Can't Take That Plane

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Finalizada em: 04/01/2022

Capítulo Único

Comprei uma passagem para uma viagem que queria há muito tempo
Encarei profundamente com olhos em lágrimas
Disse adeus, fiquei na fila
Agora mudei de ideia
Eu costumava ir em frente e nunca olhar para trás



15 de março de 2021

Meu coração batia desesperadamente dentro do meu peito, minha respiração se tornava cada vez mais pesada e meus cabelos já não aguentavam mais meus dedos os arrumando para trás e puxando os fios de forma a descontar minha angústia e o frio constante que atormentava meu estômago.
Eu definitivamente havia perdido o controle de mim.
Quem imaginaria que, após uma apresentação no Grammy, essa premiação tão prestigiada, o ponto alto da noite seria o after?
Respirei fundo, tentando pela centésima vez controlar as sensações que tomavam conta do meu corpo. Como se fosse um fantasma, o corpo nu dela cruzou minha mente, sua voz gemendo meu nome e o sorriso sacana enquanto mordia os lábios me fizeram arfar sozinho.
Eu estava ficando louco.
Olhei para o celular, faltava meia hora para o avião sair, meus amigos ansiosos ao meu lado conversavam animadamente. Apertei o aparelho com força e analisei o aeroporto.
Essa viagem estava planejada há meses, eu finalmente teria uma folga normal, com pessoas normais e frequentaria ambientes comuns. Eu queria isso a tanto tempo. Mas pelo jeito o universo não queria respeitar meus planos prévios.
Os rapazes me analisavam atentos, estranhando muito meu nervosismo. Se eles estavam estranhando é porque não imaginavam como eu mesmo me sentia confuso.
O perfume dela estava presente nas minhas narinas, nas minhas roupas, nos meus cabelos, e, por que não dizer, na minha alma?
Olhei para trás mais uma vez, procurando a silhueta dela, talvez me esperando para gritar por mim, me fazer ficar. Bufei frustrado, é claro que ela não estava lá.
Quando começamos a caminhar para a fila, meu coração parou e minha cabeça estava a mil. Eu realmente conseguiria deixá-la?

14 de março de 2021 – After party do Grammy

Harry Styles estava sentado folgadamente em um enorme sofá de couro ornamentado, a mobília provavelmente deveria custar milhares de dólares e mesmo assim ele não se sentia confortável.
A adrenalina da apresentação ainda corria deliciosamente por suas veias. Como ele amava essa sensação! Sorvia em pequenos goles a bebida alcóolica de seu copo, participando sem muita animação da conversa no grupo em que se encontrava.
Sua banda, alguns colegas e muitas garotas prontas para acompanhá-lo até o seu quarto de hotel conversavam, bebiam e dançavam, a música alta endossando o clima de glamour típico dessas festas.
Vez ou outra, algum músico do ramo, ator ou personalidades de televisão vinham cumprimentá-lo pela apresentação. Harry sentia uma alegria genuína quando isso acontecia, sua humildade sempre o fazia apreciar o quão era sortudo por estar fazendo sua música, do jeito que seu coração artista sempre quis, e ganhar tanto reconhecimento por isso.
Em determinado momento, ele decidiu caminhar pela festa, se sentindo inquieto. Se distraiu com algumas mensagens no celular e, para seu susto, um corpo pequeno trombou no seu, quase derrubando o aparelho de suas mãos.
Harry segurou o corpo a sua frente da melhor maneira que pôde, sentindo um perfume maravilhoso invadir seus sentidos. A mulher o olhou tão rapidamente, soltando um Sorry cheio de sotaque, que não houve tempo para analisar seu rosto.
Apenas viu aquele corpo cheio de curvas se encaminhar com um grupo de amigas para a pista de dança.
Captou a mudança de atmosfera no segundo seguinte, identificando os acordes de uma música latina sensual rasgar os altos falantes do local. Intrigado, Harry se recostou no balcão que havia a alguns metros de si, analisando a mulher.
Aquelas curvas só poderiam ser latinas, é claro. A música era cativante e começava lentamente. O cantor havia sido capturado por aquele corpo se movimentando no ritmo da batida, rindo livremente como se estivesse extasiada com o som.
Ela mexia os quadris como apenas algumas mulheres conseguiam fazer, poderia apostar consigo mesmo que a garota era brasileira. Já havia ido para o Brasil o suficiente para saber que o ritmo deles era diferente.
A garota cantava cada estrofe, animada, gritando com as amigas, jogando os cabelos enquanto suas mãos tocavam o próprio corpo e suas curvas rebolavam ao som do batuque.
Harry se viu sorrindo. A animação da cena era contagiante.
Sentiu seu corpo esquentar quando ela começou a rebolar, devagar e seguindo a batida, até o chão, deixando suas costas desnudas em evidência enquanto a bunda da mesma balançava sensualmente sob o vestido curto.
Harry sabia muito bem que sempre conseguia a mulher que queria, mas deveria ser sincero com ele mesmo em admitir que fazia tempo que não batia o olhar em alguém que ele desejasse de maneira tão fulminante. Caso fosse rejeitado, não ficaria nem um pouco satisfeito.
Voltou-se para o garçom que passava com uma bandeja cheia de taças de champanhe e, após agradecê-lo, bebeu o líquido em apenas um gole, sem deixar que seus olhos se desgrudassem do seu alvo.
Uma música nova e animada começou a tocar, Harry respirou fundo e começou a caminhar em direção a garota, que agora dançava de costas para o caminho que ele fazia.

’s Pov

Meu coração batia desenfreado no meu corpo, eu mal podia acreditar onde eu estava. Minhas amigas e eu dançávamos sem nenhum pudor, o álcool, a música alta e o ambiente glamuroso faziam meu corpo se perder em êxtase.
Após dançarmos uma música que havíamos pedido para o DJ, apenas para matar uma certa saudade das incomparáveis festas brasileiras, outra havia começado a tocar e continuamos na pista.
Olhei confusa para minhas amigas que, agora, estavam paradas olhando para algo atrás de mim como se tivessem visto um fantasma ou algo do tipo. Franzi minha testa e parei de dançar, achando graça da expressão das mesmas.
Ia perguntar o que havia acontecido quando uma mão forte tocou o meu braço e uma voz rouca se aproximou do meu ouvido, o rosto encostado suavemente nos meus cabelos.

- Me desculpe incomodar seu momento com suas amigas, mas eu preciso saber de onde é o seu sotaque.

Riu no meu ouvido e meu corpo se resetou, arrepiando da ponta do meu dedinho do pé até meus cabelos da nuca. Não era possível. Eu conhecia essa voz. Mas não, não podia ser.
Me virei lentamente, temendo quem eu veria e, para meu delírio, o dono da voz era realmente quem eu pensava. Harry Fucking Styles. Ofeguei.
Minha cara deveria estar bizarramente sobressaltada, pois no segundo que nossos olhos se encontraram seu sorriso se transformou em uma risada divertida.

Harry’s Pov

Ela era, sem brincadeira nenhuma, uma das mulheres mais lindas que eu já havia visto. Não consegui conter uma risada de sua expressão, me divertindo com o efeito causado, ser reconhecido era um ponto a meu favor. Pelo menos assim eu esperava.
Após alguns segundos, sua expressão se suavizou e ela riu comigo, provavelmente entendendo que sua feição deixava transparecer toda a sua surpresa. Analisei rapidamente o seu corpo, seus seios se movimentavam rapidamente sobre o discreto decote, me mostrando que ela respirava rápido.
Apesar de conseguir perceber seu nervosismo, ela se aproximou de mim sem grande cerimônia e chegou perto do meu ouvido.

- Como você sabe que eu tenho sotaque?
- Bom, na pressa para dançar acho que não percebeu, mas a alguns minutos atrás quase me derrubou. A gente se trombou ali atrás.

Maneei minha cabeça mostrando o local a alguns metros de nós, sorrindo divertido por conversar com alguém tão simpático. Ela riu deliciosamente, sua boca e seus dentes formando uma sincronia perfeita. Que sorriso mais lindo.

- Meu Deus. Eu trombei em Harry Styles e não sabia. Me desculpe! – riu mais um pouco, me arrancando uma gargalhada por sua expressão culpada – Mas me surpreende como você conseguiu identificar um sotaque tão rápido – ela fez uma carinha linda de aprovação – Sou brasileira.

Ah. Eu sabia. Brasileiras, meu coração é de vocês, não tem jeito...
Concordei com a cabeça, sorrindo de uma maneira que deve ter sido presunçosa, pois ela me analisou franzindo o cenho, como se quisesse entender minha expressão.

- É que eu apostei comigo mesmo que o sotaque era brasileiro. Eu amo o sotaque de vocês.

Bom, o flerte já estava posto. Preguei meu olhar ao dela, sorrindo enquanto analisava sua boca. Ela entendeu, já que seu próximo ato foi se aproximar mais de mim, falando mais perto do meu ouvido.

- Toda aposta ganha merece um prêmio, até se ela for contra nós mesmos – riu perto de mim, meu corpo respondendo imediatamente e como reflexo uma mão minha se encaminhou para sua cintura, como uma maneira de aprovar sua proximidade – E então Harry, o que você vai ganhar?

Ainda com minha mão em seu corpo, ela se afastou apenas o suficiente para encontrar meus olhos, fitando-me. Seu meio sorriso era sedutor demais, ela era sexy, divertida e sem vergonha nenhuma.
Para mim, aquela interação já valeu minha noite.

- Que tal uma bebida? Assim eu consigo ouvir melhor esse seu sotaque lindo.

Sorrimos um para o outro e ela apenas assentiu com a cabeça, se virando para as amigas que ainda me encaravam chocadas. Sorri para as mesmas e me apresentei, as duas me cumprimentaram simpáticas, mas eu podia sentir o nervosismo delas.
Voltando para o lado daquela mulher maravilhosa, dei espaço para que ela passasse primeiro, utilizando minha mão para mostrar o caminho e esperando que ela se despedisse das amigas.
Não vou mentir que ficar atrás dela me deu a oportunidade perfeita para analisar aquele corpo delicioso se movimentar enquanto andava, o vestido preto cobrindo perfeitamente o mínimo necessário e aquelas costas atraentes me deixando com água na boca.
Quando alcançamos o bar, ela se sentou e chamou o garçom, pedindo duas doses de tequila. Me olhou com uma sobrancelha arqueada, como se me desafiasse a negar. Apenas sorri e o rapaz encheu duas doses da bebida.
Essa atitude das brasileiras me deixava louco.
A garota virou a dose dela sem pestanejar, bebendo o líquido completamente em segundos, apertando os olhos e soltando um gritinho. Já eu, apesar de até ser bom de bebida, só cheguei à metade do copo e o soltei na bancada, contorcendo meu rosto.
Ela soltou uma risada divertida e alta ao ver minha reação e pegou meu copo, após brindar o ar em minha direção, virou o resto do líquido.
Acho que estou apaixonado.

- Bom, eu já sei que você tem um sotaque lindo, é brasileira e gosta de constranger homens com suas fraquezas. Mas ainda não sei seu nome.

Ela riu das minhas constatações, cruzando as pernas e me dando uma bela visão de suas coxas volumosas. Sorri malicioso.

- .

Disse simplesmente. Se minha intuição estivesse certa, essa mulher poderia ser o motivo por trás da minha próxima música.
Eu não consigo lembrar de ter me sentindo tão a vontade com alguém de maneira tão rápida. e eu conversamos por horas, tomamos bebidas alcóolicas e não alcóolicas e, quando eu percebi, já estávamos há muito tempo ali, como se só existíssemos nós dois no mundo.
Falamos sobre música, o que ela fazia em sua vida, como havia chegado aqui e saído do Brasil, até sobre a separação da banda e meu momento artístico conversamos, como se fôssemos íntimos a anos.
A cada risada dela, sorriso, olhar furtivo e leves mordidas no lábio, minha vontade de levá-la até o meu quarto aumentava.

- , estamos indo tá? Vamos para outra festa.

As amigas dela haviam se aproximado e Bianca as olhou fazendo um leve bico de desânimo nos lábios. Sorri com isso.

- Podem deixar, eu cuido dela.

Pisquei para as meninas e me encarou, a malícia presente naqueles olhos expressivos e brilhantes. Elas se despediram e eu já havia visto o suficiente dessa mulher em público, agora queria ela só para mim.
Levantei e me aproximei, colocando minha mão na parte de trás de seu corpo, sentindo a pele desnuda de suas costas, macia e quente sob meus dedos.

- Eu não quero me leve a mal , mas... pensei que poderíamos continuar conversando no meu quarto. É aqui mesmo, só sairmos do salão.

Ela sorriu abertamente para mim, tomando um último gole de sua bebida e levantando, encostando seu corpo no meu.

- Vamos.

falou baixo, sensual, sem cortar o contato visual. Meu estômago se afundou em uma deliciosa sensação de excitação, apenas por me imaginar sozinho com ela.
Ainda com a mão em suas costas, a encaminhei para a saída lateral do gigantesco salão, cumprimentando algumas pessoas e parando vez ou outra para trocar algumas palavras.
tinha uma presença forte, encantadora e simpática, sendo percebida todas as vezes e cumprimentada por todos. Eu normalmente não era público com encontros casuais, mas havia uma sensação de orgulho incrível em ter aquela mulher nos meus braços.
Parecíamos nos encaixar perfeitamente, como se fôssemos um casal a tempos.
Quando chegamos ao elevador, senti toda a tensão sexual nos sugar e como ímãs, grudamos o nosso corpo um no outro ao mesmo tempo, iniciando um beijo forte, intenso e ávido.
É normal sentir fome por alguém?

’s Pov

Se alguém me dissesse que eu estaria beijando Harry Styles em um elevador, indo para o quarto dele depois de nos divertimos como nunca na after party do Grammy, eu diria para a pessoa que ela estava louca.
Contudo, ali estava eu, sendo pressionada por esse homem delicioso no metal gélido do cubículo que subia rapidamente, fazendo minha cabeça girar de tesão e da leve embriaguez na qual eu me encontrava.
Os lábios de Harry eram tudo o que a sua imagem prometia, eu nunca havia beijado lábios tão macios. Ele era apetitoso, a verdade é essa.
Eu o beijava com todo o tesão que sentia em mim, chupando aqueles lábios e prendendo-os entre meus dentes, puxando-os lentamente enquanto eu o encarava, quando a porta do elevador abriu.
Grudando seu corpo mais em mim, ele me segurou fortemente pela cintura, fazendo minhas pernas se arrepiarem inteiramente, enquanto me carregava pelo corredor, sem soltar sua boca da minha.
Meu corpo foi pressionado novamente em algo gélido, que eu supus ser a porta, e Harry arrancou do bolso de sua calça um cartão magnético que abriu o ambiente.
Me soltando lentamente, sorriu lascivo para mim. Os olhos verdes brilhando, a respiração já acelerada e seus lábios úmidos e vermelhos pela minha mordida fizeram com que minha parte íntima se fizesse presente entre minhas pernas.
Suspirei de tesão. Ele, cavalheiro como sempre, me deu passagem.
Fui caminhando lentamente pelo local. Era praticamente um loft luxuoso. A cama já se apresentava, imponente, no meio do quarto, as gigantescas janelas de vidro davam uma visão panorâmica da cidade toda, uma visão de tirar o fôlego.
Varri o olhar rapidamente por tudo, havia um bar, uma piscina aquecida, um piano e várias outras coisas que não tive tempo de admirar, já que Harry me apanhou pela cintura, por trás, e grudou seu corpo no meu, levando seus lábios para o meu pescoço, fungando e me deixando mole em suas mãos.
Rindo, me virei para ele, querendo analisa-lo melhor.
Styles havia protagonizado inúmeras fantasias minhas, e de outras milhões de garotas, é claro. Ele vestia um conjunto de couro preto, a calça não era justa, mas delineava o corpo dele perfeitamente.
Na parte superior, para o delírio feminino mundial, ele se apresentou com apenas um blazer também de couro, sem usar nada por baixo, me deixando ver perfeitamente cada uma daquelas tatuagens que eu já conhecia tão bem de tanto assistir seus clipes e shows.
Seu cabelo volumoso foi penteado para trás, me dando a visão perfeita de seu rosto, que sorria me analisando.
Levei meus dedos para a corrente que estava em seu pescoço, suspirando ao me lembrar quantas vezes imaginei como seria segura-la, ou senti-la balançando em cima de mim enquanto Harry me invadia.
Passei meus dedos pelas asas da borboleta que tatuava o abdômen dele, sentindo que Styles se contraía e se arrepiava diante do meu toque, mas me deixando ter meu momento.
Subi minhas mãos e toquei nos pássaros tatuados um de cada lado da parte superior do seu peito, me sentindo a mulher mais sortuda desse mundo. Dedilhando sua pele, alcancei o pescoço dele, passando as unhas de leve ali e o vendo fechar os olhos rapidamente.
Harry Styles me desejava. Muito. Estava à mercê do meu toque.
Sorri. Havia algo que precisávamos conversar. Algo de extrema importância. Contudo, eu queria me divertir um pouco mais antes de chegarmos a isso.
Aproximei meu rosto de sua garganta e o beijei ali, umedecendo meus lábios, sentindo-o engolir o seco, enquanto minha língua percorria a extensão de sua garganta até chegar em seu queixo, onde mordisquei levemente, antes de capturar novamente seus lábios.
Harry suspirou em minha boca, suas mãos gigantescas em minhas costas, me puxando para si com intensidade.
Senti seus dedos alcançarem minha bunda, apertando ali, grudando meu quadril em sua direção e me fazendo sentir o volume que formava em suas calças.
Sorri entre o beijo, levando meus dedos ao pescoço de Styles, puxando os cabelos de sua nuca e o arranhando. Harry começou a caminhar comigo assim e, aos tropeços, me deitou delicadamente na cama, colocando seu corpo em cima do meu.
Sua língua invadia minha boca com força, suas mãos começaram a explorar minhas coxas, subindo seus dedos ágeis para a barra do vestido e o erguendo devagar.
Perdida na sensação deliciosa que Harry me fazia sentir, foi apenas quando seus dedos alcançaram o elástico de minha calcinha de renda e iniciaram o movimento de tirá-la que minha mente gritou.
Resetei meu corpo e levei minha mão para a sua, travando delicadamente o movimento e descolando nossos lábios, sendo enfeitiçada pelo rosto de Harry perto do meu, com aqueles olhos verdes me olhando confuso, a boca entreaberta e a respiração pesada batendo em minha boca.

- ... eu fiz alguma coisa errada?

Senhor, aquela voz rouca. Sorri para ele, negando com a cabeça e segurando seu rosto, depositando um selinho em seus lábios.

- Eu preciso te contar uma coisa antes da gente continuar.

Ainda confuso, com a testa franzida e a muito contragosto, Styles descolou nossos corpos e se afastou um pouco, me dando espaço para me sentar na cama, mas mantendo a proximidade.
Respirei fundo e o fitei. Nunca, na minha vida, eu me imaginei nesse momento, mas não seria justo comigo mesma não compartilhar uma informação tão importante com ele.

- Harry... – comecei, me sentindo subitamente nervosa demais, meu coração acelerando aos poucos – Vou ser direta tá? – o encarei, que apenas balançou a cabeça positivamente, estampando agora uma expressão preocupada – Eu nunca fiz sexo. Essa seria minha primeira vez.

O choque no olhar daquele homem lindo foi impagável. Eu me amaldiçoei por um momento, imaginando que, se ele não quisesse continuar, eu carregaria para sempre a história da vez em que eu quase transei com Harry Styles.
O quase me matando por dentro.
Esperei um momento. Ele respirou fundo, desnorteado, tirando a mão lentamente da minha coxa, segurando meu rosto com as duas mãos e me encarando profundamente.

- , se você me disser que é menor de idade, eu vou morrer aqui mesmo.

Seu olhar desesperado me fez gargalhar. Coloquei minhas mãos em cima das dele, alcançando levemente seus lábios para um beijo rápido.

- Eu tenho vinte e três anos Harry, não se preocupe.

Ele respirou aliviado, rindo comigo e tirando as mãos do meu rosto, colocando em seu peito como se tivesse acabado de sentir um mini infarto. O clima ficou leve, a tensão sexual diminuindo lentamente.
Styles me fitou, intrigado.

- Se, tudo bem por você, pode me dizer por que nunca transou com ninguém?
- Não é por nenhum motivo especialmente emocionante. Só acho que sexo é uma troca muito intensa para ser realizada de qualquer jeito. Não me leve a mal, eu acho que todo mundo tem que transar quando e com quem quiser – disse maliciosa e ele riu mais uma vez – Mas eu amo primeiras vezes! Em tudo na minha vida. Achei que valia a pena esperar, por ser uma primeira vez tão importante. Quero lembrar como algo especial.
- Você sabe que dói né? – Harry disse descontraído, mas com uma feição cautelosa, e eu gargalhei concordando.
- Não digo que eu achei que seria maravilhoso já na primeira. Só que eu queria que fosse algo diferente, decidido, sendo o ato em si bom ou não.

Ele respirou fundo, passando as mãos pelos cabelos e sentando completamente ereto na cama. Olhei suas costas largas e fiquei muito desanimada ao imaginar que ele poderia dizer não, eu queria tanto arranhar aquelas costas inteirinha.

- Mas, você gostaria que algo acontecesse hoje? – disse sim com a cabeça tão rapidamente que Styles riu, balançando a cabeça negativamente – Isso não seria ruim? Quer dizer, a gente provavelmente nunca mais vai se ver, você me conheceu hoje... Tem certeza que esperou tanto para ter uma noite assim?

Olhei profundamente para aqueles olhos verdes. Harry era tão gentil. E tão, mas tão, mas tão gostoso.
Apenas a prévia do que seria de fato transar com ele já havia deixado minha calcinha úmida e meu corpo aceso. Com toda a certeza do mundo eu queria uma noite daquelas!
Não respondi nada, apenas sorri, me levantando da cama.
Harry me seguiu com o olhar, me fitando cheio de desejo. Dei a volta no colchão e parei na frente dele.
Levei meus dedos para a barra do meu vestido, iniciando o movimento inverso do meu corpo, começando a me despir.

Harry’s Pov

Quem era aquela mulher?
começou a se despir lentamente na minha frente, puxando seu vestido para cima tão devagar que eu conseguia perder um pouco mais da minha respiração cada vez que um pedaço de sua pele era mostrado a mim.
A calcinha de renda preta, a barriga, os quadris, os seios sem sutiã. Arfei, apertando meus dedos no pano que cobria a cama. Meu coração acelerou loucamente, minha calça voltando a se apertar.
Quando passou o tecido pelos seus cabelos, jogou o vestido ao lado de seu corpo, ficando alguns segundos sendo admirada por mim. Embasbacado por aquele corpo, ela sorriu quando alcancei seus olhos, orgulhosa de si.
A confiança que ela exalava era inebriante.
Começou a caminhar na minha direção e meu corpo todo se sentia preso nas minhas roupas.
Ao chegar até mim, aproximou nossos rostos, mas não me beijou, colocando seus dedos para tirar lentamente meu blazer, deixando minha parte superior desnuda.
Sorriu, colocando suas pernas deliciosas em torno do meu corpo, apoiando os joelhos na cama e sentando no meu colo, pressionando-se contra meu membro já sofrido dentro do couro. Soltei um gemido fraco.
segurou meu rosto com as duas mãos, meu peito contraído de tesão enquanto os bicos de seus seios se enrijeciam sob o contato com a minha pele.

- Harry... Eu quero você.

Seus lábios estavam pressionados nos meus, que vibraram com sua voz rouca e meu corpo todo tremeu embaixo dela.
É, meus amigos, essa mulher com certeza iria ser o tema de algumas músicas.
Sem conseguir me controlar, agarrei sua nuca e seus cabelos e a beijei com toda a vontade que existia em mim.
Não era a primeira vez que eu iria transar com uma garota que nunca havia feito sexo, mas com certeza era a primeira vez que eu iria transar com uma mulher daquelas que estava confiando em mim a missão de lhe iniciar no sexo.
E eu iria aceitar essa missão de muito bom grado.
começou a movimentar seus quadris, buscando mais fricção e fazendo meu membro latejar de dor dentro da calça.
Enquanto ela puxava meus cabelos com força, comecei a beijar aquele pescoço delicioso, lambendo e chupando a pele delicada e cheirosa.
Encostei meu queixo em seus seios, sorrindo para mim mesmo, completamente perdido na luxúria que eu sentia por ela. Beijei seu colo com intensidade, mas não com força, me preocupando com os hematomas que poderiam aparecer.
Quando ela se inclinou para trás, me dando livre acesso ao seu corpo, deixei apenas uma mão em suas costas, levando a outra para o seu seio esquerdo, sentindo em meus dedos o bico dele já enrijecido e arrepiado.
Levei meus lábios ao seu outro seio, chupando-o delicadamente, ouvindo soltar um longo gemido seguido por um suspiro que me fez delirar. A chupei com vontade por um momento, completamente atento aos seus sons e sua linguagem corporal.
Fui para o outro seio, o chupando também, ouvindo-a dizer meu nome e pressionar meu rosto contra sua pele arrepiada. Quando parei, ela buscou meu olhar, sorrindo sacana e me beijando com ferocidade, rebolando em cima do meu corpo.
começou a arranhar fortemente toda a extensão do meu abdômen, não medindo força nenhuma e nem um pouco preocupada em não me deixar com marcas. Excitado pra caramba, só imaginava ela embaixo de mim.
Como se ouvisse meus pensamentos, puxou meus cabelos para trás e descolou nossa boca, saindo de meu colo e parando na minha frente. Envolvi sua bunda com minhas mãos e a puxei para perto, tirando lentamente sua calcinha, observando seu rosto o tempo todo.
Ela me encarava, os olhos faiscando de desejo. Quando a última peça já havia saído de seu corpo, fitei sua intimidade, instantaneamente enchendo minha boca de saliva. Aquela mulher era deliciosa.
me deixou apreciar a visão por um tempo, mas se movimentou, se inclinando para alcançar minha boca.

- Você está muito vestido ainda, Styles.

Sorriu ávida. Por ainda estar de salto, parecia a própria definição do que era tesão.
Se abaixou mais para abrir o botão de minha calça, puxando o zíper para baixo. Desesperado para tê-la embaixo de mim, levantei e sozinho abaixei minha calça junto com minha roupa íntima, ficando completamente nu.
Arranquei com força os sapatos pesados que usava e a agarrei, fazendo-a grudar suas pernas em meu quadril e levantar seu peso, subindo no meu colo e rindo do meu desespero.
Eu passava os dentes pela pele do seu pescoço, querendo devorá-la. Virei-a de costas para a cama e coloquei seu corpo delicadamente no colchão, enquanto ela gemia e pressionava seus seios em mim.
Soltei e me posicionei fora da cama, tirando o salto de seus pés. Ela me olhava, sorrindo docemente. Mesmo em todo aquele momento de luxúria, ela conseguia ser encantadoramente dócil, deixando certa timidez chegar aos seus olhos.
Senti meu coração se apertar. Como se eu sentisse subitamente que não iria querer ficar sem aquele olhar nunca mais.
Afastei esses pensamentos, não seja tão emocionado Styles.
Puxei o pé direito de e comecei a beijá-lo, ela soltou o ar fortemente e suspirou, me encarando. Fui fazendo uma trilha de beijos úmidos até alcançar sua coxa e ouvi-a arfar quando me posicionei no meio de suas pernas.
Eu podia sentir o calor que vinha dela, meu membro latejando novamente quando gemeu meu nome mais uma vez, abrindo-se toda para mim.
Admirei aquela mulher deitada na cama, a intimidade pulsando de desejo, apenas esperando meu toque. Por que eu tinha a sensação de que estava dando um passo para algo que eu não poderia voltar atrás?
Respirei fundo, tentando controlar meu corpo todo, eu precisava dar prazer a ela primeiro.

’s Pov

Minha cabeça girava, minha respiração estava acelerada e escassa e minhas mãos suavam, meu corpo em um completo estado de êxtase.
Harry estava no meio das minhas pernas, sorrindo de lado para mim, vidrado em meus olhos, mordendo os lábios de tesão.
Gemi, apenas com a visão dele ali, pronto para me dar prazer, seus anéis cintilando em seus dedos, seus ombros fortes se destacando entre minhas coxas.
Styles desviou seu olhar do meu por um segundo, levando dois dedos até minha intimidade, passando-os de baixo para cima, levemente, pressionando-os contra a pele sensível. Gemi alto.

- Ah ... você já está tão molhada.

Meu Deus aquela voz! Arrastada, rouca de tesão.
O fitei e quase perdi a razão quando Harry colocou os dois dedos em sua boca, chupando-os, sentindo meu gosto e sorrindo em seguida. Um sorriso feroz, primitivo, quase como se um instinto animal estivesse tomando conta dele.
Meu peito subia e descia descontrolado, minha respiração perdida entre suspiros. Joguei minha cabeça para trás com força, fechando meus olhos intensamente e mordendo meus lábios quando Harry mergulhou e sem aviso prévio lambeu toda a extensão da minha vulva.
Ele posicionou seus braços por baixo das minhas pernas, envolvendo minha bunda e levantando levemente meu corpo do colchão, me puxando de encontro a sua boca.
Eu estava perdida entre olhar para cima buscando algum tipo de alívio para o prazer intenso e olhar para ele, admirando aquela cena. Eu conseguia ver apenas seus olhos, brilhantes, escurecidos de tesão, que alternavam entre analisar meu rosto e olhar para minha intimidade, como se a visão dela o excitasse ainda mais.
Harry me invadia com sua língua, lentamente, e depois forte e rápido. Após grudar os olhos em mim mais uma vez, senti seus lábios sugarem delicadamente meu clitóris, minha garganta soltando um grito sôfrego, meu corpo todo se contraindo.
Pude ver pelos seus olhos que ele sorria, satisfeito. Universo, obrigada pela criação desse homem.
Enquanto chupava e sugava a carne, Harry alcançava meus seios, levando seus dedos a me apertar e acariciar meus mamilos, o metal de seus anéis causando uma sensação ainda mais extasiante para minha pele.
Quando eu achei que aquilo não poderia melhorar, Styles tirou uma das mãos de baixo da minha perna e, mostrando mais o seu rosto, penetrou dois dedos dentro da minha intimidade, arrancando mais um grito sôfrego do fundo da minha garganta.
Desisti de encará-lo e joguei meu corpo de encontro ao colchão, grudando meus dedos no lençol da cama e gastando toda a minha tensão ali, me contorcendo nos lábios dele e gemendo livremente.
Harry colocava e tirava os dedos de mim devagar, mas com força, minha intimidade pulsando enquanto sua língua continuava fazendo movimentos e pressão no meu clitóris. Quando minha cabeça começava a girar de tesão, ele tirou seus lábios de mim, mas continuou me penetrando com os dedos, agora mais rapidamente.
Subiu seu tronco até encontrar meu rosto e eu sorri para ele, sentindo uma sensação de plenitude, prontíssima para senti-lo completamente dentro de mim. Levei minhas mãos até seu rosto, tirando o excesso de umidade dali e sentindo-o grudar os lábios nos meus com força, minha língua sentindo o meu próprio gosto naquela boca deliciosa.
Nos beijamos com vontade, meu corpo fazendo movimentos involuntários, meus quadris rebolando sobre os dedos dele. Eu precisava tê-lo. Enfiei meus dedos nos cabelos de Harry, puxando-os com força para trás, descolando nossos lábios.

- Harry, por favor, eu preciso de você agora.

Eu não conseguia reconhecer minha voz, rouca, sedenta, confusa. Ele me deu o sorriso mais lindo do mundo e voltou a me beijar, gemendo sobre meus lábios.

Harry’s Pov

Ouvir pedir por mim daquele jeito fez minha intimidade pulsar de tesão e dor, completamente ereta. Eu ainda não acreditava que seria o primeiro homem na vida daquela deusa, meu ego se sentindo muitíssimo bem nesse momento.
Beijando-a com vontade, minha mão direita tateava cegamente pela gaveta ao lado da cama, não é como se eu não esperasse que fosse transar hoje, já estava preparado. Consegui abri-la e pegar um pacote de camisinha, com muita dificuldade pois não largava meus lábios e muito menos parava de me arranhar e puxar meus cabelos.
Desgrudei nossos lábios para rasgar com cuidado a embalagem, enquanto sugava, chupava e lambia meu pescoço, subindo para minha orelha e sua respiração escassa e excitada quase não me deixou terminar aquela ação simples.
Com a camisinha em mãos, muito a contragosto, puxei os cabelos da nuca dela para baixo, sinalizando que precisaríamos parar um pouco. Soltando um suspiro frustrado, me soltou, se jogando no colchão sem parar me encarar.
Eu estava de joelhos no meio das pernas dela, analisando aquele corpo delicioso na minha frente, me divertindo com a expressão de sofrimento e pressa dela. Sob seu olhar atento, coloquei a camisinha, respirando fundo e me posicionando novamente em cima do seu corpo, nossos olhares vidrados um no outro.
Era agora.

- ... – comecei analisando profundamente seus olhos – você tem certeza que quer isso?

Os lábios dela se repuxaram no sorriso mais lindo que eu já vi, uma mistura de tesão com expectativa, e até um certo receio, mas sua cabeça balançou afirmativamente, enquanto ela colocava suas duas mãos no meu rosto, me puxando para um beijo calmo e intenso.
Explorei profundamente sua boca, minha língua buscando cada canto dela, meus sentidos querendo gravar o máximo de informação possível. Com muita delicadeza, sem quebrar o beijo, me afastei um pouco de seu corpo para poder segurar meu pênis, encaminhando-o lentamente até a entrada da intimidade dela.
Descolei nossos lábios para gemer quando apenas a glande chegou dentro dela, úmida, quente, completamente apertada. Soltei todo o ar do meu pulmão, buscando todo o autocontrole adquirido pelos anos de experiência, decidido a não a deixar na mão em nenhum momento.
Encarei , preocupado com seu corpo. Ela respirava com a boca aberta, os olhos fechados com força, mas um gemido longo e fraco me fez entender que ela queria que eu continuasse.
Fui invadindo-a lentamente, parando alguns segundos antes de continuar o movimento, esperando que sua estrutura se acostumasse comigo dentro dela.
Para que ela pudesse não focar apenas na dor ou incômodo que eu sabia que ela estava sentindo, comecei a beijar seu pescoço, chupando a pele, passando meus dentes.
Segurava sua nuca com uma das mãos, acariciando os cabelos ali, enquanto a outra brincava com seu mamilo ou descia para sua cintura, apertando aquele quadril maravilhoso, descontando um pouco a frustração de não pode deixar meus movimentos livres dentro dela.
começou a suspirar, gemer e, para minha surpresa, abriu mais ainda suas pernas, dando um maior acesso a sua intimidade e, sem aviso prévio, levou suas unhas firmemente até minha bunda, empurrando com força seu quadril contra ela mesma, fazendo com que meu membro a invadisse completamente.
Arfei, de surpresa, de tesão e de medo por poder ter machucado ela. Meu membro pulsava com intensidade, sentindo finalmente o fim daquela intimidade deliciosa, mas travei sem me mover mais, meu coração disparado.
Busquei o olhar dela, encontrando-a com os olhos fortemente fechados e a respiração descompassada.

- Ai – ela murmurou, soltando o ar fortemente.

Meu coração travou, é claro que eu a tinha machucado, por que ela tinha feito isso? Tirei minha mão do seu quadril e posicionei na sua bochecha, buscando seu olhar e querendo que ela me desse uma explicação.
abriu os olhos e, após alguns segundos olhando para o teto, encontrou meu olhar, sorrindo largamente para mim e começando a rir calmamente, quase sem fôlego.
Atônito, apenas a encarava, sentindo meu membro sofrer dentro dela, querendo continuar a se mover.

- – suspirei – o que você fez?
- Pulei logo pra parte boa – disse divertida, tentando normalizar sua respiração – agora sim a gente pode aproveitar.

Não consegui evitar um riso de descrença, aquela menina era surpreendente demais. Sorrindo, puxou meus lábios novamente e começou a se movimentar embaixo de mim, pedindo que continuássemos.
Sem conseguir me controlar ao sentir sua fricção interna em volta do meu pênis, comecei a me movimentar dentro dela novamente, e agora livremente, mas ainda mantendo os movimentos lentos e o mais fraco que eu conseguia ir, sabia que ela sentia dor.
Mas tinha outros planos. Me beijando com avidez e força, começou a arranhar minhas costas e meus ombros, gemendo na minha boca e movimentando seus quadris buscando mais contato, mais velocidade.
Bom, se era isso que queria, quem era eu para negar?
Comecei a estocá-la com intensidade, forçando meu corpo contra o dela, apertando-a inteira, meus dedos ainda em sua nuca, dando suporte para sua cabeça, enquanto minha outra mão se enfiou por baixo de seu corpo, apertando com força aquela bunda deliciosa entre meus dedos, sentindo meu membro alcançar o limite da intimidade de várias vezes.
No nosso movimente de vai e vem, ela gemia alto, abrindo-se o máximo que conseguia, me dando total acesso a sua vulva, me deixando louco de tesão e sentindo meu corpo todo querendo acabar com aquilo logo.
Mas, me surpreendo mais uma vez, descolou nossos lábios e me encarando de maneira quase selvagem, gemeu para mim.

- Eu quero ir por cima.

Cara. Eu acho que vou casar com essa mulher, não é possível.
Eu ainda conseguia sentir sua intimidade apertada demais, as camadas do seu interior precisavam de mais tempo, contudo, o corpo não era meu e eu não perderia a oportunidade de ver aquela mulher rebolando em cima de mim.
Suspirei fundo e saí de dentro dela, com muita força de vontade, me deitando no colchão e sentindo o peso delicioso de seu corpo subir em minhas pernas.

’s Pov

Sim, era minha primeira vez transando. E sim, sentia minha vulva arder, machucada e dolorida, contudo, o prazer que me arrebatava era ainda maior e eu queria fazer tudo que pudesse ser feito, afinal, essa era uma chance única na vida.
Eu até podia ser virgem, mas tinha minha cota de experiências e sabia o que eu estava fazendo, apesar de não ter feito tudo de fato. Quando a gente passa anos lendo romances eróticos meus amores, aprendemos uma coisa e outra, mesmo só colocando metade em prática.
Styles segurou seu membro, me encarando como se eu fosse a coisa mais deliciosa que ele já tinha visto. Senhor. Que ótimo dia para estar viva.
Sorrindo para ele, sentei delicadamente sob seu membro, uma mão de Harry segurando fortemente meu quadril, me dando suporte. Não sabia se eu sentia mais tesão nele me invadindo completamente ou na maneira como ele jogou a cabeça para trás, devagar, soltando o ar aos poucos, gemendo meu nome.
Esperei um tempo para meu corpo se acostumar com ele dentro de mim, minha intimidade ardendo enquanto eu respirava fundo. Comecei a me movimentar lentamente e entendi o porque tantas mulheres gostavam dessa posição, era extasiante.
Harry agora segurava meu quadril com as duas mãos, os olhos vidrados em mim, alternando entre olhar meu rosto, meus seios e minha intimidade em cima dele. Movi meus quadris lentamente, rebolando, sentindo-o me preencher.
Meu coração acelerava toda vez que nossos olhos se encontravam, Harry agora estava tão sério, embasbacado, completamente entregue a mim.
Voltei meu corpo até seu tronco, beijando-o. Styles então segurou minha bunda, apertando fortemente a carne e travando meus movimentos, começou a me invadir novamente, utilizando apenas seu quadril e sua força, enquanto eu apenas gemia em sua boca e rebolava de maneira a permitir que sua entrada fosse mais intensa.
Tudo era tão profundo, seus lábios grudados aos meus, sua língua invadindo cada canto da minha boca, seus dedos apertando minha bunda, seus anéis pressionando minha pele, seus olhos verdes invadindo minha alma.
Dentro de mim, tudo era prazer. A sensação de preenchimento, a força, o calor e a umidade que eu sentia eram dolorosamente inebriantes. Por mais louco que parecesse, a cada estocada dele eu sentia que a anterior àquele ato estava indo embora, um marco estava acontecendo no meu corpo e na minha mente, modificando-me.
Enquanto eu rebolava em cima dele e Styles me invadia com mais força e velocidade, gemendo meu nome no meu ouvido e mordendo meu pescoço, meu corpo já sentia sinais de cansaço e minha intimidade começava a doer de fato.

- ... eu não aguento mais – Harry gemeu rouco no meu ouvido, apertando ainda mais seu corpo contra o meu.
- Goza pra mim Harry – murmurei em seu ouvido, louca de tesão, chupando sua orelha e arranhando com força seus ombros.

Styles soltou um gemido alto, sôfrego, e no segundo seguinte senti seu corpo relaxar inteiramente, a tensão muscular dando espaço a um corpo cansado e pesado. Continuou se movendo em mim mais algum tempo, mas devagar e com movimentos lentos.
Quando satisfeito, jogou seu corpo no colchão, respirando pesadamente e abrindo a boca para procurar ar. Apoiei minhas mãos em seu abdômen, com ele ainda dentro de mim e sentada naquele corpo lindo, analisando o rosto daquele homem que havia marcado minha vida para sempre.
A boca entreaberta, os lábios vermelhos e inchados, a testa franzida e suada, os cabelos completamente despenteados, os olhos fechados e a expressão de alívio me fizeram pensar que eu nunca veria alguém mais lindo do que ele.
De repente, meu coração se apertou dentro do meu peito, uma intensa vulnerabilidade tomando conta de mim. Eu realmente havia tido a minha primeira vez com a melhor pessoa que eu poderia querer, mas era isso. Acabava aqui.
Antes que eu pudesse dar atenção para esse sentimento intenso, Harry abriu os olhos e me encarou, dando o sorriso mais doce que eu já vi e, alisando minhas coxas com carinho, apontou com a cabeça para o lado.

- Vem cá comigo – murmurou baixinho, sua voz saindo cansada e completamente relaxada, meu coração pulsando mais forte ainda.

Me movimentei com calma, sentindo muita ardência e uma leve dor interna, saindo de cima dele e engatinhando até seu lado, onde Harry me recebeu com o braço aberto, aninhando minha cabeça no seu peito e beijando o topo da minha cabeça.
Deitada ali, no peito de um ídolo de anos, sendo tratada com tanto carinho, afeto e respeito, depois de deixar Harry fazer parte da minha vida para sempre a partir desse momento, meus olhos começaram a se encher de lágrimas e meu corpo cansado se sentia muito vulnerável.

Mas agora, agora eu tenho um amor para deixar
E agora não é fácil ir embora



Harry’s Pov

Enquanto eu estava na fila, meu coração começou a se acelerar mais do que nunca e o senti se apertar no meu peito, causando uma leve falta de ar e minha garganta se fechou.
Lembrei do cheiro de , de sua cabeça recostada no meu peito e seus dedos fazendo movimentos sob minha pele enquanto ela contava distraidamente seu amor pelos seus cachorros. Céus, eu havia até gravado o nome deles.
Respirei fundo, sentindo um pânico me assolar e meu corpo se contrair. Eu sei que é loucura, mas é como se eu não pudesse sair dali, como se meu corpo não pudesse aceitar o fato de ir embora e deixá-la para trás.

Não posso pegar aquele avião
Não posso embarcar
Não posso pegar aquele avião hoje
Não posso pegar aquele avião
Não posso pegar aquele avião



Os meninos começaram a se encaminhar para o portão de entrada e meu cérebro trabalhava violentamente. Eu iria mesmo cometer essa loucura?

- Harry, cara, tá tudo bem? Você tá pálido.

Encarei meus três amigos de infância, que me olhavam preocupados, buscando uma explicação para o meu estado.

- Vocês me achariam louco demais se eu disser que não acho que consigo ir viajar?

Os olhares assustados se encontraram e, no segundo seguinte, para minha surpresa, os três começaram a rir. Franzi minha testa, confuso e inebriado por tantas sensações que meu corpo sentia.

- Styles, Styles, Styles... – Greg, o mais velho de nós, murmurou – Só você mesmo pra achar que a gente não percebeu que você tá igual um cachorrinho pela .

Revirei meus olhos, eu havia esquecido que, apesar de alguns anos termos ficado distantes um do outro, fisicamente falando, eles me conheciam melhor do que ninguém.

- É cara! – John disse, rindo – eu quase mandei você ficar hoje vendo vocês dois se despedindo ali fora do aeroporto.
- Sem contar que, sejamos sinceros, não é todo dia que se encontra uma mulher daquelas né? Brasileira ainda, senhor – Brandon disse e fingiu se abanar com a mão, rindo para mim e apertando meu ombro – Vamos sempre estar aqui cara, podemos viajar outra hora.

Eu havia esquecido como a amizade deles era importante pra mim e como eles eram pessoas incríveis. Comecei a dar risada, sentindo um alívio tomar conta do meu corpo. Eu sabia que era uma loucura, sim, mas não tinha jeito, eu não poderia deixá-la, pelo menos não agora, precisava pelo menos saber como as coisas iam acontecer.

Mas sim, agora eu tenho um amor para deixar
E sim, não acha que isso muda tudo?
Tudo...



’s Pov

Encostada na porta do luxuoso carro preto que havia nos trazido até o aeroporto, senti pena do motorista que me esperava juntar coragem para entrar no passageiro e deixa-lo me levar embora dali.
Mas ele era querido e aguardava com paciência, mexendo no seu celular distraidamente, com a janela aberta, pronto para me atender caso precisasse. Em dado momento, ligou o som e uma música que eu amava começou a tocar, Can’t take that plane, do John Mayer.
Os acordes animados contagiaram meu coração, o som de blues com uma pegada de pop causando um efeito instantâneo no meu corpo. Respirei fundo, abraçando meu próprio corpo, analisando o portão de entrada do aeroporto onde eu e Harry havíamos nos despedido.
Trocamos telefones e ele ter me trazido aqui, me apresentando seus melhores amigos de infância e se despedindo com muito pesar de mim, não facilitava em nada meu coração parar de doer.
Eu sentia que havia tocado um pedaço do céu ontem, ainda inebriada pela noite que me marcou para sempre. Mas, aquele homem, que me fez sentir tudo isso, não estaria mais na minha vida.
Antes que as lágrimas voltassem para me assombrar, respirei fundo novamente, soltando meus braços que enrolavam meu corpo e olhando uma última vez para o portão de entrada do aeroporto.
Contagiada pela música, eu fiz a seguinte reflexão. Eu poderia sim sofrer por ter, com toda a certeza do mundo, criado um vínculo lindo com o Harry em apenas uma noite para perde-lo no dia seguinte. Senti uma pontada no meu coração.
Ou, eu poderia sorrir para essa vida linda que nos surpreende todos os dias e agradecer por ter tido uma noite tão mágica, linda e especial com um cara tão incrível, guardando tudo o que eu estava sentindo no meu coração e tocar minha vida, com a c
erteza que eu tive a primeira vez no sexo mais magnífica do mundo todo. Soltei o ar dos meus pulmões, assentindo com minha cabeça decidida a entrar no carro e encontrar minhas amigas para passar cada detalhe de tudo o que aconteceu e, talvez sim, chorar desesperadamente, mas, agora, eu iria optar por me sentir bem com tudo o que aconteceu.
Me virei de costas para o aeroporto, colocando minha mão na porta, respirando fundo de novo e tentando controlar meu coração.

- Vamos lá , você consegue.

Não sei quanto tempo se passou, mas, de repente, ouvi um grito abafado atrás de mim, que soava como meu nome. Franzi a testa, atordoada e acreditando que eu estava tão louca a ponto de estar imaginando coisas.
Foi apenas quando a voz soou mais perto que me permiti olhar para trás, sentindo meu corpo todo quase desmontar no chão quando vi Harry correndo em minha direção, carregando sua mala de um lado e a passagem de avião do outro.
O encarava perplexa e sem reação. O que ele estava fazendo? Desnorteada, prendi a respiração quando ele chegou perto e, quando foi tentar falar algo, começou a rir, colocando sua mala no chão e apoiando suas mãos nos joelhos, buscando fôlego.
Meu corpo estava tão anestesiado de surpresa que eu não conseguia me mexer, apenas o encarava embasbacada. Após alguns segundos, Harry levantou o corpo e me encarou e, sem mais demora, acabou com a distância entre nós segurando meu rosto em suas mãos, soltando a passagem que caiu no chão.
Grudou nossos lábios e meu corpo finalmente saiu de seu estado de estupor, reagindo ao beijo e deixando a língua de Styles invadir minha boca. Esse foi o beijo mais doce e desesperado que eu já havia dado em minha vida, Harry parecia querer sugar minha energia vital para ele.
Envolvi minhas mãos em cima das dele e, quando separamos nossas bocas, os dois sem fôlego, os olhos verdes de Harry invadiram os meus e ele se permitiu dar um gigante sorriso naqueles lábios perfeitos.

- Eu não posso pegar aquele avião – respirou fundo, acariciando meu rosto com um dedão e encostando sua testa na minha – Eu quero ficar com você.

Fechei meus olhos. Meu coração batendo desesperado, minha boca latejando pela força e intensidade do beijo e minha respiração ofegante controlando meu corpo. Meus olhos, sem controle nenhum, se encheram subitamente e grossas lágrimas começaram a transbordar, descendo para minha bochecha.
Harry sentiu a umidade e descolou sua testa da minha, preocupado. Aqueles olhos verdes... Isso era real? Harry Styles estava sentindo por mim o que eu sentia por ele?
Não havia nada a ser dito. Não existiam palavras para expressar o que eu sentia. Apenas sorri e, soltando um gritinho infantil de felicidade, joguei meus braços em volta do pescoço de Harry e o senti respirar de alívio quando meus lábios buscaram os deles novamente.
Eu não sei o que aconteceria daqui pra frente, mas estava louca para descobrir.

Estou voltando por você
Estou voltando por você agora



Fim.



Nota da autora: Sem nota.

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