Prólogo
Depois de um jantar maravilhoso naquele restaurante para a comemoração de quatro anos de namoro, ela jamais imaginaria escutar uma proposta daquela. Sentiu a comida querer voltar a boca.
– Casar, ? Tem certeza disso, meu amor? – ela balançava a cabeça sem acreditar muito na fala do namorado, até vê-lo retirar do bolso da calça um anel maravilhoso.
– Para que esperar? Vamos viver tudo o que há pra viver, . Vamos nos permitir... – ele cantarolou a famosa música do cantor Lulu Santos. – Nunca podemos saber o que pode acontecer amanhã. – ele suspirou ansioso – E então? Aceita?
– Aceito – ela entregou a mão direita a ele, estava trêmula. Ele a segurou delicadamente e encaixou o anel ali – Isso é loucura.
– O nosso amor é loucura – ele sorriu. Ela olhava a mão direita admirada, aquele anel parecia ter ornado tanto ali.
– Nossos pais vão nos matar, 19 anos e noivos. – ele riu com a preocupação dela.
– Vão ter que aceitar, meu amor – ele entrelaçou a mão na dela – Me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi entrar desajeitada com um monte de livros didáticos no oitavo ano – ele riu alto lembrando-se da cena – Desde então eu soube ali que eu ia casar com você.
– Meu Deus! – ela sorriu - Com 14 anos nos apaixonamos e estamos juntos desde então... E agora noivos! - acenou com a mão, chamando o garçom, que imediatamente entendeu o que o gesto significava e trouxe Champagne e taças para que eles brindassem. O rapaz os serviu e cada um pegou uma taça a levantando.
– Ao nosso amor – ele piscou e aproximou a taça da dela. – Amo você.
– Amo você. Ao nosso amor – houve o tilintar das taças. tinha os olhos úmidos, estava emocionada.
O rapaz se debruçou na mesa e tomou os lábios da moça para si. Aquele beijo intenso tinha gosto de felicidade e desafios, afinal de contas eles só tinha dezenove anos e uma vida inteira pela frente.
– Casar, ? Tem certeza disso, meu amor? – ela balançava a cabeça sem acreditar muito na fala do namorado, até vê-lo retirar do bolso da calça um anel maravilhoso.
– Para que esperar? Vamos viver tudo o que há pra viver, . Vamos nos permitir... – ele cantarolou a famosa música do cantor Lulu Santos. – Nunca podemos saber o que pode acontecer amanhã. – ele suspirou ansioso – E então? Aceita?
– Aceito – ela entregou a mão direita a ele, estava trêmula. Ele a segurou delicadamente e encaixou o anel ali – Isso é loucura.
– O nosso amor é loucura – ele sorriu. Ela olhava a mão direita admirada, aquele anel parecia ter ornado tanto ali.
– Nossos pais vão nos matar, 19 anos e noivos. – ele riu com a preocupação dela.
– Vão ter que aceitar, meu amor – ele entrelaçou a mão na dela – Me apaixonei por você desde a primeira vez que te vi entrar desajeitada com um monte de livros didáticos no oitavo ano – ele riu alto lembrando-se da cena – Desde então eu soube ali que eu ia casar com você.
– Meu Deus! – ela sorriu - Com 14 anos nos apaixonamos e estamos juntos desde então... E agora noivos! - acenou com a mão, chamando o garçom, que imediatamente entendeu o que o gesto significava e trouxe Champagne e taças para que eles brindassem. O rapaz os serviu e cada um pegou uma taça a levantando.
– Ao nosso amor – ele piscou e aproximou a taça da dela. – Amo você.
– Amo você. Ao nosso amor – houve o tilintar das taças. tinha os olhos úmidos, estava emocionada.
O rapaz se debruçou na mesa e tomou os lábios da moça para si. Aquele beijo intenso tinha gosto de felicidade e desafios, afinal de contas eles só tinha dezenove anos e uma vida inteira pela frente.
Capítulo Único
acordou naquela manhã de sábado com vários selinhos do esposo. Casou-se fazia sete meses e era um maravilhoso marido, tudo o que ela havia pedido a Deus. O amava muito.
– Vamos, , não seja preguiçosa – ele sorria animado – Tenho uma proposta tentadora pra você... – ela resmungou, virando-se para o outro lado da cama – Vamos passar o fim de semana na praia? – ela virou-se de frente para ele e sorriu, ainda de olhos fechados.
– Assim, tão de repente? – finalmente ela abriu os olhos e se espreguiçou. Com o movimento estralou alguns ossos de seu corpo.
– Sim, a vida é muito curta pra gente ficar pensando muito, e ai topa?
– Você é louco – ela sorriu. Esse jeito tão intenso dele que havia a feito se apaixonar – Que seja – ela suspirou – ‘bora relaxar – ela sentou-se na cama e recebeu mais um monte de selinhos como resposta – Precisamos fazer as malas e...
– Elas já estão prontas, amor – ele apontou duas pequenas malas de rodinhas colocadas no canto do quarto.
– Eu não acredito nisso – ela acabou rindo alto – E se eu não aceitasse?
– Eu duvido, você adora pôr a bundinha no sol – ele arqueou a sobrancelha, ela arregalou os olhos.
– Você é muito idiota – ela deu um tapinha no braço dele – Tô com medo de ver as roupas que você colocou ai – ela fez uma mini careta.
– , tenha um pouco de fé em mim. Você vai ver, vou te surpreender – ele deu uma piscadinha marota.
– , você é inacreditável – ela levou as mãos ao alto, surpreendida – Deixa eu tomar um rápido banho e a gente parti pra praia logo.
– Certo, vou comprar o nosso café da manhã – ela abriu a boca, mas ele a interrompeu – Já sei, vou trazer suas carolinas, pode deixar.
– Você não existe, meu Deus – ela abriu um lindo sorriso, pulando no colo dele, entrelaçando as pernas em sua cintura – Te amo, !
– Existo sim, e sou só seu – lhe deu um beijinho de esquimó – Linda! Te amo – ele lhe deu um beijo. Como sempre um beijo que derrubava as estruturas da moça e lhe deixava de pernas bambas. Ele finalizou o beijo com rápidos selinhos e a desceu do colo – É melhor eu ir logo mesmo, porque o bafinho tá forte – ela arregalou os olhos, ele não tinha dito aquilo. Ele abriu a porta rindo alto e se foi, adorava deixá-la irritada. Antes de embarcar no veículo a escutou gritando seu ridículo, volta aqui.
Ele terminou de colocar as duas malas de viagem, e fechou o porta malas. trancou bem a casa e foi para dentro do carro, o aguardando. Ele entrou e deu partida no mesmo.
– , e a estádia? – ela virou-se de repente, preocupada com o lugar no qual dormiriam.
– Relaxa, amor, isso é o de menos, não estamos em mês de temporada, e nem nada do tipo, a gente encontra rapidinho – ele apertou a coxa dela, a acalmando.
Ambos eram bem diferentes, era uma pessoa extremamente organizada, responsável, pé no chão, séria. era sonhador, aventureiro, totalmente desorganizado e muito brincalhão. O motivo das discussões entre eles era a maioria das vezes por conta de serem tão diferentes. Mas o amor era muito forte, então não conseguiam ficar muito tempo brigados.
– Certo – ela suspirou fundo – E você decidiu que a gente ia pra praia quando? – ela ligou o rádio, colocando o pen drive para que tocasse as músicas do Maroon 5, grupo que ambos amavam muito.
– Hoje bem cedo, acho que era umas 05h15min, por ai – ele comentou pensativo. Ela arqueou a sobrancelha.
– Prefiro não comentar nada – eles acabaram rindo. Ela sentiu o celular vibrar, olhou e viu que era uma mensagem da sogra – Ah, assim que a gente voltar, precisamos dar uma passada na sua mãe, ela tá com saudades.
– Ah nossa, sim ela me mandou um monte de mensagens – ele deu de ombros – Ela tá meio angustiada.
– Sim, sim preocupação de mãe mesmo, de qualquer forma é melhor não contrariar – ela alisou o braço dele.
– Tem toda a razão – ele bagunçou o cabelo dela – Agora aumenta esse som ai, porque é This Love...
– A nossa música... – ela rapidamente o obedeceu e ambos começaram a cantar em alto e bom som junto com Adam Levine. Foram a viagem assim, rindo, brincando e cantando. Aquele fim de semana tinha tudo para ser memorável.
***
A viagem durou duas horas, logo chegaram a Bertioga. Tiveram dificuldades para localizar estádia com preços bons, mas por fim encontraram uma pequena pousada e se instalaram ali. Deixaram as coisas no local, trocaram de roupa e foram para praia.
– Cara, olha esse sol, amor – ele apontou para o céu, estava um lindo dia de primavera.
– Maravilhoso, agora a gente perde a cor de escritório – ela riu, cutucando a costela dele – Você me surpreendeu, , pegou um dos meus melhores biquínis. – ela deu uma voltinha para mostrá-lo.
– Eu não te disse? Você ainda duvidou de mim – ele sorriu debochado e arqueou a sobrancelha.
– Convencido... – ela revirou os olhos.
– Não revira os olhos pra mim – ele fingiu estar bravo.
– Ah é? – ela revirou os olhos novamente – Vai fazer o quê? – ela o desafiou.
– Vou te dar três segundos de vantagem – ele fez uma mini careta – Um!
– Você não se atreva – ela já ria, se afastando devagar dele – Não, !
– Dois – ele ergueu as duas sobrancelhas.
– Para – ela gritou, agora correndo o mais rápido que conseguia.
Ele não contou até três, esperou que ela se afastasse um pouco e correu atrás dela, rindo muito. Não foi difícil alcançá-la. Ele a pegou pela cintura e a jogou na areia ficando por cima dela, a colocou no meio das pernas dele e começou a lhe fazer cócegas. Ela esperneava, rindo muito, enquanto ele cutucava a barriga dela.
– Chega, – ela tentava tirar as mãos dele de sua barriga – Eu vou morrer, é sério – ela estava mole de tanto rir.
– Fraca... – ele deitou-se sobre ela, segurando o peso de seu corpo para não a esmagar. Lhe deu um beijo casto, arrancando um leve sorriso da face da esposa – Vamos pra água – ele a pegou no colo, indo de encontro ao mar – Sexo no mar? – ele sussurrou no ouvido dela. Ela mordeu os lábios, olhando para os lados temendo que alguém escutasse.
– Essa água é cheia de sujeira, vou pegar uma infecção fortíssima – ela negou, balançando a cabeça.
– Mas, , por favor – ele fez biquinho, tentando persuadi-la.
– Não mesmo, , eca – ela fez cara de nojo.
– Tá, né? Vou ter que ficar só na vontade – ele deu de ombros. A puxou pra si, lhe abraçando. Cheirou o pescoço dela, e a fez arrepiar-se. – E beijo pode? – sussurrou contra a pele dela.
– Pode – ela fechou os olhos com um sorriso na face. Ele os selou rapidamente.
A situação foi esquentando, as mãos dos dois não paravam quietas, o beijo que começara lento agora tinha o ritmo acelerado. A água já não os refrescava mais.
– Banheiro. Agora! – ela murmurou enquanto ainda tinha a boca encostada a dele e ele rapidamente a obedeceu. Os dois saíram correndo até o banheiro químico mais próximo dali para terminarem o que haviam começado.
***
– Hoje à tarde já temos que voltar, amor – ele fez bico e entrelaçou a mão com a dela, enquanto tomavam café na pousada.
– Sim, esse fim de semana passou tão rápido, mas foi perfeito. Não pensamos em trabalho, só curtimos o momento. Amei a ideia! Precisamos fazer isso mais vezes.
– Claro que sim, pelo menos uma vez por mês, fugir da poluição de São Paulo e curtir uma prainha vazia ainda – ele comentou. Eles detestavam lugares muito cheios, principalmente praia, que em época de temporada, por exemplo, faltava até água potável nos estabelecimentos e existia fila pra tudo.
– Então fechou, amor – ela deu mais uma mordida na tapioca – Hum... que hora subimos a Serra?
– Pensei umas 14h00min, o que acha? Assim não fica muito tarde, dá tempo da gente passar na minha mãe e depois descansar, porque amanhã começa tudo de novo.
– Perfeito – ela se debruçou na mesa e lhe deu um rápido selinho – Então vamos pra praia – ela voltou a posição anterior, dando mais uma mordida na tapioca e se levantou da mesa. O marido copiou seus passos.
O casal foi até a praia, dessa vez alugaram uma barraca. ficou tomando sol, queria voltar bem bronzeada enquanto foi nadar. Depois de um tempo eles inverteram, ela entrou no mar e ele foi se bronzear. Comeram alguns petiscos e depois de muito curtirem aquele fim de semana diferente, decidiram que era hora de voltar a realidade.
Por volta das 13h45min, eles fizeram o fechamento da conta na pousada, colocaram as malas na bagagem do veículo e partiram dali. Felizes pelo fim de semana maravilhoso que tiveram, mas tristes por ter acabado tão rápido.
– , eu quero dirigir, faz tempo que eu não pego uma estrada – ela pediu animada.
– Não mesmo, quem vai dirigir sou eu – ele apertou o nariz dela, enquanto ia até o lado do motorista.
– Eu preciso aproveitar essa oportunidade. Por favor, vai? – ela piscou os olhos, fazendo sua melhor carinha fofa.
– Eu prometo que na próxima viagem você volta dirigindo. – ela fez um pequeno bico – Eu não sei explicar, , mas eu sinto que eu preciso dirigir. – ela viu a seriedade das palavras dele.
– Você é tão chato – ela bufou. Ele lhe roubou vários selinhos, fazendo com que ela risse e desfizesse o bico – Tá bom, que seja. Mas na próxima viagem serei eu, hein?
– Combinadíssimo – ele lhe roubou mais um beijo, e eles entraram no veículo.
Saíram de Bertioga, sem grandes problemas, afinal de contas, não havia muito trânsito naquele horário. Seguiram o mesmo ritual, vieram escutando o cd do Maroon Five, e cantando a plenos pulmões.
O que eles não contavam era que durante uma curva acentuada um motorista completamente bêbado perdesse o controle do carro e invadisse a pista contrária, causando um grave acidente que destruiria de uma vez por todas os sonhos, planos e metas daquele jovem casal para uma vida toda... É, a vida era mesmo muito frágil.
***
Bip, Bip, Bip
sentiu que recobrava os sentidos, mas não conseguia abrir os olhos, a tarefa era muito difícil. Sentiu uma dor em todo o seu corpo, mas a parte que doía com certeza era seu peito, era como se tivesse queimando ali. Forçou-se a piscar repetidas vezes, até que por fim conseguiu abrir os olhos.
– Graças a Deus! , meu amor, você está bem? – ela escutou uma voz ao longe, sabia de quem era. Sua mãe estava ali, mas o que ela fazia ali? Como resposta à sua pergunta vieram lembranças de tudo o que havia acontecido, , o fim de semana perfeito que tiveram, e por fim o maldito acidente. Ela tentou respondê-la, mas não conseguia. Tossiu algumas vezes, até que por fim conseguiu sussurrar.
– Mãe... O ...? – ela fechou os olhos, era difícil conseguir mantê-los abertos. A mãe suspirou fundo.
– Filha, eu vou chamar o médico, ok? Eu já venho – a mãe saiu, e em poucos minutos entrou o médico e a enfermeira junto com a senhora. O médico a examinou e checou os sinais vitais.
– Ela está ótima, foi só um susto. O cinto de segurança foi decisivo para a proteção dela no acidente. Houve apenas algumas esfoliações pelo corpo, e a fratura exposta de seu braço esquerdo – a mãe sorriu, estava confortada por escutar que a filha estava bem.
– Graças a Deus, doutor – a mãe suspirou aliviada – Ela terá alta logo?
– Provavelmente sim, quero ter apenas os resultados da tomografia para decidir sobre isso. Foi um acidente muito grave – a mãe dela concordou veemente.
– Foi mesmo – ela engoliu seco e respirou fundo. Pediu para que o doutor a acompanhasse para o canto do quarto – Doutor, ela pode receber notícias do marido? – sussurrou.
– Espere que ela recobre totalmente a lucidez – a senhora concordou – Veja, ela voltou a dormir. – ele apontou com a cabeça – Essa sonolência é causada pelo uso dos medicamentos.
– Eu imaginei mesmo, obrigada, doutor – ele assentiu, se retirando do quarto.
***
– Mãe – despertou dessa vez mais lúcida, apenas com a voz rouquinha, devido à falta de uso.
– Filha, – a mãe se aproximou da cama, a vendo agora com os olhos totalmente abertos – como se sente?
– Muitas dores por todo o meu corpo. É como se eu tivesse levado uma surra... – ela sussurrou – E ? – ela perguntou ansiosa. Precisava ver o marido o quanto antes.
– Meu amor, – a mãe fechou os olhos, tentando buscar palavras para dar a notícia a filha. – O carro de vocês foi atingido por um motorista bêbado, o impacto foi totalmente do lado em que estava. A senhora lutava contra as lágrimas que queriam descer.
– Mãe... Cadê o ? – ela tinha os olhos arregalados. Ver a expressão de sua mãe estava a deixando extremamente angustiada.
– Meu Deus, como é difícil... – a senhora não conseguiu evitar que algumas lágrimas descessem – Filha, o ficou preso nas ferragens – colocou a mão a boca. A mãe negou com a cabeça e por fim falou aquilo que mais temia ouvir em toda a sua vida – Ele não resistiu.
– Não, isso é mentira, não pode ser, não pode ser – as lágrimas escorriam como cachoeiras de seu rosto – Mãe, não brinca assim comigo, por favor. – Susan aproximou-se da filha a abraçando.
– Eu sinto muito, meu amor – ela sussurrava no ouvido da filha.
– Não – ela frisou a palavra. Negando várias vezes com a cabeça – Não! Meu Deus, que dor é essa no meu peito? Eu vou sufocar – ela sentia que mais lágrimas desciam desenfreadamente de seu rosto. Sua garganta fechou e se encolheu na cama, chorando forte, inundando os lençóis em lágrimas.
Ela soluçava alto, enquanto sentia os afagos na cabeça que dona Susan lhe dava. Ela negava com a cabeça, enquanto o desespero tomava conta de seu corpo. Sentia-se culpada por aquilo, se não tivesse topado a viagem, se tivessem passado o fim de semana na casa da mãe dele, se tivesse insistido mais para que dirigisse... Ele estaria vivo agora. E Deus sabe que ela preferia ter morrido no lugar dele. Agora, ela nunca mais veria o sorriso dele, sua alegria que contagiava a todos que estavam próximos, seu carisma, suas loucuras, sua doçura, ela nunca mais veria o amor de sua vida.
– Vamos, , não seja preguiçosa – ele sorria animado – Tenho uma proposta tentadora pra você... – ela resmungou, virando-se para o outro lado da cama – Vamos passar o fim de semana na praia? – ela virou-se de frente para ele e sorriu, ainda de olhos fechados.
– Assim, tão de repente? – finalmente ela abriu os olhos e se espreguiçou. Com o movimento estralou alguns ossos de seu corpo.
– Sim, a vida é muito curta pra gente ficar pensando muito, e ai topa?
– Você é louco – ela sorriu. Esse jeito tão intenso dele que havia a feito se apaixonar – Que seja – ela suspirou – ‘bora relaxar – ela sentou-se na cama e recebeu mais um monte de selinhos como resposta – Precisamos fazer as malas e...
– Elas já estão prontas, amor – ele apontou duas pequenas malas de rodinhas colocadas no canto do quarto.
– Eu não acredito nisso – ela acabou rindo alto – E se eu não aceitasse?
– Eu duvido, você adora pôr a bundinha no sol – ele arqueou a sobrancelha, ela arregalou os olhos.
– Você é muito idiota – ela deu um tapinha no braço dele – Tô com medo de ver as roupas que você colocou ai – ela fez uma mini careta.
– , tenha um pouco de fé em mim. Você vai ver, vou te surpreender – ele deu uma piscadinha marota.
– , você é inacreditável – ela levou as mãos ao alto, surpreendida – Deixa eu tomar um rápido banho e a gente parti pra praia logo.
– Certo, vou comprar o nosso café da manhã – ela abriu a boca, mas ele a interrompeu – Já sei, vou trazer suas carolinas, pode deixar.
– Você não existe, meu Deus – ela abriu um lindo sorriso, pulando no colo dele, entrelaçando as pernas em sua cintura – Te amo, !
– Existo sim, e sou só seu – lhe deu um beijinho de esquimó – Linda! Te amo – ele lhe deu um beijo. Como sempre um beijo que derrubava as estruturas da moça e lhe deixava de pernas bambas. Ele finalizou o beijo com rápidos selinhos e a desceu do colo – É melhor eu ir logo mesmo, porque o bafinho tá forte – ela arregalou os olhos, ele não tinha dito aquilo. Ele abriu a porta rindo alto e se foi, adorava deixá-la irritada. Antes de embarcar no veículo a escutou gritando seu ridículo, volta aqui.
Ele terminou de colocar as duas malas de viagem, e fechou o porta malas. trancou bem a casa e foi para dentro do carro, o aguardando. Ele entrou e deu partida no mesmo.
– , e a estádia? – ela virou-se de repente, preocupada com o lugar no qual dormiriam.
– Relaxa, amor, isso é o de menos, não estamos em mês de temporada, e nem nada do tipo, a gente encontra rapidinho – ele apertou a coxa dela, a acalmando.
Ambos eram bem diferentes, era uma pessoa extremamente organizada, responsável, pé no chão, séria. era sonhador, aventureiro, totalmente desorganizado e muito brincalhão. O motivo das discussões entre eles era a maioria das vezes por conta de serem tão diferentes. Mas o amor era muito forte, então não conseguiam ficar muito tempo brigados.
– Certo – ela suspirou fundo – E você decidiu que a gente ia pra praia quando? – ela ligou o rádio, colocando o pen drive para que tocasse as músicas do Maroon 5, grupo que ambos amavam muito.
– Hoje bem cedo, acho que era umas 05h15min, por ai – ele comentou pensativo. Ela arqueou a sobrancelha.
– Prefiro não comentar nada – eles acabaram rindo. Ela sentiu o celular vibrar, olhou e viu que era uma mensagem da sogra – Ah, assim que a gente voltar, precisamos dar uma passada na sua mãe, ela tá com saudades.
– Ah nossa, sim ela me mandou um monte de mensagens – ele deu de ombros – Ela tá meio angustiada.
– Sim, sim preocupação de mãe mesmo, de qualquer forma é melhor não contrariar – ela alisou o braço dele.
– Tem toda a razão – ele bagunçou o cabelo dela – Agora aumenta esse som ai, porque é This Love...
– A nossa música... – ela rapidamente o obedeceu e ambos começaram a cantar em alto e bom som junto com Adam Levine. Foram a viagem assim, rindo, brincando e cantando. Aquele fim de semana tinha tudo para ser memorável.
– Cara, olha esse sol, amor – ele apontou para o céu, estava um lindo dia de primavera.
– Maravilhoso, agora a gente perde a cor de escritório – ela riu, cutucando a costela dele – Você me surpreendeu, , pegou um dos meus melhores biquínis. – ela deu uma voltinha para mostrá-lo.
– Eu não te disse? Você ainda duvidou de mim – ele sorriu debochado e arqueou a sobrancelha.
– Convencido... – ela revirou os olhos.
– Não revira os olhos pra mim – ele fingiu estar bravo.
– Ah é? – ela revirou os olhos novamente – Vai fazer o quê? – ela o desafiou.
– Vou te dar três segundos de vantagem – ele fez uma mini careta – Um!
– Você não se atreva – ela já ria, se afastando devagar dele – Não, !
– Dois – ele ergueu as duas sobrancelhas.
– Para – ela gritou, agora correndo o mais rápido que conseguia.
Ele não contou até três, esperou que ela se afastasse um pouco e correu atrás dela, rindo muito. Não foi difícil alcançá-la. Ele a pegou pela cintura e a jogou na areia ficando por cima dela, a colocou no meio das pernas dele e começou a lhe fazer cócegas. Ela esperneava, rindo muito, enquanto ele cutucava a barriga dela.
– Chega, – ela tentava tirar as mãos dele de sua barriga – Eu vou morrer, é sério – ela estava mole de tanto rir.
– Fraca... – ele deitou-se sobre ela, segurando o peso de seu corpo para não a esmagar. Lhe deu um beijo casto, arrancando um leve sorriso da face da esposa – Vamos pra água – ele a pegou no colo, indo de encontro ao mar – Sexo no mar? – ele sussurrou no ouvido dela. Ela mordeu os lábios, olhando para os lados temendo que alguém escutasse.
– Essa água é cheia de sujeira, vou pegar uma infecção fortíssima – ela negou, balançando a cabeça.
– Mas, , por favor – ele fez biquinho, tentando persuadi-la.
– Não mesmo, , eca – ela fez cara de nojo.
– Tá, né? Vou ter que ficar só na vontade – ele deu de ombros. A puxou pra si, lhe abraçando. Cheirou o pescoço dela, e a fez arrepiar-se. – E beijo pode? – sussurrou contra a pele dela.
– Pode – ela fechou os olhos com um sorriso na face. Ele os selou rapidamente.
A situação foi esquentando, as mãos dos dois não paravam quietas, o beijo que começara lento agora tinha o ritmo acelerado. A água já não os refrescava mais.
– Banheiro. Agora! – ela murmurou enquanto ainda tinha a boca encostada a dele e ele rapidamente a obedeceu. Os dois saíram correndo até o banheiro químico mais próximo dali para terminarem o que haviam começado.
– Hoje à tarde já temos que voltar, amor – ele fez bico e entrelaçou a mão com a dela, enquanto tomavam café na pousada.
– Sim, esse fim de semana passou tão rápido, mas foi perfeito. Não pensamos em trabalho, só curtimos o momento. Amei a ideia! Precisamos fazer isso mais vezes.
– Claro que sim, pelo menos uma vez por mês, fugir da poluição de São Paulo e curtir uma prainha vazia ainda – ele comentou. Eles detestavam lugares muito cheios, principalmente praia, que em época de temporada, por exemplo, faltava até água potável nos estabelecimentos e existia fila pra tudo.
– Então fechou, amor – ela deu mais uma mordida na tapioca – Hum... que hora subimos a Serra?
– Pensei umas 14h00min, o que acha? Assim não fica muito tarde, dá tempo da gente passar na minha mãe e depois descansar, porque amanhã começa tudo de novo.
– Perfeito – ela se debruçou na mesa e lhe deu um rápido selinho – Então vamos pra praia – ela voltou a posição anterior, dando mais uma mordida na tapioca e se levantou da mesa. O marido copiou seus passos.
O casal foi até a praia, dessa vez alugaram uma barraca. ficou tomando sol, queria voltar bem bronzeada enquanto foi nadar. Depois de um tempo eles inverteram, ela entrou no mar e ele foi se bronzear. Comeram alguns petiscos e depois de muito curtirem aquele fim de semana diferente, decidiram que era hora de voltar a realidade.
Por volta das 13h45min, eles fizeram o fechamento da conta na pousada, colocaram as malas na bagagem do veículo e partiram dali. Felizes pelo fim de semana maravilhoso que tiveram, mas tristes por ter acabado tão rápido.
– , eu quero dirigir, faz tempo que eu não pego uma estrada – ela pediu animada.
– Não mesmo, quem vai dirigir sou eu – ele apertou o nariz dela, enquanto ia até o lado do motorista.
– Eu preciso aproveitar essa oportunidade. Por favor, vai? – ela piscou os olhos, fazendo sua melhor carinha fofa.
– Eu prometo que na próxima viagem você volta dirigindo. – ela fez um pequeno bico – Eu não sei explicar, , mas eu sinto que eu preciso dirigir. – ela viu a seriedade das palavras dele.
– Você é tão chato – ela bufou. Ele lhe roubou vários selinhos, fazendo com que ela risse e desfizesse o bico – Tá bom, que seja. Mas na próxima viagem serei eu, hein?
– Combinadíssimo – ele lhe roubou mais um beijo, e eles entraram no veículo.
Saíram de Bertioga, sem grandes problemas, afinal de contas, não havia muito trânsito naquele horário. Seguiram o mesmo ritual, vieram escutando o cd do Maroon Five, e cantando a plenos pulmões.
O que eles não contavam era que durante uma curva acentuada um motorista completamente bêbado perdesse o controle do carro e invadisse a pista contrária, causando um grave acidente que destruiria de uma vez por todas os sonhos, planos e metas daquele jovem casal para uma vida toda... É, a vida era mesmo muito frágil.
sentiu que recobrava os sentidos, mas não conseguia abrir os olhos, a tarefa era muito difícil. Sentiu uma dor em todo o seu corpo, mas a parte que doía com certeza era seu peito, era como se tivesse queimando ali. Forçou-se a piscar repetidas vezes, até que por fim conseguiu abrir os olhos.
– Graças a Deus! , meu amor, você está bem? – ela escutou uma voz ao longe, sabia de quem era. Sua mãe estava ali, mas o que ela fazia ali? Como resposta à sua pergunta vieram lembranças de tudo o que havia acontecido, , o fim de semana perfeito que tiveram, e por fim o maldito acidente. Ela tentou respondê-la, mas não conseguia. Tossiu algumas vezes, até que por fim conseguiu sussurrar.
– Mãe... O ...? – ela fechou os olhos, era difícil conseguir mantê-los abertos. A mãe suspirou fundo.
– Filha, eu vou chamar o médico, ok? Eu já venho – a mãe saiu, e em poucos minutos entrou o médico e a enfermeira junto com a senhora. O médico a examinou e checou os sinais vitais.
– Ela está ótima, foi só um susto. O cinto de segurança foi decisivo para a proteção dela no acidente. Houve apenas algumas esfoliações pelo corpo, e a fratura exposta de seu braço esquerdo – a mãe sorriu, estava confortada por escutar que a filha estava bem.
– Graças a Deus, doutor – a mãe suspirou aliviada – Ela terá alta logo?
– Provavelmente sim, quero ter apenas os resultados da tomografia para decidir sobre isso. Foi um acidente muito grave – a mãe dela concordou veemente.
– Foi mesmo – ela engoliu seco e respirou fundo. Pediu para que o doutor a acompanhasse para o canto do quarto – Doutor, ela pode receber notícias do marido? – sussurrou.
– Espere que ela recobre totalmente a lucidez – a senhora concordou – Veja, ela voltou a dormir. – ele apontou com a cabeça – Essa sonolência é causada pelo uso dos medicamentos.
– Eu imaginei mesmo, obrigada, doutor – ele assentiu, se retirando do quarto.
– Filha, – a mãe se aproximou da cama, a vendo agora com os olhos totalmente abertos – como se sente?
– Muitas dores por todo o meu corpo. É como se eu tivesse levado uma surra... – ela sussurrou – E ? – ela perguntou ansiosa. Precisava ver o marido o quanto antes.
– Meu amor, – a mãe fechou os olhos, tentando buscar palavras para dar a notícia a filha. – O carro de vocês foi atingido por um motorista bêbado, o impacto foi totalmente do lado em que estava. A senhora lutava contra as lágrimas que queriam descer.
– Mãe... Cadê o ? – ela tinha os olhos arregalados. Ver a expressão de sua mãe estava a deixando extremamente angustiada.
– Meu Deus, como é difícil... – a senhora não conseguiu evitar que algumas lágrimas descessem – Filha, o ficou preso nas ferragens – colocou a mão a boca. A mãe negou com a cabeça e por fim falou aquilo que mais temia ouvir em toda a sua vida – Ele não resistiu.
– Não, isso é mentira, não pode ser, não pode ser – as lágrimas escorriam como cachoeiras de seu rosto – Mãe, não brinca assim comigo, por favor. – Susan aproximou-se da filha a abraçando.
– Eu sinto muito, meu amor – ela sussurrava no ouvido da filha.
– Não – ela frisou a palavra. Negando várias vezes com a cabeça – Não! Meu Deus, que dor é essa no meu peito? Eu vou sufocar – ela sentia que mais lágrimas desciam desenfreadamente de seu rosto. Sua garganta fechou e se encolheu na cama, chorando forte, inundando os lençóis em lágrimas.
Ela soluçava alto, enquanto sentia os afagos na cabeça que dona Susan lhe dava. Ela negava com a cabeça, enquanto o desespero tomava conta de seu corpo. Sentia-se culpada por aquilo, se não tivesse topado a viagem, se tivessem passado o fim de semana na casa da mãe dele, se tivesse insistido mais para que dirigisse... Ele estaria vivo agora. E Deus sabe que ela preferia ter morrido no lugar dele. Agora, ela nunca mais veria o sorriso dele, sua alegria que contagiava a todos que estavam próximos, seu carisma, suas loucuras, sua doçura, ela nunca mais veria o amor de sua vida.
Epílogo
Ela caminhava devagar com as rosas nas mãos, depois de cinco meses, ela se sentia um pouco mais fortalecida, para que enfim pudesse comparecer ao cemitério e visitar o túmulo dele. Devido as debilitações do acidente, ela não havia conseguido comparecer ao velório e enterro de seu marido. Ela soube que devido a forma como aconteceu o acidente, não conseguiram segurar o corpo dele no IML por muito tempo.
Ela parou em frente ao túmulo, respirou fundo e se sentou ali. Sentiu que as lágrimas escorriam de sua face, mordeu os lábios, começando o seu monólogo.
– ... – ela fungou, limpando as lágrimas – Eu posterguei tanto para vir aqui, mas eu precisava desse momento, eu precisava tentar me despedir do grande amor da minha vida. – ela respirou fundo – Eu amo tanto você, que chega a doer em mim de tão intenso que é. Jamais imaginei que teria que viver uma vida inteira sem você. Você é tão especial, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, custa pra eu entender que você não vai aparecer com seu sorriso iluminando tudo – ela tentou abrir um pequeno sorriso e respirou fundo.
– Meu amor, aquele fim de semana nos trouxe um presente, parece que Deus quis amenizar um pouco minha dor, e plantou uma sementinha de você em mim – ela sorriu, passando as mãos na barriga – Eu estou grávida e adivinha só? É uma garotinha – ela riu, enquanto tinha as mãos pousadas na barriga – Se eu me lembro bem, quando conversamos sobre isso você disse que gostava do nome de Ana Julia, devido a música dos Los Hermanos – ela sorriu nostálgica – Então esse será o nome da nossa pequena.
– Ana Julia, . Confesso que antes de saber da existência dela, eu pensei em até cometer suicídio, a vida não parece a mesma sem você. Mas não se preocupe, estou fazendo acompanhamento psicológico, e vivo por ela e por você, que sei que aonde estiver olha por mim, me protegendo, como sempre fez, inclusive no dia do acidente, não me deixando dirigir aquele carro – ela sentiu o queixo tremer, as lágrimas voltando com força – Era como se você soubesse que fosse acontecer algo, eu fiquei brava por aquilo, e me sinto tão tola agora – ela fungou alto, tendo agora dificuldades para falar. Acabou chorando alto.
– Meu amor, sua intensidade me completava de uma forma única. E nesses seis anos de relacionamento eu sei que você me amou na mais pura e singela simplicidade do mundo. – ela mordeu os lábios trêmulos – Enquanto eu viver, eu vou te amar, e eu nunca, jamais vou me esquecer de você.
– O nosso para sempre foi aquele fim de semana, e nós o vivemos intensamente. Aquele doce e último momento... – ela suspirou fundo, limpando as lágrimas que ainda desciam de sua face. – Eu te amo muito. – ela levantou-se da lápide, respirou fundo algumas vezes, sentia seu corpo ter espasmos depois do longo choro que tivera. Ela precisava ser forte, ela tinha Ana Julia, ela precisava lutar por ela. – Olhe por mim aí do céu, continue me protegendo, meu amor. – ela olhou para cima, vendo um céu ensolarado ali. se aproximou da lápide e depositou um beijo ali, se despedindo de seu grande amor. Ela sabia que poderiam se passar dez, vinte, trinta anos, mas ela jamais deixaria de amá-lo.
Ela parou em frente ao túmulo, respirou fundo e se sentou ali. Sentiu que as lágrimas escorriam de sua face, mordeu os lábios, começando o seu monólogo.
– ... – ela fungou, limpando as lágrimas – Eu posterguei tanto para vir aqui, mas eu precisava desse momento, eu precisava tentar me despedir do grande amor da minha vida. – ela respirou fundo – Eu amo tanto você, que chega a doer em mim de tão intenso que é. Jamais imaginei que teria que viver uma vida inteira sem você. Você é tão especial, foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, custa pra eu entender que você não vai aparecer com seu sorriso iluminando tudo – ela tentou abrir um pequeno sorriso e respirou fundo.
– Meu amor, aquele fim de semana nos trouxe um presente, parece que Deus quis amenizar um pouco minha dor, e plantou uma sementinha de você em mim – ela sorriu, passando as mãos na barriga – Eu estou grávida e adivinha só? É uma garotinha – ela riu, enquanto tinha as mãos pousadas na barriga – Se eu me lembro bem, quando conversamos sobre isso você disse que gostava do nome de Ana Julia, devido a música dos Los Hermanos – ela sorriu nostálgica – Então esse será o nome da nossa pequena.
– Ana Julia, . Confesso que antes de saber da existência dela, eu pensei em até cometer suicídio, a vida não parece a mesma sem você. Mas não se preocupe, estou fazendo acompanhamento psicológico, e vivo por ela e por você, que sei que aonde estiver olha por mim, me protegendo, como sempre fez, inclusive no dia do acidente, não me deixando dirigir aquele carro – ela sentiu o queixo tremer, as lágrimas voltando com força – Era como se você soubesse que fosse acontecer algo, eu fiquei brava por aquilo, e me sinto tão tola agora – ela fungou alto, tendo agora dificuldades para falar. Acabou chorando alto.
– Meu amor, sua intensidade me completava de uma forma única. E nesses seis anos de relacionamento eu sei que você me amou na mais pura e singela simplicidade do mundo. – ela mordeu os lábios trêmulos – Enquanto eu viver, eu vou te amar, e eu nunca, jamais vou me esquecer de você.
– O nosso para sempre foi aquele fim de semana, e nós o vivemos intensamente. Aquele doce e último momento... – ela suspirou fundo, limpando as lágrimas que ainda desciam de sua face. – Eu te amo muito. – ela levantou-se da lápide, respirou fundo algumas vezes, sentia seu corpo ter espasmos depois do longo choro que tivera. Ela precisava ser forte, ela tinha Ana Julia, ela precisava lutar por ela. – Olhe por mim aí do céu, continue me protegendo, meu amor. – ela olhou para cima, vendo um céu ensolarado ali. se aproximou da lápide e depositou um beijo ali, se despedindo de seu grande amor. Ela sabia que poderiam se passar dez, vinte, trinta anos, mas ela jamais deixaria de amá-lo.
Fim!
Nota da autora: Cara, doeu em mim escrever essa ficstape, eu nunca tinha escrito algo assim! Confesso que ela mexeu um cadinho comigo, porque levantou algumas feridas que ainda não estão cicatrizadas.
Aproveitem cada segundo da vida de vocês com as pessoas que vocês amam, porque a vida é um sopro, em um momento a pessoa está com você e depois não está mais! ☹
Espero que tenham gostado e até a próxima. Ah, não esqueça de deixar um comentário se você gostou. Beijos <3
Outras Fanfics:
Longs:
I Won't Forget You
Originais/Finalizada
Ficstapes:
02. Os Anjos Cantam
Ficstape #090 - Jorge e Mateus/Finalizada
03. Sk8er Boi
Ficstape #069 - Avril Lavigne/Finalizada
05. She Moves In Her Own Way
Ficstape #094 - The Kooks/Finalizada
06. Don't Forget
Ficstape #099 - Demi Lovato/Finalizada
08. Rock Wiyh You
Ficstape #100 - Michael Jackson/Finalizada
Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Aproveitem cada segundo da vida de vocês com as pessoas que vocês amam, porque a vida é um sopro, em um momento a pessoa está com você e depois não está mais! ☹
Espero que tenham gostado e até a próxima. Ah, não esqueça de deixar um comentário se você gostou. Beijos <3
Outras Fanfics:
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