Prólogo — Onde Tudo Começou
Flashback On
’s P.O.V
Eu estava atrasado para a escola, primeiro dia de aula, escola nova. Ótimo, já vou ser o lerdo da turma. Tomei meu café rapidamente e apressei meu pai.
Assim que cheguei, vi umas listas com nomes. Fiquei com mais raiva ainda, eu chego atrasado e não sei de que sala eu sou.
- Com licença, posso ver essa lista? – Uma menina morena, com os olhos castanhos perguntou sorrindo.
- Claro! – Dei espaço para ela, antes mesmo de ver se era minha sala ou não.
- Que merda! – Ouvi a garota resmungar e comecei a rir.
- É tão ruim assim?
- Não é essa lista! – Ela falou revirando os olhos e sorrindo.
- Qual é o seu nome? – Perguntei tentando ajudar.
- Elliott – Ela falou enquanto passava os olhos em mais uma lista.
- Hm... Acho que não vi seu nome em nenhuma lista.
- Ah, ajudou muito!
- Ou, chata. Claro que ajuda. Se eu não vi seu nome em nenhuma lista, você não está no A, B, C ou...
- D! – Ela falou olhando para a lista que eu deveria ter olhado.
- Sobrou a E. – Ela concluiu sorrindo. Revirei os olhos e fui para a lista D, para saber se meu nome constava ou não nela.
- Também sou da E! – Falei empolgado.
- Ótimo! – Ela revirou os olhos, falando sarcasticamente. Uau, que menina legal eim... – Você não vem? - Ela perguntou estendendo a mão.
- Sim! – Segurei em sua mão, mas logo percebi que não deveria ter feito isso, mas ela não soltou sua mão e eu não a soltaria.
- Chegamos! – Ela sorriu.
- Respira fundo! Que agora a tortura começou. – Ri do jeito que ela falou e bati na porta.
- Hm... Atrasados!
- É meu charme... – Ela falou sorrindo.
Sentei-me na carteira atrás da .
’s P.O.V
Sentei-me na em meu lugar e o menino que me seguiu até a sala acompanhou-me. E se sentou atrás de mim. Irritante, não? Eu cai na sala da e da . Minhas melhores amigas e isso bastava.
Logo ao chegar vi uma menina chorando e fui ajuda-la.
- Oi, como se chama?
- . Pode chamar-me de . – Ela falou entres as lágrimas.
A menina não parava de chorar e isso começou a me irritar, o menino que chegou junto comigo, foi falar com ela.
- Oi, você é nova aqui, não é? – Ele sorriu quando ela assentiu. – Eu também. E paguei um mico no meu primeiro dia de aula. Mas não acho que causei uma impressão tão boa assim. Eu ainda vou conquistar certas pessoas. – A ultima parte foi dita com os olhos do rapaz em minha direção.
- Eu venho de outra cidade, não gosto dessa escola, vida, cidade.
- Ah, por isso está no colo da sua mãe chorando. – Comentei revirando os olhos. E recebi uma advertência do garoto.
- Olha, eu acho que eles não mordem! - Sorri e dei de ombros.
Logo na segunda aula recebi um bilhete:
“Você é chata assim com todo mundo?” Aquele menino estava querendo guerra.
-Sou, acostume-se! – Respondi sem a mínima paciência.
O professor disse que queria nos conhecer melhor e tivemos que nos apresentar como de costume. E é claro que eu sempre tinha um discurso preparado.
- Eu sou a , tenho 12 anos, gosto de POP, minha cor favorita é rosa, amo moda e sapatos. Para quem quiser me conquistar: CHOCOLATE. As minhas melhores amigas são as minhas melhores amigas... E estou sempre disponível, para ajudar. – Ok! A última parte foi forçada. Muito forçada.
A apresentação que veio em seguida foi a do menino chato:
- Eu sou o e tenho 12 anos, gosto de videogames e natação. Curto basquete, vôlei e futebol, eu morava aqui perto, no Kansas. – Hm... Típico menino clichê.
Depois de mais alguns minutos de apresentação, foi à vez da menina estranha.
- Eu sou a , tenho 13 anos, farei 14 esse ano e era do interior do Tenessee, não tenho amigos aqui ainda. – Comentário mental: Ah, novidade você não ter amigos, você fica chorando no colo da mamãe enquanto as pessoas se conhecem. Aliás... Ela é repetente?
Flashback Off.
1. Vida Real
- Não! – Continuei andando enquanto falava ao telefone com a cantora Beyonce que seria capa da próxima edição da Visionaire ou V Magazine, pense como quiser. Eu trabalhava para a Visionaire e cuidava da V Magazine, vinha recebendo proposta para atuar na Vogue também, mas sempre recusava; quem sabe ano que vem?
- Hm... Bom Dia Srta. , o Karl Lagerfeld está esperando na linha para falar com a senhorita. Atendo? – As pessoas não tem noção de moda, não é possível, quando alguém como Karl quer falar com você, atenda! E não pense duas vezes.
- O Telefone, agora! – Ordenei irritada com a secretária que eu não sabia o nome.
- Alô, Sr. Lagerfeld? – Falei em um tom doce, assim que o telefone chegou.
- Olá, Mademoiselle . Gostaria de fazer-lhe uma proposta.
- Aceito. – Karl é designer da Chanel, não tem como recusar um pedido do REI da MODA. Ouvi um riso do outro lado da linha.
- Eu não comecei ainda.
- Ah, sim. Desculpe-me. Não é todo dia que Karl Lagerfeld liga para você.
- , você tem talento, digamos muito talento. Eu gostaria que você me ajudasse com os catálogos da Chanel e aceitasse o cargo de Diretora-chefe da VOGUE.
- Hm... Senhor, eu não sei se consigo, ser editora chefe da V-Magazine já é muito difícil, fazer isso enquanto você administra a Visionaire é um pouco mais complicado. E cuidar da Vogue e da Chanel enquanto faço o resto é impossível.
- Você que sabe , você pode ser grande, muito grande. Um marco na história da moda. Assim como eu, Coco, Donatella, Alexander, entre outros. Você destronou Anna Wintour, sabe o que isso significa? Acredito que você possa ir longe, muito longe. Mas para isso não pode desperdiçar nenhuma oportunidade.
- Eu aceito- Não sabia a loucura que estava fazendo. Na verdade, faria uma loucura em qualquer escolha que fizesse, desdobrar-me para conseguir cuidar de duas revistas e dos projetos da Visionaire (O que inclui a V-Magazine) ou dizer não ao grande Karl e a Chanel.
- Ótimo! Tenho um trabalho para você! – Eu ainda nem assinei os papeis e já tenho trabalho. – Encontre-me no Café de La Paix, amanhã ás 10:30 – Calma, isso é em PARIS, eu iria para Paris em dois dias, mas terei de antecipar meu voo. Sem stress !
- Vejo-te em Paris, au revoir!
- Au Revoir. – Isso significa adeus, ou até breve, no caso.
’s P.O.V
Eu estava no escritório, trabalhava no jornal, no setor publicitário e era desenhista: ilustrador.
- Hey, ! – Bati tenência para o meu “chefe” do jornal. – Hm... hoje você vai para o escritório de publicidade?
- Não. – Respondi contando nos dedos os dias para ter certeza.
- Ah, que pena! acompanhe-me, por favor. – Putz, que merda eu fiz agora? Segui meu chefe até sua sala, onde um Macbook estava fechado ao lado de um Mac Pro. E um rosto grande estava sendo exibido pelo projetor.
- Então este é o ? Fiquei sabendo de suas inúmeras habilidades e gostaria que me fizesse um favor. Uma grande editora virá para Paris e logo seguirá para o Colorado. Sei que já morou lá por alguns anos – Ele virou detetive agora? Assenti para que prosseguisse - Ela é a chave para o sucesso de nossa revista. – A revista já era a mais vendida em todos os países emergentes, possui ótimos números aqui em Paris, o que mais ele queria? – A princesinha da Moda é editora-chefe da VOGUE, V-Magazine, coordena a Visionaire e a Chanel.
- Ok, mas o que isso tem de mais? E o que isso tem a ver com revista?
-O que isso tem de mais? Ela conhece milhares de artistas e cá ente nós: é gostosa. Ex-namorada do Justin Bieber, Logan Lerman, Dougie Poynter- Rodada essa menina eim... – Joe Brooks e Novak Djokovic, atualmente é noiva do - Ah, ela é comprometida... Já estava ficando com vontade de fazer o Test Drive, se é que vocês me entendem. - A melhor amiga dela é a modelo Edita Vilkeviciute e a outra é a cantora Selena Gomez. – AMIGAS GOSTOSAS!
- O que eu vou ter que fazer?
- A sua missão será conquistar a POP STAR da Moda, conseguir os contatos dela e virar um I-Boy (Garoto de influência) e depois conquistar o mundo como editor, ilustrador, designer gráfico, modelo e publicitário da ELLE. – MODELO? Eu não, ser ator e conquistar a patricinha tudo bem, mas MODELO não.
- Hm... Corta essa de Modelo e fechado.
- Ah, sim. Ela também atua e é modelo. E ok. Não precisa ser modelo.
- Vai ser um prazer trabalhar para você, Sr. Clous, mas...
- Com você também. Adeus. – Foi no adeus que eu percebi que sabia quase tudo sobre aquela menina, mas não sabia o nome, a idade ou como ela era. E agora?
- Senhor Clous, qual é o nome dela? – Gritei para a tela, que já havia sido desligada.
O meu chefe me olhava com uma cara orgulhosa, sorrindo feito um bobo.
- Nunca se esqueça dos amigos, ! – O Darwin era divertido, não parecia exatamente ser chefe, ainda mais por ter apenas 28 anos.
- Hm... Darwin, por que você indicou-me para ele, quando você mesmo poderia realizar seu sonho?
- , existem oportunidades que surgem para as pessoas erradas, somente a pessoa certa pode aproveitar a oportunidade certa. E você é essa pessoa certa para essa.
- Eu? Mas por quê?
- Amanhã, no Café de La Paix ás 10h30min você vai entender. – Sorri, dei um abraço nele, peguei minhas coisas em minha mesa e voltei para casa.
- Vou sentir saudades! – Sussurrei mais para mim do que para eles.
Cheguei em casa e encontrei a , preparando alguma coisa na cozinha. – Não, nós não somos casados! Apenas amigos que moram na mesma casa e fazem sexo eventualmente. – Fui para o meu quarto e despejei minhas coisas em cima da minha cama.
- ... Você foi... – A falou com um olhar triste.
- PROMOVIDO! – Falei contente e ela me abraçou.
- Sério? Não acredito! Então por que trouxe essas coisas para casa?
- Eu vou tornar-me editor, ilustrador e não sei mais o que da revista ELLE.
- O quê? AI MEU DEUS! Eu não acredito! – A começou a gritar freneticamente.
Um cheiro de queimado começou a se espalhar pela casa. Sai correndo em direção á cozinha, peguei o extintor na parede e apaguei aquele incêndio, OK era só um foguinho de nada. Sem querer atirei um pouco na e ela não deixaria barato. Atirou na minha cara. Corremos pela casa brincando com os extintores até que ela caiu no chão, levando-me junto. Provavelmente hoje eu teria uma BELA NOITE. Começamos a rir e eu pude sentir os pés da garota se entrelaçarem em meu quadril.
- Vamos comemorar essa noticia incrível? – A propôs, ela nem de longe era a menina mais gostosa com quem eu já fiquei, ela tinha um corpo de modelo, era magra, muito magra, praticamente não tinha carne para apertar. Também não era a mais bonita, tinha um nariz estranho, mas era bom ficar com ela. Nós tínhamos uma cumplicidade por sermos amigos e com ela não tinha compromisso.
- CLARO! – Respondi depois de alguns segundos a analisando maliciosamente.
- Hm... Continua o meu , sempre pensando com a cabeça de baixo. – Parei alguns segundos para entender aquilo.
- Essa frase é broxante, sabia? – Comentei rindo.
- Certeza? – Ela falou enquanto tirava sua blusa.
- Nenhuma. – Repliquei entrando no jogo.
Foi tudo muito rápido, não demorou mais de 10 minutos. Mas foi bom. Eu já estava fadigado, então não me levantei da cama de , fiquei lá deitado pensando.
Isso pode soar esquisito, mas eu não pensei na , a menina que estava ao meu lado. Eu pensei nela, na menina em que eu penso constantemente há dez anos. Por algum motivo, eu nunca me esqueci da . Eu só me apaixonei por duas pessoas, em toda a minha vida. Por ela e pela Anne. A Anne foi minha namorada na adolescência, passei momentos muito bons com ela, mas a decidiu aparecer quando estava tudo ótimo e fez-me questionar se realmente tudo estava bem, sem ela ali, mas eu deixei a última chance de conquista-la escorregar pelas minhas mãos. Eu contei para a que estava tudo bem, que eu tinha uma namorada perfeita e amava ela. Depois entro em detalhes sobre isso.
- Bom Dia, príncipe encantado! – ouvi uma voz conhecida dizer-me.
- Bom Dia, . Hm... Que horas são? – Eu não sabia por quanto tempo havia dormido.
- Exatamente 9 horas.
- VOCÊ ME ACORDOU ÁS 9 HORAS DA MANHÃ? – Respondi irritado.
- É que eu preciso falar com você! – Percebe-se.
- Diga. – Tentei controlar o volume da minha voz.
- Eu cansei de fazer sexo com você e fingir que não aconteceu nada. E cansei de você ir embora do meu quarto depois do nosso momento. E acho que você também – PUTZ! Esqueci-me de voltar para o meu quarto. Vai dar merda. – Eu não quero ser mais uma para você, não quero dividir você com mais ninguém... Eu gosto de você, . EU TE AMO há 10 anos. Eu gostava do menino que fazia todo mundo sorrir, que me ajudava em tudo, que desenhava muito bem embora só a soubesse. – Pronto, agora além de ter que ouvir o discurso ainda vou ter que aturar as memórias dela. – Sabe por que eu era grossa com ela, mesmo que a nunca tivesse feito nada pra mim? Porque eu gostava de você. Eu sempre te amei. – Ok, isso estava me assustando, há 10 anos a minha melhor amiga é apaixonada por mim? Ela odeia a garota mais maravilhosa do mundo por minha causa? AH, isso vai me enlouquecer. – E você?
- Eu? Eu o quê? – Eu sabia a resposta dessa pergunta, mas precisava ganhar tempo para responde-la.
- O que sente por mim?
- Olha , você é incrível! De verdade. Eu sempre admirei você, gostei de você e tudo. Eu me sinto atraído por você também, mas amor... Eu não posso dizer que amo você do jeito que você espera. Eu te amo, mas como amiga, como minha melhor amiga. Nossos momentos são muito prazerosos, é sério. Mas o que eu sinto por você não é como... – Eu não sabia o que completaria essa frase então para pensar um pouco.
- Como o que você sentiu pela ? – Ela disse com lágrimas nos olhos.
- Não! – Sim, mas é melhor fingir que não. – Eu não me lembro da cara da ! E eu não sei se já senti alguma coisa por ela, eu era só uma criança! – Falei alto e claro. Peguei minha jaqueta de couro preta e fui para o meu quarto. Sendo seguido por uma menina aos prantos.
- Eu entendo que você não me AME! Mas diz que você me quer! Que você me quer para o resto da sua vida. Namora comigo?!
Eu me troquei enquanto pensava em uma resposta, eu adorava a , por que ela tem que complicar as coisas? Sai do quarto já pronto para a primeira fase da minha missão. Eu segurei as mãos da e cochichei para ela:
- , eu te amo. Acredita em mim. Eu não posso aceitar namorar com você, porque para trabalhar para a ELLE eu vou ter que conquistar uma garota, você não quer ser traída, certo? Depois que isso acabar a gente se resolve. – PONTO PARA MIM, não é como se eu não ligasse para os sentimentos dela. Eu ligava, talvez mais para os dela do que para os meus. Exatamente por isso eu não aceitei, não podia brincar com o coração dela daquele jeito.
- Você promete? Eu vou te esperar, o quanto for necessário! – Aquilo estava ficando cada vez mais complicado.
- A gente se resolve depois. – Disse sorrindo e ao receber um sorriso dela, sai de casa.
2. Encontros e Desencontros
Acordei e coloquei meu conjunto desenhado por ninguém menos que KARL, isso deve ajudar no social, é um uma camisa branca, um short curto quadriculado cinza e uma jaqueta idêntica ao short, não era a minha peça favorita, mas já ajuda e cá entre nós era muito elegante.
Peguei o meu Pagani Cinque preto e fui para o café. Estacionei no carro, aproximei-me da porta e esperei até exatamente 10h e 29 minutos para entrar, o encontrei e sentei-me pontualmente ás 10h30mins.
- Elegante e pontual. São características muito importantes em uma mulher. - Sorri. – Vamos ao que interessa: Você não será somente a coordenadora de moda da Chanel, você terá de ter estilo. E eu sei que tem. Presumi que viria usando uma roupa minha e aqui está. Porém presumi que seria uma da nova coleção, pois assim se mostraria atualizada. Mas você está com uma peça de uma coleção antiga e está mostrando quem é nos sapatos, bolsa, cabelos unhas e enfim...
- Hm... Mister Lagerfeld... O que exatamente eu farei?
- Cuidará do nosso blog, participará dos photoshoots e será nossa modelo.
- Eu não sei se sou uma boa modelo... Eu não tenho corpo para isso...
- Posso te contar um segredo? – Assenti e ele prosseguiu. – Eu odeio aquelas modelos incrivelmente magras, é claro que não queremos mulheres com medidas largas demais, pelo menos não para essa coleção, mas queremos mulheres inatingíveis e você é assim. Vinte e dois anos, ambiciosa e conquistadora. Corpo perfeito, curvas lindas, seios grandes, quadril de uma brasileira. – Ele sorriu e voltou a ficar sério. – Mas é claro que terá que se cuidar mais, você é perfeita e tem que se manter assim, não se esqueça de malhar o abdômen, para ficar com um leve tanquinho ao invés de apenas a mini cintura. Minha modelo preferida é a Marilyn Monroe seu corpo me lembra o dela.
- Obrigada, vou me esforçar. E quanto a Vogue?
- Editora-chefe da Vogue Teen e o que você quiser na Vogue. – Sorri novamente e assenti.
- Eu não sei como agradecer, vai ser muito importante para mim.
- Amor, você tem apenas vinte e dois anos e já é a princesa da moda. Trabalhou em grandes revistas como a Nylon, a Pop, LOVE, Cosmopolitan e hoje chegou onde está. E vai ir muito longe. Só quero te dar uma dica.
- Sim, qual?
- Conquiste também o público jovem, porque as senhoras caretas já são dependentes de nós. – Ele riu levemente.
Tomamos um café ali, e eu confesso que prefiro o Starbucks, mas estava maravilhoso. Tive a sensação se ser observada o tempo todo, mas logo assimilei que devia ser apenas mais um paparazzo. Eu e Karl conversamos sobre moda, fofocamos e nos aproximamos bastante. Então nos despedimos e ele voltou a chamar-me.
- Quase me esqueci, você tem um ensaio fotográfico em Creta amanhã. E sorria porque aquele homem não tira os olhos de você. – Ele piscou em minha direção e eu olhei para o homem sentado com uma jaqueta de couro, cabelos e olhos . Tive a impressão de conhecê-lo, talvez de algum hotel, festa, não sei...
Continuei andando até o meu carro quando ouvi uma voz dizer:
- Hey, Moça. – Me virei para trás e deparei-me com aquele par de olhos .
- Sim... – Falei tentando não demonstrar meu interesse, estranho, já conheci muito modelos, cantores e artistas, mas nenhum parecia ter me encantado tanto.
- É... Você é editora-chefe da V-Magazine, certo? – Interesseiro, esqueçam tudo já dito a respeito do rapaz. Assenti com a cabeça e entrei no carro.
- Qual é o seu nome? – O menino sabe a minha profissão e não sabe meu nome? Não vai saber também, ignorei a pergunta dando partida no carro. – Te vejo no colorado, ou antes!- Ele gritou mesmo percebendo que eu não o escutaria muito bem.
Será que ele é só mais um fã? Se fosse saberia o meu nome. Ou será que era só mais um jornalista? Ou um garoto, somente um garoto? De onde eu tenho a impressão de conhecê-lo? AH, deve ser um modelo, claro. Como eu não percebi antes. Agoniada com meus pensamentos parei o carro na rua e andei um pouco até o café.
- Modelo, certo? – Vi o menino tirar o capacete e bagunçar seus cabelos ficando ainda mais bonito. Ele pareceu confuso, mas logo concordou.
- Sim, iniciante. Poucos trabalhos. Acabei de fazer um photoshoot para a ELLE e já fiz alguns comerciais. Nada demais. – A ELLE é uma excelente revista e o menino realmente leva jeito. Hm... Devo ter visto ele em algum site enquanto escolhia os modelos que participaria da minha campanha, ou não porque com certeza o escolheria. Mas esta era a resposta mais concreta que pude elaborar para mim mesma. – Por quê? – Ele interrompeu meus pensamentos.
- Amanhã, Grécia, Ilha de Creta ás 8 horas. – Ordenei e logo voltei para o meu carro.
- Qual é o seu nome? – Insistente, eu gosto disso. Vou lançar esse garoto no mundo da moda de vez. Ele vai fazer uma campanha da Chanel em parceria com a VOGUE.
- Aparece lá! Eu prometo que te digo! – Gritei para que ele pudesse escutar com o carro já em movimento.
Depois de resolver muitos problemas: cenário, luz, looks, artistas, modelos e fotógrafo. Finalmente pude tomar um belo banho de banheira e dormir.
Sonhei com a minha infância. Na verdade não sei se foi exatamente um sonho...
Flashback ON
O desenhava muito bem. Eu peguei sem querer o caderno dele e depois de muita insistência ele deixou-me ver o seu desenho.
- Nossa, é lindo! – Disse maravilhada.
- Pode ficar. – Ele sorriu.
- Posso? Sério mesmo? Te amo! – Falei sem pensar no que havia dito, ele corou quando eu o enchi de beijos agradecendo o desenho. Eu coloquei na capa transparente do meu celular e a deixei ali.
- , você é muito chata! – Eu juro que pude ouvir um “é por isso que eu te amo”, mas sem certeza questionei.
- O quê? – Perguntei alto.
- Você é muito chata! Muito, muito, muito! Mas eu gostei de te mostrar meu desenho. – Ele sorriu. Os desenhos dele eram incríveis, ele pintava e desenhava muito bem. Por isso resolvi propor.
- Se eu pagar pelos seus desenhos, você me dá eles? – Eu não tinha muito dinheiro, mas o troco de cada dia valeria aquilo. (Inclusive a minha primeira linha de roupas foi feita trabalhada na coleção de estampas que ele fez para mim.)
- Claro! Mas como eu sou um designer de primeira mão eu quero ser bem reembolsado.
- 50 centavos pelas estampas e 3 reais pelos desenhos! – Afirmei e ele estendeu-me a mão.
- Fechado. – Realmente ele poderia ser estilista, faria muito sucesso. – Hm... ... Posso te pedir um favor...
- Todos que quiser, mas não se acostume é que eu estou de bom humor.
- Faz companhia para a ? – Ele perguntou envergonhado.
- Claro. – Respondi rápido, mas desanimada.
- Obrigado! – Ele deu-me um beijo na bochecha e voltou para o seu lugar.
Lanchei com aquela sirigaita chata! Eu fingia ser a melhor amiga dela e ela só me maltratava. Mas o que eu não faço em nome da arte?
Voltamos para a sala, era a aula de matemática. Eu sempre fui boa em matemática, por isso nunca errei nada em edição, produção e essas coisas. Ajudei primeiro a em uma equação, logo depois o .
Assim que a aula acabou, eu e a Bia andamos para o hall e lá estavam e seu amigo esquisito o John. (Com o tempo eu fiquei amiga do John, muito amiga!).
- Delicia em... – O comentou olhando para a minha barriga que ficou a amostra, naquela época eu não era gorda, mas não tinha o corpo que tenho hoje em dia. Detestei a brincadeira então joguei nele minha bolsa.
- Nossa, o menino chamando-te de gostosa e você reclama. – John comentou e ganhou tapas da .
Eu odiava isso, eu nunca sabia se ele havia falado sério ou se estava me zoando e acreditava mais na segunda hipótese e isso realmente me machucava, porque eu gostava dele. Não acho que eu era apaixonada, mas com certeza tinha uma quedinha por ele. O que explicava minhas fantasias de beijá-lo.
Dizem que amor e ódio são duas faces da mesma moeda. Nós com certeza tínhamos nossos rostos estampados nessa tal moeda.
Flashback OFF
Foi assim que eu acordei, sonhando com coisas que me lembravam do passado. Foi então que me toquei, o era muito parecido com o tal modelo. Talvez com um rosto mais amadurecido, mas eles tinham os mesmos olhos, o mesmo tom de cabelo, a mesma boca. Poderia ser coincidência, mas eu realmente não posso descartar essa possibilidade.
Olhei no relógio e ele marcava 6 horas da manhã, hora de pegar o jatinho. Fiz minha higiene matinal. Coloquei um top preto com detalhes de diamante e uma saia alta, mas que deixava parte da minha cintura á mostra. Arrumei o cabelo deixando o solto em um liso perfeito, coloquei meu Louboutin exclusivo de spikes e peguei minha bolsa. Passei uma maquiagem leve, mas com muito rímel. Antes de sair coloquei na capa transparente do meu celular aquele desenho com qual sonhara.
Cheguei ao aeroporto às 6h30. Dormi a viagem toda. Assim que chegamos pude admirar a ilha da visão aérea. O avião desceu e eu fui de iate até a ilha.
Assim que coloquei meus pés para fora do Iate um par de olhos aterrissaram em mim.
- Você veio! – O analisei da cabeça aos pés, notei que ele estava com calor, pois sua camiseta estava em seu ombro e não cobrindo seu abdômen bem definido. E o analisando de perto pude ver detalhadamente que havia traços exclusivos do ali.
- Eu não disse que vinha? – Ele disse em um tom divertido, descendo o degrau do porto e logo segurando minha cintura e colocando-me no chão.
- Disse! Obrigada, eu não tinha visto o degrau.
- Não queremos nossa estrela machucada na sessão não é? – Ele ironizou.
- Ah, claro! Foi por causa da sessão, só por ela, não é mesmo? – Falei rolando os olhos e ele sorriu.
- Não quero me sentir culpado por deixar uma menina linda, quebrar-se no chão. – Ele disse sem pensar e quando percebeu o “linda” corou.
Depois de uma longa sessão de fotos, minhas: sozinha, nossas, minhas com algumas modelos e atrizes e dele com alguns outros caras, paramos por um tempo para comer e descansar uma hora de descanso. Eu não comia nada desde ontem. E adivinhem como eu tenho sorte: Serviam frutos do mar. Eu já gostei muito de frutos do mar, mas depois que comi um com espinho e assisti “Procurando Nemo” nunca mais comi e continuarei sem comer.
- Aceita? – Ele perguntou sorrindo.
- Não como nada que venha do mar. – Fiz cara de nojo e ele riu.
- Igualzinho uma antiga amiga minha. – Sorri e ele retribuiu.
Depois de algum tempo conversando sobre assuntos diversos, ele colocou os olhos em minha capinha de celular e perguntou:
- Onde você conseguiu isso?- O menino questionou com os olhos arregalados.
- Hm... Acho que um amigo desenhou para mim, ou foi de uma coleção. – Respondi desconfiada do sonho. - Vou nadar.
- Posso tirar algumas fotos? – Ele perguntou com uma expressão fofa.
- Por quê? – Foi o melhor em que pude pensar. Ele pareceu sem resposta.
- É... Que eu também sou fotógrafo e como a equipe foi para lá comer e as máquinas estão livres... – Ele falou o logo mordeu o lábio inferior.
- Tem pessoas na água e jet-skis vão sair na foto, porque não estamos na área reservada.
- Tudo bem. Só por você estar na foto ela já ficará ótima. – Sorri e me direcionei ao mar.
3. I Wanna Save You
Eu vi a menina/mulher brincar com a água e tirei fotos dela se divertindo. Quando me lembrei de que eu não sabia o nome dela. Não gritaria, porque estava longe de mais. Aproximei-me da água ainda a fotografando. Então o sorriso dela, lembrou-me da . Olhei novamente em sua direção, ela já estava em um lugar onde a água era funda, ao mesmo tempo vi um jet-ski se aproximar dela. E gritei:
- ! Cuidado com o... – Foi tarde demais, o veiculo colidiu com ela e fez com que a menina sumisse em meio à água, não pensei duas vezes, arremessei a câmera longe. E nadei o mais rápido que podia à sua procura. Em baixo da água senti seu corpo e a puxei para cima. O menino que pilotava o jet-ski, também tentava a ajudar. – Fica longe dela! Eu dou um jeito.
Tirei-a da água e percebi que ela não respirava. Percebe que são em momentos de tensão que você descobre as coisas? Elas ficam mais claras em seu olhar. E foi assim, enquanto fazia respiração boca-a-boca na garota, eu tive certeza de que era a e temia a perder para sempre. Ela tossiu eliminando um pouco de água e logo percebi que ela respirava novamente. Algumas pessoas nos cercavam, alguns tiravam fotos, mas eu só pensava e salvá-la definitivamente, não teria calma até vê-la totalmente bem. Peguei-a no colo em um movimento rápido e corri em direção à área reservada. Deitei-a em uma das espreguiçadeiras e fiquei segurando sua mão, algumas lágrimas escorriam pelo meu rosto. Por medo de perdê-la, raiva por deixa-la ser atropelada e também por reencontrá-la.
- , fala comigo. Eu sei que talvez você não se lembre... Mas eu sou o , o menino que foi apaixonado por você desde sempre. – Eu a analisei e constei que ela estava mais linda do que da última vez que eu a vi. O corpo dela era perfeito, mas eu não a desejava na minha cama naquele momento. Eu desejava acordada, bem e feliz.
- ? – Ouvi uma voz trêmula e fraca.
- ! – Quase gritei de tão feliz, nunca pensei que ouvir a voz de alguém poderia ser tão bom. Eu não sabia o que fazer. Ou o quê falar, ela estava bem. Eu a confortei em meu abraço e comecei a desculpar-me. - Desculpa , eu não devia ter deixado você nadar, devia ter visto o jet-ski mais rápido eu deveria ter entrado com você, nada disso estaria acontecendo se eu não tivesse sido orgulhoso há seis anos. – Minha voz estava trêmula, devido ao choro.
- , eu sabia que era você. Você sabe que a culpa não foi sua, que eu iria de qualquer jeito, que isso aconteceria de qualquer jeito. Mas você me salvou! Você evitou que algo pior acontecesse. – Eu não podia nem pensar na hipótese de algo pior ter acontecido.
- Você não estava respirando! – Eu disse sentindo uma dor em meu coração.
- Mas agora eu estou bem! Eu juro que estou. Ainda bem que você é um ótimo nadador. – Ela falou me abraçando e eu sorri.
- Está tudo bem? Tem certeza? – Perguntei preocupado.
- Sim. – Ela falou me confortando.
- Promete que você não vai me assustar assim de novo? – Falei sério, me lembrando do que acontecera há 10 anos.
- Eu tento. – Ela sorriu e fez meu coração disparar.
Flashback ON
Estávamos em uma apresentação, muitas pessoas assistiam. A estava doente, mas não deixou de comparecer, ela não avisou a professora que passava mal. Mas eu sabia. Ela era líder de torcida e ginasta, subia no topo da pirâmide de garotas quando passou mal, suas pernas fraquejaram e eu por extinto corri para lá e a segurei, mas ela já estava desacordada.
Realmente quando o assunto era salvar a vida da eu virava uma fera, corria mais rápido do que qualquer um. Nadava mais rápido e ficava mais forte. Por algum tempo todos ficaram em estado de choque enquanto eu a pegava no colo e a levava para a enfermaria. Fiquei lá dentro por um tempo, até que a professora entrou. E a enfermeira anunciou:
- Ela está com uma pressão de 4 por 5. – Não precisava ser nenhum gênio para saber que a pessoa estava praticamente morta com esse nível de pressão. Não chorei pelo fato de a professora me arrastar para fora, mas não consegui me concentrar na prova.
- Quem gostaria de ir levar o material da lá para a enfermeira?
- Ela não vai voltar? – Perguntei assustado e ao mesmo tempo preocupado.
- Hoje não, . – Eu queria ter noticias dela.
- Eu posso ir? – Perguntei com a voz fraca.
- Hm... Acho melhor a e a irem. Elas são as melhores amigas da . – Assenti com a cabeça mesmo não concordando. Quem a salvou mesmo? Quem a carregou até a enfermaria? Eu! Mas ao mesmo tempo em que estava orgulhoso por tê-la salvo, estava preocupado, com medo de perdê-la e me sentia culpado por não tê-la impedido de se apresentar ou comunicado a professora que ela estava passando mal. Viver isso uma vez já é muito difícil, duas então...
As meninas levaram as coisas dela e no final da aula questionei o estado em que ela estava.
- Ela já estava acordada e queria ficar na escola.
- Não deixaram, não é? – Perguntei preocupado e elas riram.
- É óbvio que não. Você é fofo assim preocupado.
- Hm... Obrigado, mas não contem para ela. – Falei receoso.
-Acho que ninguém viu você carregando ela até a enfermaria. – piscou e saiu.
Ela faltou o resto da semana e eu estava louco de preocupação. Depois ela voltou e voltou a ser a menina que eu enchia o saco e que me odiava por isso. Ela comprava meus desenhos e eu desenhava coisas que me lembravam ela.
Com o tempo eu parei de me iludir e entendi que ela não era para mim. Eu podia a amar, mas ela ia sempre ser a menina que eu amava e que não amava ninguém. Por que dizem que as meninas sofrem por amor? Eu sou um menino e estou sofrendo por ela, por não poder a ter, a tocar ou ser o seu anjo da guarda. Eu dava o meu melhor. Eu juro que dava. Mas ela nunca percebeu.
Eu morava com a minha mãe e ela ia se mudar, ficaria com meu pai se quisesse, mas eu não estava aguentando conviver com ela e não poder beijá-la. Foi então que decidi me mudar. A partir daí perguntas novas surgiram. E seu eu não estivesse lá quem iria salva-la? Mas eu não voltaria atrás, antes de pensar em outro alguém teria de pensar em mim.
Flashback Off
’s P.O.V
Minha cabeça estava latejando e minha boca com gosto de sal. Mas eu não podia fazer nada, na verdade eu não me lembro de muita coisa, só do dizendo e eu me preparando para perguntar como ele tinha descoberto, quando senti uma dor imensa na minha cabeça, depois água, água e mais água.
Eu acho que perdi totalmente a pose de editora. E realmente? Eu não estava me importando. Estava tudo tão bom. Até que o começou a passar a mão pela minha cabeça e em certo ponto eu não pude conter a dor:
- AI! – Gritei com força, ele tirou sua mão com um pouco de sangue.
- Meu Deus, desculpa. Está doendo, não está? Vou te levar para o hospital. – Sim, estava doendo, eu é que não disse nada para ele.
- Hm... Só dói se passar a mão. Não precisa. – Eu tenho trauma de desmaios e de médicos. Desmaiar dá-me raiva porque eu não lembro o que aconteceu. E eu fujo de médicos, porque tenho medo do que possam dizer-me.
- A sua cabeça está sangrando. Olha, me desculpa, mas hoje eu percebi o quanto você é importante pra mim e eu não quero correr o risco de te perder de novo. Então você querendo ou não, eu vou te levar. – Ainda estava processando as palavras do quando meu celular começou a tocar em minha bolsa.
Como sempre levantei em um pulo para pega-lo e quase cai, fiquei totalmente tonta. Se não fosse o me apoiando.
- ! Eu pego. – Ele repreendeu enquanto me deitava na espreguiçadeira. Logo depois trouxe meu celular e eu o atendi.
Ligação ON
- Alô?
- Hm... , eu presumo?
- Sim.
- Eu sou o agente da Vogue responsável por essa sessão de fotos. E recebi por um site de noticias, fotos suas, caída na areia.
- Desculpe-me. Foi apenas um incidente, isso não vai se repetir... – Começava o meu discurso para salvar meu novo emprego.
O pegou o celular, colocou no viva-voz e começou a falar irritado:
- Hm... Olha, eu não sei quem o senhor é... – Ele disse ríspido.
- Agente da Vogue, uma das maiores revista de mod... – O Homem tentou se explicar, mas não deixou.
- E não me importa. A está mal, eu vou leva-la ao hospital, ser atropelada por um jet-ski não é tipo de coisa que pode ser evitada. Quanto à sessão de fotos, quando ela estiver melhor ela volta para posar para as fotos, se quiser.
- Compreendo. Semana que vem, ela já estará melhor? – Ele perguntou em um tom calmo e bem menos arrogante. - Desculpe pelo incomodo, Sr. . – Eu tinha me esquecido do , o meu noivo.
- Sim. Adeus.
- Adeus, ligarei para ter noticias. – O homem do outro lado da linha desligou.
Ligação OFF
- Hm... é o seu noivo, certo? – O menino lindo parado em minha frente perguntou.
- Sim, mas... – Eu não pude terminar a frase depois de ver o sorriso dele.
- Não precisa falar nada. Eu moro com a , não temos nada, mas moramos juntos. Você não me deve explicações. - Ele falou com aquele sorriso iluminando meus olhos.
- Com a ? A ? EU A ODEIO! – Falei alto.
- Eu sei, fique calma. Eu não sou o maior fã do seu noivo.
- Você não o conhece! – Eu falei, mas me arrependi.
- Não preciso conhecer, ele não está aqui com você. Não está cuidando do que é dele. E não te ligou nenhuma vez. Tem por que eu gostar? – PUTZ, é verdade.
Eu tentei me arrumar na espreguiçadeira, mas a dor veio mais forte e logo que retirei minha cabeça dali pude ver a marca de sangue. O também percebeu, rapidamente ele me levantou e me carregou para longe.
Incrível tudo que pode acontecer em um intervalo. Saímos dali em direção a um iate que nos transportasse confortavelmente. Entramos em um realmente luxuoso, isso e a viagem não iria durar nem uma hora e meia.
- Nossa! Este deve ser o mais caro! – Falei sorrindo, eu com certeza tinha dinheiro para pagar, eu tinha muito dinheiro, mas do que esperava ter. Eu não sabia no que gastar. Doava boa parte para a caridade, mas ainda sim, era muito rica. Ser editora chefe das melhores revistas do mundo é no mínimo gratificante, quanto ao dinheiro. Mas queria saber o porquê de ele ter escolhido o mais caro, para me impressionar, por luxo ou enfim...
- Tudo bem, eu arrumo dinheiro. O importante é você estar bem. – Ele era um príncipe que fugiu de algum conto de fadas. Ele é incrível. De todas as respostas possíveis, essa com certeza era a que meu coração queria ouvir. Eu simplesmente sorri.
Estava morrendo de sono, mas o Sr. , não me deixava dormir, ele falava que quando alguém bate a cabeça e dorme a pessoa pode não voltar mais. Foi então que eu me lembrei no dia da nossa apresentação, a última coisa que eu vi foi ele alguns metros abaixo de mim.
- , foi você quem me salvou na nossa apresentação, não foi? – Ele assentiu com a cabeça. – Eu já namorei muitos artistas, mas nunca nenhum super-herói. – Comentei sorrindo.
- , eu não vou pedir para você terminar com o , ou nada parecido. Há quem queira te ver feliz, eu quero te ver bem. Você está bem? – Eu suspirei, olhando no fundo dos olhos dele respondi.
- Eu não estava bem, muito menos feliz. Até você chegar e despertar a que eu só consigo ser com você. A que não tem medo porque se sente protegida e a que é feliz só por estar ao seu lado.
- Desculpa-me por ter deixado as minhas oportunidades de te conquistar escaparem. – Eu neguei com a cabeça e sorri.
- Aproveita essa. – Toda a dor que eu sentia, estava sendo cicatrizada por aqueles olhos.
- Eu não vou te beijar! Não quero te machucar. – Eu rolei os olhos e fiz beicinho. – Ok, um selinho não mata ninguém. – Ele depositou um selinho demorado em meus lábios e eu permaneci com os olhos fechados. – Hey, abre os olhos, antes que eu tenha infarto aqui. – Comecei a rir.
4. Stay Here
- Hm... Eu diria que você deve ficar sobre observação. Mas tenho certeza de que ele cuidará de você melhor que qualquer enfermeiro. Ele é um ótimo rapaz, apesar de estar quase furando o meu chão.
Sorri e logo respondi ao médico.
- Ele é o meu herói. Ele sempre me protege e cuida de mim. Tenho certeza que ele é um ótimo rapaz.
- Eu vou te dar alta, mas estou ao seu dispor.
- Doutor, eu posso viajar para o colorado hoje?
- Não! Seus pontos podem abrir. Não ficará marca nenhuma se tudo der certo. Por favor, seja paciente. Você só pode viajar de avião em três dias, mas recomendo uma semana.
- Obrigada. – Sorri, mesmo pensando mil coisas. Como por exemplo, que eu ia ser demitida.
- Hm... Sua namorada está bem. – O médico piscou para mim e me “entregou” para o .
- Namorada, é? – Ele me provocou.
- Ahan! – Sussurrei e então me lembrei de um problema.
- , eu preciso encontrar um hotel. Eu não esperava ficar aqui em Paris por mais de um dia. Eu dormi no meu jatinho.
- Hm... Você pode dormir no meu apartamento, não chega a ser um jatinho, mas dá para o gasto... – Eu abri um sorriso, mas logo fechei a cara me lembrando da DEMI.
- Eu não quero. A vai estar lá.
- Ah é... Tinha me esquecido desse problema. Para que hotel nós vamos?
- Radisson Blu Le Metropolitan Hotel. – Falei com sotaque francês.
- O quê? Você sabe quanto custa uma diária lá? Eu moro aqui e nunca nem visitei esse hotel.
- Vamos. Tem vista para a torre Eiffel. É glamoroso. Eu trabalho na revista não é difícil conseguir um quarto.
Ele assentiu com a cabeça.
’s POV
Eu a levei até o hotel. E ela ficou na cobertura. O que eu perdi nos últimos anos? Ela parecia ter ganhado umas dez vezes na loteria. Mas concordei, não negaria nada a ela depois de hoje. Eu preciso ter certeza que a está bem. Para poupar que ela fizesse esforços a carreguei no colo até o quarto.
Emoções demais para um só dia. Descobrir que o seu primeiro amor, virou uma mulher extremamente influente. E salvar a vida dela. O pior foi ter visto ela sem respirar por alguns segundos, minutos, eu não sei. Eu só soube que queria trocar de lugar com ela. Não a perderia por nada.
Eu não fui convidado para permanecer no quarto de luxo, portanto me retirei enquanto ela tomava banho. Enquanto esperava o elevador, pude ouvir um grito. Imediatamente corri para o quarto e abri a porta, que não havia sido fechada.
- ! – Gritei quando cheguei ao quarto e me deparei com ela se contorcendo de dor, na cama.
Ela estava berrando de dor. Eu a coloquei na cama.
- Calma . O que aconteceu?
- Eu não sei. Mas esta doendo . Está doendo muito. Eu não consigo dormir. – Ela respondeu em meio a soluços. Olhei para ela, me deparei com a piranha em sua cabeça.
- , QUE PIRANHA É ESSA? É CLARO QUE ESTÁ DOENDO. – Eu tirei a piranha da cabeça dela.
- Ah, desculpa é costume. – Ela falou parecendo mais aliviada.
- Hm... Você vai ficar bem? – Perguntei levantando-me.
- Não! Fica comigo! – Ela ordenou. – Eu não me sinto bem longe de você...
- Ok. Eu vou dormir no sofá. – Assenti, porque primeiro eu estava cansado e segundo não queria a deixar sozinha.
- ! – Ela me chamou. – O médico falou que eu tinha que ficar em observação... – Ele o quê? Ai meu Deus, nós teríamos que voltar para o hospital imediatamente.
- Vamos para o hospital AGORA! – Falei firme e vi o sorriso dela se abrir.
- Calma, ele disse que eu deveria ficar em observação. Mas que você cuidaria muito bem de mim, melhor que os enfermeiros. – Eu sorri e assenti com a cabeça.
- Que médico louco, eu jamais daria alta para a minha paciente e deixaria o namorado cuidar dela. – Ela sorriu.
- Deita aqui. – bateu no espaço vazio ao seu lado. E eu cumpri. Ela apoiou a cabeça em meu peito e passou uma de suas pernas em volta da minha cintura e me abraçou com um braço e eu aproveitei para me aconchegar.
Acordei cedo. Olhei para o lado e vi a figura de uma menina linda deitada. Realmente não foi um sonho. Se não foi um sonho, o acidente também foi real. Eu coloquei meu ouvido em seu peito para ver se respirava. Ela estava bem. Com o meu movimento ela acordou.
- Bom dia, bela adormecida.
- Hm... Bom Dia, Superman.
- Consegue ficar de pé? – perguntei preocupado.
- Sim. Mas não seria nada mal o meu namorado trazer café da manhã para mim.
- Hm... Fala isso para o ! – falei debochado, me levantando.
- Vou ligar para ele. – Ela mostrou a língua.
Fui preparar o café, enquanto fazia as panquecas recebi um telefonema.
Ligação ON
- Hey, dude.
- Hey!
- UAU! Você está se saindo melhor que o esperado.
- Por quê?
- Deu uma de salva-vidas e resgatou a princesinha da Moda. Os sites de fofoca não falam outra coisa.
- Eu realmente fiquei preocupado!
- Sei, continue assim! – Ele falou ironicamente e desligou.
Abri o safari no celular e me deparei com fotos dela naquele estado agonizante, me arrepiei com a foto. Alguns sites diziam que eu a beijei a força, outros que ela havia passado mal e outros que eu era o amante da princesa. Rolei os olhos e desliguei o celular.
- ! – Ouvi um grito, tirei imediatamente as panquecas da panela e fui para o quarto. – Você fez respiração boca a boca em mim? – Ela perguntou com um sorriso PERFEITO.
- Sim. Na hora eu fiquei pior que o Frank Stein, eu não deixava ninguém se aproximar de você e cuidei de você.
- Obrigada. – A sua voz saiu fraca.
- De nada, amor. Vou ver o nosso café.
Entrei com uma bandeja com frutas, panquecas e sucos para nós dois.
- , depois você me leva no Starbucks? – Ela perguntou com olhos de gato de botas.
- Levo, sim. – Disse sorrindo, afinal era meu café preferido.
5. Quando tudo começa a dar certo...
Fui para casa levando a minha namorada. (que ainda era noiva do ).
- ...
- Oi, namorado! Onde você esteve? Demorou tanto.
- , você se lembra da ? – Pude jurar que vi os olhos da Srta. se escurecerem um pouco.
- Claro! – Ela respondeu sarcasticamente.
- Oi! Há quantos anos? Como vai a vida? – A perguntou nervosa.
- Hum... Bem... vem aqui um pouco. – Eu a segui até a cozinha, ela fechou a porta e começou.
- , VOCÊ ME FALOU QUE IRIA ATRÁS DE UMA UMA IGIRL IDIOTA, MAS A ? Ela não tem nada a ver com o seu contrato. Ela é sua primeira paixão. Confessa, seu cretino. Sempre foi ela, não é? Você não ia namorar comigo!
Ouvi um choro vinda da sala e deduzi que era a , mas respondi mesmo assim.
- , você é bonita, legal e tudo. Mas eu AMO a . E eu não namoraria com você. Porque eu não te amo. Você é minha melhor amiga e eu quero te ver feliz! Mas é com a que eu quero ficar velhinho, é com ela que meu coração acelera, é ela quem eu protejo com a minha própria vida. É ela, sempre foi ela e você sempre soube disso.
A começou a chorar e eu a deixei ali. Fui à procura da . Depois de horas andando por Paris, comecei a enlouquecer. Andei em uma direção qualquer até enxergar o amor da minha vida. Ela estava de costas, perto a um lago. Chovia em Paris, muito.
- Você não ouviu tudo. – Comentei calmamente.
- Eu ouvi o suficiente! – Ela retrucou irritada. Logo ouvimos o barulho de um trovão. Ela deu um pulo para trás e quase caiu no lago.
- Você só não ouviu dizendo que...
6. Eu sempre vou te salvar…
Eu estava discutindo com ele, quando o raio caiu. Ele não chegou a completar a frase. Caiu desmaiado. Eu sabia que o raio não o atingira e isso me tranquilizava. Mas eu não sabia o que fazer. Pelo que conheço de física sei que a voltagem de um raio ultrapassa 100 milhões de volts e que um só equivale à cerca 30 mil lâmpadas juntas, mas como raio não caiu nele... Seria mais fácil. O raio durou poucos segundos e isso ajudava. Eu liguei para a ambulância e fui checar o pulso dele. Tentei sentir e não consegui. Eu estava desesperada, a ajuda ia demorar alguns minutos para chegar e ele estava sem pulsação. Eu comecei o processo de reanimação e eu estava chorando muito. A CULPA É TODA MINHA. Por que eu sou tão idiota? Eu fui fazendo a respiração boca a boca e a massagem torácica. Até ele voltar a ter pulsação. Fiquei aliviada e o virei de lado. Fiquei checando seus batimentos cardíacos e respiração, mas ele teve uma recaída e eu iniciei o processo novamente.
- Eu juro que se você ficar bem, eu me esqueço de tudo que eu ouvi naquela casa. Eu faço o que você quiser! Volta para mim!
Continuei o reanimando, quando tudo voltou ao normal o virei de lado e aguardei a ajuda. Que serviço demorado. Eu quero o meu namorado vivo. Ele abriu os olhos, vagarosamente.
- Está tudo bem com você? – Ele não respondeu, apenas assentiu com a cabeça.
- Desculpa. – Ele cochichou. – Se eu não sair dessa, me promete que você vai encontrar alguém que vai cuidar de você? – A voz fraca dele fez as lágrimas que escorriam pelo meu rosto aumentarem.
- Você vai sair dessa! Você sempre me salvou! Agora é a minha vez de retribuir. – Falei tentando me convencer disso.
- Eu te amo, eu sempre te amei. – A voz ficou cada vez mais fraca e eu entrei em prantos.
- Eu te amo! EU TE AMO! – repeti várias vezes, aumentando o som.
Chequei sua pulsação novamente e logo percebi que ele teve uma parada cardiorrespiratória. Comecei o processo novamente. A ambulância chegou e o retirou dali. Eu fui como sua acompanhante e os médicos começaram a aplicar as máquinas de reanimação o DEA. E aquilo me assustava, colocaram adrenalina em suas veias. E tentavam o reanimar. Depois de algum tempo os batimentos voltaram e ele voltou a respirar. No hospital ele foi para a UTI e eu fiquei do lado de fora, com os olhos cada vez mais molhados e uma dor no coração.
- Srta. ? – Um médico perguntou.
- Sou eu. – Respondi rapidamente.
- O paciente teve complicações, mas agora já retomou consciência e pediu para falar com você. – Acompanhei o médico até o “quarto” onde ele estava.
- Desculpa. – Ouvi uma voz fraca implorar assim que entrei. Fiz sinal de silêncio.
- Eu te amo! Não peça desculpas, a culpa foi minha toda minha. Eu não mereço alguém como você!
- Você merece ser feliz! Com quem você quiser. Mesmo que eu não seja esse alguém – Ele falou com lágrimas nos olhos.
- Não importa, eu jamais serei feliz sem você.
- Eu te magoei? – Ele perguntou sério.
- Hm... Uma vez... Há dez anos, quando você foi embora e uma há seis quando você fingiu que amava a Anne.
- E ontem? – Eu respirei fundo e comecei meu discurso.
Coloque para tocar!
- Às vezes ser iludido é a única forma de ser feliz. Você errou, eu errei, somos seres humanos e não conseguimos ser perfeitos. Eu não me importo com o que você disse. Ontem eu percebi a sinceridade nos seus olhos quando você disse que me amava. E eu te amo. Sempre te amei e sempre te amarei. Independente do que aconteça. Se o mestre tempo não conseguiu nos separar, nada conseguirá.
- Você não é só a minha vida, você é minha alma. Eterna como a minha alma. Quando dois corações são sincronizados, duas mentes interligadas. Duas almas entrelaçadas, não adianta o destino tentar. Há dez anos eu neguei, há seis eu menti e pela primeira vez estou sendo sincero. Você é uma mulher influente, pode ficar com quiser, mas eu não me apaixonei só pela mulher, eu me apaixonei pela menina que ia com o cabelo levemente bagunçado para a escola. Pela que não ligava para a roupa e sim para quem era. Eu me apaixonei pela doçura e pela amargura. Descobri que o ódio que eu sentia por você era uma reflexão do ódio que eu sentia de mim por não admitir que amo/amava você.
- EU TE AMO- Falei com os olhos cheios de água. – Nunca se esqueça disso. Eu te amo, não duvide do meu amor.
- Eu não vou. – Ele falou com um olhar sincero. Eu me aproximei dele e selei nossos lábios em um beijo calmo e de despedida.
7. Até Logo
’s P.O.V
Sai do hospital com a , fiquei três insuportáveis dias lá. O primeiro não foi insuportável porque a estava lá. Mas os dois dias longe dela foram torturantes. Onde será que ela está? Eu precisava falar com ela.
- ... Cadê a...
- A , , está conquistando o público jovem ao lado do seu noivo, . O casamento está marcado para julho. – Eu juro que minhas pernas fraquejaram por alguns minutos, por que ela estava fazendo isso? Eu não suportaria mais viver sem ela.
- Por quê? – Foi tudo o que eu consegui dizer com a voz trêmula.
A Srta. Milles tirou do seu bolso um papel em um envelope. E entregou-me, revirando os olhos.
“ ,
Desculpe-me, eu não podia ter te deixado. Mas eu não podia ficar, por você. Eu quase te perdi, por culpa minha. E eu não posso ficar assim. Eu não te faço bem. Talvez, te faça feliz, mas eu vivo te colocando em situações de risco. Eu estou sacrificando a minha felicidade e a sua. Posso te contar um segredo? A maioria das pessoas não é feliz, elas têm momentos de felicidade. E aquelas que estão sempre sorrindo são falsas ou bem-humoradas, talvez não felizes. Nós passamos a ser felizes quando encontramos alguém que nos dá essa sensação de felicidade suprema. Não serei feliz, mas terei meus momentos bons. E você terá os seus. Promete que vai encontrar alguém que cuide de você?
Eu te amo, .”
Como assim? A era a única pessoa que fazia o meu coração acelerar, a única por quem eu vivia. Eu não vou ficar bem sem ela. Por um momento duvidei do amor da , mas eu lembrei-me das palavras que ela me disse.
- Eu vou atrás dela! – Falei confiante olhando para a .
- Você é louco. E isso é o que eu mais gosto em você. – Ela disse sorrindo.
’s P.O.V Off
8. O fim é sempre um novo começo…
Antes de colocar o vestido de noiva, ela encontraria o marido em um programa, POP show, antes de sair pegou seu celular que estava com a capinha que ela tanto amava. Ela suspirou triste e logo sorriu.
Assim que chegaram ao programa, e entrelaçaram seus dedos, e sentaram-se no sofá dos entrevistados. O apresentador estava de costas, mostrando apenas seus cabelos e a parte traseira de seu paletó vermelho escuro.
- Hm... , quem apresentava esse programa não era a Emma?
- Sim, mas você não viu na internet que há duas semanas quem apresenta o programa é ele?
- Não! Eu não fico checando esse tipo de coisa.
A discussão sobre o novo apresentador foi interrompida com o GRAVANDO. Como sempre, o apresentador começava olhando para o público e anunciava o show. Depois vendava os convidados para começar o jogo.
- , como e por que você se apaixonou pela ? – O homem perguntou com um sorriso vitorioso nos lábios.
- Foi amor à primeira vista, estava em um desfile quando a vi. E me encantei por ela.
- Então, se apaixonou pela beleza externa da nossa princesa?
- Não! Quer dizer sim... Não... PRÓXIMA PERGUNTA.
- , alguns meses atrás você foi flagrada com outro cara em Creta, na Grécia. O que faziam lá e quem era ele? – Dessa vez o apresentador se aproximou dos ouvidos da menina e sussurrou. – Seja sincera, essa será a sua ultima chance e eu vou salvá-la mais uma vez.
- Inicialmente, fui a Paris para checar uma proposta de emprego do Karl, logo fui convidada para fazer uma sessão de fotos. Ainda no café, onde me encontrei com o Sr. Lagerfeld eu “conheci” o rapaz das fotos – Ela falou fazendo aspas com os dedos – Gostei muito dele e então o convidei para ser modelo e ele aceitou. – suspirou e prosseguiu. – Depois de muitos flashs, todos foram comer, mas eu não sou a maior fã de frutos do mar, por isso continuei na praia. Alguns minutos depois o garoto chegou e me ofereceu comida, eu expliquei minhas preferências para ele. Cansada, resolvi nadar e ele perguntou se poderia me fotografar, eu assenti. Quando nadava, uma lancha descontrolada me atingiu, suponho que o rapaz das fotos tenha me salvado. - Certo. O que você diria para ele se ele estivesse aqui, agora? – A menina tirou a venda sorrindo e olhou nos olhos do apresentador.
- Eu te amo. Obrigada e me desculpa. – O noivo continuava com uma cara de desentendido, o apresentador piscou para a menina e mostrou um vídeo do salvamento.
O vídeo mostrava a garota deitada na areia e ele a reanimando e uma parte inédita, o garoto dizendo para ela:
- , fala comigo. Eu sei que talvez você não se lembre... Mas eu sou o , o menino que foi apaixonado por você desde sempre.
Ela sorriu e o apresentador prosseguiu para o homem com os olhos vendados.
- O que você sentiu ao ver as imagens da sua noiva caída na praia com outro homem tocando seus lábios?
- Eu senti raiva do homem e felicidade por saber que não acontecera nada demais.
- , em Paris no mesmo dia á noite vocês foram fotografados juntos em um hotel. O que aconteceu aquela noite?
- Eu ainda estava sentindo dores devido ao acidente. E ele gentilmente acompanhou-me e cuidou de mim.
- , por que não acompanhou a sua mulher e foi cuidar dela?
- Estava muito ocupado. – Os olhos do apresentador arderam de raiva.
- , dias depois tiraram uma foto do rapaz caído no chão, durante uma chuva e você o ajudando desesperada. Por que você o salvou?
- Eu devia isso á ele. Devia mais do que isso e principalmente porque... – O tempo se esgotou e os câmeras colocaram nos comercias. Ninguém se pronunciou no estúdio até o programa voltar.
- , você ainda não terminou...
- ELA NÃO VAI TERMINAR, AGORA É A MINHA VEZ! – O Sr. gritou irritado.
- ... Se ela estivesse velha, perdesse essa forma perfeita e estivesse doente. Deus que nos livre. Mas o que você faria?
- Isso não vai acontecer. E se acontecer eu não quero estar lá para ver. – A menina revirou os olhos e o olhou indignada.
- É com esse homem que você quer passar os últimos anos da sua vida? – O homem perguntou esperançoso e ela suspirou.
- Eu posso passar os últimos anos da vida com qualquer homem... Só um vai ocupar meus pensamentos e meu coração. – A plateia soltou um OWN e o noivo sorriu vitorioso.
- Eu não mereço essa mulher. Mentira, mereço sim! – O menino a envolveu com um braço. E ela fez cara de nojo.
- Realmente não merece. – O apresentador e a menina disseram juntos, ele baixo e ela em alto e bom tom. Logo se entreolharam e sorriram.
- Esse homem é você, ! – Ela sorriu e o apresentador a acompanhou.
- Bem, te vejo mais tarde. – O noivo comentou deixando a sala.
- O que tem mais tarde? – Ela perguntou confusa.
- Um casamento. O seu casamento. – Respondeu o apresentador rindo.
- Ah, é...
- Você nunca vai mudar não é? – O menino pareceu viajar para um mundo longe por alguns segundos.
’s P.O.V
A sempre se esquecia das datas importantes. Isso me lembrou do que aconteceu há dez anos.
Flashback ON
Estávamos sentados em nossos lugares e houve uma pequena revolução por parte de algumas meninas que pediam para a professora me colocar no meu antigo lugar. A me olhava desesperada, mas não admitiu nada. Então a professora perguntou:
- Vamos acabar com isso agora! Sr. você quer voltar para o seu lugar?
- Hm... ? – Questionei sua aprovação. Ela deu de ombros e eu sorri, sabia que significava um sim.
- Quero! – Falei para a professora e a me mostrou a língua.
- Admite que você não consegue viver sem mim!
- Por que eu admitiria uma coisa que é mentira? – Ela falou revirando os olhos.
- Talvez por ser louca por mim. – Falei sorrindo.
- Eu não, você é irritante! Eu nunca ia querer nada com você! – Aí! Será que ela percebe que isso machuca? Eu sabia seu pronto fraco e então usei.
- Desmaiadora, desmaiadora, desmaiadora! Está melhor? – Ela fez uma careta. Eu sempre fazia isso para irritá-la. E como ela passou a ignorar tudo o que eu dizia, resolvi ser legal. Estávamos no último período, quando uns meninos foram falar com ela.
- Ah, eu vou sim! Vejo-te mais tarde. – Um garoto que eu não sabia o nome falou.
- Eu também vou. Com que roupa você vai? Espero que seja curta. – O John comentou divertido.
- Hm... Acho que também te vejo mais tarde, gatinha! – Falei e ela rolou os olhos.
- ... O que tem mais tarde? – Ela perguntou curiosa, o que me deixou confuso.
- O seu aniversário! A sua festa de aniversário! - Respondi desconfiado.
- PUTZ! Eu tinha me esquecido.
- Percebe-se! – Eu falei depois de rir por alguns minutos.
Flashback OFF
Eu realmente me divertia com o jeito maluco da . Por trás daquela máscara de mulher séria, eficiente e rude. Ela era a menina louca, brincalhona e amável que eu conhecia.
- Diga para o Mundo, , como será seu casamento mais tarde?
- Não será, . Não vou me casar. Não com o , pelo menos.
Dito isso, entrelaçou suas mãos nos cabelos da menina e a puxou em um beijo lento e delicioso. Um que ambos esperavam há anos. Um beijo que acima de tudo demonstrava todo o sentimento deles.
irritado deu um soco no rapaz, assim que se afastaram. não revidou, apenas fez sinal para que os seguranças o retirassem dali. encontrou o olhar de e sorrindo, ele se ajoelhou e tirou do paletó uma caixinha.
- , eu posso não ser um super-herói, mas por você serei um super-humano. – Riu olhando para baixo. – Você quer casar comigo?
- Sim.
FIM
Mia: Oi, pra quem não me conhece eu sou a Mia S. escrevi Traitor para o ficstape do Daughtry. Sempre quis escrever sobre a história desses dois e ela estava já com 24 páginas quando a Lavis me falou do ficstape. Eu não tinha face para falar com as ADM’s, ou ver os posts e isso complicou bastante as coisas. Mas a Gabriela Reis me mandava e-mails e me ajudava MUITO. Então essa fanfic só está aqui graças a elas. E eu tenho certeza que a Lavínia vai reclamar demais, porque ela não fez “nada”, mas eu achei que o nome dela merecia estar junto ao meu, porque ela me ajudou com o final, me ajudou com o meio, me ajudou até com o começo muito antes do ficstape. E essa história realmente não existiria se ela não me contasse seus sonhos divertidérrimos, ou me ajudasse a escrever. Obrigada, Lavínia! E queria agradecer também a beta-reader e a Gabriela Reis e a você que chegou até aqui.
Beijão,
Mia
Lavi: Então gente, eu só escrevi o roteiro com a Mia e escrevi um pouco de 2 capítulos, mas, como ela é cabeça dura resolveu me colocar aqui. Só tenho isso a dizer. Mas encham ela de amor, porque ela merece.
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