Capítulo Único
Seus olhos se abriram quase imediatamente, suas pupilas se contraíram e sua respiração começou a se cortar. Ajeitou-se na cama, mexendo em seu cabelo bagunçado e se perguntando o que acabara de acontecer.
O rosto dele a assombrava. Já faziam mais de dois meses e ainda estava ali, tendo pesadelos com ele. Automaticamente após lembrar do seu sonho, as lágrimas caíram e rolaram por suas bochechas coradas e sua garganta se fechou. Céus, ela estava tão cansada daquilo, de semanas e mais semanas chorando e se remoendo por causa de um cara, algo que nunca pensou que faria.
Decidiu que sairia daquele amontoado de cobertas e passaria a viver seu dia como andava vivendo desde o infame término: andando como um zumbi e obedecendo ordens como um robô, incapaz de sentir algo.
Encarou-se seminua no espelho. Tirou o sutiã bege e a calcinha preta, tão velhos quanto seus avós, atirando-os na cadeira de sua escrivaninha sem vontade alguma. Assim que colocou outras roupas íntimas, abriu a gaveta de sua cômoda e escolheu uma legging preta e uma camiseta azul-marinho com a estampa da antiga empresa que seu pai trabalhava, calçou os seus tênis de corrida, desconectou o celular do carregador e pegou seus fones de ouvido. Deu uma penteada superficial em seu cabelo loiro-escuro e, sem nem comer ou beber algo antes, foi para rua caminhar e espairecer suas ideias antes que tivesse que voltar para casa novamente e se arrumar para o trabalho.
No caminho, parou em uma padaria e comprou alguns pães e bolos, foi também até um pet shop e comprou mais ração para seu gato e deu algumas voltas na praça principal da cidade.
Nem aquele céu azul, o sol brilhantes e muito menos as árvores verdíssimas conseguiram tirar e o pesadelo com o seu rosto de sua mente. Entretanto, tudo aquilo estava prestes a piorar.
Caminhando pela parte central da praça, avistou alguém muito familiar sentando em um dos bancos organizados perto do lago de cisnes. Ali estava um homem vestido em roupas casuais, com o cabelo preto um tanto bagunçado e olheiras profundas lendo um livro. diminuiu seu passo até o ponto de ficar parada, encarando aquela cena enquanto lentamente tirava um dos fones de seu ouvido. Não pouco depois o homem pareceu sentir alguém lhe observando e subiu o seu olhar, logo encontrando sua ex-namorada.
fechou o seu livro e pôs em sua mochila, fazendo tudo isso sem desviar o olhar de . Enquanto a garota parecia chocada e desolada, parecia surpreso e intrigado, mas conhecendo-o bem, conseguiu ver a dor em seus olhos. Contudo, aquela breve e estranha interação terminou quando o garoto pegou o celular e atendeu uma chamada, ainda encarando a ex, dando de ombros e suspirando antes de sumir de seu campo de vista enquanto falava no telefone.
fechou os olhos e suspirou, sentindo uma dor inexplicável, um nó em seu coração que nunca tinha sentido antes. Ao mesmo tempo que ele parecia ter se sentido machucado com sua presença, também parecia ter esquecido dela facilmente, afinal a evitou assim que teve a oportunidade. E caramba, aquilo doía.
Ela sentiu a vontade enorme de correr para procurá-lo, até que o encontrasse, tocasse em seu rosto e dissesse o quão horrível se sentia por ter causado tanta dor para ele. Por tê-lo machucado e ter sido o grande fator contribuinte para o afundamento daquela relação. Queria dizer tudo que estava entalado em sua garganta; como nunca mais foi a mesma depois que ele fechou a porta atrás dele, depois que ele disse o quanto a amava mas que não aguentava mais a falta de confiança que ela sentia por ele, ou todas as vezes que ela o afastou, com medo de que ele a machucasse. Como realmente sentia que precisava muito dele, algo que não tinha certeza anteriormente, mas que sabia agora.
Entretanto, aquilo não aconteceu. Ao invés disso, deu alguns passos para trás e correu de volta para sua casa. Deu a ração nova ao seu gato, comeu um pouco e logo entrou no banho quente. Realizou o famoso ritual humano de chorar e desabar enquanto a água corria por seu corpo, tentando fazer com que aquele disfarce a fizesse sentir-se melhor, mesmo sabendo que não faria.
Botou quase tudo que sentia para fora depois que saiu do box e secou seu corpo. Sabia que precisava se recompor para se vestir novamente e ir para o trabalho completar as mesmas velhas tarefas que uma secretária poderia realizar, mas precisou de muito tempo, energia e pensamentos positivos para aquilo. Por fim, maquiou e cobriu seu olhar triste, vestiu um body de veludo vermelho e uma saia lápis e saiu para o mundo, decidida que poderia seguir em frente tão facilmente quanto .
Ah, mas coitada, tudo começou a dar errado. Assim que tirou seu carro da garagem e o colocou na rua, ele desligou sozinho. Fez todo o processo de ligar por ajuda, levar para um mecânico e descobriu que a bateria tinha se esgotado, algo que a atrasou muito para o trabalho, consequentemente levando um sermão do seu chefe sobre responsabilidade.
― Estou passando por um momento difícil, senhor Jones. Sei que isso não justifica, mas eu sinto muito. ― disse, tentando se redimir.
― Bem, senhorita , na próxima vez que a senhorita se ver numa situação dessas, tente pensar que o mundo continua girando enquanto você sente pena de si mesma. ― seu chefe rudemente respondeu, comandando a atender o telefone que tocava incessantemente durante a conversa deles.
Como se tudo isso não bastasse, saiu do trabalho e foi direto para a aula do curso noturno de hotelaria que fazia apenas para descobrir que tinha falhado na maioria das provas que fez nas semanas anteriores, tudo por causa da sua distração enquanto pensava no ex-namorado e tudo que ela fez de errado.
Chegando em casa após aquele fatídico dia, ela pegou uma garrafa de whisky, serviu no copo e pegou seu gato no colo, pensando no quanto todos aqueles acontecimentos teriam sido mais leves e resolvidos pelo calor de e o seu toque delicado, como sua vida estaria mais fácil caso ele ainda estivesse ao seu lado e se ela não tivesse estragado tudo. Imaginar ele ali, ao seu lado, ao mesmo tempo que era desolador e triste, era a única maneira que via de permanecer sã.
No fim do dia, ela rezava para que um dia aquela dependência terminasse e o rosto dele desaparecesse de seu consciente. Contudo, até que isso acontecesse, teria que se contentar e se acostumar com os seus dias sem a única pessoa que ela nunca imaginou que conseguisse viver sem.
O rosto dele a assombrava. Já faziam mais de dois meses e ainda estava ali, tendo pesadelos com ele. Automaticamente após lembrar do seu sonho, as lágrimas caíram e rolaram por suas bochechas coradas e sua garganta se fechou. Céus, ela estava tão cansada daquilo, de semanas e mais semanas chorando e se remoendo por causa de um cara, algo que nunca pensou que faria.
Decidiu que sairia daquele amontoado de cobertas e passaria a viver seu dia como andava vivendo desde o infame término: andando como um zumbi e obedecendo ordens como um robô, incapaz de sentir algo.
Encarou-se seminua no espelho. Tirou o sutiã bege e a calcinha preta, tão velhos quanto seus avós, atirando-os na cadeira de sua escrivaninha sem vontade alguma. Assim que colocou outras roupas íntimas, abriu a gaveta de sua cômoda e escolheu uma legging preta e uma camiseta azul-marinho com a estampa da antiga empresa que seu pai trabalhava, calçou os seus tênis de corrida, desconectou o celular do carregador e pegou seus fones de ouvido. Deu uma penteada superficial em seu cabelo loiro-escuro e, sem nem comer ou beber algo antes, foi para rua caminhar e espairecer suas ideias antes que tivesse que voltar para casa novamente e se arrumar para o trabalho.
No caminho, parou em uma padaria e comprou alguns pães e bolos, foi também até um pet shop e comprou mais ração para seu gato e deu algumas voltas na praça principal da cidade.
Nem aquele céu azul, o sol brilhantes e muito menos as árvores verdíssimas conseguiram tirar e o pesadelo com o seu rosto de sua mente. Entretanto, tudo aquilo estava prestes a piorar.
Caminhando pela parte central da praça, avistou alguém muito familiar sentando em um dos bancos organizados perto do lago de cisnes. Ali estava um homem vestido em roupas casuais, com o cabelo preto um tanto bagunçado e olheiras profundas lendo um livro. diminuiu seu passo até o ponto de ficar parada, encarando aquela cena enquanto lentamente tirava um dos fones de seu ouvido. Não pouco depois o homem pareceu sentir alguém lhe observando e subiu o seu olhar, logo encontrando sua ex-namorada.
fechou o seu livro e pôs em sua mochila, fazendo tudo isso sem desviar o olhar de . Enquanto a garota parecia chocada e desolada, parecia surpreso e intrigado, mas conhecendo-o bem, conseguiu ver a dor em seus olhos. Contudo, aquela breve e estranha interação terminou quando o garoto pegou o celular e atendeu uma chamada, ainda encarando a ex, dando de ombros e suspirando antes de sumir de seu campo de vista enquanto falava no telefone.
fechou os olhos e suspirou, sentindo uma dor inexplicável, um nó em seu coração que nunca tinha sentido antes. Ao mesmo tempo que ele parecia ter se sentido machucado com sua presença, também parecia ter esquecido dela facilmente, afinal a evitou assim que teve a oportunidade. E caramba, aquilo doía.
Ela sentiu a vontade enorme de correr para procurá-lo, até que o encontrasse, tocasse em seu rosto e dissesse o quão horrível se sentia por ter causado tanta dor para ele. Por tê-lo machucado e ter sido o grande fator contribuinte para o afundamento daquela relação. Queria dizer tudo que estava entalado em sua garganta; como nunca mais foi a mesma depois que ele fechou a porta atrás dele, depois que ele disse o quanto a amava mas que não aguentava mais a falta de confiança que ela sentia por ele, ou todas as vezes que ela o afastou, com medo de que ele a machucasse. Como realmente sentia que precisava muito dele, algo que não tinha certeza anteriormente, mas que sabia agora.
Entretanto, aquilo não aconteceu. Ao invés disso, deu alguns passos para trás e correu de volta para sua casa. Deu a ração nova ao seu gato, comeu um pouco e logo entrou no banho quente. Realizou o famoso ritual humano de chorar e desabar enquanto a água corria por seu corpo, tentando fazer com que aquele disfarce a fizesse sentir-se melhor, mesmo sabendo que não faria.
Botou quase tudo que sentia para fora depois que saiu do box e secou seu corpo. Sabia que precisava se recompor para se vestir novamente e ir para o trabalho completar as mesmas velhas tarefas que uma secretária poderia realizar, mas precisou de muito tempo, energia e pensamentos positivos para aquilo. Por fim, maquiou e cobriu seu olhar triste, vestiu um body de veludo vermelho e uma saia lápis e saiu para o mundo, decidida que poderia seguir em frente tão facilmente quanto .
Ah, mas coitada, tudo começou a dar errado. Assim que tirou seu carro da garagem e o colocou na rua, ele desligou sozinho. Fez todo o processo de ligar por ajuda, levar para um mecânico e descobriu que a bateria tinha se esgotado, algo que a atrasou muito para o trabalho, consequentemente levando um sermão do seu chefe sobre responsabilidade.
― Estou passando por um momento difícil, senhor Jones. Sei que isso não justifica, mas eu sinto muito. ― disse, tentando se redimir.
― Bem, senhorita , na próxima vez que a senhorita se ver numa situação dessas, tente pensar que o mundo continua girando enquanto você sente pena de si mesma. ― seu chefe rudemente respondeu, comandando a atender o telefone que tocava incessantemente durante a conversa deles.
Como se tudo isso não bastasse, saiu do trabalho e foi direto para a aula do curso noturno de hotelaria que fazia apenas para descobrir que tinha falhado na maioria das provas que fez nas semanas anteriores, tudo por causa da sua distração enquanto pensava no ex-namorado e tudo que ela fez de errado.
Chegando em casa após aquele fatídico dia, ela pegou uma garrafa de whisky, serviu no copo e pegou seu gato no colo, pensando no quanto todos aqueles acontecimentos teriam sido mais leves e resolvidos pelo calor de e o seu toque delicado, como sua vida estaria mais fácil caso ele ainda estivesse ao seu lado e se ela não tivesse estragado tudo. Imaginar ele ali, ao seu lado, ao mesmo tempo que era desolador e triste, era a única maneira que via de permanecer sã.
No fim do dia, ela rezava para que um dia aquela dependência terminasse e o rosto dele desaparecesse de seu consciente. Contudo, até que isso acontecesse, teria que se contentar e se acostumar com os seus dias sem a única pessoa que ela nunca imaginou que conseguisse viver sem.
Fim.
Nota da autora: Oi, pessoal! Sim, euzinha em mais um ficstape HAHAHAHA. Essa música sempre representou muito para mim e os meus momentos de bad, então PRECISEI pegar ela quando o ficstape foi liberado. O plot foi bem fiel à música e a fic ficou bem pequena, mas acho que estou bem satisfeita. E, quem sabe, talvez eu trabalhe com esses pps novamente no futuro, mas isso apenas minha futura imaginação poderá saber OASFJKHSAFKJ. Não se esqueçam de entrarem no meu grupo do facebook e espero que tenham gostado dessa short <3
Outras Fanfics:
Before The Sunset: Originais/Em andamento
The Night We Met: Outros/Em andamento
03. Everybody's Watching Me: Ficstape: The Neighbourhood - I Love You
07. Gonna Get Caught: Ficstape: Demi Lovato - Don't Forget
09. Scars: Ficstape: Miley Cyrus - Can't Be Tamed
10. SOS: Ficstape: Abba Gold - Greatest Hits
15. She Don't Like The Lights: Ficstape: Justin Bieber - Believe
18. That Should be Me: Ficstape: Justin Bieber - My Worlds
Outras Fanfics:
Before The Sunset: Originais/Em andamento
The Night We Met: Outros/Em andamento
03. Everybody's Watching Me: Ficstape: The Neighbourhood - I Love You
07. Gonna Get Caught: Ficstape: Demi Lovato - Don't Forget
09. Scars: Ficstape: Miley Cyrus - Can't Be Tamed
10. SOS: Ficstape: Abba Gold - Greatest Hits
15. She Don't Like The Lights: Ficstape: Justin Bieber - Believe
18. That Should be Me: Ficstape: Justin Bieber - My Worlds