Fanfic finalizada

Capítulo Único

First Day
, eu não vou te chamar de novo e você vai perder o ônibus”, minha mãe disse da porta do meu quarto, eu abri os olhos só para que eu pudesse rola-los. Minhas malas estavam prontas, eu não costumo ir produzida e eu tinha ido dormir 4 da manhã, eu deveria estar a cara da derrota.
Peguei meu celular e eram 08:05, o ônibus sairia da frente da escola as 09:00. Levantei, tomei banho, fiz minha higiene matinal e vesti a roupa que eu tinha separado, calcinha, sutiã, short e uma camisa. Fiquei de frente para o espelho e constatei meu pensamento de cara da derrota. “Meu cabelo não vai ter jeito nenhum” pensei, então um truque fácil de cabelo: Penteei para trás e amarrei em um rabo de cavalo, me olhei no espelho e resolvi que precisaria de uma maquiagem. Passei pó, blush e rímel, era o que dava pra fazer. Sentei-me na cama, coloquei minhas meias e meu tênis, peguei meu celular, agarrei minha mochila e sai do meu quarto.
— Você viu que horas são? – minha mãe questionou assim que ela me viu na cozinha
— Na verdade só vi quando levantei, mas meu pai ainda não chegou, então estou em tempo.
— Ele já devia ter chegado, são 08:45! – ela falou olhando a tela do celular brava.
— Vou chegar a tempo! Relaxe – falei deixando minha mochila nos pés da mesa, depois peguei a caixa de leite e tomei, senti minha mãe me reprovando com o olhar – O quê? Não vou sujar um copo por tão pouco leite – a campainha tocou – Entra! – gritei.
— Podia não ser seu pai! – ela falou encarando a porta e se levantando.
— Mas, para nossa segurança, é. – olhei de canto de olho e vi meu pai entrando.
Enquanto os dois se cumprimentavam de uma forma um tanto quanto bizarra, eu fiz um pão com presunto e queijo, meu pai chegou perto de mim, me deu um beijo na bochecha e pegou minha mochila.
— Tudo pronto? – ele perguntou, eu assenti.
— Podemos ir!
— Coma primeiro – minha mãe se meteu.
— Estou atrasada, lembra? Vou perder o ônibus e tudo mais, como durante o caminho – dei de ombros.
— Então vamos! – meu pai falou indo em direção a saída.
— Não quer nem um café? – ela perguntou.
— Agradeço, é muito caro esse acampamento para ela perder a viagem! Isso aqui vai levar? – ele se referia a meu violão que já estava guardado e encostado na parede.
— Sim!
— Te espero no carro! Tchau, ! – ele se despediu da minha mãe a chamando pelo sobrenome, eu ri, ela odiava ser chamada pelo sobrenome.
— Tchau, mãe – eu a abracei.
— Se cuide e não apronte! Mas aproveite o máximo! – eu arqueei a sobrancelha.
— Contraditório, prometo voltar viva e aproveitar muito! – ela me olhou feio – Tente não viver nessa casa e no trabalho!
— Vou tentar não te arrumar um irmãozinho! – eu peguei uma mochila que tinha em cima do sofá.
— Seria legal! – ela negou – Te amo, senhora ! – ela me deu um tapinha na bunda, eu ri.
Ela me acompanhando até a porta e depois ficou observando enquanto eu entrava no carro do meu pai, eu acenei freneticamente e com a boca cheia de pão depois que meu pai acelerou. Ele foi mais rápido do que o permitido pelo trânsito de Detroit, meu pai falava algumas coisas e eu respondia da melhor maneira possível, mesmo estando focada na comida, mas o pão não é eterno e na metade do caminho ele acabou, e foi ai que ele começou a falar que era para ter juízo e todas aquelas coisas que pais falam. Chegamos à escola e ele me ajudou a colocar minha mochila maior e o violão dentro do ônibus, eu me apresentei para os organizadores e entreguei meu passaporte, eles se certificaram que estava tudo correto e eu me despedi do meu pai com um abraço e mais sermões. Finalmente entrei no ônibus da minha sala, já me esperava.
— Ouviu bastante também? – eu assenti, nos abraçamos e me sentei ao seu lado.
— Nem parece que eu vou fazer 17 anos. – eu revirei os olhos e ela riu.
— Como foi sua “semana de folga”? – ela fez aspas no ar.
— Boa até chegar sexta-feira e eu ter que acordar às 8 da manhã, e a sua?
— Na mesma, animada para ver o nerd estranhamente gato? – revirei os olhos.
— Não! – menti e ela riu.
— Tá bom que eu acredito.
— Tudo bem, campers, já deu nossa hora, apertem os cintos e vamos nessa. – nossa monitora, Ellie, falou.
Eu arrumei minha mochila nos meus pés e coloquei o cinto, fez o mesmo. A viagem foi até que rápida, eu e chegamos até brincar com nossa turma, cantamos algumas canções e foi divertido, após três horas e meia sentadas finalmente chegamos a Rockwood. Comemoramos, antes de sair do ônibus tivemos que apresentar nossos passaportes para os organizadores, como sempre pegamos nossas malas e no meu caso o violão também, depois quem era dos Estados Unidos fez uma fila para passar pela policia canadense.
— Você viu quem eu vi? – questionou atrás de mim.
— Quem você viu? – olhei para os lados – A ?
deve estar no quarto, eu vi o !
era mais animada do que eu em relação a , segundo ela, éramos o casal perfeito. Não respondi nada a ela, tinha chego minha vez e os canadenses começaram a vistoria de tudo. Quando acabei minha vistoria esperei para que pudéssemos ir para o quarto.
— Hey! – gritei assim que entrei no quarto e vi .
— Olha, finalmente – correu em nossa direção.
Ela me abraçou forte e depois abraçou , eu coloquei a mochila na cama que costumo dormir e percebi que tinha uma menina muito sorridente observando tudo. Ela me olhou sorridente e eu retribui o sorriso.
— Oi, meu nome é Elizabeth, você é a ou a ? – ela deu um pula de sua cama e veio até mim.
, muito prazer Elizabeth – nos cumprimentamos com dois beijos nas bochechas.
— Essa é a Lisa, ela é irmã do meu namorado! – falou sorridente.
— Namorado? – Eu e falamos em coro.
— Lembram que eu disse que eu tinha algo a falar? Então – ela fez um pequeno suspense – Estou namorando o Bryan.
Eu arqueei a sobrancelha e não deu pra esconder a minha cara de surpresa, eu e nos encaramos e ela começou a rir.
— Oh my God! Você namorando o amigo de , vocês podem fazer um encontro duplo agora – ela apontou para mim e .
— Wait.... What?! Você abominava os dois – indaguei.
— Verdade, quando disse que tinha dado uns pegas nele você surtou e tudo – cruzou os braços – Disse que ele e Bryan era os maiores pegadores da escola.
— Eu não menti, Lisa está de prova, ela entrou na escola há um ano, sabe bem como eles eram – se defendeu e sentou na sua cama.
— Eles meio que se aproximaram por minha causa – Elizabeth começou – Eu fiquei uma semana na escola e ninguém falava comigo, Bryan me apresentou a ela e começamos a nos falar sempre, ela começou ir à minha casa e o resto vocês devem imaginar.
— Que história mais filme americano – comentei – O cara pegador que deixa todas por apenas uma – bufei – Que clichê!
é a que mexe com o , né? – Elizabeth perguntou a .
— Não acredito muito nisso! – revirou os olhos.
— Ei, se o filme romântico pode rolar com você, também pode rolar com ela! – defendeu.
— Okay, e shipper! – falou brincando.
— É Joselet! – corrigiu – Falando neles, acho que temos que ir para o campo receber as boas-vindas.
— Isso, nunca estive tão animada – Elizabeth comentou.
— Vamos lá! – falou, dando um pulo.
Eu arrumei minhas duas mochilas e meu violão em cima da cama. Lisa saltitava em vez de andar, ela estava muito feliz ali, talvez tanto quando eu no meu primeiro acampamento. Estavam todos se reencontrando, por toda parte que olhávamos alguém se abraçando, era até bonito de se ver.
— Vamos pra frente do palco? Eu quero ficar na frente – Elizabeth pediu.
— Eu ia dizer isso agora – concordou.
Fomos para frente do palco e sentamos na grama. Lisa contou um pouco sobre ela, ela tinha feito 15 anos há poucos meses, ela costumava chamar Bryan de “Ban” já que quando começou a falar não conseguia pronunciar o nome dele, ela queria ser cantora, por isso estava no Camp Rock, e também era muito fã da Demi, e quando descobriu que o irmão dela estava passando as férias no acampamento criado no local das filmagens do filme ela teve que entrar no ensino médio da escola do irmão para vir para esse lugar. Não vou mentir, eu entrei pelos mesmos motivos. Vai que um dia aparece Demi Lovato cantando “This is Me” aqui.
— Oi – Bryan sentou atrás de e a abraçou – Olha quem veio para o Canadá de novo.
— Surpreso Yan? – eu sorri.
— Estou mais feliz do que surpreso – Ouvi a voz de .
— Estou entre vocês dois – disse e eu a encarei, ela realmente estava – , quer trocar de lugar comigo? – sorriu e aceitou.
Eles trocaram de lugar e eu olhei , ela estava revirando os olhos. Lisa começou a segurar algo invisível no ar.
— O que vocês está fazendo? – Bryan questionou.
— Segurando vela! – riu.
— A adorei! – disse.
e Elizabeth mudaram de lugar e sentaram na minha frente e na frente de . O local estava começando a lotar, isso significava que logo alguém pularia no palco.
— Não vai falar comigo?
We're like a melody with no words
Until you figure it out
We sing
La, la, la, la
La, la

— Oi – sorri amarelo
— Mal conversamos durante o ano – ele falou baixo.
— E, deixe-me adivinhar, isso é um atrativo pra você?
— What?! – ele fez careta – Como assim?
— Acho que vai começar, depois conversamos.
! – ele me chamou, era tipo um apelido que ele inventou.
— A Jin! – eu fiz um gesto com a cabeça a indicando.
— Oi, galerinha! Pra quem não me conhece eu sou a Jin, diretora musical do acampamento! Então como todos vocês devem ter assistido ao filme Campo Rock, aqui a gente canta!
— Oi, Jin! – todos cantaram e logo em seguida riram.
— Não temos ainda nenhum mentor famoso, mas temos muito trabalho pela frente, e como de costume, vamos abrir aqui para qualquer um de vocês subir e cantar alguma música, voluntários? – um monte de pessoas levantaram as mãos – Olha os veteranos estão em peso, bom agora vocês decidem quem sobe.
— Na verdade vamos todos cantar! – alguém falou.
Um grupo enorme subiu para cantar, eles cantaram “It´s On” eles foram incríveis, quando terminaram a maioria levantou e aplaudiu.
I know it's simple, yeah
But it's old
Right up to now
Cause up to now, yeah
Everyday is spent like a dream, oh
But now you're not just in my head, oh no

— Vamos conversa, por favor – pediu.
— Ainda não acabou aqui.
— Então é isso, podem ir almoçar, vemos vocês na primeira fogueira do acampamento – Jin falou.
— Agora acabou! – ele cruzou os braços.
— E eu estou morrendo de fome, eu não vim de uma cidade muito próxima.
ficou me encarando e deu a ideia de irmos almoçar, enquanto me encarava também. chamou Elizabeth, mas a menor preferiu ficar com o irmão e para poder ficar andando pelo acampamento. Quando eu, e sentamo-nos à mesa do refeitório com nossas respectivas bandejas, finalmente falou:
— Mas o que diabos está acontecendo?
— Quero saber como foi o ano na sua escola, – a encarei.
— Entendi, quer saber se segue pegando a escola inteira – ela deu de ombros – Talvez menos do que no primeiro ano dele – pensou – Mas ele alegou que você sumiu!
— Ele ficou com quantas meninas? – questionou.
— Mais de cinco, menos de trinta! – eu estava tomando meu suco, engasguei – Não disse que ele pegou as trinta – ela deu de ombros e comeu.
, cinco já é um alto número, eu fiquei com esse filho de uma boa mãe na cabeça o ano inteiro – deu um sorrisinho com minha confissão – Mas eu não o respondia muito, porque você me disse no final das férias que ele era má ideia.
— Escolhas! – começou – Você escolheu ignorá-lo, ele escolheu ficar com as meninas enquanto você o ignorava, acho que minha ajuda seria de melhor precisão se você tivesse de casinho a distância.
— Você me aconselhou a não ficar de caso com ele! – eu falei mais alto do que o normal.
— Eu sei, mas foi um conselho, se conselho fosse bom não seria de graça! – ela disse – Agora procure outro assunto, eles estão vindo!
— Que dia belo, não? – começou e eu a encarei.
— Sério? Não podia perguntar em qual loja ela comprou essa blusa?
— Na Forever 21, tenho quase certeza – Bryan falou se sentando ao lado de .
— Vocês só ficam grudados? – perguntei.
— É pior na escola! – comentou.
, se quiser podemos conversar agora – falei.
— Mas você não terminou seu almoço! – ele encarou meu prato.
— Estou sem fome, e a quer comer mais!
— Eu o quê? – eu a encarei, semicerrando os olhos – Eu que quero essa comida, maravilhosa, muito boa, me dá! – ela pegou meu prato.
— Certo, vamos? – fez sinal.
Levantei e saímos do refeitório. Não falamos nada de muito importante durante o caminho, só coisas banais, tipo como estava calor e tinha acabado de começar o verão. Sentamos em uma rocha, de frente para o lago.
— Por que me ignorou o ano todo? – ele encarava o lago e eu também.
— Eu considerei você algo tipo amor de verão!
— Ouch!
— Você não me deu nenhum horizonte e eu fiquei sabendo da sua reputação!
— Eu te mandava mensagem quase sempre! Isso não é um horizonte? – ele me encarou – O que a falou de mim? Ela me conhecia há um ano.
— Como você sabe que foi a ? – o encarei.
— Se me lembro bem, você só falava com a da minha escola.
— Eu falo com bastante gente, pra sua informação – me irritei.
— Tanto faz! O que falaram? – ele pareceu irritado.
When we remember different summers
It's like tossing our hearts to see where they land
Heads is easy
Tails is harder to plan
When we're starting all over again and again and again

— Que você pegava a escola inteira! Que eu era o seu amor de verão! Que eu era um caso, e eu tinha que te esquecer!
— A me falou isso o ano todo, claro que foi ela!
— Ou talvez uma ex sua irritada!
— Tá, tá! Mas eu te ligava, mandava mensagem, e o mínimo que você podia ter feito é estar conversando de boa, afinal, seguindo essas teorias loucas ai, era pra eu fingir que você não existia nesse acampamento! – ele já estava bem mais do que irritado.
— Eu vejo caras assim o tempo todo – falei calma e ele me olhou com cara de interrogação – Que quando uma garota não tá muito a fim ele se mata por ela!
— Eu não sou assim! – falou perplexo.
— Ficaria impressionado com o tanto de cara assim que fala isso – eu ri pelo nariz.
— Mas eu estou falando sério, eu passei o ano achando que você não queria nada comigo por ser um ano mais novo.
— O que isso tem a ver? – quem ficou perplexa agora fui eu.
— Não sei, eu fiquei perdido, a gente tinha se dado tão bem e do nada você me ignora.

You know that I can't help but wonder
What's gonna happen next
I'm a little curious, oh yeah
Every star that I stood under
You were under it too
Did you ever think about us?


— Tentei por muito tempo achar a resposta pras minhas perguntas.
— Seria mais simples se você perguntasse pra mim, e não bancasse a vidente.
— Precisava perguntar pessoalmente, olho no olho.
— Então pergunta agora!
— Tá! – respirei fundo – Por que eu? – ele segurou a risada.
— Achei que você era contra clichês e, principalmente, não acreditava neles.
— Exatamente por isso eu estou fazendo essa pergunta, por que o garoto mau deixaria de ficar com todas para virar o bom moço? O que será que fez você mudar da água pro vinho? – ele ponderou – Viu? Você é o meu clichê em pessoa.
— É. Engraçado como todas as respostas são clichê, mas o amor é clichê, né?
— Ah pronto, agora você já me ama?
— Já? Senhorita “eu odeio clichê” vai se apegar ao “agora não pode amar, é muito cedo” – eu arqueei a sobrancelha – Eu não vou falar que te amo, nem te jurar amor, nem nada disso. Mas... – ele pensou – Vou falar que eu senti uma puta química entre nós, sabe eu até fiquei com outras meninas esse ano pra tentar sentir de novo e desapegar de você, mas não deu.
— Então, alguma vez você pensou em nós?
— Ainda tem dúvidas? – ele riu – É muito ruim pensar no que falar, e só vim coisa clichê e super romântica – ele bufou.
— Fala, eu preciso saber!
I hope you did, 'cause I can't tell you
That's something I'll never forget
I won't forget


— O tempo todo, e eu ficava com muita raiva de você, você era fria quando me respondia e se respondia, né? Era horrível querer falar e contar tudo pra você e você não demonstrando nenhum interesse – ele encarou o chão – Tínhamos combinado de não perder contato, tínhamos combinado de tentar nos vermos durante o ano, mas você não me deu espaço, tudo e qualquer coisa você me cortava. Yan até me disse pra deixar você naquele verão – ele me encarou – Mas... Eu sabia que tinha algo, e aqui estamos. Como eu disse, eu fiquei com algumas meninas, mas, sério, ficar no escuro durante 10 meses é desesperador, eu tinha que seguir minha vida, mas sem seguir de verdade... Entende? – eu assenti.
— Acho que sim!
— E você?
— Eu? – ele assentiu – Se eu pensava na gente? – ele assentiu de novo – Sim – eu encarei o chão – Eu segui um conselho e agora estou muito arrependida – eu voltei a encara-lo – Te devo desculpas.
— Ah, tudo bem, mas estou curioso em saber o que vamos fazer agora.
When we remember different summers
It's like tossing your heart to see where it lands
Heads is easy
Tails is harder to plan
When we're starting all over again

— Bom, ainda tá muito cedo para decidir algo, no momento eu só quero te beijar – admiti.
— Olha, eu tenho o mesmo desejo – ele riu.
— E o que estamos esperando? – sorri.
— Bom, eu estive esperando por você querer – ele deu de ombros.
— Então me beija logo.
Ele riu e me puxou para o beijo. Como ele disse: tínhamos muita química. Era como se todos os meninos que eu tivesse beijado eu tivesse beijado errado, e o beijo perfeito era exclusivamente com aquele ser humano.
— E ai, teve a química? – perguntei, ele assentiu e me deu um selinho.
— Respondendo sua pergunta de uma forma clichê: você é inteligente, uma pessoa maravilhosa, bonita por dentro e por fora, beija bem pra caralho – eu ri – E eu que tenho que te perguntar: como é que não seria você? – eu ri.
— Formamos uma bela dupla!
— Futuramente, poderemos formar algo melhor! – me beijou – Está a fim de sair mais cedo da fogueira e burlar algumas regras? – arqueei a sobrancelha – Sim ou...? – ponderei.
— Okay! – sorri – Vamos nos meter em encrenca no primeiro dia.
— Vai ser legal!
(...)

Estava acompanhando com o violão os outros músicos que estavam tocando na fogueira enquanto cantávamos, até que saiu da fogueira e fez o sinal que havíamos combinado, eu esperei a musica acabar, entreguei o violão para , pedi para ela guarda para mim e me dar cobertura, dei a desculpa de que queria comer mais cachorro-quente e fui ao encontro de . Ele estava me esperando com uma mochila atrás do dormitório dele.
— Demorou! – ele me deu um selinho.
— É que eu tive que dar minhas desculpas.
— Vamos? – ele olhou em volta.
— Sim, posso saber para onde?
— Não, estou te raptando – ele riu.
Entramos na floresta, o que era péssimo para alguém de short e regata, mesmo de repelente, tinha alguns mosquitos me rodando. Andamos bastante, disse que era para que os monitores não nos achasse.
— Chegamos! – ele anunciou sorridente.
— COmo você conseguiu isso? – falei olhando a van a nossa frente.
— Tenho meus contatos – ele destrancou a van e abriu as portas de trás – Até que isso realmente parece um sequestro.
— Né? Van, floresta, noite, a mocinha da história – ele riu.
— Mas a mocinha está aqui porque aceitou estar – ele pegou minha mão e me puxou para perto – Olha.
— Wow!
Era uma van que não tinha bancos, era uma cama de casal enorme, as luzes era tipo pisca-pisca, mas não ficavam piscando e a luz era branca.
— Está em um lugar estratégico para vermos o nascer do sol amanhã, e eu trouxe comida aqui – ele apontou para a mochila e deixou a mesma dentro da van.
Only friends
Just beginning
But I hope that we find it again
So again
Come here

— Talvez você me conheça muito bem – eu fiz careta e sentei na van.
— Eu sou um ótimo amigo – ele sorriu.
— Espero que não seja tão amigável assim com todo mundo! – arqueei a sobrancelha.
— Temos que começar devagar, então nossa amizade colorida é apenas o começo – ele parou na minha frente – E eu não sou amigável assim com todo mundo – ele revirou os olhos.
— Certo, então seremos amigos – ele me beijou – Coloridos!
Conversamos por um tempo, tiramos varias fotos, rimos, comemos, nos conhecemos e claro que nos pegamos bastante. Fomos dormir no meio da madrugada, mas sabendo que o despertador tocaria bem cedo para vermos o nascer do sol. Foi isso que aconteceu, foi algo muito novo, além de ser a primeira vez que eu passava a noite com um menino, ainda foi a primeira vez que eu vi o sol nascer, porque acordar cedo eu só acordava por causa da aula mesmo. Foi definitivamente para a lista de 10 melhores coisas que eu fiz na vida.
(...)

Last Day
When we remember different summers
It's like tossing your heart to see where it lands
Heads is easy
Tails is harder to plan
When we're starting all over again

Estava terminando de arrumar minhas coisas, afinal, seis da tarde o ônibus iria sair dali. Foi o verão mais rápido que eu já passei ali. No próximo ano era improvável que eu voltasse, já que me formaria e normalmente as salas não vem passar as férias aqui. Eu concorri com as meninas o Jam Final, mas eu ganhei no meu solo cantando “Different Summers”, eu fiz meu próprio arranjo com a musica e acharam incrível. I WIN!
— Ei! – ouvi .
— Oi! – sorri para ele.
— Achou espaço para seu prêmio? – ele segurou minha cintura e beijou minha bochecha.
— Sim! Já guardei – sorri – Estou sofrendo enquanto guardo tudo.
— Não vai mesmo voltar no próximo ano, ?
— Isso não costuma acontecer, normalmente é só três verões aqui! – virei para ele.
— Queria ter sido da sua turma – ele pareceu chateado.
— Pelo menos aproveitamos o verão todo juntos! – eu coloquei minhas mãos em seu rosto – O verão mais clichê do mundo – ele riu.
— Bom... Talvez ele possa ficar mais clichê – ele se afastou e colocou a mão no bolso da calça.
— Ah eu duvido muito – eu ri.
— Eu posso fazer ele ficar mais clichê – ele riu.
— Como? – cruzei os braços.
Again, and again, and again, and again
Again, and again, and again


! – eu ri, ele pegou minha mãe direita – Eu esperei isso até hoje porque eu tinha medo da sua resposta ser não – ele sorriu nervoso e eu arqueei a sobrancelha – Mas, eu preciso fazer essa pergunta – ele se ajoelhou e eu arregalei os olhos – Eu não vou te pedir em casamento, mas eu queria que isso fosse clichê – eu coloquei minha outra mão na boca – Você quer namorar comigo? – ele tirou o anel do bolso – Eu juro que mais pra frente eu compro um anel de verdade, e não um da loja de lembrancinha.
— Lógico que eu aceito! – ele sorriu e colocou o anel no meu dedo.
— Oh my God! – gritou – Atrapalhamos um momento maravilindo.
— Isso eu nunca iria esperar ver na minha vida – falou em tom de brincadeira – Parabéns aos noivos, já podem se beijar.
Nós rimos, levantou e me beijou. começou a pular de alegria enquanto batia palmas. Lisa também entrou no quarto e tivemos que explicar o que aconteceu. Eu terminei de arrumar minhas coisas. Nossa tarde estaria livre até meia hora antes do ônibus sair, passei todo o tempo com e com meus amigos, rimos bastante, o tempo voou e eu só queria mais tempo.
We will remember
Different Summers

— Eu gostaria de agradecer a presença de cada um, vocês fizeram historia no Camp Rock esse ano, esperamos ver todos no ano que vem, e infelizmente aos que não poderão voltar: sentiremos saudades, mas vocês sempre terão sua parte nesse acampamento. Vamos tirar uma foto dos nossos campistas daqui a pouco, agora sem tristeza nenhuma, nos despedimos e até a próxima – Jin falou.
Como ela disse, tivemos que nos juntas e tirar uma foto com todos que foram ao acampamento. Começamos a colocar nossas coisas no ônibus, e nos despedir. , , Lisa e eu fizemos um abraço em grupo que durou uns três minutos. Passar dois meses e meio com alguém todo dia torna aquelas pessoas sua família, eu sentiria falta. Despedir-me de foi tão ruim quando me despedir das meninas.
— Vamos nos tentar nos ver certo? – perguntou.
— Claro, , agora você tem que me aturar.
— Com muito prazer, mas eu só estava me certificando que agora era pra valer – eu revirei os olhos e ele me abraçou – Vou sentir saudades.
— Também vou sentir! – eu o apertei – Talvez até demais!
— Talvez eu já esteja sentindo! – ele brincou, eu sorri e o encarei
— Talvez eu te ame!
— Sem talvez, eu te amo mesmo! – sorrimos e ele me beijou.
— Ai meu coração de Joselet! – todos rimos.
— Depois eu e a que somos melosos! – Bryan reclamou.
— Ok, Detroit, está na nossa hora – Ellie gritou.
— Até logo! – beijei .
— Se cuida! – ele me abraçou forte.
Dei um último abraço em Yan, Lisa e . Depois que se despediu de todos eu dei o ultimo beijo em . Ellie nos gritou de novo e eu entrei no ônibus. Sentei na janela e coloquei minha mochila nos pés. Ellie começou a fazer a chamada para ver se todos estavam ali, quando ela terminou, pediu para todos colocarem o cintos se despedirem do acampamento, afinal talvez nunca mais voltaríamos a ver. Eu acenei para os três que ficaram até não dar mais, e antes de sumir de visão, mandei um beijo para .




Fim!



Nota da autora: Sem nota.





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SE NÃO HOUVER, APAGUE

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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