Capítulo 1
Ela corria sabendo que sua vida dependia daquilo, estava cansada, não aguentaria muito tempo dentro daquela casa, mesmo maior de idade tinha medo de seu futuro, mas o que poderia acontecer de pior? Seu pai um drogado, sua vida sendo ameaçada constantemente por traficantes, trabalhava para seu sustento e arriscava ter o pouco dinheiro que ganhava roubado por alguém dentro de sua própria casa. atravessou correndo uma das principais vias interestaduais, era tarde e poucos carros passavam por ali, mas exatamente naquela hora um carro passou, perto demais, rápido demais, ela apenas conseguiu ver uma luz forte deixando-a cega no segundo seguinte. Dentro do carro alguém que também queria correr, correr de uma dor insuportável instalada em seu peito. Ele sentia sono, era complicado viajar sozinho e sem destino, uma forte tempestade ameaçava cair do céu, o que uma garota fazia naquele lugar as 3 horas da manhã? Ele não sabia, mas precisou ser rápido para não atingir-lhe. Desceu do carro vendo a menina paralisada olhando em sua direção.
- Hey, você está bem? - perguntou assim que alcançou a garota.
- Eu, eu acho que estou. – Ela disse não aguentando-se em pé.
- Pra onde está indo? – Perguntou reparando na mochila que a mais nova carregava.
- Pra qualquer lugar. – Ela respondeu encarando o céu escuro e coberto de nuvens pesadas.
- Você está fugindo de alguém? – Ele perguntou curioso.
- Mais ou menos. – A garota que parecia frágil mordeu o lábio inferior e seguiu caminhando deixando-o para trás.
- Hey, é perigoso ficar em um lugar assim sozinha, ainda mais com uma tempestade se aproximando. – Falou sentindo alguns pingos caírem do céu.
- Eu não tenho medo. – Teimosa disse sem deixar de caminhar.
- Você não tem família? – Perguntou caminhando ao seu lado.
- Por que você quer saber? –Virou o encarando.
- Porque quero entender o que uma criança faz andando sozinha com uma mochila nas costas.
- Eu não sou criança! Já tenho 18 anos e isso não te diz respeito. – Ela respondeu com raiva.
- Eu sou 12 anos mais velho que você, então do meu ponto de vista, ainda é uma criança. – Ele sorriu divertido.
- É perigoso largar o carro no meio do nada para acompanhar uma desconhecida. – Mudou de assunto.
- Vem comigo, vou te levar pra casa. – Respondeu segurando seu braço. Seus olhos se cruzaram novamente, sentiu algo estranho, um calafrio na barriga, quem era aquele homem?
- Eu não tenho caso, mas pra onde você está indo? – Perguntou curiosa, sentiu vontade de ficar perto dele, mesmo sabendo que era arriscado.
- Para qualquer lugar. – Ele respondeu e estendeu a mão chamando-a para acompanhá-lo, ela segurou sua mão, sentindo novamente aquele frio na barriga ao mesmo tempo que sua pele parecia queimar e lhe acompanhou até o carro.
Entraram em silêncio no mesmo segundo que a chuva começou a desabar tornando impossível sair com o carro.
- Na hora certa. – Ele respondeu encarando a chuva pelo parabrisa.
- É. – Falou sem encará-lo.
- . – Ele disse lhe encarando.
- . – Respondeu lhe dirigindo o olhar pela primeira vez.
- Você está com fome? – Ele perguntou procurando algo no banco de trás do carro. Um Jeep® Grand Cherokee.
- Um pouco. – Ela respondeu abrindo a mochila e tirando uma barrinha de cereais de lá.
- Não tenho muita coisa, mas acho que esse bolo é melhor que uma barrinha. – Ele falou retirando um pote com algumas fatias de bolo de chocolate.
- Parece realmente mais gostoso. – Ela sorriu agradecida enquanto ele lhe entregava um pedaço. – Obrigada.
- Por nada, quer me contar o por que está fugindo?
- É complicado. – Falou tímida.
- Tudo bem, não precisa falar agora. – Ele respondeu pegando uma fatia para si enquanto encarava a chuva. – Vou ter que esperar passar, é complicado dirigir com chuva. A garota não falou nada, apenas concordou com a cabeça.
Ele deitou seu banco e pegou um cobertor, por sorte o carro era bastante espaçoso e até mesmo um pouco confortável. Resolveu que dormiria um pouco já que a chuva não parecia dar trégua. Os relâmpagos assustavam a menina ao seu lado, que com os olhos arregalados encarava aquela junção de chuva, vento e relâmpagos.
A temperatura seguia caindo, fazendo com que retirasse de sua mochila o único casaco que tinha. Sentiu vergonha ao encarar suas roupas, o homem que dormia ao seu lado parecia ter dinheiro, seu carro era um modelo do ano e suas roupas, assim como a organização das coisas, mostrava que ele com toda certeza viajava por prazer, não como ela fugindo de uma vida que não podia chamar de sua.
- Você está com frio? – Ele perguntou vendo a menina se encolher vestindo o casaco.
- Um pouco. – Ela respondeu tímida.
- Pegue. – Falou entregando seu cobertor para garota, por sorte a chuva estava mais fraca.
- Não precisa, não quero atrapalhar você. – Ela respondeu recusando.
- Você não esta me atrapalhando, pelo que notei estamos na mesma situação, querendo viajar sem lugar certo para ir, vai ser bom ter uma companhia. – Respondeu fazendo-a aceitar o cobertor.
- Obrigada. – Ela disse se enrolando no cobertor enquanto observava ele dar partida no carro.
Cansada ficou um tempo observando a paisagem até pegar no sono. Acordou quando os raios de sol invadiam o veículo, olhou para placa indicando que sua antiga cidade ficava a 300km de onde estavam.
- Você dormiu bastante. – Ele disse carinhoso. – Vamos parar para comprar algo pra comer. – Falou saindo da interestadual e entrando na cidade.
- Tudo bem. – Ela respondeu tentando se ajeitar no banco, estava com o cabelo bagunçado e queria muito poder tomar algum banho.
- Está cansada?
- Um pouco. – Falou tímida.
- Logo a gente para em algum hotel, quero pegar mais umas 5 horas de estrada só e daí passamos uns dois dias na cidade.
- Qual cidade? – Perguntou curiosa.
- Não sei. – Ele sorriu fofo. – A que nós acharmos interessante. Se não gostarmos, passamos a noite e vamos para outra. – Ele sorriu.
- Faz tempo que você viaja assim? – Perguntou curiosa.
- Quase um ano. – Falou pensativo.
- Você gosta?
- É o melhor a fazer.
- Hum, e como arruma trabalho? Digo, eu. Ah esquece. – Disse tímida, vendo que estava perguntando mais do que devia.
- Digamos que eu seja o único herdeiro de uma família que não existe mais e como nunca fui muito amigável, preferi investir minha grana com imóveis e vivo viajando e gastando a grana do aluguel desses imóveis.
- Um, que sorte.
- Sorte não ter família? – Perguntou curioso.
- Sorte ter uma família que te deixou algo de bom.
- Dinheiro? – Ele estava com raiva, como ela poderia achar que ele tinha sorte? Ele não tinha ninguém, se morresse provavelmente algum parente insuportável acharia ótimo, pois herdaria uma boa fortuna.
- Condições de viajar e conhecer o mundo sem passar fome. – respondeu encarando o chão, sentindo seus olhos arderem.
- Então você também tem sorte. – Ele sorriu tentando não demonstrar o quanto aquela frase tinha mexido com seus sentimentos, de fato sempre existe alguém precisamos mais, passando por mais tristeza ou necessidade que nós.
- Por quê?
- Porque me conheceu e agora, se quiser, pode ter a mesma vida que eu. – Disse sentindo necessidade de estar com a garota, era um sentimento novo, estranho e diferente de tudo que havia sentido. Não chamava de amor, porque já havia amado uma vez e por conta disso, não queria nunca mais se permitir tal sentimento, mas queria conhecer mais a pequena garota em sua frente.
- Por que eu?
- Gostei de você. – Ele sorriu estacionando em um supermercado.
- Eu também gostei de você, tiozão. – Ela riu lembrando sobre a diferença de idade.
- Você parece que tem treze anos e eu pareço que tenho vinte, to na flor da idade. – Ele riu debochado.
- Eu não pareço ter treze anos! – Falou brava contando os poucos trocados que tinha em sua carteira.
- Quinze? – Disse lhe encarando.
- Dezoito!
- Ok mocinha. Já que você aceitou viajar comigo, como minha convidada, não vai precisar disso. – Falou fazendo-a colocar novamente sua carteira dentro da mochila e saindo do carro, dando a volta para abrir a porta para menina que ainda lhe encarava atônica.
- Eu devo pagar pelo que gastar. – Ela disse pegando novamente sua carteira.
- Você deve ser menos teimosa. – Ele devolveu novamente a carteira e puxou ela saindo do carro.
Um mês depois.
Assim como não gostaria de falar de seu passado, também não falava sobre o seu. Em silêncio foi feito um acordo por ambos, onde duas regras se faziam necessárias: viver o presente, não imaginar um futuro onde eles estariam juntos.
parecia querer viver cada segundo intensamente. parecia ter medo de tudo, fazendo o mais velho se perguntar o que havia acontecido para menina tomar uma atitude tão corajosa em sair no meio da noite aquele dia.
- Eu não vou descer nisso! – dizia enquanto ele a prendia em um paraquedas.
- É tranqüilo, você precisa vencer esse medo de altura. – Falou rindo da garota que tremia em sua frente.
- Não sei se confio em você. – Ela o encarou fazendo gargalhar.
- Estaremos preso um ao outro, acha mesmo que alguma coisa pode acontecer? Não quero estragar esse corpinho aqui. – Falou apontando para o corpo bem definido.
- Tudo certo ? – Um amigo dele se aproximou.
- Sim, vou fazer essa garota voar. – Ele sorriu e se colocou na posição de saída. – Quer que eu te agarre? – Perguntou sentindo alguns tapas em seu braço.
Tapas esses que em pouco tempo não foram mais presentes assim saltaram, lhe segurou com força, tremendo e sentindo seu estomago se contorcer por dentro, suas pernas tremiam, queria senti-las tocar o chão em segurança. Ela gritava em pavor, quando conseguiu abrir os olhos ficou atônica diante da visão que tinha. Enquanto isso sorria fazendo tudo que ele sabia, amante de esportes radicas, pensou em trabalhar como instrutor, mas não gostava de se prender a nada, depois do que aconteceu com sua pequena Luna. Ele amava saltar de paraquedas, amava altura, sentia-se mais perto dela, quando vivia esses momentos e poder compartilhar-los com fazia tudo ainda mais incrível, sentia vontade de estar com a garota, protegendo-a. Ela parecia tão frágil, em alguns momentos lembrava Luna, outros eram completas opostas. Luna não recebia ordens, como ele era um espírito aventureiro. era mais medrosa, gostava de se sentir segura, mesmo encontrando sua segurança nas ruas, ao invés de estar em sua casa. Se é que ela tivesse uma.
Assim que seus pés tocaram as areias de Torres – Litoral norte gaúcho – deixou seu corpo cair sobre o solo, agradecendo o fato de estar viva. gargalhava enquanto retirava o equipamento.
- Se você não existisse eu mandava fazer alguém igual. – Ele riu abraçando a garota.
- Eu odeio você. – Ela disse sentindo as lágrimas escorrerem em sua bochecha.
- Hey, não chora pequena. – Ele limpou uma lágrima que insistia em cair e encarou os olhos castanhos da menina.
- Eu estava com medo. – Ela respondeu lhe abraçando em seguida.
- Eu estava com você. – Ele disse correspondendo o abraço. – Vou sempre estar com você. – Pensou.
- Seu idiota. – Ela sorriu lhe olhando encarando seus lábios.
- Um pouquinho. – Ele riu também encarando os lábios da garota e em um impulso súbito fez com que os seus lábios encontrassem os dela em um selinho demorado que ao ser correspondido deu passagem a um beijo calmo, mas com desejo dentro de si. segurava seus cabelos, enquanto ele descia a mão por sua cintura apertando a região e puxando a garota para perto, tentando acabar com uma distância inexistente entre seus corpos.
- Nós, isso é um erro. – Ele falou deixando a menina parada em meio a praia e se dirigindo ao local onde guardavam os equipamentos do vôo.
não soube o que fazer ou dizer, queria mais daquilo, queria mais daquele homem. Seu desejo era maior a cada dia, mas sempre que se aproximavam com desejo, ele se afastava e com o olhar dizia que aquilo não era o certo, contudo era notório que ele também sentia desejo por ela e depois daquele beijo todas as suposições da garota se tornaram constatações: ele gostava dela, ele queria ela, mas algo nele não permitia que aquele sentimento viesse a tona.
Triste, ela sentou na areia da praia encarando as ondas. A água estava agitava e ventava um pouco, mas o céu azul sem nuvens tornava a paisagem linda. Ela não soube por quanto tempo ficou admirando a água, olhou envolta procurando que conversava animadamente com uma morena. Sentiu enjôo ao ver a cena, não era a primeira vez que via o homem conversar ou até mesmo ficar com alguma mulher, por conta disso preferia ficar nos hotéis do que acompanhá-lo em festas. Mas dessa vez eles haviam se beijado. Ela levantou e passou pelo agora casal, já que ele agarrava a menina no meio da praia, sem se importar com os olhares negativos de um casal que assistia a cena e foi até a pensão que estavam hospedados. não aceitava que ela pagasse pelos quartos, fazendo guardar suas poucas economias. Ele também lhe dava alguns presentes, maioria roupas ou calçados, fazendo sua mochila ser trocada por uma mala. Parecia querer ver a menina bem vestida, ela sentia-se inferior a ele e não entendia o porque de sua preocupação. Contudo depois do que aconteceu na praia temeu não ter mais ele para lhe proteger, pois assim se sentia com , protegida.
ficou mais um tempo na beira da praia conversando com a bela morena, ela lhe chamou para uma social mais tarde na casa de um amigo, ele disse que pensaria a respeito, mas queria sair cedo no dia seguinte e provavelmente ficaria no hotel com . Ao lembrar da garota sentiu-se um babaca, aquele beijo demonstrava que ela estava gostando dele mais do que deveria, não queria que fosse assim, queria ter uma amiga, nada além disso. Ele era complicado demais, tinha uma vida estranha, sem se prender a ninguém, sem querer ser preso. Não pensava mais em ter família, não gostava dessa palavra desde que a sua lhe foi tirada.
- Oi. – disse entrando no quarto de hotel e encarando a garota sentava em um pequeno sofá assistindo televisão.
- Quem é essa garota? – Ela perguntou segurando uma foto em suas mãos. Ele se aproximou reconhecendo a foto e sentiu suas mãos tremerem, fazia tempo que não olhava aquelas fotos, como ela havia achado aquilo? Perguntou se a garota estava mexendo em suas coisas, em seguida tirou a foto em que ele mais novo abraçava uma loira sorridente e colocou dentro de sua mala, sem responder.
- Você vai me ignorar? – Ela perguntou chamando sua atenção.
- Você não deveria mexer em minhas coisas. – Ele a encarou com raiva.
- Eu não mexi, estava no chão do quarto e quando vi que era você fiquei curiosa. Não mexeria em suas coisas. – Disse notoriamente magoada.
- Acho bom que isso seja verdade. – Falou ainda com raiva e foi para o banheiro.
não soube o que falar, sentiu seu peito doer e resolveu sair daquele quarto, precisava caminhar um pouco e aproveitou a noite quente para fazer isso, a mágoa crescia em seu peito e a hora de se despedir dele parecia estar se aproximando. Quando voltou não encontrou , o cheiro do perfume do rapaz ainda estava pelo cômodo, provavelmente havia ido para alguma festa. Ela tomou um banho tentando se livrar de seus pensamentos e seguiu em direção a sua cama, para descansar um pouco.
irritado com as burradas que fazia e confuso em relação a garota saiu para tentar se distrair, mas o dia estava complicado demais e ao ver sua foto com Luna sentiu uma pontada no peito, sabia que o nome daquele sentimento era saudade, saudade de histórias e momentos que jamais voltariam a acontecer, pois ela não estava mais com ele. Parou em um bar próximo e entre doses de tequila e vodka lamentou a vida que levava e a não esperança de um futuro feliz. Já amanhecia o dia quando ele voltou para o hotel, encarou dormindo com um pijama curto e sem pensar muito se atirou sob a garota ainda desacordada.
- O que você está fazendo? – perguntou encarando o mais velho, assim que foi acordada.
- Eu quero você. – Ele disse selando seus lábios em um beijo cheio de desejo, emergente.
- , você está bêbado. – Ela falou afastando-se dele, embora seu corpo pedisse por mais.
- Eu sei o que estou fazendo. – Ele respondeu selando novamente os lábios com os da garota.
Sem pensar no amanhã, agarrou passando suas mãos pelo corpo suado do homem e encontrando seu cabelos, ela puxou-os sem muita força e deixou que ele comandasse o beijo, colocando mais intensidade no ato. não sabia se era o certo a fazer, mas nenhuma garota parecia boa o suficiente para ele, tentou se distrair com várias, contudo não pensava no luto em seu coração, pensava em ao beijar qualquer uma, e era impossível não compará-la a elas.
Ela era muito melhor que qualquer uma.
Ele desceu os beijos pelo pescoço da garota que arrepiada e querendo sentir mais daquilo fechou os olhos sentindo seu corpo corresponder a necessidade de tê-lo. Ao encontrar o tecido fino do pijama que vestia, deslizou sua mão para dentro da blusa sentindo a pele quente da garota, seu membro já dava sinal de vida, se mostrando excitado a cada parte do corpo até então nunca tocado por ele antes. Com ajuda de retirou a peça da garota e junto com sua blusa e bermuda tocou-as em algum lugar do quarto. A visão dos seios dela lhe deram vontade de senti-los dessa vez com a língua, ele não pensou duas vezes e com uma mão acariciou um dos seios, enquanto explorava o outro dando leves chupões e beijos. eu... – tentou falar algo, mas recebeu uma leve mordida no seio, puxando o cabelo dele em seguida. Sentiu as mãos do homem descerem pelo seu corpo, tocando sua intimidade ainda vestida com uma calcinha de renda.
Ela gemeu e se assustou com o gemido que deu, não estava acostumada com aquilo, era a primeira vez que chegava a algo tão intimo com um homem. Ele com toda sua experiência percebeu que suas suspeitas eram positivas, ela era virgem e seria dele em sua primeira vez.
- Você confia em mim? – Ele perguntou encarando os olhos castanhos intensos da garota.
- Confio. – Ela respondeu ansiosa pelo que aconteceria em seguir.
desceu a calcinha e tocou-a em algum canto, depois voltou beijando seus pés e subindo em direção da virilha da garota. Ao sentir sua língua quente adentrar sua intimidade, não conseguiu se controlar, gemendo o nome do homem, enquanto ele brincava com seu clitóris fazendo movimentos circulares com a língua. Seus dedos esfregavam sua vagina e quando sentiu que ela estava molhada penetrou um dedo em sua intimidade. gemeu com dor. Sabia que aquilo era normal, mas não gostou de sentir aquela ardência. Fazendo a garota se acostumar com aquilo, ele começou um movimento de vai e vem, sem esquecer do excitar o clitóris. sentia seu membro pulsar querendo adentrar a garota, mas sabia ser paciente e esperar o momento certo. Quando sentiu que ela estava úmida e acostumada com o vai e vem de um e dois dedos dentro de si, ele retirou sua boxer, esfregando o membro na entrada da garota e lhe dando um beijo calmo, enquanto penetrava. Sentiu o hímen dela se romper, sujando os lençóis com sangue, mas não se importou com aquilo, queria saber o que ela estava sentindo, se ela se sentia bem ou com dor. em resposta agarrou ele, alisando e arranhando levemente suas costas, enquanto baixinho gemia seu nome pedindo por mais. Aquela foi a deixa para aumentar a velocidade do ato, estocando mais rapidamente e profundamente dentro dela. O tesão dentro de si parecia cada segundo maior, ele virou trocando de posição fazendo-a ficar por cima.
- O que eu faço? – Perguntou confusa.
- Deixa comigo. – Ele sorriu agarrando sua cintura, enquanto ela como em um movimento natural cavalgava lentamente em seu membro. Ela queria mais, ele precisava de mais. Segurando mais forte na cintura da garota começou a aprofundar novamente as investidas, fazendo-a gemer algo e ao sentir o liquido quente dele ser despejado dentro dela, sentiu seu corpo tremer e uma sensação boa lhe invadir deitando-se por cima dele novamente. Dessa vez cansada e sem energias para outra coisa que não dormir nos braços daquele que ela tanto desejou.
Xx
Acordaram juntos no dia seguinte, o sol já estava alto, indicando que passava das dez horas. ficou quieto observando a menina encarar a vista do hotel que estavam. Ela preguiçosa não queria sair de dentro do abraço dele, sentia-se bem, era de fato uma das melhores noites de sua vida. Ao encarar o homem se perguntou o que ele estaria pensando. Lembrou da morena que ele ficou na praia e da loira que estava na foto que encontrou no chão do quarto. Queria poder ser boa o suficiente para ele não pensar mais naquela mulher. Ele nunca notará, mas foram várias as vezes que ela pode observá-lo encarar uma fotografia em suas mãos, enquanto ela fingia dormir.
Queria ter o poder de ler mentes, para saber o que ele estava pensando. Encarou o corpo nu junto do dele e sentiu sua pele arder em vergonha. Seu corpo não era tão bonito quanto daquelas garotas que ele ficava, sua experiência sexual era zero e depois daquilo a relação dos dois mudaria, para pior.
Ela queria chorar, sentiu sua garganta doer ao pensar em seu futuro e em como viver sem aquele que havia conquistado seu coração. Temendo o dia que viria pela frente, mas com coragem para encará-lo levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro, ligando o chuveiro em seguida. sem entender a atitude da garota levantou também, indo até ela. Ao entrar no banheiro viu a garota tomando banho, não pensou muito e resolveu invadir o chuveiro junto dela.
- Hey! O que é isso? – Ela sorriu aliviada em saber que não seria apenas uma noite.
- Invasão! – Ele riu lhe dando um selinho.
- Dormiu bem? – Ela perguntou ensaboando o homem.
- Fazia tempo que não dormia tão bem. – Ele sorriu. – E você?
- Também, muito bem! – Sorriu enquanto ele ensaboava seu cabelo!
- Cuida meu olho! – falou com os olhos fechados.
- Não abre ele! – disse tirando o shampoo e roubando selinhos da garota.
- Depois me vingo!
- Com beijos? – Ele provocou.
- Vai provocando vai! – Ela ainda de olhos fechados falou fingindo estar brava.
- Você quem mandou. – Ele falou descendo os beijos pelo corpo da garota até chegar em sua intimidade, dando inicio a horas de prazer.
xx
- Essa cidade tem umas lojinhas lindas! Eu quero um filtro dos sonhos! – disse arrastando até umas bancas de artesanatos.
- O mulher, você vai me deixar doido! – Ele riu enquanto a garota encarava encantada vários filtros.
- Esse é ideal pra colocar no quarto. – A garota que vendia os filtros disse, mostrando um enorme.
- Nós não temos um quarto. – riu sem graça. – Mas acho que esse fica perfeito. – Falou pegando um dos menores.
- Gosto mais do preto. – disse mostrando um que estava meio escondido.
- Não tinha visto esse! – Ela respondeu encantada.
- Então vai ser esse! – disse entregando o dinheiro para moça e saindo para olhar outras bancas.
Cansados de tanto caminhar, ou melhor, cansado de correr atrás de que se mostrava encantada sempre que passavam por cidades com artesanatos, sentaram para comer alguma coisa.
- Acho que vamos sair amanhã bem cedo, preciso passar em Porto Alegre pra fazer revisão do carro e aproveito pra viajar até São Paulo e resolver algumas coisas. – Ele disse em um tom mais sério.
- Tudo bem, eu fico em Porto Alegre? – Perguntou insegura.
- Eu tenho um apartamento em Porto Alegre e um em São Paulo você pode ir comigo ou ficar, pode escolher.
- Quero ir com você. – Respondeu mordendo o lábio.
- Então vamos os dois. – Disse deixando perceber um sorriso no canto dos lábios.
se distraiu com seu suco, enquanto olhava algo atrás da garota. Curiosa ela virou encarando a morena que ele havia ficado no dia anterior. Com raiva levantou e saiu em direção ao hotel, deixando-o sozinho. Ele sabia que ela estava com ciúmes e perguntou-se se seria bom para os dois levar aquilo além da amizade. Não foi atrás dela como a garota queria, apenas pagou a refeição que fizeram e decidiu caminhar na praia um pouco.
Faziam duas horas que havia visto pela última vez. Dessa vez mais calma depois de muito chorar, decidiu que poderia ser bom ver o por do sol enquanto caminhava um pouco na praia. Assim que tocou as areias de Torres, viu sentado em um lugar afastado, ele estava com algo em suas mãos, pela distancia ela imaginou ser uma foto, aquela foto. Na dúvida de ir ou não até ele, decidiu que caminharia para o lado oposto, mas seu olhar cruzou com o dele e sem saber desviar resolveu encará-lo de perto.
Ela caminhou calmamente até onde ele estava sentado, enquanto isso guardava novamente a foto que tinha de Luna em sua carteira.
- Você está bem? – Ele perguntou assim que a garota sentou ao seu lado.
- Acho que sim e você? - Ela respondeu encarando o mar em sua frente.
- Precisamos conversar.
- Tudo bem. – Ela seguiu encarando o mar, esperando para ouvir o que ele tinha pra falar.
retirou novamente a foto de sua carteira e entregou para que sem entender nada segurou encarando a garota loira de olhos claros, sorrir abraçada em seu . Eles pareciam mais novos e parecia mais feliz.
- Não quero ver isso. – Respondeu sincera.
- Essa é Luna, minha ex noiva. – Ele disse encarando a garota, ignorando sua resposta anterior. – Ela morreu pouco antes do nosso casamento, estava grávida de 6 semanas nessa foto e era a única pessoa que eu tinha ao meu lado desde a adolescência. Depois da morte dela decidir viajar, queria esquecê-la, mas todos os lugares lembravam ela e a vida que eu sonhei em ter ao seu lado.
- Que vida você queria ter com ela? – sentiu sua garganta doer, segurando o choro.
- Uma vida normal, casar, ter filhos, trabalhar na empresa que eu tinha, crescer profissionalmente e dar o melhor pra minha família.
- E agora que vida você quer ter?
- Sinceramente? Não sei. Eu gosto da vida que tenho, embora sinta muita saudade dela, é melhor do que ficar na empresa sem ter um ideal, pelo menos conheço lugares e nenhum dia é igual o outro.
- Você sente saudades dela?
- Sinto.
- Muito?
- Todos os dias.
- Quando eu faço isso você sente saudade dela? – Ela perguntou selando os lábios aos dele.
- Não , eu não penso nela quando estou com você. – Ele disse rude. – Mas acho melhor nós pararmos de nos envolver dessa maneira. Quero a tua amizade, um relacionamento estragaria isso.
- Eu não quero apenas a tua amizade.
- , pelo amor de Deus, você é uma menina, tem um futuro pela frente, não deve se prender a um velho.
- , você é mais velho que eu sim, mas não é pra tanto! E eu não sou só uma menina, eu gosto de estar presa a você. Não fale como se estivesse pensando em mim, porque nós dois sabemos que você está pensando em ti e na sua liberdade.
- Olha pra mim. – Ele disse segurando o braço da garota. – Eu não quero compromisso, porque tenho certeza que ambos vamos sair machucados disso, então melhor parar agora do que nos machucarmos ainda mais. – Respondeu se levantando e deixando a garota sentada sozinha com seus pensamentos.
Xx
Ele havia dado um fora nela e ela seguia sem saber como agir, ele tinha dito que não queria algo a mais com ela, quando ela se declarou e disse que queria mais que sua amizade, ele pensava na outra que não poderia mais fazer parte de sua vida, preferia ficar preso ao passado, do que viver o presente com ela. Triste e magoada voltou para o hotel, arrumando sua mala.
- O que você está fazendo? – disse assustado ao sair do banheiro e encontrar a garota arrumando suas coisas.
- Arrumando minhas coisas. – Falou sem lhe encarar.
- Pra quê? Você sempre deixa tudo pra perto da hora de sair. – Se aproximou com medo da resposta.
- Porque chegou a hora de sair. – Respondeu já falha.
- Pra onde? Você não tem pra onde ir. – Ele respondeu segurando seu braço, tentando fazer a garota lhe encarar.
- Eu vou pra qualquer lugar. – Disse encarando e deixando as lágrimas caírem.
- Não , não faz isso! – Ele pediu quase em suplica, segurando a menina em um abraço apertado.
- Acho que eu já me machuquei demais. – Ela respondeu saindo de seu abraço e voltando a arrumar suas coisas.
- Vamos, vamos tentar. – Ele disse nervoso, não queria, não podia perder sua pequena.
- Você nunca vai gostar de mim, como gosta dela.
- São amores diferentes. – Justificou.
- Não existe amor, é apenas tesão. – Ela disse chorando.
- Você não sabe o que se passa aqui dentro para falar isso. – Só ele sabia a confusão que estava em seu coração.
- Mas eu sei o que você demonstra.
- O que eu demonstro pra você?
- Que era a boca dela que você queria estar beijando quando encostou na minha.
- Meu Deus , isso não é real! – Ele disse atônico. – Eu gosto de você, gosto de estar com você, só tenho medo disso, que você vá embora e me deixe como ela me deixou.
- Ela morreu.
- Sim, ela morreu.
- E você ainda pensa nela.
- Eu amava ela, você nunca amou ninguém na vida?
- Eu amo você. – Ela respondeu deixando ele sem palavras mais uma vez.
- Então vamos tentar dar certo. Eu preciso que você tenha paciência comigo, só isso, paciência.
- Eu posso tentar. – Ela sorriu em meio ás lágrimas.
- Promete? – Ele lhe roubou um beijo.
- Prometo. – Ela se entregou ao beijo.
Eles decidiram antecipar a viajar, indo para Porto Alegre durante aquela noite e pegando um vôo para Sp no dia seguinte.
- Já falei que não gosto de altura. – Ela dizia enquanto ele zombava das caretas que fazia ao espiar a janela do avião.
- Já disse que você fica linda com medo. – Ele roubou um selinho.
- Já contei que tenho vontade de cortar fora seu aparelho reprodutor toda vez que ri da minha cara? – O encarou brava, ouvindo uma gargalhada do mais velho.
- Ai nós dois vamos sofrer...
- Você tem língua. – Ela falou baixo e em seguida sentiu seu rosto corar, para diversão dele.
- Tenho e ela gosta de explorar lugares. – Ele disse beijando o pescoço dela, dando um leve chupão sem marcar-lo.
- Te comporta.
- Ué, deixa teu velho aproveitar enquanto pode. – Ele sorriu como a tempos não fazia.
- Meu velhote. – Ela riu abraçando ele. – To com sono. – Disse manhosa.
- Dorme um pouco, quando estivermos perto eu te chamo. – Ele disse beijando sua testa e ajeitando a garota em seu abraço. não demorou a pegar no sono, sendo acordada por quando o avião estava próximo ao destino deles.
Ao chegarem em Sp, mesmo conhecendo tantas cidades, em sua maioria litorâneas, ficou encantada e um pouco assustada com tanta luz, movimento e pessoas, mas estava ao lado de , o que fazia com que se sentisse segura. Ele pegou um taxi e cerca de trinta minutos depois chegaram em frente um prédio muito bonito. O porteiro abriu uma grande porta de vidro e deu passagem para entrarem.
Após cumprimentar o porteiro, ele colocou uma chave no elevador, digitando uma senha e fazendo-o ir a cobertura do prédio, acompanhado de , que ainda não havia falado nada. Assim que entraram no apartamento, mostrou melhor os cômodos da casa. Era uma cobertura duplex, com 4 suítes, closet, área com banheira de hidromassagem e um jardim de inverno na parte de cima, e na parte de baixo, sala social, sala de jogos e televisão, sala de jantar, cozinha, mais jardim com piscina e uma bela vista da cidade de São Paulo, em todos os cômodos bem decorados haviam toques pessoais, fotos e alguns quadros de e Luna, seu coração doer ao ver aquilo e notou que ele também não esperava encontrar aquelas coisas ali. De fato ele havia pedido para sua empregada tirar tudo que pertenceu a antiga noiva e colocar em um dos quartos, mas ela não atendeu 100% seu pedido, deixando os quadros expostos na sala. Aquele era definitivamente um dos apartamentos mais lindos que já havia visto, ela sabia que ele tinha dinheiro, mas não imaginava que seria tanto.
- É lindo aqui. – Respondeu encarando a vista do quarto principal.
- Foi Luna quem escolheu, não gosto muito, muito espaço sem ser utilizado. – Disse abraçando .
- Ela tinha bom gosto. – respondeu encarando a vista.
- Tinha, ela gostava dessas coisas. – Ele disse lhe beijando, na tentativa de mudar de assunto e esquecer a outra.
- Acho que vou tomar banho. – Ela disse lhe dando outro selinho.
- Vamos. – Falou e em seguida ouviu a campainha tocar. – Deve ser o porteiro, já venho. – Disse se despedindo da mulher e indo abrir a porta. Ela concordou com a cabeça e foi até o banheiro, era lindo, com mármore branco e um espelho enorme. Ao abrir algumas gavetas do armário da pia, ela se deparou com muitos objetos pessoais femininos, haviam batons, maquiagens e jóias. Percebeu que aquele lugar lembrava Luna em todos os espaços.
entrou dentro do cômodo, no momento que ela encarava um batom vermelho, queria usá-lo, queria ser como a dona do coração de seu amor, queria que ele sentisse por ela, o que sentiu por Luna. Distante encarava a cena, sem saber o que fazer, sabia que não estava conseguindo fingir, sabia que estava se mostrando fraco e mais que isso, estava demonstrando o quanto sentia saudade de sua loira.
I can taste her lipstick and see her laying across your chest / Eu posso provar seu batom e vê-la deitando no seu peito
I can feel the distance every time you remember her fingertips / Eu posso sentir a distância toda vez que você se lembra dos toques dela
Maybe I should be more like her / Talvez eu devesse ser mais como ela
Maybe I should be more like her / Talvez eu devesse ser mais como ela
I can taste her lipstick, it's like I'm kissing her, too / Eu posso provar o batom dela, é como se eu estivesse a beijando, também
And she's perfect / E ela é perfeita
And she's perfect / E ela é perfeita
- Ela era perfeita pra você. – respondeu encarando o homem assim que notou sua presença. não sabia o que responder, ela estava certa, eram considerados um casal perfeito. Então achou melhor não falar nada, apenas avançar em direção a garota lhe dando um beijo calmo e intenso.
não respondeu nada, apenas deixou ele comandar o momento. guiou-a para banheira, tirando a roupa a roupa de ambos, sem separar seus lábios. Ele pedia por mais da garota, aquela seria a primeira vez que transava em uma casa que lembrava tanto seu primeiro amor, mas ele não se importava, ela havia morrido, deixando apenas bons momentos, deixando lembranças inesquecíveis, mas ele estava vivo e precisava viver outros momentos ao lado da menina que lhe ganhou com um sorriso, ao lado daquela que parecia precisar de sua proteção e que ele gostaria de proteger.
Ao levar para sua casa, para um lugar sagrado por ele, teve a certeza que estava livre das mágoas do passado e que poderia viver o presente e pensar em um futuro ao lado da morena.
Em algum lugar no plano superior Luna estava radiante ao ver o amor vencendo, ao ver aquele que ela tanto amou se permitindo amar e ser amava novamente, e estava ansiosa, pois sabia que logo estariam juntos novamente, dessa vez com um tipo de amor diferente, sendo fruto daquele casal, que hoje se amava sem medo.
- Hey, você está bem? - perguntou assim que alcançou a garota.
- Eu, eu acho que estou. – Ela disse não aguentando-se em pé.
- Pra onde está indo? – Perguntou reparando na mochila que a mais nova carregava.
- Pra qualquer lugar. – Ela respondeu encarando o céu escuro e coberto de nuvens pesadas.
- Você está fugindo de alguém? – Ele perguntou curioso.
- Mais ou menos. – A garota que parecia frágil mordeu o lábio inferior e seguiu caminhando deixando-o para trás.
- Hey, é perigoso ficar em um lugar assim sozinha, ainda mais com uma tempestade se aproximando. – Falou sentindo alguns pingos caírem do céu.
- Eu não tenho medo. – Teimosa disse sem deixar de caminhar.
- Você não tem família? – Perguntou caminhando ao seu lado.
- Por que você quer saber? –Virou o encarando.
- Porque quero entender o que uma criança faz andando sozinha com uma mochila nas costas.
- Eu não sou criança! Já tenho 18 anos e isso não te diz respeito. – Ela respondeu com raiva.
- Eu sou 12 anos mais velho que você, então do meu ponto de vista, ainda é uma criança. – Ele sorriu divertido.
- É perigoso largar o carro no meio do nada para acompanhar uma desconhecida. – Mudou de assunto.
- Vem comigo, vou te levar pra casa. – Respondeu segurando seu braço. Seus olhos se cruzaram novamente, sentiu algo estranho, um calafrio na barriga, quem era aquele homem?
- Eu não tenho caso, mas pra onde você está indo? – Perguntou curiosa, sentiu vontade de ficar perto dele, mesmo sabendo que era arriscado.
- Para qualquer lugar. – Ele respondeu e estendeu a mão chamando-a para acompanhá-lo, ela segurou sua mão, sentindo novamente aquele frio na barriga ao mesmo tempo que sua pele parecia queimar e lhe acompanhou até o carro.
Entraram em silêncio no mesmo segundo que a chuva começou a desabar tornando impossível sair com o carro.
- Na hora certa. – Ele respondeu encarando a chuva pelo parabrisa.
- É. – Falou sem encará-lo.
- . – Ele disse lhe encarando.
- . – Respondeu lhe dirigindo o olhar pela primeira vez.
- Você está com fome? – Ele perguntou procurando algo no banco de trás do carro. Um Jeep® Grand Cherokee.
- Um pouco. – Ela respondeu abrindo a mochila e tirando uma barrinha de cereais de lá.
- Não tenho muita coisa, mas acho que esse bolo é melhor que uma barrinha. – Ele falou retirando um pote com algumas fatias de bolo de chocolate.
- Parece realmente mais gostoso. – Ela sorriu agradecida enquanto ele lhe entregava um pedaço. – Obrigada.
- Por nada, quer me contar o por que está fugindo?
- É complicado. – Falou tímida.
- Tudo bem, não precisa falar agora. – Ele respondeu pegando uma fatia para si enquanto encarava a chuva. – Vou ter que esperar passar, é complicado dirigir com chuva. A garota não falou nada, apenas concordou com a cabeça.
Ele deitou seu banco e pegou um cobertor, por sorte o carro era bastante espaçoso e até mesmo um pouco confortável. Resolveu que dormiria um pouco já que a chuva não parecia dar trégua. Os relâmpagos assustavam a menina ao seu lado, que com os olhos arregalados encarava aquela junção de chuva, vento e relâmpagos.
A temperatura seguia caindo, fazendo com que retirasse de sua mochila o único casaco que tinha. Sentiu vergonha ao encarar suas roupas, o homem que dormia ao seu lado parecia ter dinheiro, seu carro era um modelo do ano e suas roupas, assim como a organização das coisas, mostrava que ele com toda certeza viajava por prazer, não como ela fugindo de uma vida que não podia chamar de sua.
- Você está com frio? – Ele perguntou vendo a menina se encolher vestindo o casaco.
- Um pouco. – Ela respondeu tímida.
- Pegue. – Falou entregando seu cobertor para garota, por sorte a chuva estava mais fraca.
- Não precisa, não quero atrapalhar você. – Ela respondeu recusando.
- Você não esta me atrapalhando, pelo que notei estamos na mesma situação, querendo viajar sem lugar certo para ir, vai ser bom ter uma companhia. – Respondeu fazendo-a aceitar o cobertor.
- Obrigada. – Ela disse se enrolando no cobertor enquanto observava ele dar partida no carro.
Cansada ficou um tempo observando a paisagem até pegar no sono. Acordou quando os raios de sol invadiam o veículo, olhou para placa indicando que sua antiga cidade ficava a 300km de onde estavam.
- Você dormiu bastante. – Ele disse carinhoso. – Vamos parar para comprar algo pra comer. – Falou saindo da interestadual e entrando na cidade.
- Tudo bem. – Ela respondeu tentando se ajeitar no banco, estava com o cabelo bagunçado e queria muito poder tomar algum banho.
- Está cansada?
- Um pouco. – Falou tímida.
- Logo a gente para em algum hotel, quero pegar mais umas 5 horas de estrada só e daí passamos uns dois dias na cidade.
- Qual cidade? – Perguntou curiosa.
- Não sei. – Ele sorriu fofo. – A que nós acharmos interessante. Se não gostarmos, passamos a noite e vamos para outra. – Ele sorriu.
- Faz tempo que você viaja assim? – Perguntou curiosa.
- Quase um ano. – Falou pensativo.
- Você gosta?
- É o melhor a fazer.
- Hum, e como arruma trabalho? Digo, eu. Ah esquece. – Disse tímida, vendo que estava perguntando mais do que devia.
- Digamos que eu seja o único herdeiro de uma família que não existe mais e como nunca fui muito amigável, preferi investir minha grana com imóveis e vivo viajando e gastando a grana do aluguel desses imóveis.
- Um, que sorte.
- Sorte não ter família? – Perguntou curioso.
- Sorte ter uma família que te deixou algo de bom.
- Dinheiro? – Ele estava com raiva, como ela poderia achar que ele tinha sorte? Ele não tinha ninguém, se morresse provavelmente algum parente insuportável acharia ótimo, pois herdaria uma boa fortuna.
- Condições de viajar e conhecer o mundo sem passar fome. – respondeu encarando o chão, sentindo seus olhos arderem.
- Então você também tem sorte. – Ele sorriu tentando não demonstrar o quanto aquela frase tinha mexido com seus sentimentos, de fato sempre existe alguém precisamos mais, passando por mais tristeza ou necessidade que nós.
- Por quê?
- Porque me conheceu e agora, se quiser, pode ter a mesma vida que eu. – Disse sentindo necessidade de estar com a garota, era um sentimento novo, estranho e diferente de tudo que havia sentido. Não chamava de amor, porque já havia amado uma vez e por conta disso, não queria nunca mais se permitir tal sentimento, mas queria conhecer mais a pequena garota em sua frente.
- Por que eu?
- Gostei de você. – Ele sorriu estacionando em um supermercado.
- Eu também gostei de você, tiozão. – Ela riu lembrando sobre a diferença de idade.
- Você parece que tem treze anos e eu pareço que tenho vinte, to na flor da idade. – Ele riu debochado.
- Eu não pareço ter treze anos! – Falou brava contando os poucos trocados que tinha em sua carteira.
- Quinze? – Disse lhe encarando.
- Dezoito!
- Ok mocinha. Já que você aceitou viajar comigo, como minha convidada, não vai precisar disso. – Falou fazendo-a colocar novamente sua carteira dentro da mochila e saindo do carro, dando a volta para abrir a porta para menina que ainda lhe encarava atônica.
- Eu devo pagar pelo que gastar. – Ela disse pegando novamente sua carteira.
- Você deve ser menos teimosa. – Ele devolveu novamente a carteira e puxou ela saindo do carro.
Um mês depois.
Assim como não gostaria de falar de seu passado, também não falava sobre o seu. Em silêncio foi feito um acordo por ambos, onde duas regras se faziam necessárias: viver o presente, não imaginar um futuro onde eles estariam juntos.
parecia querer viver cada segundo intensamente. parecia ter medo de tudo, fazendo o mais velho se perguntar o que havia acontecido para menina tomar uma atitude tão corajosa em sair no meio da noite aquele dia.
- Eu não vou descer nisso! – dizia enquanto ele a prendia em um paraquedas.
- É tranqüilo, você precisa vencer esse medo de altura. – Falou rindo da garota que tremia em sua frente.
- Não sei se confio em você. – Ela o encarou fazendo gargalhar.
- Estaremos preso um ao outro, acha mesmo que alguma coisa pode acontecer? Não quero estragar esse corpinho aqui. – Falou apontando para o corpo bem definido.
- Tudo certo ? – Um amigo dele se aproximou.
- Sim, vou fazer essa garota voar. – Ele sorriu e se colocou na posição de saída. – Quer que eu te agarre? – Perguntou sentindo alguns tapas em seu braço.
Tapas esses que em pouco tempo não foram mais presentes assim saltaram, lhe segurou com força, tremendo e sentindo seu estomago se contorcer por dentro, suas pernas tremiam, queria senti-las tocar o chão em segurança. Ela gritava em pavor, quando conseguiu abrir os olhos ficou atônica diante da visão que tinha. Enquanto isso sorria fazendo tudo que ele sabia, amante de esportes radicas, pensou em trabalhar como instrutor, mas não gostava de se prender a nada, depois do que aconteceu com sua pequena Luna. Ele amava saltar de paraquedas, amava altura, sentia-se mais perto dela, quando vivia esses momentos e poder compartilhar-los com fazia tudo ainda mais incrível, sentia vontade de estar com a garota, protegendo-a. Ela parecia tão frágil, em alguns momentos lembrava Luna, outros eram completas opostas. Luna não recebia ordens, como ele era um espírito aventureiro. era mais medrosa, gostava de se sentir segura, mesmo encontrando sua segurança nas ruas, ao invés de estar em sua casa. Se é que ela tivesse uma.
Assim que seus pés tocaram as areias de Torres – Litoral norte gaúcho – deixou seu corpo cair sobre o solo, agradecendo o fato de estar viva. gargalhava enquanto retirava o equipamento.
- Se você não existisse eu mandava fazer alguém igual. – Ele riu abraçando a garota.
- Eu odeio você. – Ela disse sentindo as lágrimas escorrerem em sua bochecha.
- Hey, não chora pequena. – Ele limpou uma lágrima que insistia em cair e encarou os olhos castanhos da menina.
- Eu estava com medo. – Ela respondeu lhe abraçando em seguida.
- Eu estava com você. – Ele disse correspondendo o abraço. – Vou sempre estar com você. – Pensou.
- Seu idiota. – Ela sorriu lhe olhando encarando seus lábios.
- Um pouquinho. – Ele riu também encarando os lábios da garota e em um impulso súbito fez com que os seus lábios encontrassem os dela em um selinho demorado que ao ser correspondido deu passagem a um beijo calmo, mas com desejo dentro de si. segurava seus cabelos, enquanto ele descia a mão por sua cintura apertando a região e puxando a garota para perto, tentando acabar com uma distância inexistente entre seus corpos.
- Nós, isso é um erro. – Ele falou deixando a menina parada em meio a praia e se dirigindo ao local onde guardavam os equipamentos do vôo.
não soube o que fazer ou dizer, queria mais daquilo, queria mais daquele homem. Seu desejo era maior a cada dia, mas sempre que se aproximavam com desejo, ele se afastava e com o olhar dizia que aquilo não era o certo, contudo era notório que ele também sentia desejo por ela e depois daquele beijo todas as suposições da garota se tornaram constatações: ele gostava dela, ele queria ela, mas algo nele não permitia que aquele sentimento viesse a tona.
Triste, ela sentou na areia da praia encarando as ondas. A água estava agitava e ventava um pouco, mas o céu azul sem nuvens tornava a paisagem linda. Ela não soube por quanto tempo ficou admirando a água, olhou envolta procurando que conversava animadamente com uma morena. Sentiu enjôo ao ver a cena, não era a primeira vez que via o homem conversar ou até mesmo ficar com alguma mulher, por conta disso preferia ficar nos hotéis do que acompanhá-lo em festas. Mas dessa vez eles haviam se beijado. Ela levantou e passou pelo agora casal, já que ele agarrava a menina no meio da praia, sem se importar com os olhares negativos de um casal que assistia a cena e foi até a pensão que estavam hospedados. não aceitava que ela pagasse pelos quartos, fazendo guardar suas poucas economias. Ele também lhe dava alguns presentes, maioria roupas ou calçados, fazendo sua mochila ser trocada por uma mala. Parecia querer ver a menina bem vestida, ela sentia-se inferior a ele e não entendia o porque de sua preocupação. Contudo depois do que aconteceu na praia temeu não ter mais ele para lhe proteger, pois assim se sentia com , protegida.
ficou mais um tempo na beira da praia conversando com a bela morena, ela lhe chamou para uma social mais tarde na casa de um amigo, ele disse que pensaria a respeito, mas queria sair cedo no dia seguinte e provavelmente ficaria no hotel com . Ao lembrar da garota sentiu-se um babaca, aquele beijo demonstrava que ela estava gostando dele mais do que deveria, não queria que fosse assim, queria ter uma amiga, nada além disso. Ele era complicado demais, tinha uma vida estranha, sem se prender a ninguém, sem querer ser preso. Não pensava mais em ter família, não gostava dessa palavra desde que a sua lhe foi tirada.
- Oi. – disse entrando no quarto de hotel e encarando a garota sentava em um pequeno sofá assistindo televisão.
- Quem é essa garota? – Ela perguntou segurando uma foto em suas mãos. Ele se aproximou reconhecendo a foto e sentiu suas mãos tremerem, fazia tempo que não olhava aquelas fotos, como ela havia achado aquilo? Perguntou se a garota estava mexendo em suas coisas, em seguida tirou a foto em que ele mais novo abraçava uma loira sorridente e colocou dentro de sua mala, sem responder.
- Você vai me ignorar? – Ela perguntou chamando sua atenção.
- Você não deveria mexer em minhas coisas. – Ele a encarou com raiva.
- Eu não mexi, estava no chão do quarto e quando vi que era você fiquei curiosa. Não mexeria em suas coisas. – Disse notoriamente magoada.
- Acho bom que isso seja verdade. – Falou ainda com raiva e foi para o banheiro.
não soube o que falar, sentiu seu peito doer e resolveu sair daquele quarto, precisava caminhar um pouco e aproveitou a noite quente para fazer isso, a mágoa crescia em seu peito e a hora de se despedir dele parecia estar se aproximando. Quando voltou não encontrou , o cheiro do perfume do rapaz ainda estava pelo cômodo, provavelmente havia ido para alguma festa. Ela tomou um banho tentando se livrar de seus pensamentos e seguiu em direção a sua cama, para descansar um pouco.
irritado com as burradas que fazia e confuso em relação a garota saiu para tentar se distrair, mas o dia estava complicado demais e ao ver sua foto com Luna sentiu uma pontada no peito, sabia que o nome daquele sentimento era saudade, saudade de histórias e momentos que jamais voltariam a acontecer, pois ela não estava mais com ele. Parou em um bar próximo e entre doses de tequila e vodka lamentou a vida que levava e a não esperança de um futuro feliz. Já amanhecia o dia quando ele voltou para o hotel, encarou dormindo com um pijama curto e sem pensar muito se atirou sob a garota ainda desacordada.
- O que você está fazendo? – perguntou encarando o mais velho, assim que foi acordada.
- Eu quero você. – Ele disse selando seus lábios em um beijo cheio de desejo, emergente.
- , você está bêbado. – Ela falou afastando-se dele, embora seu corpo pedisse por mais.
- Eu sei o que estou fazendo. – Ele respondeu selando novamente os lábios com os da garota.
Sem pensar no amanhã, agarrou passando suas mãos pelo corpo suado do homem e encontrando seu cabelos, ela puxou-os sem muita força e deixou que ele comandasse o beijo, colocando mais intensidade no ato. não sabia se era o certo a fazer, mas nenhuma garota parecia boa o suficiente para ele, tentou se distrair com várias, contudo não pensava no luto em seu coração, pensava em ao beijar qualquer uma, e era impossível não compará-la a elas.
Ela era muito melhor que qualquer uma.
Ele desceu os beijos pelo pescoço da garota que arrepiada e querendo sentir mais daquilo fechou os olhos sentindo seu corpo corresponder a necessidade de tê-lo. Ao encontrar o tecido fino do pijama que vestia, deslizou sua mão para dentro da blusa sentindo a pele quente da garota, seu membro já dava sinal de vida, se mostrando excitado a cada parte do corpo até então nunca tocado por ele antes. Com ajuda de retirou a peça da garota e junto com sua blusa e bermuda tocou-as em algum lugar do quarto. A visão dos seios dela lhe deram vontade de senti-los dessa vez com a língua, ele não pensou duas vezes e com uma mão acariciou um dos seios, enquanto explorava o outro dando leves chupões e beijos. eu... – tentou falar algo, mas recebeu uma leve mordida no seio, puxando o cabelo dele em seguida. Sentiu as mãos do homem descerem pelo seu corpo, tocando sua intimidade ainda vestida com uma calcinha de renda.
Ela gemeu e se assustou com o gemido que deu, não estava acostumada com aquilo, era a primeira vez que chegava a algo tão intimo com um homem. Ele com toda sua experiência percebeu que suas suspeitas eram positivas, ela era virgem e seria dele em sua primeira vez.
- Você confia em mim? – Ele perguntou encarando os olhos castanhos intensos da garota.
- Confio. – Ela respondeu ansiosa pelo que aconteceria em seguir.
desceu a calcinha e tocou-a em algum canto, depois voltou beijando seus pés e subindo em direção da virilha da garota. Ao sentir sua língua quente adentrar sua intimidade, não conseguiu se controlar, gemendo o nome do homem, enquanto ele brincava com seu clitóris fazendo movimentos circulares com a língua. Seus dedos esfregavam sua vagina e quando sentiu que ela estava molhada penetrou um dedo em sua intimidade. gemeu com dor. Sabia que aquilo era normal, mas não gostou de sentir aquela ardência. Fazendo a garota se acostumar com aquilo, ele começou um movimento de vai e vem, sem esquecer do excitar o clitóris. sentia seu membro pulsar querendo adentrar a garota, mas sabia ser paciente e esperar o momento certo. Quando sentiu que ela estava úmida e acostumada com o vai e vem de um e dois dedos dentro de si, ele retirou sua boxer, esfregando o membro na entrada da garota e lhe dando um beijo calmo, enquanto penetrava. Sentiu o hímen dela se romper, sujando os lençóis com sangue, mas não se importou com aquilo, queria saber o que ela estava sentindo, se ela se sentia bem ou com dor. em resposta agarrou ele, alisando e arranhando levemente suas costas, enquanto baixinho gemia seu nome pedindo por mais. Aquela foi a deixa para aumentar a velocidade do ato, estocando mais rapidamente e profundamente dentro dela. O tesão dentro de si parecia cada segundo maior, ele virou trocando de posição fazendo-a ficar por cima.
- O que eu faço? – Perguntou confusa.
- Deixa comigo. – Ele sorriu agarrando sua cintura, enquanto ela como em um movimento natural cavalgava lentamente em seu membro. Ela queria mais, ele precisava de mais. Segurando mais forte na cintura da garota começou a aprofundar novamente as investidas, fazendo-a gemer algo e ao sentir o liquido quente dele ser despejado dentro dela, sentiu seu corpo tremer e uma sensação boa lhe invadir deitando-se por cima dele novamente. Dessa vez cansada e sem energias para outra coisa que não dormir nos braços daquele que ela tanto desejou.
Xx
Acordaram juntos no dia seguinte, o sol já estava alto, indicando que passava das dez horas. ficou quieto observando a menina encarar a vista do hotel que estavam. Ela preguiçosa não queria sair de dentro do abraço dele, sentia-se bem, era de fato uma das melhores noites de sua vida. Ao encarar o homem se perguntou o que ele estaria pensando. Lembrou da morena que ele ficou na praia e da loira que estava na foto que encontrou no chão do quarto. Queria poder ser boa o suficiente para ele não pensar mais naquela mulher. Ele nunca notará, mas foram várias as vezes que ela pode observá-lo encarar uma fotografia em suas mãos, enquanto ela fingia dormir.
Queria ter o poder de ler mentes, para saber o que ele estava pensando. Encarou o corpo nu junto do dele e sentiu sua pele arder em vergonha. Seu corpo não era tão bonito quanto daquelas garotas que ele ficava, sua experiência sexual era zero e depois daquilo a relação dos dois mudaria, para pior.
Ela queria chorar, sentiu sua garganta doer ao pensar em seu futuro e em como viver sem aquele que havia conquistado seu coração. Temendo o dia que viria pela frente, mas com coragem para encará-lo levantou-se da cama e foi em direção ao banheiro, ligando o chuveiro em seguida. sem entender a atitude da garota levantou também, indo até ela. Ao entrar no banheiro viu a garota tomando banho, não pensou muito e resolveu invadir o chuveiro junto dela.
- Hey! O que é isso? – Ela sorriu aliviada em saber que não seria apenas uma noite.
- Invasão! – Ele riu lhe dando um selinho.
- Dormiu bem? – Ela perguntou ensaboando o homem.
- Fazia tempo que não dormia tão bem. – Ele sorriu. – E você?
- Também, muito bem! – Sorriu enquanto ele ensaboava seu cabelo!
- Cuida meu olho! – falou com os olhos fechados.
- Não abre ele! – disse tirando o shampoo e roubando selinhos da garota.
- Depois me vingo!
- Com beijos? – Ele provocou.
- Vai provocando vai! – Ela ainda de olhos fechados falou fingindo estar brava.
- Você quem mandou. – Ele falou descendo os beijos pelo corpo da garota até chegar em sua intimidade, dando inicio a horas de prazer.
xx
- Essa cidade tem umas lojinhas lindas! Eu quero um filtro dos sonhos! – disse arrastando até umas bancas de artesanatos.
- O mulher, você vai me deixar doido! – Ele riu enquanto a garota encarava encantada vários filtros.
- Esse é ideal pra colocar no quarto. – A garota que vendia os filtros disse, mostrando um enorme.
- Nós não temos um quarto. – riu sem graça. – Mas acho que esse fica perfeito. – Falou pegando um dos menores.
- Gosto mais do preto. – disse mostrando um que estava meio escondido.
- Não tinha visto esse! – Ela respondeu encantada.
- Então vai ser esse! – disse entregando o dinheiro para moça e saindo para olhar outras bancas.
Cansados de tanto caminhar, ou melhor, cansado de correr atrás de que se mostrava encantada sempre que passavam por cidades com artesanatos, sentaram para comer alguma coisa.
- Acho que vamos sair amanhã bem cedo, preciso passar em Porto Alegre pra fazer revisão do carro e aproveito pra viajar até São Paulo e resolver algumas coisas. – Ele disse em um tom mais sério.
- Tudo bem, eu fico em Porto Alegre? – Perguntou insegura.
- Eu tenho um apartamento em Porto Alegre e um em São Paulo você pode ir comigo ou ficar, pode escolher.
- Quero ir com você. – Respondeu mordendo o lábio.
- Então vamos os dois. – Disse deixando perceber um sorriso no canto dos lábios.
se distraiu com seu suco, enquanto olhava algo atrás da garota. Curiosa ela virou encarando a morena que ele havia ficado no dia anterior. Com raiva levantou e saiu em direção ao hotel, deixando-o sozinho. Ele sabia que ela estava com ciúmes e perguntou-se se seria bom para os dois levar aquilo além da amizade. Não foi atrás dela como a garota queria, apenas pagou a refeição que fizeram e decidiu caminhar na praia um pouco.
Faziam duas horas que havia visto pela última vez. Dessa vez mais calma depois de muito chorar, decidiu que poderia ser bom ver o por do sol enquanto caminhava um pouco na praia. Assim que tocou as areias de Torres, viu sentado em um lugar afastado, ele estava com algo em suas mãos, pela distancia ela imaginou ser uma foto, aquela foto. Na dúvida de ir ou não até ele, decidiu que caminharia para o lado oposto, mas seu olhar cruzou com o dele e sem saber desviar resolveu encará-lo de perto.
Ela caminhou calmamente até onde ele estava sentado, enquanto isso guardava novamente a foto que tinha de Luna em sua carteira.
- Você está bem? – Ele perguntou assim que a garota sentou ao seu lado.
- Acho que sim e você? - Ela respondeu encarando o mar em sua frente.
- Precisamos conversar.
- Tudo bem. – Ela seguiu encarando o mar, esperando para ouvir o que ele tinha pra falar.
retirou novamente a foto de sua carteira e entregou para que sem entender nada segurou encarando a garota loira de olhos claros, sorrir abraçada em seu . Eles pareciam mais novos e parecia mais feliz.
- Não quero ver isso. – Respondeu sincera.
- Essa é Luna, minha ex noiva. – Ele disse encarando a garota, ignorando sua resposta anterior. – Ela morreu pouco antes do nosso casamento, estava grávida de 6 semanas nessa foto e era a única pessoa que eu tinha ao meu lado desde a adolescência. Depois da morte dela decidir viajar, queria esquecê-la, mas todos os lugares lembravam ela e a vida que eu sonhei em ter ao seu lado.
- Que vida você queria ter com ela? – sentiu sua garganta doer, segurando o choro.
- Uma vida normal, casar, ter filhos, trabalhar na empresa que eu tinha, crescer profissionalmente e dar o melhor pra minha família.
- E agora que vida você quer ter?
- Sinceramente? Não sei. Eu gosto da vida que tenho, embora sinta muita saudade dela, é melhor do que ficar na empresa sem ter um ideal, pelo menos conheço lugares e nenhum dia é igual o outro.
- Você sente saudades dela?
- Sinto.
- Muito?
- Todos os dias.
- Quando eu faço isso você sente saudade dela? – Ela perguntou selando os lábios aos dele.
- Não , eu não penso nela quando estou com você. – Ele disse rude. – Mas acho melhor nós pararmos de nos envolver dessa maneira. Quero a tua amizade, um relacionamento estragaria isso.
- Eu não quero apenas a tua amizade.
- , pelo amor de Deus, você é uma menina, tem um futuro pela frente, não deve se prender a um velho.
- , você é mais velho que eu sim, mas não é pra tanto! E eu não sou só uma menina, eu gosto de estar presa a você. Não fale como se estivesse pensando em mim, porque nós dois sabemos que você está pensando em ti e na sua liberdade.
- Olha pra mim. – Ele disse segurando o braço da garota. – Eu não quero compromisso, porque tenho certeza que ambos vamos sair machucados disso, então melhor parar agora do que nos machucarmos ainda mais. – Respondeu se levantando e deixando a garota sentada sozinha com seus pensamentos.
Xx
Ele havia dado um fora nela e ela seguia sem saber como agir, ele tinha dito que não queria algo a mais com ela, quando ela se declarou e disse que queria mais que sua amizade, ele pensava na outra que não poderia mais fazer parte de sua vida, preferia ficar preso ao passado, do que viver o presente com ela. Triste e magoada voltou para o hotel, arrumando sua mala.
- O que você está fazendo? – disse assustado ao sair do banheiro e encontrar a garota arrumando suas coisas.
- Arrumando minhas coisas. – Falou sem lhe encarar.
- Pra quê? Você sempre deixa tudo pra perto da hora de sair. – Se aproximou com medo da resposta.
- Porque chegou a hora de sair. – Respondeu já falha.
- Pra onde? Você não tem pra onde ir. – Ele respondeu segurando seu braço, tentando fazer a garota lhe encarar.
- Eu vou pra qualquer lugar. – Disse encarando e deixando as lágrimas caírem.
- Não , não faz isso! – Ele pediu quase em suplica, segurando a menina em um abraço apertado.
- Acho que eu já me machuquei demais. – Ela respondeu saindo de seu abraço e voltando a arrumar suas coisas.
- Vamos, vamos tentar. – Ele disse nervoso, não queria, não podia perder sua pequena.
- Você nunca vai gostar de mim, como gosta dela.
- São amores diferentes. – Justificou.
- Não existe amor, é apenas tesão. – Ela disse chorando.
- Você não sabe o que se passa aqui dentro para falar isso. – Só ele sabia a confusão que estava em seu coração.
- Mas eu sei o que você demonstra.
- O que eu demonstro pra você?
- Que era a boca dela que você queria estar beijando quando encostou na minha.
- Meu Deus , isso não é real! – Ele disse atônico. – Eu gosto de você, gosto de estar com você, só tenho medo disso, que você vá embora e me deixe como ela me deixou.
- Ela morreu.
- Sim, ela morreu.
- E você ainda pensa nela.
- Eu amava ela, você nunca amou ninguém na vida?
- Eu amo você. – Ela respondeu deixando ele sem palavras mais uma vez.
- Então vamos tentar dar certo. Eu preciso que você tenha paciência comigo, só isso, paciência.
- Eu posso tentar. – Ela sorriu em meio ás lágrimas.
- Promete? – Ele lhe roubou um beijo.
- Prometo. – Ela se entregou ao beijo.
Eles decidiram antecipar a viajar, indo para Porto Alegre durante aquela noite e pegando um vôo para Sp no dia seguinte.
- Já falei que não gosto de altura. – Ela dizia enquanto ele zombava das caretas que fazia ao espiar a janela do avião.
- Já disse que você fica linda com medo. – Ele roubou um selinho.
- Já contei que tenho vontade de cortar fora seu aparelho reprodutor toda vez que ri da minha cara? – O encarou brava, ouvindo uma gargalhada do mais velho.
- Ai nós dois vamos sofrer...
- Você tem língua. – Ela falou baixo e em seguida sentiu seu rosto corar, para diversão dele.
- Tenho e ela gosta de explorar lugares. – Ele disse beijando o pescoço dela, dando um leve chupão sem marcar-lo.
- Te comporta.
- Ué, deixa teu velho aproveitar enquanto pode. – Ele sorriu como a tempos não fazia.
- Meu velhote. – Ela riu abraçando ele. – To com sono. – Disse manhosa.
- Dorme um pouco, quando estivermos perto eu te chamo. – Ele disse beijando sua testa e ajeitando a garota em seu abraço. não demorou a pegar no sono, sendo acordada por quando o avião estava próximo ao destino deles.
Ao chegarem em Sp, mesmo conhecendo tantas cidades, em sua maioria litorâneas, ficou encantada e um pouco assustada com tanta luz, movimento e pessoas, mas estava ao lado de , o que fazia com que se sentisse segura. Ele pegou um taxi e cerca de trinta minutos depois chegaram em frente um prédio muito bonito. O porteiro abriu uma grande porta de vidro e deu passagem para entrarem.
Após cumprimentar o porteiro, ele colocou uma chave no elevador, digitando uma senha e fazendo-o ir a cobertura do prédio, acompanhado de , que ainda não havia falado nada. Assim que entraram no apartamento, mostrou melhor os cômodos da casa. Era uma cobertura duplex, com 4 suítes, closet, área com banheira de hidromassagem e um jardim de inverno na parte de cima, e na parte de baixo, sala social, sala de jogos e televisão, sala de jantar, cozinha, mais jardim com piscina e uma bela vista da cidade de São Paulo, em todos os cômodos bem decorados haviam toques pessoais, fotos e alguns quadros de e Luna, seu coração doer ao ver aquilo e notou que ele também não esperava encontrar aquelas coisas ali. De fato ele havia pedido para sua empregada tirar tudo que pertenceu a antiga noiva e colocar em um dos quartos, mas ela não atendeu 100% seu pedido, deixando os quadros expostos na sala. Aquele era definitivamente um dos apartamentos mais lindos que já havia visto, ela sabia que ele tinha dinheiro, mas não imaginava que seria tanto.
- É lindo aqui. – Respondeu encarando a vista do quarto principal.
- Foi Luna quem escolheu, não gosto muito, muito espaço sem ser utilizado. – Disse abraçando .
- Ela tinha bom gosto. – respondeu encarando a vista.
- Tinha, ela gostava dessas coisas. – Ele disse lhe beijando, na tentativa de mudar de assunto e esquecer a outra.
- Acho que vou tomar banho. – Ela disse lhe dando outro selinho.
- Vamos. – Falou e em seguida ouviu a campainha tocar. – Deve ser o porteiro, já venho. – Disse se despedindo da mulher e indo abrir a porta. Ela concordou com a cabeça e foi até o banheiro, era lindo, com mármore branco e um espelho enorme. Ao abrir algumas gavetas do armário da pia, ela se deparou com muitos objetos pessoais femininos, haviam batons, maquiagens e jóias. Percebeu que aquele lugar lembrava Luna em todos os espaços.
entrou dentro do cômodo, no momento que ela encarava um batom vermelho, queria usá-lo, queria ser como a dona do coração de seu amor, queria que ele sentisse por ela, o que sentiu por Luna. Distante encarava a cena, sem saber o que fazer, sabia que não estava conseguindo fingir, sabia que estava se mostrando fraco e mais que isso, estava demonstrando o quanto sentia saudade de sua loira.
I can taste her lipstick and see her laying across your chest / Eu posso provar seu batom e vê-la deitando no seu peito
I can feel the distance every time you remember her fingertips / Eu posso sentir a distância toda vez que você se lembra dos toques dela
Maybe I should be more like her / Talvez eu devesse ser mais como ela
Maybe I should be more like her / Talvez eu devesse ser mais como ela
I can taste her lipstick, it's like I'm kissing her, too / Eu posso provar o batom dela, é como se eu estivesse a beijando, também
And she's perfect / E ela é perfeita
And she's perfect / E ela é perfeita
- Ela era perfeita pra você. – respondeu encarando o homem assim que notou sua presença. não sabia o que responder, ela estava certa, eram considerados um casal perfeito. Então achou melhor não falar nada, apenas avançar em direção a garota lhe dando um beijo calmo e intenso.
não respondeu nada, apenas deixou ele comandar o momento. guiou-a para banheira, tirando a roupa a roupa de ambos, sem separar seus lábios. Ele pedia por mais da garota, aquela seria a primeira vez que transava em uma casa que lembrava tanto seu primeiro amor, mas ele não se importava, ela havia morrido, deixando apenas bons momentos, deixando lembranças inesquecíveis, mas ele estava vivo e precisava viver outros momentos ao lado da menina que lhe ganhou com um sorriso, ao lado daquela que parecia precisar de sua proteção e que ele gostaria de proteger.
Ao levar para sua casa, para um lugar sagrado por ele, teve a certeza que estava livre das mágoas do passado e que poderia viver o presente e pensar em um futuro ao lado da morena.
Em algum lugar no plano superior Luna estava radiante ao ver o amor vencendo, ao ver aquele que ela tanto amou se permitindo amar e ser amava novamente, e estava ansiosa, pois sabia que logo estariam juntos novamente, dessa vez com um tipo de amor diferente, sendo fruto daquele casal, que hoje se amava sem medo.
Fim.
Nota da autora: Oi meninas! Gostaram de mais uma história? Confesso que quando parei para pensar em uma história baseada na música, imaginei a PP sem amor próprio, então fiquei em dúvida sobre o que fazer, porque não conseguiria escrever uma PP assim, mesmo sendo amante de dramas. Com isso a ideia que vocês acabaram de ler me veio em mente, e espero que tenham gostado, pois amei escrever ela e pensei inclusive em fazer alguma continuação, o que acham? Adicionem meu grupo no facebook, lá posto sobre todas as minhas histórias e projetos. Por favor, comentem o que acharam, a opinião de vocês é muito importante pra mim.
Outras Fanfics:
Story of a man
Problem Child
Relatos de uma vida
É no pecado que eu sinto prazer 5
É no pecado que eu sinto prazer
É no pecado que eu sinto prazer 2
É no pecado que eu sinto prazer 3
É no pecado que eu sinto prazer 4
Se algum dia eu não acordar
Mais uma história de verão
11. Father
14. Perfect
Redención
Sexe dans l’ascenseur
Na cama com Ian Somerhalder
Lembranças de Maio
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Outras Fanfics:
Story of a man
Problem Child
Relatos de uma vida
É no pecado que eu sinto prazer 5
É no pecado que eu sinto prazer
É no pecado que eu sinto prazer 2
É no pecado que eu sinto prazer 3
É no pecado que eu sinto prazer 4
Se algum dia eu não acordar
Mais uma história de verão
11. Father
14. Perfect
Redención
Sexe dans l’ascenseur
Na cama com Ian Somerhalder
Lembranças de Maio
O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.