passou pelos seguranças sem medo, e eles também não a barraram. Com cautela, subiu até seu quarto tirou a chave que estava em uma correntinha no seu pescoço destrancou a porta e guardou a bolsa no cantinho. Quando saiu ela trancou a porta novamente e guardou a chave na correntinha ao se virar, precisou se segurar no batente enquanto colocava a mão sob o peito, tentando acalmar seu coração.
— Eu sou tão feio assim? – Ele indagou.
— Claro que não, não sei se tem outra pessoa nessa festa que consegue superar sua beleza. – Sorriu, com as bochechas avermelhadas.
— Vem. – Estendeu a mão para ela. – Você está perdendo a festa faz um tempo. – Percebeu que o homem estava um pouco alterado.
— Já beberam muito é? – Segurou na mão dele.
— Um pouco.
— Leo, você não me engana. Hey! Espera. – Puxou ele antes de saírem do grande corredor. – Sem mencionar meu sobrenome.
— Eu posso estar um pouquinho bêbado, mas não vou falar nada.
Leo segurou o rosto dela e colocou um beijo no canto dos lábios e depois sairam juntos. Digno de cena de filme.
Levou a garota até o clímax da festa e entregou um copo de bebida. conheceu alguns convidados que estavam ali, conversou e até mesmo dançou. Bebeu, comeu, dançou e quase se jogou na piscina, mas lá no canto da mente ela se lembrou de que estava com seu vestido novo.
mexia o corpo conforme a batida da música, cantava as poucas letras que a eletrônica da vez tocava.
Sentia-se livre, sem preocupação, na verdade, apenas preocupada na bebida para não cair. Foi assim que ela sentiu olhares para seu corpo. Discretamente ela procurou enquanto dançava. Seus olhos forem de encontro com os azuis instigantes, ele estava ali, sentado com um copo na mão, o cabelo bagunçado e os primeiros botões da camisa abertos. Ele sorriu para ela, que, automaticamente, mordeu os lábios.
Um gesto que sempre fazia, quando pensave nele. Podia estar louca, ou então bebido um pouco demais – até de mais, mas ele olhava fixamente para ela, as curvas e os movimentos que seu corpo fazia conforme a música.
Aos poucos os convidados foram indo embora, ficou sentada novamente no mesmo sofá em frente a lareira, o copo estava apoiado na mesinha ao lado, enquanto ela olhava para cima. Já tinha tomado mais que o normal do que tomava nas festas que ia e, logicamente, só fez aquilo pois estava em casa mesmo.
— Está tudo bem? – Leonardo sentou ao lado dela.
— Bebi demais. – Sorriu. – E foi a primeira vez.
— Estou percebendo. – Riu. – Quase todos, ou melhor, todos os convidados já foram, acho que essa festa vai ficar marcada nos sites.
— Uhum, eu vou pro meu quarto. – Se levantou, entretanto perdeu o equilíbrio sem ao menos dar um passo e quase que caiu no chão.
— Acho melhor eu te ajudar. – A segurava e tentava não rir do quase tombo.
— Também acho. – Se segurou na blusa dele e olhou para os olhos azuis, seu mar particular. – Posso confessar uma coisa? – Ele assentiu. – Você é muito lindo, é uma pena. Eu beijaria você até cansar. É isto. – O que era uma pena? Onde isso se encaixava? O diálogo estava um tanto bagunçado, porém a última frase fez o coração do ator bater rápido demais.
Deixou seu peso praticamente cair sobre o corpo de Leonardoe foi guiada por ele até seu quarto. Leo destrancou a porta depois de pegar a chave com ela e a colocou com cuidado na cama, se ajeitou entre os travesseiros e deitou na cama.
— Como está se sentindo?
— Cansada, com frio, e exausta por causa do salto, tirando o fato de estar bêbada. – Sorria, o efeito do álcool ainda estava em seu corpo.
— Fica aqui, eu já volto.
— E mais eu iria? – O fez rir, enquanto caminhava até a porta. – Para o Burger King. – Tentou se levantar.
— Ele vem até você, fica ai na cama.
Ele foi rápido até, tinha feito um café na máquina expressa e colocado na caneca para ela e pegou um comprimido. Subiu e a encontrou ajeitando o cobertor.
— Para você.
— Obrigada.
— O remédio também.
— Meu irmão que não me veja assim.
— Ele está pior que você. – Sentou e apoiou a mão na cama. – Deixei ele lá na sala, só coloquei coberta para ele, mas não vou levá-lo até o quarto.
— Sei que ele não faria o mesmo por você, eu não vou lembrar de nada amanhã, não é?
— A probabilidade é grande. – E isso clareou seus pensamentos. – Dorme que amanhã você acorda melhor.
— Obrigada. – Aconchegou-se no travesseiro e na coberta.
— Não precisa agradecer. – Deitou ao lado dela. Ficou pouco tempo, até ter a certeza que ela estava quase dormindo. – ?
Ela resmungou e olhou para ele. Estavam pouco centímetros de distância, podiam sentir o perfume que ainda estava em suas roupas.
— Está acordada?
— Um pouco.
— Quero te contar uma coisa. – Se virou para ela. – É estranho, dizer assim e saber que você pode nem se quer lembrar amanhã, mas ,, – Acariciava o rosto dela. – eu te amo. – E beijou os lábios dela sem muitos movimentos.
A respiração dela estava devagar, a garota tinha caído no sono enquanto estava recebendo uma pequena declaração de amor. Leonardo levantou devagar da cama para não acordá-la, tirou o salto dela e a cobriu melhor. Com um beijo na testa ele se despediu dela naquela madrugada e a deixou dormir tranquilamente.
Em seu quarto, não sabia se torcia para que ela tivesse entendido todas as palavras ou se não tivesse entendido. Porém sentia um alívio em seu coração.
Naquele dia frio, o sol resolveu nascer para aquecer Santa Mônica. Tobey estava ainda deitado no sofá dormindo como se fosse a Bela Adormecida, Leonardo já tinha ido a academia da casa, tomado um banho, preparado um café forte para ele.
Enquanto ele tomava o café olhava ao redor, ainda tinha alguns copos da festa de ontem a noite e se lembrou de . Deixou seu café em cima da bancada e preparou um para ela, esquentou o pão com queijo, o favorito dela, e coloco em uma bandeja.
estava sentada na cama com as pernas cruzadas, mexendo no celular e com o cobertor protegendo do frio, tinha acabado de sair do banheiro e feito sua higiene matinal. Seu vestido amassado, o cabelo preso em um coque frouxo era o sinônimo de um bom sono depois de tantas bebidas.
— Posso entrar ou estou falando sozinho?
— Não está. – Bloqueou o celular. – Pode entrar, Leo.
— Achei que estaria dormindo ainda.
— Não, acordei com o despertador, mas estou melhor. – Se referiu a noite passada.
— Espero que goste. – Entregou o café da manhã.
— Você não existe. – Deu um beijo na bochecha do homem. – Eu falei algo estranho ontem? – Deu um gole sutil no café.
— Não, só que eu sou bonito. – Viu as bochechas dela corarem.
— Meu Deus, não tenho onde me enfiar. – Riu.
— Você não se lembra de mais nada?
— Não, só que do nada você apareceu no meu quarto e depois foi embora.
— Ah sim. – Fingiu mexer no celular. Entretanto, não percebeu que a garota colocou a bandeja longe deles e se aproximou do ator. Ele desviou seu olhar ao perceber a garota perto de si.
— E disso. – Ela o beijou calmamente e com um leve gosto de café expresso.
Leo a segurou pela cintura puxando para mais perto de seu corpo, intensificando mais o beijo. Ela segurava na camisa dele, enquanto parava o beijo devagar. Por um momento, eles ficaram se encarando, decorando cada modesto traço dos rostos, como se nunca mais fosse sem ver.
— Por que demorou tanto para falar que me ama?
— Por quê? Talvez fosse nossas idades ou a forma que tudo aconteceu entre nós três, ou até mesmo você ser irmã do meu melhor amigo, apesar disso eu sempre amei você e te amar tão forte foi o motivo de nenhuns dos meus relacionamentos terem dado certo, eu sempre imaginei você, coloquei você no lugar delas, e só fui dar conta desse amor quando você deixou de se comunicar comigo, quando eu vi que você já estava longe de mim.
— Talvez esse seja o mesmo motivo de eu nunca conseguir manter um namoro nos três estágios. – Sorriu acanhada. – Porque eu fui muito besta e me apaixonei pelo melhor amigo do meu irmão.
— Eu confesso que não vejo nenhum motivo de não tentarmos agora. – Acariciava o rosto dela.
— Acha que conseguimos esconder da mídia por enquanto?
— Do jeito que você quiser. – Selou seus lábios. – Eu conto primeiro para seu irmão, ou quer fazer isso?
— Mesmo eu sendo meia irmã dele. – Riu. – Eu conto, não tem problema, e eu mando uma mensagem caso ele queira te matar. – Fez o homem rir.
— Agradeço pela colaboração, agora você tem que terminar seu café.
— Até me esqueci.
Naquele mesmo dia, depois que arrumaram tudo, Tobey estava um pouco melhor da ressaca da noite passada. entrou no quarto dele já que a porta estava entreaberta e viu o irmão jogando com o amigo. Sentou do lado de Tobey, e esperou Leo sair do quarto com uma desculpa esfarrapada.
— Não cansa de jogar Mortal Kombat?
— Não, o jogo é muito bom.
— Prefiro o GTA, posso falar com você?
— Pode. – Colocou o dualshock ao lado dele e virou para a irmã. – Aconteceu alguma coisa?
— Aconteceu, mas você tem que manter a calma.
— Foi ontem? Tentaram algo com você?
— Não, se acalma. – Segurou o braço do irmão fazendo um carinho sutil. – Não foi exatamente ontem, foi hoje.
— Então conte, pare de rodeio.
— Eu e o Leonardo. – Tobey estranhou, ela nunca chamava seu amigo pelo o nome. – Estamos nos conhecendo melhor, melhor mesmo. Na verdade, estamos namorando, até porque a gente assumiu nossos sentimentos um ao outro.
— Calma ae! – Estava piscando várias vezes. – Deixa eu recapitular, você e meu melhor amigo estão juntos?
— Sim.
— E como eu nunca percebi que vocês dois se gostavam?
— Porque a gente nunca demonstrou isso em público. – Ela falou tão óbvio. – E claramente que não ia deixar na minha testa que eu amo o Leo e vice-versa.
— Acho que você quer uma autorização algo do tipo.
— Na verdade eu só queria que você fosse o primeiro a saber, não vejo o porque de ser o último ou quando vazar para a mídia. E você é meu irmão, eu conto tudo para você, literalmente tudo, não existe um segredo entre nós.
— Quase tudo. – A garota abriu a boca fazendo um “o” perfeito. – Você não falou que gostava do Leonardo DiCaprio.
— É, você está certo, mas fora isso sempre contei tudo.
— Tudo bem, eu vou conversar com ele. – Levantou.
— Vai matá-lo?
— Preocupada? – Mudou sua expressão para maldoso, apenas para brincar com a irmã.
— Um pouco. – Ela sabia que ele estava brincando. – Mas fiquei de avisá-lo.
— Não tem como avisar, afinal eu sou o Homem Aranha.
— Ah não, mas que merda de fala, Peter Parker.
Os dois riram e Tobias deixou a irmã em seu quarto. Tobey passou no quarto de Leonardo e ele não estava lá, procurou pela casa toda, ou quase, e o encontrou sentado no jardim da casa. O amigo o viu e acenou para Leo.
— Posso falar com você ou está ocupado? – Tobias sentou ao lado dele.
— Pode falar.
— Desde quando você gosta da minha irmã?
— Não tem um desde, eu sei que a amo, só não sei o tempo certo.
— E por que nunca contou? Você não confia em mim?
— E você ia achar que eu estava louco, Tobey. – Colocou a mão no ombro do amigo. – Eu sou mais velho que ela, é vinte anos de diferença, talvez você achasse estranho se eu falasse que sua irmã com dezessete anos é bonita e que tenho vontade de beijá-la.
Errado ele não estava.
— Não estou bravo, vocês dois são maiores de idade, mas mesmo sendo maior de idade e meu melhor amigo, se você machucar o coração dela eu deixo essa sua carinha de galã – Deu uns tapinhas de leve. – de Hollywood toda vermelha.
— Isso não vai acontecer, nem em meus sonhos.
não tinha escutado aquela conversa, mas não precisava para saber que Tobey só queria saber o motivo da falta da confiança de Leonardo nele.
Com tudo em ordem em Santa Mônica, os três permaneceram na calmaria da casa do Tobey. Ele não se incomodou com o romance de sua irmã e amigo, pelo contrario, fazia tempo que não via os dois realmente felizes.
Enquanto Leo estava na academia – da casa – Tobey preparava uma receita de família junto de sua irmã, para o almoço. E ele pensou em uma pequena ideia, talvez boba mas era muito boa, melhor do que a primeira, para o ator.
— ? – A chamou.
— Sim, Tobey.
— Por que você não abre um restaurante aqui?
— Na sua casa? – Zoou.
— Caramba, garota! Você é lerda?
— Vemos que está de TPM o bonito. – Mexia o molho caseiro com um sorriso divertido. – Tobey, eu falei brincando.
— Me desculpa não vi, estava cortando o alho.
— Perdoado, maninho. Voltando ao assunto, aqui perto ou aqui em Santa Mônica?
— O local você escolhe, mas em Santa Mônica, seria uma boa. – Eles pararem de fazer suas tarefas e olharam um para o outro. – Você precisa recomeçar do zero, e talvez não seja em New Jersey o lugar ideal, você se sente tão bem aqui, conhece tudo aqui.
— Errado não está, mas será que daria certo? – Apoiou-se na ilha. – Abrir um restaurante aqui, em um lugar bem sucedido.
— A pessoa mais bem sucedida que eu conheço com medo de abrir o próprio sonho?
— Não é medo, é analisar todos os pontos, e eu nem tenho dinheiro para isso.
— Eu tenho.
— Ah não, Tobey, não começa.
— Me escuta, . – Segurou a mão dela, a evitando sair da ilha. – Você me paga depois, você escolhe tudo, até os maiores e menores preços, depois você me paga como sempre fez.
Suspirou pesado, era uma proposta tão boa, e novamente ele estava fazendo ela ficar em dúvida com tudo.
— O apartamento é alugado?
— Negativo.
— Coloca ele para alugar e você terá mais uma renda, assim tudo fica mais fácil, você mora comigo até estabilizar tudo. Não é permanente, .
— Eu odeio quando você tem boas ideias! – O abraçou pelo pescoço. – Só não faz mais ideias boas, por favor.
— Não vou, não vou.
Ela terminou o almoço mais feliz que antes.
Sentaram-se a mesa, e comeram, contou tudo para Leo, junto de Tobey, parecendo uma dupla do mal contando seu segredo para dominar o mundo, mas, na verdade, era só para realizar o sonho da chefe . Ah claro, DiCaprio se apaixonou pela ideia, teria perto de si, não tão perto mas teria.
Seis meses depois.
tocava o restaurante tão feliz que era impossível não dizer que o local ia perfeitamente. Ela colocou todo amor pela gastronomia e ainda criou dois pratos em homenagem a Tobey e Leo. A mídia, desconfiava que havia um novo affair na vida de Dicaprio, porém ainda estava difícil de saber quem era.
— Chefe. – Uma das garçonetes a chamou.
— Sim, Anne? – Perguntou calmamente.
— Tem um homem lá fora, disse que quer conversar com a chefe do restaurante.
— Deu problema em algum prato?
— É melhor a senhorita ver.
saiu fervendo de preocupação, deixando o prato que estava preparando sob os cuidados de sua amiga, a mesma que ela ajudou no último emprego. Os olhos que demonstravam preocupação agora estavam surpresos, não havia nenhum problema, a verdade o problema podia ser traduzido para solução.
Leonardo DiCaprio, vulgo seu amor todinho, estava no meio do salão ou quase no meio, segurando um buquê de flores do campo e com uma roupa casual. Ele tirou o óculos e colocou pendurada na blusa azul escuro.
— Boa tarde, o que o senhor deseja? – Ela questionou ao Leo.
— Entregar esse buquê para a chefe mais incrível que eu conheço. – Vi ela sorrir timidamente. E entregou.
— Agradecida.
— E também. – Eles tinham a atenção de todos do restaurante, até dos funcionários da cozinha, que tinham abaixado, ou então, desligado o fogo. – Fazer um pedido especial.
— Pode fazer.
— Seu irmão está ali. – Falou sussurrando e apontando para uma mesa a esquerda dele. Tobey acenou sutilmente sem levantar muitos alarmes. – O pedido é simples, mas é definitivo, depois disso só vão faltar duas partes do estágios. – E então ela compreendeu. – West, você aceita ser minha namorada? – E vários cochichos podia ser escutado pelo restaurante todo.
— Parece que eu comi um pote de flocos todinho. – Era o doce favorito dela, e que sempre a deixava feliz independente do momento. – O pedido realmente é simples, mas eu aceito com todo amor que eu tenho por você, Leo.
Aquele sorriso que a cativou no primeiro momento, foi desenhado rapidamente nos lábios de Leonardo. Ele a abraçou e a beijou, intensamente e perdidamente apaixonado.
Agora só faltavam duas partes do estágio: noiva e casar.
Fim!
Nota da autora: Eu não sei o que eu mais amei aqui, não sei se foi fazer parte do Ficstape, ou se foi fazer a fanfic do Leo DiCaprio, ou a desenvoltura dos personagens todinhos aqui.
E talvez venha as duas etapas do estágio.
Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
❤
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
E talvez venha as duas etapas do estágio.
Bom amores, eu realmente espero que tenham gostado da fanfic ❤
“Comentem o que acharam, obrigada pelo seu gostei, e nos vemos no próximo capítulo” – Alanzoka.
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