12. My Everything

Finalizada em: Fanfic finalizada

Capítulo Único

O forte cheiro de nicotina entorpecia a mente da jovem mulher que se encontrava solitária no saguão da suja rodoviária. Não havia mais o frenético movimento de pessoas, não havia choros de crianças, risadas adultas, flertes juvenis, despedidas ou reencontros. A única coisa que restou no mórbido ambiente fora a mulher de vinte e sete anos e suas trágicas memórias. Ela fitava o cigarro queimar, como se fizesse parte de um ritual pessoal. Memórias, certamente eram essas que envolviam sua mente, lembranças de um passado e expectativas de um futuro.
Uma singela lágrima escorreu pelo seu rosto quando desviou seu olhar do objeto que fitava intensamente, o jogou no chão, pisoteando-o ao se levantar e rumar-se a saída com seu corpo esguio. Seu caminhar se assemelhava a passos de dança, onde o único som era produzido por seus sapatos o qual o eco era ouvido a distancia. Ela obteve seu sucesso, buscava o esquecimento e comemorava seu fracasso.
O justo vestido cinza de grife e a ausência de bagagem evidenciaram que aquele local não era o adequado a ela. Porém um dia fora seu lugar preferido. Ao empurrar a enorme porta de vidro, o vento fez com que seus longos cabelos se desenrolassem e ganhassem vida. Encolhendo-se caminhou em direção ao ponto de táxi mais próximo. Cabisbaixa retirou um bilhete de seu bolso e o fitou, a caligrafia mal feita fez com que ela comprimisse seus lábios ao reler a frase que nunca desejou, rapidamente amassou o papel e o guardou ao avistar um carro amarelado ao qual sinalizou. Ao adentrar o carro murmurou ao motorista o endereço que ansiava chegar, quando o homem de expressões marcadas a fitou ela sentiu-se segura ao constatar nos lábios dele um cigarro aceso pendurado. O motorista emitiu um sorriso torto ao perceber que a garota o observava demais, ela fechou seus olhos ao inspirar o aroma e encostou sua cabeça contra o vidro, deixando com que as lembranças a inundassem.
Uma melodia doce invadiu sua mente, fazendo-a fitar o rapaz que tinha os olhos mais bonitos que ela já vira. Ambos tinham dezesseis anos e estavam sozinhos no baile de primavera da escola em que estudavam. O garoto ajeitou seus óculos de grau enquanto tragava o cigarro que estava em sua boca.
- Isso ainda vai te matar, . – disse a garota rindo, puxando o cigarro.
- Por favor, . – resmungou o rapaz fazendo manha – Você não é minha mãe.
- Eu sei, mas sou sua amiga e não quero ir ao seu enterro precoce. – gargalhou a menina, pisando em cima do cigarro.
- Não seja estúpida. – murmurou , a puxando – Eu deixo você se embebedar...
- Você não se importa comigo. – riu a menina colocando seus dedos na boca do garoto – Se eu morresse hoje você nem notaria...
Ele deu o sorriso preferido da garota ao dizer enquanto retirava as mãos dela de seus lábios.
- Eu morreria junto, porque você é meu tudo.
Antes que pudesse rebater, eles se beijaram.


Uma freada brusca fez com que a mulher de casaco vermelho despertasse e encarasse assustada o retrovisor e deparasse com os olhos do motorista, que murmurou que haviam chego ao destino. o agradeceu e desceu do veiculo. Suas vestes fizeram com que ela se destacasse no meio da escuridão. Seus passos firmes evidenciavam que algo trágico viria a acontecer. Ela buscou em seu bolso a chave que ele lhe dera, e abriu o portão do prédio que sonhara um dia em morar. Ao fechá-lo, novamente sua memória se entorpeceu e fez com que recordasse do dia em que suas mãos foram puxadas pelas dele, com um estúpido sorriso no rosto ambos riam de nada, os sempre sedutores olhos do homem a enfeitiçaram desde quando o olhara pela primeira vez aos treze anos. Seu primeiro de vários amores, ambos compartilharam sonhos, objetivos, planos, erros... Porém ainda jovens, o destino fez com que se separassem. Balançando sua cabeça, a mulher de cabelos castanhos se direcionou a porta, ela completaria seu objetivo. Encerraria de uma vez por todas seu estranho ritual de acender um cigarro em homenagem a pessoa que ela acreditou amar intensamente, acreditou ser seu tudo.
Ao chegar à frente do apartamento do homem, ela abriu a porta exclamando:
- EU SOU UMA PECADORA, SIM! NUNCA FUI A SANTA, NUNCA! EU NÃO AGUENTO MAIS, , NÃO AGUENTO! NÃO QUERO MAIS SER SEU ERRO, NÃO QUERO QUE VOCÊ SEJA MEU ERRO. NÃO HÁ UM FINAL FELIZ, EU SEI. NÃO HÁ UM POTE DE OURO NO FINAL DO NOSSO ARCO-IRIS, NUNCA HOUVE... EU ACABEI ME TORNANDO SUA FUGA E VOCÊ A MINHA. TORNEI-ME SUA AMANTE, SIM! PORQUE VOCÊ NUNCA TEVE A CAPACIDADE DE AMAR SUA MULHER, NUNCA!
Uma luz se acendeu, no momento em que ela cessou suas palavras para chorar.
- EU GUARDEI MEU AMOR PARA VOCÊ, E VOCÊ? VOCÊ ME ILUDIU, SEU PUTO!
Uma mulher seminua apareceu na sala, seus curtos cabelos loiros bagunçados fizeram com que a protagonista cessasse seu monologo.
- Que merda é essa? O que faz aqui, ? Está bêbada? Como que... !
Perdida, a mulher fitou o corpo masculino, também desnudo, adentrar o ambiente.
- Ela está bêbada, Sam. – sussurrou o homem a sua esposa.
- Eu nunca estive tão lúcida, seu estúpido! – exclamou a jovem , agredindo-o – Eu estou farta, farta de encenar e me fazer de boazinha... Você não se cansa?
- Do que ela está falando? – questionou Samantha – EXPLIQUE, !
- Vai me dizer que eu falei em outro idioma? – questionou a única mulher descentemente vestida – Eu entrei aqui exclamando que você é uma corna, e que seu marido santo, dos seus sonhos... Não passa de um cafajeste.
Sam se manteve paralisada.
- ! – exclamou o homem a segurando pelos braços – Que porra...
- Eu cansei, .
- Já havíamos resolvido isso, eu iria me divorciar...
- Claro você diz isso há cinco anos...
- Cinco anos? – questionou a loira.
- Sam...
- SIM, CINCO ANOS! Desde sua lua de mel... – respondeu , chorando.
Samantha sentou-se, levando suas mãos à cabeça, havia muita informação para que ela pudesse processar. encarou com raiva a mulher que invadira sua casa.
- Eu estou seriamente perdida. – sussurrou Samantha – Você provavelmente está bêbada, ...
- Eu não bebo há seis anos! – exclamou a mulher se soltando do homem que a segurava. – nunca contou que fomos namorados no colégio?
Samantha ergueu seus olhos e fitou seu marido.
- Quer me contar algo, ?
O homem comprimiu seus lábios e caminhou até a janela, negando.
- Fale! – gritou a esposa.
- Não tem o que ser dito! – explodiu o homem.
- Como não? – disse a mulher com a voz rouca – Uma louca invade a minha casa exclamando que é sua amante, e você não quer me dizer nada? Você sussurrou mentiras para mim durante todos esses anos...
apenas assentiu e observou sua mulher debulhar-se em lágrimas.
- Nós nos conhecemos quando tínhamos treze anos, – começou . – logo nos tornamos melhores amigos, confidentes... Quando fizemos quinze começamos a namorar escondido, já que nossos pais não gostavam. fumava como um dragão e eu, bem... Bebia em excesso. Tivemos muitas idas e vindas, cheguei a engravidar quando tinha dezessete...
- CALA A BOCA, ! – gritou o homem – Saia da minha casa!
- Ela não vai embora! – exclamou Samantha – Se você é um merda incapaz de me dizer a verdade, deixe-a contar!
- Eu dei a criança para a adoção, já que ele deixou claro que não assumiria...
- Isso é mentira! – murmurou – Eu nunca...
- MENTIRA?!? – exclamou a mulher o agredindo – Você é um filho da puta mesmo! Eu tenho pena de você, Samantha...
- Tenha pena de você, não dela. – disse o homem entredentes.
- Foi exatamente isso que me disse quando eu contei a ele sobre a gravidez... – sussurrou a mulher. – Você nunca me amou, eu sou apenas seu brinquedo idiota que sempre está ali, pronto pra ser usado e depois descartado... Mas nós não iremos mais te atrapalhar.
O homem observou estupefato ela colocar as mãos em seu ventre.
- O que quer dizer... – questionou.
O casal observou a mulher caminhar em silêncio até a porta.
- ! – gritou o homem correndo atrás dela.
A mulher de vermelho apertou inúmeras vezes o botão do elevador, porém o mesmo se encontrava distante do décimo segundo andar. Ela bateu suas mãos na parede e se pôs a chorar, chorou por ser tola ao cometer o mesmo erro. Ignorou o homem que um dia pensara ser o da sua vida exclamar seu nome.
- , que merda está acontecendo? – questionou ele.
- Nada, eu estou apenas bêbada... – respondeu com descaso.
Ele socou a parede, fazendo-a se encolher.
- CARALHO! Você vem no meio da noite, interrompe minha noite com minha esposa, invade meu apartamento exclamando coisas que juramos segredo e me diz que não quer nada com isso?
- Desde quando bêbados fazem coisa com sentido?
- CHEGA, ! CHEGA! Estou farto!
- EU QUE ESTOU FARTA! - gritou a mulher no instante em que o elevador chegou.
Ela entrou sendo acompanhada por que continuava apenas de boxer.
- Eu estou farta das suas promessas, farta da minha estupidez em acreditar nelas, farta de sempre cometer o mesmo erro, farta de te amar, estou farta de perder...
- , eu disse que eu iria me divorciar – sussurrou o homem.
- EU ESTOU GRÁVIDA! – exclamou ela chorando e batendo nele – De novo...
Ela encarou os olhos antes raivosos se perderem.
- O que? Mas...
- Estamos grandes para repetir a mesma cena.
- Por que você fez tudo isso? Queria provar o que?
- Provar que eu posso viver sem você, porque eu não preciso de mais mentiras, mesmo você sendo meu tudo.
O elevador chegou ao seu destino no mesmo momento em que ela completou sua frase e caminhou a passos rápidos para fora.
- !
A jovem se pôs a ignorar o homem, e pegou as mesmas chaves de seu bolso e tremendo abriu o portão e as jogou para dentro, exclamando:
- Fique com as suas chaves do paraíso!
- , precisamos conversar!

A mulher o ignorou e a passos rápidos mergulhou na escuridão fria, da mesma forma que mergulhou em sua consciência e pensava nas tolices que havia cometido. Uma súbita vontade de tomar qualquer bebida tomou conta de , ela precisava esquecer a loucura que fizera, precisava esquecer quem ela era, ela queria se perder. Todavia congelou seus passos ao constatar que não deveria agir por impulso, as lágrimas acostumadas seguiam seu rumo. A jovem se questionava aos berros o que ela havia feito com sua promissora vida, que por ironia do destino haveria de pedir demissão do amado cargo de diretora de marketing de uma renomada empresa de roupas a qual aquele que a fazia se sentir tola trabalhava também, como diretor jurídico. A vida parecia rir da sua cara ao mostrar que seu arco-íris fora apenas uma fantasia fajuta usada pela pior das tempestades de sua vida.
Há cinco anos, se ela não fosse passar suas férias formatura em Punta Cana, não houvesse aceitado o cargo de analista de marketing, talvez se ela tivesse feito outras escolhas... Como por exemplo, ter criado sua filha e não ter dado-a a adoção o karma não estaria presente em sua vida. Mas ela fora egoísta, irracional...
estava colhendo cada semente que plantara em seu passado. Ao constatar a realidade a jovem ergueu seus olhos e encarou o céu estrelado e pediu perdão, afinal nunca era tarde para se arrepender de pecados. Contudo, toda regra tem sua exceção.
Descrente, a jovem retornou a sua caminhada e se deparou com uma pequena porta aberta, era um bar cantante. Limpando sua borrada maquiagem, ela se direcionou ao lugar que provavelmente estaria cheio de bêbados com quem poderia desabafar enquanto tomaria uma dose de suco de laranja fingindo ser uma batida qualquer, coisa que fazia sempre que ia em festas.
Com passos lentos ela entrou no rústico bar que possuía no máximo dez pessoas, onde se sentiu confortável. A mulher retirou seu casaco e colocou sobre a cadeira, deixando exposto seu vestido cinza, sentando-se encarou o barman que a fitou arqueando a sobrancelha.
- Está tudo bem? – questionou o rapaz de aparentemente vinte anos.
- Estaria melhor se eu pudesse beber todos os seus scotts - murmurou debruçando.
- Ok – disse o rapaz rindo – Você já não os tomou? Digo...
- Eu não bebo há seis anos. – gritou ela.
- Calma...
- Eu não vou ter calma! Minha vida está uma merda e eu não posso nem beber a porra de uma bebida...
Ela se pôs a chorar ao constatar que todos a observavam, inclusive o rapaz que cantava Mambo nº5, havia cessado a cantoria.
- Eu sou uma bosta, não liguem! – gritou ela fitando o barman – Por favor, me faça um drink não alcoólico.
Rindo o rapaz se pôs a preparar algo.
- Então... Quer desabafar?
- Não.
- Ok. - disse o rapaz – Mas saiba se quiser...
- Eu desabafarei, pode deixar. Cadê meu drink?
Rolando os olhos o rapaz evidenciou um copo colorido.
- Aqui, mademoiselle...
- Obrigada.
Rapidamente ela se pôs a beber o drink colorido que possuía o sabor de tutti-frutti.
- Sabe... – começou ela – Eu queria que minha vida fosse tão doce quanto esse drink.
- Todos querem, acredite – respondeu o barman. – por isso todas as pessoas bêbadas estão aqui.
Em silêncio, observou as pessoas dançando ao som do desafinado cantor.
- Dizem que quem canta os males espanta... Então eles vêem sempre aqui.
- Está dizendo que devo cantar? – questionou a mulher rindo pela primeira vez.
- Você quer?
Rindo, abaixou sua cabeça, ela merecia desabafar... Porém antes que concluísse seus pensamentos seu celular começou a tocar, rapidamente ela o pegou em seu bolso e constatou o nome de . Ignorando-o ela se levantou.
- É só eu ir lá?
- Sim. – respondeu o barman cordialmente, exclamando – A próxima é a falsa bêbada!
Uma mulher reclamou, todavia cedeu passagem para a outra.
(por para tocar: https://www.youtube.com/watch?v=csw3zdqRuOU)
Ela escolheu a mesma melodia doce que tocara no seu baile escolar, que permanecia vivido em suas lembranças. não costumava cantar, tímida ela segurou no microfone ao ouvir as primeiras notas.

I cried enough tears
Eu chorei lágrimas suficientes
To see my own reflection in them
Para ver meu próprio reflexo nelas
And then it was clear
E então, ficou claro
I can't deny, I really miss him
Não posso negar, realmente sinto falta dele

To think that I was wrong
Só de pensar que eu estava errada
I guess you don't know what you got til it's gone
Acho que você não dá valor ao que tem, até perder
Pain is just a consequence of love
A dor é só uma consequência do amor
I'm saying sorry for the sake of us
Estou me desculpando por nós
He wasn't my everything 'til we were nothing
Ele não era meu tudo, até que nos tornamos nada
And it's taking me a lot to say
E está muito difícil para acreditar
But now that he's gone, my heart is missing something
Mas agora que ele se foi, falta algo em meu coração
So it's time I push my pride away
Então está na hora de deixar meu orgulho de lado

Cause you are, you are
Pois você é, você é
You are my everything
Você é o meu tudo
Cause you are, you are
Pois você é, você é
You are my everything
Você é o meu tudo

pode observar todos os clientes balançarem as mãos. E como o barman havia sugerido, ela se sentia mais leve ao cantar sua angustia. Porém um nó se fez em sua garganta quando viu uma pessoa adentrar o bar.

I know you're not far
Eu sei que você não está longe
But I still can't handle all the distance
Mas ainda assim, não aguento essa distância
You're travelling with my heart
Você está viajando com o meu coração
I hope this is a temporary feeling
Espero que seja um sentimento temporário
'Cause it's too much to bare without you
Pois eu quase não consigo ter que ficar sem você
When I'm lost, time ain't the cure
Quando estou perdida, o tempo não é a cura
So if I cross your mind just know I'm yours
Então, se você pensar em mim, saiba que sou sua
What we got is worth fighting for
Pois vale a pena lutar pelo que temos
'Cause you are
Porque você é
You were my everything 'til we were nothing
Você era meu tudo, até que nos tornamos nada
And it's taking me a lot to say
E está muito difícil para acreditar

But now that you're gone, my heart is missing something
Mas agora que você se foi, falta algo em meu coração
So it's time I push my pride away
Então está na hora de deixar meu orgulho de lado

Cause you are, you are
Pois você é, você é
You are my nothing.
Você é o meu nada.

Ao ver na plateia ela deixou todo seu rancor sair, alterando a última estrofe da música. Uma salva de palmas fora ouvida quando sua cantoria teve fim. Ao descer do palco, todos os outros clientes foram abraçá-la, e a cada sinal de carinho mais lágrimas se formavam. Ao se aproximar do bar, viu o homem a quem dedicara à canção hesitar em se aproximar. O barman fitou confuso a cena.
- Me deixe em paz, . – suplicou .
- Temos pendências, . – respondeu ele se aproximando – Não irei cometer os mesmos erros novamente.
- Eu também não, por isso quero que vá embora.
- Você está grávida! Quero participar disso. – ele segurou em suas mãos, contudo ela as puxou.
- Mas dessa vez eu não quero você perto! – exclamou – Eu sou independente, . Você foi o pior erro na minha vida, não eu o seu. Veja sua vida! Você se casou, tem um ótimo emprego, uma amante... E Eu? Ignorei todos os bons partidos por estar apaixonada por um cara que fora meu namorado na adolescência e que ainda por cima era casado...
- Eu sempre te amei!
- Amou o caralho! – gritou a mulher – Se me amasse teria largado tudo no dia em que nos reencontramos, mas você insiste em fugir...
- Você está errada.
- Não, não estou. Por isso quero que você saia da minha vida, e nunca mais ouse aparecer de surpresa.
- Trabalhamos na mesma empresa.
- Não mais, amanhã mesmo farei minha carta de demissão. Não tenho nada que me prenda a essa cidade, a esse emprego. Pelo contrário.
- ...
- Você me perdeu!
- Mas e nossas promessas? Você não pode me deixar! Eu vou me divorciar...
- Tarde demais, cace outra trouxa.
Em silêncio, a mulher vestiu novamente seu casaco e se virou para o barman.
- Pode pedir, por favor, para retirarem o cavalheiro?
- Claro! – respondeu o rapaz chamando os seguranças.
- Não adianta correr de mim. – murmurou – Eu tenho direitos.
- Pense nos seus deveres, antes de querer pedir pelos seus direitos. – disse .
Então dois seguranças se aproximaram de .
- Se vier atrás de mim mais uma vez usando o rastreador, saiba que o denunciarei.
Murmurando, o homem se distanciou sendo aparado por outros dois.
- Obrigada. – sussurrou ao barman estendendo a mão – Eu sou .
- Disponha, senhorita. – respondeu o rapaz rindo – .
- , você costuma virar amigo desses bêbados? – questionou ela rindo ao enxugar suas lágrimas.
- Só dos mais desesperados...
Torcendo o nariz, a mulher sentou-se novamente.
- Você gosta de histórias?
- Sim, inclusive sou pseudo escritor...
- Jura? – disse a mulher mostrando seu mais sincero sorriso.
- Aham, mas não conte a ninguém...
- E se eu te dissesse que tenho uma trágica história para você escrever?
debruçou-se sobre o balcão e arqueou sua sobrancelha. No mesmo instante que a jovem pediu outro drink colorido e se pôs a contar todos suas tragicomédias. Mostrando ao barman que vos conta essa história que a dor é apenas uma consequência do amor.
Todavia you are your everything.


FIM!



Nota da autora: Olá abigos! Agradeço imensamente a todas que se permitiram embarcar nessa roleta russa emocional hahahaha Sintam-se a vontade para me xingar muito no twitter que é @twerkvenus (ainda usam twitter, certo? Hahahaha) Beijo no essidois brilhante e luminoso de todos vcs!! Xx Dann.

O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer.
Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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