Capítulo Único

Guerra. Armas. Balas. Bandeiras.
Um sonho de todo soldado era que aquele momento acabasse. Voltar para casa, ver família, mulher e filhos.
Downey estava cansado, debilitado, esperando acabar tudo. Ouvi tiros novamente e torcendo para que não fosse encontrado no barranco.
A bala estava alojada em seu peito e precisava respirar bem devagar para não sentir mais dor do que já sentia.
— Downey não veio com vocês? – general perguntou aos seus soldados. Downey era um de seus melhores soldados que tinha, sabia que não ficaria para trás.
— Senhor, o soldado Downey sumiu quando acertaram com o canhão onde nós estávamos, voltamos para ver se achávamos, mas nem mesmo um pedaço de roupa dele estava lá.
— Podemos voltar de noite, ou esperá-lo.
— Dispensados.
Com a única palavra dita a eles, os soldados foram seus devidos lugares.

Estava ainda no mesmo lugar, observava cada canto com muita atenção, ao longe percebeu uma movimentação nas pequenas pedras que havia no chão. O exercício rival estava se aproximando, precisava pensar sem se mexer muito ou nem um pouco, a bala fazia doer a cada segundo, estava fraco com sangramento e sua visão estava turva.
O tanque vinha se aproximando junto dos soldados estava na beira da morte, agora era um segundo para perder a vida.
Lentamente, virou a cabeça para o lado e viu o que não tinha percebido antes, uma granda, com pino.
— Vemos que tem um verme aqui ainda vivo. – falou um soldado. – Deveria ter morrido já. – o chutou. – Quer uma ajuda para terminar de morrer. – agachou, pegou o aço e encostou onde a ferida estava exposta, Downey estava respirando franco.
— Vocês pagaram caro, morrerão tentando e nunca irão conseguir. – cuspiu na cara dele. – Podem terem me fudido, mas não conquistaram aquelas terras.
— Veja do céu se “suas terras” serem conquistadas por nós.
O soldado colocou a faca mais a fundo na ferida de Downey, o homem gritou de dor mas mesmo com todo seu corpo gritando para que aquele momento parasse que resistiu se aproximou do soldado, prendeu a granada na roupa dele e jogou o pino ao seu lado.
— Corte, mas depois se exploda sozinho, filho da puta.
Então ele percebeu a granada em sua roupa e saiu correndo deixando a faca ao lado do soldado Downey, não foi uma das melhores cenas mas para sobreviver ele faria qualquer coisa, enquanto a granada explodia ele pegou forças, as únicas que lhe restava e correu o tanto que podia; queria resgatar sua vida e voltar para sua noiva .

Reino Unido.

Cheiro de esterilização. Maca. Luz fraca.
estava terminando a ficha e entrou no quarto, estava aliviada de ter recebido a carta do exército porém angustiada de não ter sido seu amado que escreveu.
— ? – ela o viu o curativo. – então era isso que eles estavam me escondendo. – Meu amor.
— , eles falaram que iam tentar entrar em contato e que não tinham conseguido.
— Eu estou aqui agora, não saio daqui, só para voltar para casa.
— A única coisa que eu preciso realmente é você, meu amor.
se inclinou e beijou seu noivo, agora por mais calma que estivesse ela sabia que haveria pequenos momentos que precisaria está do lado dele, e isso ela nunca deixaria de fazer.