Capítulo Único
null’s POV
“Eu posso te ver na janela, esperando o meu telefonema. Com o luar brilhando em você. Você está tão bonita.”.
Nunca me esquecerei dessa cena. Foi a partir daquele momento que eu descobri algo. Um sentimento, que quando é verdadeiro, leva as pessoas a fazerem qualquer coisa. Descobri o amor, e olha que nunca me imaginei sentindo algo assim.
– Vovô! – de repente meus netinhos, Ellie e Kauet, aparecem.
– Como estão, meus pequenos?
– Muito bem, vovô. – Ellie quem responde. – Estava na cozinha conversando com a vovó, e ela me disse que o senhor tem uma ótima história para nos contar.
– Sua avó disse isso? – pergunto, e a garotinha de 10 anos balança a cabecinha confirmando.
– Que historia é essa, vovô? – Kauet pergunta.
– É a história da sua avó e eu. – respondo e vejo os olhinhos de Ellis brilharem.
– Sério vovô? – ela pergunta. – Eu quero escutar. Conta, conta!
– É vovô, pode contar. Também quero saber. – Kauet disse e eu sorrio para os dois.
–Tudo bem, meus queridos. Essa história fala de um AMOR INTOCÁVEL e aconteceu há 33 anos...
XXX
33 ANOS ANTES...
Los Angeles, CA – Casa da Família null – Janeiro, dia 18.
2015. Assim que deu 6h30, o celular de null tocou, indicando que ele deveria se levantar. O rapaz de 17 anos se arrependera amargamente de ter ido dormir tão tarde, mesmo sabendo que teria aula bem cedinho. Só que mesmo estando com preguiça, ele se espreguiçou e acabou se levantando, indo para o banheiro, onde escovou seus dentes e em seguida um banho gelado, pra ver se despertaria melhor.
Quando saiu do banheiro, ele viu sua roupa separada e agradeceu mentalmente a Miranda, governanta da sua casa. null vestiu sua calça jeans e calçou seus sapatos. Em seguida, ele desceu e foi ao encontro de sua família, que já estava pronta para merendarem.
– Bom dia, família. – ele disse, recebendo um sorriso de seus pais e de sua irmã.
– Kends, você não sabe a novidade do papai. – null disse, chamando a atenção do irmão. – Ele foi promovido ao cargo máximo do hospital. Isso não é demais?
– Que notícia boa, pai. Parabéns. – null disse, enquanto se servia com um pouco de café. – Dr. null se garantindo!
– Obrigado, meu filho. – o homem mais velho disse. – Espero ter a alegria de vê-lo passando em Medicina no final do ano.
– Farei o possível. – null disse animado.
– Que orgulho da minha família. – a Sra. null falou. – Agora acho melhor vocês se apressarem se não, chegarão atrasados no primeiro dia de aula. – depois de dizer isso, null e null resolveram terminar de comer logo.
~**~
Los Angeles, CA – AEROPORTO – 06h50min
O local não estava muito movimentado, deixando null bastante feliz. Sua única chateação era que, devido ao atraso do seu voo, ela perderia o primeiro dia de aula. – Filha, pega as nossas bagagens que eu vou atrás de um táxi. – Liz, mãe de null, falou e a garota assentiu. Em seguida, ela pegou as malas e foi ao encontro de sua mãe e de sua irmã Emma, de apenas seis aninhos de idade. null sorriu para as duas e se sentou, aguardando o táxi.
UM TEMPO DEPOIS
Los Angeles, CA – Casa da Família null – 07h45min
Assim que entrou na casa nova, null não deixou de sentir a falta de seu pai. Infelizmente, ele faleceu em um acidente de carro, dois anos atrás. No entanto, ela não queria transparecer tristeza perto de sua irmãzinha, que apesar de ser novinha, era bastante esperta.
– ! ! – a garotinha a chamou. – VEM AQUI EM CIMA! – ela continuou gritando, até que null subiu e a encontrou em um quarto.
– Oi, princesa da null. – a mais velha disse, fazendo a pequena sorrir.
– Olha o meu quarto. Ele não é lindo? – Emma perguntou animada e null assentiu, sorrindo pra ela. – Vem que eu vou te mostrar o seu.
A pequena puxou a irmã mais velha até o quarto ao lado e null ficou maravilhada. O local era totalmente a sua cara. Tinha uma mesinha com um netbook e seus livros do colégio, um guarda-roupa, uma cama e uma televisão. Pra deixá-la mais feliz, todos os detalhes era na cor verde, a sua preferida.
– Pequena, como você sabia que esse quarto era o meu? – null perguntou.
– E por que não seria? Você ama verde. Você também ama estudar e olha o tanto de livro que tem nessa mesinha? – Emma disse apontando para o local, fazendo null gargalhar. De repente, a garotinha bocejou e null a pegou pela mão.
– Vou te dar um banho e depois você vai dormir, porque a viagem foi muito demorada e você não dormiu nada. – depois de ouvir isso de null, Emma concordou e as duas foram para o banheiro.
No fim do banho, null havia se molhado toda, o que fez Liz rir demais, junto com Emma. Logo depois, as três se juntaram no sofá e acabaram adormecendo no sofá.
**
Los Angeles, CA – COLÉGIO EAST HIGH – Janeiro, dia 19.
Terça-feira, 7h20min. null estava saindo da sala da secretaria quando o sinal tocou indicando que os alunos deveriam ir para suas salas. Logo, ela olhou para o seu mapa de sala e seguiu em direção ao segundo andar, onde teria sua primeira aula do dia: Matemática I. Rapidamente ela encontrou a sala e entrou, sentando-se na segunda fila de cadeiras. Algumas pessoas sorriram para ela, afinal, ela era novata. Outras ficaram cochichando, mas null nem ligou.
– Bom dia, alunos. – um homem entrou na sala e todos olharam pra ele. – Pra quem não me conhece, sou Tyler, professor de Matemática I e II. Espero fazer um bom trabalho com todos vocês esse ano. Então, conto com a ajuda de vocês.
– Com licença. – de repente, uma garota apareceu na porta. – Será que eu poderia entrar?
– Pode sim, Srta. null. – quando null escutou a resposta do homem, seu coração acelerou. Então, ela olhou para a garota entrando. Os cabelos longos e ondulados, além dos olhos verdes só confirmaram mais ainda quem ela era. Então, a garota olhou para null também e a sua reação era de surpresa.
– OH MEU DEUS! null? – ela indagou, se sentando ao lado dela. – Quando você chegou? Que demais! Vamos estudar juntas.
– Srta. null, fico feliz que já esteja fazendo amizade com a novata, mas nesse momento, eu vou começar a aula. – o professor disse, fazendo null se calar. Mas ela não deixou de pegar um pedacinho de papel e enviar uma mensagem pra null.
“Seja bem-vinda, de volta! Na hora do intervalo, a gente conversa melhor”.
null não deixou de sorrir com o recadinho. Em nenhum momento passou pela sua cabeça que ela poderia estudar com sua “melhor amiga de infância”.
~**~
Depois de três aulas, finalmente deu o horário para o intervalo. Então, null estava arrumando suas coisas, quando null a puxou e lhe deu um forte abraço.
– MEU DEUS! COMO VOCÊ ESTÁ LINDA. – a garota falava alto, fazendo null rir. – Quando você chegou? Onde você tá morando? Quais as novidades? Tá namorando?
– Calma null. Uma pergunta por vez. – null disse, fazendo a outra rir também.
– Que tal irmos merendar e conversamos mais a vontade? – null sugeriu e null aceitou rapidamente. Então, as duas guardaram os seus materiais em seus armários e saíram em direção à cantina. Após pedirem um copo de suco com um sanduíche natural, elas se sentaram em uma mesa. As duas conversavam animadamente, quando um rapaz branco, loiro, alto e de olhos verdes, se aproximou e se sentou ao lado de null.
– E aí? – ao ouvir o rapaz, null o encarou. – Oi amiga da null. Sou null, e você?
– Não acredito que você fez essa pergunta. – null disse e null a encarou sem entender. – Sério que você não sabe quem é ela? – ela completou, apontando pra null.
– Desculpa, mas eu não me lembro de você. A gente se conheceu em alguma festa? – null indagou.
– Sim. – null falou. – Como você pôde ter se esquecido de mim? – ela disse e null ficou a encarando.
– Eu... Eu não me lembro. – null disse.
– A gente se conheceu no meu aniversário. Não se lembra? – null disse séria. null só observava. – Não acredito que você se esqueceu de mim. Poxa, eu te dei o segundo pedaço de bolo do meu aniversario de 05 anos. – depois de ouvir isso, null caiu na gargalhada com a cara que null fez.
– null? Nossa, eu não imaginava que era você. – null disse e a garota sorriu pra ele. – Que bom que você está de volta!
– É muito bom sim, null. Ótimo te rever.
Ela disse, sorrindo mais ainda pra ele. Os três ficaram conversando mais um pouco, até o sinal tocar, indicando que eles tinham que ir para as suas salas.
null acompanhou as duas e quando estavam chegando à sua sala, seu melhor amigo, null, o encontrou.
– Quem era a garota que estava com você e sua irmã no intervalo? – o jovem perguntou.
– null null. Melhor amiga de infância da null. – null respondeu.
– Cara, ela é muito gata. E faz meu estilo! – null disse e null parou para o olhar.
– Ela pode fazer o seu estilo, mas com certeza você não faz o estilo dela. – null brincou com o amigo, que riu, e em seguida, os dois entraram na sala de aula.
XXX
EAST HIGH SCHOOL – Ginásio – Janeiro, 22.
12h40min. Após uma cansativa aula de educação física, null estava descansando com null, quando Lucy, uma garota do 3° ano, se aproxima delas.
– Oi null, oi novata. – a menina disse. – Estou com os convites para a festa de hoje. Vocês querem?
– Desculpa, mas que festa é essa? – null perguntou.
– É a festa de Boas Vindas para os novatos, e último evento organizado pelos alunos que agora estão no 3° ano. – null explicou. – Obrigada Lucy, mas meu irmão já separou pra mim.
– Ah, tudo bem. – Lucy disse. – Mas e você? Vai querer? – ela perguntou para null.
– Claro! – null disse e a outra moça estendeu a mão para entrega-la o convite.
– A gente se vê mais tarde. – Lucy falou, e saiu em seguida com mais duas meninas.
– Vamos tomar um banho e ir pra casa. Mais tarde vai ser top! – null disse animada.
– Que horas começa e que horas termina? – null perguntou.
– Começa 18hs e vai até 22hs, porque a festa é no colégio e o diretor tem controle de tudo. – null disse, fazendo uma careta. – Ei, o que você acha de ir dormir lá em casa? Afinal, sua casa é longe e fica tarde pra você voltar.
– Se não for muito incomodo.
– Claro que não, né null? E outra, minha mãe vai adorar te rever. – null disse e null sorriu. – Vou organizar tudo pra te receber lá em casa! – Após ouvir isso, null agradeceu e as duas entraram no vestiário.
Enquanto isso, na cantina, null e null estavam almoçando, quando Lucy se aproximou deles. A garota sentou ao lado de null e depositou um beijo em seu rosto. O rapaz, nada fez.
– Oi, meu amor! – ela disse. – Acabei de me encontrar com a sua irmã e a amiguinha nova dela.
– Oi, Lucy. – ele disse seco. – A ‘amiguinha da minha irmã’ se chama null. – null completou. – E, por favor, não me chama de amor. Eu não sou nada seu!
– Eu posso não ser pra você. Mas você continua sendo pra mim! – ela disse e ele deu de ombros. – Eu só queria saber de você se está tudo certo para mais tarde.
– Claro, Lucy! Já falei com os caras que vão tocar lá. O que mais você quer? – null indagou.
– Nada. Se você diz que está tudo certo, eu confio. A gente se vê lá. – Depois de falar isso, ela saiu rebolando pela cantina. null respirou fundo e voltou a comer. null estava se segurando pra não rir, afinal, se ele fizesse isso, seria morto por null!
**
EAST HIGH SCHOOL – CAMPO DE FUTEBOL – 18h05min.
O local já estava repleto de alunos, o que deixou os organizadores da festa bastante animados. null estava próxima a uma mesa de salgadinhos quando viu null. Ela acenou e logo a outra garota veio ao seu encontro.
– Eita que ela está arrasando. – null brincou e null deu algumas voltinhas, mostrando seu lindo vestido branco. – Assim todos os garotos do colégio ficarão de olho em você.
– Olha quem fala, não é mesmo, null? – null disse. – Adorei o seu macacão e pode ter certeza que com essas pernas grossas, os garotos vão pirar. – ao escutar isso, null começou a rir. – Ei, vamos até onde o null está e pedir as chaves do carro para guardar suas coisas.
null assentiu e saiu andando com null em direção ao pequeno palco montado bem no centro do Campo de futebol para a apresentação de uma banda. Quando chegaram lá, as duas encontraram null mexendo em um aparelho de som. Ao ver null acenando, null pediu que null ficasse responsável e ele desceu até onde as meninas estavam. O rapaz não deixara de notar o quanto null estava bonita. Seus enormes cabelos lisos e pretos estavam soltos. O seu macacão marcava bem as suas curvas. Sua maquiagem não estava nada exagerada e o seu perfume era um dos melhores que ele já tinha sentido. null também não deixou de reparar no rapaz a sua frente. Os cabelos dele estavam bagunçados, sua blusa branca era de botões e estava meio aberta, deixando amostra um pouco do seu peitoral. Além disso, ele estava de bermuda e sapa tênis.
– Como vocês estão lindas. – null disse, sem tirar os olhos da amiga da irmã.
– Obrigada. – null disse simpática. – Você também está.
– Eu também estou linda? – ele brincou, fazendo as duas rirem. – Em que posso ajudá-las?
– Eu queria a chave do carro pra guardar as coisas da null. – null disse e o rapaz tirou o objeto do bolso, entregando para ela. – Obrigada, maninho. Faz companhia a null enquanto eu vou lá? – ela perguntou e após ele concordar, ela foi até o carro.
– E então, senhorita null, o que está achando do colégio? – null perguntou.
– Bem, senhor null. – null brincou, o que fez o rapaz a sua frente rir. – Estou gostando muito daqui. As pessoas são ótimas. Os professores são excelentes.
– Que bom, null.
– Por favor, me chama de null. – a garota pediu e null assentiu.
– E como está sua família?
– Minha mãe está bem. Eu tenho uma irmãzinha de seis anos chamada Emma. E, infelizmente, meu pai faleceu em um acidente de carro. – ao ouvir isso, null arrependeu-se amargamente de ter feito essa pergunta, e ao perceber que a garota tinha mudado o seu semblante, ele a abraçou.
– Eu sinto muito, null. – null disse e a garota sorriu pra ele. De repente, Lucy apareceu e pigarreou, fazendo os dois se soltarem.
– Finalmente te achei. – a garota disse, cruzando os braços. – A banda que você contratou acabou de chegar e eles estão perguntando por você.
– Já estou indo. Obrigado por avisar! – null disse. – null, eu vou lá. Depois a gente se fala. – ele disse e antes de sair, deu um beijo no rosto dela. Lucy, não gostando do que tinha visto, por ser ex-namorada de null, saiu de perto. null, por sua vez, decidiu ir comer alguma coisa e no caminho, encontrou null.
~**~
Depois de um showzinho bacana da banda que null contratou, ele e null foram para perto de null e null, que estavam dançando animadas. Quando as duas notaram a presença dos dois, elas começaram a dançar com eles.
– Bora remexer o esqueleto. – null disse, puxando null. Já null puxou null.
– Dançar não é comigo. – null disse, mas null ignorou.
– Eu te ensino. – ela disse, segurando as mãos do rapaz, fazendo-o se remexer.
Após algumas aulinhas, null já estava mais soltinho, o que deixou null bem mais animada. null, que estava ao lado, dançando com null, observava bem os dois e começou a rir.
– Do que você está rindo? – null perguntou.
– Olha os dois. – null disse, apontando para o amigo e para null. – Em cinco anos de amizade, eu nunca vi seu irmão se divertindo tanto com alguém. – ele completou e null parou pra analisar.
– Realmente, você tem razão. – ela disse. – Acho que vou dar uma forcinha. Quer me ajudar? – ela perguntou e ele assentiu. – Ótimo! Já que você vai dormir lá em casa também, podemos bolar alguma coisa amanhã. Ou até hoje mesmo!
– Pode contar comigo. – null disse e null sorriu pra ele.
**
Los Angeles, CA – Casa da Família null – 22h55min.
Depois de uma excelente festa, null chegou em casa, acompanhado de sua irmã, null e null. Os quatro ainda estavam rindo das coisas que haviam visto na festa, mas eles deram uma pausa ao entrar em casa, pois não queriam acordar seus pais, nem Miranda – a governanta da casa.
– null, eu e a null vamos tomar banho. Prepara a sala de cinema, que já, já a gente chega lá. – null disse e o rapaz assentiu. Em seguida, as duas subiram, ficando apenas null e null.
– E aí, cara? Você e a null, hein? – null começou, fazendo o rapaz olhar pra ele.
– O que tem a null e eu? – null perguntou, enquanto caminhava até a sala que null havia mencionado.
– Você se animou todo com ela. Até dançou, coisa que você não gosta de fazer. – null disse. – Ah, qual é! Ela é uma gata.
– Concordo com você que ela é uma gata. Mas o fato de termos nos divertido hoje não quer dizer que queremos alguma coisa um com o outro.
– Será? – null indagou. – Se eu fosse você, eu investiria. Não custa nada tentar!
null não disse mais nada. Ele apenas fez o que sua irmã tinha pedido e subiu acompanhado de null até o seu quarto para tomar banho também.
30 minutos depois…
null estava fazendo pipoca, enquanto null pegava as bebidas dentro do pequeno frigobar. Depois que montaram uma mesa bacana com alguns quitutes, null e null apareceram. null encarou o rapaz que estava com um short de dormir azul e uma blusa branca. Os cabelos estavam molhados e o seu perfume estava invadindo o local.
– Que filme vamos assistir? – null perguntou.
– De terror, é claro! – null disse decidida. – Vamos nos ajeitar e começar a assistir logo! – ela completou e todos assentiram. null se sentou no sofá e null no chão, próximo de null. Então, percebendo que tinha um lugar vazio ao lado de null, null se sentou ao seu lado.
– Aperta o play e null, se prepara para os gritos dessas duas. – null disse, levando um beliscão.
Depois disso, null apertou o botão e logo o filme começou. Todas as luzes do local estavam apagadas e para um clima de terror, misturado com suspense, começou a chover. De repente, null percebeu que null estava se tremendo.
– Frio? – ele perguntou e ela assentiu. – Vou pegar um cobertor. – ele completou, se levantando em seguida. Dois minutinhos depois ele voloua, trazendo dois cobertores.
– Mano, não precisava. – null tomou um de sua mão. – Vou dividir esse com o null e você divide esse outro com a null. – ela disse e ele assentiu.
– Algum problema a gente dividir o cobertor? – ele perguntou e ela fez que não com a cabeça. Logo, ele se aproximou dela e os dois se cobriram.
De repente, algumas cenas começaram a ficar bastante pesadas e null se assustava, dando alguns pulinhos. null, por impulso, a abraçou e embora ela continuasse assustada e soubesse que era apenas um filme, ela começou a se sentir melhor.
– Obrigada por isso. – ela disse baixinho, e ele apenas sorriu, voltando a prestar atenção na televisão.
null e null estavam de olho neles dois e sem que eles percebessem, saíram do local, apagando tudo e deixando o local mais escuro ainda.
– O que foi isso? – null perguntou. – Eu não tô enxergando nada.
– Acho que meu celular está por aqui. – null disse e quando achou, ligou a lanterna. – Deve ter faltado energia. É melhor esperarmos voltar, porque se andarmos pela casa assim, apenas com essa lanterna, podemos quebrar alguma coisa e acabar se machucando.
– Você tem razão. – null disse. – null e null, cadê vocês? – ela perguntou, mas não obteve resposta. Ao perceber que os dois não estavam ali, null começou a se tocar de que tudo isso não passava de uma armação dos dois.
De repente, começou a relampejar e null ficou próxima de null. Foi então que ele parou para perceber que aquela situação era perfeita. Ele estava com uma linda garota em seus braços. Por que não investir, como ouvira de seu amigo? Foi então que, ele pegou no rosto da garota e depois de encará-la um pouco, encostou os seus lábios nos dela. null fora totalmente surpreendida por essa atitude, no entanto, ela não deixou de ceder. E o beijo? Só ficava melhor. Até que o ar faltou, e por obra do destino – ou não – as luzes se acenderam.
– Eu peço desculpas por isso. – null disse.
– Não precisa se desculpar. – null disse. – Eu acho que depois de tudo que passamos hoje, isso deveria acontecer. – ela completou e foi a vez de null se surpreender.
– Que fofos vocês dois juntos. – de repente, null aparece com null. – Opa, nós perdemos alguma coisa?
– Podem parar com isso. – null disse. – Eu sei que vocês contribuíram pra que isso acontecesse.
– E não foi bom, amigão? – null perguntou e null encarou null, que sorria.
– Foi ótimo. – os dois disseram juntos.
– Bom saber. Agora, vamos voltar a assistir o filme. – null disse e os outros três concordaram, ficando nos mesmos lugares em que estavam.
Depois de assistirem mais um filme, os quatro decidiram dormir ali mesmo na sala de cinema. null, com a ajuda de null, trouxe alguns colchões para o local. null, assim que se deitou, dormiu logo. null fez isso logo em seguida. Já null e null ficaram um pouco no sofá, conversando e trocando alguns carinhos. Quando o sono finalmente bateu, os dois se ajeitaram no colchão e logo adormeceram.
~**~
NO DIA SEGUINTE…
9h45min. null estava terminando de colocar seu biquíni, quando uma senhora, de aproximadamente uns 50 anos, entrou no quarto.
– Bom dia. Você deve ser a Srta. null. Eu sou a Miranda, governanta da casa.
– Olá, Miranda. Sou a null sim, mas pode me chamar de null.
– Como achar melhor, null. – a mais velha disse sorridente. – Trouxe a merenda de vocês.
– Oba. – de repente, null saiu do banheiro e foi até Miranda, pegando a bandeja com comida e colocando em cima de uma mesinha. – Cadê a mamãe?
– Ela foi resolver umas coisas com seu pai, mas disse que volta antes do almoço. – Miranda disse e null assentiu. – Se vocês precisarem de alguma coisa, basta me chamar. – Mirando completou e em seguida, saiu do quarto.
– Ela é um amor. – null disse e null concordou.
– Vamos comer logo pra irmos pra piscina.
null disse e null assentiu, sentando-se perto da mesa e começando a comer.
UM TEMPINHO DEPOIS…
null já estava se divertindo na piscina, enquanto null estava sentada passando o protetor. De repente, seu olhar cruzou com um par de olhos verdes. O rapaz, que agora caminhava até onde ela estava, usava uma bermuda e uma camiseta. Quando chegou perto, ele se sentou ao lado dela e deu um beijo em seu rosto.
– Quer que eu passe o protetor nas suas costas? – null perguntou e null assentiu, entregando o objeto pra ele. – Dormiu bem?
– Muito bem. E você?
– Também. Você é uma ótima companhia. – depois de ouvir isso, null ficou um pouco envergonhada. – Ei, não precisa ficar assim.
– É um pouco difícil, mas vou tentar. – ela falou sorridente. – Me deixa passar protetor em você também. – ela pediu e ele assentiu, tirando sua camiseta e ficando de costas pra que a garota pudesse passar o protetor.
– Bom dia, bom dia, bom dia. – null apareceu e se sentou perto dos dois. – Que dia bacana! Vou pra piscina. Vocês não vêm?
– Já, já. – null disse. Ele assentiu, mas não esperou pelos dois. Apenas retirou sua blusa e seus óculos, dando um pulo e indo perturbar null. – Vamos também?
Ele perguntou para a garota ao seu lado e ela assentiu, levantando-se e tirando o seu short. null olhou para ela dos pés a cabeça. A menina usava um biquíni azul marinho, e suas curvas o chamaram bastante atenção. Quando ela pulou na piscina, null saiu do seu transe e tirou sua camiseta, pulando em seguida.
~**~
Depois de um bom tempo na piscina, null e null saíram e foram tomar um banho para o almoço. Quando elas estavam se arrumando, a Sra. null entrou no quarto.
– Olá, meninas. – ela disse. – Nossa, null! Como você cresceu. E está muito linda!
– Obrigada, Sra. null. – ela respondeu.
– Você poderia me dar o telefone da sua mãe? Adoraria reencontrá-la. – a mulher disse e null assentiu, pegando um papel e anotando, entregando em seguida. – Obrigada, minha querida.
– Não tem de que. – null disse sorridente.
– Vou até o quarto do null, pois ele adora se atrasar para as refeições. Até já, já.
Quando acabou de falar, ela se retirou do quarto das meninas e foi até o quarto de seu filho, o encontrando jogando vídeo game com null.
– Oi, meus queridos! – ela disse. – Vejo que já estão arrumados para o almoço.
– Claro que sim, mãe. Se tratando de comida. – null brincou.
– Já podem descer, pois a Miranda já vai colocar na mesa. – ao ouvir isso da Sra. null, null pediu licença e saiu. – Filho, você viu como a null está diferente? Muito bonita!
– Até a senhora? – null indagou e a mulher não entendeu. – A null e o null deram de cupidos ontem à noite. – Hum, então vocês “ficaram”? – ela perguntou, fazendo aspas com os dedos. null apenas concordou com a cabeça. – Ela é uma ótima garota. Vem de uma família boa.
– Concordo com a senhora. Agora, podemos descer pra comer? – null perguntou e a mulher assentiu, saindo com ele em direção à piscina, pois o almoço seria ao ar livre hoje.
**
Após um excelente almoço e uma sobremesa espetacular, null chamou null para sala de jogos. null e null estavam indo pra lá, quando a Sra. null apareceu.
– Filho, eu gostaria de falar com você. – ela disse e o rapaz assentiu. – Estive conversando com a Liz, mãe da null, depois do almoço. E fiquei sabendo de muitas coisas que nem você nem a sua irmã me contaram.
– Como o quê? – null perguntou.
– A Liz teve mais uma filha, segundo ela, chamada Emma. Ela também me disse que voltou para L.A, porque o seu esposo sofreu um acidente e acabou falecendo. Logo, elas não tinham como se sustentar lá e vieram pra cá, pois tem a família da Liz que pode ajuda-las.
– Tudo bem. – null disse. – E o que tem tudo isso?
– null, eu não quero que você se envolva com a null null.
– Como é que é, mãe? – ele perguntou.
– Isso mesmo que você ouviu. Essa garota não está a sua altura, meu filho. Ela e a sua família não são ricas.
– Eu não acredito que estou ouvindo isso. Desde quando o dinheiro é mais importante, mãe? – null indagou. – O que importa é o caráter, não as condições financeiras.
– null, eu não estou lhe pedindo nada. Estou mandando! – a Sra. null disse, o fazendo bufar. – Você deveria voltar com a Lucy. A família dela é toda conhecida. Ela é uma ótima garota e vocês formam um lindo casal.
– Entende uma coisa mãe: eu não tenho mais nada com a Lucy e não vou ter só porque formamos um casal bonito. E quer saber mais? Sabe por que eu terminei com a Lucy? – null perguntou e a mulher fez que não. – Porque ela é totalmente prepotente, egoísta, que só pensa em dinheiro, compras, luxo. E sabe o pior? Eu vendo tudo isso na senhora. – depois de dizer isso, ele se retirou, deixando sua mãe extremamente chateada.
null foi até a cozinha e pegou um copo de água, encostando-se no balcão. Quando ele estava saindo do local, esbarrou em null.
– Desculpa. – ele pediu. – Cadê a null e o null?
– Estão na sala de jogos. – ela disse. – Eu fui ao banheiro e estava indo pegar minhas coisas.
– Você já vai? – ele indagou e ela assentiu. – Por quê? A null tinha me dito que você só iria mais tarde. – null falou.
– Eu preciso ir. – foi à única coisa que null disse, saindo até o quarto de null. null, nada satisfeito, foi atrás dela.
– Tudo bem. Se quiser ir agora, eu vou te deixar em casa. – ele disse e ela o encarou.
– null, não precisa. Eu vou de ônibus.
– Eu não vou deixar você ir de ônibus.
– Por favor, null. Eu moro muito longe, não quero que você se incomode com isso. – null disse, pegando suas coisas.
– Mas eu faço questão de ir deixa-la. Vai ser bom pra mim, pois estou precisando desopilar. – depois de ouvir isso, null acabou aceitando. Mas ela estava muito incomodada, principalmente depois de tudo que escutara da Sra. null ao seu respeito.
**
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA .
15h30min. null estava em frente à casa de null, acompanhado pela mesma. Durante o caminho, os dois não trocaram uma palavra se quer. Por causa disso, null começou a ficar incomodado.
– Obrigada pela carona. – null disse e estava prestes a sair do carro, quando null a puxou pela mão e depois a beijou. Ele teve certeza de tinha alguma coisa errada ao perceber que o beijo não fora retribuído.
– Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou. – Eu te fiz algo?
– Não. – foi à única resposta dela.
– Desculpa, mas eu não acredito. Você ficou bem diferente depois do almoço.
– Eu escutei sua conversa com a Sra. null. – ela disse e deu um sorrisinho fraco. – Peço perdão por isso, mas estava passando e escutei o nome da minha mãe, da minha irmã, o meu.
– Não precisa pedir perdão. – null disse, voltando sua atenção para a sua frente. – Eu quem peço perdão pela forma que minha mãe falou.
– null, ela só quer o melhor pra você. – null disse.
– Eu não tenho dúvidas disso, mas não é ela quem vai tomar as decisões por mim. – null disse e voltou a olhar pra null. – Foi muito bom você voltar. Foi muito bom a gente ter ficado.
– Eu não quero arrumar problemas pra você e sua mãe, null. – null disse e null tocou em seu rosto.
– Você não vai fazer isso. – ele disse. – Eu não vou abrir mão do que eu quero só porque minha mãe não aceita.
– Mas null…
– Nada de “mas”. Eu não vou abrir mão de você! – depois de dizer isso, null a beijou novamente. Só que dessa vez, ela correspondeu.
XXX
Los Angeles, CA – EAST HIGH SCHOOL – Fevereiro, 19.
Sexta-feira, 11h50min. null estava sentada na arquibancada do ginásio, acompanhada de null, quando null apareceu e se sentou no meio delas. Na irmã, ele deu um beijo no rosto. Já em null, ele deu um selinho.
– Você não deveria estar na aula? – a garota indagou.
– Deveria, mas o professor faltou. – null disse. – Mas olha que coisa boa? Vou assistir à aula de vocês.
– Você vai ver que não é nada engraçado um monte de mulher jogando futebol. – null disse.
– Ah, com certeza isso é engraçado. – ele disse, olhando para null.
– Opa, acho que tô sobrando aqui. – null disse e saiu em direção à quadra.
– Finalmente sozinhos. – null disse, ainda olhando para null. – Estava querendo passear hoje. Com você. Vamos?
– Pra onde? – ela indagou.
– Você só vai saber se aceitar ir comigo. – null disse sorridente e null suspirou.
– Tudo bem, null null.
– Ótimo, null null. – ele disse. – LIGO para você quando estiver chegando. Umas 19hs, ok? – ele completou e a garota assentiu, levantando-se e indo pra quadra após o apito de seu professor.
null continuou sentado na arquibancada, disposto a assistir toda a aula das meninas. Pra melhorar, null apareceu e lhe fez companhia.
**
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – 18h50min.
null’s POV
Cheguei 10 minutos antes e estava com meu carro parado em frente à casa de null. Ah, null! Eu posso te ver na janela, esperando o meu telefonema. Com o luar brilhando em você. Você está tão bonita. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. Ela estava usando uma jardineira com uma blusinha verde. O celular estava em suas mãos. Meu Deus, essa garota estava mexendo comigo! Acho melhor ligar logo.
– Alô? – no primeiro toque, ela já atendeu.
– Boa noite. – eu disse, mudando minha voz. – Gostaria de falar com a Srta. null.
– Só um minutinho, pois vou chamá-la. – null brincou e eu pude ver que ela estava sorrindo. E que sorriso! – Aqui é a null null. Em que posso ajudar?
– Gostaria de informar que o seu príncipe encantado encontra-se do lado de fora da sua casa.
– E ele está em um cavalo branco?
– Infelizmente, não. No entanto, dá pro gasto o veículo no qual ele se encontra. – eu disse e ela riu. Aproveitei para sair do carro, pegando algo que havia trazido pra ela. – Olhe pela janela e você o verá. – ao dizer isso, vi null abrir a janela e sorrir pra mim.
– Flores? Que romântico! – ela disse pelo telefone. – Estou descendo! – ela completou e saiu da janela, apagando as luzes de seu quarto.
Pouco tempo depois, ela estava atravessando a rua em minha direção. Quando se aproximou, meu coração acelerou. null estava muito mais bonita do que eu pensava. Ela sorriu pra mim e eu entreguei as flores, recebendo um beijo no rosto.
– Pronta pra se divertir? – perguntei e ela fez que sim com a cabeça. Sendo assim, eu abri a porta do carro pra ela e em seguida dei a volta, entrando também e dando partida rumo ao Parque de diversões.
~**~
Los Angeles, CA – PARQUE DE DIVERSÕES – 19h30min.
– Não acredito. – null disse.
– Eu acho que você gostou. – null disse e ela assentiu com a cabeça. – Vamos entrar logo para aproveitarmos.
– Vamos sim, mas antes. – null disse e se aproximou dele, dando-lhe um beijo. null pegou em sua mão e os dois entraram juntos. A garota estava maravilhada com a imensidão do local. Havia muitas pessoas se divertindo nos enormes brinquedos, tinham muitos casais namorando, muitas crianças animadas por irem a um brinquedo pela primeira vez.
– Vamos começar por onde? – null perguntou e null parou pra analisar.
– Que tal a montanha-russa? – ela sugeriu e o rapaz imediatamente aceitou, indo com ela até a fila do brinquedo, que para alegria dos dois, não estava grande.
[...]
Após brincarem em quase todos os brinquedos, null e null fizeram uma pausa para lanchar. Enquanto os seus lanches não ficavam prontos, eles se sentaram um banquinho e ficaram olhando ao redor. De repente, null encarou null, que ao perceber que estava sendo observado, começou a encará-la também.
– Eu sei que sou bonito, mas estou começando a ficar sem jeito. – ele disse, fazendo-a sorrir.
– Eu estou criando coragem para te perguntar uma coisa. – ela disse, baixando a cabeça.
– Pode perguntar.
– Como está o clima com a sua mãe? – null perguntou e viu o semblante do rapaz a sua frente mudar. – Eu sabia que não era uma boa ideia ter perguntado isso.
– Não tem problema. – ele disse. – Na verdade, eu acho bom você perguntar isso, pois percebo que você se preocupa em saber como nós estamos. – ele completou.
– Eu não quero que você tenha problemas com ela por minha causa. – null disse e null parou para encará-la. – E eu sei que não é só com ela que você tem problemas. Toda a sua família interfere nisso.
– A null não. – null disse. – null, nós estamos à procura de um lugar para chamar de nosso. Mas eles nos dizem que somos muito jovens e temos que deixá–los ir.
– É muito difícil, null. Em nenhum momento quero colocar sua família contra você por causa de mim. – null falou.
– Não se preocupe com isso. Pelo menos, não agora. – ele pediu, fazendo-a sorrir. Pra deixa-los mais alegres, os seus lanches chegaram.
[...]
– null, por favor, vamos à roda gigante. – null pediu, mas a garota a sua frente estava de braços cruzados e balançando a cabeça negativamente. – Eu fui a todos os brinquedos que você queria.
– Mas eu tenho medo de altura, null. – ela disse e ele a encarou.
– Você estará comigo. – ao escutar isso, a garota suspirou.
null estendeu a sua mão e ela pegou, indo com ele em direção ao local. Ao se sentarem, a garota até quis desistir, mas null não deixou. Então, o brinquedo pegou movimento e null fechou os olhos. O rapaz riu baixinho, mas foi o suficiente para a garota ao seu lado escutar e o encarar.
– Rindo do medo dos outros, né? Que coisa feia! – ela disse.
– Você fica tão linda quando está assim. – ele disse, deixandoa-a sem jeito. – Segura a minha mão. – ele pediu e assim ela fez. null olhou para baixo e sorriu. null, sem entender, acabou olhando pra baixo também, assustando-se. – Ei, fica calma. Eu estou aqui com você! – ao escutar isso, ela respirou devagar. De repente, ela acabou se sentindo segura com null e olhou mais uma vez para baixo. Logo, ela voltou o seu olhar para o rapaz ao seu lado e sorriu, aproximando-se dele e o beijando. null sentiu seu coração acelerar na medida em que o beijo se intensificava. Após faltar o fôlego e os dois deixarem de se beijar, null teve certeza de uma coisa: ela estava apaixonada por null null.
XXX
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – Março, 05
null estava em seu quarto estudando para a prova de segunda-feira, quando seu celular tocou. Um sorriso enorme apareceu quando ela viu que era null.
– Olá, Sr. null. – ela disse brincalhona. – Em que posso ser útil?
– Queria saber se você tá a fim de me receber na sua casa hoje. – null perguntou do outro lado da linha.
– Claro que sim. Que horas?
– Pode ser às 17hs? – ele indagou e escutou um "aham" de null. – Sua mãe e sua irmã estarão em casa?
– Estarão sim. Por quê?
– Na hora você saberá. – null disse e ela assentiu. – Até mais tarde, null. Beijo!
Depois de respondê-lo, ela desligou o celular. Infelizmente, sua concentração fora perdida. Principalmente quando ele perguntou se sua mãe e sua irmã estariam em casa. Por que ele queria saber disso? Em meio a tantos pensamentos, null decidiu voltar a se concentrar e estudar.
~**~
null estava sentada no sofá da sala assistindo TV com sua irmãzinha, quando a campainha tocou. Ela levantou num pulo e rapidamente abriu a porta, sorrindo e permitindo a entrada de null. Ele também sorriu, mas não deixou de perceber uma coisinha pequena atrás de null.
– Olá. – ele disse se abaixando. – Um passarinho verde me contou que seu nome é Emma.
– O passarinho verde foi a minha irmã? – ela perguntou e null concordou. – Eu sabia.
– Você é muito esperta. – null disse. – Isso é pra você! – ele completou, estendendo uma caixa pra pequena, que abriu e viu um lindo ursinho.
– Que fofinho. Obrigada namorado da null! – a pequena disse, fazendo o rapaz rir.
– EMMA! – null gritou. – Ele não é meu namorado! – ela disse e a pequena pediu desculpa.
– Meninas? – de repente, Liz chamou por elas e se aproximou da sala. Ao ver null, ela sorriu pra ele. – Boa tarde, rapaz. Tudo bem?
– Olá Sra. null. – null disse e lhe entregou algumas flores.
– Muito obrigada, meu querido. É um prazer conhece-lo! – ela disse sorridente.
– Faço minhas as suas palavras. – ele disse.
– Suponho que você esteja com fome. Que tal um bolo de chocolate? – Liz perguntou e ele sorriu.
– Só se for agora! – null respondeu alegremente e os quatro foram para a cozinha.
[...]
Depois de comerem e conversarem bastante, null pediu licença e foi até o seu carro. Ele voltou rapidamente, mas trazia um violão com ele.
– Por que você trouxe um violão? – null perguntou
– Liz e Emma, vocês gostam de música? – null ignorou a pergunta de null fazendo outra pergunta.
– Sim. – Liz e Emma responderam juntas.
– Então, escutem com atenção a essa música. – null disse e elas assentiram. null só olhava pra ele. Sem entender nada!
O rapaz começou a dedilhar e em seguida cantou uma música romântica. Liz e Emma estavam adorando. null estava admirada vendo null fazer isso. De repente, ao acabar a música, ele encostou o violão na parede e ficou de joelhos, de frente para null.
– Eu quero te fazer se apaixonar por mim, ouvir você dizer que vai até o fim. Andar de mãos dadas com você. A nossa idade, não importa. O que importa é o coração. Baixinha linda, null null, você aceita namorar comigo? – null se declarou, deixando null emocionada. Liz e Emma estavam bastante sorridentes.
– Claro que aceito! – após dizer isso, null o puxou e lhe deu um beijo.
– Agora ele é o seu namorado! – Emma disse, fazendo todos rirem.
XXX
MALIBU'S BEACH – Julho, dia 15.
Os alunos da East High estavam hospedados em uma Casa de Praia há dois dias. Nesse momento, muitos estavam se arrumando para um luau que teria daqui algumas horinhas. null, que fora chamada pra ajudar na organização da festa, havia acabado de voltar da praia e iria começar a se arrumar, quando viu null deitada na cama, mexendo em seu celular.
– Por que você não esta se arrumando? – null perguntou.
– Não estou muito a fim dessa festa. – null disse sem tirar os olhos da tela do celular.
– Que história é essa, cunhada? Você vai se arrumar AGORA. E ficar mais linda ainda para o meu irmão, que por sinal, acabou de me ver e perguntou por você. – null disse e null colocou o travesseiro em seu rosto. – Bora, bora que eu ainda vou ajeitar o seu cabelo! – depois de escutar isso, null se deu por vencida e se levantou, indo direto para o banheiro.
[...]
MALIBU'S BEACH – LUAU – 19h45min.
null e null estavam dançando no centro da festa, quando ela percebeu que algumas meninas próximas estavam falando alguma coisa dela. null tentou não se incomodar, mas era um pouco difícil.
– Vamos beber alguma coisa? – ela pediu pra null.
– Vamos sim! – ele completou e saiu de mãos dadas com ela rumo à mesa de bebidas.
Após pegar duas latinhas de refrigerante, eles se sentaram em uma bancada, próximo da casa principal. De repente, Lucy passou pelos dois, acompanhada de uma amiga. As duas param de frente para o casal e começam a rir.
– Perderam alguma coisa? – null perguntou.
– Eu pensava que tinha perdido você, mas percebi que foi você quem se perdeu. – Lucy disse, meio alterada. Culpa da bebida.
– Desculpa, mas eu não lhe entendi. – null disse, se levantando. null apenas observava.
– Você, um cara tão rico, filho de um famoso médico, namora com uma garota sem estilo, que não tem boas condições financeiras, além de ser bolsista. – a amiga de Lucy disse, fazendo-a gargalhar.
– E o que faz vocês duas pensarem que são melhores aqui? – null indagou, cruzando os braços e encarando as duas. – Sabem por que vocês estão sozinhas? Porque são que nem tambor!
– Como é que é? – Lucy perguntou.
– Vocês são que nem tambor: fazem barulho por fora, mas são vazias por dentro!
Quando terminou de dizer isso, null puxou null e os dois foram em direção ao mar, sentando-se na areia. O rapaz passou os braços pelo ombro da namorada, puxando-a para perto de si.
– Eu não imaginava que namorar um rapaz popular incomodaria tanta gente. – null disse, dando um sorriso fraco. – Eu só queria que as coisas estivessem diferentes. Já estamos juntos há quatro meses. – null disse e null a encarou.
– Ei pequena, não se preocupe com nada, não se apresse. – null disse. – Sabe por quê? – ele indagou e ela fez que não. – Porque o amor como este é pra sempre.
– Mas as pessoas não veem dessa forma. – ela disse.
– E daí, null? Eles não sabem de nada. Vamos mostrar a todos que estamos melhor juntos. E que o amor que nós temos é tão intocável.
– Você sempre foi bom com as palavras? – null perguntou, fazendo-o rir. – Temos o mundo inteiro contra nós. Eles querem nos ver caídos. Mas o nosso amor é como um castelo, eles não podem quebrar as paredes.
– Pelo visto, eu não o único bom com as palavras. – null brincou e null assentiu. – Como um campo de força ao nosso redor, dois corações nos mantêm fortes.
– null, sinto lhe informar, mas... – null começou e o rapaz arqueou as sobrancelhas. – Eu acho que estou te amando. – ao escutar isso, ele riu envergonhado. –Sim, você me pegou e eu tenho você, agora.
– Sabe o que é melhor? – null perguntou. – Eu te peguei, você tem a mim, como eu tenho a você. E juntos, nós somos tão intocáveis.
Após completar isso, null a puxou e a beijou. Naquele momento, nada poderia ser mais perfeito para os dois. O mar, as estrelas do céu eram a cena mais romântica de um amor tão intocável.
33 anos depois...
– Vocês dois sofreram muito pra ficar juntos. – Ellie diz e eu concordo com ela. – Mas e aí? Minha bisavó nunca aceitou minha vozinha?
– Oh, minha pequena, as coisas mudaram muito uns anos depois. – de repente, minha linda esposa aparece e se senta perto de mim.
– O que aconteceu? – foi a vez de Kauet perguntar.
– Que tal eu contar a partir daqui? – minha null sugere e eu apenas assenti.
FLASHBACK ON
Los Angeles, CA – EAST HIGH SCHOOL – Dezembro, dia 19.
2016. null e null estavam no colégio esperando o resultado do Vestibular sair. As duas estavam bastante ansiosas. Embora tivessem feito boas provas, rolava um pouco de medo de não passarem na faculdade de seus sonhos. De repente, o diretor Fell apareceu e anunciou que a lista dos aprovados estava sendo anexada no mural de informações. null e null esperaram esvaziar mais um pouco até irem lá.
– É agora ou nunca. – null disse e null assentiu.
As duas cruzaram os dedos e ficaram de frente para o mural. O primeiro grito foi o de null. Ela fora aprovada em Direito, 3° lugar. De repente, vem o segundo grito. E dessa vez, foi o de null.
– EU PASSEI. – ela disse animada. – Eu passei em Medicina. E em 1° lugar! – ela completou e abraçou a amiga/cunhada.
– null vai enlouquecer quando souber. – null disse.
– É, mas não vamos contar agora. – null disse. – Ele estará por aqui no fim de semana por causa do Natal. Então, nós contamos! – ela completou e null concordou.
XXX
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – Dezembro, dia 24.
null havia acabado de receber uma ligação de null, que disse que já estava a caminho. Logo, ela subiu e foi se arrumar, já que tinha o costume de passar o Natal com a sua família vestida de pijama.
Depois de colocar um vestido vermelho, uma rasteirinha e ter soltado os seus cabelos, ela desceu e encontrou sua mãe deitada no sofá assistindo alguns especiais de Natal, com Emma adormecida em seus braços. Logo a campainha tocou e null abriu a porta, dando passagem para null, que lhe deu um abraço apertado seguido de vários beijos.
– Detesto ficar longe de você, sabia? – ele disse, enquanto os dois caminhavam até a sala. Liz ajeitou-se, mas com todo cuidado para não acordar Emma. – Feliz natal, Liz. Perdão a hora!
– Sem problemas, null, e feliz Natal também. – ela disse, sorridente. – Vocês poderiam me ajudar a levar a Emma lá pra cima? – ela perguntou e null assentiu, pegando a garota em seus braços e subindo cuidadosamente com ela, colocando-a em sua cama.
– null, me acompanha até meu quarto? – null pediu e ele assentiu.
– Vou me deitar. Boa noite pra vocês! – Liz disse, dando um abraço em null e indo para o seu quarto em seguida. Já ele acompanhou null até o quarto dela e se sentou na cama da garota, chamando-a com o dedo.
– Venha ver o seu presente. – o rapaz disse e ela se aproximou, sentando-se ao seu lado e recebendo uma caixa. Ela abriu e deu um largo sorriso ao ver uma bolsa. Logo, ela se levantou e pegou o presente dele dentro de seu guarda-roupa. O rapaz agradeceu e ficou muito feliz ao ver um box da sua série preferida e uma blusa xadrez.
– Ainda tem mais uma coisa. – null disse e pegou um envelope, entregando para null.
– UNIVERSIDADE EAST HIGH? – ele disse empolgado. – Parabéns pela aprovação em 1° lugar no curso de... – ele não conseguiu completar a frase.
– Eu sou a mais nova universitária do curso de Medicina. – null disse, recebendo um abraço do namorado.
– Parabéns, minha pequena. – null disse. – Você me mata de orgulho!
– Obrigada, meu amor. – ela disse, lhe dando um selinho.
– Podemos ir lá para varanda? – null perguntou e null assentiu, se levantando com ele e indo para o local proposto.
Ao chegarem lá, os dois se sentaram no chão e ficaram olhando para as estrelas. De repente, null a puxou e a abraçou, colocando sua cabeça sob o ombro da namorada.
– Deixa eu fazer uma brincadeira com você. – null sugeriu e null assentiu. – Feche os olhos e nos imagine no paraíso, em um lugar que só nós sabemos e naquele lugar viveremos nossas vidas. Imaginou?
– Estou imaginando. – null disse, ainda com os olhos fechados.
– Certo. – null falou. – Lá, nós somos tão intocáveis. Ser feliz é o nosso objetivo!
– Que sonho! – null disse, fazendo null sorrir.
– Venha fugir comigo? – null perguntou e null abriu os olhos, para o encarar. – Durante um espaço de tempo, eu procurei por alguém como você. Alguém que pudesse me completar. Alguém que eu pudesse chamar de amor. Agora, como futura universitária, você tem um futuro promissor pela frente. E eu, quero vive-lo com você.
– Como assim, null? – null perguntou e seus olhos arregalaram quando ele tirou uma caixinha do seu bolso.
– null null, você aceita se casar comigo? – null perguntou, mas resolveu continuar. – Vamos viver no paraíso que você imaginou. No tempo certo, com certeza. Então, o que você me diz?
– Eu seria uma louca se não dissesse sim depois de todas as palavras lindas que você usou. null null, é claro que eu aceito me casar com você! E sabe o melhor? – null perguntou e ele ficou a olhando. – Vamos viver no nosso paraíso, um lugar que só nós sabemos. – depois dessa resposta, null colocou a aliança no dedo de null.
Os dois selaram esse momento com um beijo apaixonado. Mais uma vez, as estrelas eram testemunhas desse amor, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas desde o início, se tornou INTOCÁVEL.
“Eu posso te ver na janela, esperando o meu telefonema. Com o luar brilhando em você. Você está tão bonita.”.
Nunca me esquecerei dessa cena. Foi a partir daquele momento que eu descobri algo. Um sentimento, que quando é verdadeiro, leva as pessoas a fazerem qualquer coisa. Descobri o amor, e olha que nunca me imaginei sentindo algo assim.
– Vovô! – de repente meus netinhos, Ellie e Kauet, aparecem.
– Como estão, meus pequenos?
– Muito bem, vovô. – Ellie quem responde. – Estava na cozinha conversando com a vovó, e ela me disse que o senhor tem uma ótima história para nos contar.
– Sua avó disse isso? – pergunto, e a garotinha de 10 anos balança a cabecinha confirmando.
– Que historia é essa, vovô? – Kauet pergunta.
– É a história da sua avó e eu. – respondo e vejo os olhinhos de Ellis brilharem.
– Sério vovô? – ela pergunta. – Eu quero escutar. Conta, conta!
– É vovô, pode contar. Também quero saber. – Kauet disse e eu sorrio para os dois.
–Tudo bem, meus queridos. Essa história fala de um AMOR INTOCÁVEL e aconteceu há 33 anos...
33 ANOS ANTES...
Los Angeles, CA – Casa da Família null – Janeiro, dia 18.
2015. Assim que deu 6h30, o celular de null tocou, indicando que ele deveria se levantar. O rapaz de 17 anos se arrependera amargamente de ter ido dormir tão tarde, mesmo sabendo que teria aula bem cedinho. Só que mesmo estando com preguiça, ele se espreguiçou e acabou se levantando, indo para o banheiro, onde escovou seus dentes e em seguida um banho gelado, pra ver se despertaria melhor.
Quando saiu do banheiro, ele viu sua roupa separada e agradeceu mentalmente a Miranda, governanta da sua casa. null vestiu sua calça jeans e calçou seus sapatos. Em seguida, ele desceu e foi ao encontro de sua família, que já estava pronta para merendarem.
– Bom dia, família. – ele disse, recebendo um sorriso de seus pais e de sua irmã.
– Kends, você não sabe a novidade do papai. – null disse, chamando a atenção do irmão. – Ele foi promovido ao cargo máximo do hospital. Isso não é demais?
– Que notícia boa, pai. Parabéns. – null disse, enquanto se servia com um pouco de café. – Dr. null se garantindo!
– Obrigado, meu filho. – o homem mais velho disse. – Espero ter a alegria de vê-lo passando em Medicina no final do ano.
– Farei o possível. – null disse animado.
– Que orgulho da minha família. – a Sra. null falou. – Agora acho melhor vocês se apressarem se não, chegarão atrasados no primeiro dia de aula. – depois de dizer isso, null e null resolveram terminar de comer logo.
Los Angeles, CA – AEROPORTO – 06h50min
O local não estava muito movimentado, deixando null bastante feliz. Sua única chateação era que, devido ao atraso do seu voo, ela perderia o primeiro dia de aula. – Filha, pega as nossas bagagens que eu vou atrás de um táxi. – Liz, mãe de null, falou e a garota assentiu. Em seguida, ela pegou as malas e foi ao encontro de sua mãe e de sua irmã Emma, de apenas seis aninhos de idade. null sorriu para as duas e se sentou, aguardando o táxi.
Los Angeles, CA – Casa da Família null – 07h45min
Assim que entrou na casa nova, null não deixou de sentir a falta de seu pai. Infelizmente, ele faleceu em um acidente de carro, dois anos atrás. No entanto, ela não queria transparecer tristeza perto de sua irmãzinha, que apesar de ser novinha, era bastante esperta.
– ! ! – a garotinha a chamou. – VEM AQUI EM CIMA! – ela continuou gritando, até que null subiu e a encontrou em um quarto.
– Oi, princesa da null. – a mais velha disse, fazendo a pequena sorrir.
– Olha o meu quarto. Ele não é lindo? – Emma perguntou animada e null assentiu, sorrindo pra ela. – Vem que eu vou te mostrar o seu.
A pequena puxou a irmã mais velha até o quarto ao lado e null ficou maravilhada. O local era totalmente a sua cara. Tinha uma mesinha com um netbook e seus livros do colégio, um guarda-roupa, uma cama e uma televisão. Pra deixá-la mais feliz, todos os detalhes era na cor verde, a sua preferida.
– Pequena, como você sabia que esse quarto era o meu? – null perguntou.
– E por que não seria? Você ama verde. Você também ama estudar e olha o tanto de livro que tem nessa mesinha? – Emma disse apontando para o local, fazendo null gargalhar. De repente, a garotinha bocejou e null a pegou pela mão.
– Vou te dar um banho e depois você vai dormir, porque a viagem foi muito demorada e você não dormiu nada. – depois de ouvir isso de null, Emma concordou e as duas foram para o banheiro.
No fim do banho, null havia se molhado toda, o que fez Liz rir demais, junto com Emma. Logo depois, as três se juntaram no sofá e acabaram adormecendo no sofá.
Los Angeles, CA – COLÉGIO EAST HIGH – Janeiro, dia 19.
Terça-feira, 7h20min. null estava saindo da sala da secretaria quando o sinal tocou indicando que os alunos deveriam ir para suas salas. Logo, ela olhou para o seu mapa de sala e seguiu em direção ao segundo andar, onde teria sua primeira aula do dia: Matemática I. Rapidamente ela encontrou a sala e entrou, sentando-se na segunda fila de cadeiras. Algumas pessoas sorriram para ela, afinal, ela era novata. Outras ficaram cochichando, mas null nem ligou.
– Bom dia, alunos. – um homem entrou na sala e todos olharam pra ele. – Pra quem não me conhece, sou Tyler, professor de Matemática I e II. Espero fazer um bom trabalho com todos vocês esse ano. Então, conto com a ajuda de vocês.
– Com licença. – de repente, uma garota apareceu na porta. – Será que eu poderia entrar?
– Pode sim, Srta. null. – quando null escutou a resposta do homem, seu coração acelerou. Então, ela olhou para a garota entrando. Os cabelos longos e ondulados, além dos olhos verdes só confirmaram mais ainda quem ela era. Então, a garota olhou para null também e a sua reação era de surpresa.
– OH MEU DEUS! null? – ela indagou, se sentando ao lado dela. – Quando você chegou? Que demais! Vamos estudar juntas.
– Srta. null, fico feliz que já esteja fazendo amizade com a novata, mas nesse momento, eu vou começar a aula. – o professor disse, fazendo null se calar. Mas ela não deixou de pegar um pedacinho de papel e enviar uma mensagem pra null.
null não deixou de sorrir com o recadinho. Em nenhum momento passou pela sua cabeça que ela poderia estudar com sua “melhor amiga de infância”.
Depois de três aulas, finalmente deu o horário para o intervalo. Então, null estava arrumando suas coisas, quando null a puxou e lhe deu um forte abraço.
– MEU DEUS! COMO VOCÊ ESTÁ LINDA. – a garota falava alto, fazendo null rir. – Quando você chegou? Onde você tá morando? Quais as novidades? Tá namorando?
– Calma null. Uma pergunta por vez. – null disse, fazendo a outra rir também.
– Que tal irmos merendar e conversamos mais a vontade? – null sugeriu e null aceitou rapidamente. Então, as duas guardaram os seus materiais em seus armários e saíram em direção à cantina. Após pedirem um copo de suco com um sanduíche natural, elas se sentaram em uma mesa. As duas conversavam animadamente, quando um rapaz branco, loiro, alto e de olhos verdes, se aproximou e se sentou ao lado de null.
– E aí? – ao ouvir o rapaz, null o encarou. – Oi amiga da null. Sou null, e você?
– Não acredito que você fez essa pergunta. – null disse e null a encarou sem entender. – Sério que você não sabe quem é ela? – ela completou, apontando pra null.
– Desculpa, mas eu não me lembro de você. A gente se conheceu em alguma festa? – null indagou.
– Sim. – null falou. – Como você pôde ter se esquecido de mim? – ela disse e null ficou a encarando.
– Eu... Eu não me lembro. – null disse.
– A gente se conheceu no meu aniversário. Não se lembra? – null disse séria. null só observava. – Não acredito que você se esqueceu de mim. Poxa, eu te dei o segundo pedaço de bolo do meu aniversario de 05 anos. – depois de ouvir isso, null caiu na gargalhada com a cara que null fez.
– null? Nossa, eu não imaginava que era você. – null disse e a garota sorriu pra ele. – Que bom que você está de volta!
– É muito bom sim, null. Ótimo te rever.
Ela disse, sorrindo mais ainda pra ele. Os três ficaram conversando mais um pouco, até o sinal tocar, indicando que eles tinham que ir para as suas salas.
null acompanhou as duas e quando estavam chegando à sua sala, seu melhor amigo, null, o encontrou.
– Quem era a garota que estava com você e sua irmã no intervalo? – o jovem perguntou.
– null null. Melhor amiga de infância da null. – null respondeu.
– Cara, ela é muito gata. E faz meu estilo! – null disse e null parou para o olhar.
– Ela pode fazer o seu estilo, mas com certeza você não faz o estilo dela. – null brincou com o amigo, que riu, e em seguida, os dois entraram na sala de aula.
EAST HIGH SCHOOL – Ginásio – Janeiro, 22.
12h40min. Após uma cansativa aula de educação física, null estava descansando com null, quando Lucy, uma garota do 3° ano, se aproxima delas.
– Oi null, oi novata. – a menina disse. – Estou com os convites para a festa de hoje. Vocês querem?
– Desculpa, mas que festa é essa? – null perguntou.
– É a festa de Boas Vindas para os novatos, e último evento organizado pelos alunos que agora estão no 3° ano. – null explicou. – Obrigada Lucy, mas meu irmão já separou pra mim.
– Ah, tudo bem. – Lucy disse. – Mas e você? Vai querer? – ela perguntou para null.
– Claro! – null disse e a outra moça estendeu a mão para entrega-la o convite.
– A gente se vê mais tarde. – Lucy falou, e saiu em seguida com mais duas meninas.
– Vamos tomar um banho e ir pra casa. Mais tarde vai ser top! – null disse animada.
– Que horas começa e que horas termina? – null perguntou.
– Começa 18hs e vai até 22hs, porque a festa é no colégio e o diretor tem controle de tudo. – null disse, fazendo uma careta. – Ei, o que você acha de ir dormir lá em casa? Afinal, sua casa é longe e fica tarde pra você voltar.
– Se não for muito incomodo.
– Claro que não, né null? E outra, minha mãe vai adorar te rever. – null disse e null sorriu. – Vou organizar tudo pra te receber lá em casa! – Após ouvir isso, null agradeceu e as duas entraram no vestiário.
Enquanto isso, na cantina, null e null estavam almoçando, quando Lucy se aproximou deles. A garota sentou ao lado de null e depositou um beijo em seu rosto. O rapaz, nada fez.
– Oi, meu amor! – ela disse. – Acabei de me encontrar com a sua irmã e a amiguinha nova dela.
– Oi, Lucy. – ele disse seco. – A ‘amiguinha da minha irmã’ se chama null. – null completou. – E, por favor, não me chama de amor. Eu não sou nada seu!
– Eu posso não ser pra você. Mas você continua sendo pra mim! – ela disse e ele deu de ombros. – Eu só queria saber de você se está tudo certo para mais tarde.
– Claro, Lucy! Já falei com os caras que vão tocar lá. O que mais você quer? – null indagou.
– Nada. Se você diz que está tudo certo, eu confio. A gente se vê lá. – Depois de falar isso, ela saiu rebolando pela cantina. null respirou fundo e voltou a comer. null estava se segurando pra não rir, afinal, se ele fizesse isso, seria morto por null!
EAST HIGH SCHOOL – CAMPO DE FUTEBOL – 18h05min.
O local já estava repleto de alunos, o que deixou os organizadores da festa bastante animados. null estava próxima a uma mesa de salgadinhos quando viu null. Ela acenou e logo a outra garota veio ao seu encontro.
– Eita que ela está arrasando. – null brincou e null deu algumas voltinhas, mostrando seu lindo vestido branco. – Assim todos os garotos do colégio ficarão de olho em você.
– Olha quem fala, não é mesmo, null? – null disse. – Adorei o seu macacão e pode ter certeza que com essas pernas grossas, os garotos vão pirar. – ao escutar isso, null começou a rir. – Ei, vamos até onde o null está e pedir as chaves do carro para guardar suas coisas.
null assentiu e saiu andando com null em direção ao pequeno palco montado bem no centro do Campo de futebol para a apresentação de uma banda. Quando chegaram lá, as duas encontraram null mexendo em um aparelho de som. Ao ver null acenando, null pediu que null ficasse responsável e ele desceu até onde as meninas estavam. O rapaz não deixara de notar o quanto null estava bonita. Seus enormes cabelos lisos e pretos estavam soltos. O seu macacão marcava bem as suas curvas. Sua maquiagem não estava nada exagerada e o seu perfume era um dos melhores que ele já tinha sentido. null também não deixou de reparar no rapaz a sua frente. Os cabelos dele estavam bagunçados, sua blusa branca era de botões e estava meio aberta, deixando amostra um pouco do seu peitoral. Além disso, ele estava de bermuda e sapa tênis.
– Como vocês estão lindas. – null disse, sem tirar os olhos da amiga da irmã.
– Obrigada. – null disse simpática. – Você também está.
– Eu também estou linda? – ele brincou, fazendo as duas rirem. – Em que posso ajudá-las?
– Eu queria a chave do carro pra guardar as coisas da null. – null disse e o rapaz tirou o objeto do bolso, entregando para ela. – Obrigada, maninho. Faz companhia a null enquanto eu vou lá? – ela perguntou e após ele concordar, ela foi até o carro.
– E então, senhorita null, o que está achando do colégio? – null perguntou.
– Bem, senhor null. – null brincou, o que fez o rapaz a sua frente rir. – Estou gostando muito daqui. As pessoas são ótimas. Os professores são excelentes.
– Que bom, null.
– Por favor, me chama de null. – a garota pediu e null assentiu.
– E como está sua família?
– Minha mãe está bem. Eu tenho uma irmãzinha de seis anos chamada Emma. E, infelizmente, meu pai faleceu em um acidente de carro. – ao ouvir isso, null arrependeu-se amargamente de ter feito essa pergunta, e ao perceber que a garota tinha mudado o seu semblante, ele a abraçou.
– Eu sinto muito, null. – null disse e a garota sorriu pra ele. De repente, Lucy apareceu e pigarreou, fazendo os dois se soltarem.
– Finalmente te achei. – a garota disse, cruzando os braços. – A banda que você contratou acabou de chegar e eles estão perguntando por você.
– Já estou indo. Obrigado por avisar! – null disse. – null, eu vou lá. Depois a gente se fala. – ele disse e antes de sair, deu um beijo no rosto dela. Lucy, não gostando do que tinha visto, por ser ex-namorada de null, saiu de perto. null, por sua vez, decidiu ir comer alguma coisa e no caminho, encontrou null.
Depois de um showzinho bacana da banda que null contratou, ele e null foram para perto de null e null, que estavam dançando animadas. Quando as duas notaram a presença dos dois, elas começaram a dançar com eles.
– Bora remexer o esqueleto. – null disse, puxando null. Já null puxou null.
– Dançar não é comigo. – null disse, mas null ignorou.
– Eu te ensino. – ela disse, segurando as mãos do rapaz, fazendo-o se remexer.
Após algumas aulinhas, null já estava mais soltinho, o que deixou null bem mais animada. null, que estava ao lado, dançando com null, observava bem os dois e começou a rir.
– Do que você está rindo? – null perguntou.
– Olha os dois. – null disse, apontando para o amigo e para null. – Em cinco anos de amizade, eu nunca vi seu irmão se divertindo tanto com alguém. – ele completou e null parou pra analisar.
– Realmente, você tem razão. – ela disse. – Acho que vou dar uma forcinha. Quer me ajudar? – ela perguntou e ele assentiu. – Ótimo! Já que você vai dormir lá em casa também, podemos bolar alguma coisa amanhã. Ou até hoje mesmo!
– Pode contar comigo. – null disse e null sorriu pra ele.
Los Angeles, CA – Casa da Família null – 22h55min.
Depois de uma excelente festa, null chegou em casa, acompanhado de sua irmã, null e null. Os quatro ainda estavam rindo das coisas que haviam visto na festa, mas eles deram uma pausa ao entrar em casa, pois não queriam acordar seus pais, nem Miranda – a governanta da casa.
– null, eu e a null vamos tomar banho. Prepara a sala de cinema, que já, já a gente chega lá. – null disse e o rapaz assentiu. Em seguida, as duas subiram, ficando apenas null e null.
– E aí, cara? Você e a null, hein? – null começou, fazendo o rapaz olhar pra ele.
– O que tem a null e eu? – null perguntou, enquanto caminhava até a sala que null havia mencionado.
– Você se animou todo com ela. Até dançou, coisa que você não gosta de fazer. – null disse. – Ah, qual é! Ela é uma gata.
– Concordo com você que ela é uma gata. Mas o fato de termos nos divertido hoje não quer dizer que queremos alguma coisa um com o outro.
– Será? – null indagou. – Se eu fosse você, eu investiria. Não custa nada tentar!
null não disse mais nada. Ele apenas fez o que sua irmã tinha pedido e subiu acompanhado de null até o seu quarto para tomar banho também.
null estava fazendo pipoca, enquanto null pegava as bebidas dentro do pequeno frigobar. Depois que montaram uma mesa bacana com alguns quitutes, null e null apareceram. null encarou o rapaz que estava com um short de dormir azul e uma blusa branca. Os cabelos estavam molhados e o seu perfume estava invadindo o local.
– Que filme vamos assistir? – null perguntou.
– De terror, é claro! – null disse decidida. – Vamos nos ajeitar e começar a assistir logo! – ela completou e todos assentiram. null se sentou no sofá e null no chão, próximo de null. Então, percebendo que tinha um lugar vazio ao lado de null, null se sentou ao seu lado.
– Aperta o play e null, se prepara para os gritos dessas duas. – null disse, levando um beliscão.
Depois disso, null apertou o botão e logo o filme começou. Todas as luzes do local estavam apagadas e para um clima de terror, misturado com suspense, começou a chover. De repente, null percebeu que null estava se tremendo.
– Frio? – ele perguntou e ela assentiu. – Vou pegar um cobertor. – ele completou, se levantando em seguida. Dois minutinhos depois ele voloua, trazendo dois cobertores.
– Mano, não precisava. – null tomou um de sua mão. – Vou dividir esse com o null e você divide esse outro com a null. – ela disse e ele assentiu.
– Algum problema a gente dividir o cobertor? – ele perguntou e ela fez que não com a cabeça. Logo, ele se aproximou dela e os dois se cobriram.
De repente, algumas cenas começaram a ficar bastante pesadas e null se assustava, dando alguns pulinhos. null, por impulso, a abraçou e embora ela continuasse assustada e soubesse que era apenas um filme, ela começou a se sentir melhor.
– Obrigada por isso. – ela disse baixinho, e ele apenas sorriu, voltando a prestar atenção na televisão.
null e null estavam de olho neles dois e sem que eles percebessem, saíram do local, apagando tudo e deixando o local mais escuro ainda.
– O que foi isso? – null perguntou. – Eu não tô enxergando nada.
– Acho que meu celular está por aqui. – null disse e quando achou, ligou a lanterna. – Deve ter faltado energia. É melhor esperarmos voltar, porque se andarmos pela casa assim, apenas com essa lanterna, podemos quebrar alguma coisa e acabar se machucando.
– Você tem razão. – null disse. – null e null, cadê vocês? – ela perguntou, mas não obteve resposta. Ao perceber que os dois não estavam ali, null começou a se tocar de que tudo isso não passava de uma armação dos dois.
De repente, começou a relampejar e null ficou próxima de null. Foi então que ele parou para perceber que aquela situação era perfeita. Ele estava com uma linda garota em seus braços. Por que não investir, como ouvira de seu amigo? Foi então que, ele pegou no rosto da garota e depois de encará-la um pouco, encostou os seus lábios nos dela. null fora totalmente surpreendida por essa atitude, no entanto, ela não deixou de ceder. E o beijo? Só ficava melhor. Até que o ar faltou, e por obra do destino – ou não – as luzes se acenderam.
– Eu peço desculpas por isso. – null disse.
– Não precisa se desculpar. – null disse. – Eu acho que depois de tudo que passamos hoje, isso deveria acontecer. – ela completou e foi a vez de null se surpreender.
– Que fofos vocês dois juntos. – de repente, null aparece com null. – Opa, nós perdemos alguma coisa?
– Podem parar com isso. – null disse. – Eu sei que vocês contribuíram pra que isso acontecesse.
– E não foi bom, amigão? – null perguntou e null encarou null, que sorria.
– Foi ótimo. – os dois disseram juntos.
– Bom saber. Agora, vamos voltar a assistir o filme. – null disse e os outros três concordaram, ficando nos mesmos lugares em que estavam.
Depois de assistirem mais um filme, os quatro decidiram dormir ali mesmo na sala de cinema. null, com a ajuda de null, trouxe alguns colchões para o local. null, assim que se deitou, dormiu logo. null fez isso logo em seguida. Já null e null ficaram um pouco no sofá, conversando e trocando alguns carinhos. Quando o sono finalmente bateu, os dois se ajeitaram no colchão e logo adormeceram.
NO DIA SEGUINTE…
9h45min. null estava terminando de colocar seu biquíni, quando uma senhora, de aproximadamente uns 50 anos, entrou no quarto.
– Bom dia. Você deve ser a Srta. null. Eu sou a Miranda, governanta da casa.
– Olá, Miranda. Sou a null sim, mas pode me chamar de null.
– Como achar melhor, null. – a mais velha disse sorridente. – Trouxe a merenda de vocês.
– Oba. – de repente, null saiu do banheiro e foi até Miranda, pegando a bandeja com comida e colocando em cima de uma mesinha. – Cadê a mamãe?
– Ela foi resolver umas coisas com seu pai, mas disse que volta antes do almoço. – Miranda disse e null assentiu. – Se vocês precisarem de alguma coisa, basta me chamar. – Mirando completou e em seguida, saiu do quarto.
– Ela é um amor. – null disse e null concordou.
– Vamos comer logo pra irmos pra piscina.
null disse e null assentiu, sentando-se perto da mesa e começando a comer.
UM TEMPINHO DEPOIS…
null já estava se divertindo na piscina, enquanto null estava sentada passando o protetor. De repente, seu olhar cruzou com um par de olhos verdes. O rapaz, que agora caminhava até onde ela estava, usava uma bermuda e uma camiseta. Quando chegou perto, ele se sentou ao lado dela e deu um beijo em seu rosto.
– Quer que eu passe o protetor nas suas costas? – null perguntou e null assentiu, entregando o objeto pra ele. – Dormiu bem?
– Muito bem. E você?
– Também. Você é uma ótima companhia. – depois de ouvir isso, null ficou um pouco envergonhada. – Ei, não precisa ficar assim.
– É um pouco difícil, mas vou tentar. – ela falou sorridente. – Me deixa passar protetor em você também. – ela pediu e ele assentiu, tirando sua camiseta e ficando de costas pra que a garota pudesse passar o protetor.
– Bom dia, bom dia, bom dia. – null apareceu e se sentou perto dos dois. – Que dia bacana! Vou pra piscina. Vocês não vêm?
– Já, já. – null disse. Ele assentiu, mas não esperou pelos dois. Apenas retirou sua blusa e seus óculos, dando um pulo e indo perturbar null. – Vamos também?
Ele perguntou para a garota ao seu lado e ela assentiu, levantando-se e tirando o seu short. null olhou para ela dos pés a cabeça. A menina usava um biquíni azul marinho, e suas curvas o chamaram bastante atenção. Quando ela pulou na piscina, null saiu do seu transe e tirou sua camiseta, pulando em seguida.
Depois de um bom tempo na piscina, null e null saíram e foram tomar um banho para o almoço. Quando elas estavam se arrumando, a Sra. null entrou no quarto.
– Olá, meninas. – ela disse. – Nossa, null! Como você cresceu. E está muito linda!
– Obrigada, Sra. null. – ela respondeu.
– Você poderia me dar o telefone da sua mãe? Adoraria reencontrá-la. – a mulher disse e null assentiu, pegando um papel e anotando, entregando em seguida. – Obrigada, minha querida.
– Não tem de que. – null disse sorridente.
– Vou até o quarto do null, pois ele adora se atrasar para as refeições. Até já, já.
Quando acabou de falar, ela se retirou do quarto das meninas e foi até o quarto de seu filho, o encontrando jogando vídeo game com null.
– Oi, meus queridos! – ela disse. – Vejo que já estão arrumados para o almoço.
– Claro que sim, mãe. Se tratando de comida. – null brincou.
– Já podem descer, pois a Miranda já vai colocar na mesa. – ao ouvir isso da Sra. null, null pediu licença e saiu. – Filho, você viu como a null está diferente? Muito bonita!
– Até a senhora? – null indagou e a mulher não entendeu. – A null e o null deram de cupidos ontem à noite. – Hum, então vocês “ficaram”? – ela perguntou, fazendo aspas com os dedos. null apenas concordou com a cabeça. – Ela é uma ótima garota. Vem de uma família boa.
– Concordo com a senhora. Agora, podemos descer pra comer? – null perguntou e a mulher assentiu, saindo com ele em direção à piscina, pois o almoço seria ao ar livre hoje.
Após um excelente almoço e uma sobremesa espetacular, null chamou null para sala de jogos. null e null estavam indo pra lá, quando a Sra. null apareceu.
– Filho, eu gostaria de falar com você. – ela disse e o rapaz assentiu. – Estive conversando com a Liz, mãe da null, depois do almoço. E fiquei sabendo de muitas coisas que nem você nem a sua irmã me contaram.
– Como o quê? – null perguntou.
– A Liz teve mais uma filha, segundo ela, chamada Emma. Ela também me disse que voltou para L.A, porque o seu esposo sofreu um acidente e acabou falecendo. Logo, elas não tinham como se sustentar lá e vieram pra cá, pois tem a família da Liz que pode ajuda-las.
– Tudo bem. – null disse. – E o que tem tudo isso?
– null, eu não quero que você se envolva com a null null.
– Como é que é, mãe? – ele perguntou.
– Isso mesmo que você ouviu. Essa garota não está a sua altura, meu filho. Ela e a sua família não são ricas.
– Eu não acredito que estou ouvindo isso. Desde quando o dinheiro é mais importante, mãe? – null indagou. – O que importa é o caráter, não as condições financeiras.
– null, eu não estou lhe pedindo nada. Estou mandando! – a Sra. null disse, o fazendo bufar. – Você deveria voltar com a Lucy. A família dela é toda conhecida. Ela é uma ótima garota e vocês formam um lindo casal.
– Entende uma coisa mãe: eu não tenho mais nada com a Lucy e não vou ter só porque formamos um casal bonito. E quer saber mais? Sabe por que eu terminei com a Lucy? – null perguntou e a mulher fez que não. – Porque ela é totalmente prepotente, egoísta, que só pensa em dinheiro, compras, luxo. E sabe o pior? Eu vendo tudo isso na senhora. – depois de dizer isso, ele se retirou, deixando sua mãe extremamente chateada.
null foi até a cozinha e pegou um copo de água, encostando-se no balcão. Quando ele estava saindo do local, esbarrou em null.
– Desculpa. – ele pediu. – Cadê a null e o null?
– Estão na sala de jogos. – ela disse. – Eu fui ao banheiro e estava indo pegar minhas coisas.
– Você já vai? – ele indagou e ela assentiu. – Por quê? A null tinha me dito que você só iria mais tarde. – null falou.
– Eu preciso ir. – foi à única coisa que null disse, saindo até o quarto de null. null, nada satisfeito, foi atrás dela.
– Tudo bem. Se quiser ir agora, eu vou te deixar em casa. – ele disse e ela o encarou.
– null, não precisa. Eu vou de ônibus.
– Eu não vou deixar você ir de ônibus.
– Por favor, null. Eu moro muito longe, não quero que você se incomode com isso. – null disse, pegando suas coisas.
– Mas eu faço questão de ir deixa-la. Vai ser bom pra mim, pois estou precisando desopilar. – depois de ouvir isso, null acabou aceitando. Mas ela estava muito incomodada, principalmente depois de tudo que escutara da Sra. null ao seu respeito.
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA .
15h30min. null estava em frente à casa de null, acompanhado pela mesma. Durante o caminho, os dois não trocaram uma palavra se quer. Por causa disso, null começou a ficar incomodado.
– Obrigada pela carona. – null disse e estava prestes a sair do carro, quando null a puxou pela mão e depois a beijou. Ele teve certeza de tinha alguma coisa errada ao perceber que o beijo não fora retribuído.
– Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou. – Eu te fiz algo?
– Não. – foi à única resposta dela.
– Desculpa, mas eu não acredito. Você ficou bem diferente depois do almoço.
– Eu escutei sua conversa com a Sra. null. – ela disse e deu um sorrisinho fraco. – Peço perdão por isso, mas estava passando e escutei o nome da minha mãe, da minha irmã, o meu.
– Não precisa pedir perdão. – null disse, voltando sua atenção para a sua frente. – Eu quem peço perdão pela forma que minha mãe falou.
– null, ela só quer o melhor pra você. – null disse.
– Eu não tenho dúvidas disso, mas não é ela quem vai tomar as decisões por mim. – null disse e voltou a olhar pra null. – Foi muito bom você voltar. Foi muito bom a gente ter ficado.
– Eu não quero arrumar problemas pra você e sua mãe, null. – null disse e null tocou em seu rosto.
– Você não vai fazer isso. – ele disse. – Eu não vou abrir mão do que eu quero só porque minha mãe não aceita.
– Mas null…
– Nada de “mas”. Eu não vou abrir mão de você! – depois de dizer isso, null a beijou novamente. Só que dessa vez, ela correspondeu.
Los Angeles, CA – EAST HIGH SCHOOL – Fevereiro, 19.
Sexta-feira, 11h50min. null estava sentada na arquibancada do ginásio, acompanhada de null, quando null apareceu e se sentou no meio delas. Na irmã, ele deu um beijo no rosto. Já em null, ele deu um selinho.
– Você não deveria estar na aula? – a garota indagou.
– Deveria, mas o professor faltou. – null disse. – Mas olha que coisa boa? Vou assistir à aula de vocês.
– Você vai ver que não é nada engraçado um monte de mulher jogando futebol. – null disse.
– Ah, com certeza isso é engraçado. – ele disse, olhando para null.
– Opa, acho que tô sobrando aqui. – null disse e saiu em direção à quadra.
– Finalmente sozinhos. – null disse, ainda olhando para null. – Estava querendo passear hoje. Com você. Vamos?
– Pra onde? – ela indagou.
– Você só vai saber se aceitar ir comigo. – null disse sorridente e null suspirou.
– Tudo bem, null null.
– Ótimo, null null. – ele disse. – LIGO para você quando estiver chegando. Umas 19hs, ok? – ele completou e a garota assentiu, levantando-se e indo pra quadra após o apito de seu professor.
null continuou sentado na arquibancada, disposto a assistir toda a aula das meninas. Pra melhorar, null apareceu e lhe fez companhia.
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – 18h50min.
null’s POV
Cheguei 10 minutos antes e estava com meu carro parado em frente à casa de null. Ah, null! Eu posso te ver na janela, esperando o meu telefonema. Com o luar brilhando em você. Você está tão bonita. Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo. Ela estava usando uma jardineira com uma blusinha verde. O celular estava em suas mãos. Meu Deus, essa garota estava mexendo comigo! Acho melhor ligar logo.
– Alô? – no primeiro toque, ela já atendeu.
– Boa noite. – eu disse, mudando minha voz. – Gostaria de falar com a Srta. null.
– Só um minutinho, pois vou chamá-la. – null brincou e eu pude ver que ela estava sorrindo. E que sorriso! – Aqui é a null null. Em que posso ajudar?
– Gostaria de informar que o seu príncipe encantado encontra-se do lado de fora da sua casa.
– E ele está em um cavalo branco?
– Infelizmente, não. No entanto, dá pro gasto o veículo no qual ele se encontra. – eu disse e ela riu. Aproveitei para sair do carro, pegando algo que havia trazido pra ela. – Olhe pela janela e você o verá. – ao dizer isso, vi null abrir a janela e sorrir pra mim.
– Flores? Que romântico! – ela disse pelo telefone. – Estou descendo! – ela completou e saiu da janela, apagando as luzes de seu quarto.
Pouco tempo depois, ela estava atravessando a rua em minha direção. Quando se aproximou, meu coração acelerou. null estava muito mais bonita do que eu pensava. Ela sorriu pra mim e eu entreguei as flores, recebendo um beijo no rosto.
– Pronta pra se divertir? – perguntei e ela fez que sim com a cabeça. Sendo assim, eu abri a porta do carro pra ela e em seguida dei a volta, entrando também e dando partida rumo ao Parque de diversões.
Los Angeles, CA – PARQUE DE DIVERSÕES – 19h30min.
– Não acredito. – null disse.
– Eu acho que você gostou. – null disse e ela assentiu com a cabeça. – Vamos entrar logo para aproveitarmos.
– Vamos sim, mas antes. – null disse e se aproximou dele, dando-lhe um beijo. null pegou em sua mão e os dois entraram juntos. A garota estava maravilhada com a imensidão do local. Havia muitas pessoas se divertindo nos enormes brinquedos, tinham muitos casais namorando, muitas crianças animadas por irem a um brinquedo pela primeira vez.
– Vamos começar por onde? – null perguntou e null parou pra analisar.
– Que tal a montanha-russa? – ela sugeriu e o rapaz imediatamente aceitou, indo com ela até a fila do brinquedo, que para alegria dos dois, não estava grande.
Após brincarem em quase todos os brinquedos, null e null fizeram uma pausa para lanchar. Enquanto os seus lanches não ficavam prontos, eles se sentaram um banquinho e ficaram olhando ao redor. De repente, null encarou null, que ao perceber que estava sendo observado, começou a encará-la também.
– Eu sei que sou bonito, mas estou começando a ficar sem jeito. – ele disse, fazendo-a sorrir.
– Eu estou criando coragem para te perguntar uma coisa. – ela disse, baixando a cabeça.
– Pode perguntar.
– Como está o clima com a sua mãe? – null perguntou e viu o semblante do rapaz a sua frente mudar. – Eu sabia que não era uma boa ideia ter perguntado isso.
– Não tem problema. – ele disse. – Na verdade, eu acho bom você perguntar isso, pois percebo que você se preocupa em saber como nós estamos. – ele completou.
– Eu não quero que você tenha problemas com ela por minha causa. – null disse e null parou para encará-la. – E eu sei que não é só com ela que você tem problemas. Toda a sua família interfere nisso.
– A null não. – null disse. – null, nós estamos à procura de um lugar para chamar de nosso. Mas eles nos dizem que somos muito jovens e temos que deixá–los ir.
– É muito difícil, null. Em nenhum momento quero colocar sua família contra você por causa de mim. – null falou.
– Não se preocupe com isso. Pelo menos, não agora. – ele pediu, fazendo-a sorrir. Pra deixa-los mais alegres, os seus lanches chegaram.
– null, por favor, vamos à roda gigante. – null pediu, mas a garota a sua frente estava de braços cruzados e balançando a cabeça negativamente. – Eu fui a todos os brinquedos que você queria.
– Mas eu tenho medo de altura, null. – ela disse e ele a encarou.
– Você estará comigo. – ao escutar isso, a garota suspirou.
null estendeu a sua mão e ela pegou, indo com ele em direção ao local. Ao se sentarem, a garota até quis desistir, mas null não deixou. Então, o brinquedo pegou movimento e null fechou os olhos. O rapaz riu baixinho, mas foi o suficiente para a garota ao seu lado escutar e o encarar.
– Rindo do medo dos outros, né? Que coisa feia! – ela disse.
– Você fica tão linda quando está assim. – ele disse, deixandoa-a sem jeito. – Segura a minha mão. – ele pediu e assim ela fez. null olhou para baixo e sorriu. null, sem entender, acabou olhando pra baixo também, assustando-se. – Ei, fica calma. Eu estou aqui com você! – ao escutar isso, ela respirou devagar. De repente, ela acabou se sentindo segura com null e olhou mais uma vez para baixo. Logo, ela voltou o seu olhar para o rapaz ao seu lado e sorriu, aproximando-se dele e o beijando. null sentiu seu coração acelerar na medida em que o beijo se intensificava. Após faltar o fôlego e os dois deixarem de se beijar, null teve certeza de uma coisa: ela estava apaixonada por null null.
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – Março, 05
null estava em seu quarto estudando para a prova de segunda-feira, quando seu celular tocou. Um sorriso enorme apareceu quando ela viu que era null.
– Olá, Sr. null. – ela disse brincalhona. – Em que posso ser útil?
– Queria saber se você tá a fim de me receber na sua casa hoje. – null perguntou do outro lado da linha.
– Claro que sim. Que horas?
– Pode ser às 17hs? – ele indagou e escutou um "aham" de null. – Sua mãe e sua irmã estarão em casa?
– Estarão sim. Por quê?
– Na hora você saberá. – null disse e ela assentiu. – Até mais tarde, null. Beijo!
Depois de respondê-lo, ela desligou o celular. Infelizmente, sua concentração fora perdida. Principalmente quando ele perguntou se sua mãe e sua irmã estariam em casa. Por que ele queria saber disso? Em meio a tantos pensamentos, null decidiu voltar a se concentrar e estudar.
null estava sentada no sofá da sala assistindo TV com sua irmãzinha, quando a campainha tocou. Ela levantou num pulo e rapidamente abriu a porta, sorrindo e permitindo a entrada de null. Ele também sorriu, mas não deixou de perceber uma coisinha pequena atrás de null.
– Olá. – ele disse se abaixando. – Um passarinho verde me contou que seu nome é Emma.
– O passarinho verde foi a minha irmã? – ela perguntou e null concordou. – Eu sabia.
– Você é muito esperta. – null disse. – Isso é pra você! – ele completou, estendendo uma caixa pra pequena, que abriu e viu um lindo ursinho.
– Que fofinho. Obrigada namorado da null! – a pequena disse, fazendo o rapaz rir.
– EMMA! – null gritou. – Ele não é meu namorado! – ela disse e a pequena pediu desculpa.
– Meninas? – de repente, Liz chamou por elas e se aproximou da sala. Ao ver null, ela sorriu pra ele. – Boa tarde, rapaz. Tudo bem?
– Olá Sra. null. – null disse e lhe entregou algumas flores.
– Muito obrigada, meu querido. É um prazer conhece-lo! – ela disse sorridente.
– Faço minhas as suas palavras. – ele disse.
– Suponho que você esteja com fome. Que tal um bolo de chocolate? – Liz perguntou e ele sorriu.
– Só se for agora! – null respondeu alegremente e os quatro foram para a cozinha.
Depois de comerem e conversarem bastante, null pediu licença e foi até o seu carro. Ele voltou rapidamente, mas trazia um violão com ele.
– Por que você trouxe um violão? – null perguntou
– Liz e Emma, vocês gostam de música? – null ignorou a pergunta de null fazendo outra pergunta.
– Sim. – Liz e Emma responderam juntas.
– Então, escutem com atenção a essa música. – null disse e elas assentiram. null só olhava pra ele. Sem entender nada!
O rapaz começou a dedilhar e em seguida cantou uma música romântica. Liz e Emma estavam adorando. null estava admirada vendo null fazer isso. De repente, ao acabar a música, ele encostou o violão na parede e ficou de joelhos, de frente para null.
– Eu quero te fazer se apaixonar por mim, ouvir você dizer que vai até o fim. Andar de mãos dadas com você. A nossa idade, não importa. O que importa é o coração. Baixinha linda, null null, você aceita namorar comigo? – null se declarou, deixando null emocionada. Liz e Emma estavam bastante sorridentes.
– Claro que aceito! – após dizer isso, null o puxou e lhe deu um beijo.
– Agora ele é o seu namorado! – Emma disse, fazendo todos rirem.
MALIBU'S BEACH – Julho, dia 15.
Os alunos da East High estavam hospedados em uma Casa de Praia há dois dias. Nesse momento, muitos estavam se arrumando para um luau que teria daqui algumas horinhas. null, que fora chamada pra ajudar na organização da festa, havia acabado de voltar da praia e iria começar a se arrumar, quando viu null deitada na cama, mexendo em seu celular.
– Por que você não esta se arrumando? – null perguntou.
– Não estou muito a fim dessa festa. – null disse sem tirar os olhos da tela do celular.
– Que história é essa, cunhada? Você vai se arrumar AGORA. E ficar mais linda ainda para o meu irmão, que por sinal, acabou de me ver e perguntou por você. – null disse e null colocou o travesseiro em seu rosto. – Bora, bora que eu ainda vou ajeitar o seu cabelo! – depois de escutar isso, null se deu por vencida e se levantou, indo direto para o banheiro.
MALIBU'S BEACH – LUAU – 19h45min.
null e null estavam dançando no centro da festa, quando ela percebeu que algumas meninas próximas estavam falando alguma coisa dela. null tentou não se incomodar, mas era um pouco difícil.
– Vamos beber alguma coisa? – ela pediu pra null.
– Vamos sim! – ele completou e saiu de mãos dadas com ela rumo à mesa de bebidas.
Após pegar duas latinhas de refrigerante, eles se sentaram em uma bancada, próximo da casa principal. De repente, Lucy passou pelos dois, acompanhada de uma amiga. As duas param de frente para o casal e começam a rir.
– Perderam alguma coisa? – null perguntou.
– Eu pensava que tinha perdido você, mas percebi que foi você quem se perdeu. – Lucy disse, meio alterada. Culpa da bebida.
– Desculpa, mas eu não lhe entendi. – null disse, se levantando. null apenas observava.
– Você, um cara tão rico, filho de um famoso médico, namora com uma garota sem estilo, que não tem boas condições financeiras, além de ser bolsista. – a amiga de Lucy disse, fazendo-a gargalhar.
– E o que faz vocês duas pensarem que são melhores aqui? – null indagou, cruzando os braços e encarando as duas. – Sabem por que vocês estão sozinhas? Porque são que nem tambor!
– Como é que é? – Lucy perguntou.
– Vocês são que nem tambor: fazem barulho por fora, mas são vazias por dentro!
Quando terminou de dizer isso, null puxou null e os dois foram em direção ao mar, sentando-se na areia. O rapaz passou os braços pelo ombro da namorada, puxando-a para perto de si.
– Eu não imaginava que namorar um rapaz popular incomodaria tanta gente. – null disse, dando um sorriso fraco. – Eu só queria que as coisas estivessem diferentes. Já estamos juntos há quatro meses. – null disse e null a encarou.
– Ei pequena, não se preocupe com nada, não se apresse. – null disse. – Sabe por quê? – ele indagou e ela fez que não. – Porque o amor como este é pra sempre.
– Mas as pessoas não veem dessa forma. – ela disse.
– E daí, null? Eles não sabem de nada. Vamos mostrar a todos que estamos melhor juntos. E que o amor que nós temos é tão intocável.
– Você sempre foi bom com as palavras? – null perguntou, fazendo-o rir. – Temos o mundo inteiro contra nós. Eles querem nos ver caídos. Mas o nosso amor é como um castelo, eles não podem quebrar as paredes.
– Pelo visto, eu não o único bom com as palavras. – null brincou e null assentiu. – Como um campo de força ao nosso redor, dois corações nos mantêm fortes.
– null, sinto lhe informar, mas... – null começou e o rapaz arqueou as sobrancelhas. – Eu acho que estou te amando. – ao escutar isso, ele riu envergonhado. –Sim, você me pegou e eu tenho você, agora.
– Sabe o que é melhor? – null perguntou. – Eu te peguei, você tem a mim, como eu tenho a você. E juntos, nós somos tão intocáveis.
Após completar isso, null a puxou e a beijou. Naquele momento, nada poderia ser mais perfeito para os dois. O mar, as estrelas do céu eram a cena mais romântica de um amor tão intocável.
33 anos depois...
– Vocês dois sofreram muito pra ficar juntos. – Ellie diz e eu concordo com ela. – Mas e aí? Minha bisavó nunca aceitou minha vozinha?
– Oh, minha pequena, as coisas mudaram muito uns anos depois. – de repente, minha linda esposa aparece e se senta perto de mim.
– O que aconteceu? – foi a vez de Kauet perguntar.
– Que tal eu contar a partir daqui? – minha null sugere e eu apenas assenti.
FLASHBACK ON
Los Angeles, CA – EAST HIGH SCHOOL – Dezembro, dia 19.
2016. null e null estavam no colégio esperando o resultado do Vestibular sair. As duas estavam bastante ansiosas. Embora tivessem feito boas provas, rolava um pouco de medo de não passarem na faculdade de seus sonhos. De repente, o diretor Fell apareceu e anunciou que a lista dos aprovados estava sendo anexada no mural de informações. null e null esperaram esvaziar mais um pouco até irem lá.
– É agora ou nunca. – null disse e null assentiu.
As duas cruzaram os dedos e ficaram de frente para o mural. O primeiro grito foi o de null. Ela fora aprovada em Direito, 3° lugar. De repente, vem o segundo grito. E dessa vez, foi o de null.
– EU PASSEI. – ela disse animada. – Eu passei em Medicina. E em 1° lugar! – ela completou e abraçou a amiga/cunhada.
– null vai enlouquecer quando souber. – null disse.
– É, mas não vamos contar agora. – null disse. – Ele estará por aqui no fim de semana por causa do Natal. Então, nós contamos! – ela completou e null concordou.
Los Angeles, CA – CASA DA FAMÍLIA – Dezembro, dia 24.
null havia acabado de receber uma ligação de null, que disse que já estava a caminho. Logo, ela subiu e foi se arrumar, já que tinha o costume de passar o Natal com a sua família vestida de pijama.
Depois de colocar um vestido vermelho, uma rasteirinha e ter soltado os seus cabelos, ela desceu e encontrou sua mãe deitada no sofá assistindo alguns especiais de Natal, com Emma adormecida em seus braços. Logo a campainha tocou e null abriu a porta, dando passagem para null, que lhe deu um abraço apertado seguido de vários beijos.
– Detesto ficar longe de você, sabia? – ele disse, enquanto os dois caminhavam até a sala. Liz ajeitou-se, mas com todo cuidado para não acordar Emma. – Feliz natal, Liz. Perdão a hora!
– Sem problemas, null, e feliz Natal também. – ela disse, sorridente. – Vocês poderiam me ajudar a levar a Emma lá pra cima? – ela perguntou e null assentiu, pegando a garota em seus braços e subindo cuidadosamente com ela, colocando-a em sua cama.
– null, me acompanha até meu quarto? – null pediu e ele assentiu.
– Vou me deitar. Boa noite pra vocês! – Liz disse, dando um abraço em null e indo para o seu quarto em seguida. Já ele acompanhou null até o quarto dela e se sentou na cama da garota, chamando-a com o dedo.
– Venha ver o seu presente. – o rapaz disse e ela se aproximou, sentando-se ao seu lado e recebendo uma caixa. Ela abriu e deu um largo sorriso ao ver uma bolsa. Logo, ela se levantou e pegou o presente dele dentro de seu guarda-roupa. O rapaz agradeceu e ficou muito feliz ao ver um box da sua série preferida e uma blusa xadrez.
– Ainda tem mais uma coisa. – null disse e pegou um envelope, entregando para null.
– UNIVERSIDADE EAST HIGH? – ele disse empolgado. – Parabéns pela aprovação em 1° lugar no curso de... – ele não conseguiu completar a frase.
– Eu sou a mais nova universitária do curso de Medicina. – null disse, recebendo um abraço do namorado.
– Parabéns, minha pequena. – null disse. – Você me mata de orgulho!
– Obrigada, meu amor. – ela disse, lhe dando um selinho.
– Podemos ir lá para varanda? – null perguntou e null assentiu, se levantando com ele e indo para o local proposto.
Ao chegarem lá, os dois se sentaram no chão e ficaram olhando para as estrelas. De repente, null a puxou e a abraçou, colocando sua cabeça sob o ombro da namorada.
– Deixa eu fazer uma brincadeira com você. – null sugeriu e null assentiu. – Feche os olhos e nos imagine no paraíso, em um lugar que só nós sabemos e naquele lugar viveremos nossas vidas. Imaginou?
– Estou imaginando. – null disse, ainda com os olhos fechados.
– Certo. – null falou. – Lá, nós somos tão intocáveis. Ser feliz é o nosso objetivo!
– Que sonho! – null disse, fazendo null sorrir.
– Venha fugir comigo? – null perguntou e null abriu os olhos, para o encarar. – Durante um espaço de tempo, eu procurei por alguém como você. Alguém que pudesse me completar. Alguém que eu pudesse chamar de amor. Agora, como futura universitária, você tem um futuro promissor pela frente. E eu, quero vive-lo com você.
– Como assim, null? – null perguntou e seus olhos arregalaram quando ele tirou uma caixinha do seu bolso.
– null null, você aceita se casar comigo? – null perguntou, mas resolveu continuar. – Vamos viver no paraíso que você imaginou. No tempo certo, com certeza. Então, o que você me diz?
– Eu seria uma louca se não dissesse sim depois de todas as palavras lindas que você usou. null null, é claro que eu aceito me casar com você! E sabe o melhor? – null perguntou e ele ficou a olhando. – Vamos viver no nosso paraíso, um lugar que só nós sabemos. – depois dessa resposta, null colocou a aliança no dedo de null.
Os dois selaram esse momento com um beijo apaixonado. Mais uma vez, as estrelas eram testemunhas desse amor, que apesar de todas as dificuldades enfrentadas desde o início, se tornou INTOCÁVEL.
FIM
Nota da autora: (15.04.2016) Foi um grande desafio escrever em cima da minha música preferida do álbum 24/Seven. Realmente, eu vi como uma grande responsabilidade transmitir uma ideia bacana em cima dessa música tão linda e que fala tanto pra mim. Então, peço que vejam essa história de uma forma legal.
Foi a primeira vez que fiz uma ficstape, mas estou aberta as críticas, sejam elas positivas ou negativas. Beijos gente <3
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