Capítulo Único
Acordei sentindo o calor do sol invadindo pela fresta da cortina, e resmunguei me sentindo arrependida por ainda não ter comprado uma cortina descente.
- Você deveria trocar de cortina – a voz de soa entre meus cabelos e sinto-o desgrudar seu corpo do meu, deixando-o mais frio sem seu contato. Aproveito e viro-me de barriga para cima enquanto olho de soslaio para o homem ao meu lado.
- Você – digo dando ênfase – poderia comprar uma para mim. Afinal tens alguns milhões na conta – falo gracejando virando de lado, apoiando minha cabeça com uma mão e com a outra segurando o lençol sobre meu corpo nu.
O homem me olha sorrindo e assenti.
- Tem razão – ele se vira. Me encarando e passando sua mão sobre meu ombro e braço num carinho que fez meu corpo arrepiar e não conseguir fazer minha cara de tédio para o que ele disse.
- Você sabe que eu estou brincando – ele sorri mais e coloca sua mão na minha cintura e vai descendo vagamente até a minha bunda, logo me puxando para mais perto dele.
- Mas eu não – ele diz enquanto beija meu ombro esquerdo, sabendo que ali é meu ponto fraco. Suspiro sem força de compreender mais nada e aperto fortemente seu ombro.
- A gente não pode – falo o empurrando para se afastar.
- Podemos sim – ele aperta na minha cintura me trazendo arrepios e suspiros.
- Você pode. Já eu preciso me encontrar com o Jhon – mesmo praticamente entregue a ele, consigo dizer e faze-lo revirar os olhos.
- Eu ligo para o John e digo que você está impossibilitada de comparecer à reunião porquê – ele se afasta me avalia – você está numa reunião particular comigo – ele diz passando suas mãos em minha clavícula e indo até onde o lençol que cobria meus seios, ele passou seu dedo indicador por dentro do lençol fazendo-os roçar em meus seios e eu arfo.
- – digo com o máximo de força eu consigo imitir. - É meu estagio, e eu preciso desse estagio – ele me avalia e por fim suspira sorrindo enquanto se afasta.
- Eu sei desculpa – ele acaricia meu rosto de um jeito terno. – Posso te deixar lá se querer.
- Claro, - sorrio com a ideia - melhor que pegar o metro a essa hora - ele apenas me olha e sorri. Levanto rapidamente, sem vergonha de estar nua em sua frente – já havíamos passado dessa fase – e pego minha roupa dobrada em cima da cadeira da escrivaninha e vou até o banheiro. Já dentro olho para que me encara com o sorriso malicioso, enquanto estou prestes a fechar a porta.
- Você nem me convidou – fala com humor e eu abro uma fresta da porta olhando o homem ainda deitado na minha cama apenas com um lençol cobrindo seu corpo.
- Isso não iria dar certo – digo sorrindo de forma maliciosa apontado para seu corpo.
- Você é muito má !
(...)
- Até que horas é a reunião? – perguntou enquanto espera o semáforo abrir.
- E desde de quando Jhon diz um horário para o fim da reunião? – digo rindo e confirmou sorrindo olhando o trânsito que voltava a mover. – Você não precisa vir me buscar se era essa a questão – olha para mim rapidamente – Na verdade, - falo lembrando de todas as situações que poderiam acontecer. – Não era nem para você me trazer. – desvia seus olhos para mim novamente e suspira de forma audível
- Vai começar com a paranoia de paparazzi? – sua voz parecia cansada de batermos nessa mesma tecla.
- Não é paranoia, só não quero... – parei pensando melhor no que eu iria dizer.
- Ter sua imagem associada à minha – falou de forma que dava para perceber o quanto estava ofendido. Olhei para ele e seus olhos realmente demonstrava sua magoa.
- Não me leva a mal – minha voz sai como um sussurro e olho para minhas mãos que começam a suar.
- Não sei como não levar a mal – ele falava séria, dificilmente seu tom de voz é esse, e quando ele o usa comigo a vontade que eu tenho é de sair correndo e me esconder o mais longe dele e da sua dor.
- As pessoas vão falar que eu só tenho estagio na Republic Record por conta de você – consigo dizer e o carro para novamente em um semáforo fazendo com que ele consiga me olhar.
- , você não pode viver sua vida preocupada com que os outros vão dizer – nesse momento minha mente dizia que eu tinha que terminar com o que nós tínhamos, pois isso era o certo. Porém, olhar para seus belos par de olhos azuis, suas bochechas levemente rosadas, provavelmente pelo desconforto de estamos falando sobre isso, fazia com que meu coração dissesse que o certo era estar com ele, e com toda a carga que ele trazia junto. - Você e eu sabemos que você conseguiu esse estágio por competência. Nós nem nos conhecíamos e nem íamos nos conhecer se não fosse esse estágio - ele apontou o obvio e por mais que eu quisesse largar tudo para o alto, o medo de perder esse estágio era muito mais pesado.
Uma buzina nos faz voltar a realidade e ele volta a olhar para a frente e dirigir.
- Nós sabemos, mas as pessoas não sabem – consigo formular depois de alguns minutos.
- As pessoas não importam, passei mais da metade da minha vida preocupado com as pessoas – ele continua sério e eu me irrito por ele não conseguir entender meu lado.
- Pra você é fácil falar, já tem uma carreira consolidada – falo com raiva e vejo ele levantar a sobrancelha talvez pelo meu tom de voz grosseiro.
- Tudo bem. Não vamos discutir sobre isso... – ele me olha no momento que ele estaciona o carro na frente da Republic Record -... de novo – dei um meio sorriso, e ele se vira para mim. – Você tem algum compromisso no sábado? – ele muda completamente de assunto, mas eu já estava acostumada com isso. nunca prolongava uma discussão ou deixava isso afetar nosso relacionamento.
- Talvez um compromisso com a minha cama quentinha – digo gracejando e fazendo aquele clima sair de vez entre nós.
- Isso é tentador – me olhou com sorriso malicioso e colocando sua mão sobre a minha perna tampada pela calça jeans e aperta. – Mas eu queria saber se você iria à festa que Kevin vai fazer de inauguração da sua nova bebida.
- Que tipo de evento vai ser? – faço uma cara de tédio
- Nada formal do jeito que você está pensando – ele diz sorrindo e tocando levemente as rugas da minha testa. - Vai ser uma festa privado para apenas convidados. Não vai precisa de vestido de gala e horas no salão – ri por ele saber minha aversão por salão de beleza. Acho isso uma perca de tempo.
- Tudo bem – ele levantou as sobrancelhas dessa vez de forma surpresa.
- Sério isso? Sem precisar de muito esforço? Sem reclamação sobre ser fotografada? – revirei os olhos, dando um sorriso torto;
- Vamos ser discretos ok? – ele sorri e eu sorrio sem resistir a ele.
- Combinado – ele coloca as duas mãos no meu cabelo me causando arrepios e logo me beija, seus lábios eram apaixonantes e quanto mais o beijava mais tinha vontade de continuar dessa forma.
Fazia cerca de 6 meses que eu conheci . era um dos cantores mais famosos da atualidade, ainda que tenha apenas 24 anos. E eu? Apenas uma estudante de música de 21 anos que a quase um ano conseguiu um estágio na gravadora Republic Record. Gravadora que tinha um contrato.
Nos conhecemos durante uma After Party do VMA realizado pela mesma. No dia, eu estava levemente alterada e acabei por não reconhecer o rapaz sentado ao meu lado no bar que passou mais de trinta minutos explicando o porquê Taylor Swift era a maior compositora da atualidade. Até ele se apresentar e eu me tocar sobre quem era.
é um homem muito atraente, não só pelos seus atributos físicos que eram enlouquecedores para qualquer mulher do mundo. Ele era alto, e mesmo eu sendo alta, com 1,75, ele ficava alguns centímetros mais alto quando eu usava salto. Seus olhos eram de azul mais claro que meus e seus cabelos levemente ondulados eram de castanhos claro. Já eu não tinha nenhum corpo especular, eu era alta e geneticamente magra, e por conta dessa magreza familiar era desprovida de curvas, não tendo seios ou nádegas avantajadas. A parte que eu mais gostava eram das minhas pernas longas e levemente grossas na coxa.
Mas o que mais me encantava no homem que beijava meus lábios, é que ele era compreensivo, atencioso e sempre respeitava minhas escolhas. Mesmo quando ele achava que não eram as melhores.
(...)
- E aí como vai com o gostosão do ? - Hattie minha colega de estagio perguntou assim que eu sentei a sua frente na mesa de trabalho que compartilhávamos.
- Não fala essas coisas aqui? – digo falando baixo e olhando para os lados para ver se alguém mais ouviu.
- Ah esqueci, nós temos que usar codinomes – ele estica os lábios em um sorriso travesso. - Que tal namorado? – essa palavra me arrepiou.
- Ele não é meu namorado – digo abrindo o notebook e tentando ignorar o que ela dizia.
- Aposto que só porque você é burra, porque qualquer um que vê vocês dois juntos percebe que ele está caidinho pelos seus encantos – revirei os olhos sem acreditar no que ela dizia.
- Não seja sonhadora, ele é , pode ter qualquer mulher – sorrio de forma irônica e pego minha bolsa para tirar de lá minha agenda vermelha.
- Mas pelo jeito ele escolheu você, afinal já fazem quanto tempo que vocês estão saindo? – ela apoia a cabeça em sua mão.
- Quase seis meses – digo dando de ombro – mas não pense que ele está saindo só comigo, – olho para ela e aponto a caneta que segurava em sua direção - a gente não é exclusivo.
- Então quer dizer que a senhorita está pegando outro enquanto pega aquele que não devemos nomear?
- Não...- digo arrastado constatando que a seis meses eu era exclusiva apenas de e seus encantos – mas, ele com certeza deve estar, podendo escolher qualquer mulher que querer, ele tem mais que aproveitar – digo tentando deixar claro que aquilo não me afetava, afinal não poderia afetar.
- Aposto essa sua bolsa falsificada da Gucci que ele está saindo só com você – ela diz sorrindo como se fosse a mais inteligente do planeta.
- Não seja inocente – digo olhando para a apresentação que Jhon havia pedido que fizéssemos sobre os números de vendas dos álbuns lançado no último semestre.
- Estão prontas para a reunião meninas? – John chega do nada ao meu lado e eu fico em estado de alerta com medo de que ele possa ter ouvido algo sobre a nossa conversa.
- Claro John – minha colega diz sorrindo e levantando.
(...)
Ouço meu celular vibrar ao meu lado no momento em que levo a pipoca a boca. Pego o mesmo e percebo uma mensagem de com uma fotografia de Rick, seu empresário, distraído enquanto lia um papel a sua frente.
“Animação de uma sexta à noite, espero que a sua noite esteja mais animada”
Ri olhando a foto e a legenda. Digito rapidamente uma resposta.
“Ah com certeza aqui está bem mais animado”
Mandei a foto em que aparecia minha perna enrolada na coberta e a TV ligada enquanto passava minha série preferida Game Of Thrones.
“Não tenha dúvida disso”
Ele diz acompanhada de um emoji com a língua para fora.
“A reunião ainda vai demorar?”
Pergunto curiosa
“Infelizmente sim, Rick não para de falar”
Ele manda um emoji chorando o que me fez ri e antes que eu possa responder meu celular aponta uma nova mensagem dele.
“Preciso desligar Rick já está enchendo o saco. Ótima série para você e depois sonha comigo e não com aquele Jon Snow”
Ri lembrando quando disse para ele que achava Kit Harington atraente e ele me prometeu nunca me apresentar a ele. Sorri maliciosa e decidir provocar.
Corri até o quarto e coloquei a minha camisola azul claro que dizia que combinava comigo e com meus olhos. Deitei na cama e treinei várias posições que realçavam minha perna e mostrava a camisola que eu estava usando. Coloquei minha mão esquerda na barra da mesma como se tivesse puxando para cima e com a direita tirei a foto. Achei perfeita e enviei para ele, logo escrevendo.
“Poderíamos fazer algo bem mais interessante, mas Rick não está colaborando”
Ri do que eu acabo de fazer e levanto da cama indo até a cozinha decidindo terminar de fazer o recheio da pizza que estava preparando.
Coloquei a couve no fogão logo refogando ela juntamente com a cebola e alho. Depois vou preparar o molho de tomate com alguns cogumelos. Deixo tudo no fogão desligado e retiro a massa do forno, colocando-a em cima da mesa e despejando a couve refogado por toda a massa e por cima coloco o molho. Abro a porta do forno e coloco a pizza lá por 15 minutos. Vou até o meu quarto lembrando que deixei meu celular por lá, avisto ele e o pego percebendo uma mensagem de .
“Puta merda você está me fazendo ficar mais desesperado para sair daqui”
Ri, mas meu riso cessa quando leio a outra mensagem enviada a 15 minutos atrás.
“Estou indo aí”
Olhei incrédulo para mensagem sem acreditar e olho para o relógio constatando que se eles estivesse mesmo vindo aqui para casa ele deveria está chegando. Após esse pensamento a campainha toca e eu pulo com o susto.
Não precisava abrir a porta para saber quem era. Só tinha uma pessoa que tinha acesso direto ao meu apartamento sem interfone, e esse alguém era um músico capaz de encher o Madison Square.
Abri a porta e sorri para mim da forma mais maliciosa enquanto me analisava dos pés à cabeça. A única coisa que eu consegui fazer foi suspirar por constatar que eu estava ferrada com esse homem em minha vida.
Ele entra em meu apartamento e eu ando para trás prestando atenção em seus olhos e no formato do seu rosto. sorri malicioso e chuta a porta para fechar. Assim que se aproxima coloca sua mão em baixo da minha nádega, levantando meu corpo enquanto me fazia girar e ser pressionada na porta.
- Você é doido! – exclamo olhando em seus olhos. Suas mãos agora em minhas pernas entrelaçadas a sua volta apertam sem pudor.
- Você que é doida em me mandar uma foto com essas belas pernas totalmente a mostra - ele me pressiona mais na porta – e não achar que eu viria até você – sua boca vai até meu pescoço e eu suspiro sem pestanejar totalmente entregue a ele.
- Você não estava em uma reunião importante senhor – digo meio grogue com sua mão viajando por minhas pernas e sua boca brincando com meu colo.
- Falou certo, eu estava – ele diz olhando em meus olhos. – Agora eu estou com você – não deu tempo de sorri, pois logo sua boca estava na minha me fazendo gemer e sentir minha intimidade latejar cada vez que era mais pressionada por ele e minha língua era sugada sem qualquer pudor por . Um apito vindo da cozinha nos fez se afastar e ele levantou a sobrancelha como quem perguntasse o que era isso.
- É a pizza – digo a ele com a respiração acelerada.
- Pizza de verdade ou aqueles matos em cima de uma massa que você chama de pizza? – reviro os olhos e coloco meus pés no chão.
- É minha pizza – o empurro delicadamente para que ele me desse espaço para passar e vou até a cozinha sendo seguida de perto por ele. Me a baixo abrindo o forno, pronta para tirar a pizza e sinto as mãos de em minha bunda, e encostando seu perceptível volume na mesma.
- ! – digo para repreende-lo, mas o tom de voz pareceu mais um incentivo.
- Desculpa, não resisti – ele se afasta rindo. Levanto e olho para ele que estava rindo como se tivesse aprontado algo.
- Você é muito pervertido – volto meu olhar para o forno e o fecho sem tirar a pizza de lá. Volto a encarar o homem parado na minha cozinha e me encosto no balcão.
- Eu não sou pervertido, você que é irresistível – ele me analisa minuciosamente. – Você não entende o quanto preciso me controlar para não te colocar em cima desse balcão e te encher de prazer – sua voz grave fez meu corpo ferver de desejo. Segurei-me no balcão e dei um sorriso que agradeceria que parecesse sexy.
- Porque você não faz exatamente o que está querendo.
Não tive muito tempo de raciocinar o que eu disse, pois logo andava lentamente até a mim como um predador, assim que chegou mais perto ele sorriu colocando uma mão em minha nuca e deslizando até elas estarem no meio do meu cabelo. Ele apertou e eu não resisti fazendo um som parecido com suspiro e um gemido. Aquilo pareceu despertar nele um extinto animal, pois logo sua outra mão estava no mesmo local que a outra e sua boca estava na minha me beijando de uma forma selvagem que eu poderia jurar que ficariam inchadas.
Sua mão esquerda desce lentamente por minhas costas e logo se encontravam em minha bunda, ele me puxou ainda mais próxima a ele e eu pude sentir seu volume e aquilo fez meu desejo aumentar. Desci minha mão das costas dele até o cós da calça e ali eu brinquei, mas logo deslizei a mão até estarem sobre o volume do seu pênis e apertei. Ele arfou enquanto ainda me beijava. Levei a outra mão também ao cos e ali eu abri o botão e baixei o zíper, coloquei minha mão sobre o tecido da cueca e apertei seu volume sorrindo quando ele afastou a boca da minha e encostou sua testa na minha
- Você vai me matar – ele disse de olhos fechados.
- Só se for de tesão – ele abriu os olhos e sorriu.
- Você é maravilhosa – ele se afasta e eu me sinto fria sem seu corpo – E deve dizer que com essa roupa fica ainda mais – senti seu desejo sobre mim aguçava o ego. Afinal ele era .
- Não gosto quando me elogiam.
- Eu vou te elogiar até que você acredite.
posou sua mão sobre minha coxa e deslizou ela para cima levando a barra da minha camisola, sua mão estava no meio da minha coxa e ali apertou, levando uma onda de desejo.
- Você não tem ideia do quão gostosa você é – ele leva sua mão até a minha intimidade onde pressiona ela delicadamente ainda por cima da calcinha, a outra mão também entra por de baixo da minha camisola, mas ele a deixa pousada entre minha coxa e bunda. Quando me dou conta com uma agilidade ele afasta minha calcinha logo esfregando seus dedos e suspirando – tão deliciosamente molhada – ele diz logo me penetrando com seu dedo me deixando de pernas bambas e ele me segura fortemente com a outra mão, deito minha cabeça sobre seus ombro sem força, enquanto ele ainda brincava com a minha intimidade. Meus gemidos começaram a ser mais alto e eu estava muito próxima de gozar em seus dedos, mas ele logo retira seus dedos e com seu olhar de excitação ele se afasta pegando minha mão e me leva até a o meu quarto chegando lá ele senta na cama e eu retiro a camiseta azul que ele usava, toco delicadamente seu ombro e sento em seu colo ele começa a beija meu colo e eu jogo minha cabeça para trás, deixando ele explorar onde ele achava melhor. Senti ele afasta a alça da camisola e logo sinto sua mão na barra do meu vestido, levanto um pouco para que ele possa retirar e ele passa sua mão sobre meus seios enchendo a mão com eles. Ele se levanta comigo no colo e me deitando na cama, ele a baixa sua calça levando a cueca junta. Logo estamos da forma mais intima que um casal ficava, entre gemidos, suspiros eu ali compreendo que nosso relacionamento estava de uma forma que nunca imaginei e gostaria que ficasse, e o medo disso tudo acabar a qualquer momento me deixou triste, mas não o suficiente para eu me desprender do meu cantor favorito
(...)
A festa de Kevin tinha mais gente do que o esperado, isso eu tive certeza quando a noiva dele, Sharon estava um pouco preocupada com o buffet e não parava de falar sobre isso.
- Nossa, – ela ri e eu a encaro – ele podia ser mais discreto – Sharon olhava para nossa frente e olhei para onde ela encarava e pude perceber sentado entre os amigos, mas seus olhos estavam sobre mim enquanto ele levava seu charuto na boca. Ele ficava muito atraente quando fumava. – Ele não para de te encarar, até parece que ele não chegou com você. Ele está completamente apaixonado – olho rapidamente para ela com os olhos arregalados.
- Não seja tola – digo a ela.
- Querida, - ela coloca sua mão sobre meu ombro - eu o conheço a anos e pode ter certeza que eu sei quando ele está apaixonado. E ele – aponta com a cabeça para o homem que ainda não parava de olhar, - está completamente apaixonado.
Ele não podia estar apaixonado.
Eu não podia está apaixonada.
Paixão e amor, não são sentimentos agradáveis. Alguém sempre sai magoado. E como experiencia própria esse alguém sempre seria eu.
Olhei novamente para ele e um arrepio me percorreu.
Eu não podia está apaixonada.
Dou uma desculpa qualquer para ela e saio rapidamente do campo de visão de todos indo até a longa varanda, o ar gélido do inverno ainda estava presente, mas a noite estrelada confirmava que estamos nos distanciando do inverno e nos aproximando da primavera.
Coloco a mão no parapeito e respiro, minha mente voltando a alguns anos atrás.
Eu namorei por 2 anos um garoto. Estávamos no ensino médio, no começo ele era muito gentil e atencioso, mas depois de um tempo ele começou a ser agressivo. Nos primeiros meses suas agressões eram apenas com palavras, dizendo que eu precisava dele que ele iria me proteger de qualquer bullying que eu poderia sofrer, que se nós terminássemos as pessoas iriam ver o quão inferior a todos eu era.
Mas não ficou somente nisso. Logo veio a primeira puxada de braço, logo após um jogo e eu abraçar em comemoração, um dos meus colegas. Não liguei para aquela atitude e continuamos juntos.
Então ocorreu o primeiro empurrão e eu me desequilibrei caindo no chão deixado minha nádega roxa. Eu não me importei, afinal eu havia “estressado” ele.
Então veio o primeiro tapa no rosto, pois eu me recusava a trocar a roupa que ele dizia ser de “vadias”. Eu não me importei. Eu chorei e ele chorou me pedindo desculpa dizendo que nunca mais ia acontecer. Eu acreditei e perdoei.
Houveram outras tapas e outras desculpas, e eu com minha falta de maturidade e ingenuidade relevei todas.
Meus pais desconfiaram e me proibiram de namorar com ele, por um lado agradeci, mas por outro ele parecia ter ficado mais agressivo e me perseguia por toda a escola. Comecei a andar acompanhada dos meus amigos a pedido dos meus pais. mas uma vês ele me alcançou sem ninguém. E então ele socou meu rosto. Depois do soco, ele me obrigou a voltar com ele enquanto segurava meus braços com força e me sacudia. Para sai daquela situação eu aceitei, mas só para fazê-lo se afastar. Assim que voltei para casa, contei aos meus pais e fomos a delegacia denunciar. Não fui levado muito a sério, afinal eu era menor de idade, e ele o filho do prefeito.
Com medo de que algo pior pudesse acontecer, meus pais decidiram sair da cidade e antes de terminar o ensino médio eu havia ido embora deixando para trás todos naquela cidade. Até hoje não sei o que aconteceu com ele, e eu espero nunca saber.
Mas depois daquele episódio eu simplesmente nunca mais me envolvi sério com alguém e abandonava qualquer um que eu me sentia atraída além de sexo. Mas com foi diferente. Desde o começo foi diferente. Eu não me afastei dele quando senti os primeiros sinais. Eu não me afastei quando começamos a nos envolver fora da cama. Não nos afastamos quando seus amigos viraram meus amigos e vice e versa. Não me afastei quando começamos a nos encontrar apenas para conversar ou assistir a um filme.
Percebi agora que é tarde demais, nós já estávamos envolvidos e não sabia o que fazer. Eu não poderia envolver ele nesse enlaço desesperado que é minha vida e minhas inseguranças.
- Está tudo bem? - a voz de me desperta e eu olho para ele rapidamente assustada. Ele arregala os olhos e se aproxima cautelosamente de mim. – Aconteceu alguma coisa? – sua voz era reconfortante e delicadamente sua mão se pousa em minhas bochechas. Sua preocupação me faz perceber que haviam lagrimas em meus olhos. Olhar aqueles olhos cheios de preocupação e sentimento por mim só fez com que eu chorasse mais logo o abração.
- Por Deus , aconteceu alguma coisa? – ele tenta, delicadamente, afastar seu corpo do meu, mas eu agarro mais a ele e então desisti passando sua mão entre meus cabelos. – Quer ir embora? – assinto que sim com a cabeça. – Ok, então vamos – me afasta vagamente dele e olho para ele. Seus olhos só demonstravam preocupação. – Quer ir ao banheiro primeiro? – faço que não com a cabeça. – Ok, - ele se aproxima - vamos só limpar isso aqui – ele passa os dedos nos lábios e depois por de baixo dos meus olhos, que deveria estar borrado de rímel.
(...)
- Você quer conversar? – estávamos sentados na sala da sua cobertura que ficava apenas 5 minutos do local da festa. Mordi os lábios sem saber ao certo o que falar.
- Eu... – minha voz saiu mais grave que o normal, talvez por estar a algum tempo sem falar e pelo choro.
- Não precisa falar se não querer. Só – ele pausa - preciso saber se você está bem fisicamente. – Ele parecei angustiado.
- Sim – ele suspira aliviado.
- Alguém fez ou falou alguma coisa para você? – ele segura minha mão
- Não – não que pudesse me magoar acrescentei mentalmente lembrando da fala de Sharon.
- Quer deitar? – ele me acaricia delicadamente com o polegar.
- Sim – disse sentindo um cansaço psicológico.
me levou até sua suíte, logo eu estava deitando e sendo coberta por ele. também deitou, mas por cima da coberta. Virei de lado fechando os olhos sentindo suas mãos em meu cabelo.
(...)
- Eu não quero saber Rick. Eu preciso que você cancele meu voo hoje – acordei ouvindo a voz de , olhei para a janela e o sol já havia nascido. - Assunto pessoais – peguei meu celular olhando a hora e já eram 10 horas da manhã. - Se der eu vou amanhã, a cerimônia é somente terça feira – então eu lembrei: embarcava hoje para Los Angeles onde iria ter o Grammy na terça feira – levantei rapidamente e fui até a sua sala, ele estava sentado no sofá fazendo uma cara de tédio para o que Rick está falando, tive vontade de ri mas me contive, notou minha presença e sentir seus olhos me analisarem – Eu já falei o que tinha que falar, resolva tudo Rick, tchau – ele desliga e tenho certeza que o deixou esbravejando para um telefone mudo. - Como você está? – ele levanta vindo até mim.
- Não cancele sua viagem por minha causa – ele fica parado no meio do caminho me analisando ainda mais. Não queria ter suado ríspida, mas parece que foi isso que soou – Quer dizer, se for por minha causa que você esteja fazendo isso.
- Mas é claro que é por sua causa – sua voz era séria. – Eu estou preocupado...
- Não precisa – eu o interrompo e sua feição ficou mais séria.
- Mas claro que precisa, eu me preocupo com você. E ontem você me deixou muito preocupado.
- Eu já estou bem.
- Ótimo. Então agora você pode me explicar o que aconteceu – ele senta no sofá fazendo sinal com a cabeça para que eu sentasse na poltrona.
- Posso tomar café primeiro? – eu não estava com fome, mas eu queria adiar essa conversa.
- Claro – levanta desconfortável, talvez por não ter me oferecido nada para comer e já estava me cobrando explicação.
Comi sem muita vontade e enrolei o máximo que consegui. Como se isso fosse mudar o fato de alguma coisa. Assim que saio da cozinha acompanhado de que decidi ir até o terraço do seu apartamento de luxo. Assim que o calor do sol nos esquenta olha para mim.
- eu gosto muito de você, e eu estou muito preocupado com suas reações ontem a noite, por isso que quero saber o que aconteceu – seus olhos transbordavam preocupação e meu coração se encheu de angustia.
- Esse é o problema, você gosta muito de mim e eu... e eu gosto muito de você – suspiro. – Nós não podemos nos envolver, não dessa forma.
- Como assim? – ele franze os olhos sem entender
- Tudo bem nós transarmos, e nos tornamos amigos. Mas isso – apontei para nós dois – está longe de ser somente isso. E você sabe disso.
- Mas é claro que eu sei – ele passa a mão pelo rosto já ficando vermelho - eu gosto muito de você pra isso ser apenas transa e amizade. Por Deus, eu posso dizer agora que eu...
-Não! – falo desesperada. – Não termina isso, não dificulta as coisas – viro de costa para ele já sentindo as lagrimas surgirem.
- , achei que eu não precisava chegar pra você e lhe pedir em namoro, porque pra mim isso é um namoro – sinto que ele se aproximo.
- Não , isso não pode ser um namoro – seus olhos estavam arregalados, assim que eu me viro. – Eu não posso namorar.
- Porque? Você por acaso tem algum casamento secreto – era claro que ele estava tentando amenizar a discussão. Mas hoje isso não iria acontecer.
- Não, mas... você não entenderia, namorar é muito complicado.
- Eu sei que é. Eu já namorei.
- Não você não entende, eu... eu prefiro ter lembranças suas assim – aponto para ele – do que como namorado – ele estreitou os olhos para mim.
- Eu não estou lhe entendendo ,
- Eu prefiro guardar a imagem que eu tenho, de você assim sem compromisso, sem cobranças, sem ciúmes, a imagem de você relaxado, comigo ao seu lado enquanto bebe e fuma se divertindo com seus amigos. Sem a tenção de uma rotulo ou de um namoro – gesticulo exasperada.
- E você acha que vai ser diferente se namorarmos?
- Sempre é.
- Você está enganada – ele mexe a cabeça de forma negativa e começa a andar de um lado para outro. – Eu já lhe considero minha namorada, - ele para na minha frente – a forma como eu te trato e trato nosso relacionamento não iria mudar por conta de um rotulo.
- Claro que iria , o amor é uma maldição que só traz problemas, e eu não posso ver esse sentimento entre nós, eu não posso nos ver nos ver se engolido em problemas.
- ... – ele segura minha mão.
- Não há nada que você possa fazer – aperto sua mão.
- Deixe-me lhe provar que você está errada – ele me puxa para nos aproximarmos.
- Não há nenhuma proposta que você possa fazer que me faça mudar de ideia.
- E isso significa que...? – ele toca delicadamente meu rosto.
- Que é melhor nos afastarmos – ele fecha os olhos e quando volta abrir eles estavam marejados.
- Você está escutando que não faz nenhum sentindo você dizer pra mim que gosta muito de mim e depois querer se afastar.
- Para mim faz.
- Eu queria saber o porquê.
- ... – Suspiro, tocando seu rosto e secando algumas lagrimas. – Você é umas das melhores coisas que me aconteceu e eu quero lhe guardar assim. – ele ia falar alguma coisa, mas eu não deixo. – Não diga nada, só me beija e... me faça sua nem que seja pela última vez.
O beijo tinha gosto de despedida. Era selvagem e desesperado, como se quisemos provar cada canto de nossas bocas ainda não explorada. Já o sexo no terraço, fez jus sobre o que dizem sobre “sexo de despedida”. Essa seria a última vez que nos tacaríamos desse jeito, e pra nossa sanidade seria a última vez que nos víamos.
(...)
4 anos depois...
Grammy é um evento que premia cantores, produtores e compositores. Eu nunca imaginei chegar aqui, ainda mais como cantora, e ainda mais sendo indicada e sendo uma das apresentações.
- Está tudo bem? – meu empresário pergunta enquanto olho para os lados a procura de alguém. Um alguém com nome e sobrenome e cabelos que apostaria estarem despenteados e sexy.
- Sim – olhei para frente quase levantando do meu lugar.
- Quer uma ajuda pra achar a pessoa que está procurando?
- Que? – olho para ele. – Ah não. Não procuro ninguém, especificamente.
Mas eu procurava, eu procurava .
Eu não o via, pessoalmente é claro, a anos. Desde aquela manhã no terraço, em que nos despedíamos eu nunca mais sentir o seu perfume amadeirado.
Mas o mundo é muito irônico.
Eu nunca sonhei em virar cantora, meu sonho era apenas escrever músicas, mas algumas demos minhas caíram na mão de Eddie e ele disse que queria me lançar. Nessa época a um ano atrás eu já havia terminado a faculdade e trabalhava em uma pequena gravadora. Muito relutante eu aceitei e a 4 meses minhas músicas não param de tocar nas rádios norte americanas e uma indicação no Grammy de artista revelação.
Agora eu estava aqui sentada na quinta fileira da maior premiação musical a procura do homem que eu nunca esqueci e que tinha certeza que ele estaria hoje.
Não demorou muito e eu o vi. Ele estava chegando pela lateral enquanto segurava a mão de uma bela mulher loira. Claro que eu a reconheci, todos os tabloides falavam que eles estavam noivos, seu nome era Ruth Moore e era ex miss mundo.
Meu coração deu solavanco e eu me encolhi na cadeira, não queria ser vista, que coisa contraditória é claro que ele me veria.
Durante 4 anos me afastei dele e de todos seus amigos, deixei meu estagio na Republic para trás e trabalhei de garçonete por 4 meses até enfim ser contratada por outra gravadora e terminar a faculdade. Quando terminei a faculdade essa mesma gravadora me efetivou.
Como se algo chamasse a atenção lentamente se virou em minha direção. Seus olhos se arregalaram levemente, mas um sorriso debochado apareceu em seus lábios. Ele ficou alguns segundos me encarando dessa forma, mas eu não consegui corresponder ou fazer qualquer sinal. Sua noiva toca em seu ombro apontado para os assentos na primeira fileira e logo ela senta. Porém, antes de sentar ao lado dela ele olha novamente pra mim levantando seu copo com algum conteúdo. Não consegui decifrar se ele estava me cumprimentando ou sendo debochado, e antes de qualquer reação ele se sentou.
- É impressão minha, ou Carte acaba de fazer uma pequena interação com você? - Eddie olha estranho em direção a .
- Ele deve saber quem eu sou – disso omitindo que ele com certeza sabia quem eu era, antes mesmo dele saber, ou qualquer pessoa neste local.
- Mas é claro, qualquer pessoa aqui nesse local sabe quem você é – Eddie disse prepotente.
- Não exagera – o censuro.
- Não é exagero, sua música é número #1, eles são obrigados a saberem quem você é.
- Então porque ficou tão interessado em interagir comigo.
- Porque ele é Carte – ele disse como se fosse óbvio. – Lindo. Gostoso. Com um sorrisinho sínico que arrepia até os pelos do...
- Ok já entendi.
- E você deve ser fã dele – ele dá de ombro – Quem não é também.
- Porque você pensa dessa forma?
- Você nem correspondeu, deve ter entrado em choque – ri. Mas ri muito mais de desespero, porque eu não correspondi por ele saber muito bem quem eu sou.
(...)
- Você está bem? – pergunta assim que eu saio do camarim com o figurino da apresentação, um vestido longo preto e com várias camadas da cintura pra baixo. Já na parte de cima ele era uma frente única bem decotado, mas que não chamava muito atenção pela falta de seios.
- Eu vou me apresenta no Grammy, é claro que não estou – ainda quis ressaltar que a inspiração da minha música #1 estaria sentado na primeira fileira me assistindo.
- Relaxa, vai dar tudo certo.
- E se eu errar? – falo desesperada. – Tem alguma possibilidade de cancelarmos, sei lá fingir que eu tive uma diarreia.
- O que você tem? Nunca te vi tão insegura. Para de loucura. Eu quero que você pegue essa cabeleira, esse vestido que custou uma fortuna e ande até aquele palco e arrase como você vem fazendo a meses.
- Ok – caminhei até aquela tortura, quando cheguei até a entrada do palco, estava uma loucura de gente falando e correndo, não entendi muito bem, quando eu vi estavam me arrastando até o palco porque íamos entrar em 1 minuto.
Não lembro bem como aconteceu, mas eu coloquei um objetivo, eu não iria olha em direção a , por mais difícil que seria. As luzes se apagaram e alguém fez um sinal que estávamos no ar. Respirei fundo enquanto sentia a orquestra atrás de mim iniciar o som e ser iluminada
- You keep me in your orbit – a iluminação fica em cima de mim no momento da primeira sílaba e o público aplaude me fazendo sorrir e relaxar.
Well, I know I'm a hard one to please
Give it too much importance
My love'll have you fall to your knees
I tell them this too often
Know better than to bark up my tree
Just for me to fall and leave
Nah, I'd rather just watch you smoke and drink, yeah – nesse momento meus olhos me traem e caem sobre que prestava atenção na minha apresentação com um sorriso, mas não era o sorriso de antes, parecia orgulho.
Steering clear of any headaches to start - tiro o microfone do pedestal e ando lentamente até a frente do palco.
And if we're being honest
I'd rather your body than half of your heart – decido me virar em direção que não estava, pra relaxar a minha mente, do que seja lá o que eu estava sentindo.
Or jealous-hidden comments
That come when you let in them feelings
that I don't want/ I never let 'em know too much
Hate gettin' too emotional, yeah
I'm better off without him – como ensaiado desço o primeiro degrau da escadaria que dava para o público.
I'm better off being a wild one – desço mais um degrau.
On the road a lot, had to keep it a Thousand – desço o terceiro já percebendo a marca.
So that I'm better off not being around ya – cento lentamente na marcação.
Go on and face it /I'll never be ready for you – olho novamente para , que agora estava muito mais próximo de mim.
Ready for you – desvio novamente nossos olhos
I swear my love is a curse
make you handle issues
Handle issues
Let's put them topics to bed
and go fuck on the roof – a curiosidade de ver sua reação me fez olhar suas ações na hora que canto essa parte, e a reação foi uma levantada de sobrancelha intimidante, tive vontade de ri, mas disfarcei.
Just to say that we did it risse – desviei rapidamente o olhar dele.
You keep insisting
I listen to your proposition – levanto.
I dismiss them all, no offense, yeah – viro de costa subindo os três degraus novamente.
Steering clear of any headaches to start
And if we're being honest – viro somente a cabeça para a câmera nessa parte como havíamos ensaiado.
I'd rather your body than half of your heart - ando ainda de costa até eu ver o local marcado e viro-me para o público.
Or jealous-ridden comments
That come when you let in them feelings
that I don't want
I never let 'em know too much
Hate gettin' too emotional, yeah
I'm better off without him
I'm better off being a wild one
On the road a lot
had to keep it a Thousand
So that I'm better off not being around ya
I'm better off without him
I'm better off being a wild one
On the road a lot
had to keep it a Thousand
So that I'm better off not being around ya – a última parte não teve como cantar sem olhar para ele e logo vejo ele se levantar juntamente com o público eu agradeço e logo saio do palco.
- Isso foi lindo, tenho certeza que vai ser uma apresentação muito elogiada – ele continuou falar, mas eu só pensava em e na droga que eu estava fazendo.
(...)
Não demorou muito e eu estava devidamente sentada em meu lugar, ainda com o vestido da apresentação que eu decidir não trocar. Pude notar que não estava mais sentado, provavelmente ele iria subir pra anunciar alguma categoria, ouvi dizer nos noticiares que ele seria um dos apresentadores, respirei fundo.
- Que maravilha – diz olhando para seu celular.
- O que houve? – ele parecia muito contente.
- Houve umas mudanças, e pelo que me informaram, Carte irá apresentar a categoria que você está concorrendo.
- O que? – falei mais alto do que esperado e chamei a atenção de algumas pessoas.
- Não vai surtar lá em cima se você ganhar – ele guarda celular rindo da minha cara de indignada.
- Eu não vou ganhar esse prêmio – ele me olha sério.
- Claro que vai, você é o nome novato do momento – não para , pensei.
Não demorou muito e Carte logo aparece e meu coração dispara com o nervosismo com a mistura de uma possibilidade de ganhar um Grammy e a possibilidade de ir até lá receber esse prêmio das mãos do homem que ainda pairavam sobre meus sonhos. As palmas terminam e eu como uma boa atriz também paro de bater.
- Boa noite a todos – sorri da forma mais sexy – a próxima categoria é artista revelação. – Senti o aperto no coração e minhas mãos começaram a suar. – Durante todos os anos dezenas de cantores entram nesse Show Business a procura de reconhecimento. Muitos deles ralam bastante para chegar até aqui, serem indicados e até levar um Grammy para casa. Confira aqui os indicados a artista revelação.
O telão começou a aparecer a imagem de cada artista revelação por ordem alfabética.
- E o Grammy vai para – ele abre o envelope – .
Eu paralisei, porque: 1º eu havia ganhado um prémio importantíssimo. 2º dizendo meu nome. 3º eu teria que ir até lá, o cumprimentar.
Meu choque foi despertado por Eddie que logo me abraça enquanto eu levantava. Claro que todos intenderam minha reação como algo normal de alguém que ganha um prêmio desse, na sua primeira premiação.
Cumprimentei algumas pessoas, na intenção de atrasar a minha caminhada até o palco. Sobre aplausos subo as escadas. Decido encara somente quando tivesse com os dois pés no palco, evitando qualquer embaraço que me faça cair na escadaria.
No momento que eu pus meus olhos neles, a vontade que eu tive era de sair correndo. Ele dá alguns passos até mim e me entregando o prêmio e logo me abraçando. Ali foi a minha morte, sentir seu corpo perto de mim, sentir seu cheiro e por mais que tenha sido somente alguns segundos pareciam minutos. Me afastei dele e fui até o microfone.
- Oh isso é doido – ri tentando recuperar o pensamento – Bem, eu sinceramente não tenho um discurso preparado porque eu achei que eu não iria ganhar – ri e algumas pessoas também. - Vamos ao clichê. Obrigada Grammy, obrigadas aos meus pais, a minha equipe, aos fãs, e a todos que acreditaram em mim e na minha caminhada, e a... todas as inspirações desse primeiro álbum – sabia que era ele, não precisava ouvir o álbum inteiro só Better Off era explicito nossa última conversa. – Obrigada – todos aplaudem e eu me viro pra sair de lá dando de cara com , que muito educado oferece seus braços para irmos até o backstage. Sabia que não podia recusar ou amanhã estaria na em todos as notícias, aceitei e olhei de soslaio para ele vendo que o mesmo estava sorrindo. Assim que estamos longe de todos me desvencilho de seus braços, olho para ele e sorrimos.
- Parabéns . Um belo álbum, você deveria estar bem inspirada – ele sorri de forma irônica.
- Com certeza tive alguns anos de inspiração.
- ! – Eddie vem apressado – isso é tão maravilhoso você ganhando seu primeiro Grammy – ele para ao nosso lado. – Já estou imaginando que o próximo será Álbum do ano.
- Vamos com calma Eddie – sorrio sem graça.
- Não seja depressiva – ele olha para – Carte, prazer eu sou Eddie o empresário dessa garota de ouro. Um diamante que estamos lapidando – ele aponta como se eu fosse um prêmio. – Ela não é esplêndida e linda? –senti minhas bochechas corarem, olho para que me analisa sorrindo.
- Claro. Muito talentosa – ele diz ainda me olhando.
- Você não acha que ela tem capacidade de ganhar álbum do ano? – Eddie pergunta empolgado e a vontade que eu tinha era de color a boca dele.
- tem um talento para composição fantástico tenho certeza que ela irá ganhar álbum do ano. Bom eu preciso voltar ao meu assento. – ele me olha e pega minha mão a beijando como um perfeito cavaleiro que sempre foi. – Como eu disse, parabéns , você é maravilhosa – minha mão formiga e afasto ela do seu contato.
- Você sabe que eu não gosto de elogios – a frase saiu sem querer, sorriu ainda mais e meu empresário observava acena atentamente.
- Eu sei, - deu um sorriso torto - Mas eu não me importo em elogiar até você acreditar – ele repete a frase que ele dizia sempre nos meses que ficamos juntos.
- ! – exclama com um sorriso.
- Até mais ! – cumprimenta meu empresário e sai.
- O. que. Foi. Isso.? – fala pausadamente. – Espera vocês se conhecem? – olho para ele, mas seus olhos estavam longe. – Claro! – ele exclama como se tivesse descoberto um mistério. – Como pude ser burro e não perceber isso, você foi estagiaria da Republic gravadora dele – ele me olha analisando. – Mas isso não pareceu interação de pessoas profissionais, você dizendo que ele sabia que você não gosta de elogio, ele dizendo que te elogiaria sempre e você o chamando de sendo que ninguém o chama assim.
- Não é nada – tento disfarçar.
- Não é nada?! – ele ri. – Minha filha isso tem nome em todas as línguas e na nossa isso se chama: tesão acumulado.
- Ok. Eu e tivemos um caso durante meu estágio na Republic. Mas isso faz passou.
- Passou? Com essa química todo? Tão não queria nem ver vocês dois na época que estavam juntos.
- Nós terminamos a 4 anos atrás fazia muito tempo que não nos víamos.
- Terminaram porquê? – pergunta curioso.
- Porque não era pra ser e estamos melhor assim – suspiro.
- Melhor?
- Sim – olho para meu empresário. – Eu estou melhor sem ele – arregalou os olhos provavelmente entendendo sobre o que eu queria falar. A música número #1 era sobre esse relacionamento.
- Eu não acredite... – ele parecia atônito.
- Pois acredite – respirei fundo.
- Você precisa me contar essa história direitinho. Mas primeiro eu preciso de álcool e tenho certeza que você também precisa – ele enlaça seu braço no meu.
- Com certeza.
- Ué você não está melhor sem ele? – ele arqueia a sobrancelha de forma irônica.
- Eu preciso está melhor sem ele.
Era nisso que eu me agarro a 4 anos depois de deixa-lo no terraço da sua cobertura.
Nós ficaremos bem.
Nós ficaremos melhor sem o outro.
Nós precisávamos estarmos melhor dessa forma.
- Você deveria trocar de cortina – a voz de soa entre meus cabelos e sinto-o desgrudar seu corpo do meu, deixando-o mais frio sem seu contato. Aproveito e viro-me de barriga para cima enquanto olho de soslaio para o homem ao meu lado.
- Você – digo dando ênfase – poderia comprar uma para mim. Afinal tens alguns milhões na conta – falo gracejando virando de lado, apoiando minha cabeça com uma mão e com a outra segurando o lençol sobre meu corpo nu.
O homem me olha sorrindo e assenti.
- Tem razão – ele se vira. Me encarando e passando sua mão sobre meu ombro e braço num carinho que fez meu corpo arrepiar e não conseguir fazer minha cara de tédio para o que ele disse.
- Você sabe que eu estou brincando – ele sorri mais e coloca sua mão na minha cintura e vai descendo vagamente até a minha bunda, logo me puxando para mais perto dele.
- Mas eu não – ele diz enquanto beija meu ombro esquerdo, sabendo que ali é meu ponto fraco. Suspiro sem força de compreender mais nada e aperto fortemente seu ombro.
- A gente não pode – falo o empurrando para se afastar.
- Podemos sim – ele aperta na minha cintura me trazendo arrepios e suspiros.
- Você pode. Já eu preciso me encontrar com o Jhon – mesmo praticamente entregue a ele, consigo dizer e faze-lo revirar os olhos.
- Eu ligo para o John e digo que você está impossibilitada de comparecer à reunião porquê – ele se afasta me avalia – você está numa reunião particular comigo – ele diz passando suas mãos em minha clavícula e indo até onde o lençol que cobria meus seios, ele passou seu dedo indicador por dentro do lençol fazendo-os roçar em meus seios e eu arfo.
- – digo com o máximo de força eu consigo imitir. - É meu estagio, e eu preciso desse estagio – ele me avalia e por fim suspira sorrindo enquanto se afasta.
- Eu sei desculpa – ele acaricia meu rosto de um jeito terno. – Posso te deixar lá se querer.
- Claro, - sorrio com a ideia - melhor que pegar o metro a essa hora - ele apenas me olha e sorri. Levanto rapidamente, sem vergonha de estar nua em sua frente – já havíamos passado dessa fase – e pego minha roupa dobrada em cima da cadeira da escrivaninha e vou até o banheiro. Já dentro olho para que me encara com o sorriso malicioso, enquanto estou prestes a fechar a porta.
- Você nem me convidou – fala com humor e eu abro uma fresta da porta olhando o homem ainda deitado na minha cama apenas com um lençol cobrindo seu corpo.
- Isso não iria dar certo – digo sorrindo de forma maliciosa apontado para seu corpo.
- Você é muito má !
(...)
- Até que horas é a reunião? – perguntou enquanto espera o semáforo abrir.
- E desde de quando Jhon diz um horário para o fim da reunião? – digo rindo e confirmou sorrindo olhando o trânsito que voltava a mover. – Você não precisa vir me buscar se era essa a questão – olha para mim rapidamente – Na verdade, - falo lembrando de todas as situações que poderiam acontecer. – Não era nem para você me trazer. – desvia seus olhos para mim novamente e suspira de forma audível
- Vai começar com a paranoia de paparazzi? – sua voz parecia cansada de batermos nessa mesma tecla.
- Não é paranoia, só não quero... – parei pensando melhor no que eu iria dizer.
- Ter sua imagem associada à minha – falou de forma que dava para perceber o quanto estava ofendido. Olhei para ele e seus olhos realmente demonstrava sua magoa.
- Não me leva a mal – minha voz sai como um sussurro e olho para minhas mãos que começam a suar.
- Não sei como não levar a mal – ele falava séria, dificilmente seu tom de voz é esse, e quando ele o usa comigo a vontade que eu tenho é de sair correndo e me esconder o mais longe dele e da sua dor.
- As pessoas vão falar que eu só tenho estagio na Republic Record por conta de você – consigo dizer e o carro para novamente em um semáforo fazendo com que ele consiga me olhar.
- , você não pode viver sua vida preocupada com que os outros vão dizer – nesse momento minha mente dizia que eu tinha que terminar com o que nós tínhamos, pois isso era o certo. Porém, olhar para seus belos par de olhos azuis, suas bochechas levemente rosadas, provavelmente pelo desconforto de estamos falando sobre isso, fazia com que meu coração dissesse que o certo era estar com ele, e com toda a carga que ele trazia junto. - Você e eu sabemos que você conseguiu esse estágio por competência. Nós nem nos conhecíamos e nem íamos nos conhecer se não fosse esse estágio - ele apontou o obvio e por mais que eu quisesse largar tudo para o alto, o medo de perder esse estágio era muito mais pesado.
Uma buzina nos faz voltar a realidade e ele volta a olhar para a frente e dirigir.
- Nós sabemos, mas as pessoas não sabem – consigo formular depois de alguns minutos.
- As pessoas não importam, passei mais da metade da minha vida preocupado com as pessoas – ele continua sério e eu me irrito por ele não conseguir entender meu lado.
- Pra você é fácil falar, já tem uma carreira consolidada – falo com raiva e vejo ele levantar a sobrancelha talvez pelo meu tom de voz grosseiro.
- Tudo bem. Não vamos discutir sobre isso... – ele me olha no momento que ele estaciona o carro na frente da Republic Record -... de novo – dei um meio sorriso, e ele se vira para mim. – Você tem algum compromisso no sábado? – ele muda completamente de assunto, mas eu já estava acostumada com isso. nunca prolongava uma discussão ou deixava isso afetar nosso relacionamento.
- Talvez um compromisso com a minha cama quentinha – digo gracejando e fazendo aquele clima sair de vez entre nós.
- Isso é tentador – me olhou com sorriso malicioso e colocando sua mão sobre a minha perna tampada pela calça jeans e aperta. – Mas eu queria saber se você iria à festa que Kevin vai fazer de inauguração da sua nova bebida.
- Que tipo de evento vai ser? – faço uma cara de tédio
- Nada formal do jeito que você está pensando – ele diz sorrindo e tocando levemente as rugas da minha testa. - Vai ser uma festa privado para apenas convidados. Não vai precisa de vestido de gala e horas no salão – ri por ele saber minha aversão por salão de beleza. Acho isso uma perca de tempo.
- Tudo bem – ele levantou as sobrancelhas dessa vez de forma surpresa.
- Sério isso? Sem precisar de muito esforço? Sem reclamação sobre ser fotografada? – revirei os olhos, dando um sorriso torto;
- Vamos ser discretos ok? – ele sorri e eu sorrio sem resistir a ele.
- Combinado – ele coloca as duas mãos no meu cabelo me causando arrepios e logo me beija, seus lábios eram apaixonantes e quanto mais o beijava mais tinha vontade de continuar dessa forma.
Fazia cerca de 6 meses que eu conheci . era um dos cantores mais famosos da atualidade, ainda que tenha apenas 24 anos. E eu? Apenas uma estudante de música de 21 anos que a quase um ano conseguiu um estágio na gravadora Republic Record. Gravadora que tinha um contrato.
Nos conhecemos durante uma After Party do VMA realizado pela mesma. No dia, eu estava levemente alterada e acabei por não reconhecer o rapaz sentado ao meu lado no bar que passou mais de trinta minutos explicando o porquê Taylor Swift era a maior compositora da atualidade. Até ele se apresentar e eu me tocar sobre quem era.
é um homem muito atraente, não só pelos seus atributos físicos que eram enlouquecedores para qualquer mulher do mundo. Ele era alto, e mesmo eu sendo alta, com 1,75, ele ficava alguns centímetros mais alto quando eu usava salto. Seus olhos eram de azul mais claro que meus e seus cabelos levemente ondulados eram de castanhos claro. Já eu não tinha nenhum corpo especular, eu era alta e geneticamente magra, e por conta dessa magreza familiar era desprovida de curvas, não tendo seios ou nádegas avantajadas. A parte que eu mais gostava eram das minhas pernas longas e levemente grossas na coxa.
Mas o que mais me encantava no homem que beijava meus lábios, é que ele era compreensivo, atencioso e sempre respeitava minhas escolhas. Mesmo quando ele achava que não eram as melhores.
(...)
- E aí como vai com o gostosão do ? - Hattie minha colega de estagio perguntou assim que eu sentei a sua frente na mesa de trabalho que compartilhávamos.
- Não fala essas coisas aqui? – digo falando baixo e olhando para os lados para ver se alguém mais ouviu.
- Ah esqueci, nós temos que usar codinomes – ele estica os lábios em um sorriso travesso. - Que tal namorado? – essa palavra me arrepiou.
- Ele não é meu namorado – digo abrindo o notebook e tentando ignorar o que ela dizia.
- Aposto que só porque você é burra, porque qualquer um que vê vocês dois juntos percebe que ele está caidinho pelos seus encantos – revirei os olhos sem acreditar no que ela dizia.
- Não seja sonhadora, ele é , pode ter qualquer mulher – sorrio de forma irônica e pego minha bolsa para tirar de lá minha agenda vermelha.
- Mas pelo jeito ele escolheu você, afinal já fazem quanto tempo que vocês estão saindo? – ela apoia a cabeça em sua mão.
- Quase seis meses – digo dando de ombro – mas não pense que ele está saindo só comigo, – olho para ela e aponto a caneta que segurava em sua direção - a gente não é exclusivo.
- Então quer dizer que a senhorita está pegando outro enquanto pega aquele que não devemos nomear?
- Não...- digo arrastado constatando que a seis meses eu era exclusiva apenas de e seus encantos – mas, ele com certeza deve estar, podendo escolher qualquer mulher que querer, ele tem mais que aproveitar – digo tentando deixar claro que aquilo não me afetava, afinal não poderia afetar.
- Aposto essa sua bolsa falsificada da Gucci que ele está saindo só com você – ela diz sorrindo como se fosse a mais inteligente do planeta.
- Não seja inocente – digo olhando para a apresentação que Jhon havia pedido que fizéssemos sobre os números de vendas dos álbuns lançado no último semestre.
- Estão prontas para a reunião meninas? – John chega do nada ao meu lado e eu fico em estado de alerta com medo de que ele possa ter ouvido algo sobre a nossa conversa.
- Claro John – minha colega diz sorrindo e levantando.
(...)
Ouço meu celular vibrar ao meu lado no momento em que levo a pipoca a boca. Pego o mesmo e percebo uma mensagem de com uma fotografia de Rick, seu empresário, distraído enquanto lia um papel a sua frente.
“Animação de uma sexta à noite, espero que a sua noite esteja mais animada”
Ri olhando a foto e a legenda. Digito rapidamente uma resposta.
“Ah com certeza aqui está bem mais animado”
Mandei a foto em que aparecia minha perna enrolada na coberta e a TV ligada enquanto passava minha série preferida Game Of Thrones.
“Não tenha dúvida disso”
Ele diz acompanhada de um emoji com a língua para fora.
“A reunião ainda vai demorar?”
Pergunto curiosa
“Infelizmente sim, Rick não para de falar”
Ele manda um emoji chorando o que me fez ri e antes que eu possa responder meu celular aponta uma nova mensagem dele.
“Preciso desligar Rick já está enchendo o saco. Ótima série para você e depois sonha comigo e não com aquele Jon Snow”
Ri lembrando quando disse para ele que achava Kit Harington atraente e ele me prometeu nunca me apresentar a ele. Sorri maliciosa e decidir provocar.
Corri até o quarto e coloquei a minha camisola azul claro que dizia que combinava comigo e com meus olhos. Deitei na cama e treinei várias posições que realçavam minha perna e mostrava a camisola que eu estava usando. Coloquei minha mão esquerda na barra da mesma como se tivesse puxando para cima e com a direita tirei a foto. Achei perfeita e enviei para ele, logo escrevendo.
“Poderíamos fazer algo bem mais interessante, mas Rick não está colaborando”
Ri do que eu acabo de fazer e levanto da cama indo até a cozinha decidindo terminar de fazer o recheio da pizza que estava preparando.
Coloquei a couve no fogão logo refogando ela juntamente com a cebola e alho. Depois vou preparar o molho de tomate com alguns cogumelos. Deixo tudo no fogão desligado e retiro a massa do forno, colocando-a em cima da mesa e despejando a couve refogado por toda a massa e por cima coloco o molho. Abro a porta do forno e coloco a pizza lá por 15 minutos. Vou até o meu quarto lembrando que deixei meu celular por lá, avisto ele e o pego percebendo uma mensagem de .
“Puta merda você está me fazendo ficar mais desesperado para sair daqui”
Ri, mas meu riso cessa quando leio a outra mensagem enviada a 15 minutos atrás.
“Estou indo aí”
Olhei incrédulo para mensagem sem acreditar e olho para o relógio constatando que se eles estivesse mesmo vindo aqui para casa ele deveria está chegando. Após esse pensamento a campainha toca e eu pulo com o susto.
Não precisava abrir a porta para saber quem era. Só tinha uma pessoa que tinha acesso direto ao meu apartamento sem interfone, e esse alguém era um músico capaz de encher o Madison Square.
Abri a porta e sorri para mim da forma mais maliciosa enquanto me analisava dos pés à cabeça. A única coisa que eu consegui fazer foi suspirar por constatar que eu estava ferrada com esse homem em minha vida.
Ele entra em meu apartamento e eu ando para trás prestando atenção em seus olhos e no formato do seu rosto. sorri malicioso e chuta a porta para fechar. Assim que se aproxima coloca sua mão em baixo da minha nádega, levantando meu corpo enquanto me fazia girar e ser pressionada na porta.
- Você é doido! – exclamo olhando em seus olhos. Suas mãos agora em minhas pernas entrelaçadas a sua volta apertam sem pudor.
- Você que é doida em me mandar uma foto com essas belas pernas totalmente a mostra - ele me pressiona mais na porta – e não achar que eu viria até você – sua boca vai até meu pescoço e eu suspiro sem pestanejar totalmente entregue a ele.
- Você não estava em uma reunião importante senhor – digo meio grogue com sua mão viajando por minhas pernas e sua boca brincando com meu colo.
- Falou certo, eu estava – ele diz olhando em meus olhos. – Agora eu estou com você – não deu tempo de sorri, pois logo sua boca estava na minha me fazendo gemer e sentir minha intimidade latejar cada vez que era mais pressionada por ele e minha língua era sugada sem qualquer pudor por . Um apito vindo da cozinha nos fez se afastar e ele levantou a sobrancelha como quem perguntasse o que era isso.
- É a pizza – digo a ele com a respiração acelerada.
- Pizza de verdade ou aqueles matos em cima de uma massa que você chama de pizza? – reviro os olhos e coloco meus pés no chão.
- É minha pizza – o empurro delicadamente para que ele me desse espaço para passar e vou até a cozinha sendo seguida de perto por ele. Me a baixo abrindo o forno, pronta para tirar a pizza e sinto as mãos de em minha bunda, e encostando seu perceptível volume na mesma.
- ! – digo para repreende-lo, mas o tom de voz pareceu mais um incentivo.
- Desculpa, não resisti – ele se afasta rindo. Levanto e olho para ele que estava rindo como se tivesse aprontado algo.
- Você é muito pervertido – volto meu olhar para o forno e o fecho sem tirar a pizza de lá. Volto a encarar o homem parado na minha cozinha e me encosto no balcão.
- Eu não sou pervertido, você que é irresistível – ele me analisa minuciosamente. – Você não entende o quanto preciso me controlar para não te colocar em cima desse balcão e te encher de prazer – sua voz grave fez meu corpo ferver de desejo. Segurei-me no balcão e dei um sorriso que agradeceria que parecesse sexy.
- Porque você não faz exatamente o que está querendo.
Não tive muito tempo de raciocinar o que eu disse, pois logo andava lentamente até a mim como um predador, assim que chegou mais perto ele sorriu colocando uma mão em minha nuca e deslizando até elas estarem no meio do meu cabelo. Ele apertou e eu não resisti fazendo um som parecido com suspiro e um gemido. Aquilo pareceu despertar nele um extinto animal, pois logo sua outra mão estava no mesmo local que a outra e sua boca estava na minha me beijando de uma forma selvagem que eu poderia jurar que ficariam inchadas.
Sua mão esquerda desce lentamente por minhas costas e logo se encontravam em minha bunda, ele me puxou ainda mais próxima a ele e eu pude sentir seu volume e aquilo fez meu desejo aumentar. Desci minha mão das costas dele até o cós da calça e ali eu brinquei, mas logo deslizei a mão até estarem sobre o volume do seu pênis e apertei. Ele arfou enquanto ainda me beijava. Levei a outra mão também ao cos e ali eu abri o botão e baixei o zíper, coloquei minha mão sobre o tecido da cueca e apertei seu volume sorrindo quando ele afastou a boca da minha e encostou sua testa na minha
- Você vai me matar – ele disse de olhos fechados.
- Só se for de tesão – ele abriu os olhos e sorriu.
- Você é maravilhosa – ele se afasta e eu me sinto fria sem seu corpo – E deve dizer que com essa roupa fica ainda mais – senti seu desejo sobre mim aguçava o ego. Afinal ele era .
- Não gosto quando me elogiam.
- Eu vou te elogiar até que você acredite.
posou sua mão sobre minha coxa e deslizou ela para cima levando a barra da minha camisola, sua mão estava no meio da minha coxa e ali apertou, levando uma onda de desejo.
- Você não tem ideia do quão gostosa você é – ele leva sua mão até a minha intimidade onde pressiona ela delicadamente ainda por cima da calcinha, a outra mão também entra por de baixo da minha camisola, mas ele a deixa pousada entre minha coxa e bunda. Quando me dou conta com uma agilidade ele afasta minha calcinha logo esfregando seus dedos e suspirando – tão deliciosamente molhada – ele diz logo me penetrando com seu dedo me deixando de pernas bambas e ele me segura fortemente com a outra mão, deito minha cabeça sobre seus ombro sem força, enquanto ele ainda brincava com a minha intimidade. Meus gemidos começaram a ser mais alto e eu estava muito próxima de gozar em seus dedos, mas ele logo retira seus dedos e com seu olhar de excitação ele se afasta pegando minha mão e me leva até a o meu quarto chegando lá ele senta na cama e eu retiro a camiseta azul que ele usava, toco delicadamente seu ombro e sento em seu colo ele começa a beija meu colo e eu jogo minha cabeça para trás, deixando ele explorar onde ele achava melhor. Senti ele afasta a alça da camisola e logo sinto sua mão na barra do meu vestido, levanto um pouco para que ele possa retirar e ele passa sua mão sobre meus seios enchendo a mão com eles. Ele se levanta comigo no colo e me deitando na cama, ele a baixa sua calça levando a cueca junta. Logo estamos da forma mais intima que um casal ficava, entre gemidos, suspiros eu ali compreendo que nosso relacionamento estava de uma forma que nunca imaginei e gostaria que ficasse, e o medo disso tudo acabar a qualquer momento me deixou triste, mas não o suficiente para eu me desprender do meu cantor favorito
(...)
A festa de Kevin tinha mais gente do que o esperado, isso eu tive certeza quando a noiva dele, Sharon estava um pouco preocupada com o buffet e não parava de falar sobre isso.
- Nossa, – ela ri e eu a encaro – ele podia ser mais discreto – Sharon olhava para nossa frente e olhei para onde ela encarava e pude perceber sentado entre os amigos, mas seus olhos estavam sobre mim enquanto ele levava seu charuto na boca. Ele ficava muito atraente quando fumava. – Ele não para de te encarar, até parece que ele não chegou com você. Ele está completamente apaixonado – olho rapidamente para ela com os olhos arregalados.
- Não seja tola – digo a ela.
- Querida, - ela coloca sua mão sobre meu ombro - eu o conheço a anos e pode ter certeza que eu sei quando ele está apaixonado. E ele – aponta com a cabeça para o homem que ainda não parava de olhar, - está completamente apaixonado.
Ele não podia estar apaixonado.
Eu não podia está apaixonada.
Paixão e amor, não são sentimentos agradáveis. Alguém sempre sai magoado. E como experiencia própria esse alguém sempre seria eu.
Olhei novamente para ele e um arrepio me percorreu.
Eu não podia está apaixonada.
Dou uma desculpa qualquer para ela e saio rapidamente do campo de visão de todos indo até a longa varanda, o ar gélido do inverno ainda estava presente, mas a noite estrelada confirmava que estamos nos distanciando do inverno e nos aproximando da primavera.
Coloco a mão no parapeito e respiro, minha mente voltando a alguns anos atrás.
Eu namorei por 2 anos um garoto. Estávamos no ensino médio, no começo ele era muito gentil e atencioso, mas depois de um tempo ele começou a ser agressivo. Nos primeiros meses suas agressões eram apenas com palavras, dizendo que eu precisava dele que ele iria me proteger de qualquer bullying que eu poderia sofrer, que se nós terminássemos as pessoas iriam ver o quão inferior a todos eu era.
Mas não ficou somente nisso. Logo veio a primeira puxada de braço, logo após um jogo e eu abraçar em comemoração, um dos meus colegas. Não liguei para aquela atitude e continuamos juntos.
Então ocorreu o primeiro empurrão e eu me desequilibrei caindo no chão deixado minha nádega roxa. Eu não me importei, afinal eu havia “estressado” ele.
Então veio o primeiro tapa no rosto, pois eu me recusava a trocar a roupa que ele dizia ser de “vadias”. Eu não me importei. Eu chorei e ele chorou me pedindo desculpa dizendo que nunca mais ia acontecer. Eu acreditei e perdoei.
Houveram outras tapas e outras desculpas, e eu com minha falta de maturidade e ingenuidade relevei todas.
Meus pais desconfiaram e me proibiram de namorar com ele, por um lado agradeci, mas por outro ele parecia ter ficado mais agressivo e me perseguia por toda a escola. Comecei a andar acompanhada dos meus amigos a pedido dos meus pais. mas uma vês ele me alcançou sem ninguém. E então ele socou meu rosto. Depois do soco, ele me obrigou a voltar com ele enquanto segurava meus braços com força e me sacudia. Para sai daquela situação eu aceitei, mas só para fazê-lo se afastar. Assim que voltei para casa, contei aos meus pais e fomos a delegacia denunciar. Não fui levado muito a sério, afinal eu era menor de idade, e ele o filho do prefeito.
Com medo de que algo pior pudesse acontecer, meus pais decidiram sair da cidade e antes de terminar o ensino médio eu havia ido embora deixando para trás todos naquela cidade. Até hoje não sei o que aconteceu com ele, e eu espero nunca saber.
Mas depois daquele episódio eu simplesmente nunca mais me envolvi sério com alguém e abandonava qualquer um que eu me sentia atraída além de sexo. Mas com foi diferente. Desde o começo foi diferente. Eu não me afastei dele quando senti os primeiros sinais. Eu não me afastei quando começamos a nos envolver fora da cama. Não nos afastamos quando seus amigos viraram meus amigos e vice e versa. Não me afastei quando começamos a nos encontrar apenas para conversar ou assistir a um filme.
Percebi agora que é tarde demais, nós já estávamos envolvidos e não sabia o que fazer. Eu não poderia envolver ele nesse enlaço desesperado que é minha vida e minhas inseguranças.
- Está tudo bem? - a voz de me desperta e eu olho para ele rapidamente assustada. Ele arregala os olhos e se aproxima cautelosamente de mim. – Aconteceu alguma coisa? – sua voz era reconfortante e delicadamente sua mão se pousa em minhas bochechas. Sua preocupação me faz perceber que haviam lagrimas em meus olhos. Olhar aqueles olhos cheios de preocupação e sentimento por mim só fez com que eu chorasse mais logo o abração.
- Por Deus , aconteceu alguma coisa? – ele tenta, delicadamente, afastar seu corpo do meu, mas eu agarro mais a ele e então desisti passando sua mão entre meus cabelos. – Quer ir embora? – assinto que sim com a cabeça. – Ok, então vamos – me afasta vagamente dele e olho para ele. Seus olhos só demonstravam preocupação. – Quer ir ao banheiro primeiro? – faço que não com a cabeça. – Ok, - ele se aproxima - vamos só limpar isso aqui – ele passa os dedos nos lábios e depois por de baixo dos meus olhos, que deveria estar borrado de rímel.
(...)
- Você quer conversar? – estávamos sentados na sala da sua cobertura que ficava apenas 5 minutos do local da festa. Mordi os lábios sem saber ao certo o que falar.
- Eu... – minha voz saiu mais grave que o normal, talvez por estar a algum tempo sem falar e pelo choro.
- Não precisa falar se não querer. Só – ele pausa - preciso saber se você está bem fisicamente. – Ele parecei angustiado.
- Sim – ele suspira aliviado.
- Alguém fez ou falou alguma coisa para você? – ele segura minha mão
- Não – não que pudesse me magoar acrescentei mentalmente lembrando da fala de Sharon.
- Quer deitar? – ele me acaricia delicadamente com o polegar.
- Sim – disse sentindo um cansaço psicológico.
me levou até sua suíte, logo eu estava deitando e sendo coberta por ele. também deitou, mas por cima da coberta. Virei de lado fechando os olhos sentindo suas mãos em meu cabelo.
(...)
- Eu não quero saber Rick. Eu preciso que você cancele meu voo hoje – acordei ouvindo a voz de , olhei para a janela e o sol já havia nascido. - Assunto pessoais – peguei meu celular olhando a hora e já eram 10 horas da manhã. - Se der eu vou amanhã, a cerimônia é somente terça feira – então eu lembrei: embarcava hoje para Los Angeles onde iria ter o Grammy na terça feira – levantei rapidamente e fui até a sua sala, ele estava sentado no sofá fazendo uma cara de tédio para o que Rick está falando, tive vontade de ri mas me contive, notou minha presença e sentir seus olhos me analisarem – Eu já falei o que tinha que falar, resolva tudo Rick, tchau – ele desliga e tenho certeza que o deixou esbravejando para um telefone mudo. - Como você está? – ele levanta vindo até mim.
- Não cancele sua viagem por minha causa – ele fica parado no meio do caminho me analisando ainda mais. Não queria ter suado ríspida, mas parece que foi isso que soou – Quer dizer, se for por minha causa que você esteja fazendo isso.
- Mas é claro que é por sua causa – sua voz era séria. – Eu estou preocupado...
- Não precisa – eu o interrompo e sua feição ficou mais séria.
- Mas claro que precisa, eu me preocupo com você. E ontem você me deixou muito preocupado.
- Eu já estou bem.
- Ótimo. Então agora você pode me explicar o que aconteceu – ele senta no sofá fazendo sinal com a cabeça para que eu sentasse na poltrona.
- Posso tomar café primeiro? – eu não estava com fome, mas eu queria adiar essa conversa.
- Claro – levanta desconfortável, talvez por não ter me oferecido nada para comer e já estava me cobrando explicação.
Comi sem muita vontade e enrolei o máximo que consegui. Como se isso fosse mudar o fato de alguma coisa. Assim que saio da cozinha acompanhado de que decidi ir até o terraço do seu apartamento de luxo. Assim que o calor do sol nos esquenta olha para mim.
- eu gosto muito de você, e eu estou muito preocupado com suas reações ontem a noite, por isso que quero saber o que aconteceu – seus olhos transbordavam preocupação e meu coração se encheu de angustia.
- Esse é o problema, você gosta muito de mim e eu... e eu gosto muito de você – suspiro. – Nós não podemos nos envolver, não dessa forma.
- Como assim? – ele franze os olhos sem entender
- Tudo bem nós transarmos, e nos tornamos amigos. Mas isso – apontei para nós dois – está longe de ser somente isso. E você sabe disso.
- Mas é claro que eu sei – ele passa a mão pelo rosto já ficando vermelho - eu gosto muito de você pra isso ser apenas transa e amizade. Por Deus, eu posso dizer agora que eu...
-Não! – falo desesperada. – Não termina isso, não dificulta as coisas – viro de costa para ele já sentindo as lagrimas surgirem.
- , achei que eu não precisava chegar pra você e lhe pedir em namoro, porque pra mim isso é um namoro – sinto que ele se aproximo.
- Não , isso não pode ser um namoro – seus olhos estavam arregalados, assim que eu me viro. – Eu não posso namorar.
- Porque? Você por acaso tem algum casamento secreto – era claro que ele estava tentando amenizar a discussão. Mas hoje isso não iria acontecer.
- Não, mas... você não entenderia, namorar é muito complicado.
- Eu sei que é. Eu já namorei.
- Não você não entende, eu... eu prefiro ter lembranças suas assim – aponto para ele – do que como namorado – ele estreitou os olhos para mim.
- Eu não estou lhe entendendo ,
- Eu prefiro guardar a imagem que eu tenho, de você assim sem compromisso, sem cobranças, sem ciúmes, a imagem de você relaxado, comigo ao seu lado enquanto bebe e fuma se divertindo com seus amigos. Sem a tenção de uma rotulo ou de um namoro – gesticulo exasperada.
- E você acha que vai ser diferente se namorarmos?
- Sempre é.
- Você está enganada – ele mexe a cabeça de forma negativa e começa a andar de um lado para outro. – Eu já lhe considero minha namorada, - ele para na minha frente – a forma como eu te trato e trato nosso relacionamento não iria mudar por conta de um rotulo.
- Claro que iria , o amor é uma maldição que só traz problemas, e eu não posso ver esse sentimento entre nós, eu não posso nos ver nos ver se engolido em problemas.
- ... – ele segura minha mão.
- Não há nada que você possa fazer – aperto sua mão.
- Deixe-me lhe provar que você está errada – ele me puxa para nos aproximarmos.
- Não há nenhuma proposta que você possa fazer que me faça mudar de ideia.
- E isso significa que...? – ele toca delicadamente meu rosto.
- Que é melhor nos afastarmos – ele fecha os olhos e quando volta abrir eles estavam marejados.
- Você está escutando que não faz nenhum sentindo você dizer pra mim que gosta muito de mim e depois querer se afastar.
- Para mim faz.
- Eu queria saber o porquê.
- ... – Suspiro, tocando seu rosto e secando algumas lagrimas. – Você é umas das melhores coisas que me aconteceu e eu quero lhe guardar assim. – ele ia falar alguma coisa, mas eu não deixo. – Não diga nada, só me beija e... me faça sua nem que seja pela última vez.
O beijo tinha gosto de despedida. Era selvagem e desesperado, como se quisemos provar cada canto de nossas bocas ainda não explorada. Já o sexo no terraço, fez jus sobre o que dizem sobre “sexo de despedida”. Essa seria a última vez que nos tacaríamos desse jeito, e pra nossa sanidade seria a última vez que nos víamos.
(...)
4 anos depois...
Grammy é um evento que premia cantores, produtores e compositores. Eu nunca imaginei chegar aqui, ainda mais como cantora, e ainda mais sendo indicada e sendo uma das apresentações.
- Está tudo bem? – meu empresário pergunta enquanto olho para os lados a procura de alguém. Um alguém com nome e sobrenome e cabelos que apostaria estarem despenteados e sexy.
- Sim – olhei para frente quase levantando do meu lugar.
- Quer uma ajuda pra achar a pessoa que está procurando?
- Que? – olho para ele. – Ah não. Não procuro ninguém, especificamente.
Mas eu procurava, eu procurava .
Eu não o via, pessoalmente é claro, a anos. Desde aquela manhã no terraço, em que nos despedíamos eu nunca mais sentir o seu perfume amadeirado.
Mas o mundo é muito irônico.
Eu nunca sonhei em virar cantora, meu sonho era apenas escrever músicas, mas algumas demos minhas caíram na mão de Eddie e ele disse que queria me lançar. Nessa época a um ano atrás eu já havia terminado a faculdade e trabalhava em uma pequena gravadora. Muito relutante eu aceitei e a 4 meses minhas músicas não param de tocar nas rádios norte americanas e uma indicação no Grammy de artista revelação.
Agora eu estava aqui sentada na quinta fileira da maior premiação musical a procura do homem que eu nunca esqueci e que tinha certeza que ele estaria hoje.
Não demorou muito e eu o vi. Ele estava chegando pela lateral enquanto segurava a mão de uma bela mulher loira. Claro que eu a reconheci, todos os tabloides falavam que eles estavam noivos, seu nome era Ruth Moore e era ex miss mundo.
Meu coração deu solavanco e eu me encolhi na cadeira, não queria ser vista, que coisa contraditória é claro que ele me veria.
Durante 4 anos me afastei dele e de todos seus amigos, deixei meu estagio na Republic para trás e trabalhei de garçonete por 4 meses até enfim ser contratada por outra gravadora e terminar a faculdade. Quando terminei a faculdade essa mesma gravadora me efetivou.
Como se algo chamasse a atenção lentamente se virou em minha direção. Seus olhos se arregalaram levemente, mas um sorriso debochado apareceu em seus lábios. Ele ficou alguns segundos me encarando dessa forma, mas eu não consegui corresponder ou fazer qualquer sinal. Sua noiva toca em seu ombro apontado para os assentos na primeira fileira e logo ela senta. Porém, antes de sentar ao lado dela ele olha novamente pra mim levantando seu copo com algum conteúdo. Não consegui decifrar se ele estava me cumprimentando ou sendo debochado, e antes de qualquer reação ele se sentou.
- É impressão minha, ou Carte acaba de fazer uma pequena interação com você? - Eddie olha estranho em direção a .
- Ele deve saber quem eu sou – disso omitindo que ele com certeza sabia quem eu era, antes mesmo dele saber, ou qualquer pessoa neste local.
- Mas é claro, qualquer pessoa aqui nesse local sabe quem você é – Eddie disse prepotente.
- Não exagera – o censuro.
- Não é exagero, sua música é número #1, eles são obrigados a saberem quem você é.
- Então porque ficou tão interessado em interagir comigo.
- Porque ele é Carte – ele disse como se fosse óbvio. – Lindo. Gostoso. Com um sorrisinho sínico que arrepia até os pelos do...
- Ok já entendi.
- E você deve ser fã dele – ele dá de ombro – Quem não é também.
- Porque você pensa dessa forma?
- Você nem correspondeu, deve ter entrado em choque – ri. Mas ri muito mais de desespero, porque eu não correspondi por ele saber muito bem quem eu sou.
(...)
- Você está bem? – pergunta assim que eu saio do camarim com o figurino da apresentação, um vestido longo preto e com várias camadas da cintura pra baixo. Já na parte de cima ele era uma frente única bem decotado, mas que não chamava muito atenção pela falta de seios.
- Eu vou me apresenta no Grammy, é claro que não estou – ainda quis ressaltar que a inspiração da minha música #1 estaria sentado na primeira fileira me assistindo.
- Relaxa, vai dar tudo certo.
- E se eu errar? – falo desesperada. – Tem alguma possibilidade de cancelarmos, sei lá fingir que eu tive uma diarreia.
- O que você tem? Nunca te vi tão insegura. Para de loucura. Eu quero que você pegue essa cabeleira, esse vestido que custou uma fortuna e ande até aquele palco e arrase como você vem fazendo a meses.
- Ok – caminhei até aquela tortura, quando cheguei até a entrada do palco, estava uma loucura de gente falando e correndo, não entendi muito bem, quando eu vi estavam me arrastando até o palco porque íamos entrar em 1 minuto.
Não lembro bem como aconteceu, mas eu coloquei um objetivo, eu não iria olha em direção a , por mais difícil que seria. As luzes se apagaram e alguém fez um sinal que estávamos no ar. Respirei fundo enquanto sentia a orquestra atrás de mim iniciar o som e ser iluminada
- You keep me in your orbit – a iluminação fica em cima de mim no momento da primeira sílaba e o público aplaude me fazendo sorrir e relaxar.
Well, I know I'm a hard one to please
Give it too much importance
My love'll have you fall to your knees
I tell them this too often
Know better than to bark up my tree
Just for me to fall and leave
Nah, I'd rather just watch you smoke and drink, yeah – nesse momento meus olhos me traem e caem sobre que prestava atenção na minha apresentação com um sorriso, mas não era o sorriso de antes, parecia orgulho.
Steering clear of any headaches to start - tiro o microfone do pedestal e ando lentamente até a frente do palco.
And if we're being honest
I'd rather your body than half of your heart – decido me virar em direção que não estava, pra relaxar a minha mente, do que seja lá o que eu estava sentindo.
Or jealous-hidden comments
That come when you let in them feelings
that I don't want/ I never let 'em know too much
Hate gettin' too emotional, yeah
I'm better off without him – como ensaiado desço o primeiro degrau da escadaria que dava para o público.
I'm better off being a wild one – desço mais um degrau.
On the road a lot, had to keep it a Thousand – desço o terceiro já percebendo a marca.
So that I'm better off not being around ya – cento lentamente na marcação.
Go on and face it /I'll never be ready for you – olho novamente para , que agora estava muito mais próximo de mim.
Ready for you – desvio novamente nossos olhos
I swear my love is a curse
make you handle issues
Handle issues
Let's put them topics to bed
and go fuck on the roof – a curiosidade de ver sua reação me fez olhar suas ações na hora que canto essa parte, e a reação foi uma levantada de sobrancelha intimidante, tive vontade de ri, mas disfarcei.
Just to say that we did it risse – desviei rapidamente o olhar dele.
You keep insisting
I listen to your proposition – levanto.
I dismiss them all, no offense, yeah – viro de costa subindo os três degraus novamente.
Steering clear of any headaches to start
And if we're being honest – viro somente a cabeça para a câmera nessa parte como havíamos ensaiado.
I'd rather your body than half of your heart - ando ainda de costa até eu ver o local marcado e viro-me para o público.
Or jealous-ridden comments
That come when you let in them feelings
that I don't want
I never let 'em know too much
Hate gettin' too emotional, yeah
I'm better off without him
I'm better off being a wild one
On the road a lot
had to keep it a Thousand
So that I'm better off not being around ya
I'm better off without him
I'm better off being a wild one
On the road a lot
had to keep it a Thousand
So that I'm better off not being around ya – a última parte não teve como cantar sem olhar para ele e logo vejo ele se levantar juntamente com o público eu agradeço e logo saio do palco.
- Isso foi lindo, tenho certeza que vai ser uma apresentação muito elogiada – ele continuou falar, mas eu só pensava em e na droga que eu estava fazendo.
(...)
Não demorou muito e eu estava devidamente sentada em meu lugar, ainda com o vestido da apresentação que eu decidir não trocar. Pude notar que não estava mais sentado, provavelmente ele iria subir pra anunciar alguma categoria, ouvi dizer nos noticiares que ele seria um dos apresentadores, respirei fundo.
- Que maravilha – diz olhando para seu celular.
- O que houve? – ele parecia muito contente.
- Houve umas mudanças, e pelo que me informaram, Carte irá apresentar a categoria que você está concorrendo.
- O que? – falei mais alto do que esperado e chamei a atenção de algumas pessoas.
- Não vai surtar lá em cima se você ganhar – ele guarda celular rindo da minha cara de indignada.
- Eu não vou ganhar esse prêmio – ele me olha sério.
- Claro que vai, você é o nome novato do momento – não para , pensei.
Não demorou muito e Carte logo aparece e meu coração dispara com o nervosismo com a mistura de uma possibilidade de ganhar um Grammy e a possibilidade de ir até lá receber esse prêmio das mãos do homem que ainda pairavam sobre meus sonhos. As palmas terminam e eu como uma boa atriz também paro de bater.
- Boa noite a todos – sorri da forma mais sexy – a próxima categoria é artista revelação. – Senti o aperto no coração e minhas mãos começaram a suar. – Durante todos os anos dezenas de cantores entram nesse Show Business a procura de reconhecimento. Muitos deles ralam bastante para chegar até aqui, serem indicados e até levar um Grammy para casa. Confira aqui os indicados a artista revelação.
O telão começou a aparecer a imagem de cada artista revelação por ordem alfabética.
- E o Grammy vai para – ele abre o envelope – .
Eu paralisei, porque: 1º eu havia ganhado um prémio importantíssimo. 2º dizendo meu nome. 3º eu teria que ir até lá, o cumprimentar.
Meu choque foi despertado por Eddie que logo me abraça enquanto eu levantava. Claro que todos intenderam minha reação como algo normal de alguém que ganha um prêmio desse, na sua primeira premiação.
Cumprimentei algumas pessoas, na intenção de atrasar a minha caminhada até o palco. Sobre aplausos subo as escadas. Decido encara somente quando tivesse com os dois pés no palco, evitando qualquer embaraço que me faça cair na escadaria.
No momento que eu pus meus olhos neles, a vontade que eu tive era de sair correndo. Ele dá alguns passos até mim e me entregando o prêmio e logo me abraçando. Ali foi a minha morte, sentir seu corpo perto de mim, sentir seu cheiro e por mais que tenha sido somente alguns segundos pareciam minutos. Me afastei dele e fui até o microfone.
- Oh isso é doido – ri tentando recuperar o pensamento – Bem, eu sinceramente não tenho um discurso preparado porque eu achei que eu não iria ganhar – ri e algumas pessoas também. - Vamos ao clichê. Obrigada Grammy, obrigadas aos meus pais, a minha equipe, aos fãs, e a todos que acreditaram em mim e na minha caminhada, e a... todas as inspirações desse primeiro álbum – sabia que era ele, não precisava ouvir o álbum inteiro só Better Off era explicito nossa última conversa. – Obrigada – todos aplaudem e eu me viro pra sair de lá dando de cara com , que muito educado oferece seus braços para irmos até o backstage. Sabia que não podia recusar ou amanhã estaria na em todos as notícias, aceitei e olhei de soslaio para ele vendo que o mesmo estava sorrindo. Assim que estamos longe de todos me desvencilho de seus braços, olho para ele e sorrimos.
- Parabéns . Um belo álbum, você deveria estar bem inspirada – ele sorri de forma irônica.
- Com certeza tive alguns anos de inspiração.
- ! – Eddie vem apressado – isso é tão maravilhoso você ganhando seu primeiro Grammy – ele para ao nosso lado. – Já estou imaginando que o próximo será Álbum do ano.
- Vamos com calma Eddie – sorrio sem graça.
- Não seja depressiva – ele olha para – Carte, prazer eu sou Eddie o empresário dessa garota de ouro. Um diamante que estamos lapidando – ele aponta como se eu fosse um prêmio. – Ela não é esplêndida e linda? –senti minhas bochechas corarem, olho para que me analisa sorrindo.
- Claro. Muito talentosa – ele diz ainda me olhando.
- Você não acha que ela tem capacidade de ganhar álbum do ano? – Eddie pergunta empolgado e a vontade que eu tinha era de color a boca dele.
- tem um talento para composição fantástico tenho certeza que ela irá ganhar álbum do ano. Bom eu preciso voltar ao meu assento. – ele me olha e pega minha mão a beijando como um perfeito cavaleiro que sempre foi. – Como eu disse, parabéns , você é maravilhosa – minha mão formiga e afasto ela do seu contato.
- Você sabe que eu não gosto de elogios – a frase saiu sem querer, sorriu ainda mais e meu empresário observava acena atentamente.
- Eu sei, - deu um sorriso torto - Mas eu não me importo em elogiar até você acreditar – ele repete a frase que ele dizia sempre nos meses que ficamos juntos.
- ! – exclama com um sorriso.
- Até mais ! – cumprimenta meu empresário e sai.
- O. que. Foi. Isso.? – fala pausadamente. – Espera vocês se conhecem? – olho para ele, mas seus olhos estavam longe. – Claro! – ele exclama como se tivesse descoberto um mistério. – Como pude ser burro e não perceber isso, você foi estagiaria da Republic gravadora dele – ele me olha analisando. – Mas isso não pareceu interação de pessoas profissionais, você dizendo que ele sabia que você não gosta de elogio, ele dizendo que te elogiaria sempre e você o chamando de sendo que ninguém o chama assim.
- Não é nada – tento disfarçar.
- Não é nada?! – ele ri. – Minha filha isso tem nome em todas as línguas e na nossa isso se chama: tesão acumulado.
- Ok. Eu e tivemos um caso durante meu estágio na Republic. Mas isso faz passou.
- Passou? Com essa química todo? Tão não queria nem ver vocês dois na época que estavam juntos.
- Nós terminamos a 4 anos atrás fazia muito tempo que não nos víamos.
- Terminaram porquê? – pergunta curioso.
- Porque não era pra ser e estamos melhor assim – suspiro.
- Melhor?
- Sim – olho para meu empresário. – Eu estou melhor sem ele – arregalou os olhos provavelmente entendendo sobre o que eu queria falar. A música número #1 era sobre esse relacionamento.
- Eu não acredite... – ele parecia atônito.
- Pois acredite – respirei fundo.
- Você precisa me contar essa história direitinho. Mas primeiro eu preciso de álcool e tenho certeza que você também precisa – ele enlaça seu braço no meu.
- Com certeza.
- Ué você não está melhor sem ele? – ele arqueia a sobrancelha de forma irônica.
- Eu preciso está melhor sem ele.
Era nisso que eu me agarro a 4 anos depois de deixa-lo no terraço da sua cobertura.
Nós ficaremos bem.
Nós ficaremos melhor sem o outro.
Nós precisávamos estarmos melhor dessa forma.