Fanfic finalizada

Capítulo Único

Mais um dia. Tudo tão igual e ao mesmo tempo tão distinto. Não trabalhávamos sempre com as mesmas pessoas. Geralmente não víamos os mesmos rostos. Era só um jogo. Uma noite. Na outra manhã, game over. Subi o meu olhar, que estava fixo ao chão, para o espelho cheio de luzes em volta posicionado a minha frente. Apoiei minhas mãos na mesa logo abaixo dele e me inclinei pra frente, me olhando bem no espelho naquela posição.
— Faça de suas contrariedades, uma diversão — sorri torto. Comecei a minha maquiagem. Pesada. Forte. Sexy. Enrolei meus cabelos ruivos em cachos grandes e bem definidos. Fui ao closet do camarim e vi um vestido curtíssimo de couro que havia sido deixado especialmente pra mim. Ao seu lado tinham acessórios como algemas, um cassetete e um chapéu de policial. Fodidamente perfeito para mim. Vesti-me e me equipei devidamente com tudo. Voltei ao espelho, me olhando pela última vez.
Mas a atração principal da noite não era composta somente por minha pessoa. Dizem que o trabalho bem feito vem da dedicação de várias pessoas envolta de um projeto, e, minha única certeza era de que: Uma mulher só consegue ser uma vadia, mas, com suas amigas... A diversão é garantida.
— E chegou a hora da atração principal da noite. — A voz de Joe vinha do palco. Ele estava anunciando que nossa vez havia chegado. Modéstia a parte, mas, éramos as melhores dali. -Senhores e senhoritas, chegou a hora de nossas ladys acabarem com a sanidade de vocês. Preparem as carteiras. Desfaçam o nó de suas gravatas. Encham o copo de bebida e se deliciem com o pecado em carne e osso. Por mais que elas dispensem apresentações, eu insisto em dizer todas as noites que quem vem agora ao palco são nossas estrelas. As mulheres que todos os homens desejam em sua cama e a que todas as mulheres queriam ser. Com vocês, Sírinx.
Palmas e gritos se misturaram e nos dirigimos pra entrada do palco. Bastou eu colocar os pés lá e os gritos se tornaram gerais. Sírinx é hora do show. Deitamos num divã localizado no palco, um em cada cantinho que preenchesse o grande espaço que havia ali e esperei a música a qual eu havia escolhido começar a tocar. Quando Express de Christina Aguilera ecoou nos meus ouvidos, eu me levantei e comecei a dançar. Os meus movimentos eram irritantemente lentos e, provavelmente, estupidamente sexys já que todos os homens e algumas mulheres do lugar me analisavam milimetricamente. Não só a mim, mas todas que estavam em conjunto no palco. Eu rebolava hora rodando as algemas nos dedos, hora rodando o cassetete nas mãos. Depois de mais ou menos um minuto dançando no palco, eu decidimos descer pra esquentar mais as coisas com nossos atenciosos telespectadores. Passei os olhos por todas as mesas, sentei no colo de um, mordi os lábios de outro, enquanto cada uma se dividia a procura de um felizardo para receber nossa dança, mas havia um cara, bem atrás, que me chamou atenção. Ele me olhava sempre da cabeça aos pés, com o lábio inferior entre os dentes e um olhar fodidamente orgástico. Ele era lindo. Tinha o cabelo cortado num topete. De longe eu podia ver o quanto seus braços eram malhados. E, pra piorar — ou melhorar — tudo, estava fardado. Ele era de fato um policial. Coloquei o dedo indicador e o polegar nos lábios, assobiando num tom alto que fizesse com que todas as garotas me seguissem. Fui me aproximando dele, pisando firme com meus saltos, para dar ênfase a minha total superioridade a todos dali. Pela primeira vez em muito tempo, eu queria seduzir alguém. Coloquei uma perna minha ao lado do corpo do homem sentado a minha frente. Seu olhar desceu pelo meu corpo, parecendo despir-me. Seu olhar ficou fixo em minhas coxas e eu o fiz me encarar, puxando seu rosto pra cima pelo queixo. Eu não esperava o arrepio que me dominou quando eu fixei meu olhar naquele mar verde. Naquele olhar tão sujo e tão atraente. Ele sorriu de lado, escorrendo perversão pelos seus lábios. Sentei em seu colo, com as pernas em volta dele e ele não demorou um milésimo de segundo pra passar as mãos pelas minhas pernas, pousando-as em minha bunda quase toda exposta por conta do vestido ser curto. Aquelas mãos. Grandes, quentes, quase mágicas. Apertou minhas nádegas com firmeza e subiu as mãos para minha cintura, me pressionando contra sua ereção extremamente sólida e volumosa. Nesse momento soltei um gemido baixo e tirei suas mãos da minha cintura, colocando-as pra trás da cadeira e algemando-o ali. Todos os outros homens gritaram feitos loucos e eu me levantei do colo dele sorrindo e logo dei um tapa de leve no seu rosto. Todas as garotas ao seu redor tratavam de passar suas mãos onde bem entendiam, fazendo que o som dos gritos só aumentasse a cada instante. Ele soltou um “vagabunda” e lambeu os lábios. Aproximei nossos rostos e mordi seu lábio inferior. Dei beijos por seu rosto, descendo pra seu pescoço, onde lambi e chupei com muito prazer. Pode parecer que somente eu trabalho para o prazer do cliente, mas, todas as meninas estavam dando o seu melhor. Duas estavam abaixadas no chão. Suas bundas empinadas para a plateia enquanto suas mãos tomavam um rumo do meio de suas pernas e voltavam para sua coxa numa forma provocativa. Outras duas estavam em pé ao seu lado, alisando toda extremidade de seus braços, arranhando em alguns momentos e aproveitando bem seus músculos que ressaltavam em sua roupa justa. Uma delas ficou em seu colo, tornando a apresentação ainda mais quente como queríamos. O cheiro dele me invadiu as narinas e respondeu na vagina. Eu havia ficado 10x mais excitada com seu cheiro. Era cheiro de One Million e Vodka. Ajoelhamos todas a sua frente e ouvi a platéia gritar e bater nas mesas. Passei as unhas pelas suas pernas e senti que eram definidas e naquele momento só queria saber como deveria ser a cor daquelas beldades com o toque forte de um chicote. Levantei um pouco sua blusa e vi uma pequena parte do seu abdômen definido. Sorri e olhei pra ele, que me encarava com aquele olhar firme e extasiante de sempre. Lambi aquela área e ele grunhiu baixo. Eu estava tão perto de fazer mais do que eu podia.
“E-X-P-R-E-S-S, love, sex
Ladies no regrets.
I tease ‘em 'til they're on the edge
They screamin' more for more and more they beg
I know it's me they come to see
My pleasure brings them to their knees”


Cantarolamos em um coro, segurando em seu cinto, mordendo o lábio inferior e o encarando. Ele sussurrou um “você não me escapam” e sorrimos vitoriosas. Levantamo-nos logo depois, fazendo uma pequena fila a sua frente. À medida que cada uma passava por ele, um beijo em seu rosto, nas proximidades com sua boca e seu pescoço eram depositados. Tirei as algemas e as rodei nos dedos, voltando para palco para terminar nosso show.
“Apertem os cintos, entre na fantasia. Você nunca mais vai querer sair, baby.’’

O show já havia terminado e o final era como um alarme que marcava o início da putaria explícita. No pequeno espaço de tempo que eu ia tirar a roupa da apresentação e colocar uns dos modelos de trabalho, aquilo ali virava uma orgia gigantesca. Pessoas se agarrando, mulheres ajoelhadas chupando os homens ou sendo chupadas por eles. Uns se arriscavam a fazer sexo ali mesmo, pelos cantos do salão. Outros subiam para os quartos que haviam por lá. E aquela tensão sexual toda me agradava. E muito. Não trabalho com isso por vontade própria, mas que a verdade seja dita, eu sempre gostei muito de sexo. Sempre foi meu fraco. Eu era suja e gostava dessa sensação. E o que mais eu poderia me tornar na vida se não isso? Fui caminhando pelo salão todo, indo pegar alguma bebida enquanto esperava algum cliente chegar em mim. — Mad! Mais uma tequila, mon amour. — Me debrucei sobre a bancada das bebidas e Madison fitou meus seios descaradamente — Ei! Para de olhar! — Dei um tapa em seu braço quando ela se aproximou de mim e ambas rimos, enquanto ela pegava a tequila.
Madison havia sido minha maior amiga assim que iniciei essa minha vida de profissional do sexo. Ela sempre foi uma mulher maravilhosa comigo, tanto por ser uma pessoa naturalmente incrível, como por ser a mulher com quem eu dormia todas noites. Sim. As noites de trabalhos geralmente nos deixam bastante tensas. Há tempos eu não arranjava um homem decente que fizesse com que minhas pernas se abrissem facilmente, mas ela... Sua língua era incrivelmente habilidosa e suas mãos me levavam a loucura. Quem não tem cão, caça com gato. Certo?
— Nem um selinho de agradecimento? Você é tão má comigo, — Mad fez manha e eu ri, puxando o rosto dela para perto do meu, depositando um selinho demorado em seus lábios enquanto pegava a dose que ela havia separado.
— Satisfeita? — Gargalhei e ela piscou assentindo.
Virei pra ir para o centro do salão, mas, avistei o policial no outro lado da bancada com um copo de vodka na mão. Ele parecia bastante bêbado, já que tentou andar e quase caiu no chão. Eu deixei minha tequila em cima da bancada e fui até ele. — Ei! Tá tudo bem? — Perguntei segurando em seu abdômen, lhe dando apoio. — Se tá tudo bem? — Sua voz rouca e lenta por conta da bebida me arrepiou da cabeça aos pés. — Está tudo ótimo — falou um pouco alto demais e eu ri. — Mas sempre pode melhorar né? — segurou minha nuca com firmeza e eu dei um passo pra trás pela surpresa, o que o fez quase cair por cima de mim. — Desculpa, moça — sussurrou com um sorriso sapeca. — Claro que pode melhorar! Por isso que vou te levar pra casa, para você melhorar desse porre! — Encostei-o na bancada e ele se apoiou ali. — Você vai pra minha casa? Vai dormir comigo? — Perguntou enquanto pendeu a cabeça pra trás com os olhos fechados. Provavelmente dor de cabeça. — Vou para sua casa para lhe deixar lá e voltar pra minha casa.
Não era bem o que eu queria fazer, mas eu iria cuidar dele hoje... De uma forma humana e não sexual, como eu queria fazer. Tudo bem que eu sou uma puta, mas eu tenho coração e não iria deixá-lo naquele estado.
— Você ainda consegue me dizer onde mora? — Segurei em seu rosto, fazendo-o me olhar. — A rua por trás dessa. Prédio azul com preto. — Disse pausadamente e fazendo uma careta estranha. Eu não segurei a risada. Gente bêbada é muito engraçada. — Do que você tá rindo? — Me puxou contra o corpo dele com força e deixou nossos rostos próximos. Assim você não facilita, homem. — Não tô rindo de nada importante, te garanto. — Eu disse e ele continuou me segurando firmemente enquanto descia o olhar pelo meu corpo todo — Vamos pro meu carro, vou te levar — minhas palavras foram ditas bem próximas a boca dele, o que a meu ver o provocou bastante, já que o mesmo apertou meu corpo ainda mais antes de me soltar.
Passei o braço dele por cima do meu ombro e me abracei no seu tronco. Ele era um tanto quanto mais alto do que eu. Fomos andando meio dificilmente até meu carro. Assim que chegamos lá ele entrou sozinho. Liguei o carro e dei a partida. Ele estava com a cabeça pendendo pra trás e mordendo a boca. Como um cara consegue exalar tesão até bêbado? — Mas me diz, você é de encher a cara sempre ou hoje teve um motivo especial? — Perguntei e ele me mirou com seus olhos verdes. -Dei um tempo com minha namorada. Vim aproveitar meu status de solteiro. O motivo especial é o simples fato deu poder comer quem eu quiser agora — Se complicou um pouco pra falar, mas foi isso que entendi ele dizer. — Você não gostava dela? — Nem um pouco. Ela era gostosa. Eu fodia ela quase sempre que nos víamos, só para ela gemer, ao invés de reclamar de tudo, como sempre fazia — Bufou e eu ri. Ele virou pra janela e meio que dormiu. Não demorei muito pra chegar a sua casa. Quando cheguei à portaria, o porteiro o viu no meu carro e expliquei tudo o que havia acontecido. O mesmo me deixou entrar e estacionar na vaga dele, já que seu carro provavelmente tinha ficado na Hidden. — Qual seu andar? — É o décimo quinto — Mexeu no meu cabelo, fazendo um carinho em minha nuca. Entramos no elevador, chegamos ao seu andar e fiquei tentando abrir a porta. Deixa de ser burra, Chelsea! Você precisa das chaves! — Cadê as chaves? — Ele balançou os ombros dizendo que não sabia e eu toquei os bolsos da sua bunda, não encontrando nada. Depois passei as mãos para os bolsos da frente, enfiando-as ali para achar as chaves. — Cuidado com as mãos, está perto de um lugar bem perigoso — Sussurrou e eu estremeci. A voz dele era digna de um orgasmo. Quando finalmente achei as chaves, entramos em sua casa. Linda. Enorme. Luxuosa. Bem arrumada. Não era possível que ali morasse um homem. Fui andando pela casa até encontrar seu quarto. — Vou te dar um banho pra ir pra casa, tá bem? — Avisei a ele e ele sorriu torto. Tirou toda a farda, ficando só de boxer preta e PORRA o homem era gostoso. Os braços fortes, os antebraços cheios de veias, o abdômen definido. Caralho, ele era um pedaço do céu. E do inferno também. Tirei meus saltos e fui empurrando ele até o box. Coloquei-o lá dentro e liguei o chuveiro, deixando a água fria cair sobre ele. Ele soltou um gemido fraco e quando eu ia saindo, me puxou para debaixo do chuveiro, molhando todo meu vestido branco. Ele me prensou na parede e chupou meu pescoço, me fazendo gemer. Puta que pariu. Suas mãos quentes passaram por minhas pernas e ele mordeu meu lábio inferior. Eu o empurrei de volta para o chuveiro e saí, deixando-o terminar de tomar banho. Atrevi-me a pegar uma toalha pra mim e para ele em suas coisas. Levei a toalha pra ele e fechei a porta do banheiro, o deixando mais privado de mim. Tirei meu vestido e me sequei o máximo que pude. Ele saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura e de costas pra mim, tirou a mesma vestindo uma cueca. A bunda dele é maravilhosa, diga-se de passagem. Ele se virou pra mim secando os cabelos. Os músculos do seu braço se contraíam a cada movimento e eu queria atacá-lo. — Dorme aqui? — Perguntou e eu franzi o cenho. — Cê tá toda molhada, tá sem o vestido e não vai passar pelo prédio todo só de calcinha e sutiã, né? Ainda mais nesse frio. — Se jogou na cama, fechou os olhos e colocou o braço em cima dos olhos. Filho da puta gostoso. Como negar um pedido vindo de um homem que parecia um ator pornô? — Tira essa roupa molhada, pega uma cueca minha, uma camisa e dorme aqui. Prometo que por mais que seja difícil, não vou agarrar você. — A porra da sua voz sexy acabou com qualquer dúvida que eu ainda tinha.
Peguei uma cueca sua, me vesti e peguei uma camisa, fazendo o mesmo. A camisa tinha o cheiro gostoso, dele, de homem. Deitei-me ao seu lado na cama e ele sorriu pra mim. — Boa noite — sussurrou. — Boa noite.
Sempre achei incrível a capacidade das pessoas que ficam bêbadas dormirem assim tão rápido sem tempo nem de falar alguma coisa. Quando você menos espera, BUM, a pessoa já quase entrou em coma. Diante de tudo aquilo, não, eu não iria permanecer na casa de uma pessoa que eu nem conheço. Tudo bem que se um dia você transa com desconhecidos você pode até acabar dormindo com ele, mas no meu caso ninguém estava me pagando para aquilo e euzinha não estava nem um pouco de acordar ao lado de uma pessoa de ressaca. Eu não sabia seu nome, quantos anos ele tinha, e pela farda julgava que era policial, mas fora isso, não sabia de mais nada. Nada. E isso seria muito estranho caso ele acordasse e não se lembrasse do que aconteceu na noite passada.
Foda-se se meu vestido estava molhado. Por mim, se pudesse andaria até pelada pelas ruas. O que é bonito é para ser mostrado. Enquanto ele dormia tratei de deixar a roupa que havia pegado dele dobradas e vesti meu vestido meio molhado. Mas eu não poderia ir embora assim sem pelo menos fazer uma brincadeira com a cara dele. Cruzei os braços enquanto o encarava apagado em sua cama e tive uma ideia assim que vi seu celular. Peguei o celular e desbloqueei com a digital dele mesmo, já que estava mais do que apagado naquele momento. Não decidi fuçar em nada, já que não sou desse tipo de pessoa, apenas queria gravar um vídeo. Arrumei bastante o decote do meu vestido e coloquei a câmera na horizontal pronta para gravar o vídeo.
Hey, baby! Então... Você não deve nem lembrar a minha cara, mas... Você está dormindo feito um anjinho agora e eu, como uma boa garota que sou tratei de deixar tudo em perfeito estado pra que você não tenha dor de cabeça. Bom, isso você realmente vai ter, mas você é grandinho o suficiente pra se virar. Se estiver curioso para saber quem sou eu, deixarei meu número no seu celular, MAS, você vai ter que descobrir meu nome. Xoxo

Finalizei o vídeo mandando um beijo para ele e anotei meu número com o nome Nikki. Nikki não é meu nome, mas se um dia ele me achasse por aí, seria uma boa para brincar sobre quem realmente eu era. Depois de fazer a linha de cuidadora o mínimo que eu merecia agora era o conforto da minha casa, e era para lá que eu iria agora. Ansiosa para que eu soubesse como ele acordaria no outro dia? Talvez. Mas mais ansiosa ainda para saber se eu o veria novamente, e dessa vez, sóbrio se possível.
...
‘’Oh my God, you're so hot
Hold my head, let me get on top
Oh my God, soaking wet
Back and forth 'til we break the bed

You got a bad attitude
I like to grind it on you
And when I let you put it on me
You better give me what I want baby...
S.E.X.



Vários homens gritavam, aplaudiam e jogavam o dinheiro em cima do palco. Aquilo sim me deixava com uma sensação de êxtase. Era boa a sensação de ver todos aqueles homens aos seus pés. Cada nota de dinheiro que eles jogavam independente da quantia já me satisfazia de uma maneira absurda. Dei espaço para eu agora outras mulheres se apresentassem e caminhei até onde Mad estava, mas sendo interrompida quando uma das mulheres disse que era para que eu subisse para um dos quartos onde um cliente pediu para que eu o esperasse. Eu não poderia pelo menos ver quem era? Que triste. Mas tudo bem, eu estava sendo paga para isso, logo não tinha que saber as procedências.
Não existe nada mais gratificante do que descansar depois de um longo e exaustivo dia. Pernas, braços e costas doloridas, sem contar as doses de bebida que fui obrigada a tomar para digerir algumas conversas que no mínimo não me interessavam. Mas agora tenho duas coisas que me interessam bastante naquele quarto: Uma banheira enorme somente para mim e ele. O quarto estava silencioso assim que cheguei. Ao chegar ao cômodo uma sensação de liberdade percorreu meu corpo desde a cabeça aos pés. Camiseta, saia e calcinha foram jogadas pelo chão. Uma banheira enorme e a água quente somente para mim. Uma música relaxante e pronto, era o suficiente para que tornasse o momento ainda mais relaxante. Adentrei a banheira e me ajeitei na mesma, deixando com que meu corpo se acostumasse à temperatura e logo relaxasse como merecia a muitas horas. O vento do lado de fora em contato com as imensas árvores que cercavam o local só ajudavam no meu desempenho para guiar meus pensamentos para outra dimensão. Não havia poucos minutos que eu estava ali, diria uns quinze a vinte e cinco minutos, em meio a um silêncio relaxante ouvi alguns barulhos fortes contra o piso do quarto. Eu conhecia esse som, parecia como alguém andando e roupas sendo jogadas no chão. No início cheguei a achar que eram meus pensamentos tomando conta de minha cabeça, mas, definitivamente não era. Lá estava ele. Parado no batente da porta somente com uma cueca boxer preta que realçava cada curva de seu corpo que só faziam com que eu ficasse babando mais e mais.
— Achei que não viria... — ¬ murmurou Crhistopher, cruzando seus braços e exibindo seus músculos.
— Achei que você não iria me reconhecer. Vem aqui. Junte¬-se a mim. — Apontei para o espaço grande que sobrava na banheira. Não demorou muito e pude vê-¬lo, num piscar de olhos, completamente nu. Minhas costas foram de encontro ao meu peitoral e suas pernas roçando sobre as minhas assim que ele entrou na banheira. Ficamos um bom tempo daquela maneira. Juntos, quietos e aproveitando um ao outro. Ele levou sua mão ate meu cabelo e o afastou de meu pescoço, depositando um beijo suave naquela região. Meu corpo no mesmo instante se arrepiou e um sorriso tomou conta de seu rosto. Repetiu o mesmo movimento, mas dessa vez com mais vontade, o que fez com que um gemido baixo escapasse pelos meus lábios. Minhas unhas arranhavam sua coxa suavemente. E porra. Ele estava jogando sujo comigo. Christopher desceu uma de suas mãos até um de meus seios e o agarrou com vontade, acariciando meu mamilo já enrijecido com delicadeza, sem parar os beijos em nenhum momento em meu pescoço. Cada gemido baixo que minha boca emitia era um convite dos mais descarados para que seu corpo se juntasse ao meu nessa dança completamente sensual. Eu podia sentir sua ereção em baixo de mim e eu como boa vagabunda que sou, comecei a rebolar. Bem em cima daquele cacete. Meu corpo respondia a cada estímulo que era recebido ou feito. Nossos gemidos se misturavam, mesmo que fosse bem baixinho aquilo era totalmente excitante. Uma parte bem lá no fundo da minha cabeça gritava comigo "Fode com esse vagabundo agora e mostra pra ela quem manda nesse lugar. Mostra pra ele que você fode muito melhor do que todas as mulheres com quem ela já saiu." E era isso que ele iria ganhar. Era estranho já termos uma intimidade assim sem nunca termos transado antes, mas agora eu poderia mostrar a ele como realmente é que eu faço. Antes que eu pudesse dizer a ele o que iria fazer, virei num movimento rápido, ficando ajoelhada no meio de suas pernas. Ele sabia o que eu iria fazer e nem fodendo que desperdiçaria a chance de ver isso. Minha mão foi de encontro ao seu cacete já duro – que estava implorando para que eu o notasse como um cachorro que fica numa vitrine de um petshop – o agarrando pela base e movimentando para cima e para baixo lentamente. Agora dessa vez ela estava parada no topo de meu membro e meu dedo polegar rodeava sua glande bem devagar, obervando cada reação de seu corpo. Um gemido involuntário saiu de seus lábios assim que minha mão foi substituída por minha boca. Suas mãos fortes no mesmo momento largaram a borda da banheira e foram de encontro aos meus cabelos, entrelaçando meus dedos ali enquanto me auxiliava nos movimentos contra aquele cacete grosso. Alternei entre movimentos rápidos, outros devagar, porém sempre da forma que arrancasse dele um gemido sôfrego. Meus lábios e minha língua faziam um trabalho perfeito em ótima sincronia e seu corpo se estremecia a cada estímulo dessa combinação perfeita.
— Isso, babe. Não para! — Seu quadril dessa vez se movimentava involuntariamente contra sua boca, tornando o prazer ainda maior. A cada estocada que era deixada ali eu poderia julgar que seu corpo logo cederia ao orgasmo que eu aguardava. Ele tirou minhas mãos de meus cabelos e as levou a borda da banheira novamente, agarrando a mesma e continuando a movimentar o quadril contra minha boca que recebia agora o auxílio de minhas mãos no trabalho que era feito. Uma delas estava em suas bolas as massageando com certa vontade, enquanto outra estava segurando o que sobrava de seu cacete em meio aos movimentos. A expressão de prazer que ele fazia era o suficiente para me fazer ir ao delírio, e se isso era o que ele queria... Bom, ele conseguiu.
— Babe... Eu vou gozar! — Sua respiração estava mais do que ofegante e seu corpo vibrava com toda aquela sensação de prazer que era tomada e eu sabia que mesmo que quisesse prolongar aquele momento não daria muito certo. Ele inclinou sua cabeça para trás e gemeu meu nome alto e claro enquanto deixava o orgasmo devastador tomar conta de seu corpo. Meus movimentos não pararam nem sequer quando sua porra foi jorrada para dentro de minha boca, o que o fez contorcer de prazer sobre meus efeitos. Pequenos espasmos tomavam conta de seu corpo e o sorriso de satisfação só cresceu ainda mais em meus lábios assim que engoli tudo.
— Como se sente, hum? – Sussurrei enquanto mordiscava o lóbulo de sua orelha.
— Ótimo... Muito melhor do que antes. – Ele suspirou e levou as minhas mãos a minha cintura. — Mas agora é a sua vez de ganhar um presente. Ou melhor, um prêmio por isso.
Um sorriso malicioso tomou conta de meus lábios assim que o ouvi falar daquela maneira e assim que o vi se levantar da banheira, tratei de fazer o mesmo. Caminhamos sem pressa até a cama, onde ele segurou gentilmente em minha cintura e me empurrou contra a cama, fazendo com que eu sentasse e logo em seguida deitasse sobre a mesma.
— Só aproveita. – Sussurrou distribuindo vários beijos pelo meu corpo até minha intimidade, onde começou a dar atenção a uma parte especial com sua língua.
Sua língua percorria cada centímetro de minha intimidade com gosto, fazendo com que aos poucos meus gemidos fossem tomando conta do ambiente. Com seus dedos ele tratava de afastar meus grandes lábios e sugar meu clitóris para dentro de sua boca, deixando com que esse chupão fizesse um estalo que parecia ecoar pelo cômodo. Minhas mãos foram de encontro aos seus cabelos, onde eu os puxava e erguia meu quadril na esperança de continuar com aquela sensação maravilhosa no meio de minhas pernas. Eu ao menos sabia o nome dele, mas sabia que ele chupava gostoso como ninguém.
Um choramingo quase saiu de meus lábios assim que ele parou o que estava fazendo, mas assim que o encarei colocar a camisinha em seu cacete que já estava novamente duro tive a certeza que agora a melhor parte estaria por vir. Sem dó nenhum, ele me penetrou. Com força. Brutalidade. E eu gemi feito uma cadela no cio. Suas mãos fortes agarraram em minha cintura e agora nossos quadris de chocavam com força e rapidez. Antes um gemido só podia ser ouvido, já agora o meu e o dele preenchiam o silencio de poucos minutos atrás. Seu membro entrava e saia com precisão de mim. E alguns momentos uma de suas mãos ia de encontro ao meu pescoço, apertando o mesmo com gosto. Eu adorava ser dominada. Adorava ser feita de puta na cama, mas se tinha uma coisa que eu gostava ainda mais era de ficar por cima. Num movimento rápido, o virei na cama e espalmei minhas mãos em seu peitoral, mordendo o lábio numa expressão sapeca.
— Minha vez. – Sussurrei enquanto começava a cavalgar com vontade em seu membro.
Movimentava meu corpo para frente e para trás, para cima e para baixo. Cada gemido arrancado dele era uma conquista para mim. Nossos corpos suados em meio aos ofegos acabavam por demonstrar o tesão que ambos estávamos sentindo.
— Eu vou gozar. – Ele disse com um pouco de dificuldade já que sua respiração era ofegante, mas mesmo assim não parei. Muito pelo contrário, intensifiquei ainda mais meus movimentos até que ele atingisse o seu ápice.
Satisfeita, agora eu estava deitada ao seu lado o observando. Ri quando ele se levantou de forma engraçada e correu para o banheiro para que pudesse jogar sua camisinha no lixo.
— Então. Será que eu poderia saber o que nome agora? É Nikki mesmo?– Comentou assim que voltou e sentou a cama novamente.
— Nikki? Você deve estar me confundindo com outra pessoa – Coloquei a mão sobre os peitos fingindo estar ofendida. – Desculpa, se você me falar seu nome primeiro eu te falo o meu.
— Tá explicado porque começaram a rir de mim quando estava procurando uma Nikki lá em baixo – Ele estreitou os olhos e estendeu a mão para mim – .
— Desculpa, só queria saber se você iria voltar. – Dei um sorriso e pisquei um dos olhos para ele, segurando em sua mão. – .
— Isso é bem estranho. Deveríamos ter feito isso antes de transar, não agora. – Comentou com um sorriso no rosto. – Ah, eu já ia me esquecendo. – Levantou-se e pegou sua carteira, tirando a quantia de dinheiro que eu cobrava e me entregando.
— A maioria das pessoas nem conversa comigo depois disso. Saber qual é o seu nome já é uma coisa legal. – Dei de ombros e peguei o dinheiro de sua mão.
— A propósito, desculpa pelo o que te fiz fazer. Assim, eu não tinha a intenção de que alguém me levasse pra casa, mas já que você fez aquilo por mim eu sei lá, poderia te levar pra jantar?
Ok, definitivamente essa era a coisa mais estranha que havia acontecido naquele quarto comigo. Por que diabos alguém chamaria uma mulher que é paga pra fazer sexo com todos pra jantar?
— Você tem certeza que quer isso? Olha, sei lá. Vai ver você pode ter ficado sentido pelo seu relacionamento que acabou assim do nada. Pensa direito nisso.
— É o mínimo que posso fazer por você ter cuidado de mim sem ao menos me conhecer. Tô super de boa com isso, sério. Só aceita logo. – Balançou a mão no ar e riu.
— Tá... Eu aceito então. Mas tem que ser à tarde porque a noite, bom, eu trabalho. – Falei como se fosse (e era mesmo) óbvio.
— Certo, certo. Então eu vou te encontrar aqui – Ele tirou um bloquinho da blusa que estava jogada no chão – Tem uma caneta ai? – Voltou seu olhar para mim e ri.
— Aqui. – Estendi uma caneta que estava guardada dentro de uma gaveta para ele, que anotou o endereço.
— Pode ir da forma que você se sentir a vontade.
— Eu posso ir pelada então? – Brinquei com ele dando uma risada. – Tá bom, eu vou da forma que eu me sentir a vontade sem ser pelada.
— Combinado então. – balançou sua cabeça e levantou da cama, começando a vestir suas roupas. – Foi bom isso que a gente teve – Apontou para o quarto e para nós dois.
— É, foi bom. – Balancei o dinheiro, rindo. — Se você quiser indicar pros seus amigos. – Dei de ombros não ligando se estava sendo oferecida demais.
— Com certeza vou indicar. Se esse amigo for eu, claro. – Brincou piscando para mim e acenou, saindo do quarto depois que havia vestido todas as peças de roupa.
Não decidi que iria sair com ele só porque ele era gostoso e bom de cama (talvez fosse por isso mesmo), mas porque eu também mereço me divertir um pouco e não tem nada melhor do que se divertir com um cara.
...


Dessa vez achei que ficaria o esperando por ali um bom tempo, mas pelo visto ele era totalmente o contrário do que eu achava. O lugar era uma simpatia, bastante fofinho e a comida então era de dar água na boca. Por estarmos à tarde, decidimos que não seria viável pedir uma comida que se come a noite, então optamos por um lanche com um chop. Depois de jogarmos conversas fora descobri que ele trabalhava na polícia (não que eu não tenha percebido), já morava na cidade a um bom tempo, mas era estranho porque nunca nos cruzamos pelas ruas, odiava tatuagens, mas achava bonito nos outros, não tinha o costume de beber muito, mas as vezes que bebia extrapolava demais e acabava na situação que o vi pela primeira vez.
Tudo estava indo muito bem até uma mulher adentrar o local e o reconhecer logo de cara. Ela era morena, alta, cabelos escuros e estava com uma criança.
— PAPAI! – A criança berrou assim que viu e correu para o abraçá-lo onde estávamos sentados.
Papai? Que porra é essa? Como assim ele tinha mulher e filhos e mesmo assim não me contou? Ou pior, me chamou pra jantar. Fez sexo comigo. Pediu pra que eu dormisse com ele? Filho da puta.
— Oi, garotão. – passou a mão pelos cabelos do garoto e me olhou visivelmente desconfortável com aquela situação. – Essa aqui é a .
. – Sorri docemente, mas com um olhar mortífero para ele. – E você rapazinho?
— David. – O pequeno sorriu mostrando todos os dentes.
— Pelo visto você levou a sério nosso tempo, . – A morena o fuzilou com os olhos e logo me encarou.
— Olha, eu posso explicar. – Ele começou a tentar falar, mas provavelmente se enrolaria todo.
— Sei que parece estranho, mas eu sou nova na cidade. Trabalhamos juntos e ele me fez o favor de me contar um pouco sobre o trabalho e a cidade. – Sorri estendendo a mão. – Ele me falou muito bem de você, aliás, você é bem mais bonita do que eu imaginava. – Menti com um sorriso convincente no rosto.
— Hum... Prazer. Meu nome é Simone. – Ela estendeu a mão e segurou a minha.
— Papai, papai, podemos ficar com você? – David estava alegre e definitivamente eu não iria estragar aquela família tão bonita.
— Bom, se me permitem – Levantei-me da cadeira e peguei a bolsa que estava pendurada, colocando o dinheiro do que eu havia consumido sobre a mesa. – Tenham uma boa tarde. Até mais, . – Sorri de forma sínica e sai do local sem olhar para trás.
Se havia uma coisa que eu não gostava no mundo é ser amante de alguém e naquele caso eu odiaria interferir no meio de uma família. Meus pais são separados por conta de uma vagabunda que entrou no meio do casamento deles e definitivamente eu não gostaria de ser essa pessoa.
...


Um gelo deveria ser o suficiente para que ele não me procurasse mais, porém ele não me deixava em paz. Todas as vezes que eu tentava não o encontrar ele tratava de se aproximar de mim ou querer tentar se explicar. Eu não queria explicações. Quanto mais ele tentava voltar a falar comigo mais eu gostaria que ele se tocasse e parasse de insistir tanto igual estava. Eram telefonemas e flores, flores e mais telefonemas, mais flores, mensagens de voz, só estava faltando uma carta. Como eu iria lidar com isso?
— Você não desiste mesmo, não é? – Cruzei os braços assim que o vi parado em frente ao clube antes mesmo dele estar aberto.
— Será que você pode me ouvir por um minutinho? – Ele suplicou juntando as mãos.
— Pra que? Pra você me falar que tem uma mulher e um filho? Que ainda quer ficar comigo, mas na realidade tem uma família pra sustentar.
.toUpperCase())! – Ele balançou a mão no ar na tentativa que eu calasse a boca – Nós demos um tempo, tá bom? Em nenhum momento eu achei que me sentiria atraído por outra mulher igual fiquei por você. – Ele levantou os ombros e suspirou.
— Isso não é motivo! – Resmunguei revirando os olhos – Se vocês tivesse terminado de fato, tudo bem, mas era só um tempo. Aposto que já estão juntos de novo.
— Não. Na verdade não estamos, mas... – Ele começou a falar, mas eu o interrompi.
— Mas ela ainda continua sendo sua mulher. – Rebati o encarando e passando a mão pelos cabelos.
— Isso também – Ele apontou para mim – Mas eu queria uma chance da gente não ficar assim. Desentendidos. – Apontou para nós dois. – Aceita minhas desculpas.
— Hum... – O encarei de cima até em baixo e respirei fundo – Eu aceito porque sou uma pessoa muito boa. Mas não pense que vai ser assim sempre — Apontei para ele. – Agora se me dá licença, tenho que trabalhar. – Mandei um beijo para ele, entrando no clube e fechando a porta.
Era incrível como os homens achavam que as coisas com flores ou umas simples desculpas resolveriam um tremendo problema. Por mim eu não teria feito todo alvoroço, mas ao me colocar no lugar de sua mulher, a história já é outra. Imagino que seria muito difícil você saber que seu marido anda transando com outras enquanto você tem que cuidar de uma criança sozinha. Aquilo era demais. Eu estava muito cansada de somente homem sair ileso nessas situações. Ele iria voltar. Todos são iguais. E se ele achasse que se sairia bem, pode crer que ele está super enganado.
...

Se eu sabia que ele voltaria? Bom, eu não precisava de muita coisa para saber que em breve ele estaria me procurando por ali novamente. Falar com uma porta sobre o que é certo e o que é errado seria bem mais fácil do que entender o que eu realmente queria dizer com um combo de ignorar+isso é errado, mas parecia que isso nunca iria acontecer. Mas eu tinha a carta na manga.
Em meio a minha apresentação eu podia o ver com o mesmo sorriso cafajeste como da primeira vez em que nos vimos. Hoje seria um dia bastante especial. Ao descer do palco, Mad me entregou uma dose de tequila, sal e limão. Coloquei o sal na boca, tomei a dose e logo em seguida chupei o pedaço de limão, adorando a sensação da bebida quente esquentar o meu corpo. Era disso que eu estava precisando. Com a confiança ainda mais adquirida depois da bebida, caminhei a passos largos até onde ele estava e segurei na gola de sua camisa, fazendo com que ele se levantasse. Todos os homens ali presentes começaram a gritar com essa cena. Desci uma de minhas mãos até seu membro e o acariciei gentilmente, logo pegando em sua mão para que pudesse o levar para o quarto.
— Para onde estamos indo? – perguntou um pouco alto, já que a música estava alta onde estávamos.
— Shhhh. – Coloquei o dedo indicador na frente de meus lábios ao encará-lo e o guiei até o quarto.
Ao chegarmos, tranquei a porta e o empurrei em direção à cama, fazendo com que ele se deitasse ali. Tratei de o despi-lo e fazer o mesmo comigo, sentando sobre o seu colo e o encarando.
— Hoje você vai ter o melhor sexo de sua vida. – Pisquei para ele começando a distribuir beijos pelo seu pescoço.
Enquanto meus beijos tomavam o rumo de seu peitoral, minha bunda friccionava contra seu membro de uma forma suave, fazendo com que ambos suspirássemos com aquele contato. Rodeei seu mamilo com minha língua e assoprei rapidamente, sorrindo com a resposta que seu corpo tinha com aquilo. Quando uma de suas mãos tocou meu corpo, o encarei séria e sorri.
— Não, lindo, hoje você só vai me tocar quando eu mandar. – Sussurrei segurando sua mão e a colocando atrás de sua cabeça.
... Não faz assim. – Choramingou enquanto me encarava.
para os outros. Para você é . – Pisquei para ele e continuei a fazer o mesmo de antes.
Trilhei os beijos cada vez mais para baixo até chegar a seu membro que já estava quase duro e sorri, passando a língua pelos lábios. O segurei pela base e passei a língua bem devagar em sua glande, podendo sentir seu gosto invadir minha boca. Sem mais cerimônias, abocanhei o mesmo com gosto, o enfiando completamente dentro de minha boca. gemeu. Gemeu alto e impulsionou o quadril contra minha boca querendo mais. E eu daria mais para ele. Minhas unhas arranharam suas coxas enquanto minha cabeça de movimentava para cima e para baixo sugando seu cacete grosso e o deixando completamente babado. Aquilo me deixava com tesão. Saber que ele estava daquele jeito por mim me deixava muito mais molhada do que qualquer coisa no mundo. O retirei da boca e lambi toda a extensão de cima para baixo e de baixo para cima, deixando um chupão em sua glande. Aos poucos meus lábios tomaram o rumo de suas bolas onde tratei de chupá-las com vontade.
... Por favor. – Ele gemeu de forma arrastada, olhando para mim com os olhos pedintes. – Me deixa te foder.
Olhando aquele homem daquele tamanho me pedindo aquilo era gostoso. Gostoso até demais. E meu tesão que antes era pouco agora havia acabado de aumentar, e muito. Sorri em sua direção e me levantei, posicionando seu membro na entrada de minha intimidade, deixando que o mesmo escorregasse para dentro me preenchendo. Inclinei minha cabeça para trás, gemendo baixo pela sensação e comecei a me movimentar devagar para frente e para trás. Segurei em suas mãos e as coloquei em meus seios, deixando com que ele agora fizesse o que quisesse.
Seus dedos rodeavam meu mamilo, o apertando e às vezes puxando, fazendo com que aquela dorzinha se encaixasse com o prazer que estava sentindo ao cavalgar sob seu corpo. Eu alternava, espalmando minhas mãos em seu peitoral para que pudesse rebolar com rapidez e às vezes ele continuava a meter em mim, indo cada vez mais fundo, me fazendo gemer igual uma cadela. Ele sabia foder. Sabia foder gostoso pra caralho.
— Você me deixa louco. – sussurrou de forma rouca em meu ouvido enquanto movimentava seu quadril contra o meu numa rapidez que me fazia revirar os olhos de prazer.
Nossos corpos já estavam suados, mas eu não queria parar com aquilo, muito pelo contrário, eu queria continuar. Parei de rebolar sobre ele e sai de cima de seu colo, o chamando com a mão e deitando na cama.
— Sua vez – Sorri de forma sapeca e mordi o lábio o encarando.
Nisso não precisava de muita coisa. Ele havia entendido o que eu queria. Seu dedo polegar foi de encontro ao meu clitóris enquanto com sua outra mão ele posicionava seu membro em minha intimidade, me penetrando novamente de forma lenta. Seu dedo começou a movimentar naquele ponto de prazer, fazendo com que novamente eu voltasse a gemer com vontade. Agora ele era o dono dos movimentos. Ele era quem estava mandando.
A combinação de seu cacete entrando e saindo de mim, nossos gemidos juntos, suas expressões de prazer e seu dedo masturbando aquele ponto magnífico de meu corpo só deixava ainda mais evidente que eu não demoraria muito para chegar ao ápice. E realmente não demorou.
Cada estocada em minha intimidade só fazia com que meu orgasmo crescesse ainda mais dentro de mim, chegando a um momento no qual eu não consegui segurar. E eu gozei. Gozei com vontade. Gemendo como nunca. Deixando com que as pessoas que estivessem no quarto ao lado soubesse o quão bom estava sendo o meu orgasmo. Meu corpo parecia ter ido na lua e voltado e ao voltar a olhar para que em nenhum momento deixou de me foder, me fez querer uma coisa com aquele sorriso pervertido em seus lábios.
— Goza na minha boca. – Sussurrei em meio aos ofegos para ele quando notei que ele já estava quase no ápice também.
Ele saiu de dentro de mim e sentou na cama. Essa era minha deixa. Levantei-me e ajoelhei a sua frente, segurando seu membro e voltando a chupá-lo, dessa vez com mais vontade e mais rapidez do que antes, sem deixar de masturbá-lo. Ele gemia com gosto. Com vontade. Sua inquietação com o quadril denunciava que estava quase gozando.
... Eu vou gozar! – Falou aos gemidos e então eu novamente enfiei seu membro em minha boca.
Chupei como se fosse à última coisa que eu pudesse fazer no mundo. Sua porra quente invadiu minha boca e sem pensar duas vezes engoli. Cada gota do seu prazer foi engolida por mim. Alguns espasmos percorriam seu corpo à medida que eu o chupava e o encarava. Em nenhum momento deixei de fazer um contato visual até que não houvesse nenhum resquício de porra para eu engolir mais. Joguei-me na cama ao seu lado, sorrindo para ele e assim que o vi tirar dinheiro de sua carteira, neguei na hora.
— Não. Hoje não precisa. É por minha conta. – Balancei a mão no ar para ele. – Sério, guarda esse dinheiro.
— Mesmo? – Ele me encarou sem entender nada.
— Mesmo. – Concordei sorrindo para ele. – Se me permite, vou tomar um banho e voltar ao trabalho. – Levantei-me da cama e segui para o banheiro.
Eu não precisava conversar com ele. Não precisava fazer mais nada. Se ele só queria sexo, bom, ele havia ganhado. Certo? Eu também não tinha nada o que conversar. Adentrei o banheiro e tomei um banho bastante demorado, sem pressa nenhuma para sair dali. Ao acabar, me sequei e vesti a roupa que estava usando. já tinha ido embora. Pelo menos ele entendeu esse recado também.
— Bom, vamos ver se isso funcionou mesmo. – Caminhei até uma cômoda que tinha ali e peguei meu celular que estava escondido, colocando para parar de gravar.
Encarei toda a cena que havia salvado ali, sorrindo satisfeita com o que havia conseguido captar e me senti satisfeita. Sai do quarto descendo até a garagem do estabelecimento e entrei em meu carro, pegando o notebook e o ligando. Conectei o cabo no celular e depois em meu notebook e em poucos minutos o vídeo estava salvo em meus arquivos. Minha ideia já estava quase ponta.
Com o vídeo já salvo, conectei meu celular na internet e entrei nos e-mails, procurando pelo de até o encontrar. O encontrá-lo, anexei o vídeo e coloquei como título do e-mail a seguinte frase: “Nada é em vão. Tudo vem para ensinar.’’
“Querido , espero que você tenha aproveitado bastante nossa última noite. Isso mesmo, nossa última noite já que você não sabe muito bem interpretar as coisas eu vou te explicar mais uma vez: eu não quero mais que isso continue. Você pode até encontrar outras garotas para foder, mas comigo eu não quero que você tenha contato. Não esse tipo de contato. Eu sou uma puta, vivo de sexo, mas, me desculpa, eu não transo com homens que não conseguem segurar o pau nas calças quando dão um tempo. Se sentir falta, anexei nossa última memória aqui. E se insistir em me procurar ou mandar flores, esse vídeo pode parar nas mãos de sua querida mulher. Até nunca mais.
Com tesão, .


Pronto, com o texto pronto e o vídeo anexado, apertei em enviar e respirei aliviada. Se eu não soubesse que ele era casado provavelmente estaria fodendo mais e mais, porém, eu tenho consciência de que isso é errado e uma vez que eu sei que isso não é uma coisa que se deva fazer, trato de colocar logo um fim. Cada um tem a maneira de foder com a vida de um, e bom, eu sei foder dos dois jeitos.




Fim.



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus