Finalizada em: 15/08/2021

Capítulo Único

Você é a música em mim. despertou, após achar que tinha escutado algo. Seu caderno de músicas estava aberto, na página onde havia este título, mas ela não estava tão satisfeita com a letra que havia composto com sua banda. Respirou fundo e pensou em reescrever.
— É uma boa letra. — Se assustou após ouvir outra voz em seu apartamento, uma voz masculina, principalmente porque ela mora sozinha. Deu um pulo do sofá que estava dormindo, e viu um homem sentado na poltrona ao lado do sofá.
— Q-quem é você? — Perguntou, com a voz trêmula.
— Eu sou o , e você? — Respondeu, normalmente.
, como você entrou aqui? — Perguntou ela, ainda com a voz trêmula.
— Eu só vim buscar minha guitarra. — Disse ele, se levantando e indo em direção à guitarra que tinha comprado de uma amiga de sua mãe, para a surpresa dela, a mão dele atravessou a guitarra.
— Sua guitarra? — Perguntou . — Ai, meu Deus! Você morto? — Ele olhou assustado para ela.
— Morto? — Ele sentou no chão, confuso.
— Sua mão atravessou a guitarra, e a moça que me vendeu essa guitarra, estava vendendo as coisas do filho que morreu! Mas ele morreu faz um tempo… — ficou pensativa.
— Em que ano estamos? — Perguntou ele.
— 2021! — Respondeu .
— 2021? Impossível, eu iria me apresentar em 12 de outubro de 2002. — O garoto de mais ou menos a idade de , parecia estar desolado.
— Você não sabia que tinha morrido? — se sentou ao lado dele.
— Eu estava em um lugar escuro, mas não fiquei muito tempo lá! Aí eu cheguei aqui e você estava dormindo e minha guitarra estava encostada na parede. — Explicou ele.
— Entendi, olha, eu sinto muito por sua morte, mas acho que você deve ir embora. — Disse ela, assentiu, se levantou e atravessou a porta. Na mesma hora, apareceu no meio da sala.
— O que? — Perguntou ele, confuso.
— Como… — Ela olhou para a guitarra. — Ótimo, você está preso à guitarra.
— Como assim? — Perguntou ele.
— Eu vi isso em Supernatural, a gente tem que queimar a guitarra para você encontrar a paz. — Explicou a garota.
— Eu não acho que funcione assim e não vou deixar você destruir minha guitarra. — fez uma cara feia, bufou.
— Não vou ficar com um fantasma na minha casa. — deu de ombros, o que irritou mais ainda. — Eu tenho outras coisas para me preocupar, . — Disse ela, sentando no sofá e passando as mãos no rosto.
— Tipo, a letra desta música? — Perguntou ele.
— Bom, essa é uma das coisas. — suspirou, pegando o caderno. — Odeio o fato de não poder compor o que eu quero.
— Mas achei que a letra fosse sua. — Ele sentou ao lado dela no sofá.
— Em partes, sim, a ideia é minha, mas eles mudaram muito a letra inicial e a melodia, não estou satisfeita. — deu um longo suspiro. — Pode ficar com o meu sofá, até pensarmos em algo. — caminhou até o quarto, e se jogou na cama, precisava descansar.

No dia seguinte, ela andou pela casa e não viu nenhum sinal de fantasma. Abriu a geladeira, pegou a caixa de leite e se virou para encher o copo que estava na bancada, não tinha colocado aquele copo ali.
— Oi! — Disse , aparecendo na frente dela quando ela se virou.
— Meu Deus! — Ela colocou a mão no peito, assustada, fazendo rir. — Me desculpe, não tive a intenção de assustá-la, só estava ajudando com seu copo. — Justificou-se.
— Tudo bem. — riu da situação.
— Ah, eu tenho a solução para sua música ruim! — Ele correu até o outro lado da sala, onde tinha um piano, e começou a tocar uma melodia.
— Parece boa. — Ela se sentou no sofá, escutando enquanto tocava. — Mas só o piano?
— Poderíamos acrescentar uma bateria e talvez o baixo. — Disse ele, anotando as notas em uma partitura. — Assim. — Ele levantou e mostrou para ela.
— Parece bom, mas ainda temos uma letra ruim.
— Isso podemos arrumar depois, mas o que achou? — Ele estava empolgado.
— Muito bom, ! — sorriu. — Você se empolgou bastante com isso.
— Você nem imagina, são as únicas coisas que consigo tocar! Eu consegui levar um copo até o balcão, mas foi um espaço curto, mas os instrumentos eu consigo, os seus instrumentos, mas a minha guitarra… — Ele abaixou a cabeça.
— Você era músico? — mudou um pouco o assunto.
— Sim, eu tinha uma banda. — Ele sorriu amarelo.
— Que legal, eu tenho uma banda também! — sorriu, fazendo o garoto sorrir.
— Qual é o nome da sua banda? — voltou a ficar empolgado.
Outbreak. — Respondeu ela, os olhos dele brilharam.
— Que legal! Eu posso ver vocês tocando? — sorriu largo, com a animação do rapaz.
— Claro, por que não? — Os dois sorriram. teve que sair para trabalhar, e deixou em casa. Voltou tão cansada e tão tarde, que bateu na cama e apagou.

No dia seguinte, era o dia anterior à apresentação que mudaria a vida da banda dela. estava empenhado em ajudá-la.
— Então, e que tal um dueto? — Sugeriu ele.
— Eu canto sozinha, duvido que o Tom iria aceitar fazer um dueto. — rolou os olhos.
— A nossa letra ficou muito boa, seria ideal um dueto, mas eu acredito que você vai se sair bem. — O garoto sorriu para , que retribuiu o sorriso. Ter um fantasma em casa não era de todo mal, afinal. Eles ensaiaram o dia inteiro, já tinha informado para o pessoal da Banda que havia trocado a melodia, mas não tinha dito nada sobre a letra. Ela sentiu uma sensação que não sentia faz tempo, poder compor algo que ela queria compor, ter alguém que escuta o seu ponto de vista e ajuda, era algo que nunca tinha acontecido antes. se sentia bem ao lado de , mas sabia que não deveria sentir, porque ele era um fantasma e ela estava viva. Mas ninguém a fez sentir tão viva quanto ele, ninguém a escutou e se divertiu compondo com ela, como ele. Ela não podia colocar tantas expectativas em um fantasma, mas colocar expectativas no Tom era pior ainda, era melhor só não colocar expectativas em ninguém. Mas além de tudo isso, o tinha um sorriso lindo, e se esforçava tanto para ajudá-la, até estava começando a conseguir pegar as coisas na mão sem derrubar, tudo graças ao esforço dele.

No dia do show, levou a guitarra com ela, para que conseguisse assistir ao show. Ela estava bem nervosa, enquanto ainda estava no camarim.
— Calma, você vai conseguir! Vai dar certo! — Disse , segurando sua mão.
— Obrigada, eu não conseguiria sem sua ajuda. — Os dois sorriram.
— Está falando sozinha, ? — Perguntou Tom, fazendo com que percebesse que só ela podia ver .
— Mentalizando energias positivas. — Explicou ela, Tom deu de ombros.
— Temos 5 minutos, vamos tocar You Are The Music In Me. — Disse ele, saindo dali.
— Ele não te viu… — abaixou a cabeça.
— Que estranho. — Disse .
— Agora faz um pouco mais de sentido para mim. — Completou ela, ainda cabisbaixa. fez uma expressão confusa. — Não existe isso de fantasma, eu acho que você é apenas uma ilusão da minha mente, porque eu estava me sentindo tão mal… — segurou sua mão.
— Você consegue sentir minha mão, eu sou real. — Ela soltou a mão devagar.
— Eu não consigo sentir nada… — Seus olhos estavam marejados, começou a sumir aos poucos.
! — Gritou James, ela enxugou a lágrima que escorria pelo seu rosto e se preparou para o show.

— Com vocês, OUTBREAK! — Anunciou o apresentador. se aproximou do microfone devagar, e respirou fundo.

: Na na na na
Na na na na yeah
You are the music in me (Você é a música em mim)
You know the words once upon a time (Se as palavras era uma vez)
make you listen (fazem com que você preste atenção)
there's a reason (há uma razão)

— Ela mudando a letra! — Exclamou Tom.

: When you dream (Quando você sonha)
There's a chance you'll find (Há uma chance que encontre)
A little laughter (um pouco de alegria)
Or happy ever after (ou um final feliz)

De repente, foi possível escutar uma outra voz se juntando à dela.

e : Your harmony to the melodies (As harmonias que você coloca nas melodias)
It's echoing inside my head (estão ecoando na minha cabeça)
A single voice (uma voz única)
Above the noise (acima de todo o barulho)
It's like a common thread (é como um amigo próximo)
Hmm you're pulling me (você está me abraçando)

surgiu ao lado dela, cantando no mesmo microfone, e todos gritaram.
, quem diabos é esse? — Perguntou Tom. Todos podiam vê-lo, ela não conseguia acreditar naquilo. Eles continuaram cantando, enquanto todos tentavam entender como havia aparecido ali do nada. Assim que acabaram de cantar, desapareceu.
— Você usou um holograma? — Perguntou o apresentador.
— Exatamente! Eu instalei um projetor na iluminação. — Disse Alice, todos gritaram. Os garotos da banda não entenderam muito bem o que estava acontecendo, e não teve tempo de explicar, só correu em direção ao seu camarim onde estava a guitarra de , e ele estava sentado na cadeira.
— Eu te disse que eu era real. — Disse ele, sorrindo. correu até ele e o abraçou forte, e por incrível que pareça, ela conseguiu senti-lo. Ele era real.




Fim



Nota da autora: oii gente, tudo bem? espero que sim! espero que tenham gostado! vou deixar meu insta de autora, pra vcs conferirem minhas outras fics, e o grupo no whatsapp de leitoras, beijos!





Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.

Caixinha de comentários: O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.


comments powered by Disqus