Capítulo Único
Ainda não faltavam nem dez minutos para as aulas começarem quando chegou na escola. Foi direto para sua carteira, a penúltima da penúltima fileira perto da janela. Deixou sua mochila e foi até o lado oposto da sala conversar com alguns garotos que comentavam sobre o último jogo que estava na moda.
Sua turma era mista, mas as panelinhas o irritavam um pouco. E quando fala um pouco, ele queria dizer o irritavam muito. Aquelas pessoas se conheciam desde o prézinho e ainda assim insistiam em olhar torto para o garoto que sentava na frente da mesa do professor que amava ler, ou das três garotas que iam com tudo rosa para as aulas e tinham vozes irritantes. Ou dos dois garotos do fundão que tinham repetido de ano.
Uma das garotas que chegou faltando cinco minutos para o sinal tocar se vestia como sempre. Os cabelos armados na altura do ombro, a mochila roxa e verde, o tênis preto e verde, com a cabeça enfiada em um livro fino de capa amarela. foi se sentar no lugar marcado: a última carteira da penúltima fileira perto da janela. Ela respondia a quem falava com ela, mas não tirava os olhos das páginas do livro.
A garota jogou sua mochila no chão enquanto continuava a passar os olhos rapidamente entre as páginas, ficando estática até virar a última folha e finalmente olhar para frente.
— Pronto! — a menina, com um sorriso no rosto, se aproximou de outra garota que estava conversando, entregando o livro. — Eu não acredito que a história terminou assim!
— Não conta! — uma das três garotas falou. — Eu ainda vou ler.
— Eu sou a próxima. — uma outra garota se aproximou. — Você prometeu que seria primeiro eu e depois a !
— Mas a leu esse livro em um dia! — A dona do livro exclamou. — Vocês levam uma semana. Não é como se fosse fazer uma grande diferença. E agora é a vez da Ruiva, depois é a sua vez.
Os garotos observavam as meninas discutindo o livro como se aquilo fosse uma seita. Seja lá sobre o que ele se tratava, todas as meninas da sala passaram a ler esse livro e falar sobre ele.
A professora de português entrou na sala, cortando a conversa de toda a turma. fez o caminho de volta à sua mesa, ignorando a professora e virando-se para , tirando uma caneta azul de seu estojo.
— Bom dia pra você também. — ela mostrou a língua para ele.
— Eu esqueci meu estojo. — ele deu de ombros. — Tá tudo bem?
Ela acenou com a cabeça, começando a copiar a matéria. Alguma coisa estava diferente nela, mas não sabia dizer se era o cabelo, ou uma maquiagem, ou algo da garota. parecia desanimada, mas isso era mais do que comum para ele.
A amiga fazia ballet, dança rítmica, aulas de inglês, aulas de português, ia aos encontros dos jovens da igreja que frequentava, ainda lia todos os dias pelo menos um livro, e fazia todos os trabalhos da escola e tirava notas impecáveis. Quase uma super heroína.
passava grande parte das suas tardes jogando Crash em seu PlayStation2, e às vezes ele fazia as tarefas da escola. Mas na grande maioria do tempo, ele passava jogando em seu console.
— Você fez a tarefa de matemática? — Ele perguntou para .
— Essa é a última vez que eu te ajudo. — ela bufou, entregando o caderno para ele. — Sério, . Um dia eu não farei mais as tarefas por você.
— Provavelmente quando estivermos na faculdade.
— Credo. Não quero passar tanto tempo da minha vida estudando com você!
E no momento que falou isso, a sala toda ficou em silêncio. Ela sentiu todos os olhares da sala apontando para ela, enquanto chorava de rir ao seu lado, e tentava não gargalhar. Até mesmo a professora ria de , que sentia as bochechas queimarem.
— Agora que a briga do casal acabou, podemos voltar para a explicação? — A professora sorriu.
escondeu sua cabeça atrás de , como se usasse o menino de proteção contra os olhares da sala, que já tinham perdido o foco nela e se voltavam para a professora passando o conteúdo.
As aulas se passaram mais devagar do que eles esperavam. Em alguns momentos, era possível conversar, mas era quase impossível ou porque e começarem a comentar algo que viram na aula de dança que fizeram no dia anterior, ou porque e precisavam ficar conversando sobre qual foi o resultado do último jogo de futebol.
Naquele momento, jogava uma tampa de caneta para cima e tentava pegar com a própria caneta, enquanto fazia gracinhas para os amigos rirem. Fingia que jogou errado, ou que iria errar feio a hora que a tampinha estaria perfeita para se encaixar na caneta enquanto caía.
Os amigos riam das falhas tentativas de conseguir encaixar a tampa da caneta na caneta. E isso era o mais interessante que aquela aula teria, já que o professor estava sentado olhando para a parede da frente como se não estivesse no ambiente, apenas seu corpo. Todos conversavam, riam, faziam guerrinhas de bola de papel, ou de giz de lousa. Aquela sala podia explodir que o professor nem perceberia.
A caneta passava muito perto do rosto de , e esse poderia ser um dos problemas. e já haviam dito que ele não iria conseguir, enquanto tinha prometido que caso conseguisse, compraria um salgado da cantina da escolha do amigo.
Passados uns cinco minutos que tentava, se animou, levantando a caneta um pouco mais alto para pegar a tampa que tinha sido jogada para cima. Mas na ansiedade em conseguir ganhar o maldito salgado e esfregar na cara dos três amigos, a caneta foi direto para o seu nariz.
No primeiro momento os quatro choraram de rir com o que tinha acontecido. O susto que o garoto tinha levado, e depois ao perceber onde a caneta tinha parado foi hilário. Porém, alguns segundos depois, percebeu algumas gotas de sangue em sua mesa.
— ! Qual é o seu problema? — ela gritou, mas não conseguia parar de rir, mesmo que seu rosto mostrasse como ela estava assustada.
O amigo levou a mão ao nariz, onde sentiu que estava muito molhado. Ele olhou desesperado para a amiga e depois se virou para o professor que estava sentado em sua mesa, apenas observando o pandemônio que sua sala havia se tornado.
se levantou e foi ao banheiro junto com o amigo, enquanto as garotas se entreolhavam. Não dava pra saber se tinha sido desastrado o suficiente ou se ele teria tentado fazer mais alguma gracinha, porém deu errado.
A camiseta do garoto não era mais branca e azul, como exigia o uniforme da escola, mas sim, branca e vermelha, dado ao tanto de sangue que saiu pelo nariz do menino. Obviamente que a aula tinha acabado naquele momento, pois todo mundo apenas observava o garoto coberto de sangue tentando olhar para a lousa e para os comentários que a professora tinha escrito nas questões.
Assim que o sinal da escola avisou que a última aula do dia tinha terminado, juntou seu material e saiu sem ao menos dizer tchau para os amigos. Os três observaram o garoto marchando até a porta da sala, fugindo de mais qualquer pessoa que poderia olhar para sua camiseta ensanguentada.
— Mas é um idiota… — resmungou, enquanto puxava sua enorme mochila do chão. — Vocês já terminaram a apresentação de história?
olhou para com um sorriso no rosto, estendendo a palma da mão para a amiga, que procurava alguma coisa em sua mochila. observou as duas meninas trocando uma nota de cinco reais. sorria vitoriosa, enquanto revirava os olhos e bufava.
— Você podia ter esperado mais um dia para perguntar! — resmungou.
— Apostamos sobre quando um de vocês dois perguntaria sobre a nossa apresentação. — respondeu, dobrando a nota e guardando em seu bolso. — Mas sim, terminamos. É pra depois de amanhã! Óbvio que está pronto.
— Será a melhor apresentação sobre a Independência do Brasil. — piscou para o amigo.
— Argh! Vocês tem um tema legal, pelo menos. Nosso tema é Presidentes do Brasil e tá muito chato ficar lendo sobre todas essas pessoas…
— Isso é porque você não gosta de história!
— Nem vem, . Eu gosto sim, mas nossa, muita preguiça esse trabalho.
— Eu também teria… — respondeu. — Bem, até amanhã. — Ela virou para o lado oposto dos dois amigos, indo em direção à sua casa, que era na esquina da escola.
Tanto quanto pararam para observar a garota andar nem meio quarteirão até abrir o portão de sua casa. Seus cabelos eram lindos e brilhantes, e ela inteira chamava a atenção de qualquer garoto de treze anos.
arrumou a mochila em suas costas, sendo o primeiro a voltar a andar para a direção correta com , imitando seus movimentos em seguida. Ela o acompanhou até o outro extremo da escola, os dois em silêncio.
— Sabe, é bem óbvio. — ela disse, segurando o braço do menino e o fazendo parar de caminhar.
— O que? — ele parecia ter saído de um transe.
— Que você gosta da . — ela sorriu, mas não era sincero. — E eu acho que vocês deviam falar que gostam um do outro logo, porque eu não aguento mais ver vocês dois cochichando do meu lado.
— , fala mais baixo! — ele sussurrou. — Talvez a diretora não tenha escutado o que você falou! E de onde você tirou essa ideia de que eu gosto dela?
— É bem óbvio. O jeito que vocês dois se olham. São dois pombinhos apaixonados.
nem sabia que era possível ver ficar vermelho, mas mesmo assim, era notável como o garoto tinha ficado envergonhado com o que a amiga estava dizendo. Em um movimento, ele tirou a mochila de seu ombro e jogou no chão, sentando logo em seguida.
— Seu pai vai demorar, né? — ele perguntou.
— Pela primeira vez em anos estudando aqui… Espero que sim. — ela sorriu.
Os dois passaram meia hora conversando sobre todas as maneiras que poderia se declarar para sem que a garota ficasse assustada. Ela nunca teria contado para que gostava do garoto, mas algo dizia a ela que o sentimento era recíproco.
— E você? — ele perguntou se levantando. — Não tem nada para dizer também?
— Não. — ela olhou para o amigo sem entender a pergunta. — Por quê?
— Vai ! É óbvio!
— , fala logo ou eu vou te chutar!
— Você nem sabe chutar!
— Eu comecei a fazer taekwondo! Agora eu sei!
— Você vai morrer de tanto fazer coisa fora da escola. — ele balançou a cabeça. — Mas pode deixar que nem a tá suspeitando de você.
— Suspeitando do quê, homem?
— De você e o .
— Você também? Nossa, quantas vezes eu tenho que dizer que eu não gosto do ? Ele é só o meu melhor amigo!
— É assim que nascem os melhores romances.
— Cala a boca! — ela deu um soquinho no braço do amigo. — Uau, finalmente meu pai chegou! Até amanhã.
Ela saiu correndo em direção ao carro, enquanto voltava a caminhar, agora rindo das reações da amiga depois dele falar que talvez, gostava dela. Mas ela nem deixou ele contar sobre essa possibilidade. Porém, agora tinha que pensar em outra coisa além desses romances escolares, já que tinha uma apresentação incrivelmente chata para criar.
já não gostava mais da rotina corrida que tinha. Acordar cedo e passar o dia inteiro na escola, depois ir para todas aquelas coisas, balé, dança, aulas de inglês, aulas de português, aulas na escola aos sábados. Tudo o que ela queria era descansar. E era tudo o que menos tivera naquele dia.
Já tinha se passado do meio dia quando seu celular começou a brilhar, e quem quer que estivesse ligando para ela, não tinha como desejo que ela voltasse a dormir. Ela caminhou lentamente até sua cômoda, atendendo o aparelho.
— Eita, você ainda estava dormindo? — a voz, agora um pouco mais grossa, respondia ao seu “alô?”. — Bem, a gente tá querendo ir ao cinema.
— Defina a gente.
— , , eu… e você?
— Deixa eu adivinhar: você queria assistir aquele filme que passou a semana toda falando pra todo mundo que será muito bom. Só que o casal vai junto e você não quer segurar vela…
— Sim. — a voz parecia derrotada. — Eu iria só com o , mas você sabe…
— Sei muito bem. — ela resmungou — Eu vou me arrumar e logo estarei aí então.
Ela jogou o celular na cama, pensando mais uma vez se iria sair com eles ou não. Muita coisa tinha mudado desde a última vez que estudaram juntos, e ela não sabia se queria reencontrar com aquelas pessoas novamente.
Porém sabia que iria odiar o filme se fosse só com o casal, então trocou de roupa e em cinco minutos já estava abrindo a porta do quarto, se deparando com a sua mãe.
— Já vai sair? — ela parecia calma. — Não vai nem almoçar com a gente?
— A me ligou. — ela mentiu. — Tá me chamando pra ir ao cinema.
— E você vai? — a mãe analisou a filha. — Você vai sair com a de novo?
— Que foi mãe?
— Pessoas como ela nunca mudam. Vai por mim, filha.
— Ah, eu vou lá. Qualquer coisa eu volto mais cedo. — ela sorriu, ajeitando sua bolsa em seu ombro. — Até mais.
depositou um beijo na bochecha de sua mãe, saindo de casa o mais rápido possível. Haviam tantos motivos para não querer ficar dentro daquele ambiente que ela nem ligava muito de ter que sair com uma das meninas que atualmente, pareciam odiar a garota.
O ônibus nem pareceu demorar para dar uma enorme volta até a casa de . O garoto viva em um dos grandes apartamentos ao lado do shopping, daqueles que quanto mais alto você morava, mais vista para a cidade você tinha.
Ela sorriu para o porteiro enquanto dizia a qual andar ela gostaria de ir, e não demorou muito para estar em frente à porta do amigo. Ela olhou para a porta por uns cinco segundos, até que abriu, um pouco assustado.
— Tá louca, é? Entra logo.
Ele a puxou pelo braço, sem dar muito tempo para ela observar sua casa. O pai do garoto estava na sala, e foi capaz de ouvir uma voz masculina comentando um jogo, que ela julgava ser futebol, enquanto ele gritava muito animado pelo ponto que tinham conseguido marcar.
O cachorro de logo veio pular em suas pernas, e ele fechou a porta de seu quarto assim que eles entraram, deixando a garota um pouco chocada. Anos atrás, quando ela vieram fazer um trabalho, era possível encontrar alguns bichinhos de pelúcia, misturados com várias bolas de futebol e futsal, com pôsteres dos jogos que o garoto gostava na época.
Agora, o quarto tinha uma parede cinza, e as outras em um bege que combinava perfeitamente. Muitos dos pôsteres haviam sido retirados, e no lugar agora tinham alguns pôsteres de jogadores, e de jogos mais recentes, como Call of Duty, Halo, GTA e The Sims. Na escrivaninha dele, era possível encontrar seu Nintendo DS e seu PSP, ao lado de seu computador.
— Nossa…
— É. — ele sentou em sua cama, e pegou seu cachorro no colo. — Mudou bastante depois que minha mãe foi embora.
— Ficou… Legal. — ela sorriu para ele.
— Muitas coisas minhas estão lá. Mas aqui eu posso jogar a qualquer hora, né?
riu enquanto ligava seu computador e abria um jogo de tiro, comentando com ela como era super inovador aquele jogo, por alguma coisa que a garota nem ligava muito. Ele dizia animado como aquele tinha se tornado o seu jogo favorito, e que nem estava usando muito o seu DS para jogar, já que o PSP fazia muito mais coisa do que o DS.
Ela ficou em silêncio vendo o amigo jogar, enquanto fazia carinho em seu cachorro. Quem olhasse os dois daquela forma, diria que estavam tão focados em passar daquele chefão que nem perceberam que iriam se atrasar.
— Ué, quando que você entrou aqui? — uma voz muito grossa os assustou. — De qualquer forma, filho, hoje eu vou sair de novo. Então depois do cinema, você vai direto pra casa da sua mãe, tá? — e ele então abriu a carteira, colocando uma nota enorme em sua cômoda. — E não esquece de comer lá no shopping. Estamos sem comida de novo.
O pai dele foi direto para o outro quarto, enquanto parecia ficar nervoso com o que tinha escutado, logo morrendo para um alienígena enorme.
— Ele parece ser legal. — comentou.
— É sempre assim. Todo final de semana ele sai com os amigos e esquece que eu estou aqui em casa. Uma vez eu fiquei sozinho aqui, sem nem dinheiro pra comprar comida. Foi um saco.
— Por que você não mora com a sua mãe?
— E perder a chance de jogar todo dia? Melhor não. — ele riu. — Mas minha mãe mora muito longe, e eu não quero mudar de escola… Então o combinado é que eu posso ficar aqui até eu me formar. Mas se eu quiser me mudar, tá tranquilo também.
— Sua mãe também parece ser bem legal.
— Ela é. Mas ela é bem mais brava que meu pai.
Eles voltaram a ficar em silêncio enquanto podia jurar que ouvira o pai de trancando a porta da sala, os deixando ali sozinhos. Ela olhava para suas mãos, enquanto o amigo tentava mais uma vez passar pelo alien bizarramente enorme e nojento que o perseguia no jogo.
Ela pensou em deitar na cama do amigo, mas ao mesmo tempo achava que aquilo seria uma grande invasão do espaço dele. Então se contentou a observar o que ele fazia, e como o personagem dele na tela respondia.
— A gente podia não ir ver o filme… — ela disse assim que ele desligou o computador. — E ir outro dia.
Ela sorriu de orelha à orelha, tentando fazer sua cara mais fofa para convencer o amigo a não saírem dali. Mas logo estava colocando sua carteira em seu bolso, e pegando as chaves de casa, trancando tudo.
Demoraram muito mais tempo do que deveriam para chegar no shopping, graças à que andava mais devagar do que o seu normal, enquanto resmungava por ter aceitado sair com ele para ver aquele filme muito aleatório que ele queria ver, com aquelas pessoas.
— Você voltou a falar com a ? — ela perguntou enquanto chegavam no local.
chutou uma pedrinha que estava na calçada, demorando mais de um minuto para responder a amiga. Ele sabia que poderia ficar muito irritada em saber sobre como eles voltaram a se falar, ainda mais depois do incidente.
— Voltei. — ele suspirou. — Ela mudou.
nem se preocupou em responder com uma palavra, ela resmungou qualquer coisa e continuou andando. também seguiu em silêncio. Tecnicamente, a briga era entre as duas meninas, mas e ele decidiram escolher lados na briga e tudo desandou.
Era aquela velha história que eles tinham se cansado em ver em filmes adolescentes. Duas meninas que eram melhores amigas, mas, de repente, começam a brigar pela atenção de um mesmo garoto que as duas estão afim. Mas no caso delas, ia além disso.
De acordo com o que contou, tinha espalhado um rumor de que a amiga não tinha apenas beijado o garoto que namorava, mas também tinha perdido a virgindade com ele. E que, depois de tudo isso, teria resolvido voltar a namorar com , outra coisa que nunca tinha acontecido.
Em meio a tudo isso, os quatro tinham se distanciado, e parecia começar a excluir de vários trabalhos da escola, assim como parar de sair com a garota para fazer qualquer outra coisa não referente à escola, se aproximando mais ainda de outras meninas que eram amigas de , e deixando a menina excluída por todos.
Já , tinha falado que estava conspirando contra ela, querendo tomar não apenas o namorado dela, mas todas as pessoas ao redor dela. E então foi quando a briga começou. sabia que quem tinha espalhado o boato sobre e seu namorado, e achava que tinha sido a própria quem tinha espalhado que eles namoravam.
Quando eles viram, estavam presos em um drama estúpido de adolescentes, que a melhor coisa foi se separar. decidiu mudar de escola, e sair de perto daquelas pessoas. Ela aproveitou que tinha acabado de se mudar para mudar de escola e se afastar daquelas pessoas, mas ainda assim conversava com . Os outros dois agiam como se ela nem existisse.
E assim durou por pelo menos um ano.
— Bem, você quem sabe. — ela deu de ombros. — Quem quer ter amigos estúpidos é você.
— , não chama eles assim. — segurou a sua mão, e olhou espantada para esse gesto, o que fez com que o garoto a soltasse rapidamente.
— Porque não foi você quem ficou com a fama na escola, né? Muito fácil falar isso, . Sua participação em tudo foram vários nada. — Os dois ficaram em silêncio novamente por alguns minutos, até chegarem em frente ao cinema. — Obrigada por ficar ao meu lado.
Ele acenou com a cabeça, mas não teve coragem de falar mais nada. Talvez tivesse razão em não falar mais com , mas não conseguia entender muito bem no que ajudaria voltar a falar com a garota, ou parar de falar com a garota.
— Olha, a Ruiva! — correu em direção à outra garota, a surpreendendo com um abraço, e em seguida gesticulando para se aproximar delas.
O garoto teve todo aquele tempo para observar a amiga. Os cabelos gigantes que ela tinha, se movimentando enquanto ela corria, abrindo os braços para abraçar a outra garota. O all star preto sujo, com a calça jeans e a camiseta com uma estampa de Harry Potter, ainda a saga favorita da amiga, que serviam como o grande padrão de vestimenta dela.
Algo em brilhava, assim como aquela vez quando eles ainda estudavam juntos. Mas não sabia dizer muito bem o que era.
— Você também veio assistir ao filme de terror? — sorriu para Ruiva.
— Vocês também vão? — Ruiva sorriu de volta para os dois. — Oba! Terei companhia então! Não queria ver esse filme sozinha, mas me deram bolo.
apenas sorriu, enquanto as duas garotas se atualizavam sobre tudo o que vinha acontecendo nas duas escolas. Elas falavam muito animadas sobre uma BoyBand de três irmãos que tinham começado a fazer sucesso quanto todos estavam na mesma sala, e pareciam esquecer das pessoas à sua volta enquanto comentavam sobre a música nova que havia sido lançada.
Logo e chegaram, fazendo com que parasse de falar e ficasse um pouco mais atrás enquanto eles andavam e conversavam. nem ao menos olhava para , e ela tentava fazer o mesmo, mas em alguns momentos se pegava observando a menina.
não conseguia entender por que fizera aquilo com ela. Jurava que elas eram melhores amigas.
O filme inteiro serviu para que se sentisse a única carregando uma vela, mesmo que nenhum dos quatro falassem que eram mesmo casais. Toda hora que e Ruiva se assustavam, os meninos corriam para abraçá-las ou seja lá o que for. Ela se levantou no meio do filme e foi para a casa, em prantos.
sentia um frio na barriga. Ela se olhava no espelho a todo momento, vendo se sua maquiagem estava perfeita, se sua roupa não parecia muito decotada, se ela não parecia ridícula ali naquele banheiro nervosa novamente.
Ela abriu a porta do banheiro, o suficiente para poder continuar escondida lá dentro, enquanto observava um rapaz mais ou menos da sua altura sentado em uma mesa quase que no centro do restaurante. Ele olhava para o celular, enquanto ela tomava coragem de voltar para lá.
Ela se sentou e ele guardou o celular no mesmo momento, voltando a sorrir para ela enquanto perguntava se estava tudo bem, a julgar pela expressão que ela tinha no rosto. Era a primeira vez que se sentia em um filme romântico com um jantar incrível, com o namorado em um restaurante.
— Está tudo perfeito. — ela sorriu, esticando seu braço sobre a mesa e segurando a mão do rapaz. — Já pediu?
— Sim. Eu fiz um pedido para você. Espero que você goste. — ele sorriu de volta, as bochechas pareciam vermelhas.
— Nem parece que ontem a gente tava comendo o dogão que vende na esquina da sua casa.
— Mas é o melhor dogão que você já comeu. — ele ficou sério. — A gente devia começar a fazer um tour por todos os restaurantes da cidade, e todos os trailers também.
— Conhecer a cidade pelo estômago. — ela riu. — Adorei a sua ideia. Vamos comprar um mapa, e aí a gente cola em uma das paredes do meu novo quarto.
A cara do rapaz se fechou e já conseguia imaginar o porquê. Filipe já tinha discutido várias vezes com ela sobre ela se mudar para a mesma cidade que ele, apenas porque a faculdade dele seria por lá, e que ele não queria que ela não fizesse algo por sua culpa.
— Vai ser divertido. — ela sorriu. — Pode confiar.
Filipe não sabia que tinha mudado de escola por causa de boatos que sua melhor amiga tinha espalhado sobre ela. Ele não sabia de nada sobre a garota que não fosse o que ela fazia naquele momento. Ela se perguntava várias vezes se contava isso para ele, mas no final acabava desistindo por medo da reação que ele poderia ter.
Logo, ela viu uma cabeleira muito conhecida entrar no restaurante, e assim que a pessoa a avistou, sorriu, e sorriu em resposta, fazendo com que o namorado também procurasse pela pessoa que havia atraído a atenção da namorada.
— ! Quanto tempo! — Ruiva dizia, abraçando a garota.
— Filipe. Ruiva e . Ruiva e , esse é Filipe, meu namorado.
Filipe sorriu e acenou brevemente para os dois que não pareciam nem um pouco chocados com essa informação. Ruiva logo deu outro abraço no rapaz, e olhou para , confirmando o que já havia imaginado.
Logo os quatro estavam juntos, jantando e trocando histórias de casal. não podia acreditar que eles tinham começado a pensar na possibilidade de ficarem juntos. Algo só aconteceu naquele dia. sabia muito bem o quê.
Os dois pareciam muito felizes ali, com seus namorado e namorada, e aquilo estava ótimo. Filipe até contou sobre os planos dos dois de talvez morarem juntos dali alguns meses e Ruiva parecia se maravilhar com a ideia de já estar trabalhando.
Ao final da noite, fez Filipe caminhar com ela até uma papelaria, onde eles compraram um mapa da cidade e uma caneta vermelha para marcar os lugares que eles já tinham visitado. Marcaram um ‘x’ no restaurante que tinham acabado de ir, e logo estavam parados em frente à casa de .
— Nem acredito que vamos para a faculdade. — ele disse, a puxando para mais perto dele. — Tipo, acabamos de nos formar, e logo vamos começar uma outra etapa da vida.
— Credo, você parece a minha mãe falando. — ela riu. — Mal vejo a hora de poder estar com você. — ela o beijou. — Eu te amo.
— Eu te amo, .
tentava mostrar que não estava abalado com o que tinha acabado de acontecer antes de ir trabalhar na loja, então sempre que um cliente entrava, ele sorria, mas não fazia muita questão de ouvir todas as histórias das pessoas sobre um CD que estavam procurando. É 2017, quem ainda compra qualquer coisa física?
Aquele trabalho de longe era o seu menos favorito, mas a vida adulta não dava chance alguma para ele tentar investir na carreira que queria, mesmo já tendo se formado na faculdade. Era simplesmente impossível arrumar um emprego na sua área, mas esse emprego pagava suas contas e ainda sobrava dinheiro para sair, então estava tudo bem.
A música que tocava era de uma banda indie underground que nunca tivera tanta preguiça de ouvir quanto naquele momento. Mas pelo menos sua mente estava pensando em outra coisa que não fosse ela.
Logo, uma garota, agora com cabelos curtos e coloridos entrou na loja, quase que marchando em sua direção, um pouco estressada e também escandalosa. já sabia o que viria a seguir.
— Sabe? A pior parte de tudo isso foi descobrir que ele me deixou pra ficar com outra garota que não é nem dez por cento do que eu sou! — ela movimentava seus braços. — Ele é um imbecil, ainda bem que a gente terminou. — também não se deixava respirar antes de continuar cuspindo palavras. — E ainda tem aquele canal no YouTube. Eu nunca devia ter aceitado fazer tudo aquilo para ele. Ele gravava e eu fazia todo o resto, cuidava até da divulgação dele nas redes sociais. E nem um obrigado eu recebi. Babaca. — ela cruzou os braços, olhando para os CD’s que o amigo segurava. — Você tinha falado que queria falar comigo. O que foi?
— A Ruiva terminou comigo.
— Ah. Sinto muito. — ela voltou a olhar para a pilha de CD’s que ele segurava e arrumava em ordem alfabética. — É uma pena.
— Ela não sente o mesmo.
— Sabe o que a gente deveria fazer? — ela ficou animada. — Sair. Só nós dois. Faz muito tempo que não saímos só nós dois. Sempre tivemos algum agregado.
sorriu para a amiga, enquanto terminava de organizar aquela pilha. Talvez essa seria a melhor ideia que teve em tempos.
— Tipo quando você foi em casa e eu fiquei jogando. — ele riu. — Caraca, faz muito tempo isso. A gente é amigo faz tanto tempo assim?
— Aquela vez não conta porque depois, eu fui embora me sentindo ainda mais excluída do que antes.
— Eu nunca acreditei que você tinha aceitado sair. Ainda mais depois de tudo aquilo.
— Eu também não. — ela sorriu, sentindo suas bochechas ficarem vermelhas. — Então, te vejo às dez. Aqui mesmo. Não fure comigo, Sr. .
passou o resto do dia pensando no que tinha falado sobre o relacionamento dela com Filipe. Ninguém nunca acreditaria na rapidez que ele encontrou outra moça ainda mais encantadora para tomar o lugar de em seus DailyVlogs de casal. já era uma pessoa esquecida novamente.
Ela agora não parecia mais saltitar enquanto andava, mas continuava usando seus jeans e suas camisetas com estampas de Harry Potter. Eles podiam já estar com vinte e três anos, mas ela ainda não tinha parado de usar aquelas roupas.
Quando ele encontrou com a amiga novamente, ela segurava uma muda de roupas para ele, e estava completamente diferente do que quando havia chegado. Agora ela estava maquiada, com um batom marrom e sombra rosa que combinavam perfeitamente. Sua roupa era leve e linda, a deixando ainda mais bonita.
Ela trouxera uma nova camiseta para ele, assim como uma camisa xadrez para colocar por cima. não precisava usar muita coisa para parecer arrumado, mas ao lado de , parecia que ele nem havia tentado. Ela sorriu, enquanto contava para ele sobre essa balada que havia descoberto e que os dois deveriam ir juntos.
Eles chegaram e ele se sentiu a pessoa mais estranha daquele lugar. As pessoas bebiam e dançavam, e ele se perguntava por que tinha aceitado fazer isso, sendo que não gostava desses eventos, e sempre evitou ir. já estava dançando, cantando a música pop que tocava até estourar seus tímpanos.
Logo ele percebeu que estava a tempos parado, apenas observando a amiga dançar e se enturmar com as outras pessoas. Ela sorria e brilhava naquela meia luz do lugar. Não demorou muito para ela puxar o amigo e começar a dançar com ele.
As músicas tocavam, mas não era capaz de ouvir nada. Ele parecia estar em um transe por ter ali tão próxima dele. Quando foi a última vez que eles estiveram verdadeiramente próximos assim? 2007?
— Ok. — ela gritava em seu ouvido. — Vamos embora.
Ela o puxava para fora do lugar, um pouco emburrada, mas muito mais confusa do que o normal. não conseguia entender por que a amiga mudara drasticamente de opinião sobre o lugar.
— Você não está se divertindo, e nós dois temos que nos divertir. — ela olhava para a tela brilhante do celular. — Pronto. Vamos para a sua casa.
— Minha?
— Eu ainda não tenho um lugar… E não vamos para a casa dos meus pais, né?
— Isso seria completamente estranho… — ele riu em imaginar os pais da amiga encontrando com ele na manhã seguinte à festa.
Ele ficou quieto durante todo o percurso do Cabfy até seu pequeno apartamento do outro lado da cidade. Não tinha o bastante, mas era o suficiente para um solteiro sobreviver. Talvez, esse era um dos problemas com Ruiva.
— Eles que estão perdendo. Nós dois somos incríveis. — disse, enquanto se jogava no sofá do amigo.
— Se você diz… — ele se sentou no chão após entregar uma cerveja para ela. — Então estão perdendo mesmo.
Ele se apoiou no sofá, olhando para o teto enquanto dava mais um gole em sua cerveja. Já tinham mais de dez anos que e ele eram amigos. Não parecia nem que tinham três anos que eram tão próximos assim.
Lembrava de quando decidiu criar boatos sobre e como isso tinha acabado com a amiga, mas não lembrava que isso já tinha oito anos. Oito anos que tinha contado para ele que gostava de .
Oito anos que tinha percebido que gostava de também. Que descobriu que gostava de outra pessoa que não fosse ela, e criou uma história estúpida que namorava um outro garoto, e que teria dormido com esse garoto e depois espalhado um boato de que tinha ficado com para queimar a imagem dela com o garoto.
era uma pessoa muito complicada para .
Não dava para saber se gostava dele da mesma forma que ele gostava dela. Talvez ela o amasse apenas como melhor amigo. Mas talvez ele a amasse mais do que isso. E era estranho pensar que esse sentimento só cresceu durante esses anos, mas ele preferiu nunca falar.
Sim, ele ainda estava muito triste por seu relacionamento longo não ter dado certo, mas lá no fundo, talvez ele já soubesse que nunca daria certo. Talvez, lá no fundo, tudo voltasse para sempre.
Era como sempre aconteceu.
— ? — ela perguntou. — Desculpa.
— Hã?
— Eu nem pensei que você poderia estar cansado por ter trabalhado o dia todo… Ou que você queria passar um tempo sozinho por causa da Ruiva…
— Eu to bem, .
— Ninguém nunca tá bem depois de um término. — ela diz, se sentando. — Eu sinto muito por vocês não terem dado certo.
— Acho que era o que tinha que acontecer.
— Eu shippava vocês. — Essa machucou . Talvez nunca pensara nele da mesma forma que ele pensava nela.
— , assim você vai me deixar mal. — ele tentou sorrir, mas ficou mais assustador do que se não tivesse.
— Sabe, acho que a gente nunca ficou sozinho assim. — ela riu. — Muito menos solteiros.
Ela se aproximou dele, o suficiente para ele sentir seu perfume, e já sentir também sua boca muito próxima da dela. Ela parou, olhando para ele, como quem espera uma resposta para poder continuar.
quebrou o pouco da distância que suas bocas tinham, sentindo o sabor da cerveja misturado com o sabor do batom da amiga. levou uma de suas mãos à sua nuca, puxando ele para ainda mais próximo dela. E subitamente parou o beijo.
— Ai. Meu. Deus. — ela levou suas mãos à boca. — O que eu fiz?
— Nada de mais…
— , desculpa. — ela se levantava. — Acho melhor eu ir embora. Desculpa.
Ela já tinha até pego sua bolsa, mas a segurou novamente pela mão, e aquele gesto a fez arrepiar. Aquilo era errado. Sentir aquilo deveria ser errado. Mas, ao invés de tentar se soltar dele, ela se aproximou novamente.
— , por que você está se desculpando? — ele olhava confuso para a amiga.
— Porque você é meu melhor amigo.
— Acontece. — ele sorriu.
— Não! Nós temos uma amizade muito boa! E eu estraguei tudo…
— Acho que doze anos de amizade não vão se abalar por um beijo.
— , você não entende? Não é por causa do beijo. — ela bufou, olhando para ele. — Eu sempre gostei de você. Eu sempre neguei que eu gostava de você. É muito difícil gostar assim do seu melhor amigo. Então eu sempre neguei. Era melhor negar e entender que você nunca me olharia da mesma forma que olhava para , ou para a Ruiva. Ser meu melhor amigo era tudo o que eu podia pedir para você ser.
— Mas e se eu dissesse que eu quero ser mais do que seu melhor amigo?
— Você tá louco? — ela riu. — Você?
— Claro! Quem mais me acompanha em praticamente tudo da minha vida? Você foi a única pessoa que eu levei no segundo casamento da minha mãe. A única pessoa que me ajudou quando meu pai resolveu me abandonar de vez. E eu tinha insistido em continuar falando com a . E eu nem sei por que eu fiz isso. — Ele se aproximou dela. — Eu gosto mesmo é de você. Sempre gostei de você.
puxou a garota para perto dele, a beijando novamente. Dessa vez o beijo foi diferente. praticamente se derreteu com ele e não queria que aquilo acabasse nunca. em seus braços era um sonho que estava se tornando realidade.
— Bem, eu sempre gostei de você também.
A garota sorriu, e o mundo dos dois parecia completo.
Fim
Nota da autora: Olá!
Muito obrigada por ler a minha história. Devo confessar que foi um desafio enorme escrevê-la, pois não sou a melhor pessoa para escrever um romance. Por mim, eu colocava altas paradas estranhas, mas a Mare-Ana e a Bru Cagnin me disseram para não fazer isso.
Então queria agradecer primeiramente a você que leu a história. Obrigada de coração <3 E também gostaria de agradecer à Bru que me ajudou e muito com as dicas do que fazer na história. E à Mare-Ana que me disse para usar essa música como um desafio pessoal para escrever fora da minha zona de conforto.
E se você gostou da história mas achou que eu sou bem ruim pra escrever, eu me inspirei não só na música da Adele como também em um curta com meus atores favoritos. E se você tiver vontade de conhecer, é o curta I Shipp It, da Yulin Kuang. <3
Novamente, muito obrigada por ter lido a história.
Lola.
Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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Muito obrigada por ler a minha história. Devo confessar que foi um desafio enorme escrevê-la, pois não sou a melhor pessoa para escrever um romance. Por mim, eu colocava altas paradas estranhas, mas a Mare-Ana e a Bru Cagnin me disseram para não fazer isso.
Então queria agradecer primeiramente a você que leu a história. Obrigada de coração <3 E também gostaria de agradecer à Bru que me ajudou e muito com as dicas do que fazer na história. E à Mare-Ana que me disse para usar essa música como um desafio pessoal para escrever fora da minha zona de conforto.
E se você gostou da história mas achou que eu sou bem ruim pra escrever, eu me inspirei não só na música da Adele como também em um curta com meus atores favoritos. E se você tiver vontade de conhecer, é o curta I Shipp It, da Yulin Kuang. <3
Novamente, muito obrigada por ter lido a história.
Lola.
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