Capítulo Único
Já devia fazer meia hora que eu estava caminhando em direção a casa dela. Escolhi seguir pelo caminho mais longo, pois tantas coisas passavam pela minha mente, que chegava a ser difícil distinguir um pensamento do outro.
Com as mãos nos bolsos do casaco, protegendo-as do vento gelado do outono, comecei a prestar atenção em cada pessoa ao meu redor, cada pequeno gesto. Aquilo dava uma sensação estranha de calma, como se o mundo fosse grande demais para me atingir.
Era estranho pensar que as pequenas coisas passavam despercebidas aos olhos de muitos. E, claro, eu me incluía nessa lista de pessoas. Coisas como crianças brincando em um parquinho, um senhor de idade sentado no banco da praça, a sucessão de dias, estrelas brilhando, uma pequena folha flutuando em uma poça de chuva e os pássaros cantando.
Um casal discutia na frente de uma casa com aparência acolhedora. E, ver aquela cena tão típica de um relacionamento, me fez recordar de coisas do meu relacionamento.
Nem lembrava mais o motivo pelo qual brigávamos, mas, àquela altura, parecia irrelevante. Existia uma linha tênue entre uma briga natural e uma briga definitiva. E estávamos indo por um caminho que não me agradava. De repente, parei de falar. Parei e apenas fiquei observando-a gesticular e falar alto. Quando ela percebeu meu silêncio, parou também. Pude ver que realmente estava estressada. Foi naquele momento que me dei conta de algo que vinha crescendo em mim, e disse pela primeira vez:
- Eu amo você.
Mais alguns passos adiante e me deparei com uma brisa arrastando as folhas secas de uma árvore pelo chão. Para mim, o outono representava o reinício, pois demonstrava a morte – folhas caindo – para dar início a um novo ciclo. Lembrei-me de tudo que estava prestes a fazer.
Passava das duas da manhã e eu não conseguia de maneira alguma dormir. Fazia três dias que não conversávamos direito, por conta dos nossos compromissos. Mas eu me sentia incompleto. Levantei, exausto, e fui procurar pelo meu celular. Encontrando o número dela nos contatos, liguei e aguardei. Assim que ela atendeu, não esperei muito para dizer: - Sinto sua falta.
Chegando em frente à casa dela, parei um pouco e respirei fundo. Quando larguei todo meu trabalho para fazer em casa, não pensei exatamente no que iria falar quando a visse, mas eu só sabia que tinha que estar ali. Com um suspiro profundo, segui o caminho até a entrada de sua casa. Toquei a campainha, receoso, e aguardei. Quando abriu a porta, parecia surpresa ao me ver. Com medo de que reação ela poderia tomar por eu estar ali, decidi ser honesto e dizer exatamente como me sentia há algum tempo.
- Desde que você foi embora, já ouvi tantas músicas sobre isso que não aguento mais. Eu fecho meus olhos antes de dormir e você está ali do meu lado. Mas quando eu abro meus olhos, parece que você está a milhões de quilômetros de distância. Sinto tanto a sua falta e quero que dessa vez você fique na minha vida, de verdade. – retomei o fôlego e fiz minha proposta: - Quero você na minha vida hoje e sempre, mas preciso saber se você está disposta a correr o risco.
Um segundo de silêncio se passou, mas pareceu uma eternidade.
- Sim. Eu quero passar minha vida com você.
Com as mãos nos bolsos do casaco, protegendo-as do vento gelado do outono, comecei a prestar atenção em cada pessoa ao meu redor, cada pequeno gesto. Aquilo dava uma sensação estranha de calma, como se o mundo fosse grande demais para me atingir.
Era estranho pensar que as pequenas coisas passavam despercebidas aos olhos de muitos. E, claro, eu me incluía nessa lista de pessoas. Coisas como crianças brincando em um parquinho, um senhor de idade sentado no banco da praça, a sucessão de dias, estrelas brilhando, uma pequena folha flutuando em uma poça de chuva e os pássaros cantando.
Um casal discutia na frente de uma casa com aparência acolhedora. E, ver aquela cena tão típica de um relacionamento, me fez recordar de coisas do meu relacionamento.
Nem lembrava mais o motivo pelo qual brigávamos, mas, àquela altura, parecia irrelevante. Existia uma linha tênue entre uma briga natural e uma briga definitiva. E estávamos indo por um caminho que não me agradava. De repente, parei de falar. Parei e apenas fiquei observando-a gesticular e falar alto. Quando ela percebeu meu silêncio, parou também. Pude ver que realmente estava estressada. Foi naquele momento que me dei conta de algo que vinha crescendo em mim, e disse pela primeira vez:
- Eu amo você.
Mais alguns passos adiante e me deparei com uma brisa arrastando as folhas secas de uma árvore pelo chão. Para mim, o outono representava o reinício, pois demonstrava a morte – folhas caindo – para dar início a um novo ciclo. Lembrei-me de tudo que estava prestes a fazer.
Passava das duas da manhã e eu não conseguia de maneira alguma dormir. Fazia três dias que não conversávamos direito, por conta dos nossos compromissos. Mas eu me sentia incompleto. Levantei, exausto, e fui procurar pelo meu celular. Encontrando o número dela nos contatos, liguei e aguardei. Assim que ela atendeu, não esperei muito para dizer: - Sinto sua falta.
Chegando em frente à casa dela, parei um pouco e respirei fundo. Quando larguei todo meu trabalho para fazer em casa, não pensei exatamente no que iria falar quando a visse, mas eu só sabia que tinha que estar ali. Com um suspiro profundo, segui o caminho até a entrada de sua casa. Toquei a campainha, receoso, e aguardei. Quando abriu a porta, parecia surpresa ao me ver. Com medo de que reação ela poderia tomar por eu estar ali, decidi ser honesto e dizer exatamente como me sentia há algum tempo.
- Desde que você foi embora, já ouvi tantas músicas sobre isso que não aguento mais. Eu fecho meus olhos antes de dormir e você está ali do meu lado. Mas quando eu abro meus olhos, parece que você está a milhões de quilômetros de distância. Sinto tanto a sua falta e quero que dessa vez você fique na minha vida, de verdade. – retomei o fôlego e fiz minha proposta: - Quero você na minha vida hoje e sempre, mas preciso saber se você está disposta a correr o risco.
Um segundo de silêncio se passou, mas pareceu uma eternidade.
- Sim. Eu quero passar minha vida com você.
Fim.
Nota da autora: Oi, gente linda! Espero, do fundo do coração, que tenham gostado. Obrigada por ler. <3
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