Fanfic finalizada: 09/03/2021

Capítulo único

Deitado em sua cama, sentia o aroma de café passado se espalhando por todo seu apartamento e isso fez com que ele criasse forças para deixar o macio do colchão para trás enquanto se encaminhava para o banheiro, a fim de realizar sua higiene matinal. Quando, minutos depois, saiu do cômodo, escutou cantando na cozinha e sorriu sozinho sem mostrar os dentes, caminhando até lá.
— Bom dia! Que surpresa. — Ele declarou sorrindo quando ela lhe estendeu uma caneca cheia do líquido preto. Realmente não esperava que ela ainda fosse estar ali quando ele despertasse, assim como aconteceu das outras vezes em que estiveram juntos. — Obrigado. Eu deixo o açúcar em outro armário, você encontrou?
— Bom dia. — Ela sorriu de volta. — Eu tomo café puro mesmo, fique tranquilo.
— Dizem que quem toma café sem açúcar é porque a alma já foi corrompida faz tempo… — Falou com a voz e o semblante sérios. A garota, no entanto, gargalhou e ele não conseguiu segurar a pose, rindo também.
— Não vou negar nem afirmar nada. Conselhos do meu advogato. — Piscou para ele.
— Tudo bem. Não precisa falar caso não queira… Digo, sua voz é linda, mas seu gemido também… — sorriu sacana. Quando os olhos de encontraram os dele, ela lentamente levou a caneca em direção a boca. Entornou todo o líquido sem desviar o olhar, e, assim que deixou o objeto sobre a pia, passou o dedo indicador pelos cantos dos lábios de forma lenta e sensual. Não havia nada a ser limpo naquelas extremidades, ela apenas queria provocá-lo.
se aproximou do homem, espalmando uma mão em seu abdômen, enquanto a outra subia e descia por seu ombro e braço.
— Café aprovado? — Perguntou como quer não quer nada.
Antes de responder, enlaçou os braços na cintura dela. — Muito mais que aprovado e tão gostoso quanto nossas transas.
Usando o que ele havia lhe dito minutos antes, colou os corpos e aproximou a boca do ouvido dele, gemendo como se quisesse lhe agradecer pelos elogios. Sentiu as mãos dele apertarem sua carne e não pensou duas vezes antes de procurar os lábios dele com os seus, dando início a um beijo cheio de desejo.
As mãos da garota foram até os cabelos da nuca de , puxando-os e fazendo com que a cabeça dele pendesse para trás, separando as bocas. O homem olhou para ela com curiosidade, mas a dúvida que rondava a cabeça dele logo foi sanada quando ela proferiu uma única palavra.
— Quarto.
— Como você quiser. — Estalou um tapa na bunda dela, que saiu rebolando em direção ao cômodo, puxando-o pela mão para segui-la. Antes que voltassem a se beijar, ela aproveitou para tirar a camiseta que usava, ficando apenas de calcinha. Mesmo já tendo visto e tocado o corpo à sua frente em outras oportunidades, ele não deixou de aproveitar a nova chance que lhe foi dada e analisou-a de cima a baixo, o que fez com que sua excitação e a vontade de tê-la junto a si aumentassem. A ereção apertou dentro da boxer que usava e antes que pudesse fazer qualquer coisa para aliviar, sentiu os dedos de dedilharem toda a extensão de seu membro por cima do tecido. Apoiando os joelhos no chão, ela começou a dar pequenos beijos enquanto as mãos brincavam em seus testículos.
… — Riu incrédulo. — Para de me torturar…
— Se você acha que isso é tortura… — Depositou na glande um beijo com mais força. — é porque ainda não viu nada. — Molhou o lábio inferior com a ponta da língua, mordendo-o em seguida. acompanhava atentamente cada pequena movimentação feita por ela, ardendo cada vez mais em desejo.
era fogo e ele sentia-se como uma substância inflamável.
— Além de me torturar, você vai me enlouquecer. — Declarou.
Ela nada disse, apenas sorriu maliciosa ao arrancar dele a única peça que cobria seu corpo, deixando o caminho livre para que ela pudesse saboreá-lo com a boca. O homem segurava os cabelos dela em um rabo de cavalo e gemia a cada nova e gostosa sensação gerada pelos movimentos que ela desempenhava com maestria. Quando sentiu que estava chegando ao seu limite, chamou-a pelo apelido e fez sinal com a cabeça para que ela fosse para a cama. apoiou o peso do corpo nos cotovelos e dobrou os joelhos, deixando as pernas bem afastadas, indicando exatamente o que queria que ele fizesse. Entendendo o recado, o homem começou a distribuir beijos por toda a extensão das coxas dela, cada vez chegando mais e mais perto da intimidade de , que já se encontrava umedecida. Decidiu devolver a provocação na mesma moeda: a ponta da língua passeava pelo tecido fino da calcinha, colocando um pouco mais de pressão no ponto mais sensível da área. Os gemidos dela eram repletos de prazer e ansiedade pelo próximo passo, que não tardou a chegar. Após retirar a única peça que cobria o corpo da mulher, , com seus lábios, língua e dedos, retribuiu as sensações satisfatórias que ela havia lhe proporcionado. Bons minutos depois, entre os gemidos, ouviu ela sussurrar um pedido.
— Agora… por favor.
Sorrindo e com os olhos transbordando luxúria, ele tirou um preservativo do criado-mudo ao lado da cama, protegendo-se.
Quando terminou de colocar a camisinha, encontrou sentada na cama. Munida de um sorriso malicioso, ela bateu com uma das mãos no colchão, indicando que ele se deitasse ali. Captando e gostando da mensagem recebida, ele deitou e viu a mulher ficar em pé em cima da cama, colocando uma perna de cada lado do corpo dele. foi descendo e lentamente sentou sobre o pênis dele, levando o homem à loucura. Gemeu alto quando sentiu que ele estava completamente dentro de si e começou a cavalgar com a ajuda de que segurava sua cintura de maneira firme.
Pouco se importando com a possibilidade dos vizinhos os escutarem, os sons ficaram ainda mais altos quando o homem passou a massagear o clitóris inchado e sensível dela, que intensificou o rebolado.
O orgasmo chegou primeiro para ela, que não parou de se movimentar até que ele também tivesse seu clímax, pouco tempo depois.
— Wow… — Ela foi a primeira a se pronunciar.
— É, eu sei… — Ambos riram. lhe deu um selinho e a convidou para tomar banho com ele, convite que foi prontamente aceito.

Mesmo que não se conhecessem muito além do sexo, ele gostava da atmosfera que trazia junto de si. Ela não tinha qualquer tipo de vergonha ou receio de dizer do que gostava, como gostava e quando queria. Isso meio que o encantava, deixando-o confortável o suficiente para iniciar uma conversa que não costumavam ter.
— Você parece tão… livre. — Confidenciou enquanto a garota ensaboava o corpo.
— Hmmm… agora, além de sexo vai querer conversar? — Revidou em tom de brincadeira.
— Essa foi a primeira vez que você ficou. — A resposta dele fez ela sorrir. se enxaguou e cedeu para ele o seu lugar bem embaixo do chuveiro.
— A verdade por trás da sua suposição ou afirmação, sei lá, é que eu cresci agradando os outros e me anulando, sabe? Fazia o que achava que os outros esperavam e queriam de mim, sem me importar com o que eu queria. Há mais ou menos dois anos, minha avó materna descobriu que estava com um câncer em estágio bem avançado… — Suspirou.
— Se você não quiser continuar não tem problema, . Entendo que é um assunto delicado…
— Nah, tudo bem… Eu não costumo compartilhar essa história com muita gente, mas já que você me leu tão bem, acho que merece. — Sorriu sem mostrar os dentes. — Enfim… na última vez em que a vi com vida, ela me confidenciou que havia se privado de tudo para satisfazer a vontade dos pais, já que foi meio que obrigada a se casar com o meu avô e teve que deixar de lado o sonho de estudar para ser professora. Eles se amavam, mas a vovó queria mais do que ser mãe e esposa… e nunca pôde ir além. — lhe deu um selinho, motivando-a a continuar. — Ela me disse que eu deveria me livrar das minhas amarras ou jamais seria plenamente realizada. Não foi fácil e não foi da noite para o dia, mas foi o que fiz. Agora vivo para me fazer feliz, fazendo o que eu quero e o que acho certo, sem me importar com o que vão pensar de mim. — Deu de ombros. — Bom, é isso. Agora você já pode desligar o chuveiro.
O homem sorriu e fez o que ela indicou.
— Tudo bem que eu não te conheci antes, mas eu gosto dessa sua versão. — Admitiu. — Acho que preciso ser mais igual você... — Sussurrou essa última parte.
— Talvez eu possa lhe auxiliar com isso… — declarou baixinho antes de beijá-lo mais uma vez.





FIM



Nota da autora: Alguém mais precisando ser como nossa pp maravilhosa? o/
Sei que não explorei tanto a cena restrita e deixei o final aberto, mas espero que vocês gostem tanto quanto eu (e sim, na minha cabeça eles voltam a se encontrar com mais frequência e são felizes para sempre).
Já virou rotina, mas preciso agradecer a Thay por me ajudar (a simplificar) o plot. Falando nela, nós temos uma fanfic em parceria, clique aqui para conferi-la.

Caso queira conhecer mais histórias de minha autoria, acesse a página abaixo:



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