Capítulo Único
Ele era um rebelde: não ia à escola, fumava, bebia, invadia propriedades privadas e usava roupas rasgadas.
Ela era certinha: ninguém sabia seu nome (fora na hora de escolher as duplas para os trabalhos escolares), usava roupas esquisitas, desenhava e ficava na dela.
’s POV
E, mais uma vez, lá estava eu, sentada na frente da janela, com meu caderno de desenhos, um lápis grafite e uma borracha.
O vidro estava aberto e ventava um pouco. Havia cheiro de grama molhada.
Ele tinha faltado à escola de novo. Eu sabia que ele ia faltar, mas não me importava. Afinal, ele era meu vizinho e eu sabia que ia poder vê-lo a tarde toda.
Meu caderno de desenhos se resumia a milhares de desenhos dele, empoleirado em alguma árvore da nossa rua, balançando as pernas e falando com algum pássaro.
Daniel Jones.
Meu vizinho rebelde, que só sabia da minha existência porque jantava em minha casa toda sexta.
E, no caso, era sexta.
- , OS JONES VEM PARA O JANTAR, EM TRINTA MINUTOS. ESTÁ PRONTA? – Assustei-me com o grito de minha mãe, no andar de baixo.
- QUASE! – gritei de volta.
Levantei-me e joguei o caderno na cama, indo em direção ao guarda-roupa marrom escuro, do lado oposto do quarto.
Tirei meu pijama e troquei por legging, uma saia até a panturrilha, blusa de manga comprida preta e uma regata cinza escuro. Nos pés, meu All Star preto surrado, como sempre.
Uns quarenta minutos depois, mamãe me chamou, de novo, dizendo que eles já haviam chegado.
- Olá, ! – Kathy Jones, a mãe de Danny, cumprimentou e me deu um beijo no rosto.
- Boa noite, . – Allan me deu um curto abraço.
- Fale “oi” para o Danny, . – Meu pai me empurrou na direção dele.
- Ah... Oi... – Corei, quando senti seus olhos queimarem os meus.
- Não vai me abraçar? – Ele deu um enorme sorriso e me puxou para mais perto.
Definitivamente, não tinha como eu ficar com mais vergonha. Ele nunca me abraçava.
- Awn... que bonitinhos! Que casal mais lindo! Quero tirar uma foto!
- Mãe, menos – pedi.
Nos sentamos à mesa e começamos a nos servir. Nossos pais conversavam, animados, mas eu e Danny estávamos quietos, encarando o prato.
Quando eles finalmente foram embora, me permiti soltar o ar e me acalmar.
- Mas que merda foi aquela? Ele me abraçou! – joguei-me na cama, já de pijama, mas logo me levantei de novo.
Provavelmente, se eu tivesse alguma amiga, estaria contando para ela, agora.
Abri a cortina da janela e destravei o vidro, subindo-o, em seguida, e sentando no parapeito.
Havia uma sombra em um dos galhos mais baixos da árvore que separava o meu quintal do quintal dos Jones, e eu tinha certeza de que sabia quem era.
- ? – Opa, fui pega!
- Er... Oi. – Acenei, colocando minhas pernas para dentro.
- Ei! Calma! Pode ficar. – Danny me fez parar. – Consegue descer até aqui?
Era perto e não muito alto. O galho era mais baixo que minha janela, mas eu não tinha coragem de pular.
- Não sei...
- Vem. Eu te seguro! – Ele se arrastou mais para a ponta que ficava perto de mim.
- Se você me deixar cair, eu volto do Inferno pra puxar seu pé, tá?
- Como você confia em mim... – Mesmo no escuro, soube que ele estava revirando os olhos. Era um gesto típico dele.
Coloquei uma perna na parte mais firme do galho e segurei a mão dele. O pé que estava na parede, abaixo da janela, escorregou, mas o aperto de Danny foi firme o suficiente para me impedir de cair.
- Obrigada – sussurrei, me soltando dele e me ajeitando com uma perna de cada lado, tentando não machucar as pernas na madeira.
- Por que nós nunca nos falamos? – ele perguntou, após alguns segundos de silêncio.
- Você nunca puxou assunto. – Dei de ombros.
- É verdade que você gosta de mim? – Paralisei com sua pergunta.
- Oi?
- Eu reparei que tinha alguém me observando, há algum tempo. Meus amigos disseram que era a “ esquisita”.
- Sabem meu nome? – Tentei não parecer ofendida.
- Yeah. Não te acho esquisita, você é só... Diferente, no bom sentido. Gosto do jeito como se veste e das coisas que desenha.
- Ah...
- Gosto dos seus desenhos de pássaros. Eu queria que fizesse um pra mim...
- P-posso fazer um. De qual pássaro você quer?
- Meu favorito é o Condor, consegue? – Ele olhou para o céu.
- Ui, é difícil, mas acho que sim – disse, entredentes, por causa do frio.
- Está tremendo. Frio? – Passou um braço sobre meus ombros.
- Um pouco...
Danny olhou para mim, o que me fez corar e abaixar a cabeça.
- Ei, não fica com vergonha! – Ele sorriu.
- Com você me olhando desse jeito, fica difícil, né?
Arrisquei encará-lo, rapidamente. Danny sorria, com as bochechas descoloridas pelo frio, e estava extremamente próximo de mim.
- O que faria se eu te beijasse agora? – sussurrou.
- Provavelmente cairia da árvore de emoção...
- Então se segure, passarinha.
Logo a pequena distância que havia entre nós não existia mais. Nossos lábios estavam colados e se moviam em uma sincronia perfeita. Uma de suas mãos segurou minha cintura, me impedindo de desequilibrar.
Choques de ansiedade e felicidade percorriam meu corpo, por causa do tão esperado beijo que acabou cedo demais.
- We’re really gonna rock tonight… - murmurou, com aquele lindo sorriso, novamente.
- Vou fingir que isso fez sentido. – Gargalhei.
- Shh, pare de me zoar! Você é linda, mas sabe como fica mais linda ainda? CALADA!
- Grosso!
- E olha que nem estamos casados ainda... Passarinha...
Ela era certinha: ninguém sabia seu nome (fora na hora de escolher as duplas para os trabalhos escolares), usava roupas esquisitas, desenhava e ficava na dela.
’s POV
E, mais uma vez, lá estava eu, sentada na frente da janela, com meu caderno de desenhos, um lápis grafite e uma borracha.
O vidro estava aberto e ventava um pouco. Havia cheiro de grama molhada.
Ele tinha faltado à escola de novo. Eu sabia que ele ia faltar, mas não me importava. Afinal, ele era meu vizinho e eu sabia que ia poder vê-lo a tarde toda.
Meu caderno de desenhos se resumia a milhares de desenhos dele, empoleirado em alguma árvore da nossa rua, balançando as pernas e falando com algum pássaro.
Daniel Jones.
Meu vizinho rebelde, que só sabia da minha existência porque jantava em minha casa toda sexta.
E, no caso, era sexta.
- , OS JONES VEM PARA O JANTAR, EM TRINTA MINUTOS. ESTÁ PRONTA? – Assustei-me com o grito de minha mãe, no andar de baixo.
- QUASE! – gritei de volta.
Levantei-me e joguei o caderno na cama, indo em direção ao guarda-roupa marrom escuro, do lado oposto do quarto.
Tirei meu pijama e troquei por legging, uma saia até a panturrilha, blusa de manga comprida preta e uma regata cinza escuro. Nos pés, meu All Star preto surrado, como sempre.
Uns quarenta minutos depois, mamãe me chamou, de novo, dizendo que eles já haviam chegado.
- Olá, ! – Kathy Jones, a mãe de Danny, cumprimentou e me deu um beijo no rosto.
- Boa noite, . – Allan me deu um curto abraço.
- Fale “oi” para o Danny, . – Meu pai me empurrou na direção dele.
- Ah... Oi... – Corei, quando senti seus olhos queimarem os meus.
- Não vai me abraçar? – Ele deu um enorme sorriso e me puxou para mais perto.
Definitivamente, não tinha como eu ficar com mais vergonha. Ele nunca me abraçava.
- Awn... que bonitinhos! Que casal mais lindo! Quero tirar uma foto!
- Mãe, menos – pedi.
Nos sentamos à mesa e começamos a nos servir. Nossos pais conversavam, animados, mas eu e Danny estávamos quietos, encarando o prato.
Quando eles finalmente foram embora, me permiti soltar o ar e me acalmar.
- Mas que merda foi aquela? Ele me abraçou! – joguei-me na cama, já de pijama, mas logo me levantei de novo.
Provavelmente, se eu tivesse alguma amiga, estaria contando para ela, agora.
Abri a cortina da janela e destravei o vidro, subindo-o, em seguida, e sentando no parapeito.
Havia uma sombra em um dos galhos mais baixos da árvore que separava o meu quintal do quintal dos Jones, e eu tinha certeza de que sabia quem era.
- ? – Opa, fui pega!
- Er... Oi. – Acenei, colocando minhas pernas para dentro.
- Ei! Calma! Pode ficar. – Danny me fez parar. – Consegue descer até aqui?
Era perto e não muito alto. O galho era mais baixo que minha janela, mas eu não tinha coragem de pular.
- Não sei...
- Vem. Eu te seguro! – Ele se arrastou mais para a ponta que ficava perto de mim.
- Se você me deixar cair, eu volto do Inferno pra puxar seu pé, tá?
- Como você confia em mim... – Mesmo no escuro, soube que ele estava revirando os olhos. Era um gesto típico dele.
Coloquei uma perna na parte mais firme do galho e segurei a mão dele. O pé que estava na parede, abaixo da janela, escorregou, mas o aperto de Danny foi firme o suficiente para me impedir de cair.
- Obrigada – sussurrei, me soltando dele e me ajeitando com uma perna de cada lado, tentando não machucar as pernas na madeira.
- Por que nós nunca nos falamos? – ele perguntou, após alguns segundos de silêncio.
- Você nunca puxou assunto. – Dei de ombros.
- É verdade que você gosta de mim? – Paralisei com sua pergunta.
- Oi?
- Eu reparei que tinha alguém me observando, há algum tempo. Meus amigos disseram que era a “ esquisita”.
- Sabem meu nome? – Tentei não parecer ofendida.
- Yeah. Não te acho esquisita, você é só... Diferente, no bom sentido. Gosto do jeito como se veste e das coisas que desenha.
- Ah...
- Gosto dos seus desenhos de pássaros. Eu queria que fizesse um pra mim...
- P-posso fazer um. De qual pássaro você quer?
- Meu favorito é o Condor, consegue? – Ele olhou para o céu.
- Ui, é difícil, mas acho que sim – disse, entredentes, por causa do frio.
- Está tremendo. Frio? – Passou um braço sobre meus ombros.
- Um pouco...
Danny olhou para mim, o que me fez corar e abaixar a cabeça.
- Ei, não fica com vergonha! – Ele sorriu.
- Com você me olhando desse jeito, fica difícil, né?
Arrisquei encará-lo, rapidamente. Danny sorria, com as bochechas descoloridas pelo frio, e estava extremamente próximo de mim.
- O que faria se eu te beijasse agora? – sussurrou.
- Provavelmente cairia da árvore de emoção...
- Então se segure, passarinha.
Logo a pequena distância que havia entre nós não existia mais. Nossos lábios estavam colados e se moviam em uma sincronia perfeita. Uma de suas mãos segurou minha cintura, me impedindo de desequilibrar.
Choques de ansiedade e felicidade percorriam meu corpo, por causa do tão esperado beijo que acabou cedo demais.
- We’re really gonna rock tonight… - murmurou, com aquele lindo sorriso, novamente.
- Vou fingir que isso fez sentido. – Gargalhei.
- Shh, pare de me zoar! Você é linda, mas sabe como fica mais linda ainda? CALADA!
- Grosso!
- E olha que nem estamos casados ainda... Passarinha...
FIM COM ARCO-ÍRIS!
Nota da autora: OLÁ BOM DIA BOA TARDE BOA NOITE NÃO ME XINGUEM POR FAVOOOOR
Eu juro que tentei fazer maior, eu juro que tentei escrever melhor, mas simplesmente não deu kkkkkkk
Comentem, eu fico feliz mesmo que seja um comentário ruim!
É legal saber que alguém leu kkkkkkk
Até a próxima ~Ficstape da Taylorzinha Palmitazinha~
Beijos de Trevas!
Lah
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Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Eu juro que tentei fazer maior, eu juro que tentei escrever melhor, mas simplesmente não deu kkkkkkk
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