Capítulo Único
A garota se encontrava encolhida no que antes era seu quarto, em meio aos escombros causados pela explosão de segundos atrás e gritava por seus pais, apesar de já saber onde e como os dois se encontravam.
“Limpo.” Ouviu a voz do que parecia ser uma pessoa se aproximando e procurou desesperadamente por algo para se defender, mas falhando miseravelmente ao avistar alguém armado entrando no local e indo direto até onde ela estava.
“Por favor.” Ela fala baixo e põe a mão na frente, com os olhos marejados, e a pessoa tira o capacete, revelando um rosto masculino, que ficou a encarando até ser chamado por alguém.
“Soldado, achou alguma coisa?” Outra voz masculina surge do corredor e mira diretamente na direção da garota ao avistá-la. “O que você está fazendo? Não é permitido retirar o capacete em uma missão.”
“É uma de nós, devíamos levar…”
“Você sabe que eles não permitem levar pessoas de fora.” O homem que havia chegado depois puxou o outro para longe da garota.
“Não podemos deixar ela aqui sozinha depois de perder toda a família.”
“Você se responsabiliza por ela, então, e não a deixe causar nenhum problema para nós. Só não demora muito, estão vindo mais deles.” Ele termina e sai do quarto, deixando os dois sozinhos, e o soldado olha novamente para a garota, indo em sua direção, se agachando e oferecendo sua mão a ela logo em seguida, para guiá-la até onde o resto do esquadrão estava.
Fazia quatro anos desde que a Terra havia sido invadida por seres de outro planeta, e os humanos haviam se adaptado de várias formas, seja criando esquadrões para combater os monstros, ou apenas criando comunidades e se escondendo, temendo que algum dia fossem achados pelas criaturas e mortos. E foi assim que a família dela, junto com outras famílias, haviam sobrevivido por todo esse tempo, sem cometer nenhum deslize, mas achando a coragem para sair em busca de suprimentos e manter a comunidade viva. Isso até o dia que alguém cometeu um deslize. A garota ainda conseguia escutar os gritos agonizantes que começaram durante o jantar com sua família, e lembrava do último momento em que viu seus pais, eles implorando para que ela subisse as escadas e dizendo que tudo iria ficar bem. Conseguiu confirmar o que já esperava ao descer pela escada com alguns degraus destruídos e ver os corpos de seus pais jogados no chão, junto com os de alguns monstros. E ela imaginou que isso provavelmente havia acontecido com toda sua comunidade, tudo o que seu pai ajudara a construir.
“Qual o seu nome?” Ele perguntou para a garota ao seu lado enquanto voltavam para a estação e percebeu os diversos olhares dos seus colegas em sua direção. “Olha, quando chegarmos lá vão querer saber tudo sobre você e o porquê de eu ter te trazido junto, o mínimo que eu tenho que saber é o seu nome.”
“…” O veículo começa a balançar e, inesperadamente, capota, deixando vários feridos e outros inconscientes. A porta se abre com um estrondo, revelando criaturas grotescas, que começam a atacar cada uma das pessoas lá dentro, até que o homem que antes falava com , se põe na frente dos outros e começa a atirar em todos os monstros, mas logo é acertado por um e cai do outro lado do veículo. Outros soldados chegam para matar as criaturas que haviam sobrado e aproveita para ir em direção ao homem que a salvou.
“Vá com eles, procure o soldado … Diga para ele não tomar o soro e fale meu nome, Ryan.” Os soldados que haviam chegado depois vão em direção aos dois e puxam o braço de , a afastando de Ryan. “! Diga para eles não tomarem o soro!” Ela consegue ver por entre os outros soldados ao seu redor o olhar de Ryan perder a vida, não por conta dos ferimentos causados, mas por conta de algo injetado nele.
chega na estação e, antes de entrar com os demais, é parada por alguém.
“Quem é você?”
“Eu preciso falar com o .” Ela fala e o homem a olha confuso.
“Como você achou esse lugar?”
“Me resgataram e eu tenho que falar com o .”
“Quem te resgatou?”
“Soldado, o chefe está pedindo para levar a garota.” Uma mulher interrompe e é guiada até uma sala afastada, em que se encontrava poucas pessoas comparada aos outros cômodos em que ela passou.
“, não é? Meu nome é Paul, por que não nos diz como chegou até aqui?” O homem parado no centro da mesa ofereceu uma cadeira para a garota e ela se senta.
“Eu fui resgatada. Preciso falar…”
“Com o , eu sei. Ele está bem aqui.” Paul apontou para o homem ao seu lado que olhava confuso para . “Você conhece o ?”
“Não, me disseram para procurar ele.”
“Quem?”
“O soldado Ryan…”
“Ryan está morto, foi ele quem te resgatou?” Paul prossegue com as perguntas e apenas assente com a cabeça, se lembrando da cena que havia visto, e retribuindo o olhar de a ela.
“Bom, para honrar a morte do nosso soldado, vamos te acolher aqui, , mas não costumamos fazer isso com quem chega de repente… Você vai ser treinada pelo soldado para poder ter a capacidade de enfrentar essas criaturas.”
“Senhor…” olha na direção do homem como protesto, mas logo é interrompido.
“Ele pediu para ela te procurar, , portanto ela passa a ser sua responsabilidade. Honre a morte do seu amigo. Dispensados!” Paul se levanta e é acompanhado pelos outros que estavam na mesa. “Ah! E mostre onde a garota vai dormir, por favor.”
“Sim, senhor.” Ele olha diretamente para e se levanta da mesa, começando a andar pelos corredores. “Vamos.”
“O Ryan…”
“O Ryan estava ficando louco, nada do que ele dizia…"
“Ele disse para você não tomar o soro.” finalmente para e vira na direção de .
“Mais uma vez, ele estava ficando louco. Agora, para de falar sobre isso se não quiser acabar como ele.”
“Ele não parecia louco pra mim.”
“Então talvez você já seja como ele.” continua a andar e para na frente de um dos quartos. “Você vai dormir aqui. Amanhã iniciaremos o seu treino.”
“Eu vou ter que lutar contra os monstros?”
“Claro, a não ser que queira voltar para a sua antiga vida.” Ele dá um sorriso sarcástico e apenas entra no quarto e fecha a porta na sua cara, se jogando na cama e se permitindo tirar toda a dor acumulada do que havia acontecido.
Mal tinha conseguido dormir, quando escuta batidas na sua porta e a voz de do outro lado.
“Acorda, você tem que tomar café para podermos começar seu treinamento.”
“Eu não quero.”
“Se você não sair daqui a cinco minutos, eu entro aí.” bufa e, relutantemente, se levanta da cama e veste a primeira roupa que encontra no guarda-roupa.
Os dois vão para o refeitório, que se encontrava cheio de outros soldados encarando desde o momento em que ela pisou no cômodo e, para não receber nenhuma reclamação de seus superiores, decidiu sentar junto dela.
“Eu não preciso e nem quero que fique comigo o tempo todo.” reclama ao perceber o olhar desconfortável do homem à sua frente.
“E eu não quero, mas preciso ficar com você o tempo todo, agora dá pra terminar de comer logo?”
“Já terminei.” Ela afasta o prato na sua frente e se levanta, indo na direção da saída do refeitório, e é seguida por .
“Ótimo, vamos acabar logo com isso.” Ele a guia até o que parecia ser uma enfermaria, ficando no canto do cômodo, e é levada por uma mulher até uma maca.
“Meu nome é Maru. Eu só vou fazer alguns exames e você vai precisar responder algumas perguntas, não é nada demais.” Ela dá um sorriso reconfortante para a garota sentada à sua frente e assente com a cabeça. “Sabe quantos anos tem?”
“Vinte e um.”
“Vou precisar que fique só de regata.” Mary sinaliza enquanto se vira para pegar algo na bancada do lado e olha para .
“Ele tem que ficar aqui mesmo?”
“Infelizmente sim, ordens de cima.” Ela responde e a garota suspira antes de tirar a blusa de cima, se arrepiando ao sentir o metal gelado do estetoscópio em seu tórax. “Vou colher seu sangue agora. , seja um bom garoto e venha me ajudar aqui.” O homem vai até onde elas estavam e, ao sentir o toque repentino em seu braço, se arrepia novamente, tentando disfarçar com um pigarro. “Você vivia com mais gente desde que aconteceu a invasão?”
“Com meus pais e as outras pessoas da comunidade.”
“E o que aconteceu com eles?”
“Eu… Eu prefiro não falar sobre isso.”
“Está tudo bem, só responda o que tiver vontade. Agora, vou precisar que você se deite para fazer a ultrassonografia.”
“E pra quê precisa fazer isso?”
“Para saber se está tudo bem com os seus órgãos. Vai se deitando, e você, garoto, fique com ela enquanto eu vou pegar o gel.” Mary sai da sala e deixa os dois sozinhos por um tempo e se deita, sentindo o olhar de sobre ela, mas, antes que pudesse proferir alguma palavra, a mulher volta para o cômodo. “Certo, agora vamos subir um pouco sua regata e abaixar sua legging.” Após cumprir as ordens da doutora e responder mais algumas perguntas, é liberada e a guia até outra das diversas salas.
“Agora podemos começar seu treino.”
“Por que estava me encarando na enfermaria?”
“Eu não… Por que se importa?”
“Eu só fiquei curiosa…”
“Então devia parar de perguntar tanto e focar no que vamos fazer agora.” Ele vai em direção a um armário para pegar as armas necessárias, e, ao se virar, vê de regata. “Tá fazendo o quê?”
“Me preparando para o treino.” Ela joga a blusa no canto do cômodo e vai até . “Vamos acabar logo com isso.”
Alguns dias depois, para o alívio de , havia sido liberado de ficar o tempo todo com ela, tendo apenas que treiná-la. Por outro lado, tinha que comer e ficar o resto do dia sozinha, quando não tinha os treinos com .
“Ei, novata. Precisamos falar com você.” Um grupo se aproxima de onde ela estava sentada e a guia até uma salinha afastada.
“O que ela está fazendo aqui? Foi ela quem matou o Ryan.” Um cara se levanta no momento em que ela entra na sala e ela se lembra de a voz ser a mesma que estava com ela e Ryan quando ele a resgatou. “Eu falei pra ele não levar ela, e agora…”
“O Ryan morreu por causa deles, não foi por causa da gente, muito menos dela, eles o deixaram para morrer lá.”
“, né? Ele pediu para você falar com o ? A menina que a chamou vai para seu lado e ela assente com a cabeça. “Ele falou mais alguma coisa? Sobre um…”
“, temos que treinar.” aparece na porta e encara a garota por um momento, que permanece calada. “Vamos.” Ele sai sem nem olhar para trás e olha para o grupo antes de segui-lo para fora do cômodo até a já conhecida sala de treino. “Se não quiser terminar como o Ryan, melhor não andar com eles.”
“Você fala como se não se importasse com ele, sendo que a primeira pessoa em quem ele pensou antes de morrer foi você.”
“Talvez ele tenha pensado errado sobre mim.” Eles começam a treinar, com golpes que ele havia a ensinado desde o começo.
“Você é um egoísta de merda.”
“Eu só estou tentando sobreviver nessa realidade.”
“Vivendo em uma mentira?”
“Você não sabe nada sobre mim.” Ele dá o golpe final, a segurando pelo braço e ela se afasta.
“Sei o suficiente para saber o quão escroto você é.”
“Por que não usa essa raiva que você tanto tem de mim para treinar melhor? Não me acha um escroto? Então vem me enfrentar.” chama com a mão e avança em sua direção, mas, antes que ela pudesse fazer qualquer golpe, ele a derruba. “Só o ódio não é suficiente. Você tem que usar em conjunto com a lógica. Levanta.” Ele a ajuda a se levantar e vai em direção ao armário, pegando uma katana. “Você praticou?”
“Um pouco.” Ela pega a arma e se posiciona, porém é interrompida por , que vai para trás dela..
“Você tá segurando errado, tem que botar ela mais em cima.” O homem ajeita sua postura e pega em sua mão para mostrar o posicionamento certo, e sente o mesmo arrepio que sempre sentia quando ele encostava nela inesperadamente. “Agora, quando for atacar, você puxa e empurra. Lembra o movimento que fizemos antes?” Ele pergunta e olha para ela, que fazia o mesmo após sentir a respiração do homem em seu pescoço. “Tenta fazer.” Ele se afasta ao perceber os limites que estava passando naquele momento, e realiza o golpe desajeitadamente, o que o faz se aproximar novamente e pegar em sua mão. “Puxa e empurra.” Ele reproduz o que estava falando e os dois permanecem parados na mesma posição, mesmo depois do golpe ter acabado, só saindo do transe após a porta da sala se abrir.
“… O chefe quer te ver.”
“O treino de hoje terminou.” Ele olha rapidamente para a garota e segue o outro homem para fora, a deixando sozinha.
“Eu nem me apresentei da outra vez, meu nome é Amélia.” A mesma garota senta na mesma mesa de . “O não gosta muito da gente.”
“Por quê?”
“Ele mudou desde que os superiores descobriram que tinha gente que sabia do soro…. O Ryan falou para você sobre isso, não é?”
“Ele apenas me disse para avisar para vocês não tomarem o soro… Mas eu não entendi e continuo sem entender o que ele faz.”
“Antes de sairmos para alguma missão, os superiores nos separam em filas e injetam um soro de um por um. O Ryan e mais um grupo de pessoas descobriram que, de alguma forma, esse soro nos deixa incapazes de sentir qualquer emoção, nos transforma em máquinas que só pensam em matar. É por isso que não recebemos pessoas novas com muita frequência, só quando acontecem muitas perdas. O era uma das pessoas que não acreditavam no Ryan no começo e, principalmente depois que os superiores descobriram, ele começou a se afastar de Ryan e da gente.”
“Eu falei que ele era um egoísta.”
“Ele só encontrou uma forma de sobreviver, mesmo que isso custe afastar todos que se importam com você e que você se importa. Apesar disso, ele parece se importar com você.”
“Ele só está sendo obrigado a ficar comigo.”
“Ele finge muito bem, acredite.” Antes que pudesse responder, aparece. “Oi.”
“Oi, Amélia. Desculpa interromper, mas a precisa treinar.” Os dois se afastam e vão para a sala de treinamento.
“Você não vai falar nada sobre eu estar conversando com a Amélia?”
“Não.” Ele se posiciona e aguarda ela fazer o mesmo. “Desde que você aprenda a lutar como eu quero que lute.” Ela avança e os dois começam a lutar.
Era claro o avanço dela desde o último treino, apesar de não estar se esforçando tanto para lutar. tenta dar o golpe final, mas dá um contragolpe e acaba caindo em cima da garota. Os dois permanecem por um tempo se encarando, até quebrar o silêncio.
“Você tem que melhorar a finalização.” Ele fala e tenta se levantar, mas o puxa para baixo de novo e une seus lábios nos dele, se afastando após alguns segundos. “Por que…” a porta se abre de repente e Paul surge do outro lado, fazendo com que ambos se levantem imediatamente, e se aproxima dos dois.
“Como está o treino?”
“Ela está melhorando, já conseguiu até me derrubar.” dá um falso sorriso orgulhoso e se vira para .
“Eu imagino, você está com um dos nossos melhores soldados. Só vim dar uma passada para ver como a estava se adaptando, mas parece que está tudo bem.” Ele se volta para a saída, mas para antes de deixar a sala. “Cuidado para que não haja enganos, você sabe como os rumores correm soltos por aqui. Principalmente quando o relacionamento entre os soldados não é permitido.”
“Nunca mais faça isso.” Ele sussurra após os dois serem deixados sozinhos e se afasta da sala.
“, você sabia?” Amélia, a garota que havia falado com ela antes, se aproxima da mesa onde estava com uma feição assustada, seguida do grupo que sempre estava com ela.
“Sabia do que?” Ela percebe olhando na direção deles e, antes que pudessem responder alguma coisa, um grupo de soldados entra no refeitório. Dentre todos que entraram, reconhece o rosto de quem havia salvado ela. “Ryan?” Ela se levanta, mas é impedida de ir até ele por um disque estavam ao seu lado. O mesmo olhar que ela viu ao se afastar dele se encontrava em seu rosto, que não tinha nenhuma expressão. Paul entra atrás de todos os soldados, fazendo com que todos os cochichos cessassem.
“Boa noite! Todo rumor sobre a morte de algum dos nossos soldados é mentira, eles estavam apenas se recuperando do combate com as criaturas. Vamos aplaudir nossos heróis.” Assim que ele termina de falar, todo o salão se enche de palmas, mas e algumas outras pessoas permanecem caladas. Uma das pessoas do grupo se dirige até Ryan, mas ele permanece calado e olhando para frente, sem demonstrar emoção alguma. olha para , que encontra seu olhar e se dirige para a saída do refeitório, e Amélia a chama para ir com seu grupo que seguia na mesma direção de .
“! Você sabia?” Amélia alcança o homem, que se vira bruscamente na direção deles.
“Você acha que eu sabia que o meu melhor amigo estava vivo depois de todos espalharem que ele estava morto? Você não disse que ele tinha morrido?” Ele se virou para , que ainda estava paralisada.
“Eu vi aplicarem algo nele e…”
“Você viu aplicarem algo nele e não falou nada?” avança em sua direção, mas é parado por um dos soldados.
“Isso ia mudar alguma coisa? Você ia continuar o mesmo escroto de sempre.”
“Vamos continuar essa conversa em outro lugar.” Amélia guia todos para a mesma salinha afastada e continua a falar.
“Por que não falou que aplicaram alguma coisa no Ryan?”
“Toda vez que eu sequer mencionava ele você me interrompia e dizia para eu não falar dele, o que acha?”
“Eles estão criando soros piores do que os que dão para a gente nas missões, que estão nos transformando em zumbis. Acredita no Ryan agora, ?” Um dos soldados que estava no canto da sala se pronuncia.
“Não fala o que você não sabe.”
“Vocês dois, parem! Isso não vai adiantar de nada, temos que continuar disfarçando, mas com um plano já bolado.” Amélia interrompe e, após todos darem sugestões do que devia ser feito, eles combinam de voltarem a agir normalmente.
“Preciso falar com você.” puxa o braço de levemente até chegarem em outro cômodo, que parecia ser seu quarto. “Por que me beijou?”
“O quê? Isso não é hora…”
“Preciso saber se sente algo por mim.”
“E o que vai fazer com isso, pedir para aplicarem o soro em mim também?” a prensa na parede e a beija desesperadamente, e corresponde ao ato, apoiando seus braços nas costas do homem. Ele tranca a porta de seu quarto e a guia até a cama, a deitando gentilmente e ficando por cima, cessando completamente todo o desejo que sentia por ela e ela por ele.
acorda com uma sirene e se veste rapidamente, tentando não ser notada por ninguém ao sair do quarto de . Ela segue os demais soldados e para num grande salão, onde todos se encontravam postos em filas e encontra o olhar de , indo em sua direção.
“Você tem que voltar.” Ele avisa, mas, antes que ela pudesse fazer qualquer ação, Paul a puxa pelo braço e a guia por entre o meio da multidão, fazendo com que a perca de vista.
Ele é forçado a continuar na fila e a encontra depois da missão, parada junta a uma fila de diversos soldados, todos com o mesmo olhar que ele havia reparado em Ryan antes. Amélia o encontra e ambos vão na direção da garota, posicionando sua mão na dela e, mesmo sem qualquer emoção vinda de seu olhar, ele sente sua mão apertar a dele momentaneamente e uma lágrima sair de seu olho.
“Limpo.” Ouviu a voz do que parecia ser uma pessoa se aproximando e procurou desesperadamente por algo para se defender, mas falhando miseravelmente ao avistar alguém armado entrando no local e indo direto até onde ela estava.
“Por favor.” Ela fala baixo e põe a mão na frente, com os olhos marejados, e a pessoa tira o capacete, revelando um rosto masculino, que ficou a encarando até ser chamado por alguém.
“Soldado, achou alguma coisa?” Outra voz masculina surge do corredor e mira diretamente na direção da garota ao avistá-la. “O que você está fazendo? Não é permitido retirar o capacete em uma missão.”
“É uma de nós, devíamos levar…”
“Você sabe que eles não permitem levar pessoas de fora.” O homem que havia chegado depois puxou o outro para longe da garota.
“Não podemos deixar ela aqui sozinha depois de perder toda a família.”
“Você se responsabiliza por ela, então, e não a deixe causar nenhum problema para nós. Só não demora muito, estão vindo mais deles.” Ele termina e sai do quarto, deixando os dois sozinhos, e o soldado olha novamente para a garota, indo em sua direção, se agachando e oferecendo sua mão a ela logo em seguida, para guiá-la até onde o resto do esquadrão estava.
Fazia quatro anos desde que a Terra havia sido invadida por seres de outro planeta, e os humanos haviam se adaptado de várias formas, seja criando esquadrões para combater os monstros, ou apenas criando comunidades e se escondendo, temendo que algum dia fossem achados pelas criaturas e mortos. E foi assim que a família dela, junto com outras famílias, haviam sobrevivido por todo esse tempo, sem cometer nenhum deslize, mas achando a coragem para sair em busca de suprimentos e manter a comunidade viva. Isso até o dia que alguém cometeu um deslize. A garota ainda conseguia escutar os gritos agonizantes que começaram durante o jantar com sua família, e lembrava do último momento em que viu seus pais, eles implorando para que ela subisse as escadas e dizendo que tudo iria ficar bem. Conseguiu confirmar o que já esperava ao descer pela escada com alguns degraus destruídos e ver os corpos de seus pais jogados no chão, junto com os de alguns monstros. E ela imaginou que isso provavelmente havia acontecido com toda sua comunidade, tudo o que seu pai ajudara a construir.
“Qual o seu nome?” Ele perguntou para a garota ao seu lado enquanto voltavam para a estação e percebeu os diversos olhares dos seus colegas em sua direção. “Olha, quando chegarmos lá vão querer saber tudo sobre você e o porquê de eu ter te trazido junto, o mínimo que eu tenho que saber é o seu nome.”
“…” O veículo começa a balançar e, inesperadamente, capota, deixando vários feridos e outros inconscientes. A porta se abre com um estrondo, revelando criaturas grotescas, que começam a atacar cada uma das pessoas lá dentro, até que o homem que antes falava com , se põe na frente dos outros e começa a atirar em todos os monstros, mas logo é acertado por um e cai do outro lado do veículo. Outros soldados chegam para matar as criaturas que haviam sobrado e aproveita para ir em direção ao homem que a salvou.
“Vá com eles, procure o soldado … Diga para ele não tomar o soro e fale meu nome, Ryan.” Os soldados que haviam chegado depois vão em direção aos dois e puxam o braço de , a afastando de Ryan. “! Diga para eles não tomarem o soro!” Ela consegue ver por entre os outros soldados ao seu redor o olhar de Ryan perder a vida, não por conta dos ferimentos causados, mas por conta de algo injetado nele.
chega na estação e, antes de entrar com os demais, é parada por alguém.
“Quem é você?”
“Eu preciso falar com o .” Ela fala e o homem a olha confuso.
“Como você achou esse lugar?”
“Me resgataram e eu tenho que falar com o .”
“Quem te resgatou?”
“Soldado, o chefe está pedindo para levar a garota.” Uma mulher interrompe e é guiada até uma sala afastada, em que se encontrava poucas pessoas comparada aos outros cômodos em que ela passou.
“, não é? Meu nome é Paul, por que não nos diz como chegou até aqui?” O homem parado no centro da mesa ofereceu uma cadeira para a garota e ela se senta.
“Eu fui resgatada. Preciso falar…”
“Com o , eu sei. Ele está bem aqui.” Paul apontou para o homem ao seu lado que olhava confuso para . “Você conhece o ?”
“Não, me disseram para procurar ele.”
“Quem?”
“O soldado Ryan…”
“Ryan está morto, foi ele quem te resgatou?” Paul prossegue com as perguntas e apenas assente com a cabeça, se lembrando da cena que havia visto, e retribuindo o olhar de a ela.
“Bom, para honrar a morte do nosso soldado, vamos te acolher aqui, , mas não costumamos fazer isso com quem chega de repente… Você vai ser treinada pelo soldado para poder ter a capacidade de enfrentar essas criaturas.”
“Senhor…” olha na direção do homem como protesto, mas logo é interrompido.
“Ele pediu para ela te procurar, , portanto ela passa a ser sua responsabilidade. Honre a morte do seu amigo. Dispensados!” Paul se levanta e é acompanhado pelos outros que estavam na mesa. “Ah! E mostre onde a garota vai dormir, por favor.”
“Sim, senhor.” Ele olha diretamente para e se levanta da mesa, começando a andar pelos corredores. “Vamos.”
“O Ryan…”
“O Ryan estava ficando louco, nada do que ele dizia…"
“Ele disse para você não tomar o soro.” finalmente para e vira na direção de .
“Mais uma vez, ele estava ficando louco. Agora, para de falar sobre isso se não quiser acabar como ele.”
“Ele não parecia louco pra mim.”
“Então talvez você já seja como ele.” continua a andar e para na frente de um dos quartos. “Você vai dormir aqui. Amanhã iniciaremos o seu treino.”
“Eu vou ter que lutar contra os monstros?”
“Claro, a não ser que queira voltar para a sua antiga vida.” Ele dá um sorriso sarcástico e apenas entra no quarto e fecha a porta na sua cara, se jogando na cama e se permitindo tirar toda a dor acumulada do que havia acontecido.
Mal tinha conseguido dormir, quando escuta batidas na sua porta e a voz de do outro lado.
“Acorda, você tem que tomar café para podermos começar seu treinamento.”
“Eu não quero.”
“Se você não sair daqui a cinco minutos, eu entro aí.” bufa e, relutantemente, se levanta da cama e veste a primeira roupa que encontra no guarda-roupa.
Os dois vão para o refeitório, que se encontrava cheio de outros soldados encarando desde o momento em que ela pisou no cômodo e, para não receber nenhuma reclamação de seus superiores, decidiu sentar junto dela.
“Eu não preciso e nem quero que fique comigo o tempo todo.” reclama ao perceber o olhar desconfortável do homem à sua frente.
“E eu não quero, mas preciso ficar com você o tempo todo, agora dá pra terminar de comer logo?”
“Já terminei.” Ela afasta o prato na sua frente e se levanta, indo na direção da saída do refeitório, e é seguida por .
“Ótimo, vamos acabar logo com isso.” Ele a guia até o que parecia ser uma enfermaria, ficando no canto do cômodo, e é levada por uma mulher até uma maca.
“Meu nome é Maru. Eu só vou fazer alguns exames e você vai precisar responder algumas perguntas, não é nada demais.” Ela dá um sorriso reconfortante para a garota sentada à sua frente e assente com a cabeça. “Sabe quantos anos tem?”
“Vinte e um.”
“Vou precisar que fique só de regata.” Mary sinaliza enquanto se vira para pegar algo na bancada do lado e olha para .
“Ele tem que ficar aqui mesmo?”
“Infelizmente sim, ordens de cima.” Ela responde e a garota suspira antes de tirar a blusa de cima, se arrepiando ao sentir o metal gelado do estetoscópio em seu tórax. “Vou colher seu sangue agora. , seja um bom garoto e venha me ajudar aqui.” O homem vai até onde elas estavam e, ao sentir o toque repentino em seu braço, se arrepia novamente, tentando disfarçar com um pigarro. “Você vivia com mais gente desde que aconteceu a invasão?”
“Com meus pais e as outras pessoas da comunidade.”
“E o que aconteceu com eles?”
“Eu… Eu prefiro não falar sobre isso.”
“Está tudo bem, só responda o que tiver vontade. Agora, vou precisar que você se deite para fazer a ultrassonografia.”
“E pra quê precisa fazer isso?”
“Para saber se está tudo bem com os seus órgãos. Vai se deitando, e você, garoto, fique com ela enquanto eu vou pegar o gel.” Mary sai da sala e deixa os dois sozinhos por um tempo e se deita, sentindo o olhar de sobre ela, mas, antes que pudesse proferir alguma palavra, a mulher volta para o cômodo. “Certo, agora vamos subir um pouco sua regata e abaixar sua legging.” Após cumprir as ordens da doutora e responder mais algumas perguntas, é liberada e a guia até outra das diversas salas.
“Agora podemos começar seu treino.”
“Por que estava me encarando na enfermaria?”
“Eu não… Por que se importa?”
“Eu só fiquei curiosa…”
“Então devia parar de perguntar tanto e focar no que vamos fazer agora.” Ele vai em direção a um armário para pegar as armas necessárias, e, ao se virar, vê de regata. “Tá fazendo o quê?”
“Me preparando para o treino.” Ela joga a blusa no canto do cômodo e vai até . “Vamos acabar logo com isso.”
Alguns dias depois, para o alívio de , havia sido liberado de ficar o tempo todo com ela, tendo apenas que treiná-la. Por outro lado, tinha que comer e ficar o resto do dia sozinha, quando não tinha os treinos com .
“Ei, novata. Precisamos falar com você.” Um grupo se aproxima de onde ela estava sentada e a guia até uma salinha afastada.
“O que ela está fazendo aqui? Foi ela quem matou o Ryan.” Um cara se levanta no momento em que ela entra na sala e ela se lembra de a voz ser a mesma que estava com ela e Ryan quando ele a resgatou. “Eu falei pra ele não levar ela, e agora…”
“O Ryan morreu por causa deles, não foi por causa da gente, muito menos dela, eles o deixaram para morrer lá.”
“, né? Ele pediu para você falar com o ? A menina que a chamou vai para seu lado e ela assente com a cabeça. “Ele falou mais alguma coisa? Sobre um…”
“, temos que treinar.” aparece na porta e encara a garota por um momento, que permanece calada. “Vamos.” Ele sai sem nem olhar para trás e olha para o grupo antes de segui-lo para fora do cômodo até a já conhecida sala de treino. “Se não quiser terminar como o Ryan, melhor não andar com eles.”
“Você fala como se não se importasse com ele, sendo que a primeira pessoa em quem ele pensou antes de morrer foi você.”
“Talvez ele tenha pensado errado sobre mim.” Eles começam a treinar, com golpes que ele havia a ensinado desde o começo.
“Você é um egoísta de merda.”
“Eu só estou tentando sobreviver nessa realidade.”
“Vivendo em uma mentira?”
“Você não sabe nada sobre mim.” Ele dá o golpe final, a segurando pelo braço e ela se afasta.
“Sei o suficiente para saber o quão escroto você é.”
“Por que não usa essa raiva que você tanto tem de mim para treinar melhor? Não me acha um escroto? Então vem me enfrentar.” chama com a mão e avança em sua direção, mas, antes que ela pudesse fazer qualquer golpe, ele a derruba. “Só o ódio não é suficiente. Você tem que usar em conjunto com a lógica. Levanta.” Ele a ajuda a se levantar e vai em direção ao armário, pegando uma katana. “Você praticou?”
“Um pouco.” Ela pega a arma e se posiciona, porém é interrompida por , que vai para trás dela..
“Você tá segurando errado, tem que botar ela mais em cima.” O homem ajeita sua postura e pega em sua mão para mostrar o posicionamento certo, e sente o mesmo arrepio que sempre sentia quando ele encostava nela inesperadamente. “Agora, quando for atacar, você puxa e empurra. Lembra o movimento que fizemos antes?” Ele pergunta e olha para ela, que fazia o mesmo após sentir a respiração do homem em seu pescoço. “Tenta fazer.” Ele se afasta ao perceber os limites que estava passando naquele momento, e realiza o golpe desajeitadamente, o que o faz se aproximar novamente e pegar em sua mão. “Puxa e empurra.” Ele reproduz o que estava falando e os dois permanecem parados na mesma posição, mesmo depois do golpe ter acabado, só saindo do transe após a porta da sala se abrir.
“… O chefe quer te ver.”
“O treino de hoje terminou.” Ele olha rapidamente para a garota e segue o outro homem para fora, a deixando sozinha.
“Eu nem me apresentei da outra vez, meu nome é Amélia.” A mesma garota senta na mesma mesa de . “O não gosta muito da gente.”
“Por quê?”
“Ele mudou desde que os superiores descobriram que tinha gente que sabia do soro…. O Ryan falou para você sobre isso, não é?”
“Ele apenas me disse para avisar para vocês não tomarem o soro… Mas eu não entendi e continuo sem entender o que ele faz.”
“Antes de sairmos para alguma missão, os superiores nos separam em filas e injetam um soro de um por um. O Ryan e mais um grupo de pessoas descobriram que, de alguma forma, esse soro nos deixa incapazes de sentir qualquer emoção, nos transforma em máquinas que só pensam em matar. É por isso que não recebemos pessoas novas com muita frequência, só quando acontecem muitas perdas. O era uma das pessoas que não acreditavam no Ryan no começo e, principalmente depois que os superiores descobriram, ele começou a se afastar de Ryan e da gente.”
“Eu falei que ele era um egoísta.”
“Ele só encontrou uma forma de sobreviver, mesmo que isso custe afastar todos que se importam com você e que você se importa. Apesar disso, ele parece se importar com você.”
“Ele só está sendo obrigado a ficar comigo.”
“Ele finge muito bem, acredite.” Antes que pudesse responder, aparece. “Oi.”
“Oi, Amélia. Desculpa interromper, mas a precisa treinar.” Os dois se afastam e vão para a sala de treinamento.
“Você não vai falar nada sobre eu estar conversando com a Amélia?”
“Não.” Ele se posiciona e aguarda ela fazer o mesmo. “Desde que você aprenda a lutar como eu quero que lute.” Ela avança e os dois começam a lutar.
Era claro o avanço dela desde o último treino, apesar de não estar se esforçando tanto para lutar. tenta dar o golpe final, mas dá um contragolpe e acaba caindo em cima da garota. Os dois permanecem por um tempo se encarando, até quebrar o silêncio.
“Você tem que melhorar a finalização.” Ele fala e tenta se levantar, mas o puxa para baixo de novo e une seus lábios nos dele, se afastando após alguns segundos. “Por que…” a porta se abre de repente e Paul surge do outro lado, fazendo com que ambos se levantem imediatamente, e se aproxima dos dois.
“Como está o treino?”
“Ela está melhorando, já conseguiu até me derrubar.” dá um falso sorriso orgulhoso e se vira para .
“Eu imagino, você está com um dos nossos melhores soldados. Só vim dar uma passada para ver como a estava se adaptando, mas parece que está tudo bem.” Ele se volta para a saída, mas para antes de deixar a sala. “Cuidado para que não haja enganos, você sabe como os rumores correm soltos por aqui. Principalmente quando o relacionamento entre os soldados não é permitido.”
“Nunca mais faça isso.” Ele sussurra após os dois serem deixados sozinhos e se afasta da sala.
“, você sabia?” Amélia, a garota que havia falado com ela antes, se aproxima da mesa onde estava com uma feição assustada, seguida do grupo que sempre estava com ela.
“Sabia do que?” Ela percebe olhando na direção deles e, antes que pudessem responder alguma coisa, um grupo de soldados entra no refeitório. Dentre todos que entraram, reconhece o rosto de quem havia salvado ela. “Ryan?” Ela se levanta, mas é impedida de ir até ele por um disque estavam ao seu lado. O mesmo olhar que ela viu ao se afastar dele se encontrava em seu rosto, que não tinha nenhuma expressão. Paul entra atrás de todos os soldados, fazendo com que todos os cochichos cessassem.
“Boa noite! Todo rumor sobre a morte de algum dos nossos soldados é mentira, eles estavam apenas se recuperando do combate com as criaturas. Vamos aplaudir nossos heróis.” Assim que ele termina de falar, todo o salão se enche de palmas, mas e algumas outras pessoas permanecem caladas. Uma das pessoas do grupo se dirige até Ryan, mas ele permanece calado e olhando para frente, sem demonstrar emoção alguma. olha para , que encontra seu olhar e se dirige para a saída do refeitório, e Amélia a chama para ir com seu grupo que seguia na mesma direção de .
“! Você sabia?” Amélia alcança o homem, que se vira bruscamente na direção deles.
“Você acha que eu sabia que o meu melhor amigo estava vivo depois de todos espalharem que ele estava morto? Você não disse que ele tinha morrido?” Ele se virou para , que ainda estava paralisada.
“Eu vi aplicarem algo nele e…”
“Você viu aplicarem algo nele e não falou nada?” avança em sua direção, mas é parado por um dos soldados.
“Isso ia mudar alguma coisa? Você ia continuar o mesmo escroto de sempre.”
“Vamos continuar essa conversa em outro lugar.” Amélia guia todos para a mesma salinha afastada e continua a falar.
“Por que não falou que aplicaram alguma coisa no Ryan?”
“Toda vez que eu sequer mencionava ele você me interrompia e dizia para eu não falar dele, o que acha?”
“Eles estão criando soros piores do que os que dão para a gente nas missões, que estão nos transformando em zumbis. Acredita no Ryan agora, ?” Um dos soldados que estava no canto da sala se pronuncia.
“Não fala o que você não sabe.”
“Vocês dois, parem! Isso não vai adiantar de nada, temos que continuar disfarçando, mas com um plano já bolado.” Amélia interrompe e, após todos darem sugestões do que devia ser feito, eles combinam de voltarem a agir normalmente.
“Preciso falar com você.” puxa o braço de levemente até chegarem em outro cômodo, que parecia ser seu quarto. “Por que me beijou?”
“O quê? Isso não é hora…”
“Preciso saber se sente algo por mim.”
“E o que vai fazer com isso, pedir para aplicarem o soro em mim também?” a prensa na parede e a beija desesperadamente, e corresponde ao ato, apoiando seus braços nas costas do homem. Ele tranca a porta de seu quarto e a guia até a cama, a deitando gentilmente e ficando por cima, cessando completamente todo o desejo que sentia por ela e ela por ele.
acorda com uma sirene e se veste rapidamente, tentando não ser notada por ninguém ao sair do quarto de . Ela segue os demais soldados e para num grande salão, onde todos se encontravam postos em filas e encontra o olhar de , indo em sua direção.
“Você tem que voltar.” Ele avisa, mas, antes que ela pudesse fazer qualquer ação, Paul a puxa pelo braço e a guia por entre o meio da multidão, fazendo com que a perca de vista.
Ele é forçado a continuar na fila e a encontra depois da missão, parada junta a uma fila de diversos soldados, todos com o mesmo olhar que ele havia reparado em Ryan antes. Amélia o encontra e ambos vão na direção da garota, posicionando sua mão na dela e, mesmo sem qualquer emoção vinda de seu olhar, ele sente sua mão apertar a dele momentaneamente e uma lágrima sair de seu olho.
Fim.
Nota da autora: Sem nota.
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Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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