14. Domino

Finalizada em: 17/08/2018

Capítulo Único

Maquiagem? Ok.
Vestido maravilhoso? Ok.
Um lindo e confortável sapato? Ok
Chaves, carteira e celular na bolsa? Ok
Eu realmente não queria ir a essa festa, mas Vanessa me convenceu de que eu precisava curtir um momento pra mim. Há dias que o meu único foco é pensar em trabalho, trabalho, trabalho. E em , claro. Eu e minha tórrida paixão pelo vizinho do quinto andar. É o tipo de homem que mexe com as minhas estruturas, com a minha libído e me deixa molhada. Aquele maldito olhar de ensopar calcinhas. Infelizmente nunca tivemos nada do que apenas conversas triviais no elevador ou em algumas festas que nos encontramos. Parece que o nosso relacionamento vai permanecer no campo dos sonhos mesmo.
Fecho a porta do meu apartamento e me dirijo ao elevador, selecionando o térreo. Me surpreendo com a presença de certo vizinho galanteador e sorridente dentro do elevador.
- Uau, vizinha, você está muito atraente essa noite - me elogia e abre aquele maldito sorrisinho de lado que deixa minhas pernas bambas.
- Obrigada, você também não está nada mal. Qual a garota da vez? - provoco-o.
- Assim você fere meus sentimentos, vizinha. Não sou nenhum Don Juan.
- Ah tá, essa sua carinha de inocente não convence ninguém, meu querido.
- Vizinha, vizinha… falando assim até parece que está com ciúmes de mim. Saudades daquela noite?
E por sorte antes que eu pudesse responder, a porta do elevador se abriu e pude sair de lá sem precisar respondê-lo. Estava mais do que óbvio que eu estava com saudade da única noite - e maravilhosa, diga-se de passagem - que tivemos. O problema é que enquanto eu me peguei completamente apaixonada por ele, nunca percebi se o sentimento era de fato recíproco, então resolvi me afastar e não me envolver.
Entrei no meu carro e fui pra festa, esperando que Vanessa já estivesse ao meu aguardo junto de nossos amigos. Eu estava a poucos quarteirões de distância do local da festa, mas já era possível escutar a música que rolava. Aquela seria A noite. Estacionei e já fui entrando na casa a procura de meus amigos, estava bastante cheio. Encontrei o pessoal dançando animadamente, já alterados pela bebida. Vanessa me viu de longe e acenou exageradamente, certeza que essa vai me dar trabalho em levar pra casa.
- AMIGAAAAA! Até que enfim você veio, pensei que iria desistir de vir e ficar trancada em casa assistindo tv em plena sexta feira.
- Eu realmente quase desisti, mas pensei melhor e como você mesma disse: eu preciso curtir a minha juventude. - Vanessa sorriu e bateu palminhas, minha amiga se animava com tudo.
- Então, querida, aproveita que está aqui e se joga. Vamos pegar uma bebida pra você e aproveitar bem essa noite. Quem sabe você não leva um gostoso pra casa?
- Vanessa! Para de agir como uma tarada - falei aos risos - Até parece que eu estou tão necessitada assim.
- Não está, mas não existe contraindicação para sexo delicioso com um homem que te faça gozar várias vezes - falou maliciosamente.
- Vanessa! - rimos e fomos procurar algo decente pra beber.
Tenho que concordar com a minha amiga, eu realmente estava precisando me divertir. A pressão do trabalho está me deixando exausta e a única coisa que eu faço além de trabalhar é comer e dormir. Hoje estou decidida a beber e dançar bastante e aproveitar minha noite de sexta como se deve.
Escuto as primeiras batidas de uma música do Drake - uma de minhas favoritas - e começo a dançar animadamente, fechando os meus olhos pra aproveitar a música e esquecer um pouco os problemas. Uma pessoa desconhecida se aproxima e começa a dançar junto a mim, aproximando nossos corpos. Sua mão passeia pelo meu corpo, me deixando excitada. Reconheço aquele toque e me viro a procura do dono dos meus pensamentos.
- Oi de novo, vizinha - fala perto de meu ouvido, o que me faz arrepiar - Eu já te disse o quanto você fica sexy de vestido?
- Não… o que faz aqui? Me seguindo, é? - encaro seus olhos e me perco naquela imensidão azul.
- Bem que você gostaria que eu ficasse seguindo todos os seus passos, mas não, coincidentemente viemos para a mesma festa.
- Ah sei, até parece que você não é obcecado por mim - brinco com ele, um pouco alterada pela bebida e pela situação.
- Será que eu sou? - sorri de lado e já sinto toda a umidade na minha calcinha.
- Claro que é, por mim e todas as outras bocetas do mundo.
- Eu não diria isso - morde o lóbulo da minha orelha - ainda sinto o seu delicioso gosto na minha língua e estou duro querendo prová-lo novamente.
- Sabe que não vai acontecer.
- E por que tens tanta certeza disso?
- Porque…
E mais uma vez não consigo respondê-lo. Dessa vez sou interrompida por um de meus amigos me avisando que Vanessa está passando mal por beber demais, preciso levá-la para casa. Me despeço rapidamente e corro na direção de Vanessa, ajudando a andar em direção a saída da casa e colocando-a no meu carro.
Deixei Vanessa em casa - que já aparentava estar um pouco melhor - pedi que tomasse um banho e um café bem forte antes de ir dormir. Liguei o carro e fui pro meu apartamento. Estaciono o carro, retiro minha bolsa e saio em direção ao elevador. Seleciono no painel o botão da cobertura, lá tem uma bela vista do resto da cidade e aposto que é uma ótima maneira de terminar a minha noite.

***


Retiro meus sapatos, aprecio a vista. O céu está estrelado, noite de lua cheia. Ouço a porta do terraço se abrindo e passos se aproximando.
- Vizinha…
- , achei que tivesse dito que não estava me seguindo - brinquei.
- Juro que só te segui a partir do momento que entrou no prédio.
- Sei, sei… todo stalker diz isso.
- Bem que você gostaria…
- Olha, eu gostaria de muitas coisas, não tenho certeza se você faz parte de alguma delas - sorri ladina.
- Não é bem isso que seus olhos me dizem, - sorri - eles me dizem que você me quer exatamente como eu te quero.
- … O quê?
- Que foi, ? Achou que eu ficaria satisfeito com uma única noite? - segura em minhas mãos e me puxa em sua direção. Não consegui decifrar o que seus olhos me dizem, um misto de sentimentos perspassam por eles.
- , eu…
- Não, . Eu só queria entender por que você fugiu de mim depois daquele dia. Eu acordei na minha cama e não tinha ninguém ao meu lado, mesmo depois da noite maravilhosa que tivemos.
- , convenhamos, você é um galanteador. É lindo, gostoso, inteligente, engraçado e tem lábia. Já te vi com algumas garotas, eu fui apenas mais uma delas. Apenas… cai fora antes que desse problema.
- Sério isso? Só porque me viu com algumas garotas - que confesso, foram pra cama comigo - você deduziu que o que aconteceu entre nós não foi especial?
- E por que seria?
- Meu Deus! Querida, eu sou solteiro e posso foder quem eu quiser - no momento em que eu iria replicar aquele argumento, ele me calou - assim como você estava livre para fazer o mesmo. Entretanto, pra mim não foi só sexo. Nunca foi.
- Nunca foi? - ele me abraça e afaga meus cabelos.
- Claro que não, sua teimosa. Eu me encantei por você desde a primeira vez em que eu te vi. Eu fiquei obcecado por você. Cada conversa no elevador, cada sorriso, cada vez que eu te via nas festas dançando com outros caras - e eu sentia ciúmes - até que a minha oportunidade apareceu e finalmente te tive nos meus braços.
-
- Shhh, . Deixa eu terminar antes que você crie mais teorias da conspiração sobre mim… e sobre nós - assenti, sentindo a felicidade brotar no meu peito - E aquela noite, que eu pude te sentir, ouvir seus gemidos, você dizendo meu nome em meio ao ápice do prazer, foi muito melhor do que imaginei.
- Eu achei que... Eu pensei tanta coisa. - confesso, finalmente abrindo meu coração.
- Não pense em mais nada, apenas sinta, deixe fluir tudo que existe entre nós.
E eu deixei.
Me agarrei a ele e o beijei.
Senti-o aprofundar o beijo e arrancar tudo de mim.
Uma de suas mãos afagava meus cabelos e dava leve puxadinhas, enquanto a outra percorria cada centímetro da minha pele, que reagia a cada toque. E apesar do vento frio da noite, eu só conseguia sentir o calor que emanava de nós. E tesão. Gemi em sua boca, não aguentando mais segurar todos os sentimentos que fluíam de mim. Seus beijos migraram para meu pescoço e suas mãos foram em busca dos meus seios, apertando-os, me fazendo gemer baixinho, excitada. Eu só conseguia me agarrar a sua camisa e arranhá-lo por cima dela. Estava totalmente absorta a tudo em minha volta. Eu era dele.
Senti uma de suas mãos passear delicadamente sobre minhas coxas, em direção a minha calcinha - já encharcada - e ondas de prazer percorriam pelo meu corpo. Delicadamente colocou a calcinha para o lado e friccionou meu clitóris, deixando-o intumescido, minha vulva ardente. Meteu dois dedos dentro de mim e sorriu lascivamente.
- Huuum, adoro como seu corpo reage ao meu toque, essa bocetinha fica toda molhadinha pra mim - deu algumas estocadas profundas me fazendo gemer mais alto e se retirou, me fazendo dar uma muxoxo de reprovação. Levou os dois dedos a boca e os lambeu, apreciando o meu gosto - Que saudade de sentir o seu mel na minha boca, é delicioso.
- , por favor… - murmurei sem conseguir formar uma frase coerente.
- Diga, peça-me tudo o que desejas e eu te darei.
Não sei em que momento perdi as peças de roupa, mas quando dei por mim estava apenas trajando calcinha preta, uma de minhas favoritas.
- Por favor... Para de me torturar.
- Estou te torturando, é? Você quer que eu te foda assim? - enfiou dois dedos lentamente me fazendo arfar - Ou assim? - retirou seus dedos e os enfiou mais rápido e fundo me fazendo reprimir um grito mais alto.
- Só me fode, por favor - falei quase implorando.
- Será um prazer… para nós dois - virou-me de frente para a parede e fez sinal para que eu ficasse empinada. - Junte os dois braços sobre a cabeça e fique bem quietinha.
- Vai logo…
- Fica quietinha enquanto eu saboreio a delícia que é a sua boceta - sua boca percorreu os mesmos caminhos que seus dedos, só que com mais desesjo, mais volúpia. Em segundos, sua boca me chupava, sua língua quente me lambia, me causando espasmos e gemidos. Estávamos ali, seminus, (re)conhecendo o corpo um do outro, naquele terraço que exalava tesão, luxúria. Chupou meu clitóris com maestria enquanto brincava de meter dois dentro dentro de mim.
Sinto o primeiro tapa na minha bunda branquinha, a primeira marca do que estava por vir. Enquanto isso suga meu clitóris, com cuidado, com vontade, como se estivesse beijando de língua. Gemo, grito, respiração ofegante, sinto-me preenchida por sua língua e seus dedos. Sem conseguir controlar, a explosão do orgasmo toma o meu corpo e meu corpo ondula em prazer.
- Adoro ouvir os seus gemidos, me deixa mais duro e com mais vontade de me enterrar em você. - fala depois de sugar os últimos resquícios de meu gozo.
- Por favor…
- Por favor o quê?
- Me fode, .
Ele pega um preservativo em sua carteira, encaixa seu pau em minha bunda e dá leves pinceladas em meus lábios vaginais, ainda sensíveis do meu prazer. mete em mim, devagar, sentindo cada centímetro do seu pau me preenchendo, nos fazendo gemer juntos. Aos poucos vai aumentando a velocidade das estocadas, me fazendo gemer cada vez mais alto e deixando minha respiração entrecortada. Cada estocada mais rápido, mais profundo, me fazendo tremer de tesão. Ele brincando com meus seios, morde de leve o meu pescoço, puxa meu cabelo, me fala obscenidades. Sinto o prazer se acumular em meu ventre, mais um orgasmo se aproxima.
- Goza pra mim, vai. Minha putinha, só minha - sussurra em meu ouvido, me fazendo choramingar.
- Toda sua, só sua - e me tomou em sua boca. Inebriados pela fragância de sexo que rolava no ar, mais o acúmulo de sentimentos que pairava sobre nós dois, gozamos juntos.

***

Depois de colocar nossas roupas e com as respirações normalizadas descemos em direção ao meu apartamento. Famintos, pedimos pizza e nos aconchegamos em meu sofá. Com direito a cafuné, e muitos beijinhos carinhosos. Conversamos sobre coisas de trabalho, sobre a vida, assistimos alguns programas de tv. Aos poucos fui me sentindo sonolenta, finalmente me entregando ao cansaço da semana e da noite épica que tive. Murmuro um boa noite e me acomodo em seu abraço, antes de me entregar ao sono ouço ele murmurar baixinho em meu ouvido:
- Se caso você não tenha entendido com clareza o que eu disse antes da maravilhosa trepada que demos no terraço do nosso prédio: eu estou apaixonado por você.





FIM!



Nota da autora: Sem nota.




Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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