Última atualização: 23/06/2018

Acapella Championship

— Temos que fazer alguma coisa, não podemos deixar tudo acabar assim. — Tiffany se sentou no banco transbordando chateação.
— Não podemos fazer mais nada… — retrucou Carl que estava sentado ao chão abraçado ao seu violão.
— Não é justo nossa igreja fechar assim, deixar todos os nossos sonhos acabarem dessa forma. — ela virou o olhar para mim — Não vai falar nada? Como está o pastor Jim?!
— Ah… Está abalado, óbvio. — respondi diretamente — E um tanto quanto desmotivado, confesso que até eu estou assim.

Sendo a filha do pastor, estava sentindo de perto toda a pressão causada por aquela ordem de despejo, algo que gerou muita comoção e tristeza entre os membros da Church J-US Ministry.

— Temos que encontrar uma saída. — protestou Sam — Não podemos ficar parados.
— É desse sentimento que estou falando. — Tiffany se levantou da cadeira — E se fizéssemos algo para arrecadar dinheiro para a restauração do prédio da igreja?
— Como o que? — Mary interviu — Não querendo desanimar, mas como arrecadaríamos setenta mil dólares em três meses?
— Verdade. — Sam fez cara pensativa.
— Humm… — Tiffany soltou um suspiro desanimado.
— GENTE!!!! Vocês não vão acreditar!!! — disse Max ao chegar afoito com um panfleto na mão.
— Conte algo bom, por favor. — pediu Mary como se fosse uma súplica — Porque estamos todos desmotivado aqui.
— Adivinhem o milagre?! — ele fez um suspense bobo.
— Fala logo. — Carl se estressou um pouco.
— Vamos participar de um campeonato de coral a capela em dois meses.
— O que?! — dissemos em coral.
— Como assim?! — perguntei confusa.
— Está rolando a muito tempo, um campeonato anual de a capela entre os corais de várias igrejas do país, o prêmio é de setenta mil.
— Setenta mil… Exatamente o valor que precisamos. — Carl observou.
— É ou não provisão divina?! — Max sorriu com satisfação.
— É realmente um milagre. — confirmei.
— Milagre será se ganharmos. — interviu Mary com a realidade — Não quero ser descrente, mas dois meses? Não somos profissionais, nunca participamos de algo assim, e pior nunca cantamos a capela na igreja.
— Ai Mary, não vamos olhar as dificuldades. — Tiffany protestou — A parte mais complicada que seria como ganhar a grana, Deus providenciou, agora é dar o nosso melhor e ganhar o campeonato.
— Desta vez eu tenho que concordar com a barbie aqui. — Sam se pronunciou apelidando Tiff como costumava fazer para irritá-la — Além do mais, temos uma poderosa vocal principal.
— É mesmo. — Max concordou fazendo todos olharem para mim — Nada como a voz de para arrasar na apresentação.

Eu me encolhi sentindo toda a pressão se voltar para mim, mesmo que sempre estivesse a frente do coral da igreja, aquilo era uma responsabilidade dobrada, afinal o futuro da igreja dependeria das minhas decisões sábias e bom empenho em liderar todos.

— Não vamos jogar essa pressão em . — Carl se colocou ao meu lado — Já está sendo difícil para ela por ser a filha do pastor Jim, isso é uma responsabilidades de todos nós.
— Obrigado! — sussurrei para ele e sorri.
— Tem razão. — Tiff sentou no banco da sala de ensaios — Vamos por partes, precisamos de uma música então, para iniciar os ensaios.
— Mas vai ser só a gente? — Max olhou confuso — Corais geralmente tem muitas pessoas.
— Podemos pedir ajuda aos outros jovens da igreja. — Mary sugeriu — Mesmo não sendo tão promissores na música, com ensaio pode dar certo.
— Eu não acho. — discordou Tiff — Nosso coral sempre foi nós, esse é o nosso diferencial, e também não precisa necessariamente ter muitas pessoas para ser um arraso, Pentatonix está aí para comprovar.
— Mais uma vez a barbie tem razão. — Sam encostou na parede arrancando um olhar atravessado de Tiff pelo insistente apelido — Vamos agora a música.

Nós discutimos mais um pouco, até escolher a tradicional Hallelujah para apresentar, de uma forma ou de outra sempre chegamos nesta canção. Os dias que seguiram deu início aos ensaios, anunciamos para todos formalmente, pois precisávamos de ajuda financeira para pagar as passagens de ida até LA onde aconteceria o campeonato.

Quanto mais os ensaios avançavam, mais eu sentia que ainda faltava algo em nossa apresentação, estava tudo muito robotizado e repetitivo.

— Algo me diz que não estamos no caminho certo. — comentei ao analisar novamente minhas anotações sobre o progresso do coral.
— E o que está faltando? — perguntou meu pai enquanto preparava nosso jantar.
— Não sei. — me remexi na cadeira e apoiei meus braços na mesa pensando — É como se estivesse repetitivo demais.
— Hum… — ele se voltou para mim — Está com bloqueio para criar algo novo?
— Talvez. — suspirei fraco — De alguma forma toda essa pressão está me travando e eu não consigo me locomover.
— Querida, não se cobre tanto, todos sabem que está dando o seu melhor nisso, e já estou orgulhoso por isso. — ele sorriu suavemente — O Senhor te guiará.

Assenti prontamente e voltei meu olhar para o caderno, após o jantar me tranquei no quarto e fiquei vendo alguns vídeos no youtube de campeonatos passados, foi quando apareceu no final da lista de sugestões o vídeo de uma música que não ouvia a muito tempo.

— Não acredito. — olhei para o teto — É sério Senhor?! Essa é a única solução que encontrou para me ajudar? Voltar ao passado?!

Suspirei fraco e voltei meu olhar para a tela clicando no link da música. Eu não queria acreditar naquilo, mas talvez reconhecesse que precisava da ajuda de um profissional e o nome da ajuda: . Meu ex-melhor amigo e ex-namorado, havia se mudado para LA com o sonho de se tornar produtor e compositor, algo que acabou conseguindo, porém lhe custou parte da família e os amigos. Já faziam três anos desde a última vez que o vi por acaso em uma viagem de férias para Orlando, relembrar aquelas férias me fez pensar várias vezes se realmente deveria seguir com essa ideia, cogitei de comunicar com o pessoal, mas já sabia que todos recusariam e me impediriam.

O único que contei foi meu pai, que mesmo um pouco contra, acabou apoiando minha louca decisão. Sexta pela manhã deixei um bilhete na sala de ensaio com pequenas instruções e peguei o ônibus interestadual, uma parte de mim queria desistir, mas a coragem retornou quando desembarquei na rodoviária de LA no início da tarde de sábado.

— Agora não posso voltar atrás. — sussurrei ajustando a mochila nas costas e conferindo o endereço que escrevi num pedaço minúsculo de papel.

Entrei no táxi que estava propositalmente parado bem próximo, minutos depois lá estava o moderno e luxuoso prédio diante de mim, confesso que nunca imaginei entrar, mas era preciso. Pedi ao motorista que me esperasse uns cinco minutos, vai que eu desistisse de última hora, hesitei um pouco antes de adentrar um lugar.

— Bom dia, posso ajudar? — disse a recepcionista com o headset discreto no ouvido.
— Oi, eu… — a cumprimentei logo sendo interrompida pelo seu dedo indicador, fazendo um sinal para esperar.
— InH Entertainment, bom dia, posso ajudar?! — disse ela mais formalmente ao telefone — Me desculpe, mas o senhor agendou horário com ele?

Comecei a imaginar que era um sinal para ir embora dali, assim que me virei para sair…

— Tenho certeza do sucesso… — o olhar de veio de encontro ao meu, uma mistura de espanto e surpresa — ?!
— Oi. — sussurrei me segurando para não paralisar geral pelo momento, definitivamente não estava preparada para aquele reencontro.
— Eu te vejo mais tarde. — disse o homem que o acompanhava.
— Sim, e não esqueça de resolver aquele assunto por mim. — continuou mantendo seu olhar em mim.
— Claro. — o homem se afastou indo em direção ao elevador.
— O que a traz aqui?! — ele foi direto, notei que sua voz estava fria e áspera.
— Podemos conversar em outro lugar? — perguntei me referindo aos olhares que vinham em nossa direção.
— Claro, melhor mesmo.

Ele me levou até seu elevador privado que dava em seu escritório na cobertura, a primeira coisa que observei foi a linda vista da fachada para a cidade, era um lugar espaçoso e bem decorado, refletia muito da sua vida atual.

— Então… — ele estendeu a mão para que eu me sentasse, porém preferi permanecer de pé.
— Serei sincera, estar aqui é um pouco difícil para mim, mas preciso passar por cima disso e pedir a ajuda de um amigo do infância. — com suavidade na voz, mantive focada em meu propósito expulsando os pensamentos desnecessários.
— Tem certeza? — ele me olhou confuso — Pensei que jamais ouviria algo assim de você.
— Confesso que eu também… Mas, a igreja está a um passo de ser despejada, nossa única solução é ganhar um campeonato a capela, pegar o dinheiro do prêmio e pagar a restauração do prédio junto com a hipoteca. — expliquei.
— Estou ainda mais surpreso… — ele riu — Muitas pessoas do meu passado já estiveram aqui me pedindo dinheiro…
— Não queremos seu dinheiro. — o interrompi de imediato — Eu só quero a ajuda de um profissional para salvar algo que faz parte da minha vida.
— Engraçado pedir isso a este profissional que não faz mais parte da sua vida. — retrucou de forma amarga — Está tão desesperada assim?

De forma instantânea seu olhar ficou superior, algo que me fez sentir pena dele, parecia já corrompido por aquele mundo de fama e poder.

, me disseram que havia voltado de Vegas… — uma mulher sinuosa de vestido preto adentrou a sala — Estava com saudade.

A primeiro momento ela ignorou minha presença, porém meu silêncio e de a fizeram se atentar a mim.

— Quem é ela?! — ela mordeu o lábio inferior, me analisando de cima para baixo — Acho que não importa querido.
— O que está fazendo aqui? — ele a olhou por um instante e voltou seu olhar para mim.
— Já disse estava com saudade. — ela segurou em seu braços como um ato de posse.
— Não me importo com isso, Jess. — ele se soltou dela e afastou — Não está vendo que estamos ocupados? Sua presença aqui é dispensável.
— Não se incomode comigo. — ajeitei minha mochila nas costas — Já estava de saída, por favor, esqueça que eu estive aqui.

Me virei para sair dali o mais rápido possível, sem olhar para trás só queria voltar para casa. Algumas lágrimas rolaram pelo caminho de volta até a rodoviária, para piorar, o próximo ônibus estava com alguns defeitos técnicos, então teria que esperar por três horas até consertarem ou fazer algumas baldeações ao longo do caminho, o que demoraria bem mais.

— Foi um erro vir aqui. — sussurrei limpando as lágrimas — Ele não é mais o mesmo, como imaginei.

O tempo foi passando até que o ônibus apareceu parando na plataforma de embarque, me levantei do banco em que estava há horas sentada e caminhei até ele, ao chegar na fila senti uma mão segurar na minha e me puxar para fora.

— O que?! — era ele — O que está fazendo aqui ?
— Nosso posso te deixar ir desta forma. — respondeu ele de forma ofegante — Não pela segunda vez.
— Do que está falando… — eu já não entendia mais nada.
— Vamos começar de novo, do zero. — propôs ele com um olhar esperançoso.
— Eu não estou…
— Me deixe te pagar um café?! — perguntou — Ou melhor, você não gosta de café, posso te pagar um cappuccino?

Respirei fundo e olhei para o ônibus ainda com a porta aberta, senti um breve fundo no estômago.

— Vou aceitar, somente desta vez.

Ele deu um sorriso e espontâneo, me fazendo lembrar daquele garoto do ensino médio que passava horas me vendo estudar na biblioteca. Seguimos até a cafeteria de um amigo dele, nos sentamos no mezanino onde era mais reservado, permaneci todo o tempo em silêncio o observando, mesmo que ele não fosse como antes, ainda haviam pequenos detalhes sobre mim que recordava claramente.

— Sua namorada não ficará chateada? — perguntei preocupada.
— Ela não é nada minha. — a frieza em seu olhar havia retornado — Podemos voltar ao assunto que a trouxe aqui?
— Já encerramos ele, só aceitei o convite por estar com fome. — fui direta ao repartir o pedaço de torta de maçã que estava em meu prato.
— A que conheço não é orgulhosa assim. — comentou ele segurando o riso.
— O que eu conheço não é frio com as pessoas. — retruquei — Ele era gentil.
— Talvez eu tenha perdido a melhor parte de mim. — ele me olhou diretamente como se estivesse se referindo a mim.

Respirei fundo e desviei meu olhar novamente.

— De quanto precisam? Para salvar a igreja?
— Não quero seu dinheiro, já disse. — o olhei séria.
— Tudo bem então, por mais que eu aceite te ajudar, seus amigos aceitariam minha ajuda? — retrucou ele.
— Eles também já foram seus amigos um dia. — o lembrei — Carl é seu primo.
— Não são mais, eles me odeiam, principalmente Carl. — reconheceu sem esforço — Primeiro por te roubar dele, depois por te deixar.

Não queria entrar nesse ponto do passado, não estava preparada para esses detalhes dolorosos.

— Você pode reconquistar a amizade deles, não há mágoa que dure para sempre. — me concentrei em meu cappuccino e voltei a comer a torta de maçã.

pagou um quarto no hotel Plaza para mim, era impressionante o tamanho do quarto em que fui instalada, digno de um rei. Minha noite foi em claro pensando em todo os acontecimentos daquele dia, reencontrar ele fez minhas lembranças retornarem e meu coração pulsar mais forte. Mesmo por ter chorado por ele, já havia o perdoado, afinal lá no fundo quem realmente desistiu do nosso namoro foi eu.

— Bom dia. — disse ele ao se aproximar de mim no hall do hotel — Conseguiu descansar?
— Sim, obrigado. — mantive meu olhar no chão, evitada encará-lo.
— Está tudo bem?

Não, não estava, meu coração continuava pulsando forte desde que o olhei na recepção da produtora. Tanto tempo depois do término, achei que meus sentimentos por ele haviam desaparecido, porém permaneceram aqui só estavam adormecidos.

— Sim, estou bem, só quero voltar para casa. — respondi dando um sorriso disfarçado.
— Sei. — sussurrou ele — Preciso resolver um assunto de trabalho, mas logo iremos.
— Você vai voltar comigo? — o olhei surpresa.
— Não irei te ajudar?!
— Bem, eu…
— Aproveite o café. — me interrompeu — Não vou demorar.

De fato ele não demorou, seguimos em seu carro pela interestadual pelas longas horas de silêncio de nossa parte, o que quebrava totalmente o gelo eram as músicas que colocava para tocar. Ao chegarmos na cidade, fomos direto para a igreja, já havia enviado a mensagem ao meu pai pedindo para nos esperar lá.

— Surpreendente te ver aqui . — disse meu pai ao estender a mão direita.
— Digo o mesmo por estar aqui. — aceitou o cumprimento apertando sua mão.
— Agradeço por se dispor em ajudar , apesar de tudo. — meu pai era sempre honesto em suas opiniões — Já estava me preocupando com ela.
— Eu que agradeço em poder ajudar. — respondeu dando um sorriso discreto.
— Então é verdade?! — disse Tiff ao entrar na igreja com os outros.
— O que ele está fazendo aqui? — perguntou Carl com um tom de chateação.
— Ele veio ajudar. — disse meu pai com um tom tranquilo já se retirando — Vou deixá-los à vontade, apenas peço para moderarem os ânimos, estamos dentro de uma igreja, respeito ao Senhor é tudo.

Aquele era o sermão que meu pai gostava de dar, mostrava a ferida e nos deixava sozinhos para resolver como cuidar.

— Não acredito. — Mary cruzou os braços mostrando estar decepcionada.
— Não precisamos da ajuda dele. — Carl protestou novamente.
— Não é o que estou vendo. — aquela voz se superioridade de estava lá novamente.
— Dá pra não piorar as coisas?! — o olhei repreendendo.
— Só disse a verdade, se estivessem bem não teria ido até LA me pedir ajuda. — me olhou com tranquilidade, deixando sua voz mais suave, estava certo em suas palavras.

Respirei fundo.

, como pôde pedir ajuda a ele? Sem nos contar? — Mary estava mais decepcionada comigo do que com a situação — Justo você que nunca esconde nada de nós.
— Parem de me recriminar, sabem muito bem porque não contei a todos, então vamos parar de remoer o passado e o fato de estar aqui. — me posicionei — Querendo ou não, percebi que falta algo em nossa apresentação, o que importa agora é o que vai acontecer se não ganharmos esse campeonato, não estamos preparados o suficiente e precisamos de ajuda profissional, vocês querendo ou não.

Contra meu forte argumento não há contestação, o que era bom e mesmo Carl não gostando ainda da ideia, concordou em dar uma trégua até passar o campeonato.

— Vamos começar pela música, qual a escola? — perguntou .
— Hallelujah. — respondi.
— Porque será que sabia disso… — comentou ele rindo — Ela é repetitiva e simples, tenho certeza que mais três grupos irão apresentá-la por ser conhecida.
— O que sugere então? — perguntou Max se mostrando mais interessado.
— Pesquisa de opção, assim podemos fazer um mix para apresentar.
— Mix?! — o olhei — Como assim?
— Ele está propondo juntarmos duas músicas em uma, como fazem em mashups. — explicou Carl — Típico.
— Relevando sua crítica final, é muito raro grupos a capela fazerem algo desse tipo, ainda mais em campeonatos de músicas gospel, vi alguns vídeos desse campeonato e todas são muito tradicionais, será um diferencial. — explicou — A coreografia deixo por conta da Tiffany.
— Sim, senhor. — ela bateu continência com um pouco de desdém.
— Ok, temos que escolher outras músicas. — concordei sem hesitar.

era profissional, então sabia o que estava fazendo e dava para notar sua vontade sincera em ajudar, a escolha de músicas não óbvias foi demorada, porém no fim tudo deu certo e nosso ensaio progrediu com sucesso. Os dias foram passando até que chegamos ao campeonato, meu pai e mais alguns membros foram conosco para dar apoio.

— Te desejaria sorte, mas sei que não vai precisar, você é brilhante. — disse antes de eu subir no palco.
— Obrigado pela ajuda. — sorri gentilmente para ele — Parabéns, você conseguiu.
— Consegui o que? — ele me olhou confuso.
— Seus amigos de volta. — eu me afastei dele antes que pudesse dizer algo e subi no palco me juntando aos outros.

Agora todos os nossos esforços seriam colocado a prova e estava nas mãos do Senhor. Felizmente, como o esperado e totalmente surpreendente para o público, nossa apresentação de Gospel Medley em junção de Say Yes foi um sucesso. Segundo alguns, foi inovador, divertido e inspirador juntar duas músicas com batidas e ritmos diferentes, e o que confirmou ainda mais o fato de termos conquistado dos jurados e levado aquele título do campeonato.

— VENCEMOS!!!! — exclamou Max com euforia.
— Ainda não acredito nisso. — disse Tiff embasbacada olhando para o troféu nas mãos de Mary.
— Mas esse troféu é a mais pura realidade barbie. — retrucou Sam.
— Estou tão extasiada que hoje te deixarei me chamar de barbie, nós vencemos!!! — ela soltou um sorriso e abraçou Sam no automático.
— Sua voz está bem melhor hoje. — comentou Mary com Carl.
— Obrigado, aquele xarope que me deu fez um certo efeito. — ele sorriu meio sem graça, sabíamos que Mary gostava dele “em segredo”.
— Que tal comemorarmos?! — sugeriu Max.
— Rodada de pizza!!! — disse Sam empolgado.
— Agora falou minha língua. — concordou Tiff, era sua comida favorita.
— A ideia é boa. — concordou Max.

Eu permaneci em silêncio observando a alegria e celebração de todos, seria a melhor das comemorações e pelo motivo mais importante, conseguiríamos agora salvar o prédio da nossa igreja. Logo senti uma mão segurar a minha e me puxar para longe, era me guiando até seu carro.

— Já vai embora?! — perguntei — Vem comemorar com a gente, todos está animado para comer pizza.
— Não é bem isso que eu quero. — disse ele desviando seu olhar em direção a nossos amigos — Passar esse tempo com eles é legal, mas…
— Mas o que?!
— Quando você disse que eu havia conseguido meus amigos de volta, fiquei feliz, porém angustiado. — ele voltou ao olhar para sua mão que ainda segurava a minha.
— Por que? Não é bom todos te receber novamente? Nesse último mês você voltou a ser quem costumava, consigo te reconhecer agora.
— Ter meus amigos é bom, confesso que sentia falta das loucuras de Max, das brigas bobas de Tiffany com Sam, dos puxões de orelha da Mary, até mesmo do mau-humor de Carl… — ele respirou fundo e levantou o olhar — Mas meu coração anseia por outra coisa.
— Outra coisa?! — fiquei confuso — O que poderia desejar mais do que a amizade?!
— O amor. — respondeu ele de forma enigmática.
— Amor?!
— Você. — explicou ele diretamente — Quem eu jamais quis magoar um dia.

Meu coração acelerou de vez, como da primeira vez que ele havia se declarado para mim no ensino fundamental, foi se aproximando aos poucos até que suavemente nossos lábios se encontraram. Lá no fundo sentia que aquela segunda chance era obra do Senhor!

"Lord you've been so good (hallelujah)
Senhor, você tem sido tão bom (Aleluia)
You’ve been so good to me (hallelujah)
Você tem sido tão bom pra mim (Aleluia)
I'm grateful for all of my blessing, (hallelujah)
Eu sou grato por todas minhas bênçãos, (Aleluia)
Giving you all of the praise
Dando à ti todo louvor

Jesus loves me.
Jesus me ama.”
- Gospel Medley / DESITINY's CHILD

Milagre: When Jesus say yes, nobody can say no. (Quando Jesus diz sim, ninguém pode dizer não) - Say Yes /Michelle Williams” - by: Pâms



The End!



Nota da autora:
Aqui estou eu novamente, acho que preciso me aposentar dessa vida de escrever kkkkkkkkkk... Mais uma história que amei escrever e espero que tenham gostado!!! Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!




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*as outras fics vocês encontram na minha página da autora!!


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