CAPÍTULO: [Único]





11. Thinking Out Loud








Capítulo Único



Darling’ I will be lovin’ you
Till we’re seventy


Alisson o odiava.
Ela o odiava com todas as suas forças e mais todas as outras que pudesse arranjar para odiá-lo. Por isso, assim que chegou em casa, ela só conseguiu se jogar no sofá da sala e chorar mais do que já fazia. Meu Deus, como ela podia ser tão ridícula? Tão terrivelmente estúpida? Tão incrivelmente ingênua? Eram seus pensamentos. Quais outros adjetivos a garota poderia usar como sinônimos para idiota? Também não importava. Seu único desejo era morrer por ter perdido tantos meses da vida dela com alguém que não valia a pena.
— Ally querida, é você? O almoço já está quase… — A voz de sua avó ecoou nas paredes da sala, e tudo que Allison conseguiu fazer foi enterrar mais seu rosto na almofada para que ela não a visse chorar. Mas foi em vão, vovó sempre sabia de tudo. — Meu bem, o que foi que aconteceu? Por que você está chorando? — Ela se sentou na beirada do sofá, secando as mãos no avental para afagar os cabelos da neta.
— Eu não quero falar sobre isso, vovó. — Allison resmungou com a voz agora abafada pela lã do suéter que a senhora usava. Sem que a mais nova percebesse, havia mudado de posição, correndo para o conforto do colo de sua avó a procura de seus afagos que de uma forma ou outra a reconfortavam.
— Como não quer? Claro que quer. Eu sou sua avó, Allison, você sabe que pode sempre me contar tudo. Eu não vou contar nada pra sua mãe, até porque ela é uma fofoqueira. — Vovó Emily brincou, arrancando um sorriso dos lábios da jovem. Ela a havia convencido, e Allison sabia que precisava colocar todo aquele sentimento pra fora ou ele ficaria guardado em seu peito por mais tempo que ela gostaria. Então logo levantou do colo da avó para cruzar as pernas sobre o sofá e endireitar a postura. A senhora também se ajustou, colocando uma almofada atrás das costas para que ela pudesse ficar mais confortável enquanto a neta falava. Seus cabelos esbranquiçados estavam sedosos como de costume e os óculos quase caíam na ponta do nariz, fazendo-a ajustá-lo de tempos em tempos.
— O Chris, vó… ele … — Alisson mal conseguia explicar a situação sem voltar a chorar, as cenas reprisando em sua mente de forma torturante. Ela respirou fundo, passando as mãos sobre os olhos, tentando se controlar. — Nós terminamos. Quer dizer, ele terminou comigo com justificativas tão… e depois eu vi ele com outra garota! No mesmo dia que ele terminou comigo. Como eu sou idiota! — A jovem escondeu o rosto novamente em uma das almofadas. Mal conseguia encarar a avó. Ela pensava que ela também a acharia ingênua demais. Mas, provando-a o contrário, Emily afagou novamente os cabelos da neta enquanto dizia que tudo ficaria bem.
— Se acalme, querida. — Ela pediu, fazendo com que a jovem se levantasse para encará-la nos olhos. A senhora tocou o rosto da neta com carinho, limpando as lágrimas que insistiam em escorrer em seu rosto. — Se isso aconteceu é porque não era pra ser.
— Como eu vou saber, vovó? — Alisson fungou, chateada por se sentir tão mal por alguém que havia provado que nem se importava com ela. — Como você soube que o vovô era a pessoa certa?
— Ah, querida… — Um largo sorriso surgiu no rosto cansado da senhora Emily e um brilho diferente tomou seus olhos. Tornaram-se vagos por alguns instantes, como se recordassem de alguma coisa. — Você simplesmente sabe. Eu sempre soube, desde o dia que conheci seu avô.
— Como assim sempre soube? — Allison piscou algumas vezes, com os grandes olhos verdes curiosos. Ela já havia parado de chorar apesar de seu rosto continuar avermelhado por conta da pele branquinha. A avó voltou a observá-la, ponderando se devia começar com aquele assuntou ou não. Emily tinha plena noção de que quando começava aquele assunto, demorava a sair dele. Havia perdido a conta de quantas vezes contara aquela história, mas ela jamais se cansaria dela, e parece que a neta também não se cansava de escutá-la.
— Você quer que eu te conte? — A avó perguntou, umedecendo os lábios enquanto ajustava os óculos mais próximo do rosto. Allison assentiu, encorajando-a, então ela cedeu, soltando um longo suspiro antes de começar a falar.

Era primavera do ano de 1967.
As árvores e os canteiros estavam repletos de flores coloridas que embelezavam os olhos de quem os observasse. Eu gostava de passar as tardes nos parques, assistindo-as brotarem ou notando como as pessoas pareciam ficar mais felizes na primavera. A estação deixava tudo mais bonito, mais feliz. Mas aquele dia seria diferente, eu não tinha tempo de sobra para passar no parque como geralmente fazia.
Era lançamento do “All You Need Is Love” e eu não poderia esperar mais tempo para colocar as minhas mãos no single. Desde que os Beatles tocaram aquela música ao vivo na BBC para o mundo todo e anunciado que em breve seria lançada em vinil, eu não conseguia pensar em outra coisa além de conseguir finalmente escutá-la quantas vezes eu quisesse quando tivesse o LP em minhas mãos. Foi por isso que, assim que terminaram minhas aulas, eu corri o mais rápido que pude para a loja de discos mais próxima, orgulhosa por ter economizado aquele dinheiro durante um mês inteiro.
Mesmo com a fila dobrando a esquina eu não desisti. Depois de algumas horas inteiras, havia chegado, finalmente, a minha vez. E eu me sentiria sortuda por ter conseguido o último disco do expositor se tanto eu quanto outra mão não tivéssemos segurado ele ao mesmo tempo.
— Hey. — Eu resmunguei, levantando os olhos para encarar o garoto a minha frente, com um sorriso de canto dos lábios. E nenhum de nós ainda havia deixado o vinil de lado. — Esse single é meu, eu vi primeiro.
— Quem disse isso, babe? — Ele deu um pequeno riso, ajeitando o case do violão que ele trazia consigo, nas costas.
— Será que o senhor não tem outros destes aí dentro? — Perguntei para o homem de cabelos grisalhos, atrás do caixa. A loja já estava vazia, éramos só nós três lá dentro. Todos já tinham comprado o single, então aquele deveria ser meu.
— Não tenho, senhorita, acabaram todos. Esses meninos, Beatles, mal chega uma leva de discos e acaba no mesmo dia. Uma mina de ouro, preciso admitir. — O homem respondeu e eu suspirei frustrada, apertando mais o papelão da embalagem nos meus dedos. Por um momento pensei em ceder, mas já passava das cinco da tarde e eu tinha certeza que todas as lojas de discos da cidade estariam da mesma forma do que esta, esgotada.
Soltei um suspiro frustrado e voltei a encarar o garoto a minha frente. Ele aparentava ter a mesma idade do que eu, ou talvez alguns poucos anos mais velho. Pelo violão que ele trazia consigo deveria ser músico ou estudante. Seus olhos castanhos me observavam atentos, com o sorriso divertido sem desaparecer dos lábios.
— Veja bem, por que não fazemos um acordo? — Ele propôs de repente e eu me vi prestando atenção demais nas sardas que ele trazia sobre as maçãs do rosto.
— Um acordo? — Perguntei, me punindo por encará-lo daquela forma. Mas ele era tão bonito. Eu nunca havia olhado para um garoto como eu olhava para aquele. Eu podia sentir meus dedos formigando e um vento frio atingindo apenas a boca do meu estômago.
— Sim. Por que não compramos juntos e revezamos nos dias da semana? — Seus olhos me observavam enquanto eu o analisava. O que eu teria a perder? Poder escutá-lo alguns dias da semana era melhor do que não poder escutá-lo nem um dia sequer. Então concordei com aquela ideia maluca.
— Eu não sei nem o seu nome.
— Will… William. — Ele estendeu a mão livre para mim e eu retirei uma das que eu segurava o LP para cumprimentá-lo.
— Emily… — Disse meu nome, com a boa educação que eu tinha. — Está bem. Mas eu começo. — Retirei com um movimento brusco o disco de suas mãos. Ele continuou com o sorriso nos lábios, meneando a cabeça em negativa enquanto pagávamos para o senhor o valor da compra.
— Pelo menos ficamos com algum dinheiro sobrando. — William iniciou assim que saímos da loja. — Já podemos tomar um sorvete.
Eu o encarei com os cantos dos olhos, sem conseguir evitar o sorriso que formava em meus lábios.
— Um sorvete? — Repeti o que ele havia acabado de falar, apenas para ganhar tempo.
— Um sorvete. Nós precisamos nos conhecer já que vamos dividi-lo. — Ele apontou para a sacola que estava nas minhas mãos. Eu apenas assenti enquanto caminhávamos para a sorveteria logo na esquina.
Depois disso passamos a nos ver com uma certa frequência, sempre com a desculpa de entregarmos o single um para o outro, mas eu sabia que era muito mais do que aquilo. Talvez William nem gostasse tanto dos Beatles porque uma vez eu troquei o disco por um de Jazz do meu pai, mantendo apenas a capa original, e ele nem ao menos havia notado, me devolvendo-o sem dizer uma palavra sequer alguns dias depois.
Eu também não disse nada porque não queria afastá-lo. Eu também gostava de vê-lo. Eu gostava mais de William do que do “All You Need is Love”, se você quiser uma comparação.


— E então vocês começaram a namorar? — Allison perguntou depois de uma pequena risada. Ela estava com o corpo inclinado sobre os joelhos, visivelmente interessada em cada detalhe daquela história. A senhora ajustou os óculos antes de continuar.
— Bem, foi quase isso…

Nós nos tornamos grandes amigos. Depois de cerca de um mês, quase dois, houve um dia que esqueci de levar o disco comigo e ele disse que não havia problemas. Depois disso eu nunca mais levei comigo nos nossos encontros e William nunca mais perguntou sobre ele. Will estudava violão, então sempre andava com ele para todos os lugares. Um dia estávamos no parque, deitados na grama para observar as estrelas, quando pedi para que ele tocasse alguma música pra mim.
Demorou para eu convencê-lo.
Ele me disse que ainda estava aprendendo, mas eu achei maravilhoso o jeito como ele dedilhava as cordas do violão e parecia saber o que estava fazendo. Ele ficava tão lindo quando se concentrava para tocar alguma música. Com os olhos fechados e a respiração compassada. Foi naquele momento que eu tive a certeza, querida. Que seu avô era o homem que eu amaria por toda a vida. Eu não precisei de beijos ou de promessas de amor, eu ao menos sabia se ele me amava de volta o tanto quanto eu o amava.
Eu nunca vou me esquecer da forma como ele me olhou quando terminou a música. Seus olhos estavam densos como o brilho daquelas estrelas sobre nós e os lábios separados, nervosos. Willian deixou o violão de lado antes de se aproximar de mim. Eu podia sentir meu coração falhando só pelo toque suave que a palma da sua mão tinha sobre meu rosto, e então fechei os olhos por algum tempo. Para apreciar o momento.
— Você fechou os olhos mas eu posso vê-los sorrindo bem aqui. — Will tocou minhas bochechas com as pontas dos dedos. Em qualquer outra situação, com qualquer outro garoto, eu enrubesceria pela aproximação, pela intimidade que eu nunca havia tido antes com ninguém. Mas era William, com ele eu me sentia apenas eu mesma. Amada, querida, única.
Abri os olhos para sorrir da melhor forma que consegui antes que ele me beijasse. Lá estava, o amor que eu suspeitava que ele retribuísse. Eu podia quase senti-lo enquanto Will me beijava carinhosamente. Com seus dedos enrolando as pontas dos meus cabelos e acariciando minhas bochechas. Eu nunca havia me sentido tão bem na vida como quando o abracei depois que nos separamos. Meus braços em volta de seu tronco e minha cabeça apoiada em seu peito, ouvindo os batimentos apressados de seu coração.


— E foi naquele dia, depois de apenas um beijo, que eu soube que nos amaríamos pelos resto de nossos dias… — A senhora Emily continuou, com lágrimas nos olhos. Ela se sentia tola por ainda se emocionar com aquelas lembranças. Mas cada vez que ela dizia aquelas palavras e as cenas se repetiam na sua cabeça, ela se sentia como se vivesse aquilo novamente.
Allison limpou uma lágrima boba que escorria pelo canto de seus olhos quando a avó terminou de falar e então a porta da sala fez barulho enquanto era aberta. Desta vez as lágrimas eram de emoção por ouvir a forma como aquela senhora falava do amor. Ela esperava que um dia pudesse sentir-se desta forma também.
— Eu não posso acreditar que você está contando essa história de novo, Em. — Um senhor, que aparentava 70 anos, de óculos e com quase todos os cabelos brancos, entrou na sala, deixando seu violão e o cachecol no aparador próximo a porta. Atrás dele surgiu um garoto moreno de olhos verdes, com o semblante preocupado.
— Allison! — O garoto resmungou enquanto caminhava até a garota como um furacão, de tão apressado.
— O que eu podia fazer? A nossa neta quem pediu para eu contar, querido. — Emily se levantou para ir de encontro ao marido. Eles selaram os lábios brevemente e então o senhor passou um dos braços pela cintura da senhora, para abraçá-la de lado. Ele gostava de implicar com ela, mas ele também adorava recordar aquela história e se lembrar o motivo que o levava a amá-la tanto até os dias de hoje.
— Seth! O que você está fazendo aqui? — Allison perguntou para o melhor amigo, se levantando do sofá para encarar o garoto.
— Eu encontrei ele sentado na nossa calçada enquanto voltava da aula, achei que era melhor convidá-lo para entrar. — William respondeu, ainda abraçado à esposa.
— E como foi a aula, Will? Os garotos estão indo bem? — Emily perguntou aos sussurros, não querendo interromper a conversa dos mais novos, mas ansiosa para saber sobre as crianças que o marido ensinava.
— Estão cada vez melhores. — Ele respondeu simplesmente, um tanto quanto desatento porque prestava atenção em Allison e Seth.
— Eu queria te ver.
— Queria me ver? Eu fiquei te esperando quase uma hora pra irmos para casa depois da aula e você desapareceu! Que tipo de melhor amigo você é? — A garota esbravejou, cruzando os braços em frente ao corpo.
— Eu demorei porque fiquei sabendo do que aquele idiota do Chris fez com você. Mas eu já dei uma lição nele. — O garoto respondeu, fazendo-a arregalar os olhos e tapar a boca.
— Você o quê?
— Dei um soco bem no meio da cara dele, pra ele aprender como se trata uma garota. — Seth disse entre dentes, sem coragem de encarar a garota enquanto dizia isso.
Will deu um pequeno riso, inclinando sobre a esposa, ainda em seus braços, para sussurrar em seu ouvido.
— Você se lembrou do mesmo que eu? — Ele questionou, voltando a posição de antes para observá-la.
— Como eu podia esquecer?

Mesmo que William viesse em sua direção com um enorme sorriso no rosto, Emily rolou os olhos e começou a caminhar em direção contrária, obrigando-o a apressar os passos para alcançá-la.
— Em, espere! — Ele disse, segurando-a pelo braço para que pudesse olhar em seus olhos furiosos.
— Eu esperar? Mais do que eu já esperei? — Emily fechou a cara, forçando-o a soltar seu braço. — William, nós perdemos a reserva no restaurante... Para o jantar do nosso aniversário de namoro!
— Eu sei, me desculpe. — Ele pediu com o semblante culpado.
— Desculpas não são o suficientes. Eu não consigo acreditar que você fez isso, você anda tão estranho... Distante. Não é mais o Will que eu conheci naquela loja de discos. — Ele podia jurar que ela começaria a chorar a qualquer momento e se culpava imensamente por isso.
— Não, Em! — William buscou as mãos da garota, segurando-as firmemente enquanto a fitava. — Emily, eu te amo mais do que tudo. Me pego pensando como eu consigo me apaixonar de novo e de novo por você todos os dias como se fosse a primeira vez. E eu tenho certeza de que vai ser assim pra sempre, até sermos bem velhinhos com 70, 80 anos e continuaremos nos amando do mesmo jeito que hoje... Mesmo que seus cabelos não brilhem mais como fazem agora, ou que você se esqueça dos nomes de nossos netos ou que não consiga colocar mais a linha no buraco da agulha com a rapidez que você faz hoje. Ainda assim eu vou te amar, e ainda assim você será a mulher mais bonita do mundo pra mim. Porque a sua alma sempre será a mesma pela qual eu me apaixonei e seus olhos ainda vão sorrir nas suas bochechas quando você fica envergonhada.
— Will, — Emily tentou dizer alguma coisa, mas ele não permitiu, retirando, antes que ela continuasse, uma das mãos das dela para pegar alguma coisa no bolso do casaco. Era uma pequena caixinha preta de veludo, com um laço branco bem delicado no topo da tampa que dava um toque especial à embalagem. Os olhos da garota trasbordavam as lágrimas.
— Foi por isso que eu demorei. — William admitiu enquanto abria a caixinha, exibindo um delicado anel de noivado. Simples, mas o mais bonito que Emily poderia desejar, porque era Will quem a oferecia. — Case-se comigo.
— Você é louco! — Ela exclamou levando as mãos até o rosto, sem acreditar no que seus olhos viam. — Nós só temos 23! Temos... Temos tanto pela frente ainda.
— E quero fazer tudo isso bem ao seu lado, babe. O que me diz? — Ele continuou com a caixinha ainda aberta e os olhos marejados de Em nos seus. A garota já sabia da resposta antes mesmo dele perguntar. Era verdade, eram novos, mas ambos sabiam que seu destino era ficarem ao lado um do outro pelo resto da vida, então qual era a diferença esperar ou casarem-se agora? Não havia porque adiar aquela felicidade.
Foi por isso que Emily achou que palavras não eram necessárias naquela hora. Ela apenas abraçou o namorado, agora noivo, com toda a força que pode, selando-lhe os lábios de forma apaixonada.


— Você não pode, Seth, não pode sair batendo nos outros assim. Você podia ter se machucado. — Allison encarou o amigo com uma expressão preocupada. Ele havia feito aquilo por ela? Ela não podia acreditar.
— Ally... — Seth se aproximou da garota, colocando as mãos uma em cada ombro dela, fazendo-a prestar atenção nas palavras que ele diria. — Eu não me importo com isso. Eu só precisava provar pra ele que eu estou aqui para cuidar de você... Porque você merece alguém bem melhor do que ele. Alguém que se preocupe e goste de você do jeito que você é. Ele não te merece, então não fique triste por um babaca desses.
— Allison é tão preocupada em encontrar o amor que não vê o que está bem embaixo do seu nariz. — A senhora Emily sussurrou para o marido, maravilhada pela forma como a neta e o garoto a faziam recordar dela mesma e de Will quando eram jovens. Tão intensos e tão tolos, com medo de se apaixonar.
— Seth... — Allison murmurou, com as palavras do amigo se mesclando com as palavras que sua avó havia contado momentos atrás. Será que era sobre aquilo que ela falava? Era aquele calor preenchendo seu coração enquanto Seth dizia aquelas coisas bonitas? Aquilo que era amar? Ela podia ter quase certeza que era... E só de pensar naquilo ela podia sentir suas pernas virarem gelatina. Por que ela nunca havia notado a forma como ela se sentia feliz e completa quando estava com Seth? Como ele era a única pessoa que a fazia se animar em momentos como aquele ou como ela sentia falta dele nos dias que ele deixava de ligar para desejar-lhe boa noite. Allison desviou brevemente o olhar do garoto a sua frente para a avó no fundo da sala, que lhe deu um sorriso de encorajamento. Oh Deus, ela amava Seth e nunca havia se dado conta. Ally não soube de onde arranjou coragem o suficiente para dar um passo para frente e beijá-lo. Ele não demorou a correspondê-la.
— Talvez você tenha aberto os olhos dela, querida. — Foi o que William disse, olhando carinhosamente para esposa enquanto davam as mãos e caminhavam para a cozinha a fim de dar privacidade para os garotos.



Fim



Nota da autora: Oi, pessoal, quanto tempo, não é? Apesar de fazer um bom tempo que não envio fanfic aqui pro site, quando eu vi que o ficstape seria do Ed, eu não pude resistir. Esse cara, e suas músicas, tem sido minhas principais fontes de inspiração nos últimos tempos. Não tem uma música dele que eu não escute e imagine uma história por trás de cada estrofe, logo, minhas leitoras devem agradecer a esse ruivo por cada cena que tenho escrito no último ano. Apesar da fic não ser interativa, espero que tenham gostado, resolvi manter os personagens fixos porque achei que perderia a magia. Obrigada pela leitura, nos vemos no show do Edinho. Beijos.

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