13. Beep Beep

Finalizada em: 03/10/2017.

Capítulo Único

Beep beep, ah ooh ah
Beep beep, ah ooh ah

Era a quinta vez que buzinava. Ela simplesmente odiava ficar parada no trânsito, ainda mais depois do dia corrido que tivera no trabalho. Trabalhava em um dos lugares que sempre sonhara: a sede da Ralph Lauren no Reino Unido. Fazer algo no ramo da moda era algo que sonhara desde criança e só aumentou conforme crescia. Quando iniciou seus estudos em Oxford, conseguiu o estágio que tanto queria quase no último semestre, mesmo tendo começado os estudos mais tarde (sua mãe havia obrigado ela a cursar direito, curso do qual odiou desde o instante em que pisou na sala de aula e não aguentou mais e simplesmente virou as costas e saiu no segundo ano). Porém, ao invés de colocarem ela para ir trabalhar em algo remotamente relacionado à moda, simplesmente a colocaram no SAC para receber reclamações. Resumindo, seu dia não havia sido nada agradável. Além de trabalhar em um departamento no qual ela não tinha a mínima chance de pôr em prática tudo o que ela aprendeu na teoria, aguentar seu chefe brigando por coisas que não eram culpa dela, não ter tido tempo de almoçar, aturar as intrigas e fofocas das meninas de seu departamento, fazer trabalho dobrado porque uma delas estava de férias e não conseguiram ninguém para substituí-la e ainda ter que ficar presa no trânsito, no meio da A202 com o tempo já ameaçando chuva não eram exatamente características do dia perfeito. Isso tudo era demais pra cabeça dela. A noite maravilhosa que tivera servia para anuviar a irritação e cada vez que se lembrava dos olhares apaixonados, do sabor dos beijos, dos toques suaves – e alguns não tão suaves assim -, corria um arrepio pela espinha de . Com os pensamentos voando, ela sem querer tirou o pé do freio e o carro começou a ir pra frente. Quando se tocou do que estava fazendo, pisou com tudo, fazendo seu carro ficar a menos de um centímetro do para-choque do carro da frente. Ela pôs as mãos no volante, bufou e soprou a franja que caiu em seu rosto com a freada brusca. “Saco”, pensou.

I'm stuck in traffic, bumper to bumper babe
My leather jacket smells like your aftershave
All I wanna do is get your hands up on my bootay
Beep beep, ah ooh ah

O motorista atrás de buzinou novamente e ela jurava que se ele o fizesse por mais uma vez sequer, ela sairia do carro e armaria o maior barraco com o cara. “Querido, todos querem ir pra casa rápido, caso você não tenha percebido. Ninguém se meteu nesse trânsito porque quis”, pensou ela mal humorada. olhava do relógio para o farol e tudo continuava do mesmo jeito: os ponteiros indicavam que eram 18:10 e o semáforo continuava vermelho. Pareciam horas e ela achava que estava começando a enlouquecer quando se lembrou dele e aquele cheiro magicamente invadiu suas narinas, como se ela não tivesse notado o que havia impregnado sua jaqueta de couro. “Meu Deus, eu vou ficar maluca”, suspirou com pesar. Puxou a gola até o nariz e inspirou o aroma. O cheiro ao qual ela sonhava todas as noites e que havia ficado tão gravado em sua memória quanto em sua jaqueta favorita. Uma mistura de sabonete, da loção pós-barba dele e daquele cheiro completamente afrodisíaco que ela sentia somente quando escondia seu rosto em seu pescoço. Tanto tempo sonhando acordada com aquele homem, tanto tempo separados por causa da NYFW e quando finalmente conseguem um tempo para ficar juntos, ela tem de interromper sua pequena passagem pelo paraíso por causa do trabalho e ainda tem que ficar presa no trânsito. Ninguém merece. Ela só queria as mãos fortes de em seu corpo de novo o mais rápido possível... Só de lembrar ela começava a se mexer em inquietação. olhou no relógio: 18:13. Mas que merda.

Flashback on
Seis meses atrás:
olhava, olhava, olhava e não achava nada bom o suficiente para seu encontro com . Meu Deus, ele era o sonho de consumo de qualquer mulher: alto, com corpo definido devido pelos anos de treinamento de jiu-jitsu (fato que seria desconhecido das pessoas no ramo da moda se não fossem os prêmios que ele exibia com orgulho em sua sala), cabelos castanhos claros que ficavam levemente bagunçados na parte de trás e com alguns fios que insistiam em cair por sua testa, olhos verdes intensos e, claro, o ponto principal que fazia jus ao fato de ser o melhor no que fazia: se vestia tão bem que parecia constantemente a caminho de um desfile ou então, que havia acabado de sair de um ensaio fotográfico. suspirou. Não era possível que um cara como aquele tivesse visto algo de especial nela. Ela estava tão nervosa que nem sabia o que vestir, não sabia se encarnava a femme fatale ou se fazia as vias da boa moça. Havia separado seu tubinho preto e seus saltos altíssimos, mas na hora em que os vestiu, achou que era demais para um primeiro encontro. Balançou a cabeça, tirou os sapatos e ficou olhando para seu guarda-roupa.
Foi quando seu olhar bateu em um sobretudo marrom que ela nunca havia usado. Uma tia lhe dera e nunca havia ido em um lugar que fosse bom o suficiente para usá-lo. Escolheu um vestido preto simples para colocar por baixo, meia fina e botas pretas. Escolheu uma clutch da Burberry para combinar e quando se colocou em frente ao espelho, aprovou seu look. Ela não sabia onde iam, mas acreditava que encaixaria tanto em um lugar sofisticado quanto em algo não tão chique.
fez uma maquiagem marcando bem os olhos, pegou sua clutch cinza e se olhou no espelho. Ficou chocada com o que viu: uma moça linda, decidida e determinada a encarava de volta, mascarando totalmente a insegurança que sentia por dentro. Ele era “só” o chefe do departamento de moda da Ralph Lauren UK e ela era meramente uma estagiária. Mal tivera contato com ele, pois, por estar no SAC, ela passava a maior parte do tempo dentro da salinha escura na qual era obrigada a habitar durante as 8 horas trabalhadas. Conhecia ele, sim. Mas não haviam sequer trocado meia dúzia de palavras. Uma vez por mês, uma das meninas tinha que levar todas as queixas em relação ao departamento de moda para ele e ela havia feito isso três vezes só, durante os quase doze que trabalhava lá. respirou fundo e olhou no relógio: 19:59. Em ponto. disse que viria buscá-la às 20:00. Ela se abanava tentando aplacar o nervosismo, afinal não queria que sua maquiagem derretesse. Quando o relógio que tinha na parede da cozinha virou 20:00, seu celular apitou com uma mensagem.

Linda, estou na sua porta te esperando.
XX T

se arrepiou inteira. Era agora. Um dos caras mais gostosos com os quais ela já havia sonhado e justamente quem ela jamais acreditou que um dia havia olhado para ela havia a surpreendido em um dos corredores da empresa e a convidado para sair. Ele havia ficado encantadoramente tímido quando falou com ela coçando a cabeça com uma mão e com a outra dentro do bolso, chamando-a para jantar um dia desses. então passara seu número para ele e ele enviou uma mensagem logo no dia seguinte, com a clássica pergunta: “Sexta à noite fica bom pra vc? ;)”. Ela chegou a pensar que talvez seu coração fosse sair de seu peito, tamanha a força que ele começara a bater. balançou a cabeça para tirar aquele sorriso bobo que se formou em seus lábios e se concentrar primeiramente, colocar um pé na frente do outro e depois, trancar a porta. Uma coisa por vez.
Ao chegar na portaria do prédio, estava parado em frente ao seu Cadillac, com uma camiseta vinho de gola em V, uma calça de sarja e o sorriso mais encantador que já vira. Não se conteve e sorriu para ele também.
- E aí, gata? – disse vindo em sua direção, se aproximando e dando um beijo tímido em sua bochecha. – você está linda.
- Obrigada – riu já sentindo seu rosto esquentar onde os lábios de tocaram sua pele - Aonde vamos hoje? – perguntou ela.
- Hoje vamos ao Clos Maggiore, um restaurante no Covent Garden – disse ele enquanto abria a porta do passageiro para que ela entrasse – Não foi fácil para conseguir a reserva, mas sendo quem sou, consegui um lugar especial para nós essa noite – deu uma piscada, fechou a porta e se dirigiu ao seu lugar de motorista.
Foram poucos segundos, mas conseguiu captar no odor do carro, o aroma amadeirado de seu perfume maravilhoso, o mesmo que sentiu quando ele a beijou há poucos minutos. entrou no carro e deu partida.
Conversaram trivialidades durante o caminho até o restaurante. Quando chegaram, fez questão de abrir a porta do carro para ela, se mostrando ser o perfeito cavalheiro.
O restaurante era fantástico, diferente de qualquer coisa que já vira. Passou muito tempo estudando para entrar em Oxford com méritos e mais tempo ainda estudando para manter sua bolsa e trabalhando depois para que tivesse condições de bancar jantares em restaurantes como o Clos Maggiore. Ao entrar, se viu em um ambiente digno de uma cena de Sonhos de Uma Noite de Verão. Mesas particulares de dois lugares eram espalhadas pelo salão, com poltronas de couro marrom e no teto, plantas trepadeiras se retorciam e eram iluminadas com pequenos LED’s, dando um ar renascentista e mágico na decoração. Ao fundo, uma lareira ricamente adornada, transmitindo aconchego.
“Controle-se, mulher”, repreendeu a si mesma quando notou que queria olhar para todos os detalhes ao mesmo tempo e parecia uma criança entrando em um parque de diversões pela primeira vez. Respirou fundo e deixou ser guiada por até a mesa reservada em nome dele.
Com um vinho francês fantástico para acompanhar, aquele fora, sem sombra de dúvida, um dos melhores jantares que ela já provara. Mas nenhuma comida do mundo teria sido melhor do que a companhia de . Ele era simpático, engraçado, fofo, lindo de morrer, seus olhos eram de um verde profundo que se, se concentrasse, poderia contar todos os pontinhos mais escuros pelo resto de sua vida. Ele sabia cozinhar, pois vivia sozinho desde os 19 anos e aprendera a se virar com a vida, já que sua mãe falecera há muitos anos e o pai vivia em uma mansão cheia de empregados. contou também que seu patrimônio nada tinha a ver com herança ou a riqueza da família . Tudo o que ele tinha, havia trabalhado muito para conseguir. Disse também que nunca havia se acostumado com a fama que seu trabalho lhe proporcionava e que os assédios de fotógrafos que invadiam momentos de privacidade lhe causavam certo pânico, chegando a mencionar que, logo na semana que foi anunciada a nova contratação da Ralph Lauren UK, fotógrafos o pegaram tão de surpresa que, mesmo que estivesse somente tomando um café no Starbucks, ele teve uma crise de tremedeira que durou quase uma hora. Ele disse que não gostava de estar debaixo do holofote.
Quanto mais a conversa se aprofundava, mais se admirava pelo esforço e trabalho de . Chegar ao posto de chefe do departamento de moda da Ralph Lauren UK aos 32 anos, não era para qualquer um, a pessoa precisava ser mesmo muito boa no que fazia. Ela estava completamente encantada por ele e não conseguia esconder o quanto , como ele queria que ela o chamasse, a atraía.
Passaram a noite toda conversando. Foi quando o garçom veio, delicadamente, avisar que eles fechariam dentro de dez minutos e que ambos teriam que deixar o restaurante.
-Eu não percebi que havia passado tanto tempo! - disse surpresa quando o garçom se retirou.
-O tempo voa quando a gente se diverte, não é mesmo? - disse rindo - ainda mais estando na presença de tão maravilhosa dama - dito isso, fez uma reverência exagerada, beijando a mão de . Ela caiu na gargalhada com a brincadeira do rapaz.
Foram então para o carro dele e ele foi deixá-la em casa. Quando estacionou seu carro na porta do prédio dela, um silêncio incômodo caiu sobre eles. Não queriam ir embora, queriam ter passado mais tempo juntos.
-Então…
-Então…
Disseram isso juntos e deram risada.
-Você primeiro – disse , todo cavalheiro.
riu.
- Obrigada pela noite maravilhosa. Acho que foi uma das melhores da minha vida, se não a melhor.
-Você tem um ranking? – disse achando graça da mania da menina.
-Olha, não é bem um ranking, mas eu marco quais são as melhores noites – ela deu um sorriso – elas variavam conforme eu crescia, mas faço isso desde criança.
- E qual seria essa lista antes de hoje à noite? – perguntou ele curioso.
-Hummm... – disse , pensativa – Acho que a melhor noite da minha vida foi quando meu pai me levou para passar a noite em um barco no rio perto de casa. Fizemos quase que um acampamento no barquinho, só faltava a barraca – ela riu – nós ficamos deitados no barco à noite, vendo estrelas e vagalumes e comendo marshmallow que esquentamos na lanterna a gás. Não foi a mais confortável, mas com certeza a melhor.
sentiu o já conhecido aperto no peito que palpitava sempre que falava no pai. Virou o rosto para a janela e olhou para o lado de fora, não queria que ele a visse triste daquele jeito, mas percebeu que havia algo de errado com ela.
-O que foi, ? O que aconteceu? – perguntou.
- É que eu considero essa a melhor noite porque foi a última que passei com meu pai. – disse ela já com a voz falha – desculpe, não queria que me visse assim logo no primeiro encontro. – disse ela dando um risinho amarelo.
- Não, não fique mal por isso! – disse . Ele a puxou no carro com um abraço e ela encostou a cabeça em seu peito – Quer me contar o que aconteceu? – perguntou ele.
- Nós chegamos em casa no dia seguinte, minha mãe estava fazendo uma torta de maçã para nós, e eu tinha um vizinho que era meu amigo na época que estava brincando na rua e eu corri até ele. Minha mãe viu que faltava algum ingrediente na torta e pediu para meu pai ir até a mercearia comprar mais. Ele saiu à pé, pois era perto de casa, e veio um motorista bêbado e o atropelou. Ele morreu na hora, com o baque. – disse tudo de uma vez, pesarosa. Doía lembrar-se de seu pai, mas também não entendia como que ela conseguiu se abrir com ele logo no primeiro encontro. Nunca fizera isso, mas sentia que podia confiar nele, sentia como se o conhecesse há anos.
- Nossa, , eu sinto muito mesmo – disse , apertando seu abraço.
- Não, tudo bem. Fazem anos já e eu não sei nem porque te falei isso. Nunca falei dele para ninguém.
- Me sinto honrado em ter sua confiança – disse ele com um sorriso meio tímido.
O freio de mão a estava machucando nas costas e ela tentou se levantar sem querer mostrar que não gostara de seu abraço, mas ao se apoiar com o pulso no banco, ela o torceu. a segurou e seus rostos ficaram a centímetros de distância. Ele olhava para a boca dela que ainda mantinha a cor de café matte que ela passara antes de saírem do restaurante. Ela inconscientemente também desviou o olhar para a dele e quando se deram conta, já estavam em um beijo profundo. havia puxado para seu colo, sentando-a de lado com os pés no banco enquanto uma mão ficava em suas pernas e a outra em sua nuca, com os dedos enganchados em seus cabelos longos. Ela, por sua vez, estava com suas mãos na nuca do rapaz e alternava entre puxar seus cabelos e fazer um carinho suave no local.
Quando já estavam ficando sem ar, se afastou e quando o fez, puxou seu lábio.
- Desculpe. - disse ela, sentindo o rosto queimar.
-Não se desculpe - disse ele com um sorriso, colocando uma mecha do cabelo dela atrás de sua orelha.
olhou fundo em seus olhos.
- Você é linda - disse em um sussurro. Agora que ela sentia que o rosto ia explodir de tão envergonhada que ela estava.
- Eu… - começou ela - não queria apressar as coisas. - disse envergonhada.
assentiu.
- Não tem problema. Eu entendo. Por você, vale a pena esperar. - disse com uma piscadela.
saiu do colo de rindo do gesto do menino, sentando de volta no banco do passageiro e agradecendo que estava escuro o suficiente para que ele não visse seu rosto.
Ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para ela. Segurando em sua mão, ela saiu do carro e ele a levou até a porta do prédio sem soltar de sua mão.
-Muito obrigada por tudo, - disse - foi tudo perfeito! Eu não tenho palavras.
riu meio encabulado.
-Não tem do que agradecer. Foi mais do que um prazer poder ter te conhecido melhor. Te vejo segunda na empresa? Creio que seja seu dia de levar as reclamações para mim, não é mesmo? - disse rindo.
riu e concordou.
-Até segunda, - disse ela suavemente.
Ele então deu outro beijo nela, suave.
-Até, gatinha. - e virou-se para ir embora.

Flashback off

I've blew my engine, I think I broke the stick
Too busy dreaming of jumping on ya (dick)
To get me sounding good you need to check under the hood babe
Beep beep, ah ooh ah

Tudo isso passou na cabeça de em um flash e quando ela se deu conta de quem o trânsito havia andado, ela mexeu no câmbio com tanta força para mudar de marcha, que achou que o havia quebrado. Ela tinha que se concentrar em parar de ficar sonhando em como ele a abraçava, como ele a fazia se sentir especial, em como ele a tocava, em como ela amava ficar pulando em seu…

BEEP BEEP

ARGH! Ela realmente estava irritada com o cara de trás. E ia reclamar se não tivesse se tocado de que o caminho em sua frente estava totalmente livre e que ela havia sonhado tanto com que não percebera que o semáforo havia aberto. Realmente tinha algo especial no jeito como ele tocava ela, no jeito como ele fazia ela se sentir, no jeito no qual ele demonstrava o que sentia por ela... Ela achava que talvez realmente fosse ficar maluca, achou que não tinha como sentir por uma pessoa o que ela sentia por ele. Era mais que simplesmente tesão, muito mais. Era mais do que um carinho por alguém que ela havia conhecido fazia pouco tempo. Era... Ter ele em seus pensamentos noite e dia, era sonhar com ele, se sentir como se algo estivesse faltando quando ele viajava a trabalho, era... Tudo. Ele era tudo na vida dela.
suspirou. Sua cabeça rodava e todas as doces lembranças que ela tinha com haviam desaparecido. Ela simplesmente se encontrava no mesmo carro e continuava presa no trânsito.
18:18.
Mas seria possível que ela chegasse em casa logo? Desse jeito ela ia ficar maluca!

Flashback on

Cinco meses atrás.

não sabia o que fazer. estaria em sua porta em 30 minutos e a única coisa que ela havia feito tinha sido tomar banho e cachear os cabelos. Quase todas as roupas dela estavam espalhadas pelo quarto e ela não havia decidido ainda o que vestiria.
Foi quando seu olhar recaiu em um vestido de malha rosa claro, curto e com decote canoa. Ficaria parecida com uma Barbie se colocasse uma sapatilha, porém tinha uma bota cinza de camurça que ia até a metade de sua coxa, com bico e salto finos. Decidida, praticamente enfiou tudo dentro do armário novamente. “Depois eu arrumo isso”, pensou com pressa.
Completou o visual com uma clutch cinza e uma maquiagem onde marcou bem os olhos. Tom não havia dito onde a levaria, então decidiu que não estava tão mal arrumada assim para onde quer que ele a levasse.
A conhecida buzina do Cadillac de soou na rua e se aprontou para sair. Trancou a porta e nem esperou o elevador, desceu logo pelas escadas. Estava ansiosa pois, apesar de não ter dito onde a levaria, disse que seria uma surpresa para ela.
Quando chegou ao térreo, estava encostado em seu carro com as mãos nos bolsos, esperando-a. De algum jeito, ele estava ainda mais lindo que da primeira vez que eles saíram. Ele usava uma camisa azul clara por baixo de uma jaqueta de couro preta, juntamente com uma calça preta rasgada. Ele exalava um perfume inebriante que deixava tonta.
se aproximou, deu um beijo carinhoso em e a levou até o Cadillac, abrindo a porta como o cavalheiro que era. Quando entrou, ele olhou para ela, medindo-a inteira.
-Você está linda, . Mais do que da primeira vez que eu te vi. - disse ele com um olhar que não conseguiu definir de um jeito melhor que não fosse apaixonado.
Ela corou.
-Obrigada. Você também está muito gato hoje.
riu, agradeceu e deu partida no carro. então perguntou:
-Qual o programa de hoje, ? Você fez muito suspense hoje de tarde.
- Ah, eu fiquei sabendo que você gosta daquelas meninas... Little Mix – os olhos de se arregalaram e seu coração disparou. Ela nunca havia dito a ninguém de seu departamento que gostava do quarteto. “Como ele descobriu?”, pensou ela.
- Er... Eu gosto sim – disse ela meio encabulada – Por quê?
- Porque, como fui eu quem assinou as roupas que as meninas usarão na apresentação de hoje, ganhei um par de ingressos VIP para a primeira fileira do evento que vai acontecer hoje. O que acha? – disse ele um tanto receoso da reação de .
Ela estava sem palavras. Ele realmente havia feito aquilo por ela?
- Eu amei! – ela disse um tanto quanto alto e deu uma leve estremecida no banco do carro, talvez de alívio, talvez de susto do berro que dera. Ela torcia para que fosse a primeira opção. Ele deu uma risada gostosa do entusiasmo da menina. Abaixando o tom de voz e ficando automaticamente vermelha ela continuou – acho que será uma noite inesquecível para nós. – disse dando o melhor sorriso que conseguiu, genuinamente feliz e deslumbrada com o esforço do rapaz para agradá-la.
-Mas antes, nós vamos parar para jantar.
-Jura? - surpreendeu-se ela.
-Sim… Mas eu não vou dizer ainda. Você vai descobrir quando chegarmos. - disse ele, dando uma piscadela para ela.
riu da brincadeira do rapaz.
Tentavam decidir qual música tocaria no rádio quando parou em frente a um dos restaurantes mais caros de Londres, o Coda.
-Você não fez isso - disse quando abriu a porta do carro para ela.
Ele riu.
-Não foi fácil conseguir uma reserva aqui - disse ele - mas sendo quem sou, às vezes consigo alguns benefícios. - e beijou a mão dela.
Quando entrara, deparou-se com uma decoração predominantemente cinza, detalhe que seria entediante se o ambiente não fosse ricamente adornado com lindas orquídeas roxas e uma iluminação levemente arroxeada. Os lustres no teto davam o charme perfeito com as cadeiras estofadas e as mesas lindamente postas, como que se para a realeza.
O jantar foi maravilhoso, regado a um bom vinho francês, comida de primeira e uma conversa gostosa, que quase fez com que eles perdessem o horário. Era sempre assim quando eles saíam para conversar. Perdiam a hora para tudo. De noite, eram trocas de mensagens até altas horas da madrugada, fazendo com que, muitas vezes, ambos acordassem acordado para ir ao trabalho.
Saindo do restaurante, eles se dirigiram ao Royal Albert Hall para o evento e ao chegarem a porta, a segurou antes de entrarem e disse:
- Olhe, eu sinto muito, mas vou ter que circular pelo evento dando algumas entrevistas e talvez você não esteja preparada para esse tipo de coisa. - disse isso com um olhar pesaroso – eu não quero te assustar, estou adorando estar com você hoje e não quero que fique assustada se saírem algumas fotos ou manchetes sobre você, então se você quiser entrar sozinha e ficar no lugar esperando eu voltar, eu vou entender e…
suspirou, revirou os olhos, o segurou pela gola do suéter e o beijou na boca. Nem ela entendeu porque havia feito aquilo, mas sentiu que era o certo a se fazer. colocou as mãos em sua cintura a puxando para mais perto e aprofundou o beijo. o quebrou quando precisou de ar e encostou suas testas. Ambos estavam ofegantes e ela simplesmente falou:
- Não vou sair do seu lado. Você precisa de alguém com você agora e esse alguém sou eu. – ela demonstrava mais segurança do que sentia, mas vira que ele precisava de alguém para estar ao seu lado naquele momento. escorregou sua mão do pescoço dele pelo braço e tomou a mão dele na sua, entrelaçando seus dedos.
deu um sorriso tímido para ela como agradecimento e recebeu um confiante como resposta. Entraram no espaço de eventos e logo vieram vários fotógrafos querendo saber quem era a mais nova namorada do famoso , a cabeça do departamento de moda da Ralph Lauren.
Depois de algumas entrevistas, muitas fotos e vários sorrisos amarelos, eles finalmente conseguiram chegar à primeira fileira e tomaram seus lugares. O show logo começou e quando as meninas entraram no palco, achou que não havia emoção maior do que ver suas musas inspiradoras bem a, no máximo, dois metros de distância dela.
Quando o show terminou, se desculpou por não poder leva-la para conhecer as cantoras.
-Tenho certa influência aqui, mas elas vão hoje mesmo para Manchester para outros concertos e nem que eu quisesse conseguiria isso para você. Sinto muito. – disse meio cabisbaixo.
-Imagina, ! – se alarmou com a tristeza legítima do rapaz. – Esse show foi incrível! Não podia ter sido melhor. – disse ela e deu um sorriso para o moço que logo abandonou a expressão de tristeza ao ver como ela estava encantada por ele.
Ele então a levou para seu apartamento. Quando estacionou na frente da portaria do prédio, os dois ficaram em um silêncio que era um tanto desconfortável. Nenhum dos dois queria que a noite acabasse.
-Você gostaria de subir? - perguntou , um pouco tímida.
olhou para ela surpreso.
-Eu adoraria - disso com um sorriso.
Eles saíram do Cadillac, deu o alarme e eles rumaram ao elevador de mãos dadas. Quando as portas do elevador se fecharam, viu olhar para o teto e só entendeu que ele procurava uma câmera de segurança, quando ele a prensou contra a parede espelhada, colocou as mãos em sua cintura e passou levemente o nariz por toda a extensão do pescoço da menina. sentiu o corpo todo arrepiar com o toque de .
-Sabe – disse ele com a voz rouca no pescoço dela e ela sentia seu corpo todo arrepiado com o toque suave de sua respiração perto de sua orelha – no momento em que pus meus olhos em você, eu quis beijar sua boca. Quis ficar perto de você exatamente desse jeito – sugou o lóbulo de sua orelha e continuou sussurrando no ouvido dela – você me tira do sério, garota.
segurou um gemido quando atacou seu pescoço com beijos e ela automaticamente jogou sua mão para a nuca dele e arranhou o local.
começou a subir os beijos pelo maxilar da garota, mas chegaram ao andar dela e tiveram que se separar.
se desvencilhou dele para ir abrir a porta, mas logo ele estava a abraçando por trás e fazendo com que ela sentisse o quão excitado ele estava. suspirou. afastou seus cabelos da nuca e a beijava como se fosse a melhor coisa da face da terra. Ela segurou o ar e tentou manter a cabeça no lugar enquanto tentava encaixar a chave na fechadura, mas sabia o que fazia e estava conseguindo tirar o resto de sanidade que existia nela. Loucura isso, de levar o cara para casa no primeiro encontro, mas tudo com ele parecia tão certo que ela não queria estragar o momento. Só Deus sabia quando iria acontecer de novo.
escorregou as mãos, que estavam na cintura dela até a barriga e ficaram indecisas entre as coxas e os seios da menina, sem parar de beijar o pescoço dela e fazendo-a sentir em seu quadril, a ereção que crescia cada vez mais.
-, espera. Me deixa abrir a porta pelo menos – suspirou. Até mesmo a tarefa mais simples seria praticamente impossível de ser realizada se continuasse beijando-a e tocando-a daquele jeito. Ela estava ficando maluca, os beijos e carícias dele eram de outro mundo e faziam pequenos choques elétricos percorrerem o seu corpo.
-Não acho que você quer mesmo que eu pare – disse com a voz rouca no pé do ouvido dela enquanto escorregava sua mão que estava na coxa dela até dentro do vestido, passando o dedo de leve na pele da sua virilha. revirou os olhos ao sentir os arrepios que aquela simples frase causara nela. Não ia aguentar muito tempo se ele continuasse provocando ela daquele jeito. Só de sentir o toque de em sua região mais íntima somado com os beijos que ele não parava de dar em sua nuca, ela sentia que gozaria sem ele nem mesmo a ter penetrado.
-, por favor – ela suspirou – deixa eu pelo menos abrir a porta, ou você quer me comer aqui no corredor mesmo?
riu baixo em seu ouvido.
-Olha… é tentador... – e riu de novo – mas tudo bem, eu espero um minuto.
E se afastou da menina, dando um último beijo em seu pescoço e a deixando abrir a porta direito. Mas nem bem entraram e já a agarrou e a prensou contra a porta, dessa vez de frente para ela.
-Achei que tivesse me dito que ia esperar um minuto – zombou .
-Um minuto é muito tempo, agora que eu já sei seu gosto – disse e começou a beijá-la com fervor, enquanto passou seus braços pelo pescoço dele e agarrava seus cabelos. tirou suas mãos que estavam na cintura dela, as colocou em suas coxas e entendeu o recado. Apoiou em seus ombros, deu impulso e encaixou suas pernas na cintura dele enquanto continuavam se beijando loucamente, as línguas fazendo uma dança sensualmente coreografada, como se tivessem se beijado a vida inteira.
a segurou e a sentou no balcão da cozinha. passou suas mãos nos ombros e desceu até a barra do suéter, arrancando ele e jogando em algum lugar do cômodo. já havia levantado o vestido de até a cintura e passava as mãos freneticamente entre as coxas e a bunda dela, vez ou outra, arranhando com suas unhas curtas as coxas da menina que estavam descobertas pela bota. abaixou o vestido de só para ver o sutiã de renda preta que segurava os seios da garota. Ele se afastou para olhar e mordeu o lábio, o que fez com que a calcinha de ficasse mais e mais molhada. Principalmente depois de realmente ter parado para olhar o abdômen perfeito de . Ela soltou as mangas do vestido e colocou as mãos para trás, aproveitando que ele estava ainda um pouco hipnotizado com a visão de seus seios e soltou o sutiã, vendo ele ficar ainda mais embasbacado. Ela deu um sorriso malicioso.
deu-lhe um pequeno empurrão, para mostrar que queria se levantar. ficou olhando pra ela com o semblante confuso, mas ela simplesmente se levantou, pegou em sua mão, puxando-o para o quarto.
Quando chegaram, ela tirou as botas, deixando clara a diferença de altura entre os dois. O fez sentar na cama e se sentou em seu colo, com uma perna de cada lado de seu quadril. rebolava em seu membro e ele ofegava, ficando cada vez mais duro. parou apenas para procurar o preservativo que carregava em sua carteira até se lembrar de que a mesma havia ficado na cozinha.
-Droga – disse ele entre os beijos que dava em seu pescoço.
-Que foi, babe?
-A camisinha… Está na cozinha.
riu, se esticando por sobre ele até a gaveta do criado-mudo. Tirou uma camisinha de lá e balançou na frente dele. deu uma risada gostosa.
-Você não existe – disse ele voltando a beijá-la.
Ela o vestiu apropriadamente e ele a ajudou a se encaixar em seu membro. Ambos ofegaram com o contato íntimo entre eles e começou a se mover, com a ajudando em seus movimentos. Ela achou que não aguentaria mais quando ele se deitou na cama a puxando com ele e, segurando seus quadris, ele começou a investir contra ela, rápido, massageando os pontos certos e exatos nela.
gemia seu nome ao pé de seu ouvido. estava quase chegando a seu ápice e sentiu o membro do rapaz pulsar dentro de si. Ela agarrou as costas dele e a arranhou quando sentiu seu orgasmo chegar e não ficou muito longe. Ambos gozaram forte e gemendo os nomes um do outro.
saiu de cima dele e ele foi até o banheiro se desfazer do preservativo. Ela aproveitou a deixa e foi até seu armário, com as pernas ainda um pouco bambas, pegar uma calcinha limpa e uma camiseta grande da época de Oxford. Vestiu as peças e voltou pra cama na hora que saía do banheiro. Com a luz, ela viu que ele estava olhando em volta, como se procurando algo e um pouco vermelho. Ela achou fofo.
-Algum problema? – ela perguntou, doce.
-Não.. – ele deu um risinho – eu acho que só queria minhas roupas, mas olha que incrível: eu não sei onde as deixei.
riu e se levantou foi caminhando lentamente até a porta, como se para pegar as roupas dele na cozinha, mas parando para recuperar suas botas na porta do quarto, ao mesmo tempo que tentava formular a pergunta que queria tanto fazer a ele.
-Você pretende passar a noite aqui? – ela perguntou um pouco receosa da resposta. Não olhava para ele, sentia seu rosto esquentar e não queria que ele achasse que ela se tornaria grudenta. Queria que tivesse percebido que aquela transa não tinha sido só sexo. Ela sentiu algo diferente e queria que ele também se sentisse como ela.
-Mas é claro – abriu um sorriso lindo e sentiu seu coração se derreter um pouquinho. – Só me sentiria melhor se eu estivesse vestido. – disse com uma risada fraca.
Eles riram e foi até seu guarda-roupa e pegou uma calça de moletom que estava larga nela e deu pra ele. Achou que ele não iria querer dormir com uma calça jeans.
-Bom, eu não tenho nenhuma camiseta que te sirva... – ela começou, mas estava tentando alcançar as prateleiras mais altas do armário e não tinha muita vontade de olhar para trás. Aquele homem era um perigo sem camisa perto dela. Ela sentia que suas pernas ainda estavam bambas e pensava “Esse homem sabe o que faz”, rindo internamente. E então, ela teve a brilhante ideia de subir em uma das prateleiras mais baixas para ver se alcançava a mais alta delas. De repente, ela se desequilibrou para trás e a pegou.
-Cuidado, gatinha – disse ele olhando fundo nos olhos dela. - Não tem problema – ele estava com o rosto a centímetros do dela e sentia seu hálito quente em sua boca e um flashback com as cenas de minutos atrás ficaram rodando em alta velocidade em sua mente, fazendo seu coração disparar – eu fico sem camisa mesmo.
E então ele a beijou. Nesse momento ela sentiu que tinha algo mais. Ela tinha esse problema, criava muita expectativa em cima das coisas. Suas amigas brincavam com ela que nenhum cara poderia beijá-la que no dia seguinte ela já estaria procurando as passagens para a lua-de-mel.
Mas tinha um beijo carinhoso, delicado. Ela sentiu que estava derretendo por dentro e, por mais que achasse que estava delirando, ela sentiu que para ele não tinha sido só sexo também.
Eles se separaram, ambos buscando ar. o puxou pela mão até a cama e ela se enroscou nas cobertas, abraçando o travesseiro de plumas.
- Hey – disse com tom de quem fingia que estava bravo – você me chama para dormir aqui e abraça o travesseiro? O que eu estou fazendo aqui então?
riu enquanto fazia cócegas na sua barriga e a puxava para descansar a cabeça em seu peito. Ela não se segurou e quando viu, já havia enroscado suas pernas nas dele.
- Muito obrigada pelo jantar... Foi fantástico. O jantar, o show... E pelo o que fez comigo no carro... Eu não tenho palavras para descrever. – ela disse, feliz por não ter que olhar para ele quanto proferia aquelas palavras.
- Não tem do que agradecer. Fiz o que fiz porque eu quis. Queria que fosse um dia importante para você, queria te impressionar. – disse ele.
“E conseguiu”, pensou ela. achou que não dava para ficar mais vermelha do que já estava e ai que ela realmente ficou feliz de ter o rosto escondido no peito dele. então sentiu dar um beijo em sua testa e falar baixinho:
- Boa noite, princesa.
- Boa noite, gato – respondeu ela e se permitiu cair no sono.

Flashback off

suspirou. Só de lembrar de , fazia com que ela conseguisse se acalmar desse trânsito infernal. Ela se sentia bem perto dele, ele a fazia muito feliz. Se alguém dissesse que a vida dela daria essa guinada há um ano atrás, ela jamais acreditaria.
Ela nunca imaginou que seria desse jeito, que ela estaria indo para seu apartamento e que ele a estaria esperando la, recém chegado da New York Fashion Week.
então pegou seu celular para ver como estaria o tempo no fim da semana. Chuvas constantes já haviam feito ela se acostumar a carregar um guarda-chuva para onde quer que ela fosse, mas ela queria ver se queria ir para a praia de novo. Ela tinha uma conexão muito grande com o mar. Era como se ela recarregasse suas energias la.
“Nossa… praia”, pensou ela. Então ela se lembrou de como ele e ela tinham ido para a praia pela primeira vez juntos.

Flashback on

Já fazia uma semana desde a primeira noite em que e haviam ido ao Albert Royal Hall e tido sua primeira noite juntos. Eles se falavam todos os dias por mensagens e também se viam às vezes nos corredores da Ralph Lauren. Ela achava que eram as piores vezes que ele a via, pois ela sempre estava carregada de papéis e ele, cercado de modelos semi-nuas que ele sempre tinha que guiar através dos corredores até os estúdios onde eram tiradas as fotos.
Era uma tarde entediante que trabalhava no escritório. Estava abafado lá dentro e a cabeça dela zunia. O suor lhe escorria pelo pescoço e ela tentava se concentrar pela milésima vez no mesmo parágrafo.
Ela então sentiu o celular vibrar com uma mensagem:

E ai, gata? Muito calor ai? :’D

Era e coração de deu um grande salto que nem ela acreditou ser possível.

Nossa, nem me fale... Estou cozinhando nessa sala haha

Ela esperou e logo veio uma resposta:

Pq vc n vem p ca então? Aq tem ar condicionado pelo menos... melhor do q essa sua sala abafada :’D

Ela se assustou. Ele realmente estava a chamando para a sala dele?

Isso eh serio msm??

Claro! Pode vir ;)

ponderou quantas vezes seria demitida se fizesse o que estava prestes a fazer. Mas por e pelo ar condicionado, talvez valesse a pena.
Ela então saiu correndo de sua sala. Não sabia se por medo de alguém pegá-la e fazer alguma “falsa” acusação (como de estar largando seu trabalho para se enfiar na sala do chefe do outro departamento com o qual, coincidente e secretamente, havia transado) ou se por estar correndo pelos corredores sem que houvesse alguma emergência real.
chegou à porta da sala de . Ergueu a mão para bater e hesitou por um momento. Aquilo era sério? Eles se falavam todos os dias por mensagem, mas pareceu que depois daquela noite, ele havia começado a agir estranho com ela, o que ela não tinha conseguido definir se ela noia dela ou se era verdade. Ela tinha mania de sabotar seus próprios relacionamentos, então não conseguia saber o que era verdade. Na manhã daquele mesmo dia, eles acordaram quase que juntos, comeram algo que preparara na hora e ele foi embora, alegando que havia uma festa de família a qual precisava ir.
suspirou e bateu na porta.
- Com licença, senhor .
ficou olhando para ela como se fosse um alienígena.
- Senhor ? Você ta falando sério? – ele levantou de sua cadeira rindo e foi andando em direção a ela. Puxou-a pela mão para dentro da sala, fechou a porta e colou seus lábios forte nos dela.
perdeu todo e qualquer ar que tinha em seus pulmões.
Quando ele a soltou, disse:
- Depois de tudo o que aconteceu semana passada e de tudo o que a gente vem conversando no último mês, você entra aqui dizendo “Senhor ”?
corou e começou a balbuciar um pedido de desculpas, mas ele a beijou de novo.
- , passou-se um mês, não um dia. Para de ser boba, menina! – disse ele rindo.
- Ah, eu não sei! E se alguém aparece aqui querendo saber porque a estagiária do SAC está na sala do chefe do departamento de moda? – ela disse colocando as mãos na cintura e fingindo a cara de brava.
pareceu pensar por um instante.
- Talvez ela só tivesse vindo aqui deixar as reclamações do meu departamento.
- Ah, claro... – disse revirando os olhos.
- , você sabe que dia é hoje?
- Sei... e o que tem?
- Hoje é sexta-feira, segunda é May Day, ninguém veio hoje. Quem trabalha aqui hoje é só o SAC. Eu vim aqui para cuidar de alguns detalhes do desfile do próximo fim de semana e para... – ele disse meio encabulado.
- Não tem ninguém na empresa? - ela disse surpresa.
- Não.
Foi quando ela se tocou que ele havia deixado a frase inacabada.
- Pra que mais você veio hoje, ?
Ela então percebeu as bochechas dele ficando levemente mais rosadas do que estavam antes.
- Eu... er... – ele respirou fundo quando percebeu que começara a gaguejar – vim te ver, . Estava com saudades
Ela sentiu o coração dar uma guinada forte. Ele realmente havia acabado de dizer que estava com saudades dela? Talvez ela não quisesse admitir para ele isso, mas ela sabia que, desde o dia em que eles dormiram juntos, o cheiro dele havia impregnado em seu travesseiro e que a cama dela, de repente, parecia grande demais só para ela.
Ela estava se apaixonando por ele? Ela não saberia dizer com certeza. Fazia pouco tempo que eles haviam começado a se falar. Mas cada mensagem, cada “bom dia” e cada sorriso no corredor havia feito com que ela sentisse seu coração derreter por ele cada vez mais.
Foi quando ele começou a se aproximar dela, colocando a franja que insistia em cair em seus olhos atrás da orelha. havia lhe dado um sorriso encantador e doce.
Ai.
Ja era.
Ela realmente estava apaixonada por ele.

Oh baby, baby there's something 'bout your love and affection
I'm going crazy, the thought of you is driving me wild

Ele fez um traço gentil entre sua orelha e seu pescoço com os dedos e os depositou em sua nuca. quis acreditar que o que a fez arrepiar havia sido um sopro mais frio do ar condicionado e não a proximidade de ou seu hálito quente batendo em seus lábios subitamente secos.
Quando ele a beijou, a mesma sensação da última vez que estiveram juntos encheu seu coração.
pediu passagem para aprofundar o beijo e permitiu. E como na última vez, as línguas dançavam juntas uma coreografia cuidadosamente ensaiada, como se fossem velhas amigas. passava suas mãos em todas as curvas de , relembrando de cada pedaço daquele corpo que o havia deixado doido na última semana e que havia povoado sua mente durante os últimos dias. Passou suas mãos pelas coxas da menina e a puxou num impulso para seu colo, levando-a consigo para a poltrona que ali havia. Sentou-se com ela em seu colo, colocando uma perna de cada lado de seu quadril. Os beijos eram ritmados, assim como os movimentos constantes que fazia em cima da ereção que quase explodia nas calças de .
Ela sentiu as mãos de na barra da sua camisa e tomou fôlego para afastar seu rosto do dele.
- Você tem certeza disso? - perguntou ela receosa.
- E qual é o problema?
- Estamos no nosso ambiente de trabalho… e se alguém aparecer de repente? - disse ela olhando para a porta.
- , são 17:30 de uma véspera de feriado.. não tem ninguém aqui.
Ela respirou fundo e assentiu com a cabeça. o desejo que sentia por ele era grande demais pra se preocupar com muito mais coisas. Eles voltaram a se beijar e se afastou somente para tirar sua própria camiseta. avançou em seu pescoço dando chupões, beijos e mordidas, com certeza deixando algumas marcas ali. Era uma mania besta dela, mas deixando essas marcas, mostrava para todas aquelas modelinhos semi-nuas que sempre estavam penduradas no seu pescoço, que ele tinha dona, mesmo que não fosse nada assumido ou decidido ainda.
colocou suas mãos na barra da blusa de novamente e, dessa vez, ela deixou que ele a tirasse. Encaixou suas mãos nos seios dela e não entendia como que o encaixe dos dois poderia ser tão perfeito, era como se o corpo dela tivesse sido feito para ele. Se bem que o encaixe que ela queria era longe de ser só o de suas mãos em seus seios.
Voltou a beijá-lo e começou a desafivelar o cinto de sua calça. esticou o braço e abriu uma gaveta, retirando um pacote de camisinha de la. cogitou a hipótese de perguntar porque ele tinha preservativos em seu escritório, mas talvez depois perguntasse isso. Agora ela só queria ele dentro dela e sentir seus toques.
Ele entregou o pacote para ela enquanto se levantava ligeiramente para descer um pouco mais a calça. Ela então o vestiu e ele, levantando sua saia e afastando sua calcinha para o lado, se encaixou nela. Começaram a se mover juntos, por vezes sugando o seio de , por vezes a beijando e ela arranhando suas costas e beijando seu pescoço.
Chegaram ao ápice juntos, gemendo os nomes um do outro. A adrenalina pulsava em seu corpo e ela sentia o membro de pulsar enquanto ele ainda sentia os últimos espasmos de seu orgasmo. se levantou e ajeitou sua roupa enquanto olhava ir ao banheiro se desfazer do preservativo.
Enquanto ele não estava na sala, ela sentou-se na poltrona onde haviam acabado de fazer amor pensando em como era loucura o que haviam feito. E também na sorte que tiveram de ninguém te-os pego. Talvez estivesse certo e não tivesse ninguém mais no prédio. Ela deu de ombros e decidiu simplesmente aceitar o fato de que haviam acabado de transar no meio do escritório, em pleno horário de expediente quando o viu sair do banheiro somente com a calça e deixando aquele tórax perfeitamente exposto. Ela mordeu o lábio e não sabia como agir direito. olhou para e deu o sorriso mais delicioso que ela ja havia visto. Não conseguia decifrar muito bem o que ele queria dizer com aquela expressão, mas via um misto de satisfação, felicidade e algo a mais que ela realmente não conseguia dizer o que era, mas, se dependesse dela, passaria o resto do ano tentando descobrir.
andou até sem dizer uma única palavra, colocou os braços fortes, um embaixo das suas pernas e o outro, embaixo de seus braços, a pegou no colo e se sentou onde ela estava, com ela apoiada em suas pernas. Ela encaixava certinho em seu ombro e se sentia extremamente confortável nessa posição.
-Então… Eu estava pensando em passar o feriado em Holkham. Pretendia sair daqui hoje a noite, mas se uma certa moça que eu conheço quisesse ir comigo, talvez eu saia daqui amanhã de manhã. - disse fazendo de conta que pensava seriamente em alguma outra pessoa, fazendo rir sem graça - O que acha de passar o feriado comigo?
ficou sem palavras. Sem palavras e maravilhada.
- Isso é sério? - perguntou ela.
revirou os olhos.
- Por que você duvida de tudo o que eu te digo? - disse rindo.
Ela deu uma risada gostosa e olhou fundo em seus olhos verdes.
- Eu adoraria passar o fim de semana com você na praia. - disse ela animada.
- Ótimo! Então eu passo na sua casa para te buscar umas 06:30 da manhã, pode ser? - disse entusiasmado.
- Parece perfeito! - disse ela animada. Algo dizia a ela que aquele seria o melhor feriado da vida dela.

Flashback off

suspirou. De novo. Ela não sabia mais qual reação ter quando pensava nele. Aquela realmente havia sido uma das melhores viagens que ela já fizera. Tudo havia saído perfeito: , a praia, o tempo… mas lembrar dele agora não estava resolvendo seus problemas ou fazendo o trânsito andar mais rápido. Decidiu então ligar o rádio para ver se esses pensamentos deixavam de fazer seu corpo responder como se tivesse se injetado adrenalina.

Cos I love, love, love making love to you
But I'm stuck, stuck, stuck on the 202
Won't you help me, help me
Just wanna fuck you tonight
Beep beep, ah ooh ah
Baby, pump, pump, pump cos I'm in a jam
Give me a jump, jump, jump, make it start again
Won't you help me, help me
Just wanna fuck you tonight
Beep beep, ah ooh ah

Ela simplesmente deitou a cabeça no volante e começou a rir. Little Mix? Beep Beep? Só podia ser brincadeira. A música simplesmente definia sua situação no momento.

BEEP BEEP

levantou a cabeça e olhou para cima. Parece que o farol abriu novamente. Mas somente para ela andar 10 metros e parar novamente. Ela suspirou. Se ela conseguisse andar mais 100 metros, entraria na rua à esquerda e simplesmente estaria livre desse trânsito infernal. Deitou a cabeça no encosto do banco e olhou para o relógio. Que ótimo. Fantasiara tanto que já eram 18:50 e ela não tinha nem saído do lugar direito.

Flashback on

Boy you're so sexy, just like your Cadillac
Just come and get me cos I can't hold it back
People on the street watch us in the back seat oh
Beep beep, ah ooh ah
Há exatos 61 dias, e estavam saindo. Óbvio que ela fazia as contas. Ele fazia de tudo para vê-la sorrir e ela se apaixonava cada vez mais por ele. Se viam nos corredores do prédio todos os dias, mas não se cumprimentavam como queriam. Relacionamentos entre funcionários era extremamente proibido na empresa e nenhum dos dois gostaria de arriscar tanto seu emprego assim. Alguns dias da semana, ele passava na sala dela no fim do expediente, quando não havia mais ninguém no prédio e a levava para algum bar onde ficavam até de madrugada conversando sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Ambos eram muito bem informados e ou discutiam o último filme que havia lançado no cinema, ou sobre como as últimas atitudes do Trump afetariam as relações internacionais ou então sobre algo que havia acontecido a eles na infância. No final, esses papos terminavam do mesmo jeito: os dois se amassando dentro do Cadillac dele em frente ao prédio dela.
Era um sábado de manhã quando recebeu uma mensagem.

Gata, estou passando aí p te buscar. Quero te levar p comer em um lugar fantástico q eu descobri ontem. Chego aí umas 2 pm. Use roupas confortáveis - e fáceis de tirar ;)
Xx T

teve um ataque de riso nervoso. Ele não tinha muito filtro quando se tratava dela. Ele falava o que queria fazer com ela sem pudores e, por mais tímida que ela ficasse, ela adorava isso nele. Não sabia onde iam, mas mesmo com pouco tempo de envolvimento com , havia percebido que ele era um cara simples e que, geralmente, preferia ir comer um lanche no bar do que ir em um restaurante sofisticado. Provavelmente, não iriam em um lugar tão chique no qual ela precisasse de um vestido longo, principalmente porque era a tarde de um sábado. Colocou então um vestido tomara-que-caia azul marinho com bolinhas vermelhas que tinha uma fita vermelha embaixo dos seios e uma sapatilha vermelha. Deixou seu cabelo em suas ondas naturais e fez uma maquiagem leve. Estava preparando sua bolsa quando ouviu a tão conhecida buzina do carro de , indicando que ele já havia chegado. Estava saindo pela porta quando resolveu voltar e pegar uma calcinha extra e colocar na bolsa. Riu consigo mesmo. “Ele não havia pedido roupas fáceis de tirar?”, pensou divertida. Esse homem a deixava maluca, no bom sentido.
Desceu então e o encontrou parado na frente do carro, exatamente como da primeira vez. Ele usava uma camiseta vermelha e um jeans rasgado. suspirou. “Acho que nunca vou me acostumar a vê-lo desse jeito tão gostoso”, pensou ela.
- Bom dia, gatinha. Dormiu bem? - perguntou ele, todo atencioso, enquanto lhe dava um beijo e abria a porta do carro para ela entrar.
- Bom dia, gato. Poderia ter dormido melhor se você estivesse comigo - disse ela piscando o olho exageradamente, para fazer graça.
deu uma risada gostosa.
- Palhaça - disse fazendo cócegas nela.
ria mas chegou perto demais e o que vem sendo inevitável nos últimos dias, aconteceu novamente. O rosto dele estava perigosamente perto do dela e venceu a distância entre eles, colando seus lábios. logo deu a permissão para que o beijo se aprofundasse. então afastou-se dela e abaixou o encosto do banco para que pudessem passar para o banco de trás. Ele se sentou e sentou-se em seu colo.
- Por que eu não consigo tirar minha boca de você? - perguntou ele com luxúria transbordando da voz.
Porém, ele não deu chance de responder. passava as mãos em suas coxas levantando seu vestido conforme se beijavam. estava com as mãos na nuca dele e puxava os cabelos dele a cada novo arrepio que ele lhe causava.
desceu os beijos para seu pescoço enquanto uma de suas mãos subia para o seio de . Ela, por sua vez, desceu as mãos pelas costas dele, puxando a camiseta consigo e desceu as unhas pelas costas do rapaz. estremeceu com o toque e a segurou pela cintura, a deitando no banco. Puxou seu vestido para baixo, expondo seus seios. Sugou-os com vontade enquanto abria sua calça. colocou a mão no bolso traseiro da calça dele para pegar a carteira, na qual com certeza teria um preservativo. Dito e feito, com a cabeça um pouco nas nuvens ainda, pegou o pacote e entrou para ele. Ele parou de beijá-la somente para vestir-se e logo já estava dentro dela. Ele investia rápido, fazendo o Cadillac dele balançar. não estava aguentando mais. tirava seu membro quase por completo e, quando voltava, ia fundo, fazendo ela estremecer de dor e prazer, sentindo um nó se formar atrás do estômago. Foi quando desceu sua mão e, ao menor toque de seus dedos em seu clitoris, gozou forte cravando suas unhas nas costas de , gemendo alto. Ele, por sua vez, não parou de se mexer, fazendo com que a sensação se prolongasse por mais alguns segundos até que ele atingisse seu próprio prazer, gemendo o nome dela e depois, enterrando seu rosto em seu pescoço.
A respiração dos dois era ofegante e eles demoraram alguns minutos para conseguirem se recuperar. estava deitado no peito de , ainda dentro dela enquanto a menina fazia carinhos delicados em seu cabelo. levantou a cabeça e deu um beijo carinhoso e delicado nela. Descolou seus lábios e olhou fundo em seus olhos. E eles queriam dizer alguma coisa, tinha certeza disso, mas talvez ela estivesse imaginando coisas e querendo demais que ele sentisse por ela o que ela sentia por ele.
Ele então levantou-se, tirou o preservativo e jogou em saquinho que havia la. arrumava o vestido enquanto a olhava. Quando os dois ja estavam prontos foi que olhou para o lado de fora da janela e viu que algumas pessoas a encaravam pelo vidro do carro. Bateu um pequeno desespero nela.
- - disse ela com medo.
- Sim, querida? - respondeu ele.
Ela então simplesmente apontou para as pessoas que olhavam para dentro do carro.
- Você ta preocupada com isso? Porque, que eu saiba, nenhum deles paga suas contas e duvido que alguém aqui consiga ver nossos rostos a ponto de anunciarem que eu estava transando com alguém dentro do carro. - disse ele simplesmente.
“Ele está certo”, pensou ela. Fora que o vidro era filmado, então provavelmente o que eles haviam visto era o movimento do carro e nada além disso. Ela deu de ombros e quando passaram para o banco da frente, ela tentava dar um jeito no caos que seu cabelo havia se tornado.
se ajeitou no banco e colocou o cinto de segurança.
- Eu não sei você, mas estou morto de fome - disse ele dando partida no carro. - você me fez gastar toda a minha energia do café da manhã - disse rindo.
riu.
- Tudo bem então, ja que eu te cansei tanto, onde vamos almoçar?
- Eu vou te levar no Roebuck. A comida é fantástica, mas não é a melhor parte. Te mostro quando chegarmos.
assentiu e então, eles foram. Tentavam entrar em um acordo em relação à música que tocaria na rádio. Ele queria Alice in Chains, ela queria Nirvana. No final, pararam em uma rádio que tocava Soundgarden e ambos cantaram Black Hole Sun até chegarem no pub ao som do clássico Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles.
Ao entrarem, era realmente do jeito que esperava. Se sentaram no balcão mesmo, olhando para a enorme variedades de bebidas que estavam nas prateleiras atrás do barman. Pediram o tradicional Fish n Chips e tiveram um almoço calmo e divertido.
Quando terminaram de comer, pegou pela mão e a levou para uma mesa que tinha uma janela enorme que dava à vista para o Tâmisa. Já eram quase 5 da tarde e o sol estava começando a baixar no horizonte, deixando uma pintura linda no céu.
- Essa é uma visão de tirar o fôlego - disse suspirando.
- Assim como você - respondeu olhando para ela.
corou e olhou para . Ficaram se encarando por quase um minuto inteiro até que desviou o olhar para baixo, tímida.
- Vem comigo? - perguntou .
assentiu, ele se levantou, deixou uma nota de £100 no balcão e puxou-a pela mão. Subiram o morro a pé e chegaram ao Richmond Park. achou que não aguentaria mais subir aquele morro, mas quando chegaram ao topo, ela pode ver o pôr-do-sol com todas as cores que ele oferecia, de uma vista bem melhor do que a que o pub oferecia. Ela havia ficado tão encantada com a vista, que não havia percebido que havia saído de perto dela. Só notou que ele não estava mais ao seu lado, quando ele apareceu na sua frente com uma rosa azul nas mãos.
- , isso é lindo! Onde achou essa rosa? - perguntou ela surpresa.
- Encontrei entre aqueles arbustos. Ela é igual a você, única e linda.
corou.
- , tem algo que eu gostaria de te perguntar.
O coração de começou a martelar em seu peito. Ela assentiu.
- Você virou minha vida de cabeça para baixo, garota. E, por incrível que pareça, acho que esse mês foi o melhor da minha vida, então eu queria te perguntar se… - ele limpou a garganta - você gostaria de namorar comigo.
Os olhos de encheram de lágrimas enquanto ela pegava a rosa de sua mão.
- É claro que eu quero, . - disse ela - é tudo o que eu mais quero!
Ele então correu para ela e a pegou no colo, girando-a no ar. achou que jamais poderia sentir tanta felicidade como estava sentindo naquele momento.

Oh baby, baby there's something 'bout your love and affection
I'm going crazy, the thought of you is driving me wild

Flashback off

suspirou. O semáforo abriu e ela andou mais uns 10 metros. Se fosse um dia comum, ela teria chegado em casa as 18:30. Mas como a vida teria que atrasa-lá justamente hoje, eram 19:25 e ela não conseguia nem pegar um atalho sair da avenida.

Cos I love, love, love making love to you
But I'm stuck, stuck, stuck on the 202
Won't you help me, help me
Just wanna fuck you tonight
Beep beep, ah ooh ah
Baby, pump, pump, pump cos I'm in a jam
Give me a jump, jump, jump, make it start again
Won't you help me, help me
Just wanna fuck you tonight

BEEP BEEP!!

“AAAIII QUE BUZINA INFERNAL!!”, pensou irritada. Foi quando o celular dela começou a tocar. . Talvez agora o dia ficasse um pouco melhor.
- Oi queriiiiiida - disse ele, brincalhão.
- Oi - disse ela irritada.
- Mas meu Deus, o que aconteceu com você? - perguntou ele, notando o tom que ela havia usado e tinha certeza de que ele estava fazendo aquele bico adorável do outro lado do telefone.
- Acontece que eu estou presa no trânsito e já deveria ter chegado em casa há pelo menos 1 hora - disse bufando.
- Mas querida, não se preocupe. Logo você chega e eu tenho uma surpresa especial para você. Trouxe de New York, só para você.
O coração de se encheu de alegria. Ele era sempre tão cuidadoso com ela e sempre que ela estava mal, ele dava um jeito de fazê-la sorrir.
- Ai, tudo bem… mantenho a calma.. - respirou fundo - estou chegando.
- Tudo bem, amor.
corou. Eram raras as vezes que ele lhe chamava daquele jeito. Desligaram e ela olhou no relógio: 19:30. Com sorte, ela chegaria em casa antes das 20:00.
O semáforo abriu e conseguiu finalmente entrar na Warham Street. Não havia ninguém em sua frente, então ela enfiou o pé no acelerador, furando todos os sinais vermelhos que passava, agora que o caminho estava livre. Parecia que ela estava fugindo da polícia, furando tantos sinais. Quando avistou seu prédio no fim da rua, sentiu um alívio percorrer seu corpo de um jeito que nem acreditou.
Estacionou na garagem, pegou a bolsa e tentou arrumar seu cabelo no espelho do elevador. Chegando na porta de seu apartamento, ela ia colocar a chave para abrir, mas foi mais rápido que ela. Abrindo a porta com um sorriso lindo no rosto.
- Gata, que demora! Quase comi o jantar inteiro sem você! - disse brincando.
- Você fez a janta? - disse surpresa.
- Eu sabia que você chegaria cansada e que você não teria nada na geladeira. Quem você quer enganar? - riu enquanto pegava a bolsa e a jaqueta dela e colocava em cima do sofá.
revirou os olhos e deu risada. fechou a porta e se colocou atrás dela, apertando seus ombros tensionados.
- Eu senti tanta falta da sua massagem… - murmurou ela enquanto abaixava o pescoço para que ele massageasse seu pescoço também.
então desceu as mãos por seus ombros e agarraram em cheio a bunda de . Ele abaixou e beijou o pescoço dela, parando no pé de seu ouvido.
- Só da massagem, gata?
Um arrepio correu pela espinha dela. Mas ela não faria nada sem pelo menos um banho.
- Não - disse ela se virando e ficando de frente para ele. - estava morrendo de saudades de você inteiro. Dos seus beijos - e ela deu um selinho nele - do seu olhar - e deu um beijo em cada um de seus olhos - e disso aqui também - e então ela apertou a bunda dele.
deu aquela risada gostosa que só ele sabia dar e que sempre deixou encantada.
- E eu não vou fazer nada com você sem um banho… E sem comer - disse ela rumando para o quarto.
- Então vá logo! O molho do macarrão está quase pronto e tem uma surpresa para você em cima da cama - gritou ele da cozinha.
foi para o quarto e nem olhou para nada. Tirou a roupa e se enfiou debaixo do chuveiro. Ela precisava de um banho para relaxar, ela realmente sentia seus músculos tensos.
30 minutos depois, ela saiu do banho limpa, relaxada e com os cabelos lavados. Quando ela foi no guarda roupa pegar uma roupa para vestir, ela notou a mais famosa caixa rosa do mundo. Quando ela abriu, era um conjunto de lingerie preta com renda, um pijama fofo, com os mesmos detalhes e um conjunto de cremes e body splash da linha Love Spell, sua preferida.
Ela então colocou a lingerie e o pijama por cima e foi até o banheiro arrumar o cabelo. Quando terminou, passou os cremes que ele lhe dera, foi até a cozinha e o encontrou mexendo o molho de calça de moletom e usando seu avental florido.
Sem. Camisa.
Ela achou que fosse enlouquecer com aquela visão do paraíso. Ela se aproximou dele silenciosamente e passou a mão de leve pelas costas dele.
- Mas veja só você - disse ele - não é que realmente não ficou igual ao manequim. - e balançou a cabeça negativamente. Ela só levantou a sobrancelha em sinal de desconfiança e cruzou os braços.
- Ficou infinitamente melhor em você, meu amor - disse carinhoso a abraçando.
riu e o apertou forte. Seria mesmo possível sentir por uma pessoa o que ela sente por ele? E sentir a saudade que ela sentiu dele durante toda aquela semana?
- Eu não sei você, bebe, mas eu estou morrendo de fome e quero muito saber desse seu macarrão. - disse ela soltando ele e dando uma olhada na panela que ele mexia.
riu.
- Eu vou pegar o vinho no armário e quero esse macarrão na mesa quando eu voltar, hein? - disse ela rindo.
- Pode deixar, ma’am. - disse ele batendo continência.
Eles jantaram juntos e ele contou para ela todos os detalhes da NYFW, afinal, ela amava esses desfiles mas não pôde ter ido pois a empresa não havia liberado os dias para ela. , por sua vez, contou o quanto sua semana havia sido ruim e chata sem ele.
Do nada, no entanto, ela levantou, pegou os pratos e os jogou na pia junto com as taças e a garrafa do vinho. Olhou bem nos olhos de e começou a tirar o pijama que ele havia lhe dado, ficando somente com a lingerie preta.

Now looky here
I need ya baby
I want ya baby
Gotta have ya baby, woo!
Help me out!
I need some lovin'

Ela então começou a dançar alguma música imaginária enquanto rebolava para , que não tirava os olhos da sua bunda.
Colocou as mãos em seu próprio ombro e desceu até seus seios, se tocando e vendo ele perder cada vez mais o controle de seus próprios pensamentos e de sua respiração. Chegou perto dele e pôs suas mãos em seus seios, fazendo com que ele os massageasse. Então, se afastou novamente e soltou o sutiã, expondo seus seios para ele, que ficava cada vez mais hipnotizado por eles. Voltou a se tocar enquanto olhava fundo nos olhos dele, vendo-os transmitir a mais pura luxúria. Beliscou o bico e começou a descer uma mão pela própria barriga, ameaçando tocar em sua intimidade. Foi quando ele percebeu que havia ficado esse tempo todo parado só olhando fazer o que ele deveria estar fazendo. Foi até ela e tirou sua mão de sua barriga.
- Vai ficar só olhando, bonitinho? Posso continuar sozinha, se quiser– provocou.
- Você não se atreveria – respondeu ele. Ela deu uma risada baixa e ele avançou para a boca da menina enquanto massageava um seio. Seus beijos seguiram o caminho da sua orelha. Ele lhe mordeu o lóbulo e sussurrou em seu ouvido:
- Você vai desejar nunca ter me provocado desse tanto, garota.
- E quem disse que eu terminei? – respondeu entre gemidos que lhe escapavam pela boca, devido ao atrito que fazia com sua ereção enclausurada no moletom contra o fino pano de sua calcinha de renda preta.
avançou para o pescoço dela e simplesmente juntou toda a força – e autocontrole - que lhe restava e o empurrou para longe. Ele a olhou confuso e tentando entender o que acontecera.
Ela desceu do balcão e foi se aproximando dele, empurrando-o até que caísse sentado em uma das cadeiras que estavam lá.
- Você achou que eu tinha te provocado aquela hora? – ela riu – Você não tem ideia do que sou capaz quando quero provocar de verdade – disse , agora com uma expressão nada inocente no rosto.
sentou no colo de , com uma perna de cada lado e apoiou as mãos no encosto da cadeira, na altura da cabeça de . Aproximou os seios da boca do rapaz e ele começou a chupar o direito, passando a língua em torno do bico e fazendo gemer. Resolveu provocar mais e deu uma rebolada longa e pesada em cima de sua ereção, fazendo-o parar de lamber seu seio para dar um gemido longo. gostou do que ouviu e fez mais uma, duas, três vezes. Lenta e forte, fazendo perder totalmente a cabeça e apertar tanto a cintura dela que, com certeza, haveria marcas ali pela manhã. Beijou o pescoço dele e começou a se levantar. Beijou o peitoral, desceu pela barriga e ficou ali brincando com ele, passando a língua em volta do umbigo dele e na linha da calça do rapaz. Enquanto o provocava com a língua, começou a descer a calça dele, começando a expor o enorme volume que ali estava, coberto apenas por uma boxer branca. passou os dentes de leve e sentiu se retesar. Passou os dedos na barra da boxer dele e começou a tirá-la, sentindo ele se erguer para ajudá-la. Começou a masturba-lo com a mão, fazendo movimentos leves e lentos. Quando aproximou-se e lambeu a cabeça de seu membro, viu as coxas de se arrepiarem. Passou as unhas pela coxa do rapaz e deu uma lambida da base até a cabeça, ouvindo-o segurar um grito ao morder o lábio.
- – ele gemeu. Isso a estimulou e ela começou a acelerar os movimentos. arfava e ela chupava seu membro com força, masturbava com a mão a parte que não entrava em sua boca e ele havia enganchado seus dedos no cabelo dela, puxando-o. Quando estava quase chegando ao seu ápice, parou os movimentos e olhou para . Ele a olhou com um olhar de interrogação. se afastou, passou um dedo nos lábios e sentou-se na mesa, na frente dele. Colocou um dos pés na mesa, completamente aberta a ele e começou a se tocar, uma mão nos seios e uma em sua intimidade, afastando a calcinha para o lado.
não acreditava no que aquela menina estava fazendo e simplesmente pulou da cadeira para cima dela, segurando suas mãos acima de sua cabeça.
- Se você acha que vai ficar desse jeito mesmo, – ele riu, dando um beijo em seu seio direito – você está muito enganada.
Começou a beijá-la enquanto a deitava na mesa, ficando por cima. Passou as mãos por sua cintura e arrancou sua calcinha. Beijou sua boca, desceu para seu pescoço, arrancando dela suspiros e gemidos mais fortes enquanto massageava sua intimidade. Beijou sua barriga e quando alcançou sua vagina, ela arqueou as costas. Ele lambia e a chupava, chegando a penetrar dois dedos enquanto chupava forte seu clitóris. Ela não estava aguentando mais, revirava os olhos e embrenhava seus dedos nos cabelos de , puxando-os. Quando ela chegou ao orgasmo, subiu os beijos por sua barriga, por seus seios e ficou beijando seu pescoço lenta e carinhosamente.
Ele então passou um braço pelas pernas dela e o outro pelos braços, pegando-a no colo e levando-a para a cama. Colocou-a la e cochichou em seu ouvido:
- Você vai se arrepender de ter feito o que fez e não ter terminado o que começou, bonitinha. - disse transbordando sarcasmo e luxúria.
então, começou a descer a boca pelo pescoço dela, seios, barriga e começou a chupar seu clítoris com força, fazendo quase gritar de prazer. Ela puxava os cabelos dele, mas ele subitamente parou, penetrando um dedo nela bem devagar, provocando-a ao máximo.
-, não faz isso comigo - pediu ela, suplicante.
Ele colocava e tirava o dedo bem devagar. Então ele tirou para colocar o preservativo e quase ia começar a chorar de desespero quando ela sentiu ele a penetrando com seu membro de uma vez só, fazendo-a gritar e estocando com força.
- Quero ver você gozar no meu pau agora, lindinha - disse aumentando a velocidade de um jeito que ela não achou que fosse possível.
Eles então gozaram juntos, olhando um nos olhos do outro. Ele saiu de cima dela, indo até o banheiro se desfazer da camisinha. Deitou-se na cama se cobrindo e puxando ela para dormirem enroscados, como têm feito há 3 meses.
- ? - chamou .
- Sim, querido?
- Eu… er…. - começou ele.
- Que foi, ? Aconteceu alguma coisa? - perguntou ela, se levantando e olhando em seus olhos.
- Eu… - ele limpou a garganta - eu te amo, . Você é tudo o que eu sempre sonhei para mim.
corou e voltou a deitar a cabeça em seu peito. Eles nunca haviam dito que se amavam. Então ela sentiu ele a apertando mais forte, talvez achando que não fosse recíproco.
- - disse .
- Se você não estiver pronta, não precisa dizer nada, eu só precisav… - começou ele, falando rápido, como se para desculpar ela de não ter dito nada, mas ela o calou com um beijo.
- Eu te amo, - disse ela olhando ele nos olhos. Eles então voltaram a se beijar e dormiram agarrados o resto da noite. E naquele dia, teve a certeza de que jamais ela se sentiria feliz novamente se ) não estivesse com ela.

This is the end


FIM



Nota da autora: Sem nota.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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