Capítulo Único
A mensagem piscava na tela diante dos olhos de , que permaneceu estática encarando o conteúdo da mesma pela barra de notificação. Estava em seu quarto há mais de meia hora olhando o celular sem saber o que fazer. Nos primeiros segundos após ter recebido, seu coração parecia ter despencado do cume de uma montanha, tamanho seu choque. Do primeiro minuto em diante ainda não se conformava com o fato de ele ter seu número e muito menos com o fato de ele ter se comprometido a não a esquecer.
Cinco anos sem notícias, pensou. E a primeira mensagem que ele me manda é “Posso te ligar?”.
Sendo sincera consigo mesma, sempre soube que jamais esqueceria . E realmente não esqueceu. Não tinha como esquecer as piadinhas bem-humoradas que passaram a ser mais sérias com o tempo, o sorriso largo e amistoso, as curiosidades inúteis que acumulava e ainda como ele era tão legal com todos.
Não era apenas isso, nem ao menos queria esquecer.
Sentada em sua cama e finalmente superando o choque da mensagem recebida, virou o pescoço em direção a janela do quarto, de onde foi possível observar o grande pé de sequoia que crescia no jardim defronte. Levantou-se, indo até a janela, lembrando-se da mesma paisagem que via na adolescência. Muito relutou até resolver voltar para a casa dos pais em sua cidade natal, mas depois que terminou seu noivado não houve mais desculpas: sua mãe a fizera voltar, com a promessa de que seria bem recebida e cercada de amor.
As coisas estavam diferentes por ali, mas de um jeito estranho ainda eram as mesmas. Crianças brincavam na rua e andavam de bicicleta aproveitando os últimos raios de sol do dia, os vizinhos mais dispostos praticavam suas caminhadas diárias e os mais idosos faziam o que sempre fizeram: regavam os jardins no esparramado fim de tarde de domingo. sorriu com a lembrança, até porque a mesma sempre ajudou os vizinhos mais velhos nessa tarefa.
Foi quando seus olhos esbarraram no balanço da casa vizinha que as lembranças começaram a aparecer. Lembrava-se perfeitamente de ter conhecido ali ao lado, quando sua vizinha e melhor amiga da época Taylor Scotts, a apresentou para o primo. Foi no começo do verão do penúltimo ano do ensino médio, há seis anos atrás, e e sua irmã Susy passaram o verão inteiro na casa dos tios.
Foi o melhor verão da vida de ambos. Taylor jamais imaginaria que e iriam se apaixonar, e muito menos pelas suas costas. Na época foi um verdadeiro drama por parte da amiga, mas hoje se lembrava disso achando até engraçado.
desde o começo já chamou atenção de pelo sorriso e olhos tão penetrantes e sinceros. Ele era exatamente igual a todos os adolescentes que ela conhecia, mas provavelmente chamava atenção por ser um garoto novo e muito mais interessante que todos os que conhecia.
Recordava vividamente de todas as vezes que os dois escapavam juntos e sorriam cúmplices pois ninguém tinha noticia deles por horas. Foi em uma dessas escapadas que entre uma risada e outra, depositou um tímido e cálido beijo em seus lábios. se assustou com o gesto, mas depois gargalhou, nervosa, permitindo que ele a beijasse.
Viveu com o romance de verão mais clichê jamais inventado. O romance que superou todas as expectativas da garota assim que completou um ano, quando voltou no verão seguinte. E parando de sorrir imediatamente, balançou a cabeça, porque a única coisa que ela não gostava de lembrar na história dos dois, era o adeus.
- Prometo que não vou esquecer de você, se prometer não esquecer de mim. – Dissera , em meio a lágrimas salgadas que escorriam de seus olhos até seu queixo.
as enxugara, mas também estava chorando.
- Não me prometa isso. Você não precisa me prometer isso. – Respondeu, colocando a mão da garota sobre seu coração. Foi uma decisão difícil, mas que precisava ser feita. Ele não tinha escolha. – Mas eu te prometo que jamais te esquecerei, . E quando eu voltar e estiver em segurança, a primeira coisa que farei será entrar em contato com você.
acreditou nessa promessa. Acreditou por anos. Nunca perdeu as esperanças, mas de uns anos para cá já parecia uma promessa boba, feita por um adolescente bobo.
Provavelmente por isso ficou tão desacreditada quando leu a mensagem. Espantou a memória da cabeça mais uma vez, já que ainda se sentia tão mal quando se lembrava da despedida.
Durante seu devaneio nem reparou que já havia escurecido completamente, e que as luzes da casa a sua frente já estavam acessas. Desviou os olhos da janela, acendendo a luz do próprio quarto. Com um fundo suspiro de rendição, foi até onde a mensagem de a aguardava. Deslizou a tela para o lado lentamente, como se fizesse um suspense consigo mesma, digitou sua senha e abriu sua caixa de mensagens. Já sabia o conteúdo da mensagem. Sabia porque ficou por meia hora encarando aquelas três palavras cheias de significado, depois de cinco silenciosos anos sem vê-lo.
“Sim” digitou, eufórica.
Quinze minutos sem repostas haviam se passado, quando sua mãe enfiou a cabeça para dentro do quarto.
- . – Disse. A mais nova virou- se em direção a mãe, preocupada pela forma assustada como esta a chamou. – Hm, você tem visita, querida. Está no jardim.
É , tem que ser ele, pensou, enquanto, afobada, procurava por uma roupa melhor em seu guarda roupa. A primeira vez que ele a veria em cinco anos, e ela não podia estar toda de qualquer jeito. A mãe a assistiu procurando suas melhores vestes e sorriu diante da cena; nem parecia a mesma mulher triste abandonada pelo noivo de um mês atrás. Em seus olhos havia vida, alegria e expectativa, e como mulher conseguia ver que a filha estava amando novamente. Por mais que tenha achado a cena linda, também decidiu que era intima demais, e por isso deixou a moça sozinha no quarto com seus pensamentos.
Depois de optar por vestir uma saia e um top branco, finalmente se posicionou em frente ao espelho, inclinando-se para os lados a fim de ver melhor o conjunto em seu corpo. Aprovando o resultado, arrumou seus cabelos, espirrou seu perfume e preferiu deixar a maquiagem de lado, pois não queria que pensasse que tinha se arrumado, por mais que tivesse feito exatamente isso.
Desceu as escadas descalça, temerosa pela reação do rapaz quando a visse. E se ele não gostasse mais dela? E se ele estivesse casado? E se ele não a achasse mais bonita? Ela sabia que eram indagações tolas e infantis, mas se sentia extremamente insegura para lidar com essa verdade. Para se poupar de mais ansiedade, saiu da porta da sala para o jardim rapidamente, como quem tira um band-aid. Queria vê-lo.
Na penumbra do jardim mal iluminado sentado no banquinho que o pai de fizera há uns bons dez anos atrás, estava . Do mesmo jeito que ela se lembrava. Parecia que ainda estavam presos naquele primeiro verão, e as memórias dos dois jovens processavam as mesmas lembranças tão lindas e ingênuas.
a olhava como se nunca a tivesse visto antes. Estava mais velha, mais bonita. Seus olhos estavam mais vividos, mas sua graça ao caminhar ainda a acompanhava. Se deliciou com o aroma de seu perfume quando ela chegou mais perto, sorrindo timidamente quando parou na frente dele.
- Oi, . – Disse finalmente, sua voz tão doce quanto ele se lembrava.
- Quanto tempo. Quanto tempo, . – Respondeu emocionado. Ignorou toda timidez da moça e, vencendo os passos que ainda os separavam, puxou para um abraço aconchegante.
Ela não hesitou. Sentia tanta falta dele que era impossível dizer o quanto, então também se agarrou em , da maneira mais forte que pôde. Quando finalmente se separaram, enxugou a delicada lágrima que escapou dos olhos de , pegando em sua mão e a levando para sentar-se ao seu lado no banco.
- Tenho uma coisa para contar, não sei como vai reagir. – Disse ele, com a voz cheia de emoção.
Ai, Meu Deus, pensou ela. Ele vai dizer que se casou. Ou que tem filhos. Eu sabia!
- Claro, , pode contar. – Incentivou, acariciando os dedos do rapaz com a mão que ele ainda segurava.
- Bom, eu vim de tão longe apenas para te dar essa notícia. Não quero que receba a notícia por outra pessoa. , eu estou grávida. – Brincou.
caiu na gargalhada. Como pode, ainda era exatamente o mesmo piadista e sem noção que ela se lembrava.
- Ah, não, . – Lamentou, falsamente. – E eu sou o pai? – Continuou, entrando na brincadeira.
- Não, sinto muito.
- Ei! – Protestou, rindo.
Os dois desataram a colocar as notícias em dia. Os dois pensavam que era incrível se reencontrarem, conversaram como se nunca haviam se separado. Provavelmente o amor mede o tempo de uma forma diferente no coração das pessoas, e foi isso que aconteceu no coração daqueles jovens. Por mais desacreditada que estivesse com o retorno de seu primeiro amor, sabia que o amor entre os dois era algo que nunca iria realmente embora, e que talvez tenha sido por isso que seu noivado tenha acabado mal. poderia ser o amor de sua vida, mas de repente ficou triste, pois da única vez que tentaram houve uma despedida no final da história. Mas o que não sabia era que aquele não era o final. Era apenas o começo de uma história ainda melhor.
- Eu voltei para valer, . – Informou o rapaz, sorrindo calmamente. estava satisfeito e tinha no peito aquela sensação boa de dever cumprido. – No exército o tempo passa muito mais devagar. Para você se passou cinco anos, mas para mim foram dez. E se em dez anos você continuou preenchendo meu coração apenas com as lembranças que eu tinha suas, sei que você é a mulher certa para mim.
ficou confusa por um momento. Ele estava se declarando?
- Partir foi a pior decisão que já tomei. Me alistar foi necessário na época, mas não se passou um dia sem que eu tivesse me arrependido de ter me despedido de você aquele dia. Queria poder apagar esse dia da sua memória, sei que sofreu bastante por isso.
Ele pareceu chateado, e com razão. ficou sofrendo por dias após a despedida.
- E o que está querendo dizer com isso, ?
- Estou querendo dizer que se quiser tentar de novo, eu prometo que nunca mais haverá um adeus.
sorriu, emocionada com a revelação. Ainda ontem seu coração ansiava por esquecer uma promessa que ela já julgava tão boba, e aqui estava , se valendo de cumprir com o prometido, e fazendo novas promessas ainda melhores.
- Foram cinco anos sem luz para mim. Eu senti sua falta o tempo todo, mesmo quando eu achava que já tinha superado. – Confessou a garota, com um sorriso.
trouxe-a para mais perto de si, respirando o aroma de seu adocicado shampoo quando se inclinou para beijar o topo da cabeça de , que se aconchegou no abraço que ela mais amava no mundo.
- Só para saiba, . Eu ainda amo você. – Sussurrou em seus ouvidos, tendo uma risadinha eufórica como resposta.
- Eu nunca deixei de te amar, . – Sussurrou para , para si mesma e para o vento, que com um pouquinho de sorte sopraria esse amor para os quatro cantos da Terra.
Depois do reencontro os dois permaneceram ali, grudados e absorvendo a respiração um do outro em um silêncio confortável.
se sentia em paz, e estava finalmente se sentindo completa novamente. Mais do que isso, se sentia segura. Por mais que tenha sido uma despedida tensa, se tinha uma coisa que jamais faria seria quebrar uma promessa. A essa altura do campeonato sentia que ele cumpriria com tudo que prometeu a ela.
E então tinha certeza que eles seriam felizes para sempre, porque, como prometeu, nunca mais haveria um outro adeus.
Cinco anos sem notícias, pensou. E a primeira mensagem que ele me manda é “Posso te ligar?”.
Sendo sincera consigo mesma, sempre soube que jamais esqueceria . E realmente não esqueceu. Não tinha como esquecer as piadinhas bem-humoradas que passaram a ser mais sérias com o tempo, o sorriso largo e amistoso, as curiosidades inúteis que acumulava e ainda como ele era tão legal com todos.
Não era apenas isso, nem ao menos queria esquecer.
Sentada em sua cama e finalmente superando o choque da mensagem recebida, virou o pescoço em direção a janela do quarto, de onde foi possível observar o grande pé de sequoia que crescia no jardim defronte. Levantou-se, indo até a janela, lembrando-se da mesma paisagem que via na adolescência. Muito relutou até resolver voltar para a casa dos pais em sua cidade natal, mas depois que terminou seu noivado não houve mais desculpas: sua mãe a fizera voltar, com a promessa de que seria bem recebida e cercada de amor.
As coisas estavam diferentes por ali, mas de um jeito estranho ainda eram as mesmas. Crianças brincavam na rua e andavam de bicicleta aproveitando os últimos raios de sol do dia, os vizinhos mais dispostos praticavam suas caminhadas diárias e os mais idosos faziam o que sempre fizeram: regavam os jardins no esparramado fim de tarde de domingo. sorriu com a lembrança, até porque a mesma sempre ajudou os vizinhos mais velhos nessa tarefa.
Foi quando seus olhos esbarraram no balanço da casa vizinha que as lembranças começaram a aparecer. Lembrava-se perfeitamente de ter conhecido ali ao lado, quando sua vizinha e melhor amiga da época Taylor Scotts, a apresentou para o primo. Foi no começo do verão do penúltimo ano do ensino médio, há seis anos atrás, e e sua irmã Susy passaram o verão inteiro na casa dos tios.
Foi o melhor verão da vida de ambos. Taylor jamais imaginaria que e iriam se apaixonar, e muito menos pelas suas costas. Na época foi um verdadeiro drama por parte da amiga, mas hoje se lembrava disso achando até engraçado.
desde o começo já chamou atenção de pelo sorriso e olhos tão penetrantes e sinceros. Ele era exatamente igual a todos os adolescentes que ela conhecia, mas provavelmente chamava atenção por ser um garoto novo e muito mais interessante que todos os que conhecia.
Recordava vividamente de todas as vezes que os dois escapavam juntos e sorriam cúmplices pois ninguém tinha noticia deles por horas. Foi em uma dessas escapadas que entre uma risada e outra, depositou um tímido e cálido beijo em seus lábios. se assustou com o gesto, mas depois gargalhou, nervosa, permitindo que ele a beijasse.
Viveu com o romance de verão mais clichê jamais inventado. O romance que superou todas as expectativas da garota assim que completou um ano, quando voltou no verão seguinte. E parando de sorrir imediatamente, balançou a cabeça, porque a única coisa que ela não gostava de lembrar na história dos dois, era o adeus.
- Prometo que não vou esquecer de você, se prometer não esquecer de mim. – Dissera , em meio a lágrimas salgadas que escorriam de seus olhos até seu queixo.
as enxugara, mas também estava chorando.
- Não me prometa isso. Você não precisa me prometer isso. – Respondeu, colocando a mão da garota sobre seu coração. Foi uma decisão difícil, mas que precisava ser feita. Ele não tinha escolha. – Mas eu te prometo que jamais te esquecerei, . E quando eu voltar e estiver em segurança, a primeira coisa que farei será entrar em contato com você.
acreditou nessa promessa. Acreditou por anos. Nunca perdeu as esperanças, mas de uns anos para cá já parecia uma promessa boba, feita por um adolescente bobo.
Provavelmente por isso ficou tão desacreditada quando leu a mensagem. Espantou a memória da cabeça mais uma vez, já que ainda se sentia tão mal quando se lembrava da despedida.
Durante seu devaneio nem reparou que já havia escurecido completamente, e que as luzes da casa a sua frente já estavam acessas. Desviou os olhos da janela, acendendo a luz do próprio quarto. Com um fundo suspiro de rendição, foi até onde a mensagem de a aguardava. Deslizou a tela para o lado lentamente, como se fizesse um suspense consigo mesma, digitou sua senha e abriu sua caixa de mensagens. Já sabia o conteúdo da mensagem. Sabia porque ficou por meia hora encarando aquelas três palavras cheias de significado, depois de cinco silenciosos anos sem vê-lo.
“Sim” digitou, eufórica.
Quinze minutos sem repostas haviam se passado, quando sua mãe enfiou a cabeça para dentro do quarto.
- . – Disse. A mais nova virou- se em direção a mãe, preocupada pela forma assustada como esta a chamou. – Hm, você tem visita, querida. Está no jardim.
É , tem que ser ele, pensou, enquanto, afobada, procurava por uma roupa melhor em seu guarda roupa. A primeira vez que ele a veria em cinco anos, e ela não podia estar toda de qualquer jeito. A mãe a assistiu procurando suas melhores vestes e sorriu diante da cena; nem parecia a mesma mulher triste abandonada pelo noivo de um mês atrás. Em seus olhos havia vida, alegria e expectativa, e como mulher conseguia ver que a filha estava amando novamente. Por mais que tenha achado a cena linda, também decidiu que era intima demais, e por isso deixou a moça sozinha no quarto com seus pensamentos.
Depois de optar por vestir uma saia e um top branco, finalmente se posicionou em frente ao espelho, inclinando-se para os lados a fim de ver melhor o conjunto em seu corpo. Aprovando o resultado, arrumou seus cabelos, espirrou seu perfume e preferiu deixar a maquiagem de lado, pois não queria que pensasse que tinha se arrumado, por mais que tivesse feito exatamente isso.
Desceu as escadas descalça, temerosa pela reação do rapaz quando a visse. E se ele não gostasse mais dela? E se ele estivesse casado? E se ele não a achasse mais bonita? Ela sabia que eram indagações tolas e infantis, mas se sentia extremamente insegura para lidar com essa verdade. Para se poupar de mais ansiedade, saiu da porta da sala para o jardim rapidamente, como quem tira um band-aid. Queria vê-lo.
Na penumbra do jardim mal iluminado sentado no banquinho que o pai de fizera há uns bons dez anos atrás, estava . Do mesmo jeito que ela se lembrava. Parecia que ainda estavam presos naquele primeiro verão, e as memórias dos dois jovens processavam as mesmas lembranças tão lindas e ingênuas.
a olhava como se nunca a tivesse visto antes. Estava mais velha, mais bonita. Seus olhos estavam mais vividos, mas sua graça ao caminhar ainda a acompanhava. Se deliciou com o aroma de seu perfume quando ela chegou mais perto, sorrindo timidamente quando parou na frente dele.
- Oi, . – Disse finalmente, sua voz tão doce quanto ele se lembrava.
- Quanto tempo. Quanto tempo, . – Respondeu emocionado. Ignorou toda timidez da moça e, vencendo os passos que ainda os separavam, puxou para um abraço aconchegante.
Ela não hesitou. Sentia tanta falta dele que era impossível dizer o quanto, então também se agarrou em , da maneira mais forte que pôde. Quando finalmente se separaram, enxugou a delicada lágrima que escapou dos olhos de , pegando em sua mão e a levando para sentar-se ao seu lado no banco.
- Tenho uma coisa para contar, não sei como vai reagir. – Disse ele, com a voz cheia de emoção.
Ai, Meu Deus, pensou ela. Ele vai dizer que se casou. Ou que tem filhos. Eu sabia!
- Claro, , pode contar. – Incentivou, acariciando os dedos do rapaz com a mão que ele ainda segurava.
- Bom, eu vim de tão longe apenas para te dar essa notícia. Não quero que receba a notícia por outra pessoa. , eu estou grávida. – Brincou.
caiu na gargalhada. Como pode, ainda era exatamente o mesmo piadista e sem noção que ela se lembrava.
- Ah, não, . – Lamentou, falsamente. – E eu sou o pai? – Continuou, entrando na brincadeira.
- Não, sinto muito.
- Ei! – Protestou, rindo.
Os dois desataram a colocar as notícias em dia. Os dois pensavam que era incrível se reencontrarem, conversaram como se nunca haviam se separado. Provavelmente o amor mede o tempo de uma forma diferente no coração das pessoas, e foi isso que aconteceu no coração daqueles jovens. Por mais desacreditada que estivesse com o retorno de seu primeiro amor, sabia que o amor entre os dois era algo que nunca iria realmente embora, e que talvez tenha sido por isso que seu noivado tenha acabado mal. poderia ser o amor de sua vida, mas de repente ficou triste, pois da única vez que tentaram houve uma despedida no final da história. Mas o que não sabia era que aquele não era o final. Era apenas o começo de uma história ainda melhor.
- Eu voltei para valer, . – Informou o rapaz, sorrindo calmamente. estava satisfeito e tinha no peito aquela sensação boa de dever cumprido. – No exército o tempo passa muito mais devagar. Para você se passou cinco anos, mas para mim foram dez. E se em dez anos você continuou preenchendo meu coração apenas com as lembranças que eu tinha suas, sei que você é a mulher certa para mim.
ficou confusa por um momento. Ele estava se declarando?
- Partir foi a pior decisão que já tomei. Me alistar foi necessário na época, mas não se passou um dia sem que eu tivesse me arrependido de ter me despedido de você aquele dia. Queria poder apagar esse dia da sua memória, sei que sofreu bastante por isso.
Ele pareceu chateado, e com razão. ficou sofrendo por dias após a despedida.
- E o que está querendo dizer com isso, ?
- Estou querendo dizer que se quiser tentar de novo, eu prometo que nunca mais haverá um adeus.
sorriu, emocionada com a revelação. Ainda ontem seu coração ansiava por esquecer uma promessa que ela já julgava tão boba, e aqui estava , se valendo de cumprir com o prometido, e fazendo novas promessas ainda melhores.
- Foram cinco anos sem luz para mim. Eu senti sua falta o tempo todo, mesmo quando eu achava que já tinha superado. – Confessou a garota, com um sorriso.
trouxe-a para mais perto de si, respirando o aroma de seu adocicado shampoo quando se inclinou para beijar o topo da cabeça de , que se aconchegou no abraço que ela mais amava no mundo.
- Só para saiba, . Eu ainda amo você. – Sussurrou em seus ouvidos, tendo uma risadinha eufórica como resposta.
- Eu nunca deixei de te amar, . – Sussurrou para , para si mesma e para o vento, que com um pouquinho de sorte sopraria esse amor para os quatro cantos da Terra.
Depois do reencontro os dois permaneceram ali, grudados e absorvendo a respiração um do outro em um silêncio confortável.
se sentia em paz, e estava finalmente se sentindo completa novamente. Mais do que isso, se sentia segura. Por mais que tenha sido uma despedida tensa, se tinha uma coisa que jamais faria seria quebrar uma promessa. A essa altura do campeonato sentia que ele cumpriria com tudo que prometeu a ela.
E então tinha certeza que eles seriam felizes para sempre, porque, como prometeu, nunca mais haveria um outro adeus.
Fim!
Nota da autora: Oi, gente! Mais uma oneshot passando por aqui. E, assim como , eu também fiz promessas e prometi escrever mais fanfics com finais felizes! Então espero que tenham gostado e não se esqueçam de me deixar um mimo aqui embaixo, ficarei super feliz!
Um beijo a todas!
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Um beijo a todas!
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